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Introduo
Em meados dos anos 80, em Nova York, um grupo de artistas feministas, denominado
Guerrilla Girls, se uniu para protestar contra a invisibilidade das mulheres no campo
artstico, usando de pseudnimos de grandes artistas do passado e mscaras de
gorilas para manter o anonimato (FIGUEIREDO, 2011). Para tanto, as Guerrilla Girls
utilizam de palestras informacionais, performances, livros e materiais grficos
(cartazes, adesivos, outdoors) (DE LIMA, 2014).
Devido a suas aes ativistas e o tom sarcstico do grupo, as Guerrilla Girls se
tornaram mundialmente famosas e, ironicamente, tiveram algumas de suas obras
expostas em museus de arte contempornea.
Objetivos
No presente trabalho, busca-se identificar e analisar os elementos grficos, estticas
visuais e contextos histrico-sociais dos materiais produzidos pelas Guerrilla Girls, que
eram vistos em espaos pblicos, principalmente em reas prximas a museus
americanos de arte. A inteno do grupo era protestar e informar principalmente
acerca da mnima presena de obras de artistas do sexo feminino nestes acervos.
Metodologia
Para a anlise dos elementos grficos presentes nos materiais criados pelo grupo, foi
utilizada a metodologia proposta por Martine Joly (2007), observando alguns dos
significantes plsticos (JOLY, 2007) como enquadramento, ngulo do ponto de vista,
composio, formas, cores, iluminao e texturas.
Resultados parciais
A partir da coleta e anlise das peas, foram identificados aspectos da cultura visual
punk, muito presente na contracultura americana e britnica deste perodo e
profundamente relacionada a um comportamento desafiador e transgressor em
relao s normas sociais tradicionais, cujo principal propsito era causar choque
(BOMENY, 2009). O universo esttico do punk msica, moda e design grfico de
linguagem direta, agressiva e pontuada por colagens dominado por figuras
masculinas, e seu uso pelas Guerrilla Girls desafia os esteretipos da feminilidade.
Referncias bibliogrficas
BOMENY, Maria Helena Werneck. O panorama do design grfico contemporneo: a
construo, a desconstruo e a nova ordem. So Paulo, 2009.