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Civilização Persa

O Império Persa em 490 a.C.


A Pérsia situava-se a leste da Mesopotâmia, no extenso planalto do Irã. Ao contrário das
regiões vizinhas, possuía poucas áreas férteis. A partir do ano 2000 a.C., a região foi
sendo ocupada por pastores e agricultores, vindos da Rússia, os quais se destacavam os
medos, que se estabeleceram no norte, e os persas, no sul do planalto iraniano.

O império persa

Os medos, desde o século VIII a.C., tinham estabelecido um exército forte e organizado,
submetendo os persas a pagarem altos tributos. Isso durou até quando o príncipe persa
Ciro, o Grande, liderou com sucesso uma rebelião contra os medos. Depois isso, Ciro
foi aceito como o único imperador de todos os povos da planície iraniana.

Para obter riquezas e desenvolvimento, Ciro deu início ao expansionismo persa. Em


poucos anos, o exército persa apoderou-se de uma imensa área. Seus sucessores
Cambises e Dário I deram continuidade a essa política, ampliando as fronteiras do
território persa, que abrangeu desde o Egito ao norte da Grécia até o vale do rio Indo.

Naturalmente, ocorriam diversas rebeliões separatistas promovidas pelos povos


dominados. Para garantir a unidade do território e de seu poder, Dário I dividiu o
Império persa em várias províncias, denominadas satrapias, nomeando os sátrapas, que
eram altos funcionários, para poder administrar cada satrapia.

O declínio do Império

A grande ambição de Dario I era a conquista da Grécia. Porém em 490 a.C foi derrotado
pelas cidades gregas, que se uniram sob a liderança de Atenas. Também seu filho
Xerxes, tentou sem sucesso submeter os gregos. Essas campanhas foram chamadas de
Guerras Greco-pérsicas.

A partir daí, os imperadores persas tiveram enormes dificuldades para manter o controle
sobre os seus domínios, com a multiplicação das revoltas, dos golpes e das intrigas
políticas no império. Esses fatores contribuíram para o declínio do império, resultando
na sua conquista em 330 a.C., pelo exército de Alexandre, o Grande, da Macedônia.
Economia

Inicialmente, a principal atividade econômica dos persas era a agricultura, onde os


camponeses pagavam tributos em espécie para os nobres, e também para o Estado. O
Império Persa acumulou muitas riquezas. Durante o governo de Dario, foi criada uma
moeda-padrão, o dárico, isso aliado a uma rede de estradas bem conservadas, serviu de
estímulo para o comércio no império. O crescimento do comércio também incentivou o
artesanato, destacando os tecelões persas, que são conhecidos pela confecção de tapetes
requintados e de boa qualidade.

Religião

A principal religião, criada pelos persas, foi o zoroastrismo. Essa era uma religião
dualista ( crenças em dois deuses). Ormuz representava o bem e Arimã, o mal. Segundo
o zoroastrismo, no dia do juízo final, Ormuz sairá vencedor e lançará Arimã no abismo.
Nesse dia, os mortos ressuscitarão e todos os homens serão julgados, os justos ganharão
o céu e os injustos, o inferno.
Persa

As conquistas militares e a organização administrativa marcam a história dos persas.

Por Rainer Sousa

Localizados entre o golfo Pérsico e o mar Cáspio, os persas estabeleceram uma das mais
expressivas civilizações da Antiguidade no território que hoje corresponde ao Irã. Por
volta de 550 a.C., um príncipe chamado Ciro realizou a dominação do Reino da Média
e, assim, iniciou a formação de um próspero reinado que durou cerca de vinte e cinco
anos. Nesse tempo, este habilidoso imperador também conquistou o reino da Lídia, a
Fenícia, a Síria, a Palestina, as regiões gregas da Ásia Menor e a Babilônia.
O processo de expansão inaugurado por Ciro foi restabelecido pela ação do imperador
Dario, que dominou as planícies do rio Indo e a Trácia. Nesse momento, dada as
grandes proporções assumidas pelo território persa, este mesmo imperador viabilizou a
ordenação de uma geniosa reforma administrativa. Pelas mãos de Dario, os domínios
persas foram divididos em satrápias, subdivisões do território a serem controladas por
um sátrapa.
O sátrapa tinha a importante tarefa de organizar a arrecadação de impostos e contava
com o auxílio de um secretário-geral e um comandante militar. Para resolver os
constantes problemas oriundos da cobrança de impostos, Dario estipulou a criação de
uma moeda única (dárico) e a construção de um eficiente conjunto de estradas. Por meio
destas, um grupo de funcionários, conhecidos como “olhos e ouvidos do rei”,
fiscalizavam o volume de arrecadação de cada satrápia.
Essas ações garantiram o desenvolvimento de uma bem articulada economia baseada no
comércio entre as várias cidades englobadas pelo império persa. Ao mesmo tempo,
precisamos destacar que os padrões e regulamentos estabelecidos pelo próprio Estado
foram responsáveis pela manutenção de um eficiente corpo administrativo e a realização
de várias obras públicas. Somente após a derrota nas Guerras Médicas é que passamos a
vislumbrar a desarticulação deste vasto império.
A vida religiosa da civilização persa atrai a curiosidade de muitas pessoas que se
interessam pelos povos da Antiguidade Oriental. Seguidores dos ensinamentos do
profeta Zoroastro, os persas possuem uma estrutura de pensamento religioso bastante
próxima a de outras crenças, como o judaísmo e o cristianismo. Em suma, acreditam na
oposição entre duas divindades (Mazda, o deus do Bem, e Arimã, o deus do Mal) e no
fim dos tempos.
As manifestações artísticas persas foram visivelmente influenciadas pela esfera política.
Em várias obras, monumentos e outras construções, há reproduções que homenageiam a
vida e os importantes feitos dos reis. No campo arquitetônico, os palácios persas eram
dotados por uma complexa gama de elementos de decoração e jardinagem. Segundo
algumas pesquisas, os persas construíram alguns de seus palácios através da escavação
de grandes rochas.
Civilização Persa - História da Civilização Persa
Introdução

O termo Pérsia é originário de uma região do sul do Irã conhecida como Persis ou
Parsa. Seu nome foi gradualmente utilizado pelos gregos clássicos e pelo mundo
ocidental para ser aplicado a toda a planície iraniana. Entretanto, os próprios
iranianos a denominaram durante muito tempo Irã, que significa, a ‘terra dos ários’.
Em 1935, o governo solicitou a utilização do nome Irã em vez de Pérsia.

