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expressa sob a forma A = A, isto , todo ente igual a si mesmo, ou dito negativamente, um
objeto no pode ser, ao mesmo tempo e sob o mesmo aspecto, igual e diferente em relao a si
mesmo.
Ora, exatamente esse principio da identidade que vai ser questionado pela lgica dialtica
que admite a possibilidade de um objeto ser, ao mesmo tempo igual e diferente de si mesmo,
surge assim o principio da contradio. Para Hegel:
Com efeito, Marx no podia concordar com essa metafsica idealista de Hegel. Mas
embora discordando dessa posio metafisica, vai aproveitar a sua lgica dialtica. S que
vai aplic-la to-somente ao mundo da realidade histrica concreta, ou seja, natureza e,
sobretudo sociedade5.
Para Marx, a realidade natural e social de fato evoluiu por contradio, ou seja, so os
conflitos internos dos objetos e das situaes que atentam as mudanas que ocorrem ento
dialeticamente. Mas isso no significa que a histria vai acontecendo independentemente da
interveno dos homens. Ao contrrio, a interveno dos homens atravs de sua prtica,
indispensvel e essencial.
por isso que a filosofia de Marx se prope como uma filosofia da prxis, ou seja,
uma ao que sua atividade prtica em obstinao da terica. Segundo Marx, os filsofos no
devem apenas interpretar o mundo porque o que realmente importa transform-lo. Essa
critica se refere a toda filosofia idealista, metafisica, a toda forma puramente especulativa de
pensamento. O que Marx est criticando o pensamento desvinculado da pratica social real
4 Cirne-Lima, Carlos R. V. sobre a contradio/ Carlos R. V. Cirne-lima, Porto Alegre:
EDIPURCRS, 1993, 130p. (coleo filosofia: 6).
5 Bueno, Jos Lucas pedreira, o empreendedorismo como superao do estado de
alienao do trabalhador. Tese de doutorado, UFSC, Florianpolis 2005.
dos homens, porque a atividade consciente, na viso, s justifica se ela for realmente critica,
ou seja, capaz de aprender a realidade sem cair na alienao e sem ser envolvida pela
ideologia.
BIBLIOGRAFIA