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RESUMO. Foi realizado um levantamento de espécies de anuros na região do Parque Estadual do Rio Guarani (25º25’S;
53º15’W), Município de Três Barras do Paraná, sudoeste do Estado do Paraná, Brasil. Os ambientes de reprodução e o
período de vocalização foram registrados para a maioria das espécies. Foram encontradas 23 espécies pertencentes às
seguintes famílias: Bufonidae (1), Centrolenidae (1), Hylidae (9), Leptodactylidae (10), Microhylidae (1) e Ranidae (1). A
riqueza de espécies desta localidade foi mais similar com a anurofauna do Município de Londrina (Coeficiente de Semelhança
Biogeográfica = 0,8), possivelmente porque ambas regiões apresentam o mesmo tipo de formação vegetal (Floresta
Estacional Semidecídua) e estão localizadas no terceiro planalto paranaense.
Palavras-chaves: Anuros, riqueza de espécies, reprodução, Paraná, Brasil.
ABSTRACT. A survey of anurans species were realized in the region of State Park Guarani River (25º25’S; 53º15’W),
Municipality of Três Barras do Paraná, southwestern of Paraná State, Brazil. The breeding sites and vocalization period
were registered from mostly of the species. Anuran fauna of the region is composed by 23 species, distributed in 6 families,
namely: Bufonidae (1), Centrolenidae (1), Hylidae (9), Leptodactylidae (10), Microhylidae (1) and Ranidae (1). The
species richness of this locality was more similar to the anuran fauna of Londrina Municipality (Coeficient of Biogeogra-
phic Resemblance = 0,8), possibly because both regions share the same vegetation composition (seasonal semi-deciduous
forests) and they are located in the third Paraná plateau.
Key-words: Anurans, species richness, breeding, Paraná, Brazil.
INTRODUÇÃO
Os anfíbios anuros são animais relativamente sobre as espécies (e. g., Zimmerman & Bierre-
conspícuos nas comunidades animais devido ao gaard, 1986; Heyer et al., 1988; Weygoldt,
uso da vocalização para a atração de fêmeas 1989; Haddad, 1998).
durante o período reprodutivo (Duellman & O Estado do Paraná carece de informações
Trueb, 1986; Scott & Woodward, 1994). A sobre a fauna de anuros, sendo que alguns dos
região Neotropical abriga uma das mais ricas trabalhos realizados referem-se à descrições de
faunas de anuros do planeta (Duellman, 1988; novas espécies (e. g., Pombal & Haddad, 1992;
1990; Basso, 1990; Heyer et al., 1990; Cald- Langone & Segalla, 1996; Pombal et al., 1998;
well, 1996), porém ainda são relativamente Castanho & Haddad, 2000) e de notas sobre
poucos os estudos sobre comunidades realiza- ampliação de distribuição geográfica (e.g., Ber-
dos (e. g., Crump, 1971; Cardoso et al., 1989; narde, 1998; 1999). Na região norte do estado,
Pombal, 1997; Bertoluci, 1998). um estudo foi realizado demostrando a impor-
Dado que existem poucos estudos sobre tância de uma unidade de conservação (Parque
comunidades de anuros na região Neotropical, Estadual Mata dos Godoy) na manutenção de
mais escassas ainda são as informações sobre algumas espécies (Machado et al., 1999). Ber-
declínios populacionais ou impactos antrópicos narde & Anjos (1999) estudaram a distribuição
94 P. S. BERNARDE & R. A. MACHADO.: Anurofauna em Três Barras do Paraná
Figura 1: Localização das localidades citadas no Estado do Paraná, Brasil: 1 = Três Barras do Paraná; 2 = Londrina; 3 =
Telêmaco Borba; 4 = Palmeira; 5 = Quatro Barras.
espacial e temporal dos anuros durante o pe- temperaturas médias mensais variando entre
ríodo reprodutivo neste Parque. 12ºC (mínima) a 33ºC (máxima) (Figura 2). As
O presente trabalho tem como objetivo for- médias pluviométricas anuais são em torno de
necer a lista de espécies de anuros ocorrentes 2800 mm (Figura 3).
