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Termoquimica depende de energia para sua existén- is de falta de energia — costes repetitivos de energia el “falta de gasolina ou grandes aumentos no custo de gés natural — sao Sentes para fragilizar a confianca das pessoas e perturbar os mercados. éum importante topico quimico. Quase toda a energia de que de- emos é derivada de reacdes quimicas, como a queima de combustiveis Ss, as reagdes quimicas ocorridas em baterias ou a formagéo de bio- = pela fotossintese. Pense por um momento sobre alguns dos proces- imicos com que deparamos no decorrer de um dia normal: nos famos para produzir a energia necesséria para a manutengao de s fungdes biolégicas. Queimamos combustiveis fosseis (carvao, petr6- natural) para produzir a maior parte da energia que mantém nos- casas € escritérios ¢ que nos transporta de um lugar para outro, de nével, avido ou trem. Ouvimos miisicas no formato MP3 em apare- ‘movidos a bateria. relacdo entre mudanca quimica e energia se mostra de diversas for- As reagdes quimicas que envolvem alimentos e combustiveis libe- energia. Em contrapartida, a quebra da agua em hidrogénio e fo, ilustrada na Figura 1.7, demanda absorgao de energia elétrica. mesmo modo, 0 proceso quimico o qual denominamos fotossintese, score em folhas de plantas, converte uma forma de energia, a ener- sadiante do Sol, em energia quimica. Os processos quimicos podem =emais do que simplesmente gerar calor; eles podem realizar trabalho, acinar a ignicao de um automével, fazer uma semeadeira funcio- . O que se pode concluir de tudo isso é que a mudanca quimica ge- fe envolve energia. Se queremos compreender a quimica de forma quada, temos também que entender as variagdes energéticas que spanham a mudanca quimica ‘Oestudo da energia e suas transformacoes é conhecido como termo- ica (em grego, thérme-, calor; dy’ namis, energia). Essa Area de estu- teve seu inicio durante a Revolucgo Industrial quando as relacdes <> calor, trabalho e contetido energético de combustiveis foram estu- sno esforco de se maximizar o desempenho de motores a vapor. Hoje =modinamica 6 extremamente importante em todas as areas da ciénciae ‘engenharia, como veremos neste texto. Nos tiltimos dois capftulos exa- amos as reacSes quimicas e sua estequiometria. Aqui, examinaremos as entre reacBes quimicas e variagdes de energia envolvendo calor. ‘aspecto da termodinamica é chamado termoquimica. Abordaremos adamente outros aspectos da termodinamica no Capitulo 19. > O que esté por vir < [Abordaremos a natureza da enorgia © as formas que ela toma, paricular- mente a erga cinétcn, a poten, teria ea quimica No sistema SI, a unidade de energia € 0 joule, mas usamos também uma uniclade maisantigaemais familiar, a caloria. ‘A energia 6 convertida de uma for- ‘ma para outra, apesar de existrem limitagées e regras para essas con- vversoes, A energia pode ser empre- gaca para realizar trabalho. stuclaremos a primeira lida termodi- ‘nimica:a encegia nao pode sor criada cou destruida, A encrgia pode ser ‘ransformada de uma forma para ou- tra ou de uma parte da materia para coutra, masa energia total do univer- so permanece constante Para explorar as variagdes de energia, focalizaremos um tipo de universo especifico, que chamamos de sistem. Todo orestoé chamado devizinhang. (sistema possui certa quantidade de fenengia que expressamos como a ‘energia interna, E.E € chamada fg de estado porque seu valor depence apenas do estado de um sistema no ‘momento, endo de como elechegoua esse estado. ‘Uma funcao de estado andloga —en- talpa, H= et porqueavvariacio da entalpia, AH, mede a quantidace de energia de calor obtida ou perdida por tum sistema em certo processo. Consideraremos também como medir as VatiagGes de calor em um processo quimico (calorimetria), como estabele- cer valores padrio para as variagoes de entalpia em reaches quimicas © como usi-las para calcula valores de ‘AH para reagoes que nao podlemos estudar experimentalmente. ‘Examinaremos os alimentos e com- bpustiveis como fontes de energia e abordaremos algumas questdes s0- aise de saide relacionadas. 140 (Quimica: ciéncia central ©) igura 5.1 energia pode ser sada para atingir dois tipos bisicos de objetivos: (a) trabalho é a energia usada para fazer com que um objeto se mova. (b) Calor éa cenergia usaula pata fazer win que @ temperatura de um objeto ‘aumente 5.1 Anatureza da energia Nossa abordagem sobre termodinamica utilizar os conceitos de energi trabalho e calor. Apesar de esses termos serem familiares para nés (Figura 5.1 precisaremos desenvolver algumas definicdes precisas para nossa aborda gem. Em particular, precisamos examinar as formas em que a matéria pod) possuir energia e como esta pode ser transferida de uma parte da matéria pa: outra, Energia cinética e energia potencial Objetos, sejam eles bolas de tenis ou moléculas, podem possuir energia cinética, a energia de movimento. A magnitude da energia cinética, E,, de ui objeto depende de sua massa, m, e de sua velocidade, v: Sine? Gal A Equacio 5.1 mostra que a energia cinética de um objeto aumenta come: aumento da velocidade. Por exemplo, um carro se deslocando com velocidat igual a 80 quilometros por hora (km/h) tem energia cinética maior do que quando se movea 64km/h. Além disso, para certa velocidade, a energia cine tica aumenta com 0 aumento da massa. Por exemplo, uma caminhonete gran de viajando com uma velocidade de 88 km/h tem energia cinética maior do quea de um carro pequeno viajando com a mesma velocidade, porque a cami= nhonete tem maior massa que o carro. Os étomos e moléculas tém massa e es tao em movimento. Portanto, eles tém energia cinética, apesar de ela nao ser tdo aparente quanto a energia cinética de objetos maiores. Um objeto pode, também, possuir outra forma de energia, chamada ener: gia potencial, em virtude de sua posicio em relacao a outros objetos. A ener gia potencial surge quando ha uma forca operando no abjeto. A forca desse tipo mais conhecida é a gravidade. Imagine uma ciclista no alto de uma coli= na, como ilustrado na Figura 5.2. A gravidade atua sobre ela e sua bicicleta, exercendo uma forca direcionada para 0 centro da Terra. No topo da colina, ciclista e sua bicicleta possuem certa energia potencial devido a sua clevacaa. A energia potencial ¢ dada pela expressao mgi, onde m &a massa do objeto em questo (nesse caso, a ciclista e sta bicicleta), h é a altura relativa do objeto a uma altura de referéncia qualquer e g é a aceleracdo da gravidade, 9,8 m/s. Uma vez em movimento, sem nenhum outro esforco de sua parte, a ciclista ga- nha velocidade enquanto a bicicleta desce a colina. Sua energia potencial diminui a medida que ela desce, mas a energia nao desaparece simplesmente. E convertida em outras formas de energia, principalmente em energia cine tica, a energia do movimento. Além. mento através do ar, o que gera u disso, existe atrito entre os pneus da bicicleta e 0 solo, eatrito