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CAPITULO VETORES 1.1 Reta Orientada — Eixo Uma reta r é orientada quando se fixa nela um sentido de percurso, considerado positivo ¢ indicado por uma seta (Fig. 1.1). ee Figura 1.1 O sentido oposto é negativo. Uma reta orientada é denominada eixo. 1.2 Segmento Orientado Um segmento orientado é determinado por um par ordenado de pontos, o primeiro chamado origem do segmento, o segundo chamado extremidade. segmento orientado de origem A ¢ extremidade B serd representado por AB e, geome- | tricamente, indicado por uma seta que caracteriza visualmente 0 sentido do segmento (Fig. 1.2-a). B _ Figura 1.2.8 z Geometria analitica 1.2.1. Segmento Nulo Um segmento nulo é aquele cuja extremidade coincide com a origem. 1.2.2 Segmentos Opostos Se AB é um segmento orientado, o segmento orientado BA é oposto de AB. 1.2.3 Medida de um Segmento Fixada uma unidade de comprimento, a cada segmento orientado pode-se associar um nimero real, ndo negativo, que ¢ a medida do segmento em relagdo aquela unidade. A medida do segmento orientado € 0 seu comprimento ou seu mddulo. O comprimento do segmento AB 6 indicado por AB. Assim, 0 comprimento do segmento AB representado na Figura 1.2-b é de 5 unidades de comprimento: — Figura 1.26 Observacdes @) Os segmentos nulos tém comprimento igual a zero. b) AB=BA. 1.2.4 Diregdo @ Sentido Dois segmentos orientados ndo nulos AB e CD tém a mesma diregdo se as retas suportes desses segmentos so paralelas (Figs. 1.2-c 1.24): Fetores 3 Figura 1.2-¢ Pigura 12-4. ou coincidentes (Figs. 1.2.2 e.2-f) Observagoes a) 86 se pode comparar os sentidos de dois segmentos orientados se eles tém mesma diregio, 5) Dois segmentos orientados opostos tém sentidos contrérios. 13 Segmentos Equipolentes Dois segmentos orientados AB © CD sido equipolentes quando tém a mesma ditegio, o mesmo sentido ¢ mesmo comprimento (Figs. 1.3.2 ¢ 1.3), Se os segmentos AB e CD nao pertencem 4 mesma reta. Fig. #.3-b, para que AB seja equipolente a CD 6 necessirio que AB//CD e AC/BD, isto 6, ABCD deve ser um paralelograma, Figura 13-0 Figura 1.3-b 4 Geometria analttica Observacées a) Dois segmentos nulos so sempre equipolentes. 5b) A equipoléncia dos segmentos AB e CD é representada por AB~ CD. 1.3.1 Propriedades da Equipoléncia 1) AB~AB (reflexiva). II) Se AB~CD, CD ~AB(simétrica). Ill) Se AB~CD e CD~EF, AB ~EF (transitiva).. IV) Dado um segmento orientado AB e um ponto C, existe um tnico ponto D tal que AB~CD. 14 Vetor Vetor determinado por um segmento orientado AB € 0 conjunto de todos os segmentos orientados equipolentes a AB (Fig. 1.4-a). — en — ee —_— Figura 14-2 * Se indicarmos com ¥ este conjunto, simbolicamente poderemos escrever: V= {XY/XY ~AB} onde XY 6 um segmento qualquer do conjunto. O vetor determinado por AB é indicado por AB ou B-A ou v. Vetores Um mesmo vetor AB. ¢ determinado por uma infinidade de segmentos orientados, chamados representantes desse vetor, e todos equipolentes entre si, Assim, um segmento determina um conjunto que é 0 vetor, ¢ qualquer um destes representantes determina o mesmo yetor, Portanto, com origem em cada ponto do espago, podemos visualizar um representante de um vetor. Usando um pouco mais nossa capacidade de abstragdo, se considerarmos todos os infinitos segmentos orientados de origem comum, estaremos caracterizando, através de represen- tantes, 2 totalidade dos vetores do espago. Ora, cada um destes segmentos é um representante de um sb vetor, Conseqiientemente, todos os vetores se acham representados naquele conjunto que imaginamos. ‘As caracteristicas de um vetor ¥ so as mesmas de qualquer um de seus representantes, isto 6:0 médulo, adireedo € 0 sentido do vetor so 0 médulo, a diregao ¢ o sentido de qualquer um de seus representantes. O médulo de ¥ se indica por |¥| . 1.4.1. Vetores Iguais Dois vetores AB e CD. sao iguais se, e somente se, AB~CD. 1.4.2 Vetor Nulo Os segmentos nulos, por serem equipolentes entre si, determinam um tinico vetor, chamado vetor nulo ou vetor zero, e que é indicado por 0 1.4.3 Vetores Opostos Dado um vetory”= AB, 0 vetor BA €0 oposto de AB ese indica por -AB ou por -V. 1.4.4 Vetor Unitério Umvetor v 6 unitdrio se \v| 1.4.5. Versor Versor de um vetor ndo nulo ¥ 0 vetor unitério de mesma diego ¢ mesmo sentido dev. 6 Geometria analitica Por exemplo, tomemos um vetor V_ de médulo 3 (Fig. 1.4-b). y Figura 1.4-b Os yetores Ue Uda figura so vetores unitérios, Pois ambos tém médulo 1. No entanto, apenas i tem a mesma direco e © mesmo sentido de ¥. Portanto, este é 0 versor de ¥. 1.4.6 Vetores Colineares Dois vetores ue V sao colineares se tiverem a mesma direpdo. Em outras palavras: Ue ¥ sao colineares se tiverem representantes AB e CD pertencentes a uma mesma reta ou a retas paralelas (Fig. 1.4-c) a y Figura 14-c 1.4.7 Vetores Coplanares Se os vetores ndo nulos U,V © W (0 niimero de vetores ndo importa) possuem represen- tantes AB, CD e EF pertencentes a um mesmo plano 7m (Fig. 1.4-d), diz-se que eles sao coplanares. Vetores 7 Figura 14-4 Guardemos bem o seguinte: dois vetores i © V quaisquer sdo sempre coplanares, pois podemos sempre tomar um ponto no espago e, com origem nele, imaginar os dois representantes de U e V pertencendo a um plano que passa por este ponto. Trés vetores poderdo ou ndo ser coplanares (Figs. 1.4-e e 1.4-f). +> >.> U,¥ ew sfo coplanares U,¥ © W nao sio coplanares Figura L4e Figura 14 1.5 Operagées com Vetores 1.5.1 Adigao de Vetores Sejam os vetores ue V representados pelos segmentos orientados AB e BC (Fig. 1.5-a). B > v v A v S Figura 1.5-a Os pontos Ae C determinam um vetor que é, por definigdo, a soma dos vetores Ue ¥, istoé, Su +¥. 8 Geometria analitica 1.5.1.1, Propriedades da adi¢ao 1 Comutativa, U+¥=¥ +0 | ~reiar II) Associativa: (u +¥)+w=u +(¥ tw) IID) Existe um s6vetor nulo 0 tal que para todo 0 vetor vse tem: VadeTevav > > >, IV) Qualquer que seja 0 vetor V, existe um s6 vetor -V (vetor oposto de v) tal que 1.5.2 Diferenga de Vetores Chamase diferenca de dois vetores Ue V, © se representa por d=U-¥, ao vetor > uty). Dados dois vetores ue ¥, representados pelos segmentos orientados AB e AC, respec: tivamente, ¢ construido o paralelogramo ABDC (Fig. 1.5-b e Fig. 1.5-c), verificase que a soma 2=T+Y 6 representada pelo segmento orientado AD (uma das diagonais) ¢ que a diferenca d =u -¥ 6 representada pelo segmento orientado CB (a outra diagonal). > > B ¥ D B a D * 4 “ — v 2 rs = c A > c Figura 1.5-b Figura 1.5-¢ 1.5.3 Multiplicagdo por um Namero Real Dado um vetor ¥ #6 e um némero real k #0, chama-se produto do mimero real k pelo vetor ¥ ovetor p = kv, tal que: a) modulo: [pl = [kv I= IKI IV; b) diregdo: a mesma de v; ¢) sentido: omesmo de ¥ se k>0, e contrério ao de ¥ se k<0 (Fig. 1.5-d). Vetores 9 <3 Figura 15-4 Observagies a) Se k=O ou V=0, o produto € o vetor 0. ») Soja um vetor_kv, com v0. Sefizermos com que o niimero real k percorra o conjunto IR dos reais, obteremos todos os infinitos vetores colineares a ¥, ¢, portanto, colineares entre 8, isto €, qualquer um deles ¢ sempre miltiplo escalar (real) do outro. Reciprocamente, dados dois vetores u © Vv, colineares, sempre existe kEIR tal que U=KV. A Figural.5-e mostra um exemplo desta tiltima afirmagao (@ = v= < a). z eo Figura 1.s-¢ Vouu “Ti (Fig. 1.5-f). De ¢) Oversor de um vetor v # 0 €ovetor unitario y= fato ele é unitario, pois: Iv | [FR] Figura ise Dai, conclui-se que v = |v|u, isto é,0 vetor V é 0 produto de seu médulo pelo vetor unitario de mesma direcao e mesmo sentido de V. 10 __Geometria analitica 1.5.3.1 Propriedades da multiplicag3o por um nGmero real Se Ue ¥ sio vetores quaisquere a ¢ b niimeros reais, temos: 1) a(bv) = (aby _,__ (associativa) I) (aby =av + bv (distributiva em relagdo a adigGo de escalares) 5 a I) a(W+v) = au +av — (distributiva em relagdo a adigGo de vetores) IW) Ww=¥ (identidade) 16 Problemas Resolvidos +s. ae 1) Dados os vetores J, ¥ € W, de acordo com a figura, construir 0 vetor 2u 3H +e = els a4 v Solugao: a” <4 ey 2) O paralelogramo ABCD é determinado pelos vetores ZB ec AD, sendo M e N pontos médios dos lados DC e AB, respectivamente. Completar convenientemente: a) AB +A -. a sehtdmetye ees D M c ») BA +DA = o) KC -BC = GAN FBC Ho. 2 z= 5 + te Z| m > Zz . Vetores u Solugao = a) AC b) BA + DA= CD +DA=CX c) AC - BC = AC + CB =AB d) AN +BC = AN +NM=AM ¢) MD + MB = MD + DN = MN —> lo — <> A BM - LDC = BM + MD = BD Observagao Sabese que dois vetores quaisquer Vy e Va, ngo colineares, so sempre coplanares. Como av, tem a diregGo de ¥j © a¥2 a diregdo de Vz, 0 vetor ay¥, +a,¥2 seré sempre um yetor representado no mesmo plano de ¥, ¢ V2, sejam quais forem os reais a; ¢ 3 (Fig. 1.6-a) a2v2 7 _ > ene ay¥, Hane Reciprocamente, qualquer vetor representado no plano de v; @ V2 serd do tipo at : ayV, tag¥2, para a; © ay reais. Vamos acrescentar a estes dois vetores um terceiro vetor ¥3. Entéo, pode ocorrer uma das situagdes: a) ovetor V3 estd representado no mesmo plano de ¥, © Vz 2+ + Neste caso, como o vetor ay¥i +a¥2 std no plano de ¥, ¢ Vz esendo aava, também deste plano, 0 vetor a,¥, +a;¥2 +a3¥9_ estard representado no mesmo plano de Vy e Vas b) ovetor v3 ndo estd representado no mesmo plano de ev. LS 12 Geometria analitiea Neste caso, a soma do vetor ay¥, +az¥2 (que estdno plano de J, © ¥;) como vetor do espago, conforme mostra aFigura 1.6-b. a3V3, isto é, ayv; taa¥a 4+a3¥3, seré um vetor 3 aqyy +922 +a3¥3 ayvy + ave 4 17 Angulo de Dois Vetores 0 dngulo de dois vetores Te V no mulos (Fig. 1-7-4) € 0 Angulo @ formado pelas semi- retas OA e OB (Fig. 1.7-b)e talque O<0 dois vetores cujas diregdes sejam as de ¥; € V2 € cuja soma seja v. Em outras palavras, iremos determinar dois ntimeros reais a, € a; tais que: Exemplos 1) Dados os vetores ¥, e ¥2 nio colineares e ¥ (arbitrério), a figura mostra como ¢ possivel formar um paralelogramo em que os lados so determinados pelos vetores a,¥; © a2V2 € portanto, a soma deles ¢ 0 vetor V, que corresponde a diagonal desse paralelogramo: 1S 16 Geometria analitica ava es / -------» “1 av Ve ay, +a,¥y 2) Na figura seguinte os vetores Vv, €¥2 so mantidos ¢ consideramos um outro vetor Vv: avi -------> 7 ’ ‘ / , 7 / / zy of) Pocecceeteence Para esta figura, temse: ay >0 € a; <0. 3) Se, mo caso particular, 0 vetor ¥ tiver a mesma diregdo de ¥, ou de V2, digamos de ¥;, como na figura, V ndo pode ser diagonal do paralelogramo e, portanto, a, deve ser igual a zero: V = ary + Op ve — >> =A Vea Quando o vetor ¥ estiver representado-por: v= aii + a2V2 Qa dizemos que V € combinagdo linear de ¥; © V3. O par de vetores ¥; © V2, no coli- neares, é chamado base no pland. Aliés, qualquer conjunto {¥,,¥2} de vetores nfo coli- neares constitui uma base no plano. Os ntimeros a, e a, da representagdo (2.1) sao Vetores no R? eno R217 chamados componentes ou coordenadas de V em relagio a base {¥,,¥2}. Ebom logo esclarecer que, embora estejamos simbolizando a base como um conjunto, nés a pensamos como um conjunto ordenado. O vetor 4,¥1 ¢ chamado rojedo de ¥ sobre V, segundo 4 direpio de Vz. Do mesmo modo, a¥) é.a projepio de ¥ sobre Va segundo a diregao de V, (Fig. 2.1-a). v1 avy Figura 2.1-a Na pratica, as bases mais utilizadas so as bases ortonormais. Uma base {e, 2 } € dita ortonormal se os seus vetores forem ortogonais ¢ unitdrios, isto fez | = 6 Ley e le, Na Figura 2.1-b consideramos uma base ortonormal (1,82) no plano xOy e um vetor ¥ com componentes 3 ¢ 2, respectivamente, isto ¢, v = 3¢, +2ey. Figura 2,1-b 18 Geometria analitica No caso de uma base ortonormal como esta, os vetores 3¢, © 2€) so projecdes orto- gonais de V sobre e; € e7, respectivamente. Existem naturalmente infinitas bases ortonormais no plano xOy, porém uma delas ¢ parti- cularmente importante. Trata-se da base formada pelos vetores representados por segmentos orientados com origem em O e extremidade nos pontos (1,0) ¢ (0,1). Estes vetores sao simboli- zados com? ej eabase {1,]} & chamada candnica (Fig. 2.1-c). Figura 2.1-¢ Em nosso estudo, a menos que haja referéncia em contrério, trataremos somente da base can6nica. Dado um vetor V=xi ty} (Fig. 2.1-d) no qual x ey. sf0 as componentes de ¥ em relagdo base {7,7}, 0 vetor xi € 4 projegio ortogonal de ¥ sobre 7 (ou sobre o eixo dos x) © Yj € a projegao ortogonal de ¥ sobre } (ou sobre 0 eixo dos y). Como a projegao sempre serd ortogonal, diremos somente projegao. Figura 2.1-d Vetores no IR? ¢ no IR® 19 2.2 Expressdo Analitica de um Vetor Ora, fixada a base {f,j}, fica estabelecida uma correspondéncia biunivoca entre os vetores do plano ¢ os pares ordenados (x,y) de mimeros reais. Nestas condigées, a cada vetor ¥ do plano pode-se associar um par (x,y) de miimeros reais que sifo suas componentes na base dada, razdo porque define-se: vetor no plano é um par ordenado (x,y) de ntimeros reais e se representa por: V=(@y) que é a expressio analitica de v. A primeira componente x ¢ chamada abscissa e a segunda, ordenada. Por exemplo, em vez de escrever v= 3i ~ 5], pode-se escrever ¥ = (3,-5). Assim também, F47 = (aay 31 = 0,3) -10i =(-10,0) e, particularmente, 1 = (1,0), } = (0,1) e T= (0,0). Observagéo Deve ter ficado claro que a escolha proposital da base {i,j} } deve-se a simpli icagdo. Assim, para exemplificar, quando nos referimos a um ponto P(x, y), ele pode ser identificado com o vetor v= OF = xi +y}, sendo O a origem do sistema (Fig. 2.2). Figura 2.2 Desta forma, 0 plano pode ser encarado como um conjunto de pontos ou um conjunto de vetores. 20 Geometria analttica 2.3 Igualdade e Operagaes 2.3.1 Igualdade Dois vetores u =(xs, 1) € ¥ = (x2, y2) sHo iguais se, e somente se, x1 = x € ¥: =yz,e a escreve-se U = Exemplos 1) Os vetores =e, 5) e V=(3,5) so igus, 2) Se o vetor U=(x+1,4)6 igual ao vetor ¥=(5,2y—6), de acordo com a _definigsio de igualdade dos vetores, x+1=5 © 2y-6=4 ou x=4 e y=5. Assim, se U=Vv, entéo x=4ey=5 2.3.2 Operagées Sejam os vetores U =(x1,y1) € ¥ = (Kaya) € aE IR. Define se a) Us¥ E(x +Xa,¥1 +¥2) 5) au = (axy, ays) Portanto, para somar dois vetores, somam-se as suas coordenadas correspondentes,e para multiplicar um vetor por um mimero, multiplica-se cada componente do vetor por este nimero. Exemplo Dados os vetores ¥ = (4,1) e V=(2,6), calcular u+v¥ e Qu. A Figura 23-2 mostra, geometricamente, que u +¥ = (4,1) + (2, 6)=(4 +2,146)=(6, 7), © a Figura 2.3-b que 20 =2(4,1)=(8,2). Figura 2.3-a Vetores no IR? ¢ no IR? 2 Figura 2.3-b As definigoes acima e as operagGes algébricas dos mimeros reais permitem demonstrar as propriedades citadas em 1.5: +> 3 a) para quaisquer vetores u,v e w, temse 5) para quaisquer vetores Ue ¥ eos niimeros reais ae b, temse a(bv) = (ab), Ga tb)y= ad + bi a + ¥)=al tav Ww-¥ 2.3.3. Problemas Resolvidos 1) Determinar o vetor W na igualdade 3w+2u=1V+4w, sendo dados 0 =(3,-I) ¢ poke V=(-2,4). 7 Solugao Esta equagdo 3w +2u WW +W pode ser resolvida como uma equagdo numérica: + 2 zy ow +40 Ble <4 <4 <4 - ow - ' is a, ey 4 ay " <1 ' ey 22 Geometria analitica itn Substituindo e ¥ na equagdo, vem oo) = 4¢2,4)-6.