em uma região no sudoeste do Estado do Para- O levantamento e monitoramento das espé-
ná (Brasil), apresentando dados sobre a oco- cies foi realizado mensalmente no período de
rrência das mesmas nos ambientes e a tempo- outubro de 1997 a setembro de 1998. Cada fase
rada de vocalização. É comparada a compo- durou dois dias, onde foram percorridos os
sição de espécies desta localidade com a de seguintes ambientes:
outras no Estado do Paraná. a) Ribeirão Três Barras dentro de mata pri-
mária: Consiste em um ambiente aquático lóti-
co, com cerca de três metros de largura e um
MATERIAL E MÉTODOS metro de profundidade.
b) Riachos dentro de mata: São pequenos
A área de estudo compreende o Parque Esta- cursos d’água, com menos de um metro de
dual do Rio Guarani e seus arredores (aproxi- largura e 0,50 m de profundidade, alguns apre-
madamente 25º27’S; 53º07’W; 350 m de alti- sentando leito pedregoso.
tude) (Figura 1), localizada no Município de c) Poças temporárias em clareiras dentro da
Três Barras do Paraná, Estado do Paraná, Bra- mata: São pequenas poças (no máximo 3x4m)
sil. Localizada no terceiro planalto paranaense formadas durante o período de chuvas.
(Maack, 1981), a vegetação original desta re- d) Área de mata, distante de corpos d’água.
gião era constituída por Floresta Estacional e) Açude permanente em borda de mata:
Semidecídua. Atualmente, devido ao desmata- Poça artificial construída pelo homem, com
mento ocorrido durante a colonização, restam tamanho de 30x10m. Com vegetação marginal
poucos fragmentos de mata primária (Maack, constituída por árvores e arbustos.
1981). Destes, o mais representativo pelo ta- f) Brejo próximo à mata: Pequena área ala-
manho de sua área (cerca de 2200 hectares), gada (20x10m) de vegetação baixa (gramíneas
corresponde ao Parque Estadual do Rio Gua- e arbustos).
rani. O clima é do tipo subtropical úmido, com
Cuad. herpetol., 14 (2): 93-104, 2001 (2000) 95
ESPÉCIES O N D J F M A M J J A S
Bufo crucifer + + + + - - - + - + + +
H. uranoscopum + + + + + + + - - + + +
A. perviridis + + + + + + + - - - + +
H. faber + + + + + + - - - - - +
H. minuta + + + + + + + - - - + +
H. prasina - - - - + - + - + + + +
P. tetraploidea + + + + + - - - - - - +
S. fuscovarius + + + + + - - - - - - +
S. perereca + + + + + - - - - - - +
S. gr. catharinae - - - - - + - - - - + -
E. binotatus - - + + + - - - - - -
E. guentheri - - - - - - - - - - - +
L. mystacinus + + + - - - - - - - - +
L. ocellatus + + + + - - - - - - + +
L. macroglossa + + + + + + + + - - + +
P. cuvieri + + + + + + - - - - + +
P. gracilis + + + - + + + - + + + +
P. avelinoi + + + + + - + - - - - +
E. ovalis + - - + - - - - - - - -
R. catesbeiana - - - - - - + - - - - -
TOTAL DE ESPÉCIES 15 14 15 14 13 8 8 2 2 4 10 16
Tabela I. Temporada de vocalização das espécies de anuros em Três Barras do Paraná (Brasil) durante os meses de outubro
de 1997 a setembro de 1998. + = ocorrência; - = ausência.
30 20
número de
15
espécies
20
TºC
10
10
5
0 0
O N D J F M A M J J A S
meses
Figura 2: Relação entre a atividade de vocalização das espécies de anuros (linhas) e as temperaturas médias mensais
(barras) durante os meses de outubro de 1997 a setembro de 1998 em Três Barras do Paraná.
naense, o Segundo Planalto Paranaense ou Pa- pel de Capitão Leônidas Marques, município
tamar Intermediário e o Terceiro Planalto Pa- vizinho da área de estudo.
ranaense ou Zona da Cobertura Basalto-Arení- As correlações entre o número de espécies
tica (Moreira & Lima, 1977). A riqueza de es- em atividade de vocalização ao longo do ano e
pécies encontrada neste estudo foi comparada os fatores climáticos (pluviosidade e tempera-
com as riquezas de outras quatro localidades do tura) foram avaliados usando o teste de Spear-
estado situadas nestes três planaltos (Figura 1): man (Zar, 1984).
