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Miguel Carlos Madeira Anatomia da Face BASES ANATOMOFUNCIONAIS PARA A PRATICA ODONTOLOGICA - T 6% edigao i E L Tuludugdv av estudo da face Cranio Anatomia aplicada do cranio Mhisculos da face Articulacdo temporomandibular Boca ISarvien Vascularizagao sangiiinea e linfatica da face Nervos da face Apresentacao da 6° edicéo Desde 2004, quase todos os capitulos desta obra estio incorpora- dos ao livro “Anatomia facial com fundamentos de anatomia sis- témica geral” (Edit. Sarvier, So Paulo), redigido por mim em parceria com 0 Prof. Roelf J. Cruz Rizzolo. AA intencao era continuar a oferecer uma anatomia especifica da face, porém acrescida de nocoes ce anatomia humana geral, como se fossem dois compéndios em um s6. A justificativa era que a unio desses assuntos correspondia ao conteudo total da aiscipli- na de Anatomia, do curso de Odontologia. Apesar de mais com- pleto, continuaria a ser um livro apenas, que traria vantagem econdmica na sua aquisicio. Realmente, “para uma boa formagio em Anatomia odontolégica, deve-se dar atengio especial ao eatudo da face, mas também é preciso obter um conhecimento, pelo menos basico, de todo 0 cor- py luna”. Mas, como uma parcela dos leitores, tais como alunos de cursos de especializacio, interessa-se apenas por uma publicagao especifica sobre a face, este livro “Anatomia da face” continua a ser editado, Foi feito um especial esforco para simplificar esta 6* edicto, a fim de ofererer mais nbjefividade e manter as condicées de compra. Para tanto, como principal modificagao, foram excluidos os sete textos de estudo dingido, sob a denominacao “Saiba mais sobre o vviscerocranio...sobre miisculos cefélicos...sobre ATM ete.”, que es- tavam incluidos no “Apéndic Mas, como exseo textos abrangem ascuntos fundamontais © por- mitem ao leitor re-estudar e avaliar seu aproveitamento no es- tudo, por conta propria, cles nao podem simplesmente ser ex- cluidos. Devido a sua importéncia, passaram a constar do site vowweanatomiafecial.cam ¢ podem ser achados, sob os mesmos titulos, no link “Aprendendo Anatomia” e, a seguir, “Estudo diri- pido” (Os testes de auto-avaliacao (avaliacio formativa) nos finais dos capitulos, que jé faziam parte da 5* edicao, permanecem. Na “Apresentacao” da edico precedente havia uin texto ditigi: do aos estudiantes, sob a forma de recomendagdes, que compi- mham um codigo de comportamento do estudante nw estudu, 10 relacionamento interpessoal e na vida universitéria. Esse texto foi modificado, ampliado, e hoje também faz parte do ‘mesmo site www anatomiafacial.com, podendo ser encontrado sob 6 titulo “Recado aos alunos ingressantes” no link “Aprendendo anatomia” e, a seguir, “Reflexdes sabre chicago tniversitéria”. (Outros textos, dirigidos 2 alunos e professores, podem ser encontrados no mesmo link. Uni deles, “A nocioa culture da cola na escola”, versa sobre o artifcio de colar durante as acnliagdes escolares. Esse texto ad- verte sobre priticas ilicitas, ao simular situagdes possiveis, de maneita iuito peculiar. Ao destacar o valor da ética como necessidade incontes- fe, insta os alunos a fazerem um esforco inteligente tendo em vista 0 cultivo de bons hfbitos e 0 reconhecimento da consciéncia de seu valor & de suas possibilidades. Encontram-se no mesmo link “Aprendendo anatomia” (“Reflexdes sobre educagdo teniversitaria”), do site wawcw.anatonniafacialcom, os textos se _guintes: “Ensino, pesquisa, extensio", “Reflexdes sobre Ediucago (dentro ¢ fora da sala de aula)”, “O ensino da Anatontiae suas dificuldades” — em dduas partes -, “Modelo de plano de ensino de Anatomia para cursos de Odontologia”, “Os dois lados da aula exposition,” “Acatiagto discente (aspectos priticos da verificagto do rendimsento escolar)”, “Estudo dirigi- do” & “O porqué de ser bom professor”. (Os cinco primeiros textos citadas referem-se a reflexdes sobre a Edtucagto ~ como condigao vital para o progresso do pais -, sobre o papel do profes- sor na escola e fora dela e, especificamente, dentro do ensino da Anato- ‘mia, cont conceituacdes e pareceres sobre algumias préticas docentes. A redagio sobre a aula expositiva pondera as criticas que ela tem recebi- do pela sua propalada ineficiéncia e, ao contrart, procura valortza-la como estratégia de aprendizagem. Ao término sito indicados varios pro- cedimentos para o aprimoramento desse meio de ensino. A “qoaliagio discente” aborda inicialmente a avaliagao diagnéstica, que é lembrada como uma necessidade. Mas a maior parte do texto refere-se 4 avuliaglo somatioa, em Anatomia odontol6gica. Varios exemplos de como formular questdes sto oferecidos. Em “Estudo dirigido”, algumas modalidades so mostradas por meio de exemplos, na dren de Anatomia para dentistas. Sao roteiros de um estu- do adicional ou complementar, preparados de antemndo, que propéem nov maneira de entender, recordar e consolidar unt assurnto que ji foi estuda- ido (recém-estudado, de preferéncia). No mais, 0 “Anatomia da face” mostra nao ter perdido sua iden- tidade, nem se desviado de seu projeto inicial de incorporar a Anatomia ao contexto da Odontologia. ‘A redagio mantém-se de acordo com a "Terminologia Anatémica Internacional”, da Federagao Internacional de Associagoes de ‘Anatomistas, traduzida por uma comissao da Sociedade Brasilei- ra de Anatomia, como nao poderia deixar de ser, Os termos cons- tantes do Glossario foram destacados ao longo do texto mediante a utilizacdo de um asierisco (*). Este livro tem utilidade comprovada para alunos de graduagio, mas 6 também oferecido a profissionais da area da satide, que freqiientemente necessitam de recordacdo e reciclagem. Seu con- tetido esta sujcito a atualizagdes e correcbes, que esses profissio- nais, notadamente os colegas professores, certamente propora0 para seu constante aprimoramento. E 0 que desejo. MIGUEL CARLOS MADEIRA ‘e-mail: madeira@anatomiafacial.com ‘memadeir@terra.com.br Contetido CAPITULO 1 - Introducdo ao estudo da face A face CAPITULO2- Cranio Vistas do cranio Lopogratia dentoalveolar CAPITULO 5 Anatomia aplicada do cranio Anatomia radiografica do cranio.. Biomecénica do esqueleto facial... Fraturas do esqueleto facial Manilares desdentados. Anatomia e implantociontia® Aspectos sexuais, etarios e antropométricos do cranio CAPITULO4— Maésculos da face Miisculos da expressao facial Expressio facial Miisculos da mastigacio... Miisculos supra-hidideos Musculos da lingua. Miisculos do palato.. Capito 5~ Articulagdo temporomandibular A articulagao temporomandibular (ATM)... Dinamica da ATM Posigées e movimentos da mandibula Desordens temporomandibulares”” CAPITULO 6 ~ Boca A boca A lingua. As glindutlas salivares.. : Consideragdes anatomicas sobre Bropogaces de infeccoes odontogénicas CAPITULO 7 ~ Vascularizacao sangiifnea e linfética da face A artéria carotida externa e seus ramos Drenagem venosa Drenagem linfatica"® © Hordcio Faig Leite © Paulo Sérgio Perti de Carvalho © Alicio R. Garcia ® Miguel Carlos Madeira ¢ Roelf J. Cruz Rizzolo © Ariovaldo Antonio Martins m1 17 123 . 125 . 133 . 135 . 142 153 155 164 . 169 ‘cariret a8 Nervos da face O nervo trigémeo (V)" 181 (Oo nervoe facial, glossofaringeo, vago e hipoglosso...~ 194 ‘Anatomia das vias trigeminais centrais” ‘Anatomia © ancctesia © José Américo de Oliveira © Roelf J. Cruz Rizzolo © Mignol Carlos Madeira e Roelf J. Cruz Rizzolo CAPITULO. 2 ge Bled OBJETIVO | Discutir generalidades sobre a face, considerando aspectos filo- genéticos, morfoldgicos e antropolégicos I A face “A face serve para: 1) orientagao no espago, 2) deteccio de fontes de energia (alimento), 3) orientacao do animal & fonte de enengia, 4) captura de energia, 5) comunicacao (0 homem).” E.L. Du Brut Nos animais, a cabeea é o principal érgio de preensiio, de defesa ede ataque. Modificagdes filogenéticas, contudo, fizeram com que no scr humano a cabeca passasse a ter a fungtio de rocepgio de alimento e ar e se tornasse o centro das emosies ¢ da fala Nesse capitulo da evolucio biolégica, o grande evento é a postu- ra ereta, que traz consigo uma série de modificagdes ou rearran- jos somaticos. Para se adaptar & essa postura, o cranio ficou mais, alto e mais curto, Assim, quase esférico, melhor se equilibra sobre a coluna vertebral, sem a necessidade de uma musculatura nucal muito possante. A evolucio do encéfalo concomitante com a re- dugao da face tomou possivel a visdo estereoscdpica. A visto me- lhorada facilitou a coordenacao dos movimentos nas extremida- des. O homem, entao, usando as maos na detesa e ataque eno preparo de ferramentas e de seus alimentos, dispensou as exigén- Cias de maxilares robustos, libertando assim o cranio de forte pres- sao muscular. Dessa maneira, as modificagdes do aparetho masti- gador referem-se a um pequeno desenvolvimento dos maxilares e de seus miisculos, combinado com a redugao do mimero e ta- manho dos dentes. Na face, desenvolvem-se os muisculos da expresso facial, carac- teristicos do mamifera. Do peixe ao réptil (sem tecico muscular entre a citis e 9s oss0s do cranin), as expressbes faciais sao limita- dasa abertura e ao fechamento da boca e dos athos. No homem,a movimentacao da pele da face alcanca alta hierarquia, permitin- do a exteriorizacao das emogdes e sentimentos, com grande varie- dade de detalhes. O resultado das expresstes habituais do indivi- duo, transmitidas & face para espelhar seus estados animicos, ¢ 0 que se define como fisionomia. E a imagem real do individuo, dada pela relacao de sua personalidade (imagem interna) com ‘si aparincia fisiea (imagem externa), as cpinis, aastadas, ce ape ximam da unidade. Dessa forina, a face representa a pessoa toda! Ela atrai nossa atencio desde que somos bebés e continua a nos fascinar por toda a vida. E natural, portanto, que nela se concen- trem os maiores esforcos de promocdo e conservacao de sua esté- tica e beleza. Verdadeitos milagres sao produzidos para tornar uma face estética (distribuicao proporcional, harménica e combi- nada de suas formacdes anatémicas superficiais) e bela (resulta- do de uma estética e de uma sa personalidade refletida), dentista tem papel preponderante na manutencio da estética facial, visto que a normalidade dos arcos* dentais e dos maxila res* 6 essencial & harmonia e ao equilibrio das linhas da face. O intercase do dentista pela face refere se também & obscrvagio eri teriosa, que pode revelar certas condigées orientadoras do diag- néotico. Em medicina é clemento importante para o diagnéotico de muitas doengas. Quanto & morfologia*, as variadas formas de contomo da face le- -varam a sua classificagao em quadrada, ovéide e triangular. O dente 3 incisivo central superior tem seu contomo correspondente a es- sas formas geométricas fundamentais para uma face harmoniosa. © contomo da face ¢ afetado por variagdes no desenvolvimento muscular, proeminéncia da glandula parétida e distribuicao da gordura cubetinea. 5 tracos faciais so adquiridos por hereditariedade. Podem, na- turalmente, mais tarde, ser reforcados ou enfraquecidos pelo 1s0 ‘ounso-uso, Somenteo relevo da pele é adquirido individualmente. ‘Accor da pele depende sobretudo do agrupamento de pigmentos presentes, da espessura da epiderme e da circulagao. Nos bran- cos, epiderme espessa: cor amarelada e que aumenta com a ida- de; delgada: tom réve0, devide ace vasoe do eéria. Nos negros, 2 quantidade do pigmento é maior ¢ 0 fluxo de sangue provocado pelo frio ou por excitaco psiquica tomna a pele baca. Neles, a dimi- nisigao do afluxo sangiiineo ou na presenca de anemia (palidez nos ‘brancos) pée em evidéncia a cor da pele (fica mais escura). Os artistas copiam muito a face, resultando daf a necessidade do conhecimento da anatomia* e de normas de proporcio ou canones naturais (ideais). Um dos critérios estéticos faciais fun- damentais é 0 que divide a face em trés segmentos iguais: do ni- vel de implantagéo dos cabelos ao nivel das sobrancelhas (fron- te); desse nivel até a base do nariz; e da base do nariz. a base da mandibula, no mento. O espaco entre os dois angulos mediais* dos olhos deve ser igual & largura de cada fenda palpebral e & largura da base do nariz. A altura do natiz. deve ser iguial a0 com- primento da rima da boca. ‘Mas nao ha face verdadeiramente stmerrica. © que hid € una assi- metria normal, com as metades direita e esquerda ligeiramente diferentes. Os artistas esto cientes de que essa variacao normal & necessdria para dar vida as suas pinturas. Dizem que uma face perfeita é monotona e inexpressiva, como as imagens em cera nos museus. Por ser a face altamente valorizada como 0 segmento corpéreo ‘mais representative da pessoa e camo centro das atengties para ‘uma busca estélica, a sua alteracao com a chegada da velhice traz indimeras preocupacées. Mas é a deformagdo ou desfiguracao fa- cial que faz o individuo reagir com um profundo sentimento de dor, medo e ansiedade, relacionado com 0 grau de afetividade reprimida dentro de si. Esse trauma pode levar a depressdo, mar- ginalizacao e alienagao social. Resta agora uma indagagdo. Podem-se prever modificagdes para a face humana do futuro? Efetivamente, nés no somos os representantes de um estégio fi- nal de evolucao. Os estudos sugerem fortemente que a face tende ‘a se modificar mais ¢ mais. A reducao gradativa sofrida pelo apa- relho* mastigador devera continuar ainda. Ha evidéncias de que ‘0s dentes terceiro molar ¢ incisivo lateral superior iraio desapare- cer. A Antropologia’ jé demonstrou que ha apenas mil anos (um breve lapso de tempo) a face dus ingleses era mais larga no seg- mento respiratorio (talvez isso dependesse de uma maior vida no campo, ao ar livre). Agora, se as tendéncias presentes continua- rem, o homem do futuro terd maxilares menores ¢ sua capacida- de encefalica sera, em média, maior. OBJETIVOS TReconhecer 0s 0s50s do cranio, analisando sua forma, tamanho, ntimero, tipo morfol6gico e posicio I Identificar os acidentes (de- talhes) anatémicos do cranio nas vistas anterior, superior, lateral, posterior, inferior, interior e medial | Descrever, detalhadamente, ‘maxila e mandfbula dentadas, com todos os seus acidentes anat6- ‘micos I Desenhar 0 contorno e as porgdes formadoras da mandf- bula eda maxila, com riqueza de detalhes I Citar os elementos (artérias, veias, nervos, glandulas) que passam através de fora- mos o canais da crania e que ee situam em fossas e sinleos I Anali- sar detalhadamente a topografia dentoalveolarna mexila ena man- dibula, justificando seu significado ou aplicabilidade I Responder corretamente aos Testes 1, 2 ¢ 3 1 Desenvolver 0 estudo dirigido “Viscerocranio” 1 Vistas do cranio O cranio em geral Constitui-o esqueleto da cabeca e pode ser dividido em viscero- cranio* ¢ neurocranio® © viscerocranio correspond a face e nele estao situados 0s 6r- sgf0s dos sentidos e o inicio dos sistemas* digestorio e respirat6- rio. E formado por 14 ossos irregulares unidos entre si por articu- laces fibrosas (suturas"), com excegao da mandibula que é mével e se liga ao cranio por uma articulacao sinovial (de amplos movi- mentos). Além da mandibula, os demais ossos do viscerocranio sdo: duas maxilas, dois zigomaticos, dois palatinos, dois nasals, dluas conchas nasais inferiores, dois lacrimais e um vémer. Todos esses 0ssos se articulam com as maxilas, que vém a constituir as- sim a porcao mais central e importante do esqueleto facial. © neurocrénio é formado por vito ossos planos e irregulares rigi damente unidos entre si por meio de suituras, Sao eles: dois tempo- rais, dois parietais, um frontal, um occipital, um esfendide e um ‘etméide. Arranjam-se de tal forma a conctiir ima grande cavida- de* ~cavidade do cranio — na qual se aloja 0 encéfalo. A parte mais alta do neurocranio é conhecida como calvéria (calota craniana) € pode ser obtida seccionando-se © cranio transversalmente, tendo como referéncias a glabela ¢ a protuberancia occipital externa, Os ‘ossos que compoem a calvaria consistem de duas laminas de subs- tancia compacta ~ laminas extema e interna — que encerram uma camada* de substancia esponjosa, que no erénio é conhecida por diploe. A limina interna, por ser mnite mais frsgil que a externa, fratura-se extensamente nos traumatismos, e isto pode provocar rupturas de artérias que se situam entre ela ¢ a dura-méter’ ‘A remogao da calvaria expe a cavidade do cranio e deixa ver a base do cranio em seu interior. Ela também pode ser vista por fora, unida ao viscerocranio e parcialmente encoberta por ele. A base do crénio coincide com um plano inclinado que secciona 0 cranio na altura dos pontos craniométricos nésio e basio. Fla é formada por ossos irregulares e caracterizada pela presenca de varios forames* e canais*, por onde trajetam nervos e vas0s, 03 quais podem ser lesados nos traumatismos cranianos, principal- mente naqueles acometidos de fraturas. Vista anterior do cranio (norma facial) (Figs. 21,2223) Para o exame do cranio deve-se posicioné-lo conforme o plano auri- culo-orbital, segundo 0 qual as margens* infra-orbitais e as margens superiores do poro aciistico extemo esto em um plano horizontal. ‘A descrigo serd feita com os termos no singular, como se estives- se sendo descrita uma das metades (simétricas) do cranio. Pela vista anterior, 0 tergo superior do cranio 6 caracterizado pelo sso frontal, do qual se distingue sua parte mais extensa, lisa e con- vvexa, a escama frontal, que se estende desde o vértice do cranio até 7 Figura 2-1 — Norms* fac ‘Vista anterior do erin. 1 Escama frontal ‘Arco superar 3 hela 4 Margem supra-orbeal 5 Incisura supra-orbial 7 ‘Sutuafrontomaxiar fr ieeeal ieee aerate 9. Processo frontal do zigomitico 1 Margem infa-orital 12. Frame infra-orbial 15. Fissuraorbial superior 14 Asa maior do esfendide 15. Process fron da maxi 16 Espinha nasal ancerior 17 Septo ésse0 do nariz 10. Fors canna 19 Processazigomstica da maxis 20 Processo maxiar do rigorsco 21 Susura aigomcec-maxlar 22 Frame zigomstio-fcal BD Cer incr 24 Eminéneia canna 26 Protuberdnca mentoniana 27. Tubéreulo mentariana 28 Forame mentoniano 28. Borca anterior do ramo ds ‘mandible 30 Angulo da manéibula as drbitas e os ossos nasais. Sua superficie mostra uma convexidade ‘mais pronunciada acima de cada orbita, 0 tuber” frontal. Entre o tiber frontal ea érbita ha uma elevacao linear, romba, curva, 0 atco* superciliar. Encontram-se ambos 0s arcos superciliares numa érea ‘mediana* em relevo, a glabela. A agua margem supra-orbital é interrompida entre seuss tergos intermédio* e medial* pela incisura* supra-orbital, por vezes transformada em forame*. Entre as Orbi- tas, 0 0550 frontal conecta-se com 03 ossos nasal (pela sutura” fron- tonasal) ¢ maxila (sutura frontomaxilar). No Angulo do Aditat da 6rbita, formado pelas margens supra-orbital e lateral", 0 0380 fron- tal apresenta uma projecao forte e saliente, 0 processo* zigomtico, que leva este nome por unir-se ao asso zigomatico por meio da su- tura frontozigomética (0 processo do zigomatico que sc liga ao fron- tal se chama processo frontal). A margem pdstero-lateral do pro- cesso zigomstico inicia-se como uma crista’ aguda e, & medida que se prolonga para cima e para tras, vai tornando-se menos saliente € se franstorma na linha* temporal, que alcanca o oss0 parietal Figura 2-2 —Vis ancerior de uma aude separada do crinio, Processo frontal ‘spn nes anterior Pracesio akeair com eminéncas abeolares Forameinfra-orbital Fossa canine Procesto rgemdtca Figura 2-3 —Viets anceror de uma smandbul separadn do crinio. Cabeca de mandlbla (Bod) Processo corencide Linha obliqua