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Filosofia

Filosofia não é uma disciplina de estudos que seja fácil de definir. Por si só, Filosofia é uma
incógnita. Enquanto que as restantes diversas ciências têm um objecto de estudo concreto e
são fáceis de definir, a Filosofia é uma quebra à regra. O objecto de estudo é a totalidade do
real, no entanto não existe definição definitiva para a disciplina.

Atribui-se a Pitágoras a criação da palavra Filosofia através dos termos Philos e Sophia.
Sendo a definição etimológica a seguinte:

Filos + Sofia -> Filos (philos): Amigo do que ama; Sofia (Sophia): Sabedoria; Ou seja, amor à sabedoria.

A Filosofia é um modo de estar no Mundo, uma postura adoptada pelo ser humano para se situar em relação ao
que acontece à sua volta, àquilo que o rodeia. A Filosofia é a procura pela verdade, não a sua posse.

Filosofo
Filosofo é o que ama o saber/conhecer (conhecimento), é o que procura a verdade. Todo o Homem é Filósofo,
sendo a adolescência a idade em que é despertado o interesse pelo conhecimento, devido ao aparecimento das
competência intelectuais. Os jovens adolescentes começam a questionar o Porquê das coisas. Ganham um sentido
crítico acerca daquilo que os rodeiam.

Aquilo que define um Filósofo é a sua atitude critica, na medida em que põe em causa todas as opiniões e
observações e Interrogativa, uma vez que nunca se dá por satisfeito com as respostas que lhe são dadas.

Método

Verdade
Relexão
Especulaçã Acerca de quê? O que é que o
o
filosofo estuda? Qual é que é o
Critica
Racicionar objecto de estudo? Sobre o que é
Pensar que o filosofo reflecte?

Reflectem sobre a vida do Homem (Natureza/Mundo)

Sobre si proprios;
Sobre os outros -> relações inter-pessoais;
Sobre o mundo;

Homem
Homens
Mistério Sobre tudo
Mundo Desconheci Deus/Divin
do o
Inexplicáve
O objecto de estudo da Filosofia é a totalidade do real. Para
l que o Filosofo reflicta sobre o seu objecto de estudo,
é necessário que ele comece por tomar uma Atitude Filosófica.

E qual é a primeira atitude Filosófica que o filosofo pode tomar para filosofar? Interrogar-se!

Interrogar-se
(?)

A curiosidade leva à resolução do problema. Sempre que o homem se interroga, está à procura de respostas.

Interroga Resposta
Se a resposta que te é dade é satisfatória, tu deixas-te de te interrogar e caiste numa Verdade Feita. Logo deixas-
te de filosofar. Caiste no Censo-Comum, no conhecimento vulgar.

Para continuarmos a Filosofar tem de se transformar as respostas em novas perguntas.


É com este caminhar de resposta em resposta, sem nunca atingir uma resposta absoluta, uma verdade definitiva,
que chamamos de “Filosofar”.

Origens do Filosofar

Quais são as origens do Filosofar?

• Espanto: Espanto-me e depois interrogo-me (Platão)


• Admiração: Admiro-me
• Dúvida
• Comunicação entre os Homens

Origem da Filosofia != Principio da Filosofia

A origem da filosofia é aquilo que levou o homem a filosofar.


O principio da Filosofia é a data em que os Homens começaram a Filosofar.

Quando? Séc. VI Antes de Cristo


Onde? Miles, Grécia
Com quem? Tales

O Filosofo interroga-se, obtem respostas. Transforma-as em novas perguntas e assim


sucessivamente.

Ele está á procura da verdade, da sua verdade, mas à qual nunca chega.

Assim: Não há filosofia, há Filosofias;

Porque cada Filosofo tem a sua filosofia, o seu ponto de vista, utiliza a sua linguagem,
envereda por determinado caminho e é eternamente insatisfeito, porque permanece sempre
na incerteza, na dúvida.
Especificidade da Filosofia

A Especificidade da Filosofia é aquilo que é próprio da Filosofia, aquilo que a caracteriza. O


que é próprio da Filosofia:

• Universalidade
• Radicalidade
• Autonomia Raiz do problema, quer saber quais as
• Racionalidade principais causas e os primeiros principios de
tudo o que acontece.

Universalidade na medida em que:

• Todo o Homem é Filosofo, uma vez que a atitude interrogativa é comum a todas as
pessoas;
• O objecto de estudo não é parcial, é um objecto total. Tudo é alvo de estudo na
Filosofia, ao contrário das restantes ciências (Matemática, Biologia, etc)
• As conclusões tiradas de uma solução para um problema, devem ser admitidas por
todos os seres humanos.

Radicalidade pois a Filosofia pretende obter informações acerca das causas e dos
principios de todos os problemas e de tudo o que acontece partindo do ponto de início. A
questão filosófica só é filosofica se for à raiz dos problemas que formula. O Filosofo procura a
origem do problema, tentando para isso saber a razão do seu ser.