Londrina (23º27’S; 51º15’W; em torno de 610
m de altitude) (Machado et al., 1999), região
originalmente coberta por Floresta Estacional RESULTADOS
Semidecídua, localizada no terceiro planalto
paranaense; Telêmaco Borba (24º20’S; Foram encontradas 23 espécies de anuros per-
50º35’W; em torno de 730 m de altitude) (Ma- tencentes a seis famílias: Bufonidae (1), Cen-
chado & Bernarde, no prelo), região original- trolenidae (1), Hylidae (9), Leptodactylidae (10),
mente coberta por Floresta Ombrófila Mista Microhylidae (1) e Ranidae (1). Destas, 20 fo-
com influência de Floresta Estacional Semide- ram observadas em atividade de vocalização
cídua, localizada no segundo planalto; Palmei- nos ambientes de reprodução (Tabela I; Figu-
ra (25º15’S; 50º00’W; em torno de 950 m de ras 2 e 3). Três espécies (Crossodactylus sp.,
altitude) (Machado & Bernarde, no prelo), re- Odontophrynus americanus e Phrynohyas ve-
gião caracterizada por Campos Rupestres e lo- nulosa) não foram encontradas em atividade de
calizada no segundo planalto; Quatro Barras vocalização. A riqueza de espécies de anuros de
(25º21’S; 49º03’W; altitude 880m) (Bernarde; Três Barras do Paraná está mais relacionada
Guidolim & Moreira, dados não publicados), com a anurofauna de Londrina (Tabela II). As
região com predomínio de Floresta Ombrófila espécies das localidades estão listadas no Apên-
Mista (Mata de Araucária), localizada no primei- dice II. Sete espécies (Bufo crucifer, Aplasto-
ro planalto. Três localidades (Londrina, Telê- discus perviridis, Hyla faber, H. minuta, H.
maco Borba e Palmeira), distam cerca de 300 prasina, Leptodactylus ocellatus e Physalaemus
quilômetros de Três Barras do Paraná, enquanto cuvieri) foram comuns nas cinco localidades.
que Quatro Barras está a cerca de 400 quilô-
metros. Para o cálculo da similaridade da anuro-
fauna foi utilizado o Coeficiente de Semelhança LISTA DAS ESPÉCIES DE ANUROS
Biogeográfica (Duellman, 1990). REGISTRADAS
Os dados climáticos (pluviosidade e tempe-
ratura) foram obtidos na Estação Meteorológi- BUFONIDAE
ca da Companhia Paranaense de Energia – Co- Bufo crucifer Wied, 1821
Cuad. herpetol., 14 (2): 93-104, 2001 (2000) 97
600 20
pluviosidade
número de
15
espécies
400
(mm)
10
200
5
0 0
O N D J F M A M J J A S
meses
Figura 3: Relação entre a atividade de vocalização das espécies de anuros (linhas) e a pluviosidade (barras) entre os meses
de outubro de 1997 a setembro de 1998 em Três Barras do Paraná.
anos (Bernarde & Anjos, 1999; Machado et al., 1997). Entretanto, ainda não foi detectado no
1999). Provavelmente, essa diferença seja de- Brasil se a introdução desta espécie pode cau-
vido ao pouco tempo empregado neste estudo sar algum impacto sobre as espécies nativas
(apenas um ano). Portanto, algumas espécies (Guix, 1990).