-) w= (4,1)-@-1) 51)-G, W = CL+Ga,1 +) W=ChD 2) Encontrar os mimeros a; e a tais que oot Meat 7 @ = at tayv, sendo w= (1,2), V=G,-2) e w = (1,8). Solugéo Substituindo os vetores na.igualdade acima, temos: (-1,8)= ai (1,2) + a2(4, -2) (-1, 8) = (a, 2a1) + (a2, -2ar) (-1, 8) = (a, +4a2, 2a; - 2a2) Da condigdo de igualdade de dois vetores, conclui-se que: ay 4a, = -1 2a, - 2ag = sistema de solugdo a; =3 € a, =-1. Logo, w =3¥; -¥2. 2.4 Vetor Definido por Dois Pontos Inimeras vezes um vetor 6 representado por um segmento orientado que nao parte da origem do sistema. Consideremos 0 vetor AB de origem no ponto A(x;,y:)€ extremidade em B(x2,y2) (Big. 2.42) Vetores no IR? ¢ no IR? 23 De acordo com 0 que foi visto em 2.2, 0 vetores OA e OB tém expresses analiticas: OA=(x1,y1) © OB =(x2,y2). Por outro lado, do triangulo OAB da figura, vem: OA + AB = OB donde AB = 0B — OA ou: AB = (%2,¥2) — (iyi) AB = (X2-X1, Y2-¥1) Figura 2.42 isto é, as componentes de AB sio obtidas subtraindo-se das coordenadas da extremidade B as coordenadas da origem A, razo pela qual também se escreve AB =B - A E importante assinalar que as componentes do vetor AB, calculadas por meio de B-A, sio sempre as mesmas componentes do representante OP com origem no inicio do sistema. Este detalhe fica claro na Figura 2.4-b onde os segmentos orientados equipolentes AB, CD e OP representam o mesmo vetor (3,1)- AB=B-A= (1,4) — 2,3)= (3,1) B= d-c= (43) — (1,2)=(3,1) pas Figura 2.4-b 24 Geometria analitica 2.4.1. Problema Resolvido 3) Dados os pontos A(-1,2), B(3,-1) ¢ C(-2,4), determinar D(x,y) de modo que CD =5.A8. AB. 1 > Solugéo WD =D-C=(xy)- (2,4) = (2), ¥ +4) = (RHZY-A) AB =B-A=(3,-1)-(-1,2)= (3 +G1),-1 #2) = 4-3) logo: (42,y-4) 46,3) (x+2,y-4)=Q,- Pela condigao de igualdade de dois vetores x#2=2 y-4=-35 x 5 sistema cuja solugdoé x=0 € Y= >- Por conseguinte: DOD 2.5 Decomposigao no Espago Todo o estudo de vetores feito até aqui, no plano, pode ser realizado no espago de forma andloga, consideradas as adequag&es necessérias.. No plano, qualquer conjunto {¥1,¥_} de dois vetores, ndo colineares, € uma base e, portanto, todo vetor ¥ deste plano & combinagio linear dos vetores da base, isto é, sempre Vetores no IR? e no IR? 25 existem os mimeros a, € a) reais tais que V =a,¥, +a)¥2. No espago, qualquer conjunto {Vi,V2.Vs } de trés vetores ndo coplanares é uma base e, de forma andloga, demonstra-se que todo vetor ¥ do espago ¢ combinagdo linear dos vetores da base, isto ¢, sempre existem ntimeros reais a,,a2 @ a3 tais que: Vv =ayV, taz¥p +a3v. iV +a2V2 asV3 onde a,, 3 € a3 s40 as componentes de V em relagdo A base considerada. Uma base no espago ¢ ortonormal se os trés vetores forem unitérios e dois a dois, ortogonais Por analogia ao que fizemos no plano, dentre as infinitas bases ortonormais existentes, escolhe- remos para nosso estudo a base candnica representada por {7,},k }. Consideremos estes trés vetores representados com origem no mesmo ponto O e por este ponto trés retas como mostra a Figura 2.5-a. A reta com a direcdo do vetor 1 € 0 eixo dos x (das abscissas), a reta com a diregdo do vetor | € 0 eixo dos y (das ordenadas) ¢ a reta com a direcdo do vetor k é 0 eixo dos z (das cotas). As setas indicam o sentido positive de cada eixo. Estes eixos so chamados eixos coordenados. Figura 2.5.4 Cada dupla de eixos determina um plano coordenado. Portanto, temos trés planos coordenados: o plano xOy ou xy, 0 plano xz ou xz eo plano yOz ou yz. As Figuras 2.5-b, 2.5-¢ 2.5-d dio uma idéia dos planos xy, xz ¢ yz, respectivamente. yy NS XN X_N : 7 NN Vetores no IR? ¢ no IR? 27 Estes trés planos se interceptam segundo os trés eixos dividindo o espaco em oito regiGes, cada uma delas chamada octante. A Figura 2.5-¢ dé uma idgia do 19 octante, a Figura 2.5-f do 29 octante e a Figura 2.5-g do 39 octante. Figura 2.5-€ Figura 2.54 Figura 2.5 ‘A cada ponto P- do espago vai corresponder uma terna (a, b,c) de niimeros reais, chama- das coordenadas de Pe denominadas abscissa, ordenada e cota, respectivamente. Para obter a abscissa de P, tracemos por P um plano paralelo ao plano yz; 0 ponto de intersegao deste plano com o cixo dos x tem, nesse eixo, uma coordenada a, que é a abscissa de P 28 __Geomerria analitica (Fig, 2.5-h). Para obter a ordenada de P, tracemos por Pum plano paralelo ao plano x7 0 ponto de interseggo deste plano com 0 €ix0 dos y_ tem, nesse eixo, uma coordenada b, que é a ordenada de P (Fig. 2.5-i). De forma andloga, a0 traga! POT P um plano paralelo ao plano xy, fica determinada a coordenada c, que é a cota de P (Fig. 2.55). Figura 2.50 Figura 2.5-1 | Pigura 2.54 Com este procedimento de tragar os trés planos pelo ponto P, fica determinado um paralele- pipedo retangulo como o da Figura 2.5). $e oponto fosse P(2,4,3), com idéntico procedimento, teriamos o paralelepipedo da Figura 2.5-4. Vetores no IR? ¢ no R* 29 Com base nesta figura, temos: ‘A(2,0,0) — um ponto P(x, y,2) esté no eixo dos x quando y=0 € 2=0; C(0, 4, 0) — um ponto esti no eixo dos y quando x=0 ¢ z=0; (0,0, 3) — um ponto est no eixo dos z quando x=0 € y=0, B(2, 4,0) — um ponto esta no plano xy quando D(0, 4,3) — um ponte esta no plano yz quando x= F(2,0,3) — um ponto estd no plano xz quando y = 0. O ponto B é a projegdo de P no plano xy, assim como D e F sfo as projegdes de P nos planos yz xz, respectivamente. O ponto A(2,0,0) ¢ a projeco de P(2,4,3) no eixo dos x, assim como C(0,4,0) e E(0, 0,3) séo as projecdes de P nos eixos dos y € dos z, respectivamente. Estd claro que um ponto do plano xy € do tipo (x, y,0). Ao desejarmos marcar um ponto no espago, digamos A(3,-2,4), procedemos assim: 19) marca-se 0 ponto A‘(3,-2,0) no plano xy; 20) desloca-se A’ paralelamente ao eixo dos z, 4 unidades para cima (se fosse -4 seriam 4 unidades para baixo) (Fig. 2.5-m). Para completar nosso estudo, consideremos um vetor Jextty}+2k, onde xy ez sfo as componentes de ¥ na base canénica {i,j,k}. Da mesma forma como fizemos para BIBLIOTECA UNI-BH Re (14930 30___Geometria analitica Figura 2.5-m © plano, este vetor ¥ é igual ao vetor OP com 0 (0,0,0) € P(x, y,z). Na Figura 2.5-n, 0 vetor ¥_ comresponde a diagonal do paralelepipedo, cujos Iados sfio determinados pelos vetores xi, y}_ e zk. B, para simplificar, escreveremos ¥=(y,2) que é a expressio analitica de V. Vetores no IR? e no IR? 31 Em vez de escrever v =3]+K, podese escrever v =(2,-3, 1). Assim, também, tind = (1,-1,0) 2-K = (0,2,-1) 4K = (0,0,4) e,em particular, 7 = (1, 0,0), = (0, 1, 0)e k = (0,0, 1) Tendo em vista a correspondéncia biunivoca entre 0 conjunto de pontos P(x,y,z) do ee espaco e 0 conjunto de vetores v= OF = xi + yj +k, 0 espago pode ser encarado como um conjunto de pontos ou um conjunto de vetores. Diz-se que este espago tem trés dimensdes ou que ele € tridimensional, porque qualquer uma de suas bases tem trés vetores e, portanto, 0 nimero de componentes de um vetor é trés. De forma andloga, o plano tem dimensio 2 ou é bidimensional. Fica fécil entender que a reta tem dimensao 1 ou € unidimensional. © conjunto formado por um ponto e por uma base constitui um sistema referencial, Em particular, que € 0 nosso caso, 0 conjunto formado pelo ponto O e pela base {i,j,k} é chamado referencial ortonormal de origem O ou, ainda, sistema cartesiano ortonormal Oxyz. Este sistema (Fig. 2.5-a) é indicado por (0,1,j,k). Por analogia, no plano, o sistema (0.7.3) € chamado sistema cartesiano ortonormal xOy ou, simplesmente, sistema cartesiano xOy. Por outro lado, sabemos que a representagGo geométrica do conjunto IR dos reais a reta, por isso também chamada reta real (Fig. 2.5-0). R —— Figura 2.5-0 O produto cartesiano IRxIR ou R? € 0 conjunto IR* = {(x,y)/x,y €IR} e sua representagdo geométrica € 0 plano cartesiano determinado pelos dois eixos cartesianos ortogonais x e y (Fig.2.5-p). Figura 2.5-p 32___ Geometria analitica O produto cartesiano IR x R x IR ou RR? é oconjunto R?= {(x,y,2/x,y.2ER} € sua representagdo geométrica ¢ 0 espago cartesiano determinado pelos trés eixos cartesianos, dois a dois ortogonais, Ox, Oy ¢ Oz (Fig. 25-4). Figura 2.5-q 2.6 — Igualdade — Operagées — Vetor Definido por Dois Pontos Da mesma forma como tivemos no plano, teremos no espago: 1) Dois vetores U=(X1,¥1,%1) € V=(%2Y2,22) so iguais se, e somente se, x1 =X2, Yi =Yo € Uy = 225 Il) Dados os vetores = (x15¥1521) € ¥ = (2,2, 22) @ 2 EIR, definese: Wt = (Xp Xa, Ys T¥2 21 +22) au = (ax;,ay, 4%) III) Se AGxy,¥1,21) € BCX, ¥2, 22) S40 dois pontos quaisquer no espago, entdo: AB = (x2 - X15 Yo -Yay 22 721) Vetores no IR? e no IR® 33 27 Condigao de Paralelismo de Dois Vetores U= (6,121) © ¥= (2, Y2.22) So colineares (ou paralelos), existe um niimero k tal que U = KV, ou seja, Em 1.53 vimos que, se dois vetores Ox, ¥1 21) = KO, Yas 22) ou: (X15 Yi 21) = (kx, kyo, kea) mas, pela definigGo de igualdade de vetores: x = key yi = ky 21 = ke ou HMA, xX yn 2 Esta ¢ a condi¢do de paralelismo de dois vetores, isto é, dois vetores so paralelos quando suas coordenadas sd proporcionais. Representase por u/jv dois vetores ue Vv paralelos. Exemplo Os vetores U = (-2,3-4) eV =(-4,6, -8) sio paralelos pois FF. ouseia, Y= 4¥, ag? oUseia, WEY. E claro que se uma componente “ um vetor € nula, a componente correspondente de um vetor paralelo também é nula. 2.7.1 Problemas Resolvidos 4) Dados os pontos A(@,1,-1) ¢ B(1,2,-1) € 0s vetores ¥ =(-2,-1, 1), ¥ =(3,0,-1) e ,AB +a, ta3v. W=(-2, 2,2), verificar se existem os mimeros aj,a) € a3 tais que w= 34 Geometria analitica Solugéo Temse: AB =B-A=(1,2,-1)-@,1,-)=G-0,2+CD,-1 +(#1))= (1,0) Substituindo os vetores na igualdade dada, resulta: (2,2,2)= 11, 1,0) ta2-2, -1, I) +23,0-D) ou: (-2,2,2)= (a1 85,0) + (2a ta» da) + Baa, 0 A) Somando os trés vetores do segundo membro da igualdade, vem: (2,2, 2) = (as ~ 2ar + 3a ay 82,2 ~ Aa) Pela condigdo de igualdade de vetores, obteremos o sistema: a, ~ 2ag +3a3 =-2 ap- =2 a,- a3= 2 que tem por solugdo a; = 3, a2 =1 € a3 =-1- Logo: w= 3AB+u-¥ Dados 08 pontos P(1,2,4), Q@,3,2) & R(2,1,-1), determinar a coordenadas de um ponto $ tal que P,Q, R € S sejam vertices de um paralelogramo. 5 Solugéo — stay Se PQRS ¢ 0 paralelogramo da figura, entdo PG =SR e PS=QR. s R Verores no IR? eno R35 Para S(x,y, z), vamos ter na primeira igualdade: Q-P=R-S ou: (1,1, -2)=@-x, 1 -y, -1-2) mas, pela definigdo de igualdade de vetores: 2-x=1 1-y=1 -l-z Essas igualdades implicam ser x= 1, y=0 € 2=1, Logo: S=(1,0,1). Com a utilizagdo da 24 igualdade, o resultado obviamente seria o mesmo. Além desta solugao, existem duas outras que ficam a cargo do leitor. 6) Determinar os valores de_m e n_ para que sejam paralelos os vetores if = (m+1,3,1)e v= (4,2, 2n-1). Solugéo Hel ol es 42° 2n-1 ae = 12 3(2n-1) = 2 2m+2 = 12 on-3= 2 A solucdo do sistema permite dizer que m= 5 e n= 36. 7) Geometria analitica Dar as expresses das coordenadas do ponto médio do segmento de reta de extremidades AQu, yi) © BOs, Ya). Solugdo O ponto médio M €¢ tal que AM = MB ou: M-A=B-M Sendo M (x,y), vem: (x-%1, ¥-¥1) = O@-% Y2-¥) e dai: XX, =X °K y-yi=¥2-¥ portanto: 2x =X, +X 2y=y2 ty logo: Ux tx, 2% + % 2 2 eyty = Mt 28 2) 3 4) 5) 6) 7) 8) 9% 10) 1) 12) 13 Vetores no IR? ¢ no IR? 37 Problemas Propostos Determinar a extremidade do segmento que representa o vetor V =(2,-5), sabendo que sua origem é 0 ponto A(-1, 3). Dados os vetores ¥ = (3,-1) e ¥=(-1,2), determinar o vetor W tal que a4@-v)+4w=2-w 1s 3 a eee b) 3w - QV - U) = 2(4w - 3u) Dados 0s pontos A(-1, 3), BQ, 5) e C(@,-1), calcular OX - AB, OC - BE 3BA -4CB. Dados os vetores U = (3,-4) € ¥=C3,9, verificar se existem mimeros a eb tais que Usav e v=bu. Dados os vetores U = (2,-4), ¥=(-5,1) © w = (12,6), determinar k, e Kk, tal que w=kutky. Dados os pontos A(-1, 3), B(1,0), C(2,-1), determinar D tal que DC = BA. Dados os pontos A(2,-3, 1) € B(4,5,-2), determinar o ponto P tal que AB = BB. Dados os pontos A(-1, 2, 3) e B(4,-2,0), determinar o ponto P tal que AP = 3AB. Determinar o vetor ¥ sabendo que (3,7, 1) + 2v = (6, 10,4)-¥. Encontrar os niimeros a, € a, tais que W=a¥,+a¥2, sendo ¥,=(1,-2,1), V2 =(2,0,-4) e W = 64,-4, 14) Determinar ae b de modo que os vetores u = (4,1,-3) ¢ V=(6,a,b) sejam paralelos. Verificar se so colineares os pontos: a) A(-1,-5,0), BQ2,1,3) e C(-2,-7,-1) b)AQ,1,-1), BG,-1,0) e CU1,0,4) Calcular a e b de modo que scjam colineares os pontos A(3,1,-2), B(I,5,1) & Cfa, b, 7). 38 Geometria analttica 14) Mostrar que os pontos A(4,0,1), B(S,1,3), C(3,2,5) € D(2,1,3) sao vértices de um paralelogramo. 15) Determinar o simétrico do ponto P(3, 1, -2) em relagdo ao ponto A(-1, 0,3). 28.1 ) 3) 5) y 9%) 1) 13) Respostas dos Problemas Propostos (1-2) (4,1), (2,5), (-5,-30) ky=-l ek, =2 PG,1,-4) V=(,1,1) aaw-CE, Ey ow, ty 4 ye8 Haz-d, p= -3 9 D4,4) 8) (14, -10, 6) 10) ay = 2, a, =-3 12) a) sim b) nio 15) (-5,-1, 4) (Rrra CAPITULO 3 PRODUTOS DE VETORES 31 Produto Escalar Chama-se produto escalar (ou produto interno usual) de dois vetores U=xity Yexat + ya} + zak, ese representa por wv, ao némero real uv =X1X2 + Yi¥2 #2122 Oprodutoescalar de w por ¥ também é indicado por ese lé""U escalar ¥”. R-8 se U=31-S}+8K e V=4t , tem-se Wy 3.x 4+(-5) (-2)48 x (-1)=12410-8=14 3.1.1 Problema Resolvido 1) Dados os vetores U=(4,a,-1) e V=(a,2,3) e os pontos A(4,-1,2) e B(3,2,-1), determinar o valor de @ tal que U. (V+ BA)=5. Solugao BA = A-B=(4-3,- -2,2-(-1))=(1, -3, 3) 40___Geometria analitica Substituindo e resolvendo a equagao dada, vem (4, a, -1). (a, 2,3) + (1, -3, 3) = 5 (4,a,-1). (e+ 1, -1,6)=5 A(at 1) + a(-l) -16 4at4-a0-6=5 Ba=5-4+6 3a=7 3.2 Médulo de um Vetor | IV], € 0 némero real ndo negativo Médulo de um vetor ¥=(x,y,2z), Tepresentado por Ivl=J/vev ‘ou, em coordenadas, WWi-Ver- YD ou ese a ee Exemplo Sev Wl=/ Gy +P +02) = 441 4 =V9 =3 2,1, -2), entdo Produtos de vetores___ 41 Observagées a) Versor de um vetor Se 0 versor do vetor ¥ do exemplo for designado por u, tem-se: er ol, eee. => 3 21. -2VGvge- zd 4,14. /9 See- fF b) Distancia entre dois pontos A distancia d entre os pontos A(x1,y1,21) € B(x2, Yo, 2) ¢ assim definida: d=|ABI=|B-Al €, portanto, Oa =)? + yi) + (a2 - 21 3.2.1 Problemas Resolvidos 2) Sabendo que a distancia entre os pontos A(-1,2,3) e B(I,-1,m) é7, calcular m. Solugao AB =B-A=(1-(-1),-1 -2,m-3)=(2,-3,m-3) 1Q,-3,m-3)| =7 JV QF +(3F + (m-3" =7 42 Geometria analitica Elevando ambos os membros ao quadrado e ordenando a equagdo vem: 44+9+m? -6m+9=49 m -6m-27=0 Resolvendo esta equagdo do 29 grau pela conhecida formula -21, obtém-se: na qual a= 1,b=-6 € logo: m=9 ou m=-3, 3) Determinar « para que o vetor v = (@, - +) seja unitério. Solugao Deve-se ter |¥]=1, ou seja, a +eay + =1 Produtos de vetores 43 3.3 Propriedades do Produto Escalar | Para quaisquer que sejam os vetores U=(X1,¥1, 21), V=(Xa, Yar22), W= (Xa, Ya, Za) € mEIR, € fécil verificar que: I) U.U>0 e U.u=0 somente se u=0 =(0,0,0) (imediato) I) U.V=¥.u (comutativa) De fato: ULV = XyXa FY1Y2 + 21Z2 = AX HYVs +7 =V-U I) U.(v¥+w)=u.¥+U. w (distributiva em relagao a adigao de vetores) De fato | UW (v #W)= Xi (Xo + Xa) + Yi (Yo + Ya) + Zi (22 + 25) UW. (v + W)= (xix. + YLY2 + 2122) + Xs + Y1Y3 F 2123) U.@ tweed ver w IV) (mu’).v"= m(u’.v” )= 0. (mV ) (exercicio para o leitor) De fato, de acordo com a definigéo de médulo de um vetor: Judai Elevando ambos os membros ao quadrado, vem: u 3.3.1 Problemas Resolvidos 4) Provarque ju +v|?=|u|?+2u.v+|v(? Solugdo lU+V/P2=@+v).@+tvsu.@tvyty.