durante omovi= ma quantidade de calor. Esse exemplo ilustra que as formas de energia sio convertiveis. Teremos mais a falar sobre convertibilidade de energia e natureza do calor mais adiante. Figura 5.2 Uma bicicleta no topo de uma colina (esquerda) tem uma energia potencial alta. Sua energia potencial em Telagdo & base da colina é mgh, onde m 6a massa da ciclsta e sua bicicleta, hé sua altura em relagdo a base da colina e 4g €a constante gravitacional, 9,8 m/s’. ‘A medida que a bicicleta desce a colina direta), a energia potencial é convertida ‘em energia cinética, portanto a energia potencial € mais baixa na base da colina do que no topo. Capitulo § Termoguimica 141 A gravidade é um tipo de forca importante para objetos grandes, comoa ciclista ea Terra. A quimica, no entan- to, trata principalmente de objetos extremamente pequenos — atomos e moléculas —, de forma que as forcas gra- vitacionais tém papel desprezivel na maneira como esses objetos microscépicos interagem. Mais importantes sio as forcas que surgem com as variacées elétricas. Uma das mais importantes formas de energia potencial para os propésitos da quimica é a energia eletrostatica, que surge das interacoes entre particulas carregadas. A energia po- tencial eletrostatica, E,,,,, é proporcional as cargas elétricas dos dois objetos que estio interagindo, Q, e Q,,e inver- samente proporcional a disténcia que os separa: E, [52] Aqui k é simplesmente uma constante de proporcionalidade, 8,99 10” J m/C* (C é 0 Coulomb, uma unidade de carga elétrica. => (Seco 2.2)). Quando Q, e Q, tém o mesmo sinal (por exemplo, os dois so positivos), as duas cargas se repelem, ¢ E,,,,é positiva. Quando eles tém sinais contrérios, eles se atraem, ¢ E,,, énegativa. Veremos, a medida que progredirmos, que as energias mais estveis sao representadas por valores mais baixos ou negativos. Ao lidar com objetos em nivel molecular, as cargas elétricas Q, e Q, possuem geralmente a mesma ordem de gran- deza da carga do elétron (1,60 x 10” C). Um de nossos objetivos na quimica é relacionar as variagoes de energia que vemos no mundo macroscépico com a energia cinética ou potencial das substancias em nivel atdmico ou molecular. Muitas substancias, por exemplo, combustiveis, liberam energia quando reagem. A energia quimica dessas substancias deve-se & energia potencial acumulada nos arranjos dos 4tomos da substancia. Da mesma forma, veremos que a energia que uma substancia possui por causa de sua temperatura (sua energia térmica) 6 associada a energia cinética das moléculas ‘na substancia. Em breve abordaremos as transferéncias de energia quimica e térmica de uma substancia reagen- te a sua vizinhanca, mas, antes, vamos revisar as unidades utilizadas para medir energia. Unidades de energia ‘A unidade SI para energia € 0 joule, J, em homenagem a James Joule (1818-1889), um cientista britanico que investigou trabalho e calor: 1] = 1 kg m’/s*. Uma massa de 2 kg movendo-se a velocidade de 1 m/s possui energia cinética de 1 J: 4 (2 kg)(1 m/s) =1 kg m’/s ‘Um joule nao é uma quantidade grande de energia. Normalmente usaremos qiilojoules (KJ) ao abordarmos as energias associadas com as reagdes quimicas, Tradicionalmente, as variagdes de energia que acompanham reagSes quimicas t8m sido expressas em calorias, uma unidade fora dos padroes do SI que ainda é amplamente utilizada em quimica, biologia e bioguimica. Uma caloria (cal) foi originalmente definida como a quantidade de energia necessiria para elevar a temperatura de 1 g de agua de 14,5°C para 15,5°C. Atualmente a definimos em termos de joule: 1 cal = 4,184 J (exatos) Aunidade de energia relacionada utilizada em nutricao é a Caloria nutricional {note que essa unidade comega com letra maitiscula): 1 Cal = 1.000 cal = 1 kcal. > Sistema e vizinhangas Quando utilizamos a termodinamica para analisar mudangas de energia, focalizamos nossa atencao em uma parte do universo limitada ebem-definida, “Apart que selecionamos para estudar 6 chamada sistema; todo 0 resto é cha- ‘mado vizinhanca. Quando estudamos a variacéo de energia que acompanha ‘ama reacéo quimica em laboratorio, os quimicos normalmente constroem um sistema. O recipiente e tudo além dele s4o considerados vizinhanga. Os siste- ‘mas que podemos estudar mais facilmente s4o chamados sistemas fechados, Um sistema fechado pode trocar energia sem se importar com suas vizinhancas. Por exemplo, considere uma mistura de gas hidrogénio, H,, e gés oxigénio, O,, ‘em um cilindro, como ilustrado na Figura 5.3. O sistema nesse caso 6 apenas 0 hidrogénio e 0 oxigénio; o cilindro, 0 émbolo, e tudo além deles (incluindo nés) sao as vizinhancas. Se 0 hidrogénio e 0 oxigénio reagem para formar agua, libera-se energia: Figura 5.3 Os gases hidrogénio € oxigénio em um cilindro. Se estivermos interessados apenas em suas propriedades, 0s gases so 0 sistema, e 0 cilindro e o émbolo, partes da vizinhanca. (Quimica: a cigncia central 2H,(g) + O(g) —+ H,O(g) + energia Apesar da forma quimica dos étomos de hidrogenia e oxigénio no sistema ser alterada por essa rea¢do, 0 sisle- ma nfo perdeu Ou ganhou massa; ele nao troca matéria com sua vizinhanca. Entretanto, ele troca entergia com ela na forma de trabalho e calor. Essas sdo grandezas que podemos medir, como veremos a seguir: A transferéncia de energia: trabalho e calor AA Figura 5.1 ilustra duas das maneiras mais comuns em que experimentamos variagdes de energia no dia-a-dia Na Figura 5.1 (a) a energia é transferida da raquete de ténis para a bola, mudando a direc ea velocidade do movi, . mento da bola. Na Figura 5.1 (b) a energia ¢ tcausferida ua forma de calor. Assim, a energia é transferida de duas maneiras gerais: para causar 0 movimento de um objeto contra uma forca on para causar uma mudanga de tempe- ratura. Forga ¢ qualquer tipo de tragao ou compresséo exercida em um objeto. Como vimos na Figura 5.2, a forca da gravidade “puxa” uma bicicleta do topo da colina para sua base. A forca eletrostatica “puxa” cargas contrarias x §umas conta as outras ou “empurra”cargas iguals para longe umas das outras. A energia utlizade cove once ae . objeto se mover contra tima forga ¢ chamada trabalho. O trabalho, 1, que realizamos.ao mover objetos contra uma forga se iguala ao produto da forca, F,e & distancia, d, pela qual o objeto é movido: =Fxd [53] Dessa forma, zealizamos trabalho quando levantamos um objeto contra a forga da gravidade ou quando apro- ximamos duas cargas iguais. Se definirmos o objeto como o sistema, nés— como parte do sistema ~ estamos reali zando trabalho naquele sistema, transferindo energia para ole. A outra forma em que a energia é transferida é na forma de calor. Calor éa energia transferida de um objeto mais quente para um objeto mais frio. Uma reacao de combustio, como a queima de gés natural ilustrada na Fic gura 5.1 (b), libera a energia quimica acumulada nas moléculas do combustivel na forma de calor, ==: (Secao 3.2 Ocaloreleva a temperatura dos