Fosea mentonisna Procesto alveolar com eminéncias alveolres Protiberineis mereonian Forame mentonian Além do frontal, os oss0s que completam o dito da érbita sto 0 zigomitico e a maxila. O primeiro faz 0 contomo latero-inferior, © a maxila, 0 contomno médio-inferior. Entre ambos, a sutura zi- gomitico-maxilar é bem distinta na margem infra-orbital. Essa sutura, preenchida por tecido fibroso, pode ser distinguida nas pessoas como um ressalto que pode ser palpado sob a delgada Giitis dessa drea. Uns 7 ou 8 mm abaixo, perpendicularmente, acha-se o forame infra-orbital. A érbita, larga no dito, vai agu- cando-se no fundo devido a disposigao convergente de suas pa- redes. A parede superior (teto) é formada, na sua maior exten sfo, pela parte orbital do frontal, que exibe uma depressao na porgio lateral, a fossa* da glandula lacrimal. A parede lateral € composta pela asa maior do esfendide e porgoes dos 0380s zigo- mitico e frontal. A parede medial é formada pela lamina orbital do etméide, lacrimal e porcies da maxila e esfendide. A parede inferior (soalho) € formada pelo zigomético e face orbital da ma: xila, a qual escavada pelo suleo* e canal* infra-orbital, com 9 10 inicio na fissura* orbital inferior Tanto esta quanto a fissura orbital superior séo fendas alargadas que separam as paredes superior, lateral e inferior e convergem pam 0 fundo da drbita Nesse local, o canal éptico ¢ bem visivel. Nele passam 0 nervo Sptico © a artéria oftélmica Medialmente& Srbita hé uma cxtensio da manila, processe fou tal, que se une ao oss0 nasal pela sutura nasomaxilar. A margem livre do nasal de ambos os adios inicia » wunturw superivr da abertura piriforme, que completado nos lados e abaixo pelas smaxilas, & quais, em sua unido, delimitam uma saliéncia pontia- guda mediana, a espinha* nasal anterior. A abertura piriforme permute a visdo, no interior da cavidade* nasal, do septa” dsseo ¢ das conchas nasais inferior e média, Ao lado da abertura piriforme, a maxila é céncava (fossa cani- na) e apresenta o forame infra-orbital, que continua tras com o canal infra-orbital até o sulco infra-orbital, todos percorridos pelo nervo e vasos infra-orbitais. Mais lateralmente, a maxila termina se unindo ao zigomatico por meio de seu processo zi- gomiético. O zigomiético, por sua vez, esté encaixado entre 0 viscerocrénio € 0 neurocranio, ligando a maxila ao frontal e a0, temporal, © zigomatico tem um corpo" e trés processos, cujas denominacies carrespandem aos nomes dos ossos a que esta conectadio — proceso maxilar, processo frontal e processo tem- poral. Na cua face lateral, abre ac 0 forame xigomitico-facial, que da passagem a um nervo homénimo. As duas maxilas (maxilar") articulam-se no plano mediano pela sutura intermaxilar, ao lado da qual sc situa a févea* incisi Enite as fossas incisiva e canina vé-se a eminéncia* canina, sali- Gia que tevulte a taiz do dente canino. Na maxtla, 0 proceso alveolar, larga expansdo que prové alvéolos* para os dentes, evi- dencia as eminéncias alveolares, das quais a canina costuma ser a ‘mais saliente. Mais lateralmente, como contomo final da maxila nesta vista anterior do cranio, vé-se a crista zigomatico-alveolar, uma condensacdo dssea que se estende do proceso zigomatico da maxila ao alvéolo do primeiro molar. #inalmente, a mandibula articulada com a base do cranio mostra sua superficie antero-lateral, na quale nota protuberancia* men- toniana, forte condensacao dssea mediana delimitada por uma saliéncia na base da mandfbula, o tubérculo* mentoniano, e pela fossa mentoniana, uma ligeira depressao abaixo dos alvéolos dos incisivos. O pracessa alvenlar, cemolhanta ao da mavila, nio pos- sui eminéncias alveolares acentuadamente salientes. Abaixo do alvénlo do segundo premolar, A meia distancia da base da mandi- bulae da borda livre do processo alveolar, situa-se o forame men- toniano, para nerve ¢ vas09 mentonianos. Se for baixada wisa perpendicular do forame supra-orbital, esta linha vertical passa~ 14 sobre (ou bem proximo) os forames infie-orbilal e mvemtoniano. Mais lateralmente, é evidente a borda* anterior do ramo da man- dibula, que se continua inferiormente como linha obliqua, uma ‘espessa elevacio linear romba que esmaece & medida que avanca sobre 0 corpo da mandibula. U angulo da mandibula ¢ uma drea que se destaca lateralmente como uma projecao bem evidente. Figura 2-4 —Norma vertical, "Ysa superior do eranio, Excama do frontal “Tuber fron Susura coronal Sutura saga ie Tuber paral Vista superior do cranio (norma vertical) (Fig. 24) CO aspecto geral é de um contomo oval, com uma superficie con- vexa formada por partes dos ossos frontal, aceipital e parietais Sao unidos por suturas serréteis denominadas: coronal, entre o frontale o¢ parietais; eagital*, entre oF parictais; lambdéidea, entro © occipital e os parietais Qs ossos que compaem as suturas do cranio fixam-se por meio da interposicéo de tecido conjuntivo denso, constituindo uma articula- @@0 fibrosa, e por meio das saliéncias e reentrancias de suas bordas (Gemelhantes aos dentes de uma serra), que se interpenetram e dao rigidez a articulacao. Faz excecio a sutura escamosa, cujos 03808 temporal e parietal se ligam em bisel, a moda das escamas de peixe. Eim crdnios de fotos, os ossos sto separados por membranas fibrosas, racma consirugio fiowsa que permite & exloiria sofrer medlficasses dante o parte, contecidas como “moldagem". Na primeira inféncia, as suturas ainda mos nant grande coparagto cutive 00 oosce 6 couctituone importante local de crecci uu ‘menta do cranio, O crinio cresce por remvatelacio” ~ wm processo combinado de apsigio ¢ reabsorcto” com predominio ca primeira — e por crescimente sutural Com 0 aewngar da idade, as suturas eradualmente se fecham, os ossos se fusio- nnamt ea linha de separacio desaparece,fenémeno este denominado sinastose™ Aguas sutras comegamt a se fer antes dos 30 anos de idade; otras desapa- recent bem mais tarde. A despeito as waringdes infviduas e de variagdes relacio- rnadas cont 0 sexo e 0 grupo racial, as sinostoses podem ser usa como wn gui para se estimar a idade de individuos desconbecides par ocasido de sua morte © ponto de encontro das sucuras coronal e sagital ¢ chamado Dreg- ma. Na época do nascimento, uma rea membranosa losingica per- siste por algum tempo e é chamacia fonticulo™ anterior (tig. 2-5). Ete condisto de jinportincis obsttvice, pernite o tou pare detrmtna a pact cabega do foto etamihém a verifeacto da pulsago. Antes de seu desaparecimenta 10 cago ano de aida, 0 fonoulo anterior poss co vendo para roti a press ntracraniana ¢ para se clear seigue do seio sagital superior atraves dele Ao lado da sutura sagital, o forame parietal deixa passar uma veia emissaria, que liga as veias do couro cabeludo com o seio sagital superior. Ainda no parietal, uma convexidade mais acen- da, 9 ther parietal, determina, com a da lado oposta, a re: gido de maior largura do cranio. Figura 2-5 Vista superior de um craiio Ge recem-rasue, ern que aparece o fonticulo anterior (maio), ‘entre as sueuras coronal e eagle © fonticulo posterior (menor), entre a: suturas saga elambdoidea. Vista lateral do cranio (norma lateral) (Figs. 2-6, 2-7, 28 e 2-9) Alguns acidentes anatémicos jd observados nas vistas anterior e superior do cranio podem ser identificados. agora. por outro Angulo. A linha temporal, na vista lateral, pode ser examinada por intei- ro; € uma linha arqueada que se inicia no frontal, avanca pelo parietal e encurva-se mais para alcancar a parte escamosa do temporal e continuar com a crista supramast6idea. Ela presta insergao a fascia* temporal e as fibras mais superiores e posterio- res do maisculo temporal. Cicunscreve a fossa temporal, na qual Figura 2-6 ~ Norms lateral. Vista lteral do ern, nha temporal 6 Atco zigomatico 12 Espinha nasal anterior 16. Forame zigemitico- 2 Eaana do temporal 7 Processo mastéide 13. Crista sigomatien facal (erplo neste CCrirta sypramsiden «8 Surura lambdéidea aiveour crinio) Sucura escamosa 9. Ramo da mandibuia 14 Osso lacrimal U7 Suara ee. 1 Cepeda art 15. Lamina orital do frontozigomatica sfensiae 11 Lina obliges exrside 18 Ghabela 1B Figura 2-7 —Vista lateral de ura mania separada do crn, Processo frontal Sulo infra-orbial Tuberosdade da maxi Processo zigomstico Espinha nasal anerior Figura 2-8 ~Vista lateral de ura mandibula separads do ernio, 1 Processo corondide Processo condliar (com colo © céndio) Fovea prergsidea Incieura da manus Liha obliqaa Tuberoscade macsetrica Angulo ds mandibula Forame mentoniane u se distingue a sutura escamosa, entre a escama do temporal ¢ & parietal. A fossa temporal é mais profunda antero-inferiormente. local onde o muisculo temporal que a preenche € mais volumoso. is fraca do neurocranio; a até os de fratura associa A dire da fossa temporal é a mais deleada ‘mentngen mia passa em suas imedingdes (por dentro). ‘os coor tnfuria aesse vaso sao commu. Da parte escamosa projeta-se anteriormente o proceso zigomé tico, que se une ao processo temporal do zigomatico para consti: tuir 0 arco zigomatico. Corresponde a uma ponte entre 0 neuro crnio e 0 viscerocrénio, achatada médio-lateralmente e, portanto, com uma borda* superior onde se prende a fascia temporal, € ‘uma borda inferior de onde se origina o miisculo masseter. O arco zigomético separa a fossa temporal da fossa infratemporal. arco zigomitico e 0 osso zigomitico fregilentemente sofrem fraturas em ack dentes. As disjungtes (afiudamento) do zigomitico, ao nivel de suas trés sue ras cow as ossos frontal, marila ¢ temporal, sto amma forma coment de lesa desse osso. Quando a fratura compromete o sualo da érbita, © bulbo ocular ca ais liso, cont consegilente diplopia. para wom 8 Figura 2.9 — Detalhe aumentado da vst lateral do ern: fossa infaremporal sem mandibul Suture zigomstico-temporal 9 Fssura timpanoescamosa Eminénes artielar 10 Espinha do esfenéide Fossa mandbular I Process peeigeide Processo revearteuar (Gama ater Part timpnin do empora 12. Fissurs pterigomaiar Riv wii externo 13. Fos prerigpaltinn Processo mastide 14 Tberoscade da mela Cénie occiiel © eamo da mandibula assemelha-se a rim ratfingwla Stas harlas posterior e inferior se encontram no angulo da mandibula, onde be distingue a tuberosidade* massetérica. A borda superior 6 uma curva, conhecida como incisura da mandibula, disposta entre 0 proceso coronéide, em cujas bordas e face medial se insere o iisculo temporal, e 0 processo condilar composto de um estrei- temento chamado colo* da mandibula c uma caligneia robusta, a cabeca (céndilo*) da mandfbula, Esta se telaciona com o tempo- ral na fossa mandibuler, tendo a frente o eminéncia articular © airds 0 processo retroarticular. Mais atrés hé uma ampla abertura de contomo circular, 0 poro aciistico extemo, dclimitado quase que totalmente pela parte tim- panica do temporal. Dé acesso ao meato” aciistico externo, am- plo canal que se insinua pela parte petrosa do temporal. Durante a vida, cle 6 fechado na sua extremidade medial pela membrana do timpano, que o separa da cavidade timpanica. Entre a parte timpanica e 0 osso occipital encontra-se uma salié cia rugosa e robusta que se projeta ein direyau nvfesivr e anterivy, 15 Figura 2-10 —Teresiros molares Superiores com fragmentos 6sse0s ligados 2 eles devdo afraturas no momento di extragio, 16 © proceso mastéide. Dele se oiginam os mtisculos esternocle= domastéideo, esplénio da cabega e longo da cabeca. Seu interior © ‘0c0, com células mastéideas que se comunicam.com a orelha me dia. Na base do processo mast6ide, préximo 8 sutura occipitomas féides, ohsorva.ce 0 frame mactéide, para tuma voia omisedtia. Abaixo da parte timpainica vé-se o processo estildide, uma proj= a0 antero-interior em torma de estilete, que dé origem aos mis culos estilo-hiideo, estilofaringeo e estiloglosso e ao ligaments estilo-hidideo. © procecco etléide, que normalmente mode de 2.4 3. pode apresntirse alongado (até 8.cm) e 0 ligamento estlo-hitideo pode ossificar-se parcial x totalmente. Ens amb az condigdee, © pacionte se 28 acomstido, om maior eu menor grav, por dores, disfagin,disfonia, movimentagao limitada do pescosa, sensaglo de corpo estranho alojado na gargaivta e outros sintomas que caracte iam a sindrome estlo-isiden (de Eagle). ‘Ainda no contorno da base do cranio se avista uma saliéneia rom- ba ~ 0 céndilo occipital ~ que faz a articulagéo do cranio com 0 atlas", a primeira vértebra cervical. Boa parte da eseama do occi- pital € vista por norma lateral; nela, pode-se identificar a protu- berancia occipital externa (de perfil) ¢ as linhas nucais superior inferiar, ie do origem anatémica aos miisculos trapézio, semi- espinal da cabeca, obliquo superior, reto posterior maior e reto posterior menor da cabese. Separando-se a mandibula do cranio pode-se ver a fossa infra- temporal aberta posteriormente e com seu limite antero-medial formacio pela Tamina lateral da pencessa ptorighide o tuberosi- dade da maxila. Nesta dtea nota-se o perfil do hamulo* pterig6i deo, que é uma extensio da limina medial do processo pterig6i- de ese relaciona com o muisculo tensor do véu palatino eo ligamento. plerigomanulibulat, A tuberusidacle faz. parte do corpo da maxila € Jimita-se no alto com a fissura orbital inferior e na frente com a qrista zigomatico-alveolar, bla é perturada por dois ou trés fora- mes alveolares que se comtinuam como canais alveolares e contm 65 nervos e vas0s alveolares superiores posteriores, Nao extragses do tvccino molar superior tubers she mui e, parte larmente, sua extensio inferior em forma de tubéreulo logo atrés desse dente _fleams amoncadao de fosture. A ameoaps € masior gutta tubers € tural ‘ca por auiento do seio* maxilar ou quando sfo usados extratores exercendo prcoio distal. Aa fstunas compromton extersics dssons sarifvei (Fig. 2-10) podem provocar wma comunicagto bucossinusal. A complicago & maior ainda quando 0 hinule pteriséideo 6 onvolvide ra frturs ov quanda é featurnde isoladamente. Neste caso, 0 mifsculo fensor do xéu palatine fica sem suportee 0 plato melo pordo poder de osrijacimonto no lado corrcapardente, Eaon “questa” tio palato pode ieoar& dsfonia e & disfagia ( a uma agio judicial!) Na profundeza da fossa infratemporal, hé uma fenda vertical - a fissura pterigomaxilar ~ que dé acesso a fossa pterigopalatina formada pela lamina perpendicular do palatino e processo pteri- goide. A artéria maxilar, depois de transitar pela fossa infratem- poral, invade a fossa pterigopalatina. O nervo maxilar cruza 0 alto da fossa e seu ramo*, nervo palatino maior, percorre toda ela para atingir 0 palato dsseo pelo forame palatino maior. No fundo da fossa pterigopalatina, o forame esfenopalatino a poe em co- municacdo com a cavidade nasal. Depois de ter estudado até este ponto, vale a pena verificar seu rendimento escolar através de uma autu-avaliaga ponda ao teste 1, na pagina 34, depois de ler as instrucdes para as respostas, |. Pata isso, res- Vista posterior do crénio (norma occipital) (Figs. 2-11 e 2-12) (Os ossos que tomam parte na formagao da parte posterior do cra- rio s8o of dois parietais, o occipital e a area mast6idea dos tem- porais, Por este aspecto, pode-se ver também a mandibula. Alguns acidentes anatémicos visfveis na vista posterior ja foram descritos nas vistas superior ¢ lateral. Eniretanto, alguns deles podem ser mais bem observados por essa vista. E 0 caso da sutu- a lambdéidea, que nao raro mostra no seu trajeto um ou mais ossos suturais. A protuberancia occipital externa e as linhas nu- ais olhadas por trés dao uma idéia mais completa da sua forma. O desenvolvimento dessas elevagdes depende do desenvolvimento da musculatura nucal. O processo mastdide visto por trés mostra sua delimitacao medial bem caracterizada pela incisura® mastéi- dea, onde se prende o ventre posterior do miisculo digéstrico. ‘A mandibula, por esse Angulo de observacao, exibe a sua face interna. No corpo ha uma saliéncia dupla, regular, mediana, as espinhas mentonianas, onde se prendem os muisculos genioglos- s0 e génio-hidideo. Acima das espinhas mentonianas localiza-se 0 forame lingual ou retromentoniano superior que, quando pre- sente, é atravessado por um ramo da artéria sublingual. Mais abai- xo, na base da mandibula ¢ também no plano mediano, outra aber- tura inconstante — o forame retromentoniano inferior ~ dé passagem a um ramo do nervo milo-hibideo em 50'% dos casos. A fossa digdstrica, uma depressao paramediana na base da mandi- ula, da insergao ao ventre anterior do miisculo digéstrico. ‘Ao lado das espinhas mentonianas surge uma saliéncia que & me- ida que se dirige obliquamente para tras e para cima vai tornan- do-se mais elevada e termina depois do alvéolo do ultimo molar ~€a linha milo-hididea, onde toma origem o muisculo milo-hici- deo, A linha milo-hididea separa duas fossas rasas mal demarca- das: uma siipero-medial, a tévea sublingual, e outra intero-late- ral, a f6vea submandibular, assim chamadas por alojarem as glandulas sublingual e submandibular. ‘Nessa area, nas proximidades dos premolares e molares, pode mavifestar-se ‘uma protuberdincia de carater hereditirio, o toro mandibular, que fende a ser flateratmente simetrico. 7 Figura 2-1! Norma oct Vista posterior do cranio. 1 Sura sagt 2 Fora putes 3. Suturs lamédsides 4. 03808 sutras (varios neste crnio) 5. Linha nue superior 6 Linha nucl inferior 7 Protuberincia occipital externa 8B Processo mascoide 9 Incsura macteiden 10 Frame mastoide Forame da mandibula 12. Linha milo-icidea 13. Espinhas menconianas Figura 2-12 ~ Detalhe sumentado da vista posterior do crn, 1 Cénie occipital 2 Processo estlbide Processo perigee Processo condiar| Forame da mandbula Sulzo mo-hisideo Tigo hs rane Tuberosdede perigsdea Lina milhidies Fover submandibular oven sublingual 12. Espiohas mentonianas 1 Fossa dgéstrca 18 No centro do ramo da mandibula hé um amplo orificio, 0 fora- me da mandibula, que continua interiormente com o canal da mandfbula, Ambos dao passagem ao nervo, artéria e veia alveo- Jar inferior. O forame da mandibula é limitado anteriormente pela ngula* da mandfbula, local em que ce insere o ligamento osfe- nomandibular. Uma estreita escavacao se inicia no contorno in- ferior do forame da mandibula ¢ se estende obliquamente para baixo e para diante, com 0 nome de sulco* milo-hidideo. Ai se alojam o inicio do nervo ¢ vasos milo-hidideos. Abaixo e atrés do suleo milo-hidideo, jé na érea do angulo da mandibula, en- contra-se 0 campo de insercao do muisculo pterigdideo medial, caracterizado por um conjunto de asperezas denominado tube- rosidade pterigdidea. Separando-se a mandibuta do cranto, pode- se examinar melhor a face medial do ramo. O proceso coronéi- de é menos liso do que na face lateral; de seu dpice, alonga-se em. direcio inferior a crista temporal, que termina no trigono retro- molar, uma érea triangular logo atrés do tiltimo molar. Na crista temporal ¢ em toda a face medial do processo coronéide insere- se o mtiscullo temporal; em algumas pessoas prolonga a insercia até o trigono retromolar. © processo condilar mostra o colo* bem evidente e, na sua porgao anterior, uma fossa rasa, a fovea pte Gidea, para a insorgao do muisculo pterigéideo lateral. Do pélo medial da cabeca (cOndilo) da mandibula parte para baixo e para a frente uma condensacéo lineat, a crista medial do colo. A poreao superior da cabega da mandibula corresponde a face articular inferior da articulagio temporomandibular. E uma su- perficie de contorno elipsGide e em forma de tenda, com uma yertente anterior e outra posterior. Na ocluséo dos centes, a ver- tente anterior choca-se contra a vertente posterior da eminéncia articular do temporal. As alteragbes de forma e contorno da cabe- sada mandibula sao freqiientes, principalmente em individuos desdentados e idosos. Vista inferior do cranio (norma basilar) (Figs. 213 2-14) Com a mandibula removida, a parte anterior do cranio, por esse angulo de observacao, € ocupada pelo palato dsseo, que € forma- do pelo processo palatino da maxila e pela lamina horizontal do palatino, de cada lado. Essas quatro pecas ésseas so separadas por suturas, a saber: sutura palatina mediana e sutura palatina transversa. Em cranios de criancas encontra-se presente a sutura incisiva, que separa o osso incisivo da maxila. Anteriormente, a fossa incisiva interrompe a suitura palatina mediana e recebe, de cada lado, uma abertura do canal incisivo, o forame incisivo, que da passagem ao nervo nasopalatino, A maxila 6, depois da clavicula, 0 asso de desenvotvimento mais precoce. Du- ranite sua ossificacto, anibos os processos palatinies poem permanecer separa~ dos, com uma fissura entre eles, através da qual a boca se comunica com a cavidadie nasal A flssura palatina pode combinar-se com wna posstvel persis- ‘téncia da sutura incisiea, de um ou de ambos os lados, Essa anomatia difieulia sobremeneira as agbes de falar e deglutir ¢ pode provocar a aspiragao de alimen- to pelo sistema respiratorio até os pulmes. 