@+ty) JutVP =u utu.veviutvy lu+¥ P= lui? +20 v4 ly? 44 Geometria analitica Observagao De forma andloga demonstra-se que: Iv -¥/? =| ul? - 20 v4 v? 5) Provarque (U+¥).(@-¥) =u? - [VP Solugéo @+¥).@-V=d.@-v)4+¥.@-¥) @4¥).@ Vad TT Te Ta @+¥).@-¥)= [UP -1FP 3.4 — Angulo de Dois Vetores J4 vimos em 1.7 que o angulo 6 entre dois vetores ndo nulos ue Vv varia de 0° a 180°. Vamos mostrar que 0 produto escalar de dois vetores est relacionado com o angulo por eles formado. Se U #0, V #0 ese 6 €0 angulo dos vetores Ue ¥, entéo: + u.v=fullv| cosé Com efeito: aplicando a lei dos co-senos ao triangulo ABC da Fig. 3.4, temos: c ~ v-¥ v i — >, v Figura 3.4 lw -¥ |? =|8)? + 1¥ [2 - 2101 [¥] cose ) Produtos de vetores 45 Por outro lado, de acordo com as propriedades Il, III ¢ V do produto escalar (ver Problemas 4 ¢ 5, Item 3.3.1): WW-¥P =| + 1¥ PP -2e Q) | Comparando as igualdades (2) e (1): a pt, +t Jul? +|v[?-2u.v=|ul?+]¥[?-2]/u] |v] cosé | cos 6 G41) Conctuséo: O produtoescalar de dois vetores Ue ¥ 6 0 produto dos seus médulos pelo co-seno do Angulo por eles formado. Observacies a) Se U.¥>0, de acordo com a Férmula 3.41, cos@ deve ser um mimero positivo, isto é, cos @ >0, oque implica 0° <8 <90°. Nesse caso, 8 é angulo agudo ou nulo: o a 6 = ¥ b) Se U.¥<0, de acordo com a Férmula3.4-I, cos@ deve ser um mimero negativo, isto 6, cos@ <0, 0 que implica 90° <@<180°. Nesse caso, 9 & angulo obtuso ou raso: ~ * 6 | ¥ eo 46 Geometria analitica 6) Se W.¥=0, de acordo com a Formula 3.4-1, cos@ deve ser igual a zero, isto 6 cos 6 =0, o que implica 6= 90°. Nesse caso, # € Angulo reto: ey <4 3.4.1. Clculo do Angulo de Dois Vetores 44) Esta formula € de larga aplicagao no cdlculo do angulo de dois vetores. 3.4.2 CondigSo de Ortogonalidade de Dois Vetores | De acordo com a observagdo da alinea c) do Item 3.4, podemos afirmar: dois vetores so ortogonais se, € somente se, 0 produto escalar deles € nulo, isto é, se: u.v =0 Exemplo Y=C2,3,-2) 6 ortogonal a V = (-1, 2,4), pois: UV =-2(-1) + 3(2) + (-2)4= 24 6-8=0 a Produtos de vetores 47 3.4.3 Problemas Resolvidos 6) Calcular o angulo entre os vetores U =(1, 1, 4) ev =(-I, 2, 2). | Solugdo cos 0 = BY, 11.4) 2.3 14248 lul {vl Peisa xJf/-+?+? Sx JF 9 cos @ = 32x 3 cos 9 =e 1? V2 T J2V2 2 logo: 0 = are cos CF 45° 7) — Sabendo que o vetor V=(2,1,-1) forma um angulo de 60° com o vetor AB. determinado pelos pontos A(3, 1,-2) e B(4,0,m), calcular m. Solugéo De acordo com a igualdade (3.4-I1), podemos escrever: . - _¥. AB cos 60° = Iv] | ABI mas: AB=B-A=(4-3,0-1, m-(-2))=(1,-1,m+2) 48 Geometria analitica logo: 1 2, 1,-1).(,-1,m 2 S4titi JS ltitm +4mt4 =m-2 V6 Sm? +4mt6 O-O7se= —— 1+ 2m + m? 4° 6(m? + 4m + 6) 6m? + 24m + 36 = 4+ 8m + 4m? 2m? + 16m+32=0 m +8m+16=0 m = -4 (raiz dupla) 8) Determinar os angulos internos ao triangulo ABC, sendo A(3,-3,3), B(2,-1,2) e (1, 0, 2). Solugo Observemos que o angulo A é 0 angulo entre os vetores AB e AC. Logo: c 5 AB. AC __(-1,2,-1).(-2,3,-1) _2+6+1 9 JABI[AC] T4441 /479t] SOS S84 A=arecos ( 2. \= 10°53" 0, 982 Va Produtos devetores___49 Analogamente, BA.BC _ (1,-2,1).(¢1,1,0) _ -1-2 cos B = BA -BC [BAI[BC| T4441 J14140 VO V2 B= arc cos E)-150° (2,-3.1). (,-1,0). 243 —e Varo Vitl Si V2 VB ” C=aecos| 5) = 19°7' JVB Notemos que A+B + C= 180°. 9) Provar que o triangulo de vértices A(2,3,1), B(2,1,-1) € C(2,2,-2) € um tridngulo retangulo, Solugéo A forma mais simples de provar a existéncia de um Angulo reto é mostrar que 0 produto escalar de dois vetores que determinam os lados do tridngulo € nulo. Consideremos os vetores: AB = (0, -2,-2) (Poderfamos também considerar os vetores opostos deles.) Caleulemos: AB .AC = (0, -2,-2).(0,-1,-3) = 0+246 = 840 AB .BC = (0,-2,-2).(0,1,-1) = 0-2+2= 0 Tendo em vista que AB .BC=0, 0 angulo formado pelos vetores AB e BC, de vértice B, é reto. Logo, AABC € reténgulo. 50 Geometria analttica 10) Determinar um vetor ortogonal aos vetores V, =(1,-1, 0) & Vo = (1,0, 1). Solugo Seja B= (x,y,z) 0 vetor procurado. Para que WU seja ortogonal aos vetores Vie vs devemos ter: U.¥, =(@y,2). (1-1, 0)=x-y=0 U4, =Quy.2)- (1,0, =xt2=0 O sistema: x-y=0 x+z=0 6 indeterminado e sua solugdo €: ya z=-x Isto significa que os vetores ortogonais a ¥, € V2 sfo da forma (x, x, -x). Um deles € 0 vetor uy = 1, 1,-1). Observagio Os vetores da base canénica: {7=(,0,0), 7=@1,0, F=(,0,1)} sdo ortogonais entre siz e unitarios: (l= (jl= 11-1 ao i Sl Produtos de vetores 3.5 Angulos Diretores e Co-Senos Diretores de um Vetor Soja o vetor v= xi + yj + 2k. Y¥ sio os angulos a, 8 e y que ¥ forma comos vetores i,j eK, Angulos diretores de respectivamente (Fig. 3.5). Figura 3.5 Co-senos diretores de Vso os co-senos de seus angulos diretores, isto 6, cos, cos e 008 ¥. Para 0 célculo dos co-senos diretores utilizaremos a Formula 3.4-II YT _Gy.).0,0,0)_ x cos a aan rane v vii =p. Ivilil lvl Vj _¢ ¥.2)-(0,1,0) __y Via cos B= IvIljl Geometria analitica 3.5.1 Problemas Resolvidos 11) Calcular os co-senos diretores e os angulos diretores do vetor v = (6, -2, 3). Solugéo [l= JO + ay #3 = 364449 = 49 = 7 cosas fm 0,857 * Iwl=Iki v1 ou a+ ater \vP logo: Portanto, o vetor projecdo de U sobre V (proj. gt =W) é : a.(e- ¥ )z Prchey iwi ivi ou =, (3 z) > (3.6) proj.'=( SS ee 3.6.1 Problemas Resolvidos 15) Determinar o vetor projecdo de Y= (2,3, 4) sobre V = (1, 1,0). Produtos de vetores 57 Solugao Utilizando a formula: pra. te (P25 BCD) (1, -1,0) = (GBH) a0 proj. 5 W= CA)a -1, o=-44, -1,0)= (23-0) 16) Sejam os pontos A(1,2,-1), B(-1,0,-1) e C(2,1,2). Pedese: 4) mostrar que o triangulo ABC ¢ retangulo em A; 4) calcular a medida da projecao do cateto AB sobre a hipotenusa BC; c) determinar o pé da altura do triangulo relativa ao vértice A. Solugio a) Para mostrar que 0 Angulo A é reto basta mostrar que os vetores AB e AC. sao ortogonais, isto é, AB. AC = 0. A x =~ = Como AB =(-2,-2,0) e At 1,-1, 3), temos: AB . AC = (-2, -2, 0). (1,-1,3)=-2+2=0 58 Geometria analitica ») Vamos calcular primeiramente 0 vetor projegao do vetor BK sobre o vetor BC. Pela Férmula 3.6, sabe-se que: i. BC. Bl =| | proj. BC al sendo BA =(2, 2,0) e BC=(3,1,3), vem: pro}. oe -G20- 3.163) (3, 1,3) 242, 3,13) 3 Be ~G.1,3)-G,1,3) 94149 Fo ED 19 'A medida da projegdo do cateto AB sobre a hipotenusa BC ¢ 0 modulo do vetor, ou seja: 8 64 4 |$e.1.3|=301 Sorte = V™ c) Seja H(x, y, 2) 0 pé da altura relativa a0 vértice A. ‘mas: BH = proj. —. BA ae BH =H-B=(x-CD,y-0,2-CI))= (et Ly.2+ 0) proj. BA = Bx G,1,3) ae 19 logo: (et yt D= m4 8 24 19719719 ‘Tendo em vista a definigdo de igualdade de vetores, vem: Produtos devetores___59 Resolvendo o sistema, se obtém: logo: 5 8 5 Cig 75° 19) Observagao Se V éum vetor unitério, a formula (3.6) reduz-se a: proj, i= (VV, pois: VV = Sendo U=(x,y,z), e considerando os vetores particulares 7 =(1,0,0), J =(0, 1,0) e K=(0,0, 1), resulta: sao 3.7 + > Proj. i= ODF yi y= ae , ee proj. i= (U.K) Especificando, os vetores projegdes do vetor w= 31 +4) + 5K sobre os vetores 7,7 eK 31, 4j © SK, respectivamente. Produto Esealar no IR? Todo o estudo feito neste capitulo em relagdo a vetores do IR? é valido também no R?. Considerando os vetores U=(X1,y1) € V =(%2, Ya), temos: b)lul=J/u.u =/xty? ¢) validade das mesmas propriedades do produto escalar >> a) UV =XyX2 +1 Y2 60 Geometria analttica ) se 8 60 Angulo entre u #0 e V #0, entdo wv cos 0 = Lully e) ULY se, € somente se, u.V¥=0; observemos que vetores do tipo (a,b) e (-b,a) so ortogonais, J) se a € B so 0s angulos diretores de u, entdo: xy cosa = © cosp=—e ul Jul 8) costa + cos*6 = } _ fees | A) proj. T=(SS]¥ i ¥ vuv 3.8 Produto Vetorial Dados os vetores U=x, typ +zk ¢ Vax t+ya tak, tomados nesta ordem, S chama-se produto vetorial dos vetores Ue Vv, ese representa por U XV, ao vetor: ave | Ux V = (yiz2 ~21Y2)i = (22 ~ 21%2)) + Oya - Yama) Cada componente deste vetor pode ainda ser expresso na forma de um determinante de 28 ordem: > > ~ i- J+ k (3.8) Uma maneira facil de memorizar esta formula 6 utilizar a notagéo: ijk UxVax yi 2 G81) % Va he Produtos devetores 61 pois 0 29 membro de 3.8 € 0 desenvolvimento deste determinante simbélico segundo os ele- mentos da 1# linha, observada a alterndncia dos sinais que precedem os termos desse 29 membro. Na verdade, o simbolo a direita da igualdade(3.8-1)ndo é um determinante, pois a primeira linha contém vetores ao invés de escalares. No entanto, usaremos esta notagao pela facilidade de memo- rizagdo que ela propicia no célculo do produto vetorial. Observagao O produto vetorial do vetor U pelo vetor V é também indicado por U AY e se lé “TT vetorial ¥”. Exemplo Célculo do produto vetorial dos vetores v= 51 +4} +3K e V=1+k. TT uxv=|5 4 3 101 43 s 3} , |s 4] 5 Uxve i- it k 0 1 1 1 1 0 UxV=4-OFG-3)j +0-4)K uxvedi-3}-4k Se trocarmos a ordem dos vetores, vem: i ¥ 62___ Geometria analitica ou: ¥xd=-41-G-5)3+4-Ok o> + > ee ee ee a Logo, os vetores ux ¥ e@ V XU sio opostos, isto é U x¥=-V xu, 0 que significa que 0 produto vetorial ndo € comutativo. 39 Propriedades do Produto Vetorial Veremos que algumas propriedades do produto vetorial estio intimamente relacionadas com propriedades dos determinantes. Du xv=G qualquer que seja w. De fato, de acordo com a definigdo: ijk + > uxd=]an yi a XY 4 Observagao Resulta desta propriedade que: Produtos de vetores 63 Iuxyv De fato, de acordo com a definigao: <4 Tendo em vista uma propriedade dos determinantes (... trocando-se entre si duas linhas ...): + oe sos uxVve-vxu Observagio Resulta desta propriedade que: v ey I) uxWtwysuxvtux De fato, se ~ 7 ER w) x yn uy Xa +X3 Yat ¥3 22 +25 64 __Geometria analitica De acordo com uma propriedade dos determinantes (... cada elemento de uma linha é uma soma de duas parcelas ...): % Y2 7 % Ys oe Portanto’ ee a, Ux@twsu xvtu xw. IV). (mul) x¥= mu x). De fato: mg emai + my,j + mak, logo: (mil) xV = | mx, my, m7 i adn 7 De acordo com uma propriedade dos determinantes (... quando se multiplicam pelo nuime- ro m todos os elementos de uma linha...): Gmi)x¥-m |x oy 4 Portanto: (ma) x¥ =m@ x). Produtos devetores 65 Observacéo Do mesmo modo, demonstra-se que: (mi) x ¥ = m@ xv) =u x (mv). V) Wx ¥=Ose, e somente se, um dos vetores € nulo ou se Ue V sio colineares. De fato: 2) Se U énulo, as suas componentes sao (0, 0, 0): De acordo com uma propriedade dos determinantes (... uma linha constituida de elementos todos nulos Tx¥-0 ~ > ie b) Senem u nem ¥ so nulos, masse Ue ¥ sio colineares: u=mv ou: ip XV e eeole) = 113 = maxi + my, + mz,k, logo: a T q K uxv= |m my, mz, xX Ya % De acordo com uma propriedade dos determinantes (... duas linhas que tém seus elementos proporcionais ...): 66__ Geometria analttica Reciprocamente: sew x ¥ determinantes: Me 2 x th ma Ya Tr] s]%e ta] s] Xa Ye 0 todos nulos, Isto. significa que, ow xy = yy, , OU Ka Yas Zr Xa. Yas ta: por conseguinte, ou =G, ou We ¥_ slo colineares, ++ + + VI) U x ¥ ¢ ortogonal simultaneamente aos vetores Ue ¥. Tendo em vista o que dispe o Item 3.4-II do produto escaiar, se T.@ x¥)=¥ 0 XV) =9, uF <¥ €ortogonal simultaneamente aos vetores U eV. Ora, Pe es Yoo @ x1. Bi ui (u Xv)=x, cc ya ay X20 de loge: x oY1 41 U.@ =| a ym | = 0 Ky Ya ta Reon +2, Xr Ya de acordo com a propriedade dos determinantes (... duas linhas iguais...) De form yo x ot Vd xv) =x “yn Y. % x Ma + Xi Va =0, as componentes de u x¥ sf todas nulas, isto é, os sio proporcionais a Produtos de vetores 67 logo: X Ya % V.@xv= lou oy a] =o GY de acorde com a mesma propriedade dos determinantes 34 + + Por conseguinte, u ¥ € ortogonal simultaneamente aos vetores Ue Exempto O produto vetorial dos vetores w= 31 +2) -4K c ¥= 31-37 +R €o vetor: Ovetor u x¥. € ortogonal, simultaneamente, aos vetores ue ¥. De fato: “18-22 + 40=0 (at x V9.0 = -6(3)- 11(2) - 10(-4) (a x ¥).¥ =-6(2)- 11(-2)- 10) = -12 + 22-10=0 VID) Os verores U0 e¢ Wx F tom as direcdes das arestas de um triedro Oxyz direto (s¢ um saca-rothas, girando de um angulo menor do que 7. de Ox para Oy, avangur no sentido positive de Oz, © triedro é direto). Tendo em vista que uxvs “vxu wer oe bina a e que os vetores dx ¥ © ¥ XU Séo simultaneamente ortogonais a ue ¥ (Fig. 3.9-a), 08 velores U,V ¢ UV 4ém as diregdes das arestas de um triedro direta, enquanto as vetores ULY eV lu xv] = Lully] send, logo: ld xv] = Area ABCD. 3.10.1 Problemas Resolvidos 17) Determinar um vetor unitério simultancamente ortogonal aos vetores U = (2, -6, 3) ¥=4,3,1) Solugio _ A propriedade VI do produto vetorial sfirma que o vetor XV, come também o vetor Se ¥ xu, ésimultaneamente ortogonal av © V, Logo, os versores de U XY ede ¥ XU cons tituem a solugio do problema. 77 e dete lp oa ad lay son = mn al 3 if ta at?" fa 43 ou: Ux V=(6-91-Q-1D] ++ We -15 + 10, + 30k 72 Geometriaanclitica istod u xv =(-15, 10, 30) -¥ xu, vem: ‘Tendo em vista que U x ¥ ¥ x w= (LS, -10, -30) Logo, os correspondentes versores si0: uy -15, 10, 30 (15, 10,30) __1 = we. 15, 10,30) = 15,10, 30) 2 (215, 10, 30) = Ju xv 2254 10049 Vf 1225 a5 | yee Observacao Daqui por diante, com © objetivo de proporcionar ao estudante a oportunidade de auto- avaliar seus conhecimentos, ndo sero realizados, durante a solugdo de um problema, os cileulos sobre assuntos jd vistos anteriormente, a ndlo ser em casos especiais. “Assim, por exemplo: 1) O determinante simbolico 7 * 26 3 4301 TF TCR 2-6 3) = (-15,10,30) 43 4 em lugar de ser desenvolvido por uma linha como foi feito no problema anterior (desen- valvimento do determinante pela 14 linha). Freiutos te wetares 73 2) Quanda urn weter for definido pelas coordenadas da origem e daextremidnde, came, por exemple, A(1,-2.1) © B(2.-1,4), escrewnr-st-d ithplesmente AB =0,1,3), em Iugar de: Abe B-A2(2-1,-1-(-2),4-150,1,9). 3) Se se ther um welar a ~(4,-2, L) ¢ um vetor ¥ = (3,6,-4) 0 90 necessitar do vetoy MW -¥, oserover-sé-d sithploAmente way =(1,-8, 5), em lugar de: WV = (A, 92, 1) = (3, BAD A, 2-61 Ode 1, A, 8) 4) Operagdies com Matrizes, edleuto da Detorminantes « resnlugie de Sistemas de Lqagses Lineares, quando intervierem na solugZo de um problema, teuso gomente us respastar, fama ¥e7 que eAKeS ASSIMALGS 86 Constitnem em contedidos de revisin. Enfim, 08 céleatos de assuntos jt abordados ficarso a cargo do catndante, a titulo reftig, Sa a respastas encaninvtas conferirem com as apreseniadas, Gtimo. Entre- tanto, se apds algumas (entalivas ndo bouver eomple(a congordéneia, € sinal de qu de ox provayelniente, asswnlo deve ser revista, . + IR} Tndos os vetores W=(1,2,-8) © ¥= (0,-1.5), calealar a Area do patalelogiante doter- aninado pelos vetores 3 ¥ — Sabugio Sabemos que a drea A & di A= 10) x (10) mis: an = (3.6, -3) 74 Geometria unatteioa a 4 3ux(¥-uj= {3 6 -3] = (15,-9,-3) Hl -3 4 Por conseguinte: A=| (15, -9, -3)| = PIS ¥S149 = 315 = 34/35 va. (unidades de area), 19) Sejam os vetores u =(3,1,-1) © ¥=(a,0,2). Caleular o valor de a para que a drea do paralelogramo determinado por ue ¥ sejaiguala 24/6 Solugéo A dea do paralelogramo é dada por: A=|u xl Desejase que: |i x¥] = 2/6 Produtos de vetores 25 Elevando ao quadrado ambos os membros da igualdade, vem 4+ 36+ lata? +a? = 24 Qa? + 12a+16=0 a + 6a+8=0 Resolvendo esta equagdo do 2° grau, tem-se’ -4 ou a=-2 20) Calcular a drea do triangulo de vértives (1,-2.1), B(2,=1,4) © C(-1,-3,3) Sotucio A Figura 3.10-b mostra que, a partir do triangulo ABC, ¢ possivel construir um paralelo- gramo ABDC, cuja area é @ dobro da direa do triéngulo. Figura 3.100 Considerando o paralelogramo determinado pelos vetores AB e AC, conelui area A do triangulo é& que a | AB x ac Spee %6___ Geometria analttica mas: AB = (11,3) AC = 4-2, -1,2) -_- # 7 fj k ABeat= | 1 1 3) =G-80 2-12 | AB’ x AC|= 57 # (COP 4D = 2546041 = ¥/90 = 34/10 logo: 3.11 Produto Misto a ee ae Si & Dados os vetores Watt yy tak, Vemitya tak ¢ Waxsitysl tak, tomados nesta ordem, chamase produto miso dos vetores u, ¥ e W 20 nimeso real -(¥ W). Indicase o produto misto por (W.