objetos vizinhos, Se definirmos a reag3o como o sistema ¢ todo o resto como a vi nhanga, a energia em forma de calor seré transferida do sistema para a vizinhanga ae COMO FAZER 5.1 Omovimento da agua do solo através do tronco para os galhos mais altos de uma rvore, como ilustrado na Figura 5-4, 6 urn importante processo bialégico. (a) Que parte do sistema, se houver, sofre uma variagaona energia potencial? (b) Ha taba | Iho realizacio no proceso? Solucio ‘Anélise: objetivo aqui € associar movimentos de matéria com variag®es na energia potencial e realizacdo de trabalho. Planejamento: precisamos identificar as partes da Figura 54 que mudam de lugar ‘ou que parecem ter causado uma variacao na energia de alguma outra parte. Em segundo lugar, temos de perguntar se a mudanca de lugar envolve mudanga em energia potencial. Finalmente, essa mudanca em energia potencial significa que um trabalho foi realizado? Resoluedo: (a) A égua muda de lugar quando se move do solo para a parte mais alta da devore. Bla subiu contra a forga da gravidade. leso quer dizer que a energia Movimento daégua | Potencial da agua mudow ~ paras partes mais | (b) Lembre-se de que trabalho é 0 movimento de uma massa através de uma di alta da srvore tancia contra uma forca oposta. Ao levar a agua do solo para seus galhos mais al- | ts, planta realiza trabalho, do mesmo modo que vocé o estaria realizando se erguesse uma quantidade equivalente de gua em um recipiente do eho a uma. | altura qualquer. Como a planta realiza esse trabalho é um assunto interessante | porsiss Conferéncia: icentificamos uma mudanga positiva na energia potencial da agua cipura $4. Atencio como trabalho realizado, o que 6 a correta relacio, solo para as partes mais atas, PRATIQUE ‘Qual dos seguintes itens envolve maior variagdo na energia potencial? (a) Um ‘objeto de 50 kg éjogado ao chao de uma alitira de 8 m. (b) Um objeto de20 kg é elevado do chao a uma altura de 20 m. Respostas: A magnitude da variagio na energia potencial é a mesma em. ‘eada caso, mgali' No entanto,o sinal dessa variaclo 6 negativo em (a) e posi- tivoem (b) "odemos agora fornecer uma definigao mais precisa para energia: energia icidade de realizar trabalho ou transferir calor. Terminaremos esta seco com ‘um exemplo que ilustra alguns dos conceitos de energia que abordamos mui. Imagine uma bola de argila de modelar, que definiremos como o sis- . Se a levantarmos até o topo de um muro, como mostrado na Figura 5.5 taremos realizando trabalho contra a forca da gravidade. A energia que ferimos para a bola ao realizarmos o trabalho aumenta sua energia poten- orque a bola esté agora a uma altura maior. Se a bola cair do muro, como 25.5 (b), sua velocidade para baixo aumenta A medida que sua energia cial é convertida em energia cinética. Quando a bola de argila toca o chao 5.5 (c)), ela para de se movimentar e sua energia cinética vai a zero. da energia cinética é utilizada para realizar o trabalho de esmagar a bola; t0 € dissipado para a vizinhanca como calor durante a colisao com 0 solo. tabilidade das diversas transferéncias de energia entre o sistema ea vizi- como trabalho e calor é o foco da Secao 5.2. COMO FAZER 5.2 _Umjogador deboliche levanta uma bola de boliche de5,4kg do soloa uma al- tura de 1,6 m (5,2 pés) ea joga de volta ao chao. (a) O que acontece com a ener- gia potencial da bola de boliche ao ser levantada do solo? (b) Qual a quantidade de trabalho, em J, usada para levantar a bola? (c) Depois que a bola é jogada de volta ao chao, ela ganha energia cinética. Se imaginarmos que todo o trabalho do item (b) € convertido em energia cinética no momento do ‘impacto com o solo, qual é a velocidade da bola no momento do impacto? (Nota: forca relativa a gravidade é F = mi xg, onde m &a massa do objeto eg, a constante gravitacional; g = 9,8 m/s Solugto Andlise: precisamos relacionar a energia potencial da bola de boliche a sua pposigao relativa ao solo. Em seguida, precisamos estabelecer a relacao entre {trabalho e variacao na energia potencial da bola. Finalmente, precisamos rela- ionar a variagao na energia potencial quando a bola é jogada com a energia de energia de sistemas quimicos. Para tanto, devemos considerar todas as fon tes de energia cinética e potencial no sistema. A energia interna do sistema 6 soma de foda a energia cinética e potencial de todos os componentes do siste- AEO ma. Para o sistema da Figura 5.3, por exemplo, a energia interna inclui os des- | locamentos das moléculas de H, e O, pelo espaco, stias rotagdes e vibracées internas, Também inclui as energias do nticleo de cada atomo e dos elétrons constituintes. Representamos a energia interna com o simbolo E. Geralmente HO(), nao sabemos 0 valor numérico real de E. O que esperamos saber, no entanto, é AE (Ié-se: ‘delta E’), a variagao em E que acompanha uma mudanga no sistema. Figura 5.6 Um sistema composto Imagine que iniciamos um sistema com uma energia intema inicial, Ey.,- O sis- de H,(g) € 0,(9) tem mais energia _tetma sofre uma mudanea, que pode envolver trabalho sendo realizado ou calor inema que um sistema composto _sendo transferido, Apos a mudanca, a energia interna final do sistema é En, Caen o paatama perde enersia Definimosa variagiona energia itera, AE, como diferenca entre Ey ¢E,,." (AE < 0) quando H, ¢ 0, so 1 Energia interna, E convertidos em HO. Ele ganha BE = Egat ~ Ernie [54] energia (AE > 0) quando H,0 se decompée em H, e O,, Nao precisamos necessariamente saber os valores reais de Eu OU Enssy para o sistema. Para aplicarmos a primeira lei da termodinamica, precisamos apenas do valor de AE. Capitulo § Termoguimica 145 andezas termodinamicas como AE tém trés partes: um ntimero e uma unidade que juntas informam a mag- da mudanga, e um sinal que informa o sentido. Um valor positico para AE ocorre quando Ejay > Ejay ind © que o sistema ganhou energia de sua vizinhanca. Um valor iiegativo para AE 6 obtido quando Ejau, < E, cando que o sistema perdeu energia para sua vizinhanca. Em uma reagao quimica, 0 estado inicial do sistema refere-se aos reagentes, ¢ 0 estado final refere-se aos pro- Quando o hidrogénio e 0 oxigénio formam a 4gua, o sistema perde energia para a vizinhanca na forma de Em razao de o calor ser dispendido do sistema, a energia interna dos produtos é menor que a dos regentes, e ‘para o processo é negativo. Assim, o diagrania de energia na Figura 5.6 mostra que a energia interna da mistura e 0, é maior do que a de H,O. lacdo de AE a calor e a trabalho ‘Como vimos na Secao 5.1, qualquer sistema pode trocar energia com sua vizinhanca na forma de calor ow na de trabalho. A energia interna de uma sistema muda em magnitude quando calor é adicionado ou removido ma ou quando trabalho é realizado nele ou por ele. Podemos utilizar idéias para escrever uma expressio algébrica titil da primeira lei da ter- findmica. Quando um sistema sofre qualquer mudanga quimica ou fisica, “aco obtida em sua energia interna, AE, é dada pelo