19) oz seypuon jose 6 iano opbueD Jeuodur op esomod ed redoso op seyseq aed tuto + spioluand m0 € soqeu oungped auseiog. Z ‘OSE89 OWE | apjgiseu osse0044 81 uodua op pueaun ae | oapionsewoins> oueioy Sz eroues2outdwa eunssu 91 souidhsjonu euUn Z] ‘ouqu on BUM IH oufaw ultio4 | ‘olUEID OP JOLIE} SIA UO|sER PUON ~ €1-2 NBL osoyuidsa ouesog1Z aprouatsa on euuds3 7 apignsel NSU 2 5 s % Procesto palatine da masila Lamina horizontal do palin Sutura pacha medara Suturapaltina eransversa Forame incisive Forame palatine maior Forame palrtne menor spina palaora Sulea patna Expinfa nasal posterior Himuo pterigeideo Fossa peergbidea Fossa escafoide z:0 vomer| Sncondrose esfeno-occipital Parte basilar do occipital Figura 2-14 Detathe sumentado ds vista inferior do crinio: plato észeo, 21 22 No Angulo péstero lateral do palato 62200, a0 lado do siltimo molar localiza-se 0 forame palatino maior, que constitu abertura inferior do canal palatinu malur v, purtaull, faz comiunicayay vom a fossa pterigopalatina. Deixa passar o nervo palatino maior e vasos homé- rnimos. Atras do forame palatino maior situam-se geralmente dois forames palatinos menores, dos quais saem nervos e vasos palati- rnos menores. O processo palatino & rugoso, ao contrério da lamina horizontal. que lisa: na frente do forame palatino maior, pequenas proeminéncias, as espinhas palatinas, circunscrevem dois ou mais suleos palatinos, de diregSo Antero pocterior. (0 contra do alata dssen ao longo ca sutra palatina median, éfeaientemen- fe lee, Mas, is sees, forma uma eminéncl grande, a ponto de ser indtei- Giulia oom: 0 denonsinaco de too™ palin. Sua presen pode difcultar a estabilidade de una prtese total. Ocorre com alguma freqitcia em certas rigns# mais foniontomnte em madhers. Nod eoidéncia de sua associat ‘om 0 fora mandir. (O processo alveolar limita antero-lateraimente o palato osseo.Com os dentes removidos pode-se reconhecer cada alvéolo* separado de seu vizinho por um septo* interalveolar. Os alvéolos dos den- foshi e trirradiculares, por serem multiloculares, possuem septos inter-radiculares. Interna e externamente, as laminas dsseas* ves- tibular o lingual complatam o alvéalo A borda posterior do palato Seeoo 6 formada por duae linhas cur- vvas, cOncavas posteriormente, que se encontram numa saliéncia hanads esplitia nasal pustesios. INa Vista inferior aparece bein o proceso pietigdille Lout sua fos sa pterigdidea (entre as duas laminas), local de origem do miis- culo pterigoideo medial. U musculo pterigordeo lateral se fixa na face lateral da lamina lateral. Acima da fossa pterigéidea, uma ‘outta menor, a fossa escafdide, da fixagao a0 muisculo tensor do véu palatino, Entre as laminas mediais. ¢ parcialmente coberto por extensdes destas e pelas asas do vémer, esté o corpo do esfendide. A sua fronto, « porgio poctorior da cavidade naval pode cor vista atra- vvés das coanas. O corpo do esfendide se solda com a parte basi- lar do vuipital. Até us 16 ou 17 anos de idade, esta unido tem a interposigao de cartilagem e se denomina sincondrose esfeno-oc- cipital, um importante centro de crescimento da base do cranio no sentido antero-posterior. Lateralmente, a parte petrosa do tem- poral se avizinha do esfendide e do occipital, e delimita o forame lacerado, que no vivente é preenchido por cartilagem, Posterior-| mente, o amplo forame magno permite que 0 tronco encefélico, provoniente da cavidade da erfnia, cantinite cam a media expi- nal no canal vertebral ‘Ao lado do forame magno, o cOndilo occipital oculta uma escava- «Go hrizvntal transversal, o canal do hipoglosso, que transmite ‘onervo hipoglosso. Atrés do céndilo, o inconstante canal condi- lar de disposicao antero-posterior e passagem de uma veta emis- séria, As formacées anatomicas situadas atrés do forame magno ja foram mencionadas. Voltando agora para a superficie mais lateral da norma* basilar, nota-se o conjunto maxilo-zigomatico-temporal-esfendide que cir- cunscreve as fossas temporal e infratemporal. Aqui, a face articu- lar superior da articulacio temporomandibular, pertencente a par- te eotauusa dy texuporal, pode ser bem examinada. A emmnencia articular é um relevo transversal, com suas extremidades eleva- das. Seu limite anterior é indistinto; sua vertente posterior inc na-se em direcdo a uma escavacio de profundicade variével, elip- tica com o maior eixo transversal, a fossa mandibular. O fundo da fossa mandibular é feito de uma lamina éssea muito delgada. Na stia porcéo lateral, a margem lateral da fossa tem uma proeminén- cia de perfil triangular mais ou menos desenvolvida, que é o pro- cesso retroarticular. Atras dele localiza-se a parte timpanica do temporal, separada da fossa mandibular e do proprio processo re- troarticular pela fissura timpanoescamosa, que se relaciona com o nervo corda do timpano. Ainda que 0 processo retroarticular seja limitado a metade lateral da fossa mandibular, qualquer deslo- ‘camento exagerado da mandibula para tras nao provocara impacto contra a parte timpanice, mas sim contra © processo retroarticular: Medialmente, a fossa mandibular ten: cui limite a espinha do esfendide, ao lado da qual aparece o forame espinhoso, que vei- cula a artéria meningea média para dentro do cranio. Logo a fren- te do forame espinhoso, localiza-se o forame oval, que ¢ atraves- sado no ser vivo ou no cadaver pelo nervo mandibular. O forame redondo nao pode ser visto pela norma basilar. Os trés forames mencionados encontram-se na asa maior do esfendide. Esta se relaciona mais atras com a parte petrosa do temporal, que é bas- tante irregular. ‘Na face inferior da parte petrosa se inicia 0 canal carético, um teinel através do qual a artéria carétida interna viaja para dentro da cavidade do erénio. Por estar ent relagio imediata com as orelhas nuia ¢ interna, os batimentos da artéria contra o oss0 que 2 separa das orelias podem ser owcidos ens momentos de exitagto ou de grande efor fico. Mais atts, a fossa jugular delimita com a incisura jugular do occi- pital o forame jugular, importante passagem para a veia jugular Interna e os nervos glossofaringeo, vago e acessorio. Lateralmente 0 forame jugular aparecem os processos estilbide e mast6ide, € entre ambos, o forame estilomastéideo, saida do nervo facial. Vista interior do cranio (cavidade do exanio) (Fig. 2-15) Ao se remover a calvaria seccionada, deve-se examinar suas bor das (substancia cortical, diploe, seio frontal) e por dentro. Ela é cOncava e apresenta depressies camo os suleos arteriais (para ramos da artéria meningea média), 0 sulco do seio sagital supe- rior que acompanha a sutura sagital e, ao lado deste, as fovéolas granulares que abrigam granulag6es aracnéideas, A base intema do cranio é rica em acidentes anatémicos. Habitu- almente, € dividida em trés fossas, cada qual em um nivel dife- rente da outra. 23 Flpurn a 16 | Gevteds de areca Vita interior do erin, 1 Foss aresor 2 Fosea med 4 Asa menor do esfendide 5. Crise gal 6 Lamina eribriforme 7 Caral éptico 8 Tubérculo da sol 9 Fosta bipofisirs 10 Dorso a sla 11 Forame redondo 12. Ferame oval 13. Forame espinhoso 15 impressa erigaminal 1 Parte peurosa de capa 17 Pore setsticoineermo 18. Forame jugar 19. Gino 21 Fossa cerebelsr 22 Proniberinca occipital 24 A tossa anterior, de nivel mais superior, aloja 0 lobo frontal do. ccérebro. Tem como limites posteriores a asa menor do esfendide. O soalho & em maior parte, formado pelo frontal e na porgéo mediiana sobressai a crista galli, uma extenso superior da lami na perpendicular do etméide, ¢ a lamina cribriforme, que veicu- Ja numerosos nervos olfatGrios para a cavidade nasal. Mais atrés. 0 canal 6ptico, na extremidade do suleo pré-quiasmatico, leva a Srbita 0 nervo éptico @ a artéria oftdlmica. A fossa média 6 formada pelo esfendice e temporal e acomoda 0 lobo temporal do cérebro, Seu limite posterior € 0 dorso da sela ea ‘margem superior da parte petrosa, No centro da fossa média locali- za-se a sela turea, limitada anteriormente por um tubérculo e pos- teriormente pelo dorso da sola. Entre estes limites ests escavada a fossa hipofisaria, para a hipéfise. A fissura orbital superior situa se entre as asas menor e maior do eafendide; através dela quatro” nervos penetram na érbita, Na asa maior do esfendide véem-se en- fileirados os forames redondo (nervo maxilar), oval (nervo mandi bular) e espinhoso (artéria meningea média). Posteriormente, a face anterior da parte petrosa mostra, proximo ao seu apice, uma de- pressio causada pelo gangtio trigeminal — a impressao trigeminal A fossa posterior & a de nivel mais inferior. Formada pelo tempo- ral e occipital, aloja a ponte, 0 bulbo e 0 cerebelo. © que chama mais atencao o forame magno. A sua frente, unindo-o ao dorso da sela, encontra-se uma depressdo rasa denominada clivo e, mais ao lado, o canal do hipoglosso. Posteriormente, localiza-se a. am- ppla fossa cerebelar, separacla da do lado oposto pela crista occi- pilal interna, que termina na protuberincia occipital interna. E nesta saliéncia o ponto de encontro de sulcos de seios venosos da dura-méter*. Termina af o sulco do seio sagital superior € s cia, de cada lado da protuberancia, o sulco do seio transverso, que continua lateralmente como sulco do seio sigmoide até 0 fo- rame jugular. Na face posterior da parte petrosa destaca-se 0 poro actistica interno, que continua para dentro como meato actistico interno e transmite os nervos facial e vestibulococlear. As fraturas da base do crdnio slo extremamente perigosas e podem ser econpa- ihadas de derrame de liquor, cont sada palo nariz ou orelha, de compressiio ou lesao de neroos craniarios, de rompimento de vasos com hemorragia. As hemor- ragins através de orelha podemt ser por fraturas da fosse média do crinio, € as sais, por fratucras da fossa anterior. Vista medial do hemicranio ? (seccao sagital mediana do cranio) (Figs. 2-16, 2-17 ¢ 2-18) Se a secyao for realmente mediana, ver-se-4 na cavidade nasal 0 septo nasal constituido pela lamina perpendicular do etméide e pelo vomer. Ao lado do septo nasal (no soalho da cavidade na- sal), abre-se superiormente o canal incisivo, cerca de bem atras da abertura piriforme. Esta vista medial permite ver toda a exten- so do canal incisivo. Se o septo nasal for removido, aparecera a parede lateral da cavi- dade nasal, formada pela maxila (processo frontal e face nasal do corpo), lacrimal, lamina perpendicular do palatino, lamina medial do proceso pterigdide, etméide com suas conchas nasais média e superior e a concha nasal inferior. As trés conchas € 0 soalho da cavidade nasal delimitam os trés meatos nasais superior, médio e inferior. Préximo a extremidade posterior da concha nasal média fica o forame esfenopalatino que poe em comunicacao a cavidade nasal com a fossa pterigopalatina. No meato nasal médio hé uma abertura do seio® maxilar, coberta pela concha nasal média, A seecio sagital mediana do cranio expe os seios frontal (atrés da glabela) e esfenoidal (atrés das conchas nasais média ¢ supe- rior). O seio maxilar ¢ as eélulas etmoidais somente serao vistos se 0 0560, que os fecha, for removido. Os seios paranasais sdo cavidades pneumaticas escavadas nos ossos (levam o nome de cada osso) que se dispdem em torno da cavidade nasal e se comunicam com ela por meio de pequenas aberturas, No vivente, estas aberturas podem estar ocluidas de- vido & congestao da membrana mucosa que é comum (continua) aos seios ¢ a cavidade nasal. 25 Figura 2-16 ~ Secsio sagal medlans do erinio sem mancibula. Veta mecialparcil 2 Crista gl 7 Processo avec occipital 23 Sepro Gasao da cavidade nasal 8 Himulo stergbideo 13. Pro acistco interno 4 Lamina perpendicular do etme 9 Selo estenoida! 14. Canal do hipoglosso 5 Vemer 10 Sela cures 15. Condo occipital Figura 2-17 —Viera medial de uma maxis separada do criria. 1 Process frontal Suleo eral Crista da conch lato maar Processo palatino Cana incsvo Sueo palatine maior 26 Figura 2-18 —Vista péstero-medial = uma mandbbula separada do Crista temporal Processo condlar Inceura ds mandbula Forame de mandbula Suleo milo-hoideo “TUberosidade preigbidea Lina milo-hisiden Fee submandibular eerie) Fosea cistica Os seios frontal e esfenoidal sdo septados sagitalmente, no mais dlas veres, Ue inaneita assiinéuiva Wout desviv pata uit dus laos. Enquanto o seio frontal se abre anteriormente no meato nasal mé- dio, 0 seio esfenoidal abre-se posteriormente no meato nasal su- prior. Entre ambos se situa o seio etmoidal, que na realidade & composto de oito a dez células etmoidais de forma e tamanho varidveis. As células anteriores comunicam-se com 0 meato nasal médio, e as posteriores, com 0 meato nasal superior. Oseio maxilar (Figs. 2-17 e 2-19) € 0 maior de todos e o primeiro se desenvolver. Ao escavar o corpo da maxila, fica conformado entre as paredes anterior (voltada para a face), posterior (para a {fossa infratemporal), medial (para a cavidade nasal), superior ou {elo (para a 6rbita) e inferior ou soalho (para 0 processo alveolar). © soalho fica em um nivel abaixo do soalho da cavidade nasal. Ele nao é¢ liso; tem septos incompletos que se estendem superior mente a alturas varidveis. © seio maxilar e o soatho formam bol- sas nas quais produtos inflamatérios podem estagnar e também. interferir na remocao de raiz dental que, porventura, tenha sido deslocada para dentro do sei [Nas paredes superior, anterior e posterior do seio manila hd canais para o ti sito de nervos e oasos. Esses cannis dsseas pode tornar-e deiscentes*e expor os neroes no interior do seio (cobertos apenas por membrana sinusal na vivente). AS infeeges* sinusais podem afetar os nereos e provocar dor. Als, o seio mailer & 6 que mais feqientemente se torna sede ve infergbes, por virios motives, e derive sles o adontogenico. A abertura natural do seia maxilarsitua-se mum nivel muito alto para a drenagem naturel de pus*, de tai forma que este pode fear contido (estagnado). Apesar de tuzo, de tos os seis paranasais & 0 misfit de irriga. Quanto as eras fungdes atrbusdas aos seins paranasais, hé uma mais prove Desde que a temperatura do ar no se interior sea mais elevada do que a do ar inspirado, os seis paramasais funciona como insuladores para os olhos e o cbr bra. Sua eamada de ar & de lenta renooagto (16 minutos no seio frontal do clo) e, portato, isolam as estruluras newais na dria ¢ fossas anterior métia do cré- tio, protegendo-as asst do resfriamento injiria pela passagen nasal de ar rio. ‘Mas 0 modo ce crescimento desproparcional do esqueleto da face também pode explicar a presenga dos seios paranasais. No caso do asso frontal, por exemple, o crescimento da sua lamina interna & relatioamente lento em relagio ao cres- cimento da lémina externa. Esse crescimento diferencial causa uma separagio 7 Ae ainbas © 0 aparccinente do so colo peilor existe uma adaptagio de maxila A forma arquiteténica do crinio, principalmen- te regio crpra orbital, qu. bastante projetada para a fronie.A massa munenta fe projeta-se para a frente com sua lamina externa, para ficar a prumo com a «2 ocupar sm dren maior (que do qualquer modo spago (ook fromal). No ox Frome, 0 aio masa p no seria preenchida por oss) O exame do hemicramo pela vista medial pode ser completado, com o reconhecimento de outros detalhes anatémicos jé estuda- dos por outros angulos de observacio. O osso hidide Sem se articular com nenhum outro oss0, 6 apenas ligadio a0 cra rio por miisculos e ligamentos, situa-se no pesco¢o, ao nivel da terceira vértebra cervical. cu te Ue gs pastes, Corpo ~ uma lamina retangular recurvada com a face anterior convexa e a posterior céncava; na face anterior inserem-se os mtis- culos génio-hisideo, milo-hidideo, esterno-hidideo, omo-hiGideo, tireo-hidideo e estilo-hisideo. Como* maior Bara o lado, onde se inserem os msculosconstritor médio da fuge eu hivglusse, extenaio bilateral dirigida para tréo, para cima Como menor - situado no ponto de encontro do corno maior com o- ‘corpo, ¢ cartlaginoso nos jovens e ossifica-se a medida que a idade avanea; liga-se ao processo estildide pelo ligamento estilo-hidideo. Resumo dos forames, canais do cranto e elementos que os atravessam VISTA ANTERIOR = forame de mondibula: norco, artéeia ‘= canal dptico: nervo Sptico e artéria oftslmica ‘= issura orbital superior: nervas oculomotor, ‘roclear, oftilmico, abclucente e veias oftalmicas ‘= hssura orbital interior: nervo mavalar, vera e artéria infra-orbitais ‘ nncisura (Korame) supra-orbrtal: nervo ¢ arteria supra-orbitais 1 forame (@ canal) infra-orbiet: nervo, artérta € vveia infra-orbitais ‘ forame (e canal) mentoniano: nervy, artéria & ‘veia mentonianos fs forame zigomatico-fa lal: nervy ziyousccfacel VISTA SUIPFRIOR + forame parietal: veia emissiia parietal VISTA LATERAL = forame mater voia omierdeia martSides «= forames (e canais) alveolares: nervos e arterias alveolares superiores pocteriores + forame esfenopalatino:artria esfenopalatina e servos nacais posteriore cuperiores VISTA POSTERIOR + forame lingual (retromentoniano superior) aetévia sublingual 28 alveolares inferiores ‘VISTA INFERIOR # foraine (© taal) iisive. neivw neaopalatine ‘ forame (e canal) palatino maior: nervo, artéria ¢ via patatines matores ‘forames (e canais) palatinos menores: nervos, artenas e veras paiatinos meniores + forame espinhoso: artéria meninges média ‘forame oval: nervo mandibular ‘forame jugular: nervo glossofaringeo, nervo vvago, nervo acessdrio e veia jugular interna 1 fissura timpanoescamosa (petrotimpanica): nervo corda do timpano ‘canal cardtico: aria carstida interna + forame estilomast6ideo: nervo facial ‘*forame magno: artéria vertebral, nervo acesssrio, ‘medula espinal ‘canal condilar: veia emisséria condilar ‘VISTA INTERIOR ‘= lamina cribriforme: nervos olfatérios 1 Forame redondo: nervo mavilar ‘ poro (¢ meato) actistico interno: nervo facial, nerve vestihnloeneloar Topografia dentoalveolar Horacio Faig Leite ‘Topografia® dentoalveolar 6 a relagio que ocorre entre os dentes superiores, inferiores e seus respectivos alvéolos, bem como aquela, ‘mantida com os acidentes anatimicos localizados nos ossos maxila e mandibula, com os quais estes mantém relagoes de proximidade. © conhecimento dessas relagées topograficas tem grande impor ‘ancia para o dentista, devido a sua aplicabilidade clinica em es- pecialiciades como a citurgia, a protese e a endodontia. Descreveremos inicialmente as relagies alveolodentais, seguidas das estruturas anatémicas que se relacionam topograficamente com os dentes da maxila e da mandibula. Na maxila Primeiramente, seria importante lembrar que ao se realizar um corte horizontal no process alveolar, nota-se que cada lamina 6ssea alveolar’, a externa ou vestibular e a interna ou lingual, € formada por duas corticais (Figs. 2-19 e 2-22): uma é a superficie extema compacta do osso, ¢ a outra, a cortical* alveolar que forta 0 alvéolo e que, em radiologia, é conhecida como lamina dura* (Fig. 3-1). Na regiao dos dentes anteriores, a lamina alveolar (ves- tibular) apresenta-se bastante delgada, chegando mesmo a tor nar-co doizcontet ‘Ambas as corticais (superficie externa e cortical alveolar) esto inti ‘mamente unidas, principalmente nos tercos cervical e médio da por- «0 radicular. Uma pequena quantidade de tecido dsseo esponjoso ‘pode estar presente proxima aos dpices desses dentes, principalmente ‘© incisivo lateral, devido 8 sua inclinagio para lingual. Podem-se encontrar, na superficie externa do osso, saliéncias ou relevos provocados pelas raizes dentais, as chamadas eminéncias alveolares. A que mais chama atencao quando da observacao de tum cranio seco é a eminéncia canina. Nos premolares, as Kiminas dsseas alveolares externas também se mostram delgadas, sem apresentar tantos relevos como nos den- tes anteriores. Quando 0 primeiro premolar possui duas raizes, a lamina alveolar externa mostra-se mais delgada ainda. [Na regio dos molares, a lamina externa pode apresentar-se com maior espessamento, principalmente na regio do primeiro e, 35 vvezes, do segundo molar, devido a presenca da crista zigomatico- alveolar nessa regio. Na regio posterior ao tltimo molar irrompido, a lamina dssea externa une-se & intema (Fig, 2-19). ‘A lamina dssea interna (lingual) adquire caracteristicas variaveis, devido a inclinagio dos dentes superiores e & situagio do teto da cavidade bucal. 