¥ Ww). Tendo em vista que: Ya % Ys %s My 2a — * 7 Ba: | X3 23 Xs Ya ¢ levando em consideragdo a definigao de produto escalar de dois vetores, o-valor dz u .(¥ x Ww) € dado por: aren yo 4 Xa 2a (u.¥, WER, “Yh Ys Ky oy Produtos de vetores 7 ou: M oY Gi |e on % Ys ts Exemplo 2 3 5 W,¥.w)= ]-1 3 3] =27 4 3 2 3.12 Propriedades do Produto Misto. D G@,¥,#)=0 se um dos vetores é nulo, se dois deles sa0 colineares, ou se 08 trés sso coplanares. De fato: a) se Ul €nulo as suas componentes so (0,0,00): 5) Senem u,nem ¥ so nulos, masse ue ¥ sfocolineares: uv =my on a = u=mx2i + mys) + mzak, 78 Geomerria anat(tica Jogo hy. my2 mq +) % Ya 4} = 0 Xs Ys % ) Se U,¥ ew sfo coplanares, o vetor ¥ x w, por ser ortogonal aos vetores Ve W, é ortogonal ao vetor u (Fig. 3.12-a). Se Ue ¥ Xx W. stio ortogonais, 0 produto escalar T.@ x9) € aulo. £ facil verificar gue, reciprocamente, & nenhum dos vetores W,¥ ¢ W. € nulo e se dois quaisquer deles nfo sf colineares, o anulamento de (U,¥, w) significa que U,V e W sfo coplanares. “4 &/ Figura 3.12.8 Repetindo: se u,v ¢ w so coplanares, (U,¥, ¥) = 0. Esta propriedade ¢ de fundamental importancia em vérios t6picos a serem estudados. De forma andloga, dizemos que quatro pontes A,B,C ¢ D pertencem a um mesmo plano (Fig, 3.12-b) se os vetores AB, AC ¢ AD forem coplanares, isto ¢, se (AB, AC, AB)=0 Produtos de vetores 9 D Trés vetores ‘Trés vetores nfo ‘coplanares coplanares Figura 3.12-5 II) © produto misto independe da ordem circular dos vetores (Fig, 3.12-¢), isto é: G¥.W)= 0,8, 0) =F, 7,9) v am (altura) ou: V=A, xh mas: Ay=1¥ wl © sendo 8 o Angulo entre os vetores ue vx W, lembrando que © vetor ¥ x W € perpendi- Cular i base, a altura do paraleleprpeda ¢ dada por: b= [UT cos 8] CE necessrio considerar o valor absoluto | cos |, pois 6 pode ser um Angulo obtusa.) Loge, 0 volume do paralelep ‘pedo 6: V=IWIIV » Wi 1 cos 61 Fazendo — *W=a, vem: V= IIa) | e080) a) mas, de acordo com (3,4-1): U.P =(ULai cosa ¢, em conseqiiéncia: 10 at= (C1181 cos 01 ® 84 Geometria anaittica ‘Comparando (1) com (2), vem: vela.al Logo Seth cs ae oy at Vela. xwle i, ¥,9)/ 3.13.1 Volume do Tetraedro ‘Todo paralelepipedo € equivalente a dois prismas triangulares iguais, Como todo prisma Uiiangular equivale a trés pirmides (que no caso so totraedros) de base e altura equivalentes & base @ altura do prisma, 0 volume de cada uma destas pirimides é 1 do volume do paralelepipedo. Sendo A,B, Ce D quatro pontor do espago, ngo situados num mesmo plano, ¢ tes a tés no colineares (Fig. 3.13-b), as arestas do paralelepipedo so determinadas pelos vetores AB, AC © AD e, portanto, o volume do tettaedro ABCD ¢: v=LA8, aC, ADDI Figura 3.13-p 3.13.2 Problemas Resolvidos 24). Dados os vetores U = (x, 5,0), ¥ = G, -2, le we = (1, 1, =I), calenlar 0 valor de x Para que o volume do paralelep(pedodeterminado por U,¥ ¢ Ww seja 24 uy. (unidades de volume). Produtos de vetores BS Solugdo O volume do paralelepipedo ¢ dado por: V=I@,¥, WI £, n0 caso presente, deve-se ter I, ¥, w)|=24 mas: x 5 0 @¥,w=] 3 2 1 |= x+20 1 1 = -l logo: Ix+20]=24, ue, pela definigao de médulo, implica duas hipéteses: x+20=24 ou: -x-20=24 portanto x=4 oux=-44 25) Caleular © volume do tetraedro cujos vértices so: ACL, 2,1), B(7,4,3), C4, 6,2) ¢ D(3, 3, 3). 86___Geomerria analltica Soiugdo O volume do tetraedro é dado por: v=Licad, AC, AD)! mas: AB =(6,2,2) AC = 4,1) AD = (2, 1,2) e: 6 2 2 (AB aGaDy=| 3 4 1 | = 24 2 1 2 Portanto, o volume do tetraedro é: al m= BG Uadur 3.14 Duplo Praduto Vetorial Dados os vetorss U=xi ty} tak, V= sultysft gk e waxltyad tak, chamase duplo produto vetorial dos vetores U,V¥ ¢ Same ty @ ew. Observagéo ‘Tendo em vista que @ produto vetorial ndo é associativo, em geral UxX@xwyFG xv) Rw Produtos devetores 87 3.15 — Decomposiggo do Duplo Produto Vetorial © duplo produte vetorial pode ser decomposto na diferenga de dois vetores com coeficientes escalares: Ux@ > 3, 7, D+ 2v =(6, 10, 4)-v. Dados os pontos A(1, 2,3), B(-6,-2,3) e C(1,2,1), determinar o versor do vetor 3BA - 2BC. Verificar se so unitarios os seguintes vetores: U=(,L 1) ¢ ¥ =) tC ee So oe 24) ects urieaes Determinar 0 valor de 2 pata que o vetor ¥ = (n, 2) seje unitério, Seja o vetor ¥ =(m+7)i +(m+2)}+5k. Calcular m para que I¥| = V35. Dados os pontos, A(1,0,-1), B(4,2,1) © C(1,2, 0), determinar o valor de m para que I¥1=7, sondo ¥ =mAC + Dados os pontos AG,m-1,-4) ¢ B(8,2m-1,m), determinar m de modo que | ABI= 35. Caleular 0 perimetro do triingulo de wrtices A(O, 1,2), B(-1,0,-1) ¢ €(2,-1,0). Produtos devetores 91 uD) 12) 13) 14y 15) 16) a) 18) 19) 20) 2) 22) 23) ay 25) 26) Obter um ponto P do eixo das abscissas eqiidistante dos pontos A(2, -3,1)¢ B(-2, 1,-1). Seja 0 tridngulo de wértices A(-1,-2,4), B(-4,-2,0)¢ C(3, -2, 1). Determinar o dngulo interno ao vértice B. Os pontos A, Be C so vértices de um trigngulo eqliilitero cujo lado mede 10cm. Caloular © produto escalar dos vetores AB e AC. Os lados de um m_trifingulo_re retangulo ABC (reto em A} medem $, 12 ¢ 13. Calcular AB. AC+BA BC+. GB Determinar os angulos do tridngulo de wértices A(2, 1,3), B(L,0,-1} ¢ CCI,2, 1). Sabendo que o angulo entre os vetores U=(2,1,-1) ¢ ¥=(1,-1,m+2) € 4, determinar m. Calcular n para que seja de 30° o angulo entre os vetores u =(1, n, 2) € J. Dados os vetores @ =(2,1,a), B=(a+2,-5,2) e ¢=(2a,8,a), determinar o valor de @ para que o-vetor a +b seje ortogonal ao vetor ¢- 2. Determinar o vetor ¥, paralelo a0 vetor u =(1,-1,2), tal que ¥.u =-18, -3eRe1 * ~ Determinar 0 vetor ¥ ortogonal so vetor i =(2,-3,-12) e colinear ao vetor =(-6,4, -2), Determinar © vetor V, colinear ao vetor u=(-4,2,6), tal que ¥.w=-12, sendo WL, 4,2). Provar que os pontos A(5, 1,5), B(4,3,2) e C(-3,-2,1) so wirtices de um tridngulo retingulo, Qual o valor de o para que osvetores @=ai +5} -4ik e b=(a+1)i +2) +4K sejam ortogonais? Verificar se existe angulo eto no tridngulo ABC, sendo A(2, 1,3), B(3,3,5) ¢ C(0,4, 1). Os ngulos diretores de um vetor podem ser de 45°, 60° ¢ 90°? Justificar. Os ngulos diretores de um vetor so 45°, 60° € -y, Determinar 7. i 92 Geometria analttica 27) Determinar o vetar ¥, sabendo que |¥|=5, ¥ é ortogonal a0 eixo Oz, ¥.W=6 ¢ w=} +3k. 28) Sabe-se que [¥|=2,cora=-e cosp= — + . Determinar ¥. 29) Determinar um vetor unitério ortogonal ao vetor ¥ = (2, -1, 1). 30) Determinar um vetor de médulo 5 paralelo ao vetor ¥ =(1,-1, 2). 3) Ovetor ¥ é ortogonal aos vetores ut =(2,-1,3) € 8 =(1,0,~2) ¢ forma angulo agudo com ovetor J. Calcular ¥, sabendo que |¥/=3 fe 32) Determinar 0 vetor, V, ortogonal 89 eixo Oz, que satisfaz as condigdes V.¥,=10 ¢ ¥. Vo =-§, sendo A =(2,3,-De veel, ~1,2). 33) Determinar o vetor projegao do vetor uf =(I, 2,~3) ma diregdo de ¥ =(2, 1, -2). 34) Qual o comprimento do vetor projegdo de 1 =(3, 5,2) sobre o eixo dos x? 35) Seo vetor AB tem co-senos diretores p, qe r e angulos diretores @, ¢ y, quais siio os co-senos ¢ os dngulos diretores de BA? 36) Mostrar que se u ¢¥ sio vetores, tal que U+¥ ¢ ortogonal a Wy, entéo [a1 =(21, 37) Mostrar que, se u ¢ ortogonala VeW, of é também ortogonal a ¥ + w. 38) Calcular © médulo dos vetores 0 +¥ © w-¥, sabendo que |¥|=4, |¥|=3 € 0 Angulo entre wev ¢ de 60°. 39) Sabendo que 1if|=2, 1V|=3 e que if e¥ formam um ingulo de 3 sad, determinar 1@u-¥). Way. 40) Determinar W.V+i W+¥.w, sabendo que d4vew=b, [el-2 [1-3 e > Iwl= V3. 41) © vetor ¥ € ortogonal aos vetores F=(1,2, 10) € B=(1,4,3) e forma fingulo egudo com 0 eixo dos x, Determinar ¥, sabendo que isi, 42) Dados os vetores U = (2, «1, 1), ¥=(1,-1,0) ¢ W=(-1,2,2), calcular: 43) 44) 45) 46) 47) 48) 49) 50) Produtos de vetores 93. awxe b)¥x(w -U) o) @+¥)x@-¥) d) (20) *(3V) OW xt). G xv) AM *y.w CLG XW) BW xVxw oe Ux @ «wy hyn tv). x w) Dados 08 vetores a =(1,2, 1) eb =(2, 1,0), calcular: a) 2a x@+0) 5) @ + 2b) x (@ - 2b) Dados 0s pontos A(2,~1, 2), B(L,2,-1) e C(3,2, 1), determinar o vetor CB x (BC ~2CA). Determinar um vetor simultaneamente ortogonal aos vetores 22 +b e b-a, sendo a =(3,-1,-2) eB =(1,0,-3). Dados 03 wtores @=0,-1,2, B=G,4,-2) ¢ C=(5,1,-4), mostrar que a .(b x cya(a xb).c. Determinar o valor de mt para que o vetor w=(1, 2, m) seja simultaneamente ortogonal gos vetores ¥; =(2,-1,0) © ¥2 =(1, -3,-1). Dados os vetores ¥=(2, 50,-5) € W=(-3a,x,y) determinar x © yp para que vxw=8. Determinar um vetor unitério simultaneamente ottogonal aos vetores ¥; =(1,1,0) ¢ Va =(2,-1, 3), Nas mesmas condigdes, determinar um vetor de médule 5, Mostrar num gréfico um representante de cada um dos seguintes vetores: ayj xo py at x 2 4 Geomeiria analftica a5 se abl | ok ad 51) Sabendo que |al=3, [b]=/2 e 45° € 0 dngulo entre a e b, caleular lax bl. 52) Se [dx ¥]=3 v3, |U1=3 © 60° € 0 angulo entre wc ¥, determina |¥| 53) Dados os vetoes #=(3,4,2) © B=(2, 1,1), obter um vetor de médulo 3 que seja a mesmo tempo ortogonal aos vetores 2a - be a+b. 54) Calcular a érea do paralelogramo definide pelos vetores u =(3;1,2) e€ ¥=(4,-1,0). 55) Mostrar que © quadrilitero cujos vertices so os pontos AI, -2,3), B(4,3,-1), C(5, 7, -3) e D(2, 2, 1) é um paralelogramo e calcular sua érea 36) Calcular a drea do paralelogramo cujos lados sao determinados pelos vetores 20 ¢ -¥, sendo u =(2,-1,0) e ¥ =(1,-3,2). 57) Calcular a drea do triangulo de vértices a) AC-1,0, 2), BC-4, 1, 1) ¢ C@,1,3) b) ALO, 1), BE, 2,1) ¢ C1, 2,0) ce) A(2, 3,-1), B(3, 1, -2) e C(-1, 0, 2) d) A(-1, 2,-2), B(2,3, -1) e C(O, 1,1) 58) Calcular a drea do paralelograme que tem um vértice no ponta A(3, 2, 1) ¢ uma diagonal de extremidades B(1,1,-1) € C(O, 1,2). 59) Caloular x, sabendo que A(x,1,1,), B(I,-1,0) e C(2,1,-1) sio vértices de um tridngulo de drea os 60) Dado o triingulo de vértices A(O,1,-1), B(-2,0,1) e C(1,-2,0), calcular a medida da altura relativa ao lado BC, 61) Determinar Vv tal que ¥ seja ortogonal ao eixo dos ye u=¥ xw, sendo u=(1, 1,1) e w=(2,-1, 1D. 62) Dados os vetores # =(0, 1, -1), FQ, ~2,-2) w=(1,-1,2), determinar 0 vetor xX, paralelo a w, que satisfaz 4 condigdo: x xu =v, 63) . 4) 65) 66) 67 68) 69) 70) mM Produtos de vetores 95 Dados os vetores Ww =(2,1,0) € ¥=(3,-6,9), determinar 0 vetor X que satisfaz a relagifo ¥ = x x. que seja ortogonal a0 vetor w =(I, -2, 3). Demonstrar que a xb =b x¢=e xa, sabendo que a+ htc” =0. Sendo u e ¥ vetoresdo espago, com ¥ #0: Pas a) determinar o iimero real r tal que U -rv seja ortogonal a ¥; b) mostrar que (@+¥) x (= ¥)=2v xu. Demonstrar que 0 segmento cujos extremos sfo os pontos médios de dois lados de um tridngulo é paralelo ao terceiro lado ¢ igual sua metade. Verificar se so coplanares 08 seguintes vetares: a) U=G,-1,2). ¥=(.2,. De w= -2, 3.4) by 0 =(Q,-1,0), V=G, 1,2) © w=(7,-1,2) Verificar se sd0 coplanares 0s pontos: a) A(1, 1, 1), BO-2, -1,-3), C(O, 2, -2) ¢ D(-I, 0, -2) 4) A(1, 0, 2), BC-1,0,3), C(2,4,1) e D(-1,-2, 2) ¢) A(,1,3), BG, 2,4), CI, -1,-1) e DQ, 1,-1) Para que valor de m os pontos A(m,1,2), B(2,-2,-3), C(5, -1, 1) € DG, -2-2) so coplanares? Determinar o valor de k para que os seguintes vetores sejam coplanares, a) 8=(@,-1,8, 1 =(,0,2) ¢ €=(,3.m) v= by =Q,1,0, B=(1,1,-3) © ¢=Kk, 1, -K) 2=Q,k,D, B=(1,2,k) e €=G,0,-3) 472K, Sejam os vetores if =(1,1,0), ¥ =(2,0,1), wf, =30 -2¥, w =U 4 3V © Ws Determinar o volume do-paralelepipedo definido por Wy, Wa € W> 96, 72) 73) 74) 75) Geometria anatitica Caleular 9 valor dem para que volume do paralelepipedo determinado pelos vetores =i0 FV, 60 + mp - 2K © Vy =-4F +i soja igual a 10. Os vetores @ =(2,-1,-3), B=CH,1,4) © C=(m+1,m,-1) determinam um para. lelep {pedo de volume 42. Calcular m. Dados os pontos ACI, -2,3), B42,-1,-4), C(0,2,0) © D(-l, m, 1), determinar o valor de m para que seja de 20 unidades de volume 0 volume do paralelepipedo determinado pelos vetores AB, AC e AB. Caleular 0 volume do tetraedro ABCD, sendo dados: 2) A(1, 0,0), B(, 1,0), C(0,0, 1) e Di, 2,7) 5) ACI, 3,2), BQ, 1,-1), C(-2,0,1) © DG, -2,0), Para este, caleular também a medida da altura tragada do vértice A, 3.16.1 Respostas dos Problemas Propostos ) a 3 7) 8) 9) 10) a=2 11) PCL, 0,0) X¥ =(I7, -13,-15) 12) 45° Ye(i0) 13) 50 14) 169 10 15) Amare cos sa B= arco 245 7 4 ou -5 C= are cos — Va Say ee 16) ms-4 -3 ou -I 1) tVT5 vil + v5) 18) 3 ou -6 19) (-3.3,-6) ¥ =03,-2.1),tEIR (2,-1,-3) BA. BC =0 -3 ou 2 A Nao, cos? 45° + cos? 60° + cos? 90° # 1 60° ou 120° 44, 3,0) ou (-4, 3,0) 1 Um deles € (0, —=, —=) VE VE -P-ge-r n-a,7-Bemn-7 V37 e VI3 Produtos de vetores 39) 264 15/3 4a) -9 41) (12-64) 42) a) (2,2,-1) 4) d-1,-1,0) ©) (-2,-2,2) df) (6, 6, -6) 2)3 fi-le-t g) (4,-1.3) e (1, 4, ~6) Ay a) (-2, 4,-6) 5) (4, -8, 12) 44) (12, -8, -12) 48) x3, 7,10, xR 46) 2.(b <== %b).€ 47) -5 48) x= -15b, y= 5 49) Duas solugdes para cada caso: 1 Or ft 92 a 98 Geometrig anaiftica SI) 3 61) (1,01) $2) 2 6 3 15 ax: $3) (seeps peak 63) xX =(y-9,y,3) > gaa” Jag? 54) V7 65) ajr=~ 55) ¥89 67) a) Nao; b) Sim, 56) 65 68) a) Sim; 6) Nao; c) Sim. SD ay ve 69) m=4 byt 3 yy 70) a)6 ; > ¢) 2 ou -3 oa TI) 44 wy. d2V6 72) 6 ou 4 & 58) 7a B) rou -F 1 59) 3 ous Td) 6 ou 2 335 8 — 7 i 6 oo) Ss) ay 2 4 es CAPITULO 4 A RETA 41 Equacao Vetorial da Reta Seja uma reta que passa pelo ponto Ae tem a direggo de um vetor ndo nulo ¥. Para que um ponto P do espage pertenga a reta r, € necessirio ¢ suficiente que os vetores AP c ¥ sejam colineares (Fig. 4.1), isto ¢; AP = ® ou: P-A=W ap Figura 4.1 De (4.1-1), vem: P=Ativ 100 Geomerria enatition ou. # (x,y. = 04, yi. 2) + a,b, oO), 41D se P(x, 2), AOU, Yi. t1) © V=(a.b, 0) Qualquer uma das equagdes (4,11) e (4.1-11) € denominada equagdo veroriat da reta r, Ovetor ¥= (a,b,c) échamado velor direfor dateta re t édenominade pardmesro. E facil verificar que a cada valor de + corresponde um ponto particular P; quando t varia de ~e a+, 0 ponto P desereve a retar. Exemplo Determinar a equaglo vetorial da reta r que passa pelo ponto A(3,0,-5) ¢ tem a diregdo See cot ee dovetor ¥= 31 + =k. ‘Designando por P(x, ¥, 2) um ponto generico dessa reta, tem-se P=Atw, isto és OG ¥, 2) = (3, 0, -SP+ (2, 2,1) Quando t varia de -° a +o, P descreve a retar. Assim, se t= 2, por exemplo (xy, 2)= (3, 0, -5)+ 20, 2,-1) (x.y, z) =(3, 0, -5) +44, 4, -2) (&¥, 2) = (7.4, -7) O ponte P(7,4,-7) € um ponto da reta 1. . Reciprocamente, a cada ponto Pr corresponde um niimero real 1, Por exemplo, sabe-se ia que o ponto P(7, 4,-7) pertenee a reta Oy. )=G, 0-8) 412.21) ' Joga, ¢ verdadeira a afirmagao 4 (7,4, -7) =(, 0, -5) + t(2, 2, -1), para algum niimero real t. Area tat Dessa igualdade, vern: y 1(2,2,-1) =, 44-7), 0,-5) f 12,2,-D=(4,4,-2) il (2t, 2t, -1) = (4,4, Da definigdo de igualdade de vetores, vern: t=2. | 1; 4.2 Equagdes Paramétricas da Reta Sejam (0.4.3, K) um sistema de coordenadas, Plx,y.2) € A(x. yi.44) um panto genérico © um ponto dado, respectivamente, da rela r,e ¥ = ai by + ck um vetor de mesma diego de 1, Da equagao vetorial da reta r: P=A+ty, | ou! | i (y2)= (us yut) +a boo) ou, ainda: | Gy. 2)= (x) +atey, + bt 2 tet} | vem x=) + at al yaya t bt (4.2) i £ a tet ii BIBLIOTECA UNI-BH i 102 ___ Geometria anatitica As Equagdes (4.2), nas quais a,b ¢ ¢ nfo sio todos nulos (#6), sfo denominadas equapdes paramétricas da reta 1, em s¢lagio 40 sistema de coordenadas fixado. Aretar é 0 conjunto de todos as pontas (x, y,z) determinados pelas equagdes parame tricas quando t varia de +22 a too, Exemplo ‘As equagSes paramétricas da reta 1, que passa pelo ponto A(3,-1, 2) ¢ ¢ paralela ao vetor ¥=(-3,-2, 1), sao t=3, tem-se: isto ¢, 0 ponto (-6, -7, 5) é um ponto da reta r. Observe-se que © ponto A(3, -I, 2) é obtida fazendo t = 0. J4 0 ponto (0, 3, 4) néo pertence a esta reta, pois as equages O=3-31 4=2ee ndo So satisfeitas para o mesmo valor det (1= 1 satisfaz a primeira equaga mas nfo as duas 43 Reta Definida por Dois Pontos ‘A reta definida pelos pontos ACY 421) € B(X2, ¥2, 22) ¢ 2 reta que passa pelo ponto A(ouB) e tem a diregao do vetor v= AB = (xz -%1, Yo ~¥1. 