calor adicionado ou li- do do sistema, q, mais o trabalho realizado pelo ou no sistema, w: Sistema isa] Peso Vizinhanga AE=q+w Nossas experiéncias cotidianas nos mostram que quando calor éadicionado ema ou trabalho é realizado por ele, sua energia interna aumenta. Quan- or é transferido da vizinhanca para o sistema, q tem valor positivo. Do © modo, quando trabalho ¢ realizado no sistema pela vizinhanga, w tem pesitivo (Figura 57). Antagonicamente, tanto 0 calor dispendido pelo sis- PgMa 7 Otero ;para a vizinhanga como o calor realizado pelo sistema na vizinhanca tém Fealizado no sistema s80 grendezas es negativos, quer dizer, eles diminuem a energia interna do sistema. A re- _positivas. Ambos servern para entre os sinais de qe w eo sinal de AE so apresentados na Tabela 5.1.7 gumentar a energia interna, E, do sistema: AE =q + w. Figura 5.7 © calor, q, absorvido Tee Ete encio de sinal para q Sinal de AF = q +w 0 calor 6 transferido da vizinhanga para sistema | q>0ew>0:AE>0 G:0 calor 6 transferido do sistema paraavizinhanca | q>0 ew <0:0 sinal de AE depende dos valores absolutos degedew engao de sinal para w 0:0 trabalho é realizado pela vizinhanca no sistema | q <0 ew >0:osinal de AE depende dos valores absolutos degedew 0: 0 trabalho ¢ realizado pelo sistema na vizinhanga qsOew<0:AE <0 | COMO FAZER 5.3 5 gases hidrogénio e oxigénio, no cilindro ilustrado na Figura 53, s40 queima- dos, Enquanto a reacdo ocorre, sistema perce 1.150] de calor para a vizinhanca. FILME A reacao faz, também com que o émbolo suba a medida que os gases quentes se e Formagao da agua expandem. O gés em expansio realiza 480 J de trabalho na vizinhanca a medida que pressiona a atmosfera, Qual é a mucanca na energia interna do sistema? Solug40 Ocaloré transferico do sistema paraa vizinhanca,e trabalho é realizado pelo sistemana vizinhanca. A partirdas convengoes de sinal para ew (Tabela5.), ‘vemos que tanto q quanto w sd0 negativos: q = ~1.150 J e w = 480 J. Podemos calcular a mudanga na energia interna, AE, utilizando a Equacao 5.5: A Equagio 5.5 é, as vezes, escrita AE = 7 ze. Quando eserita de outro modo,o trabalho feito pelo sistema na vizinhanga é definido como positivo. Esta convengao ¢ usada em particulas, em muitas aplicagdes de engenharia, que foca o trabalho realizado pela ‘ndquina nas vizinhancas. 146 Giéncia central AE =q + w= (-1.150)) + (-480 J) = 1.630) Vemos que 1.630] de energia foram transferidos do sistema para a vizinhanga, parte em forma de calor e parte em for ma de trabalho realizado na vizinhanea. PRATIQUE Galeule a variagdo da energia interna do sistema para um processo no qual ele absorve 140 ] de calor da vizinhanga ¢ realiza 85 J de trabalho na vizinhanca. Resposta: +55} Processos endotérmicos e exotérmicos Processos que ocorrem com absoreao de calor pelo sistema sto chamados endotérmicos. (Enddo- 6 um prefix que significa ‘para dentro’.) Durante um proceso endotérmico, como a fusao do gelo, o calor flui da vizinhang para dentro do sistema. Se nés, como partes da vizinhanea, tocarmos o recipiente no qual o gelo esta derretendo, e nos passa a sensac&o de frio porque o calor passou de nossas maos para o recipiente. Um processo no qual o sistema emite calor é chamado exotérmico, (Ex0- FILME ‘um prefixo que significa ‘para fora’.) Durante um processo exotérmico, como. g Reagio da termita combustao da gasolina, o calor flui pera fora do sistema em diregao A sua vizi nhanea. A Figura 5.8 mostra dois outros exemplos de reacdes quimicas, um. endotérmica ea outra altamente exotérmica. Note que no proceso endotérmi ATIVIDADE co mostrado na Figura 5.8 (a) a temperatura no béquer diminui. Nesse caso, ¢ Dissolucéo do nitrato de ‘sistema’ sao os reagentes quimicos. A solugo na qual eles esto dissolvidos ¢ aménio Parte da vizinhanca. O calor flui da solucao, como parte da vizinhanca, para o: Teagentes a meclida que os prodiutos sdo formados, fazendo a temperatura dé solugao cair. Fungdes de estado Apesar de normalmente ndo haver um meio de saber o valor preciso da energia interna de um sistema, ha um valor fixo para certo quadro de condigdes. As condig6es que influenciam a energia intema incluema temperatura e a pressio. Além disso, a energia interna total de um sistema é proporcional a quantidade total de matéria no siste- ma, tuma vez que a energia é uma propriedade extensiva, <=> (Seco 1.3) Suponha que definimos nosso sistema com 50 g de agua a 25°C, como na Figura 5.9, O sistema poderia ter che- gado a esse estado através do resfriamento de 50 g de agua & 100°C ou pela fusio de 50 g de gelo e, subseqiiente- mente, aquecimento da agua a 25°C. A energia interna da Agua a 25°C 6 a mesma em ambos os casos. A energia interna ¢ um exemplo da fungao de estado, uma propriedade de um sistema determinada pela especificacao de sua condicio ou seu estado (em termos de temperatura, pressio, localizacao etc.). O valor da fungi de estado depende unicamentede sua atual condigao, eno do hist6rico especifico da amostra. Uma vez que E é uma fungao de estado, AE de- pende tao-somente dos estados inicial e final do sistema, e nao de como a mudanga ocorre. Uma analogia pode explicar a diferenca entre grandezas que so fungoes de estado e as que nio sio. Imagine que vocé esté fazendo uma viagem de Chicago para Denver. Chicago esta a 596 pés acima do nivel do mar; Denver esta a 5.280 pés acima do nivel do mar. Nao importa o caminho que vocé escolha, a mudanca na altitude sera de Figura 5.8 (a) Quando tiocianato de aménio hidréxido de birio ‘octahidratado séo misturados & temperatura ambiente, ocorre uma reacdo endotérmica: 2NH,SCN() + Ba(OH);*8H,0(s) —> Ba(SCN).(ag) +.2NH,(aq) + 10H,0(). Como resultado, a temperatura do sistema «ai de aproximadamente 20 °C para ~9°C, (b) A reagao de aluminio em pé com Fe,O; (a reagao da termita) € altamente exotérmica, A reacdo ocorre violentamente para formar Al,0, € ferro fundido: 2Al(s) + Fe,0,(3) —+ Al,0,(3) + 2Fe(). @ ® Capitulo 5 Termoguimica 50g 50g Figura 5.9 Aenergia interna, H,0(1) H,06) uma fungdo de estado, depende 25°C ore apenas do estado atual do sistema, endo do caminho pelo qual 0 sistema chegou aquele estado. ‘Aeenergia interna de 50 g de agua a 25°C € a mesma do que sea gua fosse resfriada de uma ‘temperatura mais alta para 25 °C ‘0u Se fosse obtida fundindo-se 50 g de gelo e em seguida fesquentando-a a 25°C. Aquecimento St pés. A distncia que vocé viaja, no entanto, dependerd da rota que escolheu. A altitude é andloga a uma fun- de estado porque a mudanga na altitude é independente do caminho trilhado. A distancia viajada nao é uma ao de estado. Algumas grandezas termodinamicas, como AE, sao funcdes de estado. Tabane cht he seras, como qe w, nao sio. Apesar de AE =q + w ser uma funcao de estado, as de um gés tidades especificas de calor e trabalho produzidas durante certa mudan- do estado do sistema depende da forma pela qual a mudanca é efetuada, do 10 modo que a escolha da rota entre Chicago e Denver. Mesmo