29 Figura 2-19 —Processo alveolar maxlar seccionago horizontalmente a0 rivel do tergo médio des raizes dos dentes. A irea do primeiro molar ‘exraido fol invadida pelo selo maxlar A iinelinagao entre as raizes dentais 0 palato varia, dependendo do tipo facial do individuo, sendo maior nos individuos lepto- prosépicos (face alta e estreita), por apresentarem palato ogival, & ‘menor nos eurripros6picos (face baixa e larga), uma vez. que eles apresentam palato plano. Entre a parede lateral do palato e a porcao lingual dos dentes superiores ha grande quantidade de substancia éssea esponjosa, Tota vai dinniiuiudy piugiessivanente da wegiay dus deste> aim teriores, onde é bastante acumulada, para os posteriores, onde se torna menos evidente, * Crista zigomético-alveolar: devido a sua presenca, a lamina alveo- lar vestibular da regio dos primeiros molares apresenta-se mais | espessa; também se apresenta diferente conforme o tipo facial do individu. E um acidente anatOnico utilizado como ponto de reparo nas anestesias* des | lentes postrioes, deve ser lemudo em conta durante as exodontis dos mola: res, principalmente dos primeios, porque pode dicular a sua Tuxaeto Tuberosidade da maxila (Fig, 2-20): a tuberosidade é a regiao mais posterior da maxila, que mantém relagbes de proximidade com processo pterigoide, constituindo também a parede posterior do seio maxilar ‘ uma zona de tecido dsseo bastante delgado, na qual encontra- ‘mos, além dos dois tiltimos molares irrompidos, pequenos fora- ‘mes que permite a passagem de vasos e nervos. Devido 0 sua topografin ¢ @ espessura de sua parede, & un regio que requer | ; cuidaios especiais durante as exodontins dos iltimos molares, princioalmente das terceiras, pare no remover parte dele, expondo assim o sei mail. = Himulo pterigéideo: o hamulo é um acidente anatémico encon- | trado na porcio inferior da lamina medial do processo pterigéide Figura 2-20 — Relacio de proximidice Ss alzes dos dentes com um seio sexiar bastante amplo, A cberosia- = 4s maxis eambém fol exposta para ‘Scssar suas delgcas poredes. que estabelece relagoes de proximidade com a face distal do iiltimo molar irrompido, na regiao mais inferior da tuberosi- dade da maxila. E tna estratunn que deve ser lesa emt consieragto quando de intervenes cirrgicaspora a reno de teers melaresirommpitos ox incuss. Mower tes abraptos durante o ato crrgco pode: cms sua rata, 0 que onion tia a queda do plato mote do ado fraturado, Isto ocore porque € no hula fo ome ocliza apo fe elo do misc tosor do patna. prerigoi Cavidade nasal: os dentes anteriores e superiores podem estabe- lecer intimo contato com o soalho da cavidade nasal. Isso se deve principalmente ao tipo facial do individu. Nos individues classificadas como leptoprosépicos, as raizes dos dentes incisivos esto mais afastadas do soalho nasal; enquanto nos individuos do tipo euriprosdpico, essas raizes podem manter fntimo contato com 0 soalhy, principalinente a taizes dus incisi- vos centrais, Devido a essa provimidade, infecgtes*, principalmente dos incisivos centrais, podem cnusar elevagdes ou mesmo invndir o soalho da cavidade masa Seio maxilar (Figs. 2-20 e 2-21): normalmente as raizes dos dentes anteriores nao estabelecem relagdes de proximidade com o seio mavilar Jé ac rafzes dos dente: promalaras @ molares act contato bastante intimo com o soalho sinusal, podendo nele cau- sar até mesmo elevagdes, denominadas cipulas alveolares, Em casos anomais, podem-se encontrar raizes de certos dentes com © terco apical localizado totalmente no interior do soio maxilar. (Oseio maxilar pode apresentar varias formas e tamanhos, depen- dendo também de diversos fatores como, por exemplo, tipo facial do individu, idade © niimara da dente: prosontos, Elo tonde a invadir os espacos deixados pelos dentes que vao sendo progres- sivamente extraidos, tornando-se geralmente bastante desenvol- vido nos pacientes desdentados. 31 Figura 2-21 —Secrio horizontal de ears ect do forame infr-orbital, para mostrar roalhos @ parscet anterior porterior & medial dos seios maxilres Figura 2-22 — Processo alveolar mandibuatincompleto seccionado horizontalmente aa nv do tergo rmédio das raizas dos dentes. Nowar menor espessura da Himina dsse3 stare, orn dezsEnesnicsutolos os caninos. 32 Os dentes que apresentam seus épices radiculares mais proximos do soalho sinusal em ordem decrescente de relagao sao: 0 segun do molar, o primeiro molar, o terceiro molar, o segundo premolar € 0 primeiro premolar. O canino pode estar muito préximo ape nas em casos de seios extremamente desenvolvidos. CO contecimento da topografia dento-sinusal & muito importante na endadontia € principalmente na cirurgia, Na mandibula |Na mandfoula, as laminas ésseas interna e extema dos alvéolos sad ‘muito mais fortes e resistentes que as da maxila, caracteristica esta ue esta presente em toda a compacta Gssea mandibular (Fig. 2-22) Na regido dos dentes incisivos e também na dos caninos, as duas corticais Osseas esto fortemente unidas, tanto por vestibular coma por lingual, fazendo com que as laminas alveolares vestibular © Tingnial apresentem praticamente a mesma osposcura. AAlguma: vezes pode-se notar a presenca de eminéncias alveolares. Jéna altura dos dentes premolares, a lamina alveolar externa pre! senta as duas corticais unidas, freqientemente sem a presenca de tecido dsseo esponjoso interposto entre elas, No lado interno, de vido a presenca da linha milo-hididea, nota-se o aparecimento de certa quantidade de tecido ésseo esponjoso, entre a cortical bssea € a cortical alveolar; isto ocorre devido ao posicionamento obli uo destes alvéolos em relacdo ao corpo da mandibula Na regido dos dentes molares, observa-se a separacdo entre @ diregao do corpo da mandibula e a inclinagao dos alvéolos des see dontos, quo se daslocam cada vez mae para lingual hem come] © aparecimento de estruturas como a linha obliqua. Com isso, nole-se que a cortical Gases exleiia vai lotnannlo-se progressive, mente mais espessa, apresentando-se finalmente bastante espes- sada na altura do tereeiro molar. Devido a esse fato, encontra-se entre a superficie dssea externa e a cortical dssea alveolar dos dentes molares considerdvel quantidade de substncia éssea es- ponjosa. Esse espessamento tem grande importancia clinica para as exodontias realizadas nessa regio. Fgura 2-23 — Hemimandlbula Secconada longiudinal e verticalmente == mostrar 0 tipo mais comum de Seal da mandibula, Devido ao espessamento da lamina alveolar externa e 0 desloca- ‘mento dos alvéolos para a lingual, a lamina alveolar interna apre- senta-se bastante delgada, nao havendo, portanto, tecido 6sseo espanjoso interposto entre as suas duas corticais, Em decosténcia da angulasdo que passa a existir entre 03 alvéolos dos dentes molares e a superficie medial do corpo da mandibula, freqiientemente o alvéolo do terceiro molar se apresenta saliente em rela 10 a esta superficie, como se fosse uum baleao (ou sacada). = Canal da mandibula (Fig. 2-23): localiza-se no interior do compo da mandibula, apresentando um trajeto que tem inicio no forame da mandibula, exteriorizando-se no forame mentoniano, podendo ou nao continuar seu trajeto intra-dsseo em diregao a regido do mento, como um canal tinico. Este canal se apresenta curvo de posterior para anterior, cruzando obliquamente todo o corpo da mandibula, Inicialmente, o canal da mandibula esta localizado mais préximo da lamina alveolar interna até atingir a face mesial do primetro molar, depoie vai ce aproximando da lamina alveolar ovterna até atingir o forame mentoniano. Existem vérios tipos de relagdes entre os Spices radiculares ¢ 0 canal da mandibula, contudo, aceita-se que estas relacdes ocorram basi- camente da seguinte maneira: 1. 0 tipo mais encontrado é aquele no qual o canal da mandibula esta em contato com o fundo do alvéolo do terceiro molar, distanciando-se progressivamente dos outros épi- ces radiculares; 2. 0 segundo tipo caracteriza-se pelo canal da man- ibula que nao estabeiece nenuma relacao de proximidade com as raizes dentais; 3. finalmente, 0 terceiro tipo, muito menos freqiiente, € aquele no qual o canal estabelece relagdes de proximidade com as raizes de todos os molares e do segundo premolar. E de sua importance © conbecimento da topografia da canal da manda pra 4 jnterpretagto core das imagens radigrifies ¢ dos aspects cliicecirirgicas. Responda aos testes 2 e 3 nas paginas seguintes. Antes de respon- der, Ieia aa inotrugéeo de como proceder. Em coguida, decenvolva 0 estudo dirigido “Viscerocranio”, no site www.anatomiafacial.com. ‘Acesse o link “Aprendendo Anatomia” e, em seguida, “Estudo dirigido”. 33 Teste 1 (Avaliagio Formativa sobre o Crénio) Considerando que voce jé estudou boa parte da anatomia cranio, faga agora uma auto-avaliagao. Em cada um dos bloc ide quatro alternatwvas abaixo escola ayucla que julgas correla confira suas respostas na pagina 229, em “Respostas dos testes! Se comecar a responder errando muito, deixe para reiniciar teste depois de se preparar melhor. Se acertar nas primeiras tativas, mesmo assim, leia as demais respostas, porque elas tém informacées preciosas. O osso zigomatico ‘al. ou arco zigomatico €a mesma coisa ‘a2. possui um processo esfenoidal ad, posstl Gi Sulcts eis waite Wns oa808 prt ‘Lal. arficulase com a maxila @ a snhira vigomético- mavilarresaltante eestende'se até « mangem in- fra-onbial: ceca de7 a 8 mm abaixo desse ponto seencontra 0 forame infre-orbital (Os 03508 nasais “LDL, situamese entre os processos frontais das maxilas 12. no sa artinnlam com nosso etméide 113. artctlam-se entre si e com os 03508 préximos por todas as suas bordas ‘Lb a0 se articularem com 0 oss0 frontal apresentam. tuma depressio,a glabela ‘Na Grbita ‘el. a fissura orbital inferior separa as paredes medial e:inferior 1.c2. ¢ canal Optico dé passagem apenas a0 nervo 6p- co 113. a fossa da glandula lacrimal stua-sena porgio an= reromedial do (eto “Let, a fisura orbital superior dé passagom as veias of télmica’ oa algune nore canianns Pronto, Pergunte-se como est seu aproveitamento na aprendi gem da anatomia do cranio, tendo em vista o seu desempenho fe teste. Ser que nao vi Enido continue a ler até a pagina 33 e passe para os Testes 2 e 3. 2a A cavidade nasal 4d. ou abertura pniforme éa mesma coisa 11.42. possui um septo nasal formado pelo osso vomer 11d3. comunion-sa som foes ptorignpalatina atravia cdo ducto lacrimonasal 4.44. apresenta no soalho, a0 lado do septo nasal, ‘aberturas superiores dos canals incsivos Mandibula ¢ maxila ‘Lel, namandiula do adultoo forame mentoniano. s ioslizadn entre o primeiro e 0 segundo prem Tes 41€2. amanila tem oseu processo alveolar invadido pels rista zigomatic-alveolar 1163, amaxila mostra, em sua face anterior a fossa can ‘na localizada mediakmente & cia Ga eminés Jct, bondaenterior do samo da mandibulselinha ahi qua so 2 mesma coisa © forame infra-orbital 1LAL, e canal infra-orbital significam a mesma coist 12. CO suleu inital aadions (ficam cm cada ox ‘temidade de) 0 canal infra-orbital 143. situa.se no extrema superior da eminéncia c 148, 6 palpavel nas pessoas. le a pena estudar um pouco mais? Ni Teste 2 (Avaliagdo Formativa sobre o Crinio) Das quatio alternativas dos seis blocos abaixo, escolha uma delas e confira nas “Respostas dos testes”, as paginas 229-236. Confira, de preferéncia, todas as respustas de cada bloco porque clas tra- zem comentarios adicionais aiteis 4 sua formacio. 0 osso temporal aes ee cclae webe te pela expinha da cstenide ha um forame oval, por onde passa o nervo man- lbular ‘encontra-se uma das paredes da fossa infratem- poral ‘no passa neahuma veia emissitia Dosso occipital 2b. se articula com o atlas pelo cOnilo occipital, aci- ‘ma (na base) do qual se acha um canal que éatra- vyessado pelo nervo hipoglosso forma com o temporal o canal cardtico, por onde passaa artria carbtida interna oe UTE feprocenta duae Hinkac rucaic inforioroc om cuja confluéncia se encontra a protuberancia occipital exter palato dsseo E apresenta uma suturatransversa formada pela a- ‘minas verticaise hosizontas dos oss palates Treicaileurite ealbe uena clevagiomediana cha ‘mada toro palatino ‘vin apresenta suleose sua tnica espinha a nasal posterior tom um angulo formado entre oteto eo processo alveolar sendo muito maisacentuado préximo ao forame palatino maior processo alveolar st pacar apie nie rotimibee nts q ‘mandibala nao 2.42, possui saliéncias vestibulares denominadas emi- néncias alveclares, que si0 mais salientes na ma- sila do quena mandibula 2.43. tom sua lamina éssea alveolar vestibular ou exter ‘na mais espessa do que a lggual ou iene 2.dd. tem os septos inter-radiculares mais altos do que (6 captor intoralvaclarec ‘Na cavidade craniana ‘Zel. asdepressoes denominadas fovéolas granulareslo- calizam-se a0s lados clo sulco do seio sagital su- ppetior, que percorre a calviria Antero-posterior- ‘mente 2.62. 0 forame espinhoso deixa passar a artéria menin- ‘gea média, cujos ramos se dispoem entre a dura- miter ea calvaria 2.63, 0 forame redoncio situa-seatrés da fissura orbital superior ¢ omunica a fossa médlia do eranio om. fos pletigupalatine 2ed. hé uma depressio mediana nica formada pelo arpa sla eafondide o a parte basilar do ovipital chamada clivo ‘Tupoysatia dentuelveula: 2.1, a tuberosidade da maxila constitu a delgada pa todo portorir do coio mail, junta a qial eo.an- contra o hamulo pterigsiceo 2,2. 0 canino é o dente cujo dpice radicular fica muito ‘proximo do soalho do seio manilar 2.8, a limina éssea extema ou vestibular do processo alveolar da mandibula é mais delgada do que a iterna ou lingual, tanto na rexiao dos incisivos {quanto na dee molares 2.44 0 tipo mais freqiiente de relagio entre os éipices radicnlares dos dentes e o canal da mandibula é aquele em que o canal fica distante do terceiro ‘molar e mais proximo dos demais dlentes ‘Voce respondent bem ao teste? Acha que seu aproveitamento no estuco da anatomia do cranio esta sendo bom? Se estas duas per- guntas merecem um sim como resposta, dedique-se agora as vin- te questdes discursivas abaixo formulacas (Leste 3). So questoes de estudo de uma avaliagdo formativa, que permitirao a integra~ fo e organizacio de idéias relativas a aspectos morfotuncionais do cranio. Como as questées nao sao estruturadas, nem semi-es- truturadas, permitem respostas livres ou discursivas, as quais podem ser conferidas com o texto do livro, com o exame do erd- rio, com a comparacéo a respostas dos colegas e com a troca de {dias com os professores. Portanto, para 0 Teste 3 nfo ha respos- tas disponiveis no final do livro. 35 3a 32, 3.33 Bat. oun. am. 33 3b 3c, 302. 36 Teste 3 (Perguntas de Respostas Livres sobre Anatomia do Crénio) Este € 0 tinico, dos 14 testes do livro, cujas respostas nao oferecidas. ‘Sea sincondrose esfeno-occipital nao se tormasse ‘ou se fechasse com uns trés anos de idade, o que acontecena go cranio? ‘Quais si0 as maiores dliferencas entre 0 crénio da Gein de Oa Zauee odo adult? [Em que locais do eranio se insarem es misculos igistrico, milo-hidideo, genioglossaepterigéideo smedis!? ‘Onde se Iocalizam e para que servem a fissura or bital inferior eo septo dsseo da cavidade nasal? ‘Descreva oa foun plerigsiden 0 ecealSide, com suas respectivas fungdes. ‘Poe anv (poe qual visla do cranio) se reconece ‘melhor a ctista gall, a lamina erriforme, a con- cha nasal média, a lamina orbital do etmoide eo frame esfenopalatino? ‘Quais sio as partes formadoras do osso temporal? Sernao enistissem forames emussicios no cranio 0 que poderia acontecer a0 individuo? Escreva os ‘ome de 12s foramnes emission. (Como se denominam os processos da maxila?Com ‘ques articulam? Quais sao as porgdes da manila e da mandibula {que podem ser reconnecicas a palpacao no ind ‘viduo vivo? Apalpe-se, reconheca pelo tato, para aclitar a espe. 4363, Quals sto os processos dat mmanibula © para g Sick. Desenhe ums hemimandibula pola face Iateral assinale seus acidentes anatOmicos. 3.dl. Quais sio as tossas e toveas da manarbula & ‘que sao formadas? 5.d2, Justifique « inportdacia do estudo do conal ‘mandibula 43.43, Dé a localizagio exata do forame cla mand do forame mentoniano e do forame infra-orbi 2A Quaie win os mvisoulos que se prendem & man ula? Del. Bu yu partes se divice © oaco higide? 3.e2, O queébase do erinio? Por quesua fratura émai perigoss? 