22> 41)- Exemplo Areta rf, determinada pelos pontos A(1, 3) ¢ B(3, 1, -4), tema diregdo do vetor ¥ = AB = (2,3, -1) eas equacies puramétricas x=1¢#2t y=-2t3t =-3-t representam esta reta 1, passando pelo ponto A, com a ditegdo do vetor ¥ = AB; analogamente, as equagées paramétricas 34 Ot sindu representam a mestna reta r, passanda pelo ponto B, coma diregie do vetor ¥ = AB, Observemos que, embora estes sistemas sejam diferentes, eles permitem encontrar todos os pontos da mesma reta, fazende t variar de -07 a +e, Por exemplo, para t= 1, obtemos 0 ponto P,(3, 1,-4) no primeiro sistema e 0 ponto P2(5, 4, -5) no segundo sistema, e ambos so pontos da mesma reta. E facil ver que 0 ponto P, pode ser obtido, no segundo sistema, fazendo ¢=0 ¢ 0 ponto P;, no primeiro sistema, fazendo t= 2. Observagsio > + Assim como o vetor v= (2, 3,-1) é um vetor diretor desta reta, qualquer vetor av, #0, também o ¢ Portanto, apenas para extmplificar, se a=2 © @=-1, as equagdes; x=144t x=1-2t y=-2+6t yo-2-3t ze -3-2t aa-3tt ainda representa, respectivamente, ateta r, 104 Geometria anatitica 4.4 EquagSes Simétricas da Reta ‘Das ¢quagdes paramé tricas (4.2). supondo abc # 0, vem: sts (44) Estas equagdes so denominadas equagdes simétricas ou normais de uma reta que passa Por um ponto A(x;,¥1,2;) € tem a diregdo do vetor ¥ =(a,b, ¢). Exampio AAS equagbes simétricas da reta que passa pelo ponto A(3,0, 5) ¢ tema ditecio do vetor Ven+% -K sto: ‘Observagao Se a reta ¢ determinada pelos pontos AGu,y;,2) € B(Xs,Y2,22), suas equagdes simétricas sfo: x Xz xy Yo-¥ 2-4 (4.441) mM te pois um vetor diretor é: V=AB = (0-1, ¥a-Yi 2-21), com x2-% #0, Yr-y #0 © -m #0. Areta 105 Exemplo As equagées simétricas da reta determinada pelos pontos A(2, 1, -3) ¢ B(4, 0, -2) stio ER oe YL aS 4-2 O-1 -24+3 x-2 243 t= Estas si as equagdes da reta que passa pelo ponto A ¢ tem a diregdo do vetor ¥ — AB. ‘As equagbes xed iy _ at? 20° 71 1 representam a mesma reta pasando pelo ponto Be coma diregio de v = AB. 4.41 Condigfe para que Trés Pontos Estejam am Linha Reta A condigao para que trés pontos As (X1,¥15%i), AzOla, Yar%2) © Malas Yas #3) stefam em linha reta é que os vetores Ay Az ¢ AyAs sejam colineares, isto é: A, A, = mA, Ag, para algum m © IR ou: Xa-% _ Ya-¥i 2 22-21 Ra Xa Yao-¥i By- i Gad): Exempio Os pontos A, (5, 2,~6), Ao(-1,-4,-3) € As (7,4,-7) esto em linha reta. De fato, substituindo as coordenadas dos pontos nas equagGes (4.4.1), tem-se: 195 Geometria analitica ou 45 Equacdes Reduzidas da Reta As equagoes simétricas (4-4-1) da reta pode-se dar outra forma, isolando as varidveis ye 2 ¢ expressando-as em fungio de x Assim: =m a b x tye gu tan i yometn Estas equages siio as fazendo: EM —p ox ta = eu 1 =q, vem: pxtg (4.5.1) equagdes reducidas da reta, Area 107 Exemplo Estabelecer as equagdes reduzidas da reta r que passa pelos pontos A(2, 1, -3) © B(4, 0, -2). @) As equag6es simétricas da teta que passa pelo ponto. A(2, 1,-3) € tem a direcao do vetor AB =(2,-1, 1) sao: x-2_ 243 2 2 1 2y - -H(x= 2) 2(@ + 3) = Nx~ 2) dy-2=-K+2 2+6=x-2 tys-x+242 2=x-2-6 ays -xt4 W=x-8 é Af eld BY AS equagbes simétricas da reta que passa pelo ponto B(4,0,-2) ¢ tem a diregzo do vetor ¥ = AB =(2,-1, 1) sio at? T Dessas equagées obtém-se ’ i { ‘ t 108 Geometrix analttiea Comparando as equagdes reduzidas obtidas em 2) 5), verifica-se que so equagdes da mesma reta r, 0 que, alids, vem confirmar a afirmagio feita no Exemplo da Observagio do Tem 4.4. Obser vacdes a) Nas equagdes reduzidas: yemtn zepxtq, a varidvel x figura como varidvel independente. Se expressarmos as equagies de forma que a varidvel independente seja y ou z, ainda assim as equagies so chamadas equagdes teduzidas. Por exemplo, as equagdes reduzidas da reta do exemplo anterior também podem ser expressas por: ou y=-2-2 1b) Das equagées reduzidas (4.5-1): yemxtn Z=pxtq, pode-se obter: (4.8.4) verificase que as equates reduzidas representam a reta que passa pelo ponto N(O, n,q) ¢ tem a diregao do -vetor ¥ =(I,m, p). Exempio As equagoes: Fepresentam @ tela que passa pelo ponto N{0,-3,5) ¢ tem a diregto do wetor ¥=(1,2, -4), Observe-se que o ponte N € obtido fazendo x=0 nas equagées reduzidas. Se se der a x outro valor, x=1, por exemplo, se teri © ponte M(I,~1,1) ¢ um vetor diretor seré NM =(1, 2, -4) ou qualquer mitiltiplo dele. 4.6 Retas Paralelas aos Planos e aos Eixos Coardenados ‘Vimos que as equaybes (4.2): K=x, tal yay, +bt Zany tet ouas equagdes (4.441): epresentam uma reta r déterminada por um ponto A(X,,¥1.2,) € por um vetor diretor ¥ =4a,b. 6). Até agora, supos-se que as componentes do vetor sfo diferentes de zero, Entre tanto, uma ou duas destas componentes podem ser nulas. Ent, temos dois casos: 1°} Uma sé das componentes de ¥ é mule Neste caso, 0 vetor ¥ € ortogonal a um dos eixos coordenados e, portanto, a reta 1 é paralela a0 plano dos outros eixas, Assim: 4) Se a=0, ¥=(0, b,c) 1 Ox ° r//yOz 10 Geomerria anatitica / As equagdes de r ficam: x= My / Yeye 222i ! nas quais se verifica que, das coordenadas (x,y,z) de um ponto genérico P da seta 1, variams somente y e 2, conservando-se x =x, constante. Isto significa que a reta r se acha num plano paralelo ao plano coordenado yz (Fig. 4.6-a) V, =(a, by, ¢,), expressa pelas equages: 2M LYM LEU ay bh e Qualquer reta rz, paralela A reta r,, tem pardmetros diretotes a2,b2, C2 proporcionais aos parimetros diretores a,,b,,¢, der). Em particular, a1,b,,¢y, sf parimetros diretores de qualquer reta paralela a neta ry. Nestas condigGes, se Ag(X2, ¥2, Z2) ¢ um ponto qualquer do espago, as equapdes da paralela dreta ry, que passa por Ag, sia 22%) 2 Yo¥2 ay by oy I) Se as retas ry e@ ry forem exprestas, respectivamente, pelas equagSes reduzidas: yam x+ny yom x+n, ete =pixt qr @=pax + qa, cujas diregoes «fo dadas, respectivamente pelos vetores: Y= (mp) ¥1 =(h m2, Pad, A reta a condigio de paralelismo permite eserever tom. loom pf ou: m, = my Pi = Pe Assim, por exemplo, as retas y=2x-3 y=2x+l ne e on so paralelas, 49 Condi¢ao de Ortogonalidade de Duas Retas ng A condigao de ortogonalidade das retas r, © 2 € a mesma dos vetores ¥y=tay, by, cy) © ¥; =(aq, by, 2) que definem as direcies dessas retas, isto é: 20 Geametria analiziea sao ortogonais, De fato 1) Adiregio de 1 & dada pelo vetor YM IL) A diregdo de rz ¢ dada pelo vetor ¥2 = My A condigio de orlagonalidade de duas retas &) ayb, + a,b; + ayb; =O e, neste caso. gx 3+0 x5 +(-6) 4 4=2440-24=0, o que prova serem) ortogonais as relas Ty ¢ tr. 4.9.1 Problema Resolvido 4 sejam ortogonais. Sofugdo Os vetores U=(0,m,-2) € ¥ =(2,-1,5) so vetores diretores de re s, respectivamente A consligao de ortogonalidade permite escrever: w.v=0 ow (i,m, -2).(2,-1,5)=9 2-m-10=0 -m=10-2 m=-8 Arta 121 Observagsio. Uma reta r, cujo vetor diretor V € ortogonal (ou normal) a um plano 1, & ortogonal 4 qualquer reta contida nesse plano, Assim, existem infinitas retas que passam por um ponto A Em e so ortogonais & reta r (Fig. 4.9). “4 Figura 4.9 4.10 Condigéo de Coplanaridade de Duas Retas A rela ry, que passa por um ponto A\(X1,¥i,21) © tem a dirego de um vetor ¥,=(ay,by,e1), € a seta ry, que passa por um Ponto Aa(%2, YasJa) @ tem a diregdo de um wetor ¥;=(a,, bs, ¢2), S80 coplanares se os vetores V3, ¥2 ¢ AyAy forem coplanares isto ¢, se for nulo 0 produto misto (1, ¥ 2, A1Aa) (Fig. 4.10) ange ay by a (a, Ya, Ar Aa) = ay be ca Xa-Xt Yar Yi Za -t (410-1) Figura 4.10 122 Geametria analftiea Exemplo As retas: so coplanares, De fato: 1) a reta ry passa pelo ponto Ay(2,0,5) e€ 0 vetor que define a sua direc ¢ ¥, =, 3,4); Il) a reta tz passa pelo ponto A,(-5,-3,6) € 0 vetor que define a sua diregao ¢ v2 =(-1, 1,3); 3s ILD) © vetor determinado pelos pontos A, ¢ Ay € A, Ax = IV) a condiggo de coplanatidade das tetas 1, € t) € que seja nulo o produto misto (W1,¥2, Ay Ay). No caso presente: 2 3 4 1 3 7 3 01 © que prova serem coplanares as retas r, € 1) 4.10.1 Problema Resolvido 5) Determinar o valor de m_ para que as retas ym +2 x=t hi e mid y=a42t z=3x-1 2=-2t sejam coplanares. Aveta 123 Solupio 1) areta 1, € definida pelo ponto A, (0,2, -1) e pelo vetor ¥, =(I,m,3); M) areta r, € definida pelo ponto A2(0, 1,0) € pelo vetor ¥2 = (1, 2, -2); IM) ovetor Ay Az =(0, =1, 1); TV) pela condigao de coplanaridade, deve-se ter as Yay 1A) =0, isto € ou: 2-3-2-m=0 m=-3 Quando m=-3, as retas 1 12 sfo coplanares. 4.11 Posigdes Relativas de Duas Retas Duas retas x, ¢ 12, n0 espago, podem ser: 4) coplanares, isto 6, situadas no mesmo plano. Nesse caso, as retas poderio ser: 1) conoorrentes: ry rz = {1} (I 0 ponto de intersegio das retas rer»); | | 128 Goometvia anatitiea AD) paralelas: ty O12 =# (9 € 0 conjunto vazio) (0 caso de serem ry ¢ 1 coincidentes pode ser considerado como um caso particular de paralelismo.) On =o ObservagGes A igualdade (410-1) Wise, ArAx) = & a condigfo de coplanaridade de duas retas ry ¢ 12 que passam, respectivamente, pelos pontos ‘Ay Az, € tém por vetores diretores os vetores V1 € Vz: a) se Ty © ry forem paralelas, sero coplanares, isto €; (isa, AAD) =9, Aria 128 pois duas linhas do determinante utilizado para caleular (¥,. ¥2, Ay A2) apresentam elementos nee proporcionais (vy =k¥3 ): 5) se Te 12 nao forem paralelas, a igualdade (ay AAD =O exprime a condigao de concorréncia dessas retas; ¢} se @ determinante utilizado para caleular (¥,, ¥2, AyAy) for diferente de zero, as Telas ry @ ry so reversas, 4.11.1 Problemas Resolvidos 6) — Estudar a posigdo relativa das retas x=1-3t nN: e om] y=4-6 2=-K zit Sotupao 3). Como ¥; =-3.¥,, as Sao vetores diretores de rye t2:¥, =(1,2,-1) ev, =(-3 fetas T1 © 1; so paralelas © no coincidentes (basta ver que © ponto A, (0, -3,0) pertence a 1) €ndo pertence a ta). 7) Estudara posigio relativa das retas 2=-241 Jo vetores dirctores de ry ¢ 1g! ¥y=(2,-1,1) © ¥q=(-4,2,-2), Entdo, vy ivy ¢ neste caso, 1) =r) (basta ver que um ponto qualquer de ry, digamos, A, (0, 1,0), pertence também a 1), 126 Geometria analitica 8) Estudar a posigdo relativa das retas: xaS+t e mify=2-t z=7-2t Solugdo a) As retas ndo so paralelas, pois 2 a 4 (Wy,¥_, AAg)= J 1 -l 2] = 0, ie 2 2 © que significa que as retas 1; er, sdo concorrentes, A determinagie do ponto de concorréncia de duas setas ser estudada no Item 4.12 9) Estudar a posigdo relativa das retas: th veel e@ om: x=yqz 1 =2x at yrE Solugéo a) As retas nao so paralelas, pois: 1,90 ,2 re1*d Areta a27 b) Calculemos o produto misto (¥,, V2, ArAz) para A,(0, 3,0) © Aa(0, 0, 0): 1 0 2 Gi Aray= fon 14 O o 3 oO © que significa que as retas 1, € T, so reversas, 4,12 Interseg&o de Duas Retas Duas retas 1, € 1 coplanares ¢ nao paralelas s40 concorrentes. Consideremos as relas: y=-3xt2 xaot ne e mid ysit%t z=3x-1 ge-3t ¢ determinemos o seu ponto de intersegdo. Se I (x,y, 2) € este ponto, suas coordenadas satisfazem o sistema formado pelas equagies de ry ¢ 12, istod, Kx, y,2) & a solugio do sistema: =-3x +2 z=3x-1 x= et y=lt+2t z=-2t Bliminando t nas trés dltimas equages, temos o sistema equivalente ya-3xt2 z=3x-1 y=1-2x 2=2x Resolvendo o sistema, encontramos; 128 Geomerria analitica logo, o ponto de intersegaia das retas ty ¢ ry €: 4,13 Reta Ortogonal a Duas Retas Sejam as retas 1) ¢ 12, ndo paralelas, com as diregdes' dos vetores Vy =(as.bi,c1) € Y> =(aa, ba, ca), respectivamente, Qualquer reta r, simultancamente ortogonal as retas ry ¢ ty, terd um vetor diretor paralelo ou igual ao vetor ¥, » v2 (Fig, 4.13). . fa Vix Va ‘3 1 i Figura 4. Nas condigées dadas, uma reta r estard bem definida quando se conhece um de seus pontos Exempla Determinar as equagdes da reta r que passa pelo ponto A(-2, 1,3} ¢ ¢ ortogonal comun as retas: xe2ee yal +2t ‘ ta: 2=-3t - Solucdo As diregdes de r, © 1; so definidas pelos vetores vy =(-1 Entdo, a reta r tem a direcdo do vetor: TOF kK VixVy=[-1 2 <3] = G2,8,6) 30 +l Logo, escrevendo as equagdes simétricas de r, vem: 3 2_y-1 Observacio Se as retas 1, e rg sdo paralelas, existem infinitas retas que passam por um ponto A e sto ortogonais a0 mesmo tempo a elas my 4.14. Ponto que Divide um Segmento de Reta numa Razao Dada Dados os pontos Py (x1, ¥1, 21) ¢ Po(%2.¥2, 72), diz-se que um ponto P(x, y, 2} divide co segmento de reta Py Pz ma razdo r (Pig. 4.14-a) se: =1P,P, PP 130__ Geonietria anattrica isto é, se: (RT HG yh Hem) R= re m)et ly- yap tena) E ou: X= Xy =0(x- x2) ¥-¥a =1(¥-ya) 2~ a =1(z- 2) (4.14) Figura 4.14-0 Das equapdes (4.14), vem: xe MDG Int = Y= "Va TSE Byoth T=r (%.¥,2) so at coordenadas do panto P que divide o segmento de rets P,P, na razio t, Exempio Dados os pontos P,(2,4,1) € Pa(3,0, 5), determinar © ponto P(x,y, 2) que divide osegmento P,P, na razio reg. Aveta 131 1) © fato de a razfio ser negativa significa que o ponto P estd situado entre Py € P (Fig. 4.14): Pe - PF Figura 4.14-5 IN) As coordenadas de P so dadas por: 2 = EX. x= © ponto que divide osegmento PyPz na razio r= x ope 3,2) 132 Geometria analitica 4.14.1 Ponto que Divide um Segmento de Reta ao Meio No caso de o ponto P dividir o segmento de reta P,P, a0 meio (Fig. 4.14-c), deve-se i ter: PP = PP, isto & r= 2 Pata, ¥2022) POs ¥62) | ¥ x Figura 4.14-< Neste caso: y= go Hh + Nota O estudo da reta no plano ndo serd feito neste livro por pertenoer ao curriculo do 29 grav. 4.15 — Problemas Propostos I). Verificar se os pontos P,(5,-5,6) e P.(4, -1, 12) pertencem a reta Arete Laz 2) Determinar @ ponte da reta x=2-t que tem abscissa 4, 3) Determinar men para que o ponto P(3, m,n) pertenga i reta x=1-2t sidy=-3-t 2=-44t 1 . 2 ee 4) Determinar os pontos da reta que tém (a) abscissa $. (b) orde nada 4; (c} cota | 5) O ponto P(2,y,z) pertence 4 reta determinada por A(3,-1,4) e BY4,-3,-1), Caleular P, 6) Determinar as equates reduaidas, com varidvel independente x, da reta que passa pelo ponta A(4,0,-3) e tema diregio do vetor v=21 +4) + 5k 7) Estabelecer as equagies reduzidas (varidvel independente x) da reta determinada pelos pares de pontos: @) A(Q1,-2,3) ¢ BU3,-1,-1) by A(-1,2,3) e B(2,-1,3) 8) Determinar as equagées reduzidas, tendo z como varidvel independente, da reta que passa pelos pontos P,(-1,0,3) € P2(1,2, 7) 9) Mostrar que os pontos A(-1,4,-3), B(2, 1,3) e C(4,-1, 7) sao colineares. 