que os valores individuais de q e wndo sejam aces de estado, sua soma é; se a mudanea do curso de um estado inicial para um final aumenta o valor de q, ela ibém diminuird o valor de w exatamente na quantidade, e assim por diante. Podemos ilustrar esse principio com 0 exemplo mostrado na Figura 5.10, na qual considleramos duas formas ssiveis de descarregar uma pilha de lanterna a temperatura constante. Sea pilha entra em curto-circuito através uma bobina de fios, nenhum trabalho é executado porque nada é movido contra uma forca. Toda a energia da € perdida na forma de calor. (A bobina de fios se aqueceré e liberard calor para o ar da vizinhanca.) Por outro do, se a bateria é utilizada para fazer um pequeno motor girar, a descarga da pilha produz calor. Parte do calor mbém sers liberada, apesar de nao ser em tanta quantidade como no caso da pilha ao entrar em curto-circuito. As itudes de q e w so diferentes para esses dois casos. Se 0s estados inicial e final da bateria forem idénticos em abos os casos, no entanto, AE = q + w deve ser 0 mesmo nos dois casos porque AE é uma funcao de estado. 53 Entalpia As mudangas quimicas podem resultar na liberacao ou absorcao de calor, como ilustrado na Figura 5.8. Elas ibém podem provocar a realizacao de trabalho, tanto no proprio sistema como no sistema na vizinhanea. A re- <0 entre mudanca quimica e trabalho elétrico 6 importante; vamos abordé-la com detalhes no Capitulo 20 — Figura 5.10 A quantidade de calor e trabalho transferdos entre o sistema e a vizinhanca depende SSSI cdo modo pelo qual o sistema vai de um estado a outro. (a) Uma pilha conectada por um fio perde energia para a vizinhanga na forma de calor; nenhum trabalho & realizado. (b) A pilha descarregada através de um motor dispende a tenergia na forma de trabalho (para Toteria armas fazer o ventilador rodar) bem Gtr 7 ‘como na forma de calor. O valor | 4 de AE o mesmo para ambos os | Energia Calor AE dippendida processos, mas 0 valor de qe de w Trabalho | pela bateria sdo diferentes. 1 } : ‘Bateria descarregada 148 (Quimica: a ciéneia central Eletroquimica. Mais comumente, no entanto, a tinica forma de trabalho produzido pela mudanga quimica 60 tra: balho mecnico. Normalmente realizamos reacdes no laboratério a pressdo (atmosférica) constante. Sob essas cir- cunstancias 0 trabalho mecanico ocorre quando um gés é produzido ou consumido na reagéo. Considere, por exemplo, a reacao do zinco metalico com uma solugao de acido cloridrico: Zn(s) + 2H (ag) —s 7n**(aq) + Hg) ba Se realizarmos essa reacdo na capela de gases em uma proveta aberta, podemos ver a evolucao do gés hidrogé- nio, mas pode nao ser Sbvio que seja realizado trabalho. Todavia, o gas hidrogénio produzido tem de se expandi contra a atmosfera existente. Podemos ver isso com mais clareza ao conduzir= ANIMAGAO ‘mos a reacdo em um recipiente fechado a pressio constante, como ilustrado Mudangas de Estado Figura 5.11. Neste aparelho, o émbolo sobe ou desce para manter uma pressao. constante no recipiente da reagdo. Se assumirmos, para simplificacdo, que © émbolo nao tem peso, a pressao no aparelho é a mesma do exterior, ou seja, pressdo atmosférica normal. A medida que a reagao ocorre, forma-se gs H, ee émbolo sobe. O gés dentro do balao est dessa forma, realizando trabalho na vizinhanga ao levantar o émbolo con traa forca da pressio atmosférica que o pressiona para baixo. Este tipo de trabalho é chamado trabalho de pressdo x volume (ou trabalho PV). Quando a pressao é constante, como em nosso exemplo, 0 trabalho de pressdo x volu= me é dado por: Pav fe onde AV representa a variagio no volume. Quando a mudanca no volume é positiva, como em nosso exemplo, trabalho realizado pelo sistema é negativo. Isto 6,0 trabalho é realizado pelo sistema na vizinhanga. O quadro "U: olhar mais atento” abordaré o trabalho de pressao x volume mais detalhadamente, mas tudo o que vocé precisa ber agora é a Equacao 5.7, que se aplica a processos que ocortem a pressao constante. Abordaremos de manei mais abrangente as propriedades dos gases no Capitulo 10, A fungao termodinamica chamada entalpia (da palavra grega enthalpein, que significa ‘aquecer’) respoi pelo fluxo de calor nas mudangas quimicas que ocorrem a pressao constante quando nenhuma forma de trabalho. realizada a nao ser trabalho PV. Aeentalpia, que representamos pelo simbolo H, ¢ igual a energia interna mais o produto da pressio pelo vol me do sistema: H=E+PV 6. Acentalpia é uma fungio de estado porque a energia interna, a pressio ¢ o volume o sio também. Agora suponha que uma mudanga ocorra a pressao constante. Entao: AH=A(E+ PV) =AE+PAV 59) Figura 5.11. (a) Areagao de zinco al metalico com Acido cloridrico é L conduzida & pressdo constante. eS A pressao no frasco de reacdo é igual & pressiio atmosférica, (b) Quando © 5 Gis Hy -" Zinco é adicionado a solugao écida, 0 atmosfera iis hidrogénio é liberado. Ele realiza original trabalho na vizinhanga, levantando 0 \ @mbolo contra a pressdo atmosférica para manter a pressao constante dentro do frasco de reagio. Solugdo de FICL Solugao de HCI @) ) Capitulo 5 Termoquimica 149 Isto é,a variacdo na entalpia é dada pela variacdo da energia interna mais 0 produto da pressao constante pela variacdo de volume. O trabalho de expan- o de um gas é dado por w =~ P AV, logo podemos substituir-w por P AV na Equacio 5.9. Além disso, a partir da Equacao 5.5 podemos substituir q + w por “AE, fornecendo para AH AH =AE + PAV =q,+w-w=qp (5.10) de o subscrito P no calor, q, enfatiza variagdes & presto constante. A varia- ‘Go de entalpia, portanto, ¢ igual ao calor obtido ou dispendido a pressao cons- ante, Como 4p é algo que podemos medir ou calcular rapidamente e uma vez gue muitas das mudancas quimicas de nosso interesse ocorrem & pressdo constante, a entalpia é uma fungio mais titil do que a energia interna. Para a maioria das reagoes, a diferenga entre o AH € 0 AE é pequena porque P AV é pe- gueno. Quando AH é positivo (ou seja, quando q,é positivo), o sistema ganhou ca- Jor da vizinhanga (Tabela 5.1), caracterizando-se um processo endotérmico. ‘Quando AH é negativo, o sistema liberou calor para a vizinhanga, caracterizan- do-se um processo exotérmico. Esses casos estao representados na Figura 5.12. ima vez. que H é uma funcao de estado, AH (que é igual a q,) depende apenas dos estados inicial e final do sistema, e ndo de como a variacio ocorre. A pri- “meira vista essa afirmativa pode parecer contradizer nossa abordagem na Se- ‘fo 5.2, onde dissemos que q nao é uma fungao de estado. Entretanto, nao ha -contradigao porque a relacao entre AH e calor tém a limitacao peculiar da pres- S30 constante. Vizinhanga Sistema AH>0 Endotérmico Vizinhanca Sistema AH <0 Exotérmico Figura 5.12 (a) Seo sistema absorve calor, AH sera positivo (AH > 0). (b) Se o sistema perde calor, AH serd negativo (AH < 0), Um olhar mais de perto Energia, entalpia e trabalho PV Em quimica estamos interessados principalmente