3.03. Em qual meatonasal se abreoseio maxilar? Cor se denomina a abertura? ied, Se voce introcuzir sondas nos canais incisivo, ating maior e mentoniano, @ partir dos foi ‘homénimos, onde as extremnidades dessas sond: OBJETIVOS CAPITULO HDistinguir as porgdes normais do cranio visiveis em radiografias eriapicais, panoramicas, postero-anteriores e laterais I Interpre- tar o viscerocranio do ponto de vista biomecanico, justificando a formagéo de trajet6rias ¢ pilares nos maxilares I Localizar no vis- ‘cerocranio os tipos mais comuns de fraturas 6sseas 1 Analisar as -moddificagbes ésseas faciais decorrentes da perda total dos den- 4es, distinguindo os locais de maiores mudangas | Desenvolver ‘explicagdo sobre as bases da implantodontia, tendo em vista 0 conhecimento anatémico jé adquirido neste estudo 1 Relacionar ‘0s aspectos que determinam diferengas sexuais e etérias do cranio 1 Enumerar os pontos, medidas, planos, angulos e indices cranio- métricos 1 Responder corretamente ao Teste 41 Anatomia radiografica do cranio 3+1 — Radiografa periapical do ‘molar/premolar do lado fo da mandibula, | Sake 2 Destina | Crave coronir Coral raceulae 5 Sesto inerdancal © Spen interradicalar 7 Spxxo periodontal ‘Corti alveolar (mina dura) Aspectos radiograficos normais do crénio, considerados relevan- tes dentro da Odontologia, devem ser bem conhecidos pelo es- tudante de Anatomia. Isso 0 tomaré competente para identifi- car contornos e sombras das imagens radiograficas, sem ertos de interpretacdo, 0 ajudaré futuramente no diagnéstico de en- tidades clinicas. As dificuldades na interpretagio sto devidas a superposigio de imagens (as {formagdes anatémicas tem trés dimensées e as radiografias, duas), directo die incidéncia dos raios X combinada coma distorcao de imagens, as variagdes Pioligicas de posigto e tamanho dos acidentes analémicos e & precenca de pro- «cess0s patoldgicos, (Os delalhes andtomo-raliogréfces sto mostrados en files negatioos, nos quais as dreas radiolicidas (menos densas) slo escuras € as éreas radiopaces (mais dentsas) sto elaras. O fecido radiopaco, seni denso, nfo permite a passagem de ios X atraoés dele, absorcendo-os, eisso prodiz reas brancas no filme radio- grifico reelado. Ao contraria, 0 tecida radiolicido mio é denso, permite a pas- ‘sagem de raios Xe 0 resultado é uma drea negra no filme. Nunta escaln dos sorpos mais radiabiides ans mencs radiolicidos. tems. por exemplo: gordu- 1, lecidos moles, cartilagent, substincia dssen esponjosa, substttia bssen cont- pacia, dentina, esmalie & resinuragtes dentais metAlicas. Radiografias periapicais (Fig. 34) Largamente utiizadas em Udontologia, tocalizam 05 dentes, nos quais se pode reconhecer 0 esmalte (muito radiopaco; recobre a dentina coronaria), a dentina (com indice de radiopacidade menor que 0 do esmalte, mas maior que o do oss0; da quase toda a forma ao dente), 0 cemento (o menos duro dos tecidos calcificados do dente, assemelha-se a0 0ss0; em condigdes nor- mais, nao 6 notado no exame radiografico, por ser de espessura insignificante) e a polpa (0 que se vé & a cavidade do dente que contém o tecido mole, a polpa, na camara coronaria e nos canais radiculares). (© espago periodontal, localizado entre a raiz do dente e a cortical alveolar, é ocupado pelo periodonto. Aparece como uma linha escura, que envolve toda a raiz do dente, com uma espessuira abai- xo de 03 mm e que diminui com o avangar da idade. A cortical* alveolar é a substancia 6ssea compacta do alvéolo, que continua com as laminas corticais interna e externa do pro- cesso alveolar. Aparece bem radiopaca porque seu tecido dsseo muito denso, devido ao mtimero reduzido de lamelas e fibrilas colagenas e grande quantidade de substancia cementante, a qual permite maior depésito de sais dsseos clo que nos ossos lamela- res. F também conhecida por lamina dura*. A substancia esponjosa (trabecular) alveolar preenche 0 espaco entre as corticais alveolares e as liminas corticais osseas interna € externa. Na radiografia, toma a forma de um septo triangular, que vai dos espacos interproximais (vértice) ao nivel das diver- géncias radiculares (base). n a 15 7 9 2 2 2 Fa Fo % ” 2 2B 2 31 2 3 4 6 a » a 2 4a 6 40 Cava do erinio Processo mastside Procesto este ‘ana oo processo este Contomne de orctha Pora acstico externo Procesto retroart- cular CCabeca da mandibula Fossa mandbular Eminénca articular Ineiura da man> dlla Lingua ea ranula (Canal da mandbula [Arco 2gomatco Procesto coroncide nha obliqua erent Lamina lateral 60 procesto prergside “Toberesidade da axa risa infratomporal Margem infa-orbtal Processo zigomitico da maxi Soalho co sa rraxiar Carat nfa-oral Prlaco 6ss20 Lins do taido mole da rasofaringe Coda dra (Concha nasal média ‘Concha nasal inferior Soalho ds evieade asl Sepco mast spina nasal anterior Cana incisive Lina do dorso do ina Forame mentonino ‘Canal mentoniano Base da mandbul: ‘contorna superior 62 cortical S583 CContorno inferior de cortical 5503 sso hiside ‘pinnas mentonaras Frame nual Vertebra cervical Radiogratias panoramicas (ig-3 2629) ira 3-2 — Radiografa panorimica de um crinio seco, com o wacado das principals imager «acdentes anatémicos(gentieza dos Drs, Ancorio Augusto F Carvalho @. Américo de (Oliveira). Os niimeros referem-se tambem aos de ura 33, Figura 3-3 — Radiograia panorimica de indivduo de 20 anos com alguns acidentes iansiOmitvs Uayaths aire radlogrtin (gentler don D> Arsente, Augusee Carvalho e J. Américo de Oliver). Estas radiografias fornecem uma visualizagao panoramica dos ar cos dentais, dos maxilares* (maxilas e mandibula) e da ATM. Per- mitem a identificagio, entre outras, das seguintes formagdes ana~ témicas (além daquelas ja mencionadas nas periapicais). O forame incisivo é uma Area escura entre os incisivos centrais superiores eo canal incisivo é 0 seu prolongamento superior, junto a sutura intermaxilar. Acima deste nivel estao a espinha nasal anterior e o septo nasal. Uma linha reta horizontal, radiopaca, bem nitida sobre os épices dos dentes corresponde a0 palato ésseo; estende-se de ambos 03 lados até a tuberosidade da maxila © o processo pterig6ide. ‘Acima da linha do palato sao visiveis as sombras mais ou menos delimitadas do seio maxilar e da cavidade nasal. © forame e 0 canal infra-orbital tém seus contornos, as vezes, aparentes no meio lessas sombras. No contomo lateral do seio maxilar misturam-se as imagens radiopacas do osso zigomatico e do processo zigo- miatico da maxila. Mais lateralmente, ve-se toda externay du anew na seqiiéncia, a eminéncia articular, a fossa mandibular, o pro- cesso retroarticular e o poro aciistico extemno. Em um nivel mais Daixo, logo atrds do processo condilar, achant-se 0s processos es- tildide e mastoide. A mandibula € 0 corpo mais nitido, mais isento de superposicbes. Todo o seu contomo é perfeitamente visivel. A cabega da mandi- ula aparece encaixada nu temporal; & sud (eentc, @ ineisusa da mandibula e processo corondide, com sua crista temporal, es- tao bem individualizados. A linha obliqua ¢ o trago mais radio- paco da mandibula; na radiografia panoramica, parece ser uma continuagao inferior da crista temporal No centro do ramo, 0 forame da mandibula nem sempre surge nitidamente, mas os contornos da lingula e do canal da mandi- ula sim. Este tiltimo é uma somibra radioldcila, larga, que segue abaixo dos molares e se interrompe abaixo do segundo premolar, ‘onde se destaca o forame mentoniano. Na regiao dos molares, entre esses dentes ¢ a base da mandibula, evidencia-se o contorno oval, escuro, da fovea submandibular. No plano mediano, pouco acima da espessa base da mandibula, as espinhas mentonianas apresentam-se como um anel claro de centro escuro (forame lingual) vu com conturnivs nilidos de seus tubérculos mentonianos, Radiografias péstero-anteriores e laterais do cranio As radiografias convencionais do eranio, que dao imagens em norma frontal e norma lateral completas, sdo usadas em ortodon- tia e também em cirurgia. Nelas, a superposicao de imagens & maior, o que torna a sua interpretacdo mais dificil, Nas radiografias mostradas nas figuras 3-4 e 3.5 stio apontados alguns acicentes anatémicos de mais facil reconhecimento. a Figura 3-4 Radiograia pastara anterior de um ernie seco de individuo adulko (ganeleaa do Or José Carlos N Musegante) 1 sicurasaptal 2. Sutura lambabides 3. Sei frontal com septo 4 Crist gal 5 Ast menor do esfendide 6 Sete exemoida 42 Selo esfenolal Fresura orbital superior Parte perros do temporal Ssio maior U1 Septo nasal 12. Soalho da cavdede asl (palto 65560) 13. Crista zigomitico-lveotr 14 Lina do occiptal 15S Processo masiside 6 7 ie 9 2» nha obliga ‘Angulo a mandbula Forame mentoniane Espinhas menconianas Protuberénci, 7 Sela surea 14 Fisura para (form Hip eae 16 tienes 8 Dorso da sela sanaibula 9 Parte petrosa do 2 Pala oss temporal Selo maxiar Biomecanica* do esqueleto facial a Ha uma cerrada interdependéncia entre a estrntura interna do sso com a sua funcao, 0 que, alids, 6 uma das leis fundamentais ‘om Biologia. Tocidoo ofo organizados para resistira lviyas a> Yui estdo sujeitos; 0 osso é organizado por meio de sua forma externa estrurura interna para dar maior resistencia com a minima quan- tidade de material, mostrando ser muito apropriadamente adap- tado a funcao mecinica Deve ser dito que as forgas nao determinam primariamente a forma do osst Fatoressntrinsecos determinam sua forma geral, mas, secundariamente, ri tages fincionais influenciam predominantemente para estabelecer seu array estrutural. Esss forens mecinicas secundérias crescem ent significagto cov ‘dade e padem ser responséceis pela mamtencao da forma. Eo caso do process corondide da mandieula, que seré reabsorvida sx honor rma An mscule temporal, de cuia preseriga e funcao ele depende. O colume adicional do oso ade ser construfda om resins apa de frgae mestiicn, como a tragio mis cule ao nivel das linhos rucais, por exemplo. No 330 esponjoso, a orientagio trabecular & fortemente influenciada poles for as mectnicas as quais o esso esti sujeito. Tais como as trajetérias fucinnas videntes nas principais linhas tnabeculares do asso esponjoso, 0 osso cortical fambém tem sua arquitetura: ax camados deste occa so formiadae por viriae “trabéculas” paralelas, juntas, "sem" espagos entre elas. Na esponjosa, as tae Inirulas ln dspastas em Areas extratigicas para dosemperhar demandas fencio ‘gis; 0 mesmo acontece tio ess0 compacto através de sew espessamento e sts rienlagio, para corvir como local de concentragho « Uisigaty ile for O cranio, além das forcas que sabre ela inciclom devido & ago mus cular, suporta também forcas compressivas transmitidas da coluna vertebral a0 0550 occipital, e também forsas geraclas 11s alvéolos dentais como decorréncia da fungao muscular na mastigacso, Pos: sul esteios de reforco ou sustentacao, inclusive alguns ligando o vviscerocranio ao neurocranio, para ancorar firmemente o primei- ro a0 segundo. No neurocranio esto representados, pela glabela, proressa 7ignmética do frontal, processo mastéide ¢ protuberin cia occipital externa que se unem por trés arcos de cada lado, ou scja, 0 arco superciliat, es lniuas temporais e as linhas nucais. Interessante & 2 adaptogto do tecico bsseo 10 nivel da ovigem de alguns riscue los camo o temporal e 0 masseter Tinha temporal é un verdadeira trave que tune 0 arco superciliar 0 linka mucal superior. Ela € cr, de converidule sup rior, com wma adaptagto do esqueleto para oferecer maior resistencia (um arco on sue ww tent ste mus & erat a que ema sea O mesmo se pode diver conn respeita 9 arco sigométic, A. agto lo masccter também encontra ua forma de arco naquela ponte desea, conto uma adaptagio ‘meciinica. A fascia temporal o abraga e procura conté-lo, enquanto 0 miisculo masseter 0 pixa para Baixo. No viscerocranio também alguns esteios sio evidentes. Eles sepa- tam as cavidades naturais da face, dando ao seu esqucleto um aspecto de estrutura® de um edificio. esses esteios dsseos, é patente a organizagdo paralela das trabé- alas eo espessamento da substincia cortical como uma adapta, ‘cdo mecanica as forcas exercidas por muisculos e dentes. A tracdo (© 0550 € mais fraco sob Lagu du que sub presse) dos musculos Figura 3-6 —Tinjetérias da mandibula “ae xa indicam a direcio das forsas Specter dos denies eas ‘sex rSes musculares. | Trjeeéea marginal 2 Tater tmporal 2 Tjtors alveolar Figura 3-1 — Plares do maxi “AS seas indicam a dirogio das forcas “Serontow tami ape ow a mucos, com ox sem perda de substincia, E ml pla quando hd mais de x trac de fratura e, quando corre um grande ri ie peqnenos fragments (come nos tiros de arma de Fogo), € chad fat cominution. (Os duis wou uid prone ds face, conseqlontoacte mito cule Irawnatismos dines sfo 0 nasal eo 2igomético. O primero gerlmente frutura traasersa, «0 outro, afondancto (delocenento por duno a0 ‘elds sutras) e intra do arco zigomético. Fraturas menores dos processos alveolares, principalmente na gidio dos dentes anteriores, so muito comuns, seja por chogi ou pancadas, seja como conseqiléncia pés-operatoria das exod tie. Eo que pode acontorer cam a fiherosidade da maxila extragdes do terceiro molar ou com qualquer dente quando aunyuilose® dentoolveolar, A mandhnla fica também exposta a golpes de varias naturezas suas fraturas nao so incomuns (Fig. 3-9). Apesar de possuir de reforgo, como por exemplo a protuberancia mentoniana, q) dificultam ou impeciem as fraturas, possui também reas de bilidade criadas pelos dentes, principalmente 0 canino ¢ 0 te 10 molar (especialmente quando esto inclusos), Assim, fra do corpo da mandibula costumam ser mais freqaentes ao lado ‘mento, em linha com o longo alvéolo do canino, e na érea do te= ceiro molar em direcao ao angulo da mandibula.. ‘Figura 3-9 — Locais das fraturas mais ee si viainia, Figura 3-10— Fraturas dos vargas dio © superioe da face segundo a assicagio de Le Fort a mats baa é eFort lia do meio, Le Fort li:a mais tS Le Fore No ramo da mandibula, as mais freqiientes sfio as fraturas do colo, geralmente bilaterais, devido a golpes recebidos no mento. Aina gue 0 osso timpanico tambént possa ser afetado (otorragia), 0 que mais ‘corre & sua protegta pelo process retrearicular, que se interpoe entre a cabega die manatee 0 asso timpinice. Na maiora das vezes, as fraturas so extra- capsulares, mas podem ser intracapsular, cont ou sem esto da articulagio temporomanctbular. As fraturas intracapsulores muito alfas resultant en win fragmento dsseo muito pequeno com a casculartzagio comprometida e que nao ‘se consolida mais O restante do ramo da mandibula é bem protegido por msculos. Mesmo assim ocorrem, as vezes, fraturas transversais do proces- so coronéide. As fraturas dos tercos médio e superior da face so quase sempre Uatisversais e envulvent vaiius ussus, Os Lagos de fratura seguem as linhas de menor resisténcia, situadas entre pilares e arcos de reforgo. O francés Le Fort classifivou-as ent trés tipos nolavelmente constantes (Fig. 3-10): 49 Maxilares desdentados * Le Fort I~ trago de fratura horizontal do maxilar (maxilas) de a base da abertura piriforme até os processos pterigé passando logo acima dos pices dos dentes superiores; separ processos alveolares, dentes e palato do resto do viscerocrania = Le Fort Il -envolve, de ambos os lads, 0550 nasal, proceso. tal da maxila, lacrimal, soalho da érbita, processo zigomético d maxila (superficie péstero-lateral do seio maxilar) e processo rigeide; em conseqiiéncia, desloca um fragmento que inclui a p «a0 central do viscerocranio, palato e processo alveolar. = Le Fort Ill uma linha de fratura horizontal que passa, de cad lade, pela sutura frontonasal, sutura frontomadlar, lacrimal, mide, fissura orbital superior, asa maior do esfendide e sut frontozigomatica; o enorme fragmento resultante dessa disjun ao craniofacial ¢ o préprio viscerocranio, que se separa com pletamente do neurocranio quando hé fratura concomitante d arco zigomatico. (O enfraquecimento do aparelho mastigador, em conseqiiéncia d perda dos denies, provaca alteragdes na estrutura dos maxi rest, A densidade dssea da lamina cortical é diminu‘da e as trab culas* do oss0 esponjoso tornam-se mais delgadas, devido a us desequilibrio do proceso de remodelacao". A reabsorgau", Ou modelacio passiva, acaba predominando sobre a aposicio, ou modelacio ativa, por falta do estimulo mecénico da oclusao de tal com as forgas dela liberadas, ‘Com a exodontia* ou a queda do dente, hé a primeira modifies sao com cicatrizagao do alvéolo. Inicialmente, fibras colége organizam-se numa matriz reticular, que é gradualmente lizada por afluxo de calcio e fosfato; surge assim uma pequi espicula que cresce pelo depésito dsseo em uma superficie. Gi dualmente, espiculas adjacentes, que também estao se desenvs vendo, contatam-se entre si, As espiculas maiores se fusionam as trabéculas dsseas so formadas. Este 0550, chamado espo! so, pode modificar-se em osso compacto por maior depésito seo no rebordo alveolar residual” Mas, ao mesmo tempo em que ocorre esse processo de repara 6ssea, corre eélere a reabsorgao das paredes do alvéolo*, ago com a funcao perdida, O resultado final é a cicatrizagao com p da 6ssea. No total, cerca de 1 em da altura de cada processo alve Jar desaparece. Considerando ainda que cada coroa dental tax bém mede 1m, no todo, a dimensdo vertical de oclusio reduzida em 4 cm (Figs. 3-11 e 3-12). A involugao do processo alveolar corresponde ao adelgacamens_ € reabsorcio das paredes do alvéolo, e 0 rebordo residual pos 14 vira ser uniforme se as extracoes dentais foram feitas na me ma época; ou entdo com varios desniveis, se feitas em épocas & ferentes, Observa-se comumente um rebordo alveolar mandibul= mais alto na regio dos incisivos. Figura 3-11 — Crinio de indviduo desdentado, Figura 3-12 Perf caraceristco de pessoa idosa desdentada que no usa rétese coal ‘A.eatenat reubsongto slocolar provoca tn diocordancia entre oo reborlc alzen- lures residuais. Enquanto o superior se reduez, o inferior se alarga. Na parte posterior da mandtbula, 0 rebordo alveolar posiciona-se mais vestibularmente dio que antes da pena dos dents, A razto para esta troca de posit do rebordo residual € « uclinagao lingual dos dentes e processosalveolares na parte poste- rior de mandibula, Devido a isto, cor a reabsorgio, a distincia entre as cristas atrofiadas mos lados direito e esqueno torna-se maior. Em muitas pessoas, os dentes incisivos ¢ sew processo alveolar sito nctinados anteriormente. Depois da perda dos dentes, 0 rebordo residual torna-se mais curto na dire dntero-pasterior. Mas, por outro Indo, sea inclinagto for pos- terior, lend aumento de comprinenta do rebordo residual Na mila, todo 0 processo alveolar © dentes se émplantam obliquamente, in clinando-se para fora, isto é, para vestibular. Com a extracio dos dentes & reabsorgio do 0330 alveolar, tanto a largura quanto 0 comprimento antero~ posterior do arco poden-se reduzir. O oss0 basal da mail € menor em cir- cunferéncia do que 0 antigo processo alveolar e dentes. Quanto niaior for a retmgto na parte anterior da maxila, tanto mais prognata seré a pesson,prin- Gipultucnte se possuin deutes incinioon inferionea ielinades para ti. Mac 0 hemfo nto se forna mais proontinent: if apenas wma ilusdo criada pela renb- sorgfo do processo alveolar ces incisivos. De modo geral, o rebordo residual da mandfbula apresenta reab- sorgao mais acentuada que 0 da maxila, tornando mais dificil a colocagao de uma protese total inferior (Fig. 3-13). Em casos de extrema atrofia* do processo alveolar, parte do cor- po da mandibula pode estar envolvida e o rebordo alveolar passa a estabelecer novas relacdes com formagdes dsseas, que se acham mais distanciadas do proceso alveolar (Figs. 3-14 e 3-15). ‘A papila retromolar, proeminéncia de tecido conjuntivo coberta por mucosa, atrés do ultimo molar, é particularmente importante porque com a extracao desse dente, ela se incorpora ao tecido de cicatrizagao do alvéolo correspondente, formando uma extremi- dade clevada, larga e arredondada do rebordo residual. F fre~ dentenente Usada Luni unt guia para ajucer 0 proteciota a de terminar a extensao do hemi-arco ea localizar o plano de oclusao (que fica ligeiramente acima da papi). 