Autonomia pois temos a liberdade e independencia de escolher o nosso caminho e aceitar


as opiniões que queremos e que entendemos que estejam correctas, sem que para isso
tenhamos de abdicar das nossas convicções, gostos ou opções. Somos livres de aceitar
aquilo que queremos ou não. A Filosofia não nos impõe limites nem barreiras. O facto da
Filosofia ser Autonoma, deixa-nos ser independentes e guiar-nos por nós próprios.
Filosofo

Filosofo é aquele que ama o saber, é o que sabe que não sabe.
Sophos -> Sábio (pensa que sabe) é o que sabe que sabe.

Questões filosóficas que todos podem colocar

A Filosofia é uma actividade Humana, e todos os Homens, como seres humanos, são
filosofos enquanto pensam e dúvidam. Existem questões filosóficas (classicas) que todos nós
podemos colocar, mesmo não sendo praticantes de Filosofia como profissão ou objecto de
estudo principal.

Tipos de Filosofos

Pensam...

Homens do Senso Comum Filosofo Profissional

• Inconscientemente • Conscientemente
• Sem método • Com método
• Sem duvidar/ sem • Duvidam sempre
reflectir

Conhecem a História do
Caiem no dogmatismo que é a pensamento, têm linguagem
aceitação de uma verdade própria.
feita. (Opinião, Convicção,
Preconceito, Superstição) Procuram a verdade mas não a
verdade absoluta.
É saber espontaneo, imediato,
superficial, desorganizado e Nunca se dão por satisfeitos
que se manifesta em com as respostas que obtêm.
linguagem vulgar.

As questões são filosoficas quando levantam o problema do sentido da existência, da razão


de ser, da nossa finalidade ou do nosso valor.

As questões filosóficas não se resolvem com as questões vindas da ciência ou da técnica.

As questões filosóficas levantam o problema da legitimidade moral ou ética e não se


resolvem recorrendo a factos ou recorrendo á legalidade juridica.

As questões filosoficas traduzem-se por enunciados gerais e abstratos que dizem respeito a
todos os Homens. Estão livres de interesses pessoais e de visões apaixonadas de
acontecimentos.

As questões filosóficas são questões abertas, na medida em que há várias soluções, não há
soluções unicas nem definitivas.

As questões filosóficas enunciam-se por frazes interrogativas que permitem respostas


divergentes, que ultrapassam o individual e o concreto e atingem a universalidade.
As questões filosóficas evitam enuinciar-se negativamente, promovendo a autonomia do
sujeito e ainda utilizam uma linguagem que previligia os temas abstratos.
Distinção entre intenção ética e normal moral
A ética é uma reflexão sobre o fundamento das acções humanas. O sujeito moral deve ter a
intenção de cumprir o dever.

A moral é um conjunto de regras universais de acção que fundamentam os juizos morais


numa determinada sociedade.

Para falarmos da ética-intenção e a norma moral, temos antes de mais de referir o que
entendemos por consciência moral e qual a sua função e o papel dessa consciencia moral. A
consciência moral é uma caracteristica do ser humano para elaborar juizos normativos,
espontaneos e imediatos acerca do valor moral das acções individuais.

A consciência moral tem o papel normativo (ordena o que devemos fazer) e critico (porque
nos impede de fazer qualquer coisa ou porque nos condena quando nos realizamos numa
coisa em que não nos revemos).

A função da consciência é ser: apelativa, imperativa, judicativa e censória/critica.

Apelativa porque invoca os valores e as normas ideais na nossa acção que não devemos
renunciar (não roubar, não matar, etc...).

Imperativa porque a consciencia moral apresenta uma acção como uma ordem.

Judicativo porque julga os nossos actos.

Censória/critica porque nos critica e nos censura.

A função da consciencia moral é oriental normativamente as nossas intenções e julgar os


nossos actos: ela diz o que devemos fazer e como devemos ser.

Esta função implica responsabilidade que é a obrigação de uma pessoa responder pelas suas
próprias acções que se apoiam em razões ou motivos.

A normal moral é uma regra de acção que possui carácter de universalidade e permite
fundamentar os nossos juizos morais numa sociedade determinada.

A intenção ética é o projecto reflexivo que acompanha a acção e que visa a vida boa
edificando e promovendo a solicitude entre sujeitos concretizando e instaurando instituições
justas.
Ética Material • Vazia
• Conteúdo • Não há finalidade
• Fim a atingir • Razão (À priori)
• Experiência ( à posteriori ) • Formal
• Empirica • Categórica
• Hipotética • Autonoma
• Heterónoma • Vontade:
• Vontade Agradável ○ Vontade Boa
○ Vontade Santa
○ Vontade pura
○ Vontade Divina

• Legalidade
• Mundo sensivel
• Mundo terreno
• Moralidade
• Mundo racional
• Liberdade
• Dever

Ética Formal
• Não tem conteúdo
Stuart Mill
Ambos Stuart Mill e Kant consideram que as acções humanas podem ser consideradas
morais.

