Lumumba escreve sua última carta para sua companheira antes de ser morto pelos colonizadores belgas. Ele expressa sua fé inabalável na independência final do Congo e na luta contra o colonialismo. Lumumba pede a seus filhos que continuem a reconstruir a independência e soberania do Congo.
Lumumba escreve sua última carta para sua companheira antes de ser morto pelos colonizadores belgas. Ele expressa sua fé inabalável na independência final do Congo e na luta contra o colonialismo. Lumumba pede a seus filhos que continuem a reconstruir a independência e soberania do Congo.
Lumumba escreve sua última carta para sua companheira antes de ser morto pelos colonizadores belgas. Ele expressa sua fé inabalável na independência final do Congo e na luta contra o colonialismo. Lumumba pede a seus filhos que continuem a reconstruir a independência e soberania do Congo.
A Ultima Carta Minha Querida companheira, Escrevo-te estas palavras sem saber se elas chegaro s tuas mos, quando chegaro, e se ainda estarei vivo quando a leres. Ao longo de toda minha luta pela independncia do meu pas, nunca duvidei um s instante do triunfo final da causa sagrada qual os meus companheiros e eu consagrmos toda a nossa vida. Mas o que ns queramos para o nosso pas, o seu direito a uma vida honrosa, a uma dignidade sem mcula, a uma independncia sem restries, o colonialismo belga e os seus aliados ocidentais, que encontraram apoios directos e indirectos, deliberados e no deliberados, entre alguns funcionrios das Naes Unidas, esse organismo em que ns tnhamos colocado toda a nossa confiana quando fizemos apelo a sua assistncia, nunca o quiseram. Eles corromperam alguns dos nossos compatriotas, compraram outros, contriburam para deformar a verdade e manchar a nossa independncia. Que mais posso dizer? Que morto, vivo, livre ou na priso por ordem colonialistas no a minha pessoa que conta. o Congo, o nosso desgraado povo cuja independncia foi transformada numa gaiola onde olham para ns do lado de fora, ora com compaixo benvola ora com alegria e prazer. Mas a minha f permanecer inabalvel. Eu sei e sinto no meu ntimo que mais cedo tarde ou mais tarde o meu povo se livrar de todos os inimigos internos e externos, que se levantar como um s homem para dizer no ao colonialismo degradante e vergonhoso, e para reformar a sua dignidade sob um sol puro. No estamos sozinhos. A frica, a sia e os povos livres libertados de todos os cantos do mundo estaro sempre ao lado dos milhes de congoleses que s abandonaro a luta no dia em que no houver mais colonizadores e seus mercenrios no nosso pas. Aos meus filhos, que eu deixo e que talvez no volte a ver, quero que digam que o futuro do Congo belo e que espero deles, como espero de cada congols, que cumpram a tarefa sagrada da reconstruo da nossa independncia e da nossa soberania, porque sem justia no h dignidade e sem independncia no h homens livres. Nem brutalidades, nem sevcias, nem tortura, me levaram alguma vez pedir clemncia, pois prefiro morrer de cabea erguida, f inabalvel e confiana profunda no destino do meu pas a viver na submisso e no desprezo dos princpios sagrados. A histria dir a sua palavra, mas no ser a histria que ensinaro nas Naes Unidas, Washington, Paris ou Bruxelas, mas sim aquela que se ensinar nos pases libertados do colonialismo e dos seus fantoches. A frica escrever a sua prpria histria e ela ser ao Norte e ao Sul do Sara uma histria de glria e dignidade. No chores por mim. Companheira, eu sei que o meu pas, que tanto sofre, saber defender a sua independncia e a sua liberdade. Viva o Congo! Viva a frica. Fonte:Ricky Cabuo Mural