51 52 Figura 3-13 — Boca desdentada, Figura 3-15 — Involugao oa manarbula por perda de dances 2trofa CComparacio hipotética do antes © dopots | Sipura 2:14 — Masilar com raharde. “Se ser residual extremamente “Sstsorvido. Notar posicio do forame eso © aplainamento do palato. A defnicto da extensao do hemi-arco permite ao nroesista escolher o tamriho dios dentes arificiis e permite estbelecer wn lite para a extensdo distal de sama prbtese total inferior. Esse limite nao deve ultrapassar a papa retromolar para do compromeler a estabildade da prétese, porque logo ats dela ht wma fren mole, tio cosine ndo raro a insergto do tendo do misculo temporal Na mandibula nota-se: 1. as espinhas mentonianas podem estar na mesma plano harizontal da rehordo residual, a ponto de exi- gir alivio na confeceao da dentadura para evitar lesdo traumati- cada mucoea que at cobro; 2. 0 forame mentoniana passa a si ar-se proximo ao rebordo residual e até mesmo sobre ele; para tevitar que acu contetido ofr comproccao no tratamento proté- tico, 0 local correspondente deve ser aliviado na protese; 3. 0 teto do canal da mandibula aproxima se do rebordo residual ¢ pode se tornar tao delgado a ponto de se exteriorizar; 4. a linha ullu-hididea 1a 1egiau ular pode fice uy anes uivel, © até mesmo acima, do rebordo residual; 5. com a linha obliqua pode acontecer 0 mesmo; 6. uma élevacao chamada toro‘ mandibu- lar, caracteristica da regio premolar, pode surgir ou entao au- mentar de tamanho se jé existia; por estar na ou préxima da zona de suporte, pode exigir remogao cinirgica. Na maxila (Figs. 3-16 ¢ 3-17), as modificacoes mais comuns sao as seguintes: 1. 0 forame ncisivo pode ser encontrado proximo a superficie lingual do rebordo residual; 2. a espinha nasal anterior fica muito proxima do rebordo residual; 3. 0 palato ésseo deixa de ser arqueado e tona-se aplainado e mais raso; 4. um toro pala- tino pode surgir e, segundo suas dimensOes, demandar remogao Girtirgica: 5. a crista zigomatico-alveolar pode alcancar 0 proprio rebordo residual; 6, 0 hamulo pterigdideo pode fazer saliéncia abaixo no nivel da crista residual; 7. 0 seio maxilar amplia-se pela reabsorgao de suas paredes; 0 soalho pode ficar muito proximo do rebordo racidual ¢ deiecéncias podem aparocer dovido 3 sua delgadeza; 8. a tuberosidade da maxila, as vezes, é muito grande € baina, devido & perda precoce dos molarcs inferiores € longa retengdo dos superiores, que continuam a erupcionar levando con- sigo 0 processo alveolar. 53 Figura 3-17 — Casy seelhants 92 de Anatomia e implantodontia 54 ‘A mucosa bucal também sofre modificacdes, tornando-se mai delgada, mais tensa ¢ de cicatrizacio mais dificil. Com 0 avangs Uda ila, © wiimero de caliculos gustatérine® ciminni ¢ 0 mes acontece com a quantidade de saliva produzida pelas glandu ‘maiores. O tecido que cube o rebordo residual é estrutural idéntico ao da gengiva. preciso destacar que © cangar da idade sempre estev relaconado com pera de dents, © homer ios este fda afornarse um destoinda Hi nin, fzment, into do € necessaiamente vera; um mere cresc ie pacientes geruric conse mit bem cous dnt Pauly Séigio Perri de Carvalho ‘A implantodontia osseointegrada tem como base de seus planeja ‘mentos a anaromta, cunt a luvalizayao de cotruturas importantes a serem preservadas, como por exemplo os feixes vasculonervo Sos, $a0 Indispensaveis v Wurihecimento sobre a qualidade do te= cido dsseo das diversas regides, como também a anatomia racio= gratica, que determina o mellior pusiivnamento doo insplantce por meio dos exames radiograficos e de imagens, pelas tomogra- fias computadorizadas. Com ¢ desenvalvimentn da implantodontia, como especialidade, e com a crescente confianga nos implantes osseointegtados, as in= dicagées dos implantes deixaram de ser exclusivas para os inwéli= dos bucais, ou seja, os desdentados totais. Sao também opcoes terapeutieds dus parcialmente desdontadoe, dos pacientes com anomalias congénitas, como também pacientes mutilados ¢ se giielados cirgicos devido a acitentes ou enfermidades malig: nas. Atualmente, usam-se os implantes osseointegrados também com finalidade ortodéntica. Figura 3-18 ~ Seqlncia de cinco mails, pelo aspecto medial para moctrarrebrrdne slenlares roids na ea incisva, com ur menor (A) até um maior {E) grau de reabsorcio, Notar 2 inclinagio da rea incisiva e No entanto, em todos os planejamentos, a observancia das estru- turas anatémicas séo de relevante importncia. Neste subcapitu- lo serdo abordados aspectos da anatomia aplicada aos implantes intrabucais. Maxila |As maxilas apresentam-se como a regio mais complexa para a implantodontia em decorréncia dos aspectos estética e funcional, tendo como fator agravante o sorriso que o paciente apresenta e © grau de exposigao gengival Nova-se na porcdo anterior da regiao palatina a presenga do canal incisivo (Fig. 18) que abriga o feixe vasculonervoso nasopalati- no, responsavel pela inervagao e vascularizacio* da parte anterior do palate. E importante a obseivayao do tamanho desse canal Porque, muitas vezes, inviabiliza a colocacao de implantes na re- ldo dos incisives centrais. Ja o feixe vaseulonervoso do canal palatino maior, apesar de ser importante a sua preservacio. nao fem grande influéncia na implantodontia, porque a localizacao das intervenes cinirgicas na porcio posterior da maxila so fei tas sobre a linha de maior esforco do rebordo alveolar. Na regido anterior da maxila existe outro fator limitante, que é proximidade da cavidade nasal (Fig. 3-18), @ na regio posterion © seio maxilar. Em casos de pacientes desdentados por longo pe iodo 0 processo de reabsorcio dssea encontra-se em estégio avait cado (Figs. 3-16, 3-17 e 3-18), agravado na regiéo posterior com a Preumatizagau du seiv atanilar (Figs. 2-20 e 2-21) associada a um processo de reabsorca0 Quanto a qualidade 6ssea, a maxila apresenta predominantemente ‘os80 com espagos medulares amplos e com pout espesstira Com tical, classificados como oss0 tipos Ill e IV (Fig. 3-19), o que indica a necessidlade de se realizar implantes que apresentem superficie porosa, Vee Figura 3-19 — Chassiicacio da qualidade ésses,confarme Lekholm & Zarb. Classe ‘ecldo ésseo constnsen de ncan enmpacte (I) enero Ih compacindnoen espesne Circundando © esto esponjoso (2);classe Il, compacta Steen delgada circundande © ‘50 esponjoso (2) classe IV. compacta éxsea delada circundando um osso ‘esponjoso com amples espagas medulares (4) Um aspecto anatomico interessante da maxila é a sua inclinacio antero-posterior na regiao dos incisivos e caninos (Figs. 2-17 ¢ 3-18), fazendo com que os implantes devam ser inseridos segninda 4 direcao inclinada da maxila e nao perpendicular a base do rebor- do alveolar residual, como se faz normalmente na regido poste- ior da maxila, Devem ainda ser explorados os pilares de reforco como os da regiso dos caninos ¢ do process zigumatico da maxi- 1a (pilares canino e zigomético — Figs. 3-7 © 3-8) como areas exce- eattes para a colocacao de implantes. No entanto, a distribuigio dos implantes bem como seu didmetro, comprimento e tipo de superticie esto na razao direta da qualidade e quantidade dsseas, como também do trabalho protético a ser executado sabre os im. plantes. E muito importante lembrar que ha uma lamina dssea* vestibular muito delicada principalmente na regio anterior. Mandibula Na muanidibula dos desdentados, 0 proceso de reabsorgdo éssea Prossegue gradativamente, até estigios muito avangados (Figs. 3- 14, 3-15, 3-20 e 3-21). Pipes 3-20 Sequéncia de seis seas seccionndas eanavereal = 22 fea incsva, para mostrar alyeotares com um menor (3 5) até un maior yaaa) grau de reabsorcio. Fier 3-21 — Seqincia de seis “setlas seccioradas cransversal- ee ns ren mola. para mostrar Seo alveolares com um menor (8 SSserda) até um maior “S Srata) grav de reabsorcio. ‘A mandibula apresenta como fator limitante o canal da mandi bula (Figs. 2-23, 3-21, 7-1 # 8-7) que abriga o feixe vasculonervoso alveolar inferior e que, no nivel do segundo premolar, emite ra- ‘mos externos denominados mentonianos. ‘A manutencao da integridade dessas estruturas apresenta-se com grande importancia devido a fungao sensorial que desempenham. ‘Quanto a estética, os implantes nessa regio stio menos probleméti- cos, pois dificilmente ha exposicao gengival em um grande sorriso. Com relagao a qualidade dssea na mandibula, hé predominancia de osso com espagos medulares pequenos e com espessa cortical” (tipos Fe Il) (Lig. 3-19), Ravendo em certas areas malor wurticalize- a0 € muito pouco tecido ésseo medular. Na mandibula, a relagao existente entre as corticais 6sseas vesti- ular e lingual do alvéolo mostra para a regio anterior a lamina vestibular delgada. A medida que atinge a regido dos molares, esta relagdu se inverle €, nos dois tiltimos molarec, a eepessura na cortical lingual é bem maior (Fig. 2-22) Cirurgia avancada associada a implantodontia Para a corregia dle evtensas reabsorciies Osseas (Figs. 3-14, 3-16 e 3-17), com a finalidade de reabilitacio com implantes, é necessa- ria a utilizagdo de técnicas cirdirgicas de enxerin dase autégeno ‘com 0 objetivo de aumentar a espessura vestibulo-lingual dos re- bordos alveolares residuais ou a altura entre 0 reborda alveolar e as estruturas anatOmicas importantes. 37 Figura 3-22 — Forma de osteotomia relizada na reglfo mentoniana. Figura 3-23 ~ Osteotomia na érea da lina obliqua Figura 3-24 —Tuberosidade da maxis Fraginamtes de tecido Genco removidos com instrumento eietigien Entre as areas intrabucais utilizadas como doadoras de tecids 6s8e0, indica-se o mento (Fig, 3-22) ¢ a érea da linha obliqua (Fis 3-23) na mandibula e, na maxila, a tuberosidade (Fig. 3-24). Come reas extrabucais, as Areas doadoras mais utilizadas sdo a calv: ria e a crisa iliaca ‘Outwus tipos de intervengoes cirurgicas aplicadas a implantodon- {ia sfo levantamento da mucosa do seio maxilar por meio de en- Xertos em bloco ou particulados e tambem a lateralizagao do ner- vo alveolar inferior. Assim, 0 conhecimento anatémico das dreas relacionadas, como também a qualidade do tecido éeeeo, é importante para o profio sional que vai desenvolver-se na implantodontia e nas cirurgias avangadas aplicadac & eopecialidade, pectos sexuais, etarios e antropométricos do cranio Além de seu valor anatémico e clinico, os aspectos sexuais. etd ios e antropomeétricos do cranio prestam-se & medicina e a odon- tologia legal, valendo como recurso na identificacao de cadaveres e estimativa da idade de pessoas. Aspectos (diferencas) sexuais At6 a puberdade, é quase impossivel a determinaco do sexo pelo exame do cranio. No adulto, pode-se dizer que as diferencas sexu- ais do cranio referem-se, principalmente, & fragilidade da muscula- tura feminina, Essa condicao determina um menor desenvolvimen- to das superestruturas dsseas na mulher. Todas as protuberancias, ctistas € processos si0 menores e mais lisos. E 0 caso do process ‘mastéide, linhas nucais, linha temporal, protuberancia occipital externa, borda inferior do osso zigomatico ¢ Angulo da manda la, As margens supra-orbitais e os seios frontais so, respectiva- ‘mente, mais cortantes € menos volumosos no crinio ferninina ramo da mandibula é menos largo ea glabela e os arcos supercilia- res so menos desenvalvides na mulhor A falta de desenvolvimento ou desenvolvimento insuficiente das superestruturas trontal e occipital também fornecem certa di- ferenca caracteristica no perfil dos crénios femininos ¢ masculi- nos. No homem, o contorno, partindo da raiz do nariz para cima ¢ para trés e em seguida para baixo, em direcdo a protuberancia occipital externa, forma uma curva bastante suave e regular. O contomo do cranio feminino é mais angular. A fronte eleva-se num aclive mais pronunciado e a linha do perfil do cranio feminino, em decorréncia da fraqueza das superestruturas cranianas, é muito mais semelhante ao contomo do cranio infantil do que do cranio masculino (Figs. 3-25 e 3-26) Tem-se admitido que 0 aspecto do processo mastéide pode ser considerado na determinagao do sexo nos cranios humanos. Juan do 0s cranios so colocados sobre uma superficie plana, © mascu- Ino apota-se sobre 0s processos mastodes, € 0 teminino, sobre os céndilos occipitais ou em outras porcdes do cranio. Mas uma ca- racteristica diferencial mais confiavel é a orientagao do seu dpi- ce®, Se ele é orientado ligeiramente para lateral, pertence ao sexo ‘masculino; se é voltado medialmente, pertence ao sexo feminino. Porém, quando a orientacdo é vertical, a diferenciagao do cranio pelo processo mastdide deve ser abandonada (Fig. 3-27). Para 1 diferenciagto, dece-se sempre levar em considerasao divercoe fatoree & no se estribar num 6. Mister se faz, ainda, nunca generalizar os casas de 59 i i Figura 3-26 ~ Cranio feminine, excegio. A aspereza e a irregularidade da borda inferior do osso zigomatico na firea de origem do miisculo masseter, por exemplo, sto fortes caracteristicas tiasculinas. Mas isto nio quer dizer, entretanto, que, no caso de esta burda se apresentar lisa e regular, possa se afirmar que a crania seja feminino. Aspectos (diferencas) etdrios Durante o processo de crescimento* e desenvolvimento*, 0 crénio mostra, dentro de limites amplos, certas modificagées relativa- mente constantes que podem ser usadas como critério na avalia- Gio da idade. Um dos fatores principais ¢ a verificacao da denti- ‘fo; porque existe uma cronologia na calcificacto dos dentes, ha estuudos que server de base para as devidas comparacées. A erup- fo também é um critério que pode ser usado, mas, visto que ha uma aprecivel variabilidade tanto na ordem como no tempo de erupeao, este critério deve ser utilizado com cautela na determi- nacao da idade do crénio, ‘At6 05 14 anos, a posicio, 0 grau de desenvolvimento, a erupga0.ea atrigfo dos dentes erupcionadios sao fatores que somadios fornecem informagoes que possibilitam calcular a idade dentro de uma pe- quena margem de erro. Dai até os 25 anos de idade, o estégio da abertura do forame apical, a erupeto e as relagbes oclusais des ter- ceitos molares (se presentes), em associagao com o estado de desen- volvimento da tuberosidace da maxila e a evidencia de uso dos dentes remanescentes quando tomados juntos, usualmente, forne- cema idade para ser estimada com mangem de erro tim pouco maior. ‘Apés os 25 anos, a idade pode ser estimada com menor preciso pelo grau de atricéo dos dentes, bem como a progressiva redugao vna acheceiea rng coptns interdantais assaciada ao uso dac faces do contato e & conseqiiente movimentacio mesial* dos dentes. Outro fator importante de verificagao ou acompanhamento da idade esta relacionado com as suturas do crénio. Ao nascimento, uma linha sutural mediana bissecta todo 0 aspec- to anterior do cranio, separando assim os 05505 parietais, fron- tais, nasais, maxilas e mandfbulas. As duas hemimandibulas fusio- nam+se na sinfise da mandibula* durante o segundo ano. As duas metades do frontal comecam a se fusionar durante a segunda me- tade do primeiro ano; o processo de obliteracao dessa sutura inter frontal, conhecida por met6pica, processa-se em direcdo ao breg- ma. Ao témino do segundo ano, a maior parte da sutura esté obliterada, mas uma pequena porgdo supranasal permanece ino- bliterada até 0 sexto ano. Contudo, uma sutura met6pica residual completa pode permanecer até a idade adulta, e essa condicao denominada metopismo (pode ocasionalmente ser confundida ra- diograficamente com uma fratura). © bregma é 0 ponto de interseccao das suturas sagital e coronal. Nesse local, 0s 0350s estdo bem separados nos recém-nascidos, de modo a formar um espaco losangico preenchido por membrana fibrosa e que se denomina fonticulo* anterior (Fig. 2-5); ossifica-se a0 término do segundo ano. O fonticulo posterior, situado entre 0 ‘occipital e 0s parietais, é bem menor e fecha-se quatro a seis me- ses apés o nascimento, Os fonticulos antero-lateral e péstero-late- ral fecham-se na mesma época. Outro forte fator indicatioo da tenra idade de wn cranio 6. independéncia das pecas gue concorrem pare a formagio do osso occipital constituido pela escama, 61 62. exocciitus e basiocepital. A parte escamosé do occipital une-se as ex tais entre 0 3: e 5! ans, as exocipitais com a basiocipital durante 0 4 os ‘ano de vida. O basiocepital & unico ao basiesfenoidal por soma tira de ca ‘gem. A dren acupada por esta cartilagem & conhecide por sincondrose ey cipal e sofreossifcag entre 08 16 e 17 anos. © pesueno volume da face, ao nascimento, & principalmente devida & con rudimentar da muita e da mavdtbula, @ falta de erupgdo dos dentes, a0 tno tamanko dos seios mailares da cavidade nasal. Com a erupyio dos de decidugs, ha alargamento da face € maxilares, ¢essas modifcagces sto ainda fcentuadas depois da seguncta dentiio. A proporgto neurecrnio-face ao ‘mento 68:1; no segundo ano de vida, 6:1; aos cinco anos, 5:1, no adulto, 5 Na idade adulta, 0 fechamento (sinostose*) das suturas do né cramio constitu 6timo fator para a estintativa da idade pele rio. A sinostose comeca sempre pelas laminas internas dos 0s ‘mas para essa finalidade baseia-se sempre na sutura externa primeiro sinal do fechamento das suturas s40 pequenas po 6sseas que as atravessam, ligando um osso a0 outro. Aos 22 de idade, esse fendmeno comeca a acontecer nas suturas sagital e, quatro anos mais tarde, na Iambdéidea. A partir 1a sinostoses vao progredindo e o fechamento completo (ou Se) ocorte somente aps os 80 anos. Hi trabalhos publicacos: estabelecem as idades do individuo de acordo com 9 inicio término do fechamento das suturas. [No individuo idoso, 0 crinio apresenta modificagbes aprecidveis, sobretudo rmundibula. Mostra sinais de osteoporose senil,tradwzida pelo adelgacame ‘até mesmo pela deiscéncia® da fossa temporal, da face exoeranial do occ tias paredes superior e inferior da cavidade orbital, Entretanto, as alter principais estao localzadas na mandula € me ruails. A queda dos dentes ‘mina a reabsorgao do processo alveolar e, como o arco manila & maior do ‘0 maxila, sucede wma situagao inverse aquela existente no indiotduo den ‘assim a mandtbule passa @ ultrapassar o maxilar ent fois os sentidos. Pela reducio da funcdo dos misculos mandibulares, 0 Angulo da mandi tornase obtuso € a cabega da manditula tende a atrofia. Aspectos antropométricos ‘A Antropologia® é a ciéncia do homem. Uma de suas divis ‘Antropologia fisica, estuda os caracteres fisicos do homem, origem, evolucio ¢ estado presente de desenvolvimento, A tropometria é um capitulo de Antropologia fisica e consiste mariamente na mensuracio das dimensdes do corpo - é a té cade expresséo quantitativa da forma do corpo. A Antropomé € suldividida cm comatomotris, cofalometria, astenmetria craniometria. ‘Ainda que se aceite que a mensuracio de cranios (craniometria) oferea res ‘dos que possam estabelecer as relagdes entre os diversos grupos ttnicos € diferentes indices cranianos ou formas de crimio permanegam constantes ‘cada raca, existem objecdes devido a modificagdes e influéncias antbientais também diferencas individuais dentro de cida grupo racial poedonseceger a resllas rennentevalioos, A crniometri € ind Tel na descr eanlise de homens fsseis outros primates, na reconstri Sno en identifica de pesons. FE tne wade para esudaro crescn {do era acb condiades norma eanaras ¢eralisr as desarmonias no formato manifests, por exenpl, na diferentes classes de mé elusto. Ds Jmporitnca par oontadontist e pana outras especiales oonolgicas A cofalometria realiza mensuragdes na cabeca do vivente ou do cadaver, diretamente ou por meio de radiografias, A craniome- tria faz medidas do esqueleto da cabeca. Tanto em um como em outro caso, deve haver uma orientagao numa posicio fixa, para a raheca ox 0 crnio. Assim. é adotada universalmente uma posi- io segundo o plano horizontal de Frankfurt ou plano auriculo- orbital. Esse plano, proposto na cidade de Frankfurt em 1884, passa através do ponto orbital esquerdo e dos dois périos. Orientado por ele, ficara 0 cranio em posigao muito préxima aquela de uma pessoa viva que esta em pé, ereta, olhando para longe. Conhecida a posigao de orientago, serio arrolados a seguir os pontos de referéncia para as mensuracdes, bem como algumas medidas lineares, planos, angulos e indices antropometricos. Pontos antropométricos (Fig. 3.28) Figura 3-28 — Pontos antropométricos (craniométrcos) numa vista lateral do ern, 1 Ghbela 5 Mentone 9 Opistoerinio 13 Ganio 2 Nisio 6 Gnicio 10 Furia 4 Bregms 3. Nszozpinhal 7 Pogée 1 Zia 15. Porto.A 4 Préstio 8 Orit 12 Pore 16 Ponto 8 aa ee * Glabela — o pont que mais oe prujela pata diante, na regiao da glabela e na linha media- nna anterior. 