comuns em regiões próximas (e. g., Bufo pa- Além das diferenças nos cantos de anúncio
racnemis, Hyla albopunctata, H. nana, H. ra- (Hödl, 1977; Pombal, 1997), a distribuição es-
niceps e Leptodactylus fuscus), podem ocorrer pacial (ambientes de reprodução e sítios de
em Três Barras do Paraná e não terem sido vocalização) é também considerada um meca-
encontradas. O menor coeficiente de semel- nismo de isolamento reprodutivo primário (Car-
hança biogeográfica (CSB = 0,4) foi encontra- doso et al., 1989; Pombal, 1997). Neste estu-
do com a localidade de Quatro Barras, a qual do houve pouca sobreposição espacial entre as
está localizada no primeiro planalto paranaense espécies durante a atividade reprodutiva, sendo
e apresenta como formação vegetal predomi- que a maioria utilizou ambientes e sítios de vo-
nante a Floresta Ombrófila Mista. O maior nú- calização distintos. A temporada de vocalização
mero de espécies com a distribuição associada das espécies é influenciada por vários fatores
à Mata Atlântica (e. g., Bufo crucifer, Hyla al- externos, principalmente pela luminosidade,
bosignata, H. bischoffi, H. microps, H. aff. cir- temperatura e pluviosidade (Cardoso, 1984;
cumdata, Scinax rizibilis, Sphaenorynchus sur- Aichinger, 1987; Pombal, 1997; Bertoluci,
dus, Adenomera sp., Eleutherodactylus guen- 1998; Arzabe et al., 1998). Neste estudo, houve
theri e Physalaemus olfersii) esteve presente em correlação significativa entre o número de espé-
Quatro Barras, que é a localidade mais próxi- cies em atividade de vocalização ao longo do
ma dessa formação vegetal. A localidade de ano com a temperatura; entretanto, não houve
Telêmaco Borba, que está localizada no segun- com a pluviosidade. Provavelmente isto se deva
do planalto paranaense, abriga um número maior à distribuição irregular das chuvas durante o pe-
de espécies associadas à Mata Atlântica do que ríodo deste estudo, fato similar foi observado
Três Barras do Paraná e Londrina, que estão por Bernarde & Anjos (1999) em Londrina.
localizadas no terceiro planalto. A ausência da Na região norte do Estado do Paraná, seis
maioria dessas espécies em Palmeira pode ser espécies de anuros (Crossodactylus sp., Eleu-
devida à formação vegetal predominante (cam- therodactylus binotatus, E. guentheri, Proce-
pos) nesta localidade. ratophrys avelinoi, Aplastodiscus perviridis e
O registro de três espécies (Hyalinobatra- Hyalinobatrachium uranoscopum) são encon-
chium uranoscopum, Proceratophrys avelinoi tradas apenas dentro ou próximas a ambientes
e Scinax perereca) para esta região, represen- florestados (Machado et al., 1999). Devido ao
tam os segundos para o estado do Paraná. Es- carácter estenóico destas espécies em relação
tas, haviam sido registradas anteriormente para aos ambientes de reprodução, Machado et al.
Londrina por Machado et al. (1999). O regis- (1999), salientaram a importância de uma uni-
tro das duas espécies de Eleutherodactylus, dade de conservação em Londrina, o Parque
representa o limite mais ocidental conhecido Estadual Mata dos Godoy. Estas seis espécies
para as duas espécies, que ocorrem na Mata também foram encontradas na área do presen-
Atlântica na faixa litorânica e na Floresta Esta- te estudo, em condições semelhantes, sempre
cional Semidecídua do norte do estado (Heyer, associadas a ambientes florestados. Além des-
1984; Frost, 1985; Machado et al., 1999). Uma tas espécies, outras duas merecem atenção,
espécie introduzida (Rana catesbeiana), foi Scinax perereca e Limnomedusa macroglossa.
encontrada vivendo em condições naturais. Si- No Estado do Paraná, S. perereca foi encon-
tuação semelhante foram observadas no norte trada sempre associada a ambientes florestados
do Paraná (obs. pess.) e no estado de São Pau- (obs. pess.), inclusive na região de Londrina
lo (Guix, 1990). Esta espécie exótica originária (Machado et al., 1999). Entretanto, no Estado
da América do Norte, quando introduzida na na- de São Paulo, esta espécie foi observada em ati-
tureza, pode afetar negativamente algumas es- vidade reprodutiva também em áreas abertas
pécies de anuros nativas (ver Kupferberg, (Pombal et al., 1995; Bernarde & Kokubum,
100 P. S. BERNARDE & R. A. MACHADO.: Anurofauna em Três Barras do Paraná
1999). Contudo, sabe-se que uma mesma es- Brazil): comparative structure and calling
pécie de anfíbio anuro pode se comportar de activity patterns. Herpetological Journal
maneira diferente de uma região para outra, 8: 111-113.
dependendo da fisionomia ambiental e do cli- BASSO, N. G. 1990. Estrategias adaptativas en
ma (Cardoso, 1984). Limnomedusa macroglo- una comunidad subtropical de anuros.
ssa é uma espécie adaptada a viver sobre ro- Cuad. Herpetol. Serie Monogr. 1: 1-70.
chas nas margens de rios (Cei, 1980; Lango- BERNARDE, P. S. 1998. Geographic distribu-
ne, 1994). Neste estudo, este foi o único tipo tion. Hyla punctata. Herpetol. Rev. 29:
de ambiente em que a espécie foi encontrada. 246.