em dois pos de trabalho: 0 elétrico e o mecanico, realizados pela ex- 10 de gases. Focalizaremos aqui apenas o ultimo, cha- ido pressio — volume, ou trabalho PV. Os gases em P= H/A expansio no cilindro de um motor de automovel realizam ibalho PV no pistao; esse trabalho eventualmente mo- jenta as rodas. Os gases em expansao em um frasco de ago aberto realizam trabalho PV na atmosfera. Esse tra- Iho nao realiza nada no sentido pratico, mas temos de 208 manter informados de todo trabalho, «til ou nao, a0 jonitorarmos as variagdes de energia de um sistema, Imagine um gés confinado em um cilindro com um pistio. aE vel com area da seco transversal A (Figura 5.13). Uma orga para baixo, F, age sobre o pistao. A pressdo, P, no gaséa a orga por érea: P= F/A. Suponhamos que o pistao tena peso al prezivel e que a tnica pressfo atuando sobre ele seja a jo atmosfricerelatva ao peso da atmosfera da Terra, a Area da jal admitiremos ser constante. Estado transversal Considere que o gas no cilindro expanda-se, eo pistio _inicial joque uma distancia, At, DaEquagio53,aquantidadede figura 5.13 Um pi ibalho realizada pelo sistema é igual a distancia deslocada uultiplicada pela forga que atua sobre o pistio: antidade de trabalho = forca x distancia = Podemos reorganizar a definicio de pressio, P= F/A, para vizinhanca. A quantidade de trabalho realizada & w: xh [5-11] Quantidade de trabalho [ | Een ) Variagto de a = a final (0 em movimento realiza trabalho na PAV. xAh=PxA x Ah xAV =P xA, Além disso, a variagio de volume, AV, resultante Coma o sistema (gas confinado) est realizandlo trabalho o movimento do pistio, 6 0 produto da érea da seco trans- na vizinhanea, o sinal ersal «lo pistao pela distancia em que ele se movimenta: A «Sst Substituindo a Equacdo 5.11, temos: do trabalho é negativo: w=-P AV 15.2) 150 (Quimica: a ciéncia central Seo trabalho PV € 0 tinico que pode ser realizado, podemos substituir a Equagao 5.12 na Equacao 55 para fornecer: AE=4+w=4-P AV 15:13] ‘Quando a reagio é realizada em um recipiente de volume constante (AV = 0), 0 calor transferido ¢ igual a vatiacio da energia interna: AE =, (volume constante) [5.4] O indice inferior V indica que o volume é constante. A maioria das reacoes € realizada sob condigdes de pres- séo constante, Nesse caso, a Equacio 5.13 torna-se: AE =4qy~P AV ou p= AE +P AV (pressaoconstante) —_[5.15] COMO FAZER 5.4 Mas vemos, a partir da Equacao 5.9, que o lado direito da, Equacio 5.15 ¢ ustamente a variagdo de entalpia sob condi- es de pressio constante. Resumindo, a variacdo na energia interna mede o calor obticlo ou dispendido a volume constante; a variacao de en- Laljpia mede o calor dispendido ou obtido a pressao constan- te. A diferenca entre AE e AH 6 a quantidade de trabalho PV realizado pelo sistema quando o processo ocorre a pressio. constante, -P AV. A variacao de volume acompanhando: -muitas reagbes 6 proxima de zero, o que faz P AV e, conse qiientemente, a diferenca entre AE e AH ser pequena. Geral- mente, é satisfatério usar AH como uma medida de variacao de energia durante a maioria dos processos quimicos. Indique o sinal da variagao de entalpia, AH, em cada um dos seguintes processos realizados sob pressio atmosféricae informe seo processo é endotérmico ou exotérmico: a) um cubo de gelo se dereete;(b) 1 g de butano (C,H,) équeima- oem oxigénio suficiente para a completa combustio em CO, e H,O; (c) uma bola de boliche cai de uma altura de 24 ‘metros em um balde de areia, Solugaio | Analis ma corretamente, nosso objetivo é determinar se AH em cada caso é positivo ou negativo, Para tal, temos de identificar o siste- Planejamento: devemos supor que em cada caso o processo ocorra a pressio constante. A variacao de entalpia, assim, € igual 4 quantidade de calor absorvido ou liberado em cada proceso. Os processos nos quais o calor é absorvido s40 endotérmicos; os que liberam calor so exotérmicos, Resolugao: no item (a) a agua que produz 0 cubo de gelo ¢ 0 sistema. O cubo de gelo absorve calor da vizinhanga a0 derreter, entdo 4, 6 positive eo processo, endotérmico. Em (b) osistema é 1 g de butano e 0 oxigénio necessrio para a sua combustao, A combusido de butano em oxigénio libera calor, de forma queg, é negativo eo processo é exotérmico. Noitem (¢) a bola de boliche é0 sistema. Ela perde energia potencial quando cai de uma Itura de2,4 mem um balde de areia. Para onde foi a energia potencial? Primeiro ela se transformou em energia cinética de movimento, mas, a0 entrar em repouso na arcia, a energia cinética de movimento da bola é convertida em calor, que éabsorvido pela vizi- nhanga da bola de boliche. Assim, 4, & negativo, eo processo, exotérmico. PRATIQUE Suponha que confinamos 1 g de butano e oxigénio suficiente para sua completa combustio em um cilindrocomo oda Figura 5.13. O cilindro € perfeitamenteisolado, ce modo que nenhum calor possa escapar para a vizinhanga, Uma fa- {sca inicia a combustéo do butano, que forma diéxido de carbono e vapor de agua. Se wtlizéssemos esse instrumento para medir a variacao de entalpia da reagéo, o émbolo subiria, cairia ou permaneceria imével? Resposta: 0 émbolo deve mover-se para manter uma pressao constante no cilindro. Uma vez que os produitos contém ‘mais moléculas de gis do que os reagentes, como mostrado pela equacao balanceada: 2C,Hyl@) + 130,() —> 8CO,6g) + 101,0(@) © émbolo subiia para dar espaco&s moléculas adcionais de gés.Além disso, ocalor 6 desprendido,fazendo com que © émbolo suba para permitira expansio dos gases ern razao do aumento da temperature, 5.4 __Entalpias de reacao Como AH = Hi ~ Ha @ Variagao de entalpia de uma reacio quimica é dada pela entalpia dos produtos me- nos a entalpia dos reagentes: a 4H = H(produtos) ~ H(reagentes) ATIVIDADE Entalpla de solugées [5.16] Avariacao de entalpia que acompanha uma reagao é chamada entalpia de reagio ou simplesmente calor de reagio, sendo algumas vezes escrita como AH, onde ‘r’ é uma abreviatura normalmente utilizada para ‘reacao’. Capitulo § Termoquimica 151 2g) + Ox) aH 2H,O@) AH =-483,6K) [5.17] OAH é negativo, formando a reacdo exotérmica. Note que AH é indicado ao final da equagao balanceada, sem jonar explicitamente as quantidades de produtos quimicos envolvidos. Em tais casos, 05 coeficientes na 0 balanceada representam a quantidade de matéria de reagentes e produtos produzindo a variagao de en- ia associada. As equacdes quimicas balanceadas que mostram a variacao de entalpia associada dessa forma so adas equacdes termoguimicas. ‘A variacao de entalpia que acompanha uma reagio pode também ser representada em um diagrama de entalpia 10 mostrado na Figura 5.14 (c). Como a combustao de H,(g) & exotérmica, a entalpia dos produtos na reagao é baixa que a entalpia dos reagentes. A entalpia do sistema € mais baixa apés a reacdo porque a energia foi \dida na forma de calor liberado para a vizinhanea. A reacdo de hidrogénio com oxigénio é altamente exotérmica (AH € negativo e tem um valor absoluto grande) rapidamente depois de iniciada. Também pode ocorrer com violéncia explosiva, como demonstrado pelas de- ss explosdes do dirigivel alemao Hindenburg, em 1937 (Figura 5.15),e do Gnibus espacial Challenger, em 1986. As diretrizes a seguir do titeis quando sao usados equacdes termoquimicas e diagramas de entalpia: L Aentalpia é uma propriedade extensiva, Portanto, a magnitude do AH é diretamente proporcional a quantidade de reagente consumida no processo. Para a combustdo do metano a formar diéxido de carbono e agua liquida, Figura 5.15 A queima do dirigivel Hindenburg, cujo interior continha hidrogénio, em Lakehurst, Nova Jersey, ern maio de 1937. Esta foto foi tirada apenas 22 segundos depois que 2 primeira explosao ocorreu. Essa tragédia levou a interrupcao do uso do hidrogénio como gés flutuante em tais embarcacdes. Os pequenos dirigiveis da atualidade contém hélio, que nao ‘20 flutuante quanto 0 hidrogénio, porém nao é inflamavel. 