4 Nécia na entura nacafrontal com linha me- iana anterior. = Nasospinhal ~ o ponto mediano encontrado sobre uma linha que liga os pontos mais bai- xos de cada lado na borda da abertura pirifor- me (na hace da oxpinha nasal anterior) '* Préstio — no processo alveolar do maxilar, en- tre 0s incisivos, na linha mediana anterior, que mais se projeta para baixo e para a frente. © Gnicio—ponto na base da mandifbula que mais se projeta para baixo, na linha mediana. * Mentoniano — ponto mais anterior da base da mandibula entre o pogénio e 0 gnacio. * Pognio — ponto mais proeminente do mento. = Orbital — ponto mais baixo na margem infra- orbital. * Opistocranio — ponto na linha mediana poste- rior que no occipital mais se projeta para frés » Eurio—o ponto na parede lateral do cranio que ‘mais se projeta para fora. * Zigio — ponto no arco zigomatico que mais se projeta lateralmente. # P6rio — ponto mais externo no teto do meato actistico externn, sabre rma vertical que passe pelo centro do meato, * Tragio -na interseogdo de duas tangentes, uma passando pela borda anterior e outra pela bor- da superior do trago (ou parte mais anterior da incieura eupeateagal), " Génio — ponto no angulo da mandibula que ‘mais se projeta para baixo, para trés e para fora + Dregma ~ sy encuntiy da suture Sagital com a sutura coronal. * Bésio — ponto mediano na borda anterior do forame magno. * Ponto A — ponto arbitrério que delimita a por- gio alveolar com 0 corpo da maxila, localiza- do no ponta mais deprimido do contomo ma- xilar (ponto ortodéntico, radiografico) *# Ponto B ~ ponto arbitrério que delimita a por- ao alveolar com o corpo da mandibula, loca~ lizado no ponto mais deprimido do contorno mandihislar (ponto ortodéntico, radiogrStfico). = Ponto $ (radiografico) — no centro da sela tur- «a (ponto ortodsntico, radiogréfico) 64 Meitidus tineures * Comprimento craniano maximo ou didmetro cefélico (craniano) antero-posterior maxima: slabele-vpistocs&niv. * Comprimento da base do cranio: nésio-basio, * Largura craniana (cefélica) maxima ou didme- io Cefalico (Gaia) Wansverso maximo: de um éurio a outro. * Altura basio-bregmstica: basio-bregma * Petiietru cefélico (craniano) horizontal: gla- bela-opistocrnio-glabela. * Comprimento facial superior: préstio-basio, = Comprimento facial inferior: mentoniano- basio. * Largura total da face ou diametro bizigomati- cor de um igio a outro, = Altura morfologica da face: nasio-gndcio. * Altura do segmento mastigador: nasospinhal- gndcio, * Linha SN: linha reta que une o ponto $ ao N (ertodéntico), = Linke NA. (ortuddutiv). * Linha NB: (ortodéntico). * Liha nésio-basio. Planos * Auriculo-orbital (dois périos — orbital esquerdo). * Facial (nasio-mentoniano ou pogénio). ® Mandibular (tangente a base da mandibula), + Oclusal (linha reta conectamdo a Lioouyau da altura cuspidea de ambos os primeiros mola- res permanentes ao sobrepasse incisal) ~ 1,5%a 14° com o plano auriculo-orbital Anguios * Total do perfil favial (udsivrpsGatiy ~ plang aur riculo-orbital). Permite a classificagao dos in- dividuos em: Prognatas ~70°-79,° Mesognatas ~ 80°-84,9° Ortognatas 95° 92,99 * Goniaco (base e borda posterior da mandibula sem alcangar o céndilo). + Condilico da mandibula (Laxgente & base eLUr da posterior, tocando o céndilo e génio) * Do plano oclusal (com o plano aurfculo-oxbita). “* Dos planos incisivo inferior e mandibular (lon © eixo do incisive centeal inferior com o pla- ‘So mandibular ~ na oclusao normal dé 90°). “= Anyulus SNA (padrao 82°), SNB (padrao 80") ¢ ANB (padrao 2°) — ortodénticos. Indices +* indice craniano horizontal = didmetro transverso maximo reece oni ens de acordo com este indice, catalogam-se os rnios em dolicocranio (longo), mesocranio e bra~ aqnicranio (curto): 0 mesocrénio varia, normal- mente, entre 75 ¢ 79,9. += indice craniano vertical altura-comprimento = didinetiv bésio-bregmético ea am * 100i Giametro antero-posterior maximo classifica em: came (baixo), orto (reto) ¢ ipsi- cranio (alto). Ortocrénio enue 70,0 © 749 * Indice craniano vertical altura-largura = fimetro basio-bregmético diametzo transverso maximo x 100; classifica em: tapino (baixo); metrio (inter- ‘medisiio), entre 92 ¢ 97,9, e acrocranio (ponti- agudo), indice facial ou morfologico da face = altura morfol6gica da face x 100; didmetvo bizigomatico classifica em: leptopros6pico (tace alta e estrei- ta), mesopros6pico e euripros6pico (face baixa e larga). Mesoprosdpico entre 84,0 e 87,9. trégio-ndsio ‘waipio-prostio Indice do prognatismo = 100; classifica em: ortognata, mesognata (entre 93.¢ 97,9) e prognata. Responda ao Teste 4 na pagina seguinte. Leia a instrugao antes de respondé-lo. Teste 4 (Avaliacao Formativa sobre Anatomia Aplicada no Crinin) Neste Teste 4 voce deve responder a 20 perpuntas agrupadas em cinco blocos de quatro. Nao se trata de escolher uma alternativa em cada bloco, mas de responder a todas as perguntas @ cnnforir suas respostas no final do livro, em “Respostas dos testes”, Elas s40 qua- se sempre comentadas on trazem instrusées complementarca, 4a. INas radiogratias, as areas radiopacas (mais den- Sas) sao esbranquigadas. Exemplo disso 60 esmalte Udo lente, que por ser muito radiopaco aparece bem claro na radiografia. Certo ou errado? 4.02. O ccmenteycuje finice de seliypaidade € ut Ihante a0 do 0530, pode ser reconhecido na radio- grain pnenn sens Sron clara, Corto ou ormade? 4.3. A polpa, corpo radiolicido, e portanto nao denso, permite a passapem de raios X através dela, Mex ‘mo assim, pode ser vista em radiografias. Certo ‘ou errado? A.al. A cortical alveolar ou limina dura aparece bem em radiografias periapicais, Certo ou errado? 4b1. Que forames podem ser vistos numa radiografia ‘panoriimica? +4b2, Na radiograiia panoramica é possivel visualizar 0 contomo antero-posterior da eminéni articular, fossa mancibulay, processo reiro-artcular ecabe- sa da mandibula. Certo ou errada? 4.b9. Consiesainloa radliografia postero-antertor da ca- bega ea radiografia panorémice,em qual dasduas ‘aparcce melhor 9 canal de mandioula,o iv sia ilar ¢a asa menor do esfendide? 4.bL A sela turca.o dorso da sola. a spin osfonoical eo processo estildide s6 podem ser vistos na radio- srafia lateral (de perfil) endo na postero-anterior Tudo certo? Act. Ornsco é menos resistente Ae forsas de tracio que as de compressio, Devido a isso, ele se espessa nas teas ce insercdo muscular. formanda spe rstruturas como aquelas da borda inferior do oss0 zigomiatico,a tuberosidade pterigoides,e aumen- ‘ando o famanho ea condensagaa ou consisténcia ddos processos. Certo ou errada? 4402. Quals sa0 a8 trajetonas da manibula eos pares doctinio? 4.c3. O pilarcanino ¢ bem visivel no cténiy, eilu? ck. As forges maces lberdas na manda c= zante a mastigacdo tender ase dng para aca teca da maribls, Cento ou eradot dL. As raters nonesoris rns corn corp da ‘mandibuls ocr as dreas do carina edo terce- romolar eas faturas mals comuts doramose dio onivel docolo damansiula Cero ou cade? 442. O proceso sigomico do oss foal nao fem Importancia na emecinica do camo ena res toda conta fats, Certo ou errado? Por qu? 4D. Hava liv du alent total, com extema strfin do proces ave, o gu acontececomt 2 ee "otto do cael da mandivea, nha mile deve linha oblgua? 4d. Nomesmo individu invaido bucal da pergunta anterior 0 forame icisivo, a espnha nasal ant ‘ore acristaigonateo alvcolr podem fear ata to proximos ot lcanearo rebordo residual, hi null plergldeo pode fae saliénd aba dele osetomaularsempline ea comn sas parses sega Cert ou eraco! 4.1. © homem tema fronte mais vertcalizada do que mulher, Certo ouerrado? 4.2. Ocranio do homem possui processos musculares ‘alores e mais rugosos que o da mulher. Alem desta caracteristca, 0 processo masiéide tem sua ‘extremidade livre vellada pasa laieral wu cxanio ‘masculino tipieo. Certo ow errado? 4102. O panto araniométrice nscic tom cituagio media ‘nana uturanasofrontal. O pontogndcio, também ‘median, & 0 que mais se projeta para baixo na base damandibula, O gdnio 6 ponto que mais se projeta para baixo, para ints para forano angulo a mandibula, Tudo certo? ef, Como se denomina a medida linear antropomé= ‘ica que vai do nasospinhal ao gnacio? Observacio: Vocé deve ter percebido que nio foram feitas per- guntas sobre a contetido do subcapitulo Anatomia e Implantodon tia, Este e, possivelmente, outros subcapitulos nfo sio lecionados noo curvoo de geaduagéo de muitas faculdlades, O estudlu da antato- mia do crinio é absolutamente imprescindivel, mas o estudo da anaton aplivada do crénio nao. Por esse motivo e por falta de tempo (carga horéria insuficiente), muitos professores evitam es- ses assuntos e, conseqtientemente, no 0s cobram nas avaliacées. 0 bom aluno nao Ié apenas aquilo que “cai na prova”, mas todos ‘98 assuntos que possam contribuir para sua boa formacao. E pre- iso aproveitar todas as oportunidades para se destacar e melhor se preparar para o estudo de outras disciplinas, ainda no primei- 0 ano de Odontologia 66 CAPITULO OBJETIVOS tDescrever a origen, inseryav e funcao dos musculos da expres- So facial I Aplicar os conhecimentos anatémicos sobre os muiscu- los da expressio facial, & movimentacao da pele da face, nas cha- adas expreseies faciais INescrever a arigom, inoersio © fungio dos miisculos da mastigacao e supra-hi6ideos 1 Descrever a ori- ‘sein Insergao e fungao dos musculos da lingua e do palato ¥ Kes- ponder corretamente aos Testes 5 ¢ 6 I Desenvolver o estudo gido “Msculos da cabeca” I Musculus da expressao facial Figura 4-1 — Misculos da expressio. == Os miscuios profundos “Sezcem no lado esquerdo da fice. MM. orbicular da boca 2M levantacor do lbio superior 5M. lerantador do labia superior © da sou de mare M.zigomitico menor Mlevantador do Angulo da aca M.ngomaico mace Mrsorio M bucinador Mabaador do angulo da boca Mababaador do lable inferior M.menroniane plata M-orbicar do oho M. précera M nerigadne de ipa M.nseal SROTOR SS sevens (Fig. 41) Apesar de serem designados sob esta denominacao de carater fun- ional, as suas fungdes mais importantes na verdade se relacio- nam com alimentacio, mastigacdo, fonagio e piscar de olhos. Situam se logo abaixo da pele e constituem, no todo, uma cama da quase que tinica, A individualizacdo dos miisculos no prepa- rude uiuia preys antatOutiva & Ue dificil abl. Os (elves de flbras de um miisculo so muitas vezes unidos aos de outro e nos locais de invercao* ¢ comum estarem enttelacados. Quando sao bem desenvolvidos, 0 entrelagamento é maior. Compdem o grupo de miisculos mais delicados e fracos do cor- po Nem mesmo fascia* possuem. Por se inserirem na ciitis (e tam- }bém na mucosa), so chamados de cuticulares. A contragao deles movimenta a 4rea da cutis & qual estio fixados, produzindo de ppressoes em forma de linha (de fossa também) perpendiculares diregio dos fibras dos mtisculos, que com © tempo sc transfor ‘mam em pregas* ou rugas, Em Odontologia, é necessério atentar pata essas pregas © 4 mnauiulenyau da exata tensdo muscular para ‘nio alterar, com o tratamento do paciente, a morfologia e a ex: pressao da sua face Onervo motor dsses miisculos € 0 facial Por ndo possuirem fiscia muscular por sera tel cial) frou, dois falos devem ser lewados em consideragto: as dlaceragdes cas tendon a afestaren-se e formarem cicatizes se nto forem: bem suturadas eas Iesdes einflamagdies da fice podem geraracimula de liguio e sague abnixo de pele, acaretando Gres arraxeadas eou tumeftes. Suas fungies so indicadas geralmente pelos seus préprios nomes que revelam o movimento que fazem, Os muisculos da expressa facial que mais interessam & Odontologia sao os peribucais, aque- les que circunscrevem a rima da boca e, por conseguinte, serao alvo de mais alongadas consideragdes (Fig. 4-2). $6 um deles € constri- tor dos labios (misculo orbicular da boca); os demais sao dilatado- res (mtisculos levantador do lébio superior. levantador do labio superior e da asa do natiz, zigomatico menor, levantador do angu- In da hora, zignmatico maior, risério, bucinador, abaixador do an- gulo da boca, abaixador do lébio inferior, mentoniano e platisma). Misculo orbicular da boca: € o esfincter da boca e estA contide su labivs, fonsnaiido « maivs parte de sua substantia, Estende-se desde o nariz até o sulco labiomentoniano. Quase no possui or gem" ossea, porque, apesar de seu consideravel tamanho, apends alguns feixes se fixam na espinha nasal anterior e nas f6veas inc sivas da maxila e da mandibula. Alguns autores individualizam esses feixes e os denominam miisculos incisivos. Figura 4-2 ~ Misculos pevibucals. Os miscuos zigomiticos foram parcalmente secconados. | Morbicular ds boos 4 Mi lerantador do ngulo ds boc 7. Matador do angulo da boca 2 MLlevanar do lilo superior 5M. zigomatico maior 8M atabador do labo inferior 3M. zigomitico menor 6 M bucinador 9M. mentoriano 70 As insorgdesdssens do muisculo orbicular da boca no processo alveolar podem ter alguma infivencia nas moldagens e colocagto de protese. Suas fibras podem ser divididas em um grupo superior e outro inferior que se entrecruzam em angulos agudos ao lado da comis- surat da boca. Muitas fbrar muecularos (nom todae) incarom-ro rna mucosa e na pele dos labios. Como resultado da insergao loca- lizada de um forte feixe muscular, em algumas pessoas, peque- rnas fossas sio visiveis na pele do lébio. ‘Um consistente fasciculo* de fibras do grupo superior alcanga 0 septo nasal ¢ isto é 0 bastante para alguns autores batizarem-no como miisculo abaixador do septo nasal. Cerra os labios para a apreensao de alimentos. para assobiar e outras funcées, comprime os labios contra os dentes e também protrai a parte marginal dos labios. Nos cass de insufiiéncia do musculoorbicular da toca por matioo de respi gio bucal e chupamento de dedo, os Iibios fica afastados, em toncidade, © 0s ‘lentes ficam mal posicionados. O tratamento ortadntico para ees casos deve incluir w reedueagio do miisculo por exercicias continuados e reptids. = Miisculo levantador do lébio superior: origina-se em uma linha de Tem e meio da margem infra-orbital, logo acima do forame infra-orbital, onde se encontra coberto pelo muisculo orbicular do olho, Desse lugar, suas fibras descem obliquamente para se inse- rir na metade lateral do labio superior, quase atingindo sua zona vermelha. Muitas de suas fibras entrelagam-se com as fibras do orbicular da boca, Situa-se entre os miisculos levantador do labio superior e da asa do nariz e zigomético menor, com os quais se acha parcialmente fusionado. = Maisculo levantador do labio superior e da asa do nariz: longo, delgado, estende-se do processo frontal da maxila ao nivel do Angulo do olho até o lébio superior. Antes de o atingir, envia fi- bras para a pele da asa do nariz. Também se acha parcialmente coberto por fibras do orbicular do olho. * Miisculo zigomético menor: um delgado misculo que se situa au lado do levantador du labiv superio. Fixa-se 10 cuipo do usso zigomiético, medialmente ao muisculo zigomatico maior e dirige-se 8 pele do labio superior. Como variacéo*, pode fusionar-se com (os mtisculos que ficam a seu lado ou estar ausente. Juntamente com os dois elevadores do lébio, sua funcao é colaborar nesse movimento de ascensao. = Miisculo levantador do angulo da boca: é bem desenvolvido, [parm mais cnrin que ac tric mriconlos preracanies Gira vaca 6ssea é na fossa canina, portanto, abaixo do forame infra-orbital. Posiciona-se verticalmente e termina no angulo da boca, entrela~ ‘and suas fibras com as de outros miisculos que nele também se inserem. £ totalmente coberto pelo levantador do labio superior. Entre 0 levantador do Angulo da boca e os trés mtisculos elevado- res do lébio superior, ha uma certa quantidade de tecido conjun- fivo frouxo, no qual correm vasos e nervo infra-orbitais. Esse espazo pode ser ocupado pelo pus” de uma infec originada no dente cantina, que perfurcw 0 oss acima da origem do fevaniador do ngulo da toca (ce loeal da perfurago for abuxo dessa origem, ocorent edema intabueal (Os misculos eleoadores do lio impedem que a infecgao* se exteriorize na a 72 regito infra-orbital, mas uma finda existente entre 0 lecantador do libio supe rior e 0 levantador do labo superior & da ase do nariz permite que ela se forme superficial, podendo ser notada ao lado dio nariz. O primeiro indico é a modi cago (ou desaparecimento) do sulco nasolabial: depois, pode alcanear o éngule ‘medial do lho e tecio conjuntivo da piipebra inferior. O mesmo fend pode acontecer com abscesscs® provenientes do prineiro premolar superior, m como sua raiz & mais curia, eles geralmente ficant contides intrabucalients = Mdsculo zigomético maior: é uma longa e bem desenvolyida fit muscular cuja origem dssea € na face lateral do osso zigomati atras da origem do zigomético menor. Dai se dirige para baixo para dentro cruzando fibras superiores do muisculo bucinado: ‘das quais 6 separado pelo corpo adiposo da bochecha, ¢ incere ro Angulo da boca. E conhecido também como 0 mtisculo do rise por causa da sua ago de levar para cima e para fora o éngulo, dando a boca uma conformacao arqueada. * Masculo risério: € muito ténue, com feixes separados uns dos outros, freqiientemente ausente, Pode estar ligado as fibras poste: riores do miisculo platisma ou surgir independentemente da fascia ‘masseterica ou da fascia paroticiea, Nessas areas, suas tibras podem agarrarse também a pele ¢, durante a contragio, produzir uma fos sa (covinha) na bochecha. Como o risério termina no éngulo da boca, ‘© qual retrai lateralmente, nao tem nenhuma fixagdo 6ssea. = Masculo bucinador: é 0 miisculo da bochecha situado entre « pele © @ mucosa. Esta preso a mucosa, mas separado da pele pela tela subcutdnea", que ¢ abundante nesse ivcal. Origina-se, em cima em baixo, na regido molar do processo alveolar da maxila e da ‘mandibula (ao longo da base do processo alveolar). Posteriormen- te, ele é continuo com 0 mtisculo constritor superior da faringe, do qual esté separado apenas pelo ligamento pterigomandibular, que se estende do hamulo pterig6idea ao trigono retromolar. A partir desta origem dssea e ligamentosa, as fibras, em feixes nao-paralelos ‘entre si, chegam ao éngulo da boca e confundem-se com as fibras do orbieular da boca. E peculiar 0 modo de insercao do bucinador ‘muitas de suas fibras superiores ultrapassam o angulo da boca € invadem o labio inferior, e fibras inferiores cruzam aquelas pare atingir o labio superior. Outra peculiaridade do bucinador é a de ser perfurado pelo ducto* parotideo, que se abre no vestibulo da boca, € por ramos* do nervo bucal, que se dirigem & mucosa da bochecha Como retrator do angulo da boca, torna-se antagonista do