Foram observados apenas dois indivíduos de S. BERNARDE, P. S. 1999. Geographic distribu-
gr. catharinae em borda de mata, podendo tra- tion. Hyla uruguaya. Herpetol. Rev. 30:
tar-se também de uma espécie associada a 230.
ambientes florestais. Sabe-se que uma das prin- BERNARDE, P. S. & ANJOS, L. dos. 1999.
cipais causas da diminuição de riqueza de es- Distribuição espacial e temporal da
pécies de anuros é a diminuição da cobertura anurofauna no Parque Estadual Mata dos
vegetal (Aichinger, 1991; Haddad, 1998; To- Godoy, Londrina, Paraná, Brasil (Amphi-
cher, 1998). Possivelmente, devido à exigên- bia: Anura). Com. Mus. Ciênc. Tecnol.
cias reprodutivas destas espécies, estas não PUCRS, Sér. Zool. 12: 127-140.
encontrem condições adaptativas para repro- BERNARDE, P. S. & KOKUBUM, M. C. N.
dução em ambientes alterados (ver Aichinger, 1999. Anurofauna do Município de Gua-
1991; Tocher, 1998; Bernarde et al., 1999). rarapes, Estado de São Paulo, Brasil (Am-
Devido à ocorrência dessas espécies estenói- phibia: Anura). Acta Biol. Leopoldensia
cas na região, cabe aqui ressaltar a importân- 21: 89-97.
cia do Parque Estadual do Rio Guarani na con- BERNARDE, P. S.; KOKUBUM, M. C. N.;
servação de alguns anfíbios anuros. MACHADO, R. A. & ANJOS, L. dos.
1999. Uso de habitats naturais e antró-
picos pelos anuros em uma localidade no
AGRADECIMENTOS Estado de Rondônia, Brasil (Amphibia:
Anura). Acta Amazonica 29: 555-562.
Somos gratos ao Dr. Célio Haddad pela leitura BERTOLUCI, J. A. 1998. Annual patterns of
do manuscrito. Este estudo foi financiado pela breeding activity in atlantic rainforest
Companhia Paranaense de Energia Elétrica – anurans. J. Herpetol. 32: 607-611.
Copel. A Antonio Fonseca dos Santos, Edna M. CALDWELL, J. P. 1996. Diversity of Amazo-
Pereira Vargas e Sérgio A. A. Morato, pelo nian anurans: The role of systematics
apoio e incentivo neste trabalho. À Capes e ao and phylogeny in indentifying macroeco-
CNPq pelas bolsas concedidas a PSB e RAM, logical and evolutionary patterns. Pp. 73-
respectivamente. 88 In: Gibson, A. C. (ed.), Neotropical
biodiversity and conservation. Occas.
Publ. Mildred E. Mathias Botanical Gar-
BIBLIOGRAFÍA den 1, University of California, Los An-
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Peru. Alytes 9: 23-32. ra) no sudeste do Brasil. Rev. Brasil.
ARZABE, C.; CARVALHO, C. X. C. & COS- Biol. 49: 241-249.
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in Crasto forest ponds (Sergipe state, 2000. New species of Eleutherodactylus
Cuad. herpetol., 14 (2): 93-104, 2001 (2000) 101
Recibido: 01/07/2000
Aceptado: 13/09/2000
BUFONIDAE
BRACHYCEPHALIDAE
CENTROLENIDAE
HYLIDAE
Phasmahyla sp. +
Scinax sp.1 +
Scinax sp.2 +
LEPTODACTYLIDAE
Adenomera sp. +
Crossodactylus sp. + +
FE DE ERRATA
MICROHYLIDAE
RANIDAE
Total de espécies 23 27 26 19 22