152 (Quimica: a ciéncia central por exemplo, sto produzidos 890 kJ de calor quando 1 mol de CH, sofre combustao em um sistema a pi sao constante: CH,(g) + 20,(¢) —> CO,(g) + 2H,O() AH =-890 J 6. Como a combustao de 1 mol de CH, com 2 mols de O, libera 890 kJ de calor, a combustao de 2 mols de Ci com 4 mol de O, libera duas vezes mais calor, 1.780 KJ. COMO FAZER 5.5 ‘Qual quantidade de calor liberada quando 4,50 g de gs metano s4o queimados em um sistema & pressdo const (Use a informagao fornecida na Equacao 5.18.) Solucao. Anais 0 objetivo € calcular o calor prodiuzido quando uma quantidade especifica de gs metano sofre combu: Planejamento: de acordo com a Equacdo 5.18, 890 kJ sto produzidos quando 1 mol de CH, é queimado a press constante (AH = ~890 K)). Podemos tratar essa informagdo como uma relacdo estequiométrica: 1 mol de CH, = Kj. Para utilizar essa relacéo, no entanto, temos de converter gramas de CH, em quantidade de matéria de CH,. Resolugaio: somando-se os pesos atdmicos do Ce de 4H, temos que 1 mol de CH, = 16,0 g deCH,, Desse modo, pod: ‘mos utilizar os fatores de converséo apropriados para converter gramas de CH, em quantidade de matéria de para quilojoules: molsdeCH,\(_- L ae ou | 250 ky Calor = 4,50 on Tabacee | eee ee sinal negativo indica que 250 kJ sdo liberados pelo sistema para a vizinhanga. PRATIQUE 3 (O perbxido de hidrogénio pode se decompor em agua e oxigénio por meio da seguinte reacio: 2H,O,(l) —+ 2H,0() + O,g) AH =-196 4 Calcule 0 valor de q quando 5,00 g de H,0,(0) se decompoem & pressio constante. Resposta:— 4A KJ Conferéncia: 2. A variagto de entalpia para uma reagio é igual em valores absolutos, mas oposta em sinais para o AH dia reagito in sa. Por exemplo, quando a Equacao 5.18 ¢ invertida, o AH para o processo é +890 kJ: COQ) + 2H,O() —+ CH,(g) +20,(g) AH = 890 KJ (5. Ao invertermos uma reacio, invertemos os papéis dos produtos e di reagentes; desse modo, os reagentes em uma reacdo se tornam os produt. CHy(g) + 20g) da reagao inversa, e assim por diante. Tomando como base a Equacao 5.16, p demos ver que a inversao dos produtos e reagentes leva ao mesmo valor abs Tuto, mas a uma inversio no sinal de AH. Essa relacao é representada para AR = | equagies 5.18 e 5.19 na Figura 5.16. produtos. Se o produto da combustao do metano (Equagao 5.18) fosse. l H,O gasoso em vez de H,O liquido, o AH seria-802KJ no lugar de-8 a ae KJ. Menos calor estaria disponivel para ser transferido para a vizi- COnlg) + 20D nhanga porque a entalpia de H,O(g) é maior que a de H,O(0). Uma for. ma de se verificar isso 6 imaginar que o produto ¢ inicialmente agua liquida. A Agua liquida deve ser convertida em vapor de Agua, e a con- muda 6 sinal, mas néo muda a a P rraggaltrte Cavell eeeree enacts versio de 2 mols de H,O()) para 2 mols de H,0 (g) é um proceso endo- AH, = AM, térmico que absorve 88 kJ: 2H,O()) —> 2H,0(g) AH'= +88 k] (5.20) Entalpia ——> Aih= ~ 890K) | 8901 3. A variagio de entalpia para una reagio depende do estado dos reagentes ed Figura 5.16 Inverter uma reago de outra forma. Estratégias na quimica segura um tijolo no are o larga, ele cairé a medida da gravidade o puxar em direcdo & Terra, Um pro- odinamicamente favoravel de acontecer, como a jem tijolo, é chamado processo espottdnen. pprocessos quimicos também sao termodinamica- favoraveis, ou esponténeos, Por ‘esponténeo” nao dizer que a reacdo formaré produtos sem inter- . Esse pode ser o caso, mas geralmente alguma ener- ppara se conseguir que 0 processo se A variagao de energia em uma reacdo fornece uma in- 1da probabilidade dea reacao ser espontanea. A com- : J, por exemplo, € um processo sm um volume sem ocorrer reagio perceptivel, a Figura 51d (a). Entretanto, uma vez iniciada, a € rapidamente transferida do sistema (os reagentes) -vizinhanca. A medida que a reaco prossegue, gran- tidades de calor sfo liberadas, o que aumenta mui- temperatura dos reagentes e dos produtos. Assim, 0 na perde entalpia transferindo o calor para a vizinhan- mbre-se da primeira lei da termodinamica: a energia sistema mais a da vizinhanca nao mudarao; a ener- servada.) tanto, a Variacdo de entalpia nao € 0 tinico fato a ser em consideracdo na espontaneidade das reagdes, Calorimetria E importante especificar os estados dos reagentes e produtos em equacdes termoquimicas. Além disso, ge- ralmente admitiremos que reagentes e produtos estao a mesma temperatura, 25°C, ando ser que indicado varias situacdes em que 6 importante conhecer a variago de entalpia associada a um dado processo quimico. © veremos nas secdes seguintes, AH, pode ser determinado diretamente pelo experimento ou calculadoa par- ‘variacdes de entalpia conhecidas de outras reacdes, invocando a primeira lei da termodinamica. Capitulo § Termoquimica 153 Usando a entalpia como um guia nem é um guia perfeitamente seguro. Por exemplo, a fusio do gelo é um processo endotérmico: HOG) —>H,0() AH =+601k} ‘Mesmo esse proceso senco endotérmico, é espontaneo a temperaturas acima do ponto de congelamento da agua (0 °C). O processo reverso, 0 congelamento da agua, & es- pontaneo a temperaturasabaixo de °C. Portanto, sabemos ‘queo gelo a temperatura ambiente se fundiré e a dgua colo- cada em um congelador a-20°C viraré gelo; ambos 0s pro- cessos so espontineos, mesmo um sendo o inverso do outro. No Capitulo 19 abordaremos a espontaneidade dos ‘processos de maneira mais completa. Veremos por que tum processo pode ser espontaneo a certa temperatura, ‘mas nao em outra, como, nesse caso, para a transformacdo, dla agua em gelo. Entretanto, apesar desses fatores complicadores, voce deve prestar atencao as variacoes de entalpia nas reagoes. Como observacdo geral, quando a variacao de energia & grande, ela é o fator predominante na determinagio da es- ontaneidade. Portanto, reagées para as quais o AH é grande fe negatizo tenciema ser espontaneas, Reagoes para as quiais 0 AH 6 grande e positivo tendem a ser espontineas no sentido inverso, Existem intimeras maneiras pelas quais a entalpia dle