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Decreto define regras das Bolsas Copa e Olímpica

Brasília, 28/01/10 (MJ) - Foi publicado no Diário Oficial da União desta quarta-
feira (27) o decreto que amplia os benefícios da Bolsa Formação oferecida pelo
governo federal no âmbito do Pronasci – Programa Nacional de Segurança
Pública com Cidadania.

Apelidados de Bolsa Copa e Bolsa Olímpica, os benefícios são destinados aos


policiais civis e militares e bombeiros dos estados que trabalharão na Copa do
Mundo 2014 e aos policiais civis e militares e bombeiros do Estado do Rio de
Janeiro e guardas municipais da capital fluminense, sede dos jogos Olímpicos de
2016.

A Bolsa Copa será destinada a bombeiros e policiais militares e civis das 12


cidades sedes dos jogos de 2014. O valor da Bolsa será reajustado de forma
gradual, começando com R$ 550 em 2010; R$ 655 em 2011; R$ 760 em 2012; R$
865 em 2013 e R$ 1000 em 2014.Não há teto salarial para a concessão do
benefício.

A seleção dos policiais que receberão a Bolsa Copa é de inteira responsabilidade


dos estados. Tanto os profissionais da capital quanto os do interior poderão
participar da Bolsa Copa, desde que sejam recrutados pelas corporações,
mediante critérios técnicos e isentos por elas estabelecidos, para atuar nas
operações de segurança dos jogos.

A Bolsa Olímpica, que tem um valor fixo de R$ 1200, será concedida aos policiais
militares, civis e bombeiros de todo o estado do Rio de Janeiro e guardas
municipais da capital com salários até R$ 3.200. Os profissionais que têm
remuneração superior a esse valor poderão, no entanto, se habilitar para receber
a Bolsa Copa.

Adesão - Para formalizar a adesão às bolsas Copa e Olímpica, os estados terão


de atender às condições estabelecidas pelo Decreto 6490/2008, com as
alterações promovidas pelo Decreto 7081/2010, como, por exemplo, adequar, até
2012, o regime de trabalho de seus profissionais para até 12 horas de serviço por
três turnos de descanso. Além disso, os executivos estaduais deverão enviar às
respectivas assembléias legislativas projetos de lei elevando a remuneração
mensal dos policiais ao valor mínimo de R$ 3200, considerando a data limite de
2016.

“Essa medida é extremamente importante porque contempla todo o efetivo policial


dos estados e não apenas os profissionais que atuaram nos jogos. Este é o
primeiro caso para a criação de uma cultura em que os estados estabeleçam um
piso salarial justo para a categoria”, explica o secretário Nacional de Segurança
Pública, Ricardo Balestreri.

No caso das guardas municipais, a prefeitura deverá encaminhar à Câmara de


Vereadores projeto de lei concedendo reajuste à categoria não inferior a R$ 1200.

Já os policiais deverão realizar o curso especial de formação para segurança em


eventos esportivos, cuja matriz curricular será estabelecida pelo Ministério da
Justiça. Para participar do programa, os profissionais não poderão ter condenação
em processo administrativo e penal nos últimos cinco anos e terão de respeitar os
critérios apresentados pelo estado-membro para a seleção dos participantes. No
caso da Bolsa Olímpica, a outra exigência é que a renda do policial não ultrapasse
R$ 3200.

O ministro da Justiça, Tarso Genro, explica que as bolsas foram criadas para
estimular a capacitação e estudo das polícias, visando a melhoria na qualificação
dos profissionais. “Nosso objetivo é ter um policial altamente especializado
durante a Copa e as Olimpíadas. Não se trata apenas de aumento de salário, que
é responsabilidade dos estados. A promoção das bolsas estimula, sim, a
capacitação, de um lado, e, de outro, induz os estados a qualificarem a
remuneração dos policiais”.

Bolsa Formação - O decreto também reajustou para R$ 443 o valor da Bolsa


Formação. O texto mantém inicialmente o teto salarial em R$ 1700 para a
participação no programa, “o que não impede que a questão seja revista adiante”,
diz Ricardo Balestreri.

Atualmente, 167 mil policiais de 25 estados recebem o benefício enquanto


participam de cursos de especialização em segurança pública. Eles também
podem migrar para as Bolsas Copa e Olímpica, desde que sejam selecionados
pelos estados e realizem o ciclo especial de formação para segurança em grandes
eventos. Os cursos serão ministrados pelas academias de polícia estaduais, após
a homologação do Ministério da Justiça.

Segurança com cidadania - O Pronasci articula políticas de segurança com


ações sociais, prioriza a prevenção e busca atingir as causas que levam à
violência, sem abrir mão das estratégias qualificadas de repressão. São mais de
90 ações que integram União, estados, municípios e diversos setores da
sociedade.

Atualmente, o programa está presente no Distrito Federal, em 22 estados e 177


municípios.

