You are on page 1of 4

DISCENTES:

ANDERSON ROBERTO SEGURO


EVAMARA BASNIAK
JEAN MARCELL MICHELS KURTEN
JOSIANE MARIA DA SILVA
LARISSA DZIUBATE NASCIMENTO
MARILDA PINTO

TRANSTORNOS PSICÓTICOS AGUDOS E


ESQUIZOFRENIFORMES

PITANGA
2010
Capítulo XIV

TRANSTORNOS PSICÓTICOS AGUDOS E ESQUIZOFRENIFORMES

(código na CID 10: F 23.2)

É um transtorno psicótico agudo em que os sintomas apresentados


satisfazem o diagnóstico para esquizofrenia, mas que devido a sua curta
duração, este diagnóstico (esquizofrenia) não pode ser afirmado. O cuidado
temporal leva o clínico a não diagnosticar esquizofrenia prematuramente,
evitando estigmas e medidas desnecessárias.

A décima edição da Classificação Internacional de Transtornos Mentais


da Organização Mundial de Saúde (CID-10) reserva esse diagnóstico para os
quadros similares à esquizofrenia e que durem no máximo um mês. Se os
sintomas permanecem por um período maior, o diagnóstico deve ser mudado
para esquizofrenia.1

O transtorno esquizofreniforme não é reconhecido pela OMS como


diagnóstico específico, e para uma melhor compreensão, utiliza-se da
classificação norte americana – DSM-IV, que tem precisão nos critérios de
diagnóstico.

Esse transtorno se assemelha a esquizofrenia, distinguindo-se pela


duração mais curta, tendo por sua duração entre um a seis meses antes de
seis meses do início dos sintomas. Na quarta edição revista do Manual
Estatístico e Diagnóstico (DSM-IV-TR) da Associação Psiquiátrica Americana,
os pacientes recebem este diagnóstico se os sintomas permanecerem por um
período entre 1 e 6 meses. Caso desapareçam antes de um mês, o
diagnóstico será de psicose reativa breve. Caso dure mais que seis meses,
será de esquizofrenia.

O diagnóstico deverá ser provisório, caso haja relação causal com o


delito, pois um terço dos pacientes retornam a normalidade nos meses
seguintes e os outros dois terços evoluem para esquizofrenia.

1
http://www.scribd.com/doc/14553041/Outros-Transtornos-Psicoticos
Nem toda psicose evolui para a esquizofrenia. Para que haja um acerto
no prognóstico se faz necessária a presença de sintomas psicóticos
proeminentes nas quatro primeiras semanas de mudança comportamental
habitual.

O quadro clínico do transtorno esquizofreniforme é semelhante ao da


esquizofrenia, com sintomas positivos que são as alucinações auditivas,
delírios, perturbações da forma e do curso do pensamento, comportamento
desorganizado, bizarro, agitação psicomotora e mesmo negligencia dos
cuidados pessoais.

Os sintomas negativos são de pobreza de conteúdo do pensamento e da


fala, sensação de não conseguir sentir prazer ou emoções, isolacionismo,
ausência ou diminuição de iniciativa de vontade, falta de persistência em
atividade laborais, déficit de atenção.

Alguns estudos apontam que os pacientes que sofreram episódios


esquizofreniformes evoluíram para esquizofrenia, após longo período de
observação, estudos estes de Casacchia e cols e Iancu e cols.

Zarate atesta que esses transtornos não são significativamente


diferentes nos achados psicopatológicos iniciais, da esquizofrenia e da
esquizofreniforme que não configura uma forma distinta e estável de psicose
diferente da esquizofrenia.

A imputabilidade penal dos portadores desses distúrbios são


semelhantes, tanto os pacientes crônicos, quanto aqueles de primeiro episódio
apresentam performance semelhantes nas medições neuropsicológicos de
função executiva, memória verbal e espacial, concentração e função cognitiva
global, e piores em indivíduos normais testados, com disfunção no hemisfério
esquerdo maior que no direito.

A infração penal dos portadores de transtorno psicóticos e


frequentemente vinculada à criminalidade, pressupõem culpabilidade,
enquadrada na lei, especificamente no Código Penal em seu artigo 26,
estabelecido o nexo causal entre o transtorno esquizofreniforme e a infração
penal, por ausência de culpabilidade implicando inimputabilidade.

Não se pode associar o transtorno e a pouca informação social e


assistência deficitária da saúde mental assistida pela rede pública. E nem
criminalidade a uma síndrome psiquiátrica.

You might also like