orbicu- lar da boca. Sua funcio principal, entretanto, 6 manter a bochechs distendida durante todas as fases de abertura e fechamento da ‘boca, evitando que ela se dobre e seja ferida pelos dentes. Ademais, ‘empurra até 0 atco* dental o alimento situado no vestibulo, colabo- rando no ato da mastigagio. Age também no sopro e na succao. A relagio dos épices dos dentes molares com a origem anatémica do bucinador & {ator que determina se a localizagto de um abscesso adontogénico serd intrabu- ‘cal (submucoso vestibular) ou extrabucal. Como o miisculo se origina da base do processo alveolar, tanto na maxila quanto na mandibula, os dpices radicula- res podem estar no mesmo nivel, ou acima ou abnixo dessas linkus de origem. Ao romper a lamina éssen vestibular (mais prone), 0 processo inflamatrio proveniente de wm molar superior pade evotuir acima da linha de origem do Ibucinador, dando origem a um fleimao geniano, Se o abscesso de um molar inferior se abrir abaiso da origem do muiisculo, da mesma forma a sua exterior = ‘zo seri extrabucnl, com um fleinto geniano mais baixo que o primeiro. A origem mandibular do musculo bucinador corresponde a uma linha ascendente do primeiro a terceiro molar, cheganao até o trigono retromolar. Isso faz com que firnice do vesttbulo*fique consideracelmente raso ao lado do tercero molar e tome dificil a cirurgia te aprofundamento de frnice nessa trea, Alem do mais, ‘como o bucinador encontra 0 muitsculo constritor superior da faringe através do ligamento pterigomandibular no trfgono retromolar, cirurgias (peiodonteis, por cexemplo) atrés do terceivo molar podem lesar esas formagdes anatdmicas. Como nos desdentados a reabsoreto do processo alveolar jaz aproximar a ori gem do bucinador junto ao rebordo alveolar rescwual, este miisculo desempenta papel tmportante na manutengao da estabiidade de uma protese total. = Maisculo abaixador do angulo da boca: bastante superficial, co- bre parte do abaixador do labio inferior e do bucinador. Tem sua origem na base da mandibula entre as origens dos miisculos pla- tisma e abaixador do lébio inferior, em uma linha que vai da re- gido molar ao tubérculo mentoniano. Como sua origem é larga ea insereao é reduzida no angulo da boca, toma o aspecto de um triangulo de base inferior. Tale €, purtanty, uiais unc uidisculu que teuuniita 1 augguly Ua boca, as insergies de todos eles, associadas ao entrelacamento dos fei- xes de fibray superiores ¢ inferioies do miisculo oibicular da boca, determinam o aparecimento de um nédulo tendineo nessa drea, também conhecido como modiolo do angulo da boca., ‘Além de puxar a comissura da boca para baixo, este miisculo con- segue retraf-la um pouco, * Maisculo abaixador do lébio inferior: é um miisculo quadriléte- ro. com a linha de origem imediatamente acima da linha de ori- gem do abaixador do angulo da boca. Dai, os feixes de fibras se- guem obliquamente até o labio, onde se inserem. A parte Iétero- inferior do muisculo é intelramente oculta pelo abaixador do an- gulo da boca. Ambos os muisculos cobrem, de cada lado, 0 fora- ‘me mentoniano e seu contetido. ‘Como outros muiscullos da face, seu proprio nome revela sua fungo, = Mlusculo mentoniano: ambos os mentonianos se situam num es- paco triangular de base inferior formado pelas margens mediais dos mtisculos abaixadores do labio inferior. Sua origem Ossea € rna fossa mentoniana, acima do tubérculo mentoniano. Dirige-se para a trente e agarra-se firmemente na cutis do mento, onde as vvezes aparece uma depressao permanente (covinha). Sua inser- ‘ao faz acentuar 0 sulco labiomentoniano. Eleva a pele do mento © vira © Idbio inferior pars fora (movimen, to de eversao). Uma vez que sua origem se estende a um nfvel mais elecado que o do forice do vest, ao se contain, torna mais rao 0 vesttbulo, intererindo assim com 0 trabalho odontolégico nessa zoma. A mesma obsercagio é wilde para o abaixa- dor do lio inferior, que também eleon ofernice do vest todas as nezes que se contra As ineccdes dos inciscos ineriore, quando perfuram o osso.tém sua via de- ferminada pela origem do miisculo mentoniano, Se perfuram acimta do noiscu- Io, ficam limitadas aa vestibulo; se abaixo,localizam-se extrabucalmente no espago submentoniano (entre os milo-isideos acima, os digastricns aos laos a fscia cervical abnizo), com eema® na ponta do mento ow abuizo dela 2B 74 Masculo platisma: nao se trata propriamente de um muse peribucal, apesar de se prender na mandibula, imediatam abaiay du abaisaulur Uy dinguly da Luca, © freyiientenente esti fibras até a bochecha. B uma lamina muscular longa, larga e que cobre a maior parte das regides lateral e anterior do pes chegando a cruzar a clavicula ¢ terminar na regio peitoral. Ns abaixa a mandibula como afirmam alguns autores. Incere-se na pele de toda essa dea ¢ a enruga Qs demais miisculos da face sao 0 orbicular do olho, occipit frontal, procero, corrugador do supercilo e nasal. Cs musculos auriculares so atrofiados e sem importancia. = Miceula arhicular da athor calocada am tarna da athe, exca grandemente os limites da 6rbita. Recobre os miisculos proximos: hhao regides frontal, temporal e geniana. £ quase todo cuténco, prendendo-se somente nos ligamentos palpebrais medial e lateral em dois pontos ésseos na manila e no lacrimal. Suas partes prin= cipais sto a palpebral e a orbital. Por sua contracao, fecha as palpebras e as comprime para dentro. F 0 responsével pela aparecimentn das migas conheridlas come “pés-de-galinha” = Miisculo occipitofrontal: ¢ um miisculo do couro cabeludo, com uu yeuie fivital © vulio Wcipital unidus pela apuneuivse cp crénica, que € a cobertura tendinea do cranio. O ventre frontal insere-se na pele do supercifio e da raiz. do nariz. Muitas de suas fibras se entrelagam e se unem as dos muisculos adjacentes. Eleva os supercilios e dobra a pele da fronte em sulcos horizontais: * Masculo précero: & pequeno, vertical, nasce do oss0 nasal ¢ & vizinho do orbicular do olho e do frontal, ao qual eaté quase sem pre unido. Insere-se na pele da glabela, entre os supercilios, a qual ele traciona para baixo durante a sua agi. = Masculo corrugador do supercilio: 6 um musculo horizontal que nasce no osso frontal e termina na extremidade lateral do super cilio. E recoberto pelo orbicular do olho e frontal. Tem esse nome Porque provoca rugas verticais na glabela ao tracionar medial- mente os supercflios, = Maisculo nasal: toma origem dssea na base do process alveolar préximo a abertura piriforme. E dividide em parte transverse (ou compressor da narina) que se estende ao dorso do nariz, unindo-se com 0 do lado oposto, e parte alar (ou dilatador da narina), um feixe bem menor que se prende na circunferéncia lateral da nara. Suas denominagdes de compressor e dilatador indicam as suas préprias funcoes. [Nao muito raramente os miisculos de um dos lados da face sio acometidos de paralisia’, total ou parcial, causada por lesdes do seu nervo motor, 0 nero Jcil, Esta condigao desigura a face; 0s muisculos comprometides perdem seu ono" e gradualmente se fornam atrficos e as pregas tornam-se menos marca- das, © angulo da booa é pucxado para o lado normal quando a pessoa tenta sorrir. Ela nto consegue assabiar ow assoprar e sua fala se alter, partcular- ‘mente nas consoanteslabiais. Saloa pode escorer pelo argulo da boc. O mxis- Resumo dos muisculos da expressito facial culo hucinador mao ajuda na mastigagao e a mucosa da bochecha pode ser frida 2 tao momento pelos dentes; oalimento fica retdo no vestibule precisa ser enipurrado com a nido. A paralisa perifrca& totale, portato, envotoe tam iim 0 misculo orbcular do aloe os gue esto acima dele. Depreendese dat aque a pessoa ndo pode piscar nem movimentar a pele da fron. A paralisit Ceneral(supranuelear é parcial, nto ensoivendo esses nulsculos ‘As causis da partis facial esto associatas com rsfriament di ce (expsi- i 10 fie), infocdes da relia méia,tumores, ature éseas no tajeto do neroo fail, por edema do ners no interior do canal facil, doen infecioses outros diskirbias.Felizmente, a recuperagao corre om umn on dois mses. Ent css graces, sem regresso da mal, 0 tratamento pode inclu operas pist- sna face € reparagao cirdrgica do ner facial cal Origen Insergto Funcéo ‘lar da boca ‘Quase fod eutaneo; fo vveas incisivas da manila e mandibula Pele e mucosa dos labios; septo nasal ‘Comprime os labios con- ‘ra 0s dentes; fecha a bo- 3; protrai os labios adr do labio su- Mangem inira-orbital Labio superior Levanta o labio superior yantaclor do libio su- Proceso frontal da ma- erior eda asa do nariz._xila Asa do nariz ¢ labio sue ‘perior Levanta @ libio superior e asa do nari (dilata 9 narina) somatico menor __Oss0 zigomatico LLabio superior Levania © labio superior tador do angulo Fossa canina da masilh Angulo da boca Levanta o ineuio da co Oso zigomatico Angulo da boca Levania ¢ rm o nga da boca : io Pele da bochecha e fiscia Angulo da boca Retral o Angullo da boca mascetérica dor ‘Processos alveolares da Angulo da bora Distende a bochecha © maxilae da mandibula na comprime de encont rregidio molar; lige- ‘mento pterigomandi- ular ss ssador do Angulo Base da mandibula @a ‘boca regio molar 20 tubér- eee “Angulo da boca 96 denies; rtrai oan Bolo da boca Seen Base da mandibula, ac Lébio inferior ‘Abaixa o labio inferior ‘ma da origem do depres- = sor do ngulo da boca Fossa mentoniana, acima Pele do mento je do mento; ae do tubérculo mentoniano everte o bio inferior Base da mandibula Pele do pescoga Fnruga a pele do pescoso ‘Quase todo cutineo; liga- Palpebras e pele peri= Fecha as palpebras © a5 ‘mentos palpebral act orbital comprime contra 0 olho smal e maxis = a ifofrontal ‘Aponeurose epicraniana Pele do supercilio: ‘Puxa a pele da fronte para Beis occipital cima ‘Oss0 nasal Tele da glabela Puna a pele da glabela para baixo igador do supercilio-Margem supra-orbital do frontal Emineneia canina narina Pele da extremidade late- Dorso do nariz Pana o suspercio medial- mente ‘Comprime a narina (par fe transversa) dilata a na- sina (parte alae) rr Expressao facial 76 Os miisculos da expressdo facial foram até aqui focalizados pe aspecto puramente anatomico, mas ¢ natural que, por su proprias fungdes, eles devam ser observados pelo aspecto ding mico, sob a regéncia do nervo facial. Suas contracées produze nna face variacdes na forma dos orificios anatémicos, pregas e st os da pele que alteram a fisionomia e exteriorizam os sentimen- tos das pessoas Sia as manifestacies Farinis das altoractos 1 comportamento, a expresso das emocies. Emoto € um complexo psicofisioligico cujas reagtes dependem do sistema ne ‘oso. Quem quer expressar seus sentimentos pode tentar fazé-lo por meio d fala e de gestos. Além dessa maneira intencional de se exprimir, hd formes ‘involuntirias de comporiamento que revelam o estado emocional que « std vivendo, Os estados emacionais esto muito relacionados com es miscul da face sao por eles externados com grande variedade de detates. (Qs miisculos faciais néo se movem comandados apenas por uma via motora voluntéria (programoa motores conscientes trate cor ticonuclear). Eles também se contraem, para adotar expresses, angio de uma via molora involuntiria (programas anotores 1c conscientes — tratos supra-espinais descendentes e seus nticleos) acrescentada de um componente cerebelar, que controla 0 sinergis= mo e a harmonia dos miisculos. Assim, a expresso, além de vo- luntéria, pode ser involuntéria, natural e espontinea, de mimics facial. O termo expressdo facial fica reservado para a comunicacae volitiva, a especificacao de algo para melhor fazé-lo entendido. Um sorriso, por exemplo, pode ser espontaneo, autamatico, quando s= gosta de uma piada (via no-consciente), mas pode ser ta ‘um sorriso “social” voluntirio, programado (via consciente). CCertos movimentos expressioos da face como sorrir.chovar.gritar so ina ‘no so aprendidos. Outros sto adguirdos por inital; cada pessoa aprende = Se comunicar com 0 sew rosto, socializando as suas expressdes. E emt virtud ddesse aprendizado que criancas podem se parecer com os pais adotioos, ou pessoas evidenciam sua condicto de estrangeiras mesmn sem falar. F por ise também que muitos cegos tém face inexpressioa “Algunas expresetes faciais afo muito cares ¢ revclem prontamente 0 scala mento da pessoa. Outnas sdo difceis de ser interpretadas. Na crianca, as mans Jfestagies expressions da face slo autéutcas, espontincas e muito ecentuad ‘Depois ela aprende a moderar suas expresses. A meta que oni crescendo, & presoty svcd w chin w guidar cus sentient pre ot esis reduein assim a movimentaco de seus misculos facia. A sutileza da expressao facial, aliada aos gestos e as posturas com potais, adquire uma importéncia muito grande no relacionamer to profissional-paciente. Essa forma impensada de comunic: pode fornecer dados acerca da personalidade do paciente ma auténticos do que os informados por ele proprio, pela linguagen verbal. O dentista deve estar atento para a linguagem facial ( para as expresses corporais) do paciente para melhor analisé: consoanle a suas lensdes, newsuses, edo, ansiedade ou ai sua coragem, trangiiilidade, entusiasmo, sinceridade. Contr: muscular exagerada, por exemplo, pode significar tensao € ional, nervosismo, dor. Um sorriso, um brilho no olhar podem simbolizar aceitagio, aprovacio do tratamento recebido e das ater ‘Ges do profissional. Um enrugamento da fronte pode ser intex pretado como atengao, interesse ou entio como diivida, preoou ‘ pacio. A verdade é que a sensibilidade do clinico, associada com rnogées que ele possa ter de Psicologia, muito o capacita para en- tender as variacdes na personalidade e no comportamento do seu paciente ¢ facilita o eslabelecimento de um bom relacionamento interpessoal. Deve ter ficado claro que a expresso e a mimica facial constitu- em ligagées dos caracteres fisicos e psiquicos do homem, e que 0 jogo contratil dos musculos traduz os seus prdprios sentimentos e emogoes num determinado momento. Pode-se entéo, a partir de agora, tentar relacionar algumas expressées faciais especificas com movimentagdes musculares. A exteriorizacao da atengao (Fig. 4-3) afeta as regides orbital € frontal. O ventre frontal do miisculo occipitofrontal eleva 0 su- percilio e a palpebra superior (para se ver melhor), determinando © aparecimento de pregas horizontais na fronte. Os musculos da ‘mastigagao e o muisculo orbicular da boca ficam algumas vezes relaxados, o que permite uma ligeira abertura da boca, A reflexdo e a concentragio (Fig. 4) se traduzem pela contragio do miisculo corrugador do supercilio e, em menor grau, do miisculo orbicular do oho, originando pregas verticais entre os superciios. Figura 4-3 —Expressio facial da Figura 4-4 Refexso tengo. A atengio interrogativa, quando se duvida ou diverge de algu- ma explicacio, por exemplo, exterioriza-se pela contracéo de um. dos corrugadores do supercilio e pela contracio do frontal do lado oposto. Ainda em torno das orbitas, em que se realizam as expresses faciais mais nobres e intelectualizadas, pode-se vincular a aio, do corrugador do supercilio a traciucao de esforco, ira, estranhe- za, dor psiquica, O musculo précero, cuja acto origina uma pre- ga horizontal abaixo da glabela, manifesta-se nas demonstragoes de tenacidade, rudeza ¢ de ameaca e agressio v7. Figura 4-7 —Sorriso, Figura 4-5 ~ Surpresa, espanto. Figura 4-6 —Susto, medo ‘A surpresa e 0 espanto (Fig. 4-5) fazem afastarem-se as rim bucal e palpebrais por maior acio do frontal e relaxamento 4 elevadores da mandibula. O susto e o medo (Fig. 4-6) sao acent (ges das aces musculares que caracterizam a surpresa. Se o med evolui para terror, pavor, tem-se entdo um exagero das mes acdes, com envolvimento também do orbicular da boca e do pl tisma para a contracao dos labios e da pele do pescoco. ‘As manifestagées da alegria e da dor fisica exprimidas pelo rise choro nao sao ligadas ao intelecto e se desenham na regio bucs No sortiso (Fig. 4-7) ha uma contracéo moderada do comples muscular bucinador, zigomético maior e risério, dando a bos ‘uma configuracao curva, céncava para cima. No riso (Fig. 48), comussuras da boca sao levadas mais para cima e para os lacia pelo mesmo complexo muscular, podendo atuar também os mii culos zigomatico menor, levantador do Angulo da boca, levants dor do labio superior e da asa do nariz. sulco nasolabial fic mais acentuado e as pélpebras aproximam-se. Se o riso evol para gargalhada, todos esses mtisculos se contraem mais fort mente, acompanhados da contracao do orbicular do olho, a po to de provacar 0 aparecimento de “pés-de-galinha” e transbord mento de légrimas, Por acéo do levantador do lébio superior e d asa do nariz, as narinas aumentam seu diametro transverso. Nas manifestagdes de sofrimento, tristeza ou dor (Fig. £9) pre domina a acdo do musculo abaixador do angulo da boca, que ae abaixar a comissura* da boca dé a ela um aspecto arqueado de concavidade inferior, e ao sulco nasolabial, um alongamento ca- racteriatico. O sulco labiomarginal, quando existe, fica mais pro nunciado. Pregas verticais surgem na érea da glabela, resultado da movimentacao do corrugador do supercilio. Todos estes ca- racteres dio a face aquele aspecto “longo”, comum nas pessoas pessimistas e desanimadas. No pranto ou choro (Fig. 4-10), 2 contracio enérgica do abaixador do Angulo da boca, auniliads pela contracio do abaixador do labio inferior e do mentoniano, Figura 4-9 — Tristeza, sofrimento. Figura 412 —Wronis,zomburia, Figura 4-13 —Raiva, ira, Figura 4-10 ~ Choro, ntenso Figura 4-1 ~Desdém, soberba sofrimenta, traz todo 0 complexo muscular inferior da face para baixo, em ‘uma acentuagao da expressao anterior. O orbicular do olho apro- xima as pélpebras para completar o quadro, A fungao abaixadora dos miisculos do Iébio inferior conoorre tam- bbém para as expresses de desptezo, desdém, enfado, soberba (Fig, 4-11), nas quais toma parte bem ativa 0 miisculo mentoniano no movimento de eversio do labio. Combinadas & agao do platisma, ‘estas contragées contribniem para as expressties de asco, repugnin- cia, Destas duas tltimas participa também o mdisculo nasal (Os miisculos peribucais isoladamente participam de outras expres s0es faciais, como € 0 caso do levantador do lébio superior (menos- pprezo, suficiéncia, ameaca), do bucinador unilateral (ironia, zom- hharia) (Fig, 4-12) e da orbicular da aca (raiva, ira) (Fig. 4-13) Enfim, existe uma enorme variedade de detalhes na sucessio di- namica de expressdes que a face assume, concedendo ao in: duo tracos fisiondmicos apropriados a cada situagio. Nem sem- pre é facil interpreté-los. Essa dificuldade interpreiativa aumenta quando a manifestacao do sentimento nao é real. E que o homem. aprendeu com a hipocrisia a usar a face como mascara que oculta seus verdaceiros sentimentos Com 0 avangar da idade, a pele wai perderato sua elastcidadee os sulcos transi- ‘ros, ocasionados pela contragao muscular, grmvan-se definitioamente na face. (Os misculos que mais se contratvam durante a vida poderto deixar esculpidas, nna velhice, faces jovias,tristes, ameagadoras e com outros tragos que revelam como foi a existoncia do individuo. Ao se tentar “ler” a fisionomia das pessoas, deve-se levar em conta que as cexpressdes dependem muito doc oases da face (palidea, rubor) da mobilidade e brilho dos ellos (considerados a “janela ida alia”) e rdo somente das contra- pee musculares Responda ao Teste 5, ao final deste capitulo, Como sempre, leia a instrugio. 79,

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