10) Qual deve sero valor de m para que os pontos A(3,m,1), B(1,1,-1) € C(-2, 10, 4) pertengam a mesma reta? I34 Geometria analitice 11) Citar um ponto e um vetor diretor de cada uma das seguintes retas: xt 3 a) fo x=y=z g=2-t 12)\, Determinar as equagdes das seguintes retas: a) reta que passa por A(1,-2,4) ¢€ paralela ao-eixo dos x; 5) reta que passa por B(3, 2, 1) ¢ perpendicular ao plano xOx, ) reta que passa por A(2,3,4) e é ortogonal a0 mesmo tempo aos eixos dos x e dos y: d) reta que passa por A(4,-1,2) tema ditegao do vetor 1 =}; 2) reta que passa pelos pontos M(2, ~3,4) e N(2, -1, 3). 13) Representar graficamente as retas eujas equagdes so: =-14tt z=2y a) | y=-10+St 8) z=9-3t xed =4+ xed x=442t h) b) | y=3 z=-5-5t $ =-3x + i ya-3x4+6 aes =-xt4 ll Are A135 14) Determinar o angulo entre as seguintes retas: + ar: 6 ss $=Ub- a) es eeen x=14VTt x=0 oon f y=t eos 15) € s | Yraxts 2=2x-2 16) Calcularo valor de n para que seja de 30° © angulo que a reta yEmers Z=2x-3 forma com a eixo dos y 17) Areta forma um ngulo de’60" com a reta deteminada Pelos pontos A(3,1,-2) © B(4,0, m), Caleulat 0 valor dem 136 Geametria anatttica 18) Calcular o valor de m para que os seguintes pares de retas sejam paralelas: ==3t : a) e 8 x=2-3t bye y=3 e s: z=mt \I9) Areca r passa pelo ponto A(1,~2, 1) e & paralela 4 reta } x=2+t s | y=-3r Se P(-3, m,n} © f, determinar me n. 20) Quais as equagdes reduzidas da reta que passa pelo ponto A(-2, 1,0) e é paralela a reta 5 SH 1 21) A reta que passa pelos pontos A(-2,5,1) e BC, 3,0) € paralela a reta determinada por C(3,-1,-1) e D(O, y, 2). Determinar o ponte D, I 22) Areta yemx +3 z=x-l € ortogonal & reta determinada pelos pontos A(1,0,m) ¢ B(-2,2m,2m), Calcular valor de_m A reta 137 23) Caleular o valor de m para que sejam coplanares as seguinies retas 24) Calcular o ponto de intersegdo das retas y=3x-1 2) e z=2a+! b) e y=2x-3 98 peace . yas aor € z=4xtl 25) Dadas as retas n Y3e etd = Retr bef y=1-3t z determinar: a) © ponto de intersegao de $ © h; 5) o Angulo entre r e s, 138 26) 27) 28) 29) 30) 3 Geometria analitica Em que ponto a reta que passa por A(2,3,4) e B(1,0,-2) intercepta o plano xy? Sejam as retas eed 3 y=dxtl nd y=4+st e st z=mt a) ealeular 0 valor de _m para.que r es sejam concorrentes; 5) determinar, para o valor de _m, © ponto de intersego de 1 € 5. Estabelecer as equagdes paramétricas da reta que passa pelo ponto A(3,2,1) © é simultaneamente ortogonal as retas =-2x +1 ES-x-3 Estabelecer as equagGes da reta que passa pela origem ¢ é simultancamente ortogonal as retas y=3x-1 € 3 cant Determinar as equagdes paramétricas da reta que contém o ponto A(2,0,-1) e ¢ simultaneamente ortogonal 2 reta eaoeixo dos y. Estabelecer as equagdes paramétricas da reta que passa pelo ponto de intersegdo das y z=2+2y ¢ &,a0 mesmo tempo, ortogonal a r 8. Aveta 139 etek bo -2 € paralela d reta que passa pelo ponto A(-1,0,0) ¢ ¢ simultancamente ortogonal as retas x= yox ney ys-2t43 6 oy 2=3t-1 Calculer ae 6 33) Dados os pontos P,(7,-1, 3) ¢ P,(3, 0, -12), determinar: 4) © ponte P, que divide osegmento P,P, nasazdo 4; 4) 0 pont Q, que divide o segmento P,P a0 meio. 34) © ponto P(9, 14,7) divide osegmento P,P; na raz = Determinar P,, sabendo que P,(1, 4,3). 35) Sejao tridngulo de vertices A(1,0,-2), B(2,-1,-6) e C(-4, 5,2). Estabelecer as equaghes paramétricas da reta suporte da mediana do tridngulo ABC relativa a0 lado BE, 4.15.1 Respostas dos Problemas Propostos 1) Apenas P, ~ a (41,5) 3) m=-2,n=-5 9) 5,227.41 -2, 140 Geometria anaittica 5) PQ, 19) 6) y=2x-8 oe ne dx-13 t 5 Noaylyst-5 z=-2x45 i 16) 4VTF IT) -4 19) 20) at) 22) 23) 24) 33 26) 27) 28) 29) Arete 148i 5 b)-s y=4x+9 6 g=-x-2 (0. LO bow 2 aya by-7 oy a) (1, 2,3} bY (4, 3,9) ce} (21, -2) @) (1, -5, 5) a) (2,4,-1) 5) 0 = woeo V3 4 Hho a)m=2 5) (-1, =1, -2) x=3-1 y=2 zai-0 [2 = 142. is ) 32) 33) 34) 35) Geometria analittca a) P(15, -3, 33) 2) 06,--4, P2(-3, -1, 1) 2b 9 2 > CAPITULO. SE 5 O PLANO SS RE 5.1 Equagéo Geral do Plana Seja AG, y1, 21) um ponto pertencente a um plano me n=ai +b} +c, @ (0,0, 0) um vetor normal (ortogonal) a0 plano. 0 plano x pode ser definido como sendo © eonjunto de todos 0s pontos P(x, ¥,2) do espago tis que ovetor AP ¢ ortogonal a (Fig. 1-2). 0 ponto P pertence a m se, e somente se: n.AP=0 (S11) Pigura 5.1-a 13 itt Geometria anaiftica ‘Tendo em vista que: H=(b,) ¢ AP=(x-x, y-y1, 2-2), a equagao (5.11) fica (a,b, €) (X=, 9-91, 2-2) =0 ou: a(x xy) + b(y - yy) + o(2- 21) =0 (51-1) ou, ainda ax + by + cz~ ax, = by, - cz, =0 Fazenda: AX; ~ byy - cz) =d, vem: axtby tex#d=0 (5.1411) Esta é a equagdo geral ou cartesian do plano 7. Observagdes 2) Da forma com que definimos o plano 7, vimos que ele fica perfeitamente identificado por um de seus pontos A ¢ por um vetor normal n =(a,b,¢) a m, com a,b, ¢ no simulta: neamente nulos, Qualquer vetor kn, k # 0, € também vetor normal ao plano. +) Sendo num veter ortogonl ao plano‘, ele ser4 ortogonal a qualquer vetor represen lado neste plano. Em particular, se ¥) © Vy So vetores nifo colineares, ¢ paralelos ao plano, em irtude den ser ortogonal, ao mesmo tempo, a ¥; © ¥p (Fig. 5.1-b), tem-se: m=¥, x; 0 plano 145 [x\ Figura §,1-b ¢) E importante observar que os trés covficientes a,b e ¢ da equagao geral ax + by tez +d =O fepresentam as componentes de um vetor normal ao plano, Por exemplo, se um plano & dado por: mi3x + 2y-4z+5=0, um de seus vetores normals €: n=(3, 2,4) Este mesmo vetor a é também normal a qualquer plano paraleloa m. Assim, todos os infinitos planos paralelos a 1m equagdo geral do tipo: axt2y-4z2+d=0 na qual d 6 0 elemento que diferencia um plano de outro. O valor de d estd identificado quando se conheve um ponto do plano. Exempio _,_Determinar a equagao geral do plano 7 que passa pelo ponto A(2,-1,3), sendo n= (3,2, 4) um vetor normal a 7. = 146 Geowietria analitica Sofucéo Se nt € normal ae plano, sua equacdo é do-tipo: 3x +2y- 424d =0, Como © ponto A pertence 20 plano, suas coordenadas devem verificar a equagio, isto é: 3(2) + 2-1) - 4(3) #4=0 6-2-12+4=0 d=8 Logo, a equagio geral do plano n é: 3x + 2y-42+8=0 Observacéo Este problema pode ser resolvido com a utilizagio da equagio (5.1-II): a(x - x1) + by - ya) tofz- 24) =0 mas: (a,b,c) =(3, 2, -4) e: xy=2 yi eal a = 3, logo: 3(x- 2) + 2y +1) = 42-3) =0 3x-642y #2-4241250 3x +2y-4248=0 51,1 Problemas Resolvidos 1) Escrever a equacéo cartesiana do plano m que passa pelo ponto A(3,1,-4) e é paralelo a0 plano: my i 2x~3y t2-6=0 Sohugio Sendo w//m,, 0 vetor my =(2,-3, 1) normala m é também normal a m. Entio, a equagio de 1 ¢ do tipo: 2x-aytz4d=0 Tendoem vista que A€n, deve-se ter: 2(3) - 3(1) 1-4) #d=0 6-3-4+d=0 Logo, a equagio do plano m é: ax-3y +2120, 148 Geometria analitica 2) Estabelecer a equagio geral do plano mediador do segmento AB, dados A(2,-1,4) e Bi, -3, -2). Solucio © plano mediator de AB ¢ © pluno perpendicular a AB € que comtém o seu panto médio. Um vetor normal a este plano é AB = (2, -2, -6) e um ponto do plano é este ponto médio P(3,-2, 1), conforme se pode ver em (4.14.1), Entdo, a equagdo procurada, de acordo com (5.1-II) é: 2x-3)- Ay + D-6(2- 50 2x - Iy -62-6-44+6=0 ou: 2x - 2y- 62-450 Obser vapio. Se se multiplicar ambos os membros da equagio aeima por +, vern: x-y-3z Esta equagio € a mesma equagao geral do plano mediador do segmento AB. O que ovorteu para se obter a equacdo simplificada foi o seguinte: em lugar de se considerar 0 vetor normal AB = (2, -2, 6), foi utilizado o vetor normal atc 7 (2, -2,-6) =A, 3), 3) Determinar a equagdo geral do plano que passa pelo ponte A(2,1,-2) ¢ € perpendicular a reta -4est mf yi tat Oplano 19 Solugio Um vyetor normal a este plano € 0 proprio vetor diretor (3,2,1) desta reta. Ento, a equagio do plano m, de acordo com (5.1-I1), é AMx- 2) +2y- I Met =O 3x + 2y +2-6=0 Observacaio Para obter pontos de um plano, basta atribuir valores arbitrérios a duas das varidveis ¢ calcular a outra na equago dada. Assim, por exemplo, se na equagdo anterior fizermos x= | e y=-2, teremos: 3() + 20-2) +2-6=0 3-44+2-650 57 ©, portanto, o ponto A(t, -2, 7) pertence a este plano. Se nesta mesma equagdo 3x+ ly t2-6=0 fizermos: x=0 ¢ y=0, wmz=6 x=O0 © 250, vemy=3 e 250, vemx=2 Obtemos, assim, os pontos A1(0,0,6), A2(0,3,0) e As(2,0,0) nos quais o plano intercepta os eixos coordenados, A Figura S.1-c mostra o referido plano. 5.2 Determinagao de um Plano Vimos que um plano ¢ determiinade por um de seus pontos ¢ por um vetor normal a ele Existem outras formas de determinaggo de um plano nas quais estes dois elementos (ponto c vyetor normal) ficam bem evidentes, Algumas destas formas serio a seguir apresentadas, 150 Geometria anatitiea ¢ ACO, 0,6) } ( ; | i ‘Figura S.1-¢ | | Assim, existe apenas um plano que: ji ' 1) passa por um ponto A eé paralelo adois-vetores ¥, ¢ ¥z_ milo colineares. k Neste caso: 1 =V, Va} t a i i! | 2) passa por dois pontos A ¢ B eé paralelo.a um vetor V no colinear ao vetor AB. Neste caso: n =v * AB; fn { i Hy 0 plano ist { i 3) passa por trés pontos A, B e C néo-em linha reta. i wesineasgs “AB x48; | > | 4) contém duas retas r) © 1 concorrentes | Neste caso: 1 =¥, ¥z, sendo ¥, € ¥q vetores diretores de 1 € 12; 7 i | i x | = 1 4x” Ss 5) contém duas tetas ry ¢ rz paralelas. Neste caso: th =¥, X AyAg, sendo ¥, um vetor diretor de r, (ou) © Ay Er, @ Ager. BL =A 152 Geometria analitica 6) contém uma reta r eum ponto BE r. Neste caso: n =¥ x AB, sendo v um vetordiretorde re Ar, Lees) Observapio Nos seis casos apresentados de determinago de um plano, um vetor normal n sempre & dado pelo. produto vetorial de dois vetores representados no plano. Estes dois vetores so chamados verores-base do plano. 6.2.1 Problemas Resolvidos 4) Determinar a equagdo geral do plano que passa pelo ponto ACI,-3,4) ¢ € paralelo aos yetores ¥, =(3,1,-2) ¢ ¥2 =(,-1, D. Solupao 0s vetoresbase do plano so ¥, e V2 ¢, portanto, um vetor normal ao plano (caso 1) é tT FJ Rev, xvy=/3 1-2] = (1,-5,-4) I-11 Enlo, a equagio geral do plano, de acordo com (5.1.11), € =I 1) = (y+ 3)-4(z- 4) = 0 ox+ Syodz +1 -15 +1650 | O plone 153 ou xt Sy +dz-2=0 Nesta equago, um vetor normal ao plano & By =-1n =-1(l, -5, 4) =(1, 5, 4) 5) Estabelecer a equagdo geral do plano determinado pelos pontos A(2,1,~I), B(0,-1, 1) e C(1,2, 1). Solugao Os vetores-base de plano so AB 192, Ye AC= (4, 1, 2)e, portanto, um vetor normal do plano (caso 3) é: fF of € n=AB x AC=]-2 -2 2] = (-6,2,-4) -1 1 2 Entdo, a equagdo geral do plano, de acorde com (5.1-11), €: ~6(x = 2+ My-1)-4(24+ 1) =0 6x + 2y-42+12-2-4=0 ~6x + 2y-4z+6=0 ou, multiplicando ambos os membros da equacdo. por + ax-y+22-3=0 Observacéa Na determinagdo da equacdo deste plana foi utilizado 0 ponto A. A equagao seria a mesma ‘Se se usasse 0 ponto B owo ponto C, 454 Geometria analitice 6) _Estabelecer a equagio cartesiana do plano que contém a reta x4 “| aye 8ponto BE-3, 2,1) Sotugio ‘A reta 1 passa pelo ponto A(4,3,0} (a cota deste ponto pode ser qualquer miamero real, pois areta r € paralela aoe eixo Oz) e tem a diregiio do vetor ¥=(0,0, 1). Portanto, os vetores- base do plano (caso 6) sf0 Ve AB=(-7,-1, 1) ©: 7 3g *& n-vexab= | 0 1 |=(,-7,0) 7 Ad Entdo, a equagdo cartesiana do plano, de acordo com (5.1 Al), é: 1(x #3) - Ay- 2) +0(2-1)=0 ou: x-7yt17=0 Observagao Em todos os problemas de determinagio da equagio geral do plano um vetor normal foi obtido através do produto vetorial de dois vetores-base desse plano. Vamos mostrar, retomando © Problema 4, um outro modo de se obter a equagdo geral. Nesse problema, o plano passa pelo ponto A(1,-3,4) ¢¢ paralelo aos vetores ¥, =@G,1,-2) e ¥;=U,-1, D. © plano 138 Ora, se P(x, y.z} € um ponto qualquer do plano, os vetores AB, ¥, ¢ ¥ so coplanares e, portanto, o produto misto deles ¢ nulo, isto é: B42) =0 Assim, obtemos a equagao geral do plano desenvolvendo o determinante do 19 membro da igualdade: 3 1 -2\|=0 A Set 1 | istoé: 1 = 3 -2 3 1 (x- -ly +3) 2-4) =0 “1 1 1 1 1 el &-1) 0. -2)- +3) G+2)4+@-4)(-3-I)=0 (x= D1) Gy #3965) #24) (-4)=0 ox Sy-dz+1-15+16=0 ox- Sy-4z42=0 ou: x4 Sy +4z-2=0 © que fizemos para este caso, podemos repetir para todos os demais, pois basta observar {que no produto miste das trés vetores dois deles sfo vetores-base do plano (no caso presente, Vi, € ¥2) © 0 terceito ¢ abtido com um ponto fixe do plano € 0 ponto P(x,y, 2) genérico. Com o intuito de esclarecer bem, faremos mais um problema. 156 Geametria analitica 7) Determinar a equagdo geral do plano que contém as retas xeel+2t ai mT ge oe at ' vel 3x-2 ¥ z=3-6t Solugao A rela ry passa pelo ponto A,(0,1,-2) ¢ tem a direggo do vetor vh reta 1; passa pelo ponto A,(-1,0,3) © tem a diregio do vetor ¥;=(2.4.-6), Como ¥, =2¥), asretas ry e 12 so paralelas (caso 5), fs Os vetores-base sto Vie AVA: = (el, 1, 5). Para o ponto fixo Ay desse plano e P(x, y, 2) um ponto genérico, deve-se ter: (AP, v1, AA) =0 ou: x y-t 22 1 2 3] =0 “lel 5 2, dai, vem: Tx - dy +244=0 O plano 157 5.3 Planes Paralelos aos Eixos e aos Planos Coordenados — Casos Particulares Aequagéo (5.1-II1): ax +by tez +d=0 na qual a,b ¢ ¢ ndo sfo todos nulos, € a equacdo de um plano x, sendo n=(a,b,c) um wetor normal a a. Quando uma ou duas das eomponentes de n sao nulas, ou quando d=0, -estd-se em presenga de casos particulares. 5.3.1 Plano que Passa peta Origem Seo plano ax + by + cz +d =0 passa pela origem: a.0+b Otc. 04d=0, isto é: 4=0 Assim a equagio: ax tby +ez=0 (5.3.1) representa a equagdo de um plano que passa pela origem. 