Saiba mais sobre o Pronasci no www.pronasci.gov.br e no


www.twitter.com/pronasci.
Perguntas e respostas sobre a Bolsa Copa e Bolsa Olímpica

1 – Quais serão os profissionais beneficiados? Qual é o valor das bolsas?


Os 170 mil policiais que atualmente estão inscritos na Bolsa Formação manterão o
benefício, uma vez que o critério estabelece que o valor referência do salário a
sua continuidade diz respeito à remuneração do dia da inscrição no curso e no
projeto. Eles poderão, ainda, migrar para as Bolsas Copa e Olímpica com a
mesma inscrição, desde que sejam selecionados pelos estados e façam os cursos
especiais de formação. Importante ressaltar que as bolsas não podem ser
acumuladas.

Bolsa Copa: policiais civis e militares e bombeiros lotados nos estados-membros


da Copa do Mundo de 2014 que tenham cursado o Ciclo Especial de Formação
para Segurança em Eventos Esportivos e que cumpram as condicionalidades
estabelecidas pelo Decreto 7081/2010, dentre elas integrar unidade responsável
pela segurança de eventos esportivos. Os profissionais serão selecionados pelos
respectivos estados, mediante critérios técnicos e isentos. O valor da Bolsa Copa
será reajustado de forma gradual, começando com R$ 550 em 2010; R$ 655 em
2011; R$ 760 em 2012; R$ 865 em 2013 e R$ 1000 em 2014.

Estados que sediarão jogos da Copa do Mundo de 2014: Amazonas, Bahia,


Ceará, Distrito Federal, Mato Grosso, Minas Gerais, Pernambuco, Paraná, Rio de
Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e São Paulo.

Bolsa Olímpica: policiais militares, civis e bombeiros do estado do Rio de Janeiro


e guardas municipais da capital fluminense que recebam menos de R$ 3200 e que
exerçam atividades estritamente de segurança pública. A Bolsa Olímpica tem o
valor fixo de R$ 1200.

2 - Serão apenas os que trabalharem no evento ou todos os profissionais do


estado?

Bolsa Copa: todos aqueles que forem integrados nas operações de segurança do
evento, seja através de atos preparatórios, seja para formação de reserva, tendo
previamente participado do curso de formação especial. A responsabilidade da
seleção será sempre do estado-membro.

Bolsa Olímpica: a meta será alcançar todos os policiais do Rio de Janeiro,


considerando as condicionalidades estabelecidas pelo Decreto 7081/2010.

3 - Qual é o teto salarial para ter direito às bolsas Copa e Olímpica?


Bolsa Copa: não há teto estipulado.

Bolsa Olímpica: no Rio de Janeiro, R$ 3200. No entanto, o policial que receber


salário superior a esse valor poderá se habilitar para receber a Bolsa Copa, desde
que seja selecionado pelas corporações para atuação na Copa e participe do
curso especial de formação para a segurança de eventos esportivos.

4 – Quais serão as condições para adesão às bolsas e os critérios para


seleção dos profissionais para receber os benefícios?

Da parte do estado:

- Respeitar as condicionalidades do convênio de adesão exigidas pelo Ministério


da Justiça

- Adequar, até 2012, o regime de trabalho de seus profissionais para até 12 horas
de serviço por três turnos de descanso.

- Enviar à Assembléia Legislativa projeto de lei elevando a remuneração mensal


de todos os policiais estaduais até o valor mínimo de R$ 3200, considerando a
data limite de 2016. No caso da cidade do Rio de Janeiro, compromisso de
reajustar o salário das guardas municipais em, no mínimo, R$ 1200.

Da parte dos policiais:

- Realizar o curso especial de formação para segurança em eventos esportivos

- Não ter condenação em processo administrativo e penal nos últimos cinco anos.

- No caso da Bolsa Olímpica, não receber mais que R$ 3200.

- Respeitar os critérios apresentados pelo estado-membro para a seleção dos


participantes.

5 - Quais cursos serão levados em consideração para a concessão da


Bolsa?
O Ministério da Justiça deverá homologar os cursos do Ciclo Especial de
Formação para Segurança em Eventos Esportivos que serão oferecidos pelas
academias das instituições de segurança pública dos estados.

6 - Como os estados vão aderir?


Os estados podem aderir, ou não, mediante convênio. A deliberação é do próprio
estado.

7 - Quanto o governo federal investirá anualmente nesta ação? A quanto


cada estado terá direito?
Este valor dependerá do número de policiais envolvidos no processo de formação
especial, considerando as peculiaridades estaduais. O investimento é recurso
direto ao policial. É importante frisar que se trata de bolsa para capacitação e
estudo repassada diretamente ao policial e não de recurso para aumento de
salário, o que é responsabilidade dos governos estaduais. A promoção das bolsas
faz, sim, um estímulo para que no futuro, 2014/2016, os estados tenham uma
remuneração digna. É bom deixar claro que os estados não são obrigados nem a
aderir ao Pronasci nem à Bolsa Formação.