Moral utilitarista; consequencalista, ou seja, defende o que é util. A acção moral consiste
na maior felicidade (prazer) para o maior número.

Moral material -> tem conteúdo, ou seja, existe um fim a atingir, seja ele a Felicidade,
Prazer, Bem estar, etc.

A acção moral consiste no cálculo entre o maior prazer e a menor dor. A acção é um facto
observável que provoca um sentimento de simpatia.

A acção moral experime a felicidade/prazer como bem-estar.

Homem pratica a acção que serve como meio para atingir um Fim.

A – Moral empirica - (experiência) à posteriori.

B – Moral Hipotetica / Condicional – A norma/lei pode ou não ser cumprida.

C – Moral Heterónoma – Porque a normal/lei que o sujeito moral cumpre é-lhe ditada de
excluir.

Kant
Moral Formal; é vazia de conteúdo, ou seja, defende apenas o dever, não existindo
objectivos ou fins a atingir. A acção moral consiste em agir por dever, por respeito à lei,
sendo a boa vontade a condição dessa moral. Deve agir por dever.

A acção moral exprime um imperativo categórico e tem por base o exercicio da razão prática
e da liberdade.

A acção moral consiste na acção por dever (Deontologia)

A – Moral da razão - à prirori

B – Moral Categórica – Lei moral é o Imperativo Categórifco que é um mandamento


(obrigatório) obrigante para a vontade boa. (razão prática, metafórica).

C – Moral Autónoma – o sujeito moral é que impõe a si mesmo a lei que para si próprio
legislou mas a leia que legislar tem de ser universal e necessária. Quer dizer que a lei moral
que o sujeito legisla para si própriop há-de também poder ser cumprida por todos os outros
seres racionais.
Rawls

John Rawls
Apresenta-nos uma teoria da ética que tem por base a sociedade, que é entendido como um todo e do qual fazem
parte as instituições.

A Justiça é a estrutura base de qualquer sociedade. conctatar

Rawls a partir do conceito de Justiça, coloca a seguinte hipótese: numa sociedade existe um conflito de interesses.
Esse conflito de interesses gera-se entre pessoas e instituições.

É necessário resolver esse conflito de interesses.

Rawls diz que esse conflito se pode resolver através de um consenso.

Um consenso entre os principios que devem orientar a acção humana e as instituições.

Rawls preocupa-se em saber como é que se encontra o consenso entre as acções humanas e instituições e
responde-nos dizendo que é através de um contrato que se estabelece entre os consegue entre os consensos e os
principios.

Este contratualizmo defende segundo Rawls que na sociedade deve existir liberdade em igualdade de
circunstancias (Justiça como Equidade), que deriva de uma escolha racional dos sujeitos que constituem a
sociedade.

Assim sendo, a ideia de consenso generalizado permite que haja o minimo de justiça na sociedade.

Mas para que a justiça seja alcansável com equidade são necessários 2 principios fundamentais: o principio da
liberdade e o principio da diferença e igualdade.

Estes principios são preenchidos numa posição inicial hipotética. Na posição inicial os sujeitos não conhecem nem
tem informação sobre a situação da sociedade. A este desconhecimento Rawls chama de Veu da Ignorancia.

Quanto ao principio da liberdade Rawls pretende dizer que numa sociedade todos os sujeitos tem direito às
liberdades fundamentais e que essa liberdade deve ser igual para todos. As liberdades fundamentais são a
liberdade de pensamento, politica, expressão, etc.

Para que uma sociedade seja justa é necessária a igualdade de liberdade, uma sociedade baseada na Justiça
como Equidade.

O segundo principio é o da diferença e igualdade, que pretende estabelecer um sistema politico em que as
desigualdades socio-economicas sejam elaboradas em função de duas caracteristicas:

1. Um sistema politico deve apresentar o maior beneficio para os menos favorecidos;


2. Deve atestar/garantir a existência de condições de igualdade justa e de oportunidades a cargos e a
posições para todos os que a elas queiram aceder;

Para que exista o principrio da igualdade e diferença é precisa tolerância. Portanto só se pode tolerar quem também
é tolerante.
A Acção Humana

Distinção
Actos do Homem
Actos Humanos
• Inconscientes
• Conscientes
• Involuntário
• Não são motivados • Voluntários
• Não são intencionais • Intencionais
• Comuns aos animais • Motivados (causa)
• Actos apenas do Homem
Exemplo: • Implicam liberdade e
• Ressonar responsabilidade
• Espirrar
• Respirar
• Suar
• Etc...

Fazer Agir

• Produzir • valores
Acontecer • Construir • principios

Prende-se com o Prende-se com o


Objecto. sujeito.

Exemplo: Um Valores
arquitecto faz um
projecto para uma

Actos Voluntários

• Concptualização (pensar)
• Deliberação (medir os prós e os contras)
Vontade • Decisão
• Execução

Rede conceptual da acção

Sujeito (agente criador) -> Projecto (elaborar)

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