632 — Planos Paralelos aos Eixos Coordenados Se apenas uma das componentes do vetor n=(a,b, ¢) ¢ nula, 0 vetor ¢ ortogonal a um dos eixos coordenados, e, portanto, o plano 7 € paralelo a0 mesmo eixo: 1) se a=0, n=(0,b,c) 1 Ox + m// Ox € & equagdo geral dos planos paralelos ao eixo Ox ¢: by tez+d=0 A Figura 5.3-a mostra 0 plano de equagdo: 2y+32-6=0 i 158 Geometria anatitica -Ag{0, 0, 2) Figura 5.34 Observemos que suas intersegdes com os eixos Oy ¢ Ox so Ay(0,3,0) e A;(0,0, 2), respectivamente, ¢ que nenhum ponto da forma P(x, 0,0) satisfaz a equagdo, Um vetor normal a0 plano € 1 =(0, 2, 3), pois a equagao de m pode ser escrita na forma: Ox + 2y +32-6=0. Com raciocinio andlogo, vamos concluir que: 11) 0s planos paralelos ao eixo Oy tém equago da forma: ax +ez td = 0; HiT) 9s planos paralelos ao eixo Oz tém equagdo da forma axtby td =0 Da andlise feita sobre este caso particular, conclui-se que a varitvel ausente na equagio ica que o plano paralelo ao eixo desta varidvel, ‘As Figuras $.3-b ¢ 5.3-¢ mostram os planos mix#r-30 mixt2y-4=0, respectivamente, 0 plano 159 Figura 5.3-¢ Observapées a) A equagdo x + 2y -4=0, como vimos, representa no espago IR? um plano paralelo ao eixo Oz, Porém, esta mesma equacao, interpretada no plano IR?, representa uma reta. b) Se na equagfo ax + by +d =O fizermos d=0, a equagdo ax+by =O representa um plano que passa pela origem ¢, portanto, contém o eixo Oz. 5.3.3 Planos Paralelos aos Planos Coordenados Se duas das componentes do vetor normal n =(a,b,<) sfio nulas, m colinear a um dos vetores 7 =(1,0,0) ow } =(0,1,0) ou K =(0,0, 1), ¢, portanto, o plano x € paralelo a0 plano dos outros dois vetores 1) se a=b=0, 1 =(0,0,c)=c(0,0, I)=ck +. w/f xOy € a equacdo geral dos planos paralelas ao plano xOy é: catd=0 como ¢ #0, vem. it 160 Geomerria analitica f i Os planes cujas equagdes so da forma t zk ! F- do paralelos ao plano xQy, 4 ‘A Figura 5.3-d mostra o plano de equagio: Figura 5.34 Aequagdo 2=4 pode também ser apresentada sob a forma Ox + Oy +z-4=0 na qual vemos que qualquer ponto do tipo A(x,y,4) satisfaz esta equayio ¢ K =(0,0,1) € um vetor normal ao plano, Assim Sendo, © plano paralelo ao plano xOy e que passa pelo ponto A(R. ¥1, 21) tem por equaglo; em ik Por exemplo, o plano que passa pelo ponte A(-I,2,-3) © € paralelo ao plano xOy | tem por equagio: t ns-3 © plano 162 ‘Com raciocinio andlogo, vamos concluir que: II) 0s planos paralelos ao plano xOz tém por equagdo: ve U1) 98 planos paralelos ao plano yOz tém por equagdo: x=k As Figuras 5.3-€ ¢ 5.3-f mostram os planos m2 y=3 Mai X= 2, respectivamente Figura 5.3-6 Para fixar melhor este assunto, consideremos o ponto A(2,3,4) e as seguintes equagSes dos planos: my) x=2 162 Geometria analitica Esta é a equagdo do plano que paisa por A e ¢ perpendicular ao cixo Ox (ou paralelo ao plano yOz); m2 ¥ 23 Esta ¢ a equagio do plano que passa por A. e é perpendicular ao eixo Oy (ou paralelo ao plano xOz); my: Ld Esta ¢ a equagdo do plano que passa por A e é perpendicular 20 eixo Oz (ou paralelo a0 plano xOy). ‘A Figura mostra 0 ponto A(2,3,4) © os trés planos citados, Os planos coordenados so planos particulares destes ¢ suas equagies so: *=0. (plano yOz) y=0 (plano xOz) 2=0 (plano xOy) © plano 163 5.3.4 — Problemas Resalvidos 8) Determinar a equagdo ‘cartesiana do plano que contém o ponto A(2,2,-1) ¢ a reta xed r y=3 Solugso A reta 1 passa pelo ponto B(4,3,0) (a cota é arbitriria, pois a reta 1 ¢ paralela ao eixo Oz)e tem a diregio do vetor ¥ =(0,0, 1). Os vetores-base sio Ve AB=(2,1, 1). Sendo A {ou B) um ponto fixo desse plano ¢ P(x,y,2) um ponto genético, deve-se ter: (AP, ¥, AB)=0 ou 164 Geometria analttiea x-2y #220 ‘Trata-se de um plano paralelo ao ¢ixo Oz ¢, portanto, perpendicular ao plano xOy. 9) Determinar a equagge geal do plano que past por ‘A(2,3,4) € € paralelo aos vetores Wage e =f-K, Solugsio Sendo P(x, y,z) 0 ponto genérice deste plano, devese tex: (AB, %,¥,)=0 ou: x=2 ‘Trata-se de um plano paralelo ao plano yOz e est representado na Figura 5.34. © plane 165 Observaao E interessante assinalar que a equagdo x= 2 pode representar a) um ponte se o universo fora reta IR: a 1 x52 }) uma feta se 0 universo for o plano IR? ¢) um piano se o universo for o espage IR? (é neste universo que estamos presentemente trabalhando). 5.4 — Equagdes Paramétricas do Plano Seja A(Xo, Yo, Zo) um ponto de um plano 7 @ W=(ay,bi, cx) & ¥ =La2, ba, cy) dois vetores ndo colineares, Um ponto P(x,y,z) pertence ao plano que passa por A e¢é paralelo | aos velores We ¥ (Fig. 5.4) se,e somente se, existe niimeros reais h ¢ t tais que | | | APohvtw (5.4) | Figura 4 Ii 4 i 166 Geomeéria anaiftica Escrevendo a equagao (5.4) em coordenadas, obtemos (X= Xo. Y= Yo, 6-20) hag, by, cx) + tCay, by, €2) donde X=Xq tah tagt Y=¥o tbh + bat L2=Zo9 teyht+egt Estas sao as equacées parametricas do plano, Quando he t, denominados pardmetros, variam de -% a +02, @ ponto P_ percorre ‘© plano 1. Exempios 1) As equacdes paramétricas do plano que passa pelo ponto A(2, 1, 3) ¢ € paralelo aos vetores W (3-3, The ¥=(2.1,-2) sto =3ht2t -3htt + h-2t Se quisermos algum ponto deste plano, basta arbitrar valores para h ¢ ( Por exemplo, para h=2 © $=, vem x=2-3(2) #23) = 1-3(2) 4103) = z=3 4 1Q)- 28) s-1 e, portanto, A(2, 1) € um ponto do plano. 2) Escrever as equagies parametricas do plano determinado pelos pontos ACS, 7.-2), B(8, 2,-3) e C(1.2,4). @ plano 167 1 Sotugiio i H! Sabe-se que trés pontos nao colineares determinam um plano. Neste caso, faremos i) Logo, as equagdes paramétricas (utilizando o panto .A) do plane so: x= 5 + 3h - 4t y=7- Sh - 3st - h + 6t 5.5 Angulo de Dois Planos | Sejam os planos m: axtbiyteztd, my! a:xtbyy + co2+ dz =O. | f Entdo, 1; =(a,b4, Cr) € M =(az,b2, cz) so vetores normais a 1, € 2, respectiva- | mente (Fig. 5.5). 168 Geometria analttica Chamase dngwo de dois planos ™, e ™, 0 menor angulo que um vetor normal de 7; forma com um vetor normal de #3. Sendo @ este angulo, tem-se: + 5 cos = LB com a co <2 (5.5) Ina} im 2 ‘ou, em coordenadas basa + bibs +1621 cos ¢ = = i +b] toy Vay tbh Fey 5.5.1 Condigdes de Paralelismo e Perpendicularismo de Dois Planos Sejam os planos miaxtbytoetd =O Maida k+ bay + Zt dy =O Entdo, Ty =(@r,by,¢1) Lm € By =(0n, ba, ca) L ty As condigdes de paralelismo ¢ de perpendicularismo de dois planos so as mesmas de seus Tespectivos vetores normais, isto é DSe my fim, 0) [my BaP ek 0 plano 169 Observacdes il a) Se além das igualdades anteriores se tiver também os planos 7, © 2 sero coincidentes porque, messe caso, a equagdo de m2 € obtida de my mediante a multiplicagéo por um mimero, 0 que ngo altera a equagdo de 7). lay By =a, C1 = C2 € dy # dp, os planos m, © ty também } 5) Em particular, se a sfo paralelos. MW) Se my Lm, my Ling < agaz + byby # eye, =0 5.5.2 Problemas Resolyidos 10) Determinar o angulo entre os planos 2Ix=3y +52-8=0 mgi3x 4 2y + 52-4=0 170 Geometria anatitica Solugéo Os vetores ny ~3,5) e nz =(3,2,5) sao vetores normais a estes planos. De acordo com (5.5), temos: Im etal _ _1¢2,-3,5)-,2,5)1 ae = mF nyl[na] 2 (3 +5? 97 +2? 45? = 12x3-3 x 24S x5] 12st as CSO TE tats x JP tyre Vyas 38 Logo a5 8 = are cos So o> 48°si' 11) Calcular os valores de me n para que o plano ' m2 (2m=1)x- 2y t+nz-3=0 iS seja paralelo ao plano myi4x +4y-2=0 Solugdo Os vetoes my =(Qm-1,-2,n) e my =(4.4,-1) so vetores normais aos planos m, € mm, ftespectivamente, De acordo com a condigao de paralelismo de dois planos, deve-se ter; O plano at 5.6 Angulo de uma Reta com um Plano Seja uma reta 1 coma diregdo do vetor ¥ eum plano , sendo num vetor normal a at (Fig. 5.6). Figura 5.6 © Angulo @ da reta + como plano m ¢ © complemento do ingulo @ que areta + forma com uma reta normal a0 plano. Tendo em vista que 0+ $= de, portanto, cos @=sen @, vem, de acordo com a férmula (411) meget wi, 0 9 my { F & Van xm =| 5 1 p= 3030041 Portanto, as equagdes reduzidas da reta so y=-2x-3 z= -9x-13 Figura 8.7 © plano ly ©) Como a intersegao * dois planos nfo paralelos ¢ sempre uma eta, é muito. comum apresentar uma reta através de um sistema cujas equagdes representam planos. No caso presente, se 1 € esta reta, temos: Sxa dy +24 750 ax-3ytzt4=0 5.8 Interseedo de Reta com Plano Seja determinar o ponte de intersegao da reta | yrxt3 ned com o plane x +5y = 22-9=0, Solucio Se Mx,y,z) € 0 ponto de intersecgo de 1 e m, suas coordenadas devem verificar as equagées do sistema formado pelas equacdes de r ede x y=2x+3 2e3x-4 3x + 5y- 22-950 Resolvendo o sistema, obtém-se: Portanto, [(-2, -1, -10) € 0 ponto de intersegda da reta r como plano 7 1 178 Geometria anativéca 5.8.1 Interse¢do de Plano com os Eixos ¢ Planos Coordenados a) Seja.o plano m2x #3y +2-6=0 Como os pontos dos eixos sao da forma (x, 0, 0), (0, ¥.0) € (0,0, 2), basta fazer na equagdo do plano duas variiveis iguais a zero para se encontrar a terceira, e assim obter as intersegbes com os eixos, Assim: I) se y=2=0, 2x-6=0 2 x=3 © A,(3,0,0) 6a intersegao do plano m como eixa dos x; MW) se x= 3y-6=0 © y=2 © A,(0,2,0) éa intersegao do plano como eixo dos y; IM) se x=y= 0, 2-6=0 \ 2=6 € Ag(O,0,6) € a intersegdo do plano 7 com oeixo dos x, 4) Como as equagies dos planos coordenades sio x= 0, y= 0 ¢ z= 0, busta fazer, na equago do plano, uma varidvel igual a zero para se encontrar uma equacdo nas outras duas vvaridveis e, assim, obter as interseges com os planos coordenados, Entio: I) se X=0, $y +2-6=0,areta éaintersego de com o plano yOx; I) se y= 0, 2x +2-6=O,areta yr0 ta Ol ga -2K 46 a intersegdo de a com o plano xOz; © plane 179 I) se w= 0, 2x +3y-6=0,areta 5 €a intersegao de como plano xOy. O grafico mostra os pontos Ay, Az © Ay eas tetas 1), € 15 AsO, 0, yi is 4 =-2x+6 AvG,0, 0) Observagia Se um plano max +by +e +d=0 no € paralelo a nenhum dos planos coordenados (a#0, b#0, c#0) © nao passa pela origem (d #0), sua equagdo pode ser apresentada na forma denominada eguapao segmenséria do plano aa qual (p,0,0), (0,4,0) © (0,0,1) sio os 98 pontos onde m intercepta os eixos dos x, dos y ¢ dos x, respectivamente. 130 Georetria analitica Exempio Seja a equagio dx ty +z-620 ou Ox + 3y +2=6 Dividindo ambos os membros por 6, vem. Ay = tet I € 05 pontos de intersegda com os eixos dos x, dos y € dos 2 si A,(3,0,0), Ar(0, 2,0} 2 A,(0, 0, 6), respectivamente, conforme jd vimos, 5.9 Problemas Propostos 1) Sejao plano Key t3z+150 Caleular a) © ponte de 7 que tern abscissa 4 e ordenada 3; b) O ponto de m que tem abscissa | ¢ cota 2: c) O valor de k para que o ponto P(2,k +1, k) pertenga am; d) O ponto de abscissa zero e cuja ordenada ¢ o dobro da cata, Nos problemas 2 a 10, determinar a equagdo geral do plano 2) paralelo ao plane 4: 2x -3y-z+5=0 ¢ que contémo ponto AC4,-1. 2b 3) perpendicular 4 reta x=2y-3 zaaytl @ que contém o ponto A(1, 2,3); 4) 5, 6) 7 8) 9 10) )) 12) 13) la 15) 16) 17 18) 19) G plano 181 mediador do segmento de extremos A(1,-2,6) ¢ B(3, 0,0) mediador do segmento de extremos A(5,-1,4) € B(-1, -7, 1); paralelo ao eixo dos # e que contém os pontos A(O,3,1) ¢ B(2,0,-1): paralelo ao eixo dos x ¢ que contém os pontos A{-2,0,2) e B(0, -2, paralelo ao eixo dos y © que contém os pontos A(2, 1,0) ¢ B(O,2, 1D; paralelo 20 plano xOy e que contém o ponto A(S, -2,3); perpendicular ao eixo dos y ¢ que contémo ponte A(3, 4, -1). Nos problemas 11 a 14, escrever a equagfo geral do plano determinado pelos pontos: AC-1, 2,0), B(2,-1, 1) € CCI, 1-1). A(2,1,0), BA, -2,-1) e C(0,0, 1). A(O, 0,0), BO, 3,0) ¢ C(0, 2,5). A(2, 1,3), B(-3,-1,3) e C(4, 2, 3). Determinar o valor de a para que os pontos A(@,-1,5), B(7,2,1), CE-1,-3,-1) e D(1, 0, 3) sejam coplanares. Nos problemas de 16 a 19, determinar a equagdo geral do plano nos seguintes casos: © plano passa pelo ponto A(6,0,-2) e¢ paraleloaos vetores t ¢ -2] +i. 0 plano passa pelos pontos A(-3,1,-2) e B(-1,2,1) e¢ paralelo a0 vetor ¥ = 21-38, © plano contém os pontos A(I,-2,2) € B(-3,1,-2) € € perpendicular ao plano mixty-248=0, 0 plano contém o ponto A(4, 1,0) € é perpendicular aos planos m:2x-y-42-6=0 € mixty + 2-3=0, 182 Geometria analitica Nos Problemas 20 a 23, determinar a equagdo geral do plano que contém os seguintes pares de retas: 20) yrix-3 eos zS-Kt2 vst : 22) x=-3 +t 24 23) ho xem y=3 oe 8: yel ze2-t Nos problemas 24 a 28, determinar a equagdo geral do plano que contém o ponto e a rela dados: 24) x= A(3,-1, 2) er y=2-t zesemt 25) x+y +2-1=0 A(3, -2, -I) eon Int y-247=0 26) A(1,2,1) ¢ ateta intersegio do plano m:x - 2y +z-3=0 como plano yOz, 27) AUL,-1,2) eo cixodos z. 28) A(1,-2,1) eoeixodos x. 29) Estabelecer as equagdes dos planos bisvetores dos angulos formados pelos planos © yOn 30) 31) 32) 33) 34) 35) 36) 0 plano 183 Representar graficamente os planos de equagées: c} ly +32-6=0 a) 3xt+4y +22-12=0 a) 5) Dada a equagdo geral do plano m:3x -2y-2-6~=0, determinar um sistema de equagées parametricas dem. Estabelecer equagdes paramétricas do plano determinado pelos pontos A(1,1,0), B(2, 1,3) © C(-1,-2,4) Determinar 0 ingulo entre os seguintes planos: @) mixtlytz-1050 © my:axty-241=0 5) m:2x-2y+150 ¢ m:2x-y-2=0 ec) m:3x+2y-6=0 © m:plano xOz d) mi3xt+2y-6=0 © my:plano yOz, Determinar o-valor de m para que seja de 30° o angulo entre os planos mixtmy+22-7=0 © my :4x + Sy +32-2=0. Determinar a © b, de modo que os planos myiaxtby +4z-1=0 © m:3x-Sy- 2245-0 sejam paralelos. Determinar m de modo que os planos mi 2mx+2y-z=0 ¢ m2: 3x-my +2z-1=0 sejam perpendiculares. 484 37) 33) 39) 40) 41) Geometria analitica Determinar 0 Angulo que a reta ef} 322-2 ett 3 4 5 forma com o plano m:2x-y +7z-1=0. Determinar o Angulo formado pela reta y=-2x ‘ | z=2xt] eo plano m:x-y+5=0 Determinar as equagoes reduridas, em termos de x, da reta r que passa pelo ponto A(2, 1, 4) e € perpendicular ao plano n:x=3y 422-1=0. Determinar as equagées parametricas da reta que passa pelo ponto A(~1, 0,0) e ¢ parstela a cada um dos planos milx-y-2+1=0¢ mixt3y+z-5=0, Seja o paralelepipedo de dimensdes 2, 3 € 4, representado a seguir. Determinar: a) as equages da reta que contém o segmento AF; 5) as equagdes da reta que contém o segmento AB; ©) as equagdes da reta que contém o segmento EF; ) as equagies da reta que contém o segment AC; €) as equagdes da reta que passa pelos pontos Oe F; f) as equagies paramétricas da reta que contém 0 segmento OA; 8) a equagio do plano que contém a face ABCD; fh) a equagao do plano que contém a face ABGF. O plume 185 42) 43) 44) 45) 47) 48) ‘Mostrar que a reta x=3t+1 nf ys-2tt-1 6 paralela a0 plano m:x42y +243=0, ‘Mostrar que a reta [5 “leap estd contida no plano 1: 2x +y-32-1=0. Calcular os valores de m © n para que a reta | y=2x-3 pextd esteja contida no plano a:nx+my-z-2=0. ‘Nos problemas 45 e 46, estabelecer as equagbes reduzidas, sendo x a variével independente, da reta interse gio dos planos: myi3xey +2-3=0 © mixt3y422+4=0 my :3x-2y-z-1=0 © mix+ly-2-7=0 Nos prablemas 47 ¢/48, determinar as equagbes paramétrices da reta intersecio dos planos: myi2x-y-32-5=0 © mixty-2-3=0 max ty-2=0 @ mized Nos problemas 49 a 51, determinar o ponto de intersegao da reta r com o plano 7 nos seguintes casos: 1) Geometria anatitica 49) 1 w= Qy-3 © om Qx-y43z-9=0 50) xr 1tt rd y=2t © mxs3 aes Si} xt roy yst-2t © moxty-z-4=0 geet 32) Determinar os pontos de intersegdo da reta yix-3 zeaxt2 i com 06 planos coordenados. $3) Determinar os pontos de intersegfo do plano mw dx +4y-2-4=0 com os eixos coordenados &, também, a reta intersegdo deste plano com o plano xOy, 34) Determinar o ponto de interse¢ao das retas Sxty bog +13=0 x=1 7 4 Ox +3y +52=0 Axty-2-9=0 Nos problemas 5$ e 56, determinar a equago geral do plano que contém o ponto A ¢a_ reta intersegio dos planos m ¢€ 3. 