8 - O orçamento para o pagamento das bolsas foi aprovado pelo Congresso,


conforme o ministro anunciou em 2009 quando pedira R$ 900 milhões?

Na lei orçamentária, constam duas rubricas que autorizam inicialmente R $ 123


milhões. O complemento será viabilizado mediante crédito especial, se
necessário. A previsão é de que as novas bolsas comecem a ser pagas a partir de
julho. As bolsas já concedidas continuam sendo pagas normalmente. Aqueles que
já recebem a Bolsa Formação poderão transitar para as bolsas Copa e Olímpica,
mas não acumularão o valor das bolsas.

9 - A Bolsa Formação continuará sendo paga normalmente?

Sim. Ela será retirada apenas de quem transitar para a Bolsa Copa ou Bolsa
Olímpica.

10 – Existe algum empecilho legal para o pagamento do benefício em ano


eleitoral?

Não há qualquer empecilho para o pagamento das bolsas Copa e Olímpica em


ano eleitoral.

11 – Somente os policiais das capitais receberão o benefício?

Não são apenas os policiais das capitais, e sim os profissionais que forem
recrutados pelo estado para trabalhar nas operações de segurança do evento.
Exemplo, um policial do interior de Mato Grosso que for escalado para atuar na
segurança da Copa em Cuiabá terá o benefício. A seleção dos profissionais será
feita pelos estados.

12- Os governos estaduais terão recursos para incorporar o valor das bolsas
ao salário? Por que ao invés da Bolsa o governo não defende a PEC 300, que
cria o piso salarial para profissionais de segurança?

O projeto apresenta como condicionalidade o compromisso do estado em


estabelecer uma política salarial que alcance a remuneração mensal mínima de
R$ 3200 até 2016 para todo o efetivo. O cálculo das possibilidades de pagamento
cabe ao estado, conforme prevê a Constituição. A aprovação ou não da PEC 300
independe deste programa. O Governo Federal não está discutindo ou propondo
piso salarial, mas uma bolsa de estudos e capacitação para cooperar com os
estados na formação policial.

13 – Como comprovar que os policiais escolhidos realmente atuarão nos


jogos e fazem os cursos necessários?
No que diz respeito aos policiais escolhidos, a responsabilidade é dos estados; no
que se refere aos cursos, a tecnologia dos cursos oferecidos no âmbito da Bolsa
Formação e da Senasp asseguram controle objetivo dos participantes.

14 – Bombeiros, policiais civis e guardas municipais também terão direito à


Bolsa Copa?
A Bolsa Copa é destinada a policiais civis, militares e bombeiros que estiverem
envolvidos nas operações de segurança do evento. As guardas municipais não
fazem parte do projeto.

15 - Haverá modificação no teto salarial de R$ 1700 exigido para a concessão


da Bolsa Formação?
Não haverá, neste momento, alteração do teto salarial exigido para a concessão
do benefício, o que não impede que a questão seja revista adiante. No entanto,
cabe ressaltar que a bolsa será paga durante 12 meses, a partir da homologação
da inscrição. Por isso, os 167 mil policiais já homologados e, portanto, inscritos,
manterão o benefício nesse período. Eles poderão, ainda, migrar para as Bolsas
Copa e Olímpica com a mesma inscrição, desde que sejam selecionados pelos
estados e façam os cursos especiais de formação. Importante ressaltar que as
bolsas não podem ser acumuladas.

Informações importantes:

- Para aderir às bolsas Copa e Olímpica, os estados deverão atender às seguintes


condicionalidades: adequar, até 2012, o regime de trabalho de seus profissionais
para três turnos de descanso a cada 12 horas de serviço; e enviar à Assembléia
Legislativa projeto de lei elevando a remuneração mensal dos policiais até o valor
mínimo de R$ 3200, considerando a data limite de 2016.

- A meta da Bolsa Olímpica no Rio de Janeiro é alcançar todos os policiais que


recebam até R$ 3200.

- A guarda municipal da cidade do Rio de Janeiro também está incluída na Bolsa


Olímpica

- Os profissionais do Rio que receberem a Bolsa Olímpica não poderão receber


outras bolsas.

- Tanto os policiais da capital quanto os do interior poderão participar da Bolsa


Copa, desde que sejam recrutados pelo estado para atuar nas operações de
segurança dos jogos.
- Não há teto para o pagamento da Bolsa Copa, apenas para a Bolsa Olímpica.

- A seleção dos policiais que receberão a Bolsa Copa é de inteira responsabilidade


dos estados.

- O teto da Bolsa Formação está mantido em R$ 1700. O valor do benefício será


reajustado para R$ 443.

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