Primeiro Império

A planície iraniana foi ocupada por volta de 1500 a.C. por tribos árias, das quais a mais importante era a
dos medos, que ocuparam a parte noroeste, e os parsas (persas). Estes foram dominados pelos medos até a
ascensão ao trono persa, em 558 a.C., de Ciro o Grande, um Aquemênida. Este derrotou os governantes
medos, conquistou o reino da Lídia, em 546 a.C., e o da Babilônia, em 539 a.C., tornando o Império Persa
o poder dominante na região. Dario I subiu ao trono em 521 a.C., ampliou as fronteiras persas,
reorganizou todo o império e esmagou a revolta dos jônios gregos. Suas forças foram derrotadas na
batalha de Maratona, em 490 a.C. Seu filho Xerxes I também tentou invadir a Grécia, mas foi derrotado
na batalha naval de Salamina, em 480 a.C., assim como na batalha terrestre de Platea e na naval de Micala
(ou Micale), em 479 a.C.
Este relevo em pedra representa Dario I, o Grande (à direita), e seu filho e sucessor, Xerxes I. Dario I
governou o império persa de 521 a 486 a.C.

Durante o reinado de Artaxerxes I, segundo filho de Xerxes, os egípcios se rebelaram com a ajuda dos
gregos. Embora a revolta fosse contida em 446 a.C., ela representou o primeiro ataque importante contra
o Império Persa e o começo de sua decadência.

Alexandre Magno e os Selêucidas

Durante o século IV a.C., o império foi esfacelado em conseqüência de numerosas revoltas, mas o golpe
final foi dado por Alexandre Magno, que anexou o Império Persa a seu domínio mediterrâneo depois de
derrotar as tropas de Dario III numa série de batalhas, entre 334 e 331 a.C. À morte de Alexandre, em 323
a.C., seguiu-se uma longa luta, entre seus generais, pelo trono. O vencedor foi Seleuco I, que anexou o
resto do antigo Império Persa a leste, até o rio Indo, assim como a Síria e a Ásia Menor. Desse modo, a
Pérsia foi transformada numa unidade subordinada ao domínio dos Selêucidas, até que estes foram
expulsos pelos partos, no século II a.C.

Os Sassânidas

Em 226 d.C., Ardachir I, rei vassalo persa, rebelou-se contra os partos, derrotando-os na batalha de
Ormuz (224), e fundou uma nova dinastia persa, os Sassânidas. Instituiu o zoroastrismo religião oficial.
Foi sucedido, em 240, por seu filho Sapor (ou Sahpur) I, que enfrentou duas guerras contra o Império
Romano. Entre 260 e 263 perdeu as conquistas para Odenat, príncipe de Palmira e aliado de Roma. A
guerra contra Roma foi retomada por Narsés, cujo exército foi aniquilado em 297. Sapor (ou Sahpur) II
(reinando de 309 a 379) reconquistou os territórios perdidos.

O governante seguinte foi Yazdgard I, que reinou pacificamente de 399 a 420. Seu filho e sucessor,
Bahram IV, declarou guerra a Roma em 420. Dois anos mais tarde, os romanos o derrotaram. Em 424 os
persas cristãos declararam sua independência da Igreja ocidental.

No final do século V, a Pérsia foi atacada por um novo inimigo, os bárbaros heftalitas, ou ‘ hunos
brancos’, que atacaram o rei persa Firuz (ou Peros) II, em 483, e durante alguns anos exigiram enormes
tributos. Em 498, Kavad foi deposto por seu irmão ortodoxo Zamasp, mas, com a ajuda dos heftalitas, foi
restaurado ao trono em 501. O filho e sucessor de Kavad, Cosroes I, teve êxito em suas guerras contra o
imperador bizantino Justiniano I e estendeu seu domínio, tornando-se o mais poderoso de todos os reis
Sassânidas. Seu neto, Cosroes II, iniciou uma longa guerra contra o imperador bizantino em 602 e, por
volta de 616, havia conquistado praticamente todo o sudoeste da Ásia Menor e Egito.

O último rei Sassânida foi Yazdgard III, em cujo reinado (632-641) os árabes invadiram a Pérsia,
destruíram toda a resistência, substituíram gradualmente o zoroastrismo pelo islamismo e incorporaram a
Pérsia ao califado.

Persépolis (em grego, ‘cidade dos persas’), uma das antigas capitais da Pérsia; suas ruínas estão
localizadas em Takht-i Jamshid, próximo a Sirâz, Irã. Denominada Parsa pelos persas, foi, desde o
reinado de Dario I, no final do século VI a.C., residência dos reis Aquemênidas.
O local correspondente à antiga cidade de Persépolis guarda ruínas de diversos prédios monumentais. A
imagem mostra a grande escada que leva ao Tripylon, cujas balaustradas têm esculturas em baixo-
relevo que remontam ao século VI a.C.

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