55) A(2,0, 1), wyi2x-3y-52=0 0 © ayix-y=0. mr2x-y=0 e@ 0 mixty-2-4=0. © plano 187 58) 59) 60) 59.1 4) 2) 3) 4 ) 8% xedet nf y=1-2t e=-1 + 2t 4) quais as equagdes reduzidas da projegio de 1 sobre o plano xOy? B sobre © plano xOz? ) qual o angulo que 1 forma com o plano xOy? Estabelecer as equagdes simétricas da reta que passa pelo ponto A{3, 6,4), intercepta 0 cixo Oz e é paralela ao plano m: X= 3y +5z-6=0, O plano #:x +y~z-2=0 intercepta os eixos cartesianos nos pontos A, Be C. Calcular 2 drea do tridngule Al Calcular © volume do tetraedro limitado pelo plano 3x + 2y -42-12=0 ¢ pelos planos coordenados, Respostas de Problemas Propostos a) (4, 3, -2) oc) k=-2 5) (1,9, 2) 4) (0, -2,-1) 2x-3y-2-9=0 9) 253 Ixt+y-2-1=0 10) y=4 xXty-32+8=0 Wl} 4x4 Sy +32-650 4xtdy $22+3=0 12) x-2y=0 3x +2y-6=0 13) x=0 y-2244=0 14) 2=3 x+2z-2=0 153) a=-3 188 Geome trig analitica 16) yt2z+4=0 33) a) 60° 6) 30° 17) 3x- Ly #22425=0 2 6) are cos —— Vii 18) x= 12y-10z-5=0 3 a = 19) 2«-8y +32=0 ) are 008 Ay 20) Sx-4y -32-6=0 34) 1 on 7 21) Sx-2y taz-2150 35) a= b=10 22) Ixt2y+2+2=0 23) Ixty-22+3=0 3) 24) xty-2=0 31) 60° 25) Inxnt3ytet+1=0 38) 45° 26) 6x~2y +2-3=0 39) joe 2 xty=0 z= 2x 28) y+22=0 40) f xett-1 2) xty=0 e x-y=0 yee 2=7t 31) Existem infinitos sistemas, Um deles é: 4i) a) { x52 x=t ye4 ya-h 2=-6+2h+3t; hte R by [ yea 253 i 32) x=l+h-2t yel-3t eo) [ x=2 z=3heae O plano 189 44) 6) 48) e) 49) 50) si) 52) 53) 34) 55) 56) 57) Gay (3,4, 5) (3,3) 2, 1,0), 0, 53.0, -3,2) (2,0, 0), (0, 1,0), (0, 0, -4) 250 bytes (1,2,-3) Sx-7y-102=0 Ix- Fy #42 +16=0 a) | yr-2x+7 z= 2K-7 e z=0 yro CAPITULO 6 DISTANCIAS 6.1 Distancia entre Dois Pontos. _# ‘A distancia d entre os pontos Pi(Xi,¥1,21) © Pa(X2, ¥2,22) € @ médulo do vetor Pi Pa, isto é: (Py Po) =P: e, portant, (Pa Pa}= v(82 = xa) (2 - yn)? +22 - 21)? (6.1) 6.1.1 Problema Resolvido 1) Calcular a distancia entre os pontos P,(7, 3,4) € P:(1,0,6). Sotuglio No caso presente, temas: x87 y53 3 nad 190 Disténcias 19 Logo, de acordo com (6.1), vem: d(Py,P)= VG 7p tO - 3) 16-4 d(Py,Pr)= Wao rota (Py, Pa) = Va (P),P2) = 7 uc. (7 unidades de comprimento) 6.2 Distancia de um Ponto a uma Reta Seja uma reta 1 definida por um ponto Py(x1, ¥1,21) & pelo vetor diretor v v= (a,b, 6) © seja Po(xo. Ya. Zo) Um panto qualquer do espago. Os vetores ¥ oe P,P) determinam um paralelogramo cuja altura corresponde 4 distancia d de Py a 1 que pretendemos calcular (Fig, 6.2). x Figura 6.2 Sabe-se que a drea A de um paralelogramo é dada pelo produto da base pela altura: A=IVld ou, de acorde com a interpretagdo geométrica do médulo de produto vetorial, por: by A=l¥ x P,Py| 192 Geometria enalitica Comparando a) com 6), vem; [¥id=|¥ x PB 46.2) 6.2.1 Problema Resolvido 2) Caleular a distancia do ponto Po(2,0, 7) a reta Solugéo ‘A reta r passa pelo ponto P,(0,2,-3) ¢ tem a diego do vetor ¥ =(2, 2, 1), Sejaainds ovetor PyBp = Po - P; =(2,-2, 10), De acordo com (6.2), temos: 1€2, 2, 1) (2, -2, 101 _ 122, -18, -8)| 1Q, 2, DL 12.2, DI (Po, 1) = VON FC IBF TER _ 4844324 +64 4%), 9- ee eee ood" Tee aT Vara 87 (Po, 2) = Sag ue, Observagio O produto vetorial ¥ ¥ PyPo = (2.2.1) * (2,-2, 10) € dado por: bh + 3 ik 2 2 1 | = (22, -18, -8) 2 2 10 Disténcias 193 63 Distancia entre Duas Retas 6.3.1 As Retas sdo Conoorrentes Adistineia d entre duas retas re § concorrentes é nula, por definigao. 6.3.2 As Retas so Paralelas Po Figura 6.32 A distincia d entre as tetas r es, paralelas (Fig. 6.3-a), € a distancia de um ponto qualquer to és Pp de uma delas a outra ret dir, s)=d(Po. 8), Po © r ou! d(x, s)=d(Po. 1), Po © s Como se vé, a distancia entre duas retas paralelas se reduz ao cileulo da distancia de um ponto a uma rela, visto em 6.2, 6.3.2.1 Problema Resolvido 3) Caleular a distancia entre as retas yx 43 + 4 z= ix Solugio As retas, na verdade, sfo parlelas, pois um vetor disetor de 1 € W=(1,-2, 2) eum vetor -2,4,-4} € V=-2i1. Caleulemos a distancia entre re s por diretor de sé ¥ = d(t,s)=d(Po,s) com Py Er 194 Geomerria analitica Umi ponto de r € Po(0,3,0) € s passa por Py(-1,1,-3) e tem adirecio de ¥ =(-2,4, -4). De acordo com (6.2), temos: diy, s) = pte! Wi Come PB, =(1, 2,3), vem: 12, 4,4) x ,2,3)1 _ 1 (20, 2,-8)1 P5312 Sad) 12.4.4) 1-24-41 (Po. 5) V4d00 +4 + 64 468 613 gy EON vation V3 6 d(Po.s)= WTS we. 6.3.2 As Retas so Reversas Consideremos duas retas r € $ reversas; a reta r definida por um ponto P,(Xs, Ys, 23) e pelo vetor diretor U =(a;,b;,€,) e aseta s pelo ponto P; (xz, y3,22) € pelo wtor ditetor ¥=(a2, ba, e2) Os vetoes U, ¥ © PyPy=(X; -%1,¥2 ~ Yas %2- 21) determinam um paralelepipedo (Fig. 6.3-b). A base desse paralelepipedo € definida pelos vetores Ue ¥ ¢ aaltura corresponde A distancia d entre as retas r € s, porque areta s € paralela ao plano da base do paralelepipedo uma vez que sua diregdo € a do vetor v. x Figura 6.3 Distincias 195 Sabe-se que o volume V de um paraleleptpedo é dado pelo produto da area da base pela altura: > > ay Velux vid ‘ou, de acordo com a interpretagao geométrica do médulo do produto misto, por: b) V=1(0, ¥, PrP2)| Comparando @) com 5), vem: its ¥1d=100,¥, BaD) (633) 6.3.3.1 Problema Resolvido 4) Calcular a disténcia entre as retas x=3 r es} y=2t-1 z=-tt3 Soluce A reta passa pelo ponto Py(-2, 1,4) € tem a diregio do vetor U (1, 0,-2) ea reta s pelo ponto P,(3,-1, 3) © tem adiregio de ¥ =(0, 2, -1). Entdo, PyPy =(5, -2,-1) e: 1 0 2 GVRE)= fo 2 f= 16 5 2 -1 tT jy e€ axv= ]1 0 2] =@L2 2 i 195 Geometria analitica De acordo com 6.3.3, temos; G4 Distancia de um Ponto a um Plano Sejam um ponto Po (Xo, Yo, Zo) € Um plano ; max +by tez+d=0 Sejam A o pé da perpendicular conduzida por Py sobre oplano m (Fig, 6.4)e P(x, y,2) lum ponto qualquer desse plano, Figura 6.4 Distdncias 197 > 2 > O vetor n =(a,b,c) € normal 90 plano m ¢, por conseguinte,o vetor AP, tema mesma direpdo de n. Adistancia d do ponto Pp uo plana t é Py, a) = [APG | Observando que o vetor APy ¢ a projegdo do vetor PP na diregia de nm, de acordo com o disposte em (3.6), vem: PP, aa, 1) =| AFo| i mas: Fo =(89 -% Yo-Ys 29-2) 8 2 bo In| Varbte logo a,b, ¢) (Po, 7) =| {Xo - % Yo -¥, Zo ~ 2)" Varig! “Cel Vat re [axa + bya + cZp ~ ax ~ by - cz] d(Po, 2) = eee eo Va? +b? +c? 198 Geometria analitica Em virtude de P pertencer ao plano m: -ax- by-c2=d ©, portanto: _ 18X04 bye + ete +d] Wen) Val tb tc? 16.4) Examinando esta formula, vése que o numerador € 0 médulo do nimero que se obtém substituindo x, y € z no primeira membro da equacio geral do plano pelas coordenadas do porto Po, ¢.0 denominador ¢ o modulo do xetor normal a@ phino. Observaeso Se o ponto considerado fora origem (0, 0,0) do sistema, tem-se: 6.41 Problema Resolvido 5) Calculara distneia do ponto Po(—4, 2, $) ao plano m: 2x ty +224+8=0 Soluggo No caso presente, tem-se: 1) coordenadas do ponto Py: x, =-4, ¥q=2 © z =5 TM) componentes do vetor normal 1; Substituindo esses valores em (6.4), ver: 12(-4) + 12) +2(5) #8] (Pp, 1) = Distincias 199 ae [-842+10+81 12 0. = SG d(Po, m)=4 we. 65 Distancia entre Dois Planos ‘A distancia entre dois planos ¢ definida somente quando os planos forem paralelos. Dados dois planos ™ © 1%, paralelos, a distincia d entre eles ¢ a distancia de um ponto qualquer de um dos planos ao outro (my, m)=d(Pp, 73) com Pye m (ny, 72) =d(Po, 1) com Py © my ‘Como se vé, a distncia entre dois planos paralelos se reduz ao cfilculo da distincia de um ponto a um plano visto em 6.4. 65.1 Problema Resolvido 6) Caleular a distancia entre os planos amide -2y 42-520 © myi4x-dy + 22+ 14=0 Sotugio Um ponto de ™ é Po(0, 0, 5) ¢ um vetor nomal a7, € a = (4, -4, 2). Portanto, de acordo com (6.4), vem: 14@) - 4(0) + 20S) +14] _ 10+ 14 Morr) UPd” recap re Ie Any, 2) == 4 ue. 200 Geometria analética Outra Sotucio it Como os planos i minxtby toztd, =0 fg! agX + bay +2 + dg =O sfo paralelos, sempre ¢ posstvel obter a; =a; =a, by =by=b € c, =cz =c. Levando em conta que (my, m2) = d(Po, tx) = ¢, considerando a equagio de m3, vem: aX + byg + c&p =-dy logo: (m2) = Considerando os planos do exemplo anterior © multipicando por ~4- a equago de my fieamos com: myi2x-2yt2-5=0 © m:2x-lyt2+7=0 nas quais d)=-5 ¢ 4d, =7. Entdo; Idi = a | 125-7 12 dun)" ae Seay 3 66 — Distdncia de uma Reta a um Plano A distancia de uma reta a um plano € definida somente quando a reta ¢ paralela a0 Distancia 201 Dada uma reta r paralela a um plano 7, a distancia d da reta ao plano é a distincia de um ponto qualquer da reta ao plano, isto ¢, a(x, )=d(Po, 7) com Py © 1. problema resolvido em 6.4 Nota O cdloulo de distancias (distancia entre dois Pontos, distancia de ponto 4 reta e distancia sutre retas paralelas) no plano néo ser4 objeto de estudo neste livro por pertencer a0 curriculo do 20 gran, 67 Problemas Propostos 1) Mostrar que o ponto P(2,2,3) € eqiiidistante dos pontos P2(1,4,-2) © P4(3, 7, 5). 2) Determinar, no eixo das ordenadas, um ponto eqiidistante de A(1, 1,4) e B(-6,6, 4), 3) Calewlar: a) a distincia do ponto P(1, 2,3) areta x=1-2t ng y=2t n=2 +) adistincia do ponto P(1, 2, 3) a cada um dos eixos coordenados 4) Seja 0 triangulo ABC de vertices A(-3, 1,4), B(-4,-1,0) e C(-4,3, 5). Calcular a medida da altura relativa ao lado BC 5) Calcular a distancia entre as retas re s nos seguintes casos: 202 9) ? 8) 9) 10) Geometria analttica 4) 1 passa pelos pontos AC1,0,1) © B(-1,-1,0) © s pelos pontos C(0,1,-2) © D(,1, 1) s: eixo dos x *) yextl X= y=2-2 a Determinar a distancia do ponto P(2, -1, 2) a cada um dos planos: @) m2x-2y-2+3=0— by mxty +220 ce) mix ty=3 ‘Achar a distancia do ponto P(2, -3, 5}ao plano 3x +2y +62-2=0. | "Achar a distancia da origem a cada um dos planos a) 1:3x-4y #20=0 x=2-h4+2t bya} y=1+3h-t ’ cat Dado 0 tetraedro de vértices A(1,2,1), B(2,-1,1), C(0,-1,-1) e€ DG, 1,0), cal a medida da altura baixada do vértice D a0 plano da face ABC. Escrever as equagdes dos planos paralelos ao plano 7:3x~2y-62-5=0 que 5 unidades da origem. Distdncias 203 11) Caleular a distancia entre os planos paralelos; 12) 6) 7 a) m2 2x + 2y +2¢-5=0 D)mix-%+t1=0 Determinar a distancia da reta xed, y4 a) ao plano x0z 5) ao plano yOx €) a0 eixo dos 2 d) a0 plano m:xty=12=0 %: mixtytz-3=0 my! 3x- 62-8=0 Respostas dos Problemas Propostos (P,P) = 30 = tPF) Py) (Q, 7, 0) 6) V3, VIO, Vo 2) De 0 2VE eo 136 1a by VF 5 cy 0 12) aya 3 b)3 os; a) CAPITULO (a 7 CONICAS co wd A Parébola Consideremos em um plano uma reta de um ponto F néo pertencente a d, Pardbola € 0 lugar geométrico dos pontos do plano que so egiiidistantes de F e d. Figura 7.0 Figura 7.1-b Na Figura 7.1-a esto assinalados sete pontos que sfo eqitidistantes do ponto F ¢ da reta d. Sendo P’ © pé da perpendicular baixada de um ponto P do plano sobre a reta d (Fig, 71-2), de acordo com a definiggo acima, P pertence & pardbola se, ¢ somente si at, F)=4@, P?) 208 Cénicas 205 ou também (PE) =| PPL Observacao Consideramos @ fato de F € 4, pois, caso contririo, a parabola se degeneraria numa reta, 7.1.1 Elementos Considerando a Figura 7,1-b, temos: Foco: 60 ponto F Diretriz: a reta d, Eixo: € a reta que passa pelo foco e € perpendicular a diretriz. Vértice: & 0 ponto V de intersegio da pardbola com 0 seu eixo. Obviamente, tem-se: d(V, F)=d(V, A). Com a finalidade de obtermos uma equagio da pardbola, teremos que referi-la ao sistema de eixos cartesianos. Iniciemos pelo caso mais simples. 7.1.2 — Equagdio da Parabola de Vértice na Origem do Sistema 19 caso: O eixo da pardboia é 0 eixo dos y Seja P(x, y) um ponto qualquer da pardbola (Fig. 7.1-c) de foco FOR Da definigdo de parabola, tem-se: | BF|=| PP*| ou: |FE) =| PF 206___Geomeéria anuiltica Come P(x, 5% vem: 1x-0,y-Byl=ix-xyt BI ou: Vox- OF #y-B5? = Vix wt ry + Be Elevando ambos og membros ao quadrado, obtemos: (OF Fy B58 =)? HOt BY ov : : Sty -pyt Bay? + py te ou, simplesmente: x? = py aa Esta equagfo € chamada equagio reduzida da pardbola ¢ constitui a forma padrio equaco da pardbola de vértice na origem tendo para eixo 0 eixo dos y. Cénicas 207 Da anéilise desta equagio conclui-se que, tendo em vista ser py sempre positivo ow nulo {pois ¢ igual a x? > 0), os sinais de p ede y sdo sempre iguais. Conseqiientemente, se p>O a Paribola tem concavidade voltada para cima e, se p<0,aparbolatem concavidade voltada para baixo, conforme as figuras a seguir esclarecem y>o p>o y 0, a parabola tem concavidade voltada para a direita e, se p <0, a pardbola tem concavidade voltada para a esquerda. ol x>0 xo p0 ‘As coordenadas dos pontos devem satisfazer a equagdo desta parabola, isto€: 1=a(O} +b(0) +e O=a(1)? +b(I) te 0= (3)? +b(3) FC ou: esd at btc=0 9a + 3b t=O, 4 sistema cuja solugto é a= +, b= peel Logo, a equago da parabola ¢: aA age tl 7.1.6 — Prablemas Propostos Em cada um dos problemas 1 a 18, estabelecer a equag#o de cada uma das pardbolas, sabendo que: 1) vértice: V(O,0); diretriz. d: y= 224 2 a 4 5 6) 7) 8) 9) 10) i) 12) 13) 4) 15) 16) 17) 18) Geometria analitica fovo: F(2, 0); diretriz d: x +2=0 vertice: V(0, ; foso: F(O,-3) wértice: V(0, 0); fooo: F(-3,0) foo: F(Q,-1); d: y-1=0 vértice: V(0,0); simetria em relago ao eixo dos y e passando pelo ponto P(2, -3). vértice: V(-2, 3), fooo: F(-2, 1) vértice: V(2,-1); foco: F(5,-1) vertice: V(4, 1); diretriz d: x +4=0 vértice: V(0,0); eixo y=0; passa por (4, 5). vértice: V(-4, 3); fooo: F(-4, 1). foco: F(2, 3); dire: foco: F(6, 4); diretriz: y= foco: FG, 1); ditetriz: x= vértive: V(1.,3); eixo paralelo ao eixodes x, passando pelo ponto P(-1, ~1). tixo de simetria paralelo ao eixo dos ye passa pelos pontos A(0,0), B(I, 1) € CQ, 1) eixo de simetria paralelo 20 eixo das y © passa pelos pontos P) 0, 1), P2(1,0) € Ps(2,0) sixo paralelo a y =O e passa por P,(-2,4), P2(-3, 2) © Ps-11,-2). Em cada um dos problemas 19 a 34, determinar © vértice, o fooo, uma equacio para diretriz e uma equagao para o eixo da pardbola de equagio dada, Esbogar o grafico, 19) x __Cénicas 225 20) y? = -100x 27) y? +2y-16x-31=0 21) x? = 10y 28) y?-16x+2y +49=0 | 22) y?-x=0 29) y?-12x-12=0 23) y= -3x 30) y=x?-4x+2 24) xt +4x+ By F12=0 31) x? = 12(y-6) 25) x? -2x- 20y-39=0 32) y=4x-x? 26) y? +4y +16x-44=0 33) 8x= 10-6y 4y? - 8x 814 7.1.6.1 Respostas das problemas propostos 12) (x-2P = 8ly- 1D) pn 2 13) (x6)? = IMy=1) 3) 1 ” 15) 3) 16) 6) ax? tay =0 1) Ty x +4x+8y-20=0 18) 8) y? + 2y-12x425=0 19) 9) y? -3y- 32x +129=0 20) 21) 10) 4y?- 25x=0 11) xP 48x + 8y-8=0 2 236 __Geometria anatltica 23) V(0,0) ro 0), xed, y=0 29) W(-1, 0). F(2, 0), x=-4, y= 0 24) VE2,-1), FCR-3h Y= 30) VQ,-2), FO, -D. ye x=2 28) VQ, -2), FO,3) ya-7 xe E 31) V(0, 6), FO,9), Y=3 X09 5 26) V(3,-2). FC1L,-2), x=7, ¥=-2 32) V2, 4), FO, %, ay -17=0, 2) VC-2,-1, FQ,-D. x=-6 33) WL, 3), BCL, 3), 8x4 15= 0, y- 30 8 8 28) ¥G,-1), FO,-D, x=-b Yeo nae 34) VU). PU 7,2 AElipse Blipse ¢ 0 lugar geométrice dos pontos dé um plano ccuja soma das distancias a dois pontot fixos desse plano é constante. Consideremos no plano dois pontos distintos, Fy © Fa, tal ques distancia 4(F,,F2)=26 Seja um nimero reat 2 tal que 22> 26. ‘Ao conjunto de todos as pontos P_ do plano tai que: d(P, Fy) + a(R, F,)=2a ou: VPR,| +12 F3| = 2a dase o nome de elipse (Fig. 7.2-4)- Figura 7.28 Conieas 227 ‘A Figura 7.2-b sugere como se pode construir uma ¢lipse no papel. Nos pontos Fy ¢ Fz fixemos dois percevejos e neles amaztemos um fio nfo esticado. Tomemos um lapis ¢ distendamos com sua ponta o fio, matcando o ponto P;. Entio, a soma das distancias d(P1, Fi) © d(Pa, Fa) 0 comprimento do fio, Se 0 lipis deslizar sobre o papel, mantendo o fio sempre esticado, ficard tragada uma elipse de focos F, ¢ Fo. A figura mostra outra posigao P; da ponta do kipis €, também para este ponto, a soma das distancias d(P;,F;) © d(P;,F2) € 0 comprimento do fio. Assim, para as infinitas posigBes da ponta do lépis, a soma das disténcias a F, € Fy € constante. Aconstante 2a anteriormente referida € 0 comprimento do fio. Se mantivermos constante © comprimento do fio € variarmos as posigées de Fy ¢ F2, 8 forma da elipse ird variar, Assim, quanto mais proximos os focos estfo entre si, tanto mais a forma da elipse se assemelha a da circunferéneia, e quando F, =F obtém-se uma circunferéncia. Por outro lado, quanto mais afastados 0s focos estiverem entre si, mais “achatada” serd a elipse, 7.2.1 Elemontos Focos: so 0s pontos Fy ¢ F2. Distancia focal: é a distancia 2c entre os focos Centro: 0 ponto médio C do segmento F, F Bixo maior: € 0 segmento AyA2 de comprimento 2a (© segmento Ay A; contém os focos e os seus extremos pertenoem a elipse) Bixo menor: € 0 segmento BiB, de comprimento 2b (ByBz 1 AyAg no seu ponto médio). Vértices: soos pontos Ay, Aa, Bi € Ba Ba

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