uma reacao pode ser estimada; a partir dessas estimati- ‘vas, a possibilidade de a reacao ser termodinamicamente fa- vordvel pode ser prevista. O valor de AH pode ser determinado experimentalmente pela medida do fluxo de calor que acompanha uma 9 a pressio constante. Quando o calor fui para dentro ou para fora de uma substancia, a temperatura da sancia varia. Experimentalmente, podemos determinar o fluxo de calor associado a uma reagio quimica me- a variacao de temperatura produzida. A medigao do fluxo de calor é a calorimetria; 0 aparelho utilizado ‘medir o fluxo de calor chama-se calorimetro. idade calorifica e calor especifico “Os objetos podem emitir ou absorver calor: 0 carvao incandescente emite calor na forma de energia radiante; bbolsa de gelo absorve calor quando € colocada sobre um tornozelo inchado. A emissio ou absorcdo de calor que um objeto varie sua temperatura. A variaggo de temperatura ocorrida em um objeto quando ele absor- eria quantidade de energia é determinada por sua capacidade calorifica. A capacidade calorifica de um objeto tidade de calor necesséria para aumentar sua temperatura em 1 K (ou 1°C). Quanto maior a capacidade ca- fica, maior o calor necessrio para produzir determinado aumento de temperatura. ‘Para substancias puras, a capacidade calorifica é geralmente dada para uma quantidade especifica de substn- “Acapacidade calorifica de 1 mol de substincia 6 chamada sua capacidade calorifica molar. A capacidade calo- 154 (Quimica: a ciéneia central 1.000 g H20(0) T=155°C +4184) de calor 1,000 g #,0(), Figura 5.17 0 calor especffico indica a quantidade de calor que deve ser fornecida a 1 g de certa substancia para aumentar sua temperatura em 1 K (ou °C). Os calores especificos podem variar ligeiramente com a temperatura, de forma que, para medidas exatas, a temperatura é especificada. Por exemplo, 0 calor especifico da H,0() a 14,5°C 6 4,184 J/g k; 0 fornecimento de 4,184 J de calor aumenta a temperatura da agua para 15,5 °C. Essa quantidade de energia define a caloria: 1 cal = 4,184 | rifica de 1 g de substancia é chamada capacidade calorifica especifica, ou simplesmente calor especifico (Figura 5.17). O calor especifico de uma subs- tancia pode ser determinado experimentalmente medindo-se a variacao de temperatura, AT, que uma massa conhecida, m, da substancia sofre ao ganhar ou perder certa quantidade especitica de calor, 4: (quantidade de calor transferido) (gramas da substancia)x (variacao da temperatura) Calor especifico - 4 mx AT (5.21) Por exemplo, sao necessérios 209 J para aumentar a temperatura de 50,0 g de Agua em 1,00 K. Logo, o calor especifico da agua é: 2093 gag J (50,0 g)(,00K) “ gK Calor especitico ‘Uma variagdo de temperatura em kelvins ¢ igual em valor variagio de tem- peratura em graus Celsius: ATem K=ATem °C. soo (Seco 1.4) Quando a amos- tra ganha calor (9 positivo), a temperatura da amostra aumenta (AT positivo). (Os calores especificos de varias substincias so indicados na Tabela 5.2. Observe que o calor especifico da agua liquida é maior do que o das outras substancias relacionadas. See Elementos Compostos Substancia __Calorespecifico _Substin Calor especitico isk) Wis) N@ 1a 1.00) 418 AMG) uso CHG) 220 Fe(s) 048 co,g) 084 Het) Old CacO,(s) 02 Por exemplo, ele é aproximadamente cinco vezes maior que o do aluminio metélico. O alto calor especifico da gua afeta o clima da Terra porque ele mantém as temperaturas dos oceanos relativamente resistentes as varia- goes. £ também muito importante para a manutenco de temperatura constante em nossos corpos, como sera dis- cutido no quadro “A quimica e a vida”, mais ao final deste capitulo. Podemos calculara quantidade de calor que uma substancia ganhou ou perdeu utilizando seu calor especitfico junto com sua massa medida e a variagao de temperatura. Ao reordenarmos a Equacao 5.21, temos: 4 = (calor especifico) x (gramas da substancia) x AT 15.22] ‘COMO FAZER 5.6 (@) Qual a quantidade de calor necesséria para aquecer 250 g de Agua (aproximadamente um copo) de 22°C (mais ou. ‘menos a temperatura ambiente) até aproximadamente seu ponto de ebulico, 98°C? O calor especifico da Sgua 64,18 1/gK. (b) Qual &a capacidade calorifica molar da agua? Solugio Anélise: no item (a) temos de encontrar a quantidade total de calor necesséria para aquecer a amostra de 4gua. No item (b) temos de calcular a capacidade calorifica molar da égua. Planejamento: sabemos a quantidade total de 4gua eo calor especifico (isto &, a capacidade calorifica por grama) de gua. Com isso e a variagdo total de temperatura envolvida, podemos calcular a quantidade de calor. Capitulo 5 Termoquimica 155 Resoluga Agua sofre uma variagio de temperatura de AT =98 °C -22°C =76°C =76 K. Usando a Equaca0 5.22, temos 4 = (calor especifico da H,O) x (gramas de H,O) Asitador de vidro (Lembre-se de que AH = q,.) Apesar de os calorimetros utilizados para traba- Ihos altamente acurados serem instrumentos de preciso, um calorimetro bem simples, do tipo ‘copo de isopor’, como mostrado na Figura 5.18, é muito utili- zado em laborat6rios de quimica geral para ilustrar os prineipios da calorime- tria. Uma vez que 0 calorimetro nao 6 lacrado, a reacdo ocorre essencialmente sob a pressio constante da atmosfera Se supusermos que o calorimetro evita perfeitamente o ganho ou a perda de calor da solucao para sua vizinhanca, 0 calor obtido pela solugao tem de ser produzido pela reacao quimica sob estudo. Em outras palavras, 0 calor produ- Doiscopos deStyrofoana _ Zido pela reagéo, 4, ¢ inteiramente absorvido pela solugao; ele nao escapa do embutdesjuntoscontenéo — calorimetro. (Supomos também que o préprio calorimetro nao absorva calor. osreagentesdaslusio Nig caso do calorimetro de copo de isopor, essa é uma aproximacao razoavel porque o calorimetro tem condutividade térmica e capacidade calorifica mui- 5.18 Calorimetro de copo {© baixas.) Para uma reagio exotérmica, 0 calor é ‘dispendiido’ pela reacio e Bee 23 cers ‘obtido’ pela solucao, portanto, a temperatura da solugao sobe. O contrario Ps tessto coratante ocorre para uma reacdo endotérmica. Q calor absorvido pela solusio, Gurcsy € conseqiientemente igual em valor absoluto e de sinal contrério a partir de 4G Aucacio =~ Ie O VAIO’ Ae 4. scso€ facilmente calculado a partir da massa da so- lucao, de seu calor especifico e da variacao de temperatura: ootaao = (Calor especiti solugdes aquosas diluidas, 0 calor especifico da solucao seré aproximadamente o mesmo da agua, 4,18 J/g K. A Equacio 5.23 possibilita 0 célculo de q,a partir da variago de temperatura da solugao na qual a reacao ocorre. ‘aumento de temperatura (AT > 0) significa que a reagao é exotérmica (9, < 0). ‘Termometeo _- Tampa de cortgn 20 da solugao) x (gramas de solucdo) x AT =—q, [5.23] “COMO FAZER 5.7 ‘Quando um aluno mistura 50 mL de 1,0 mol/L de HCle 50mL de 1,0 mol/L de NaOH em um calorimetro de copo de ‘isopor, a temperatura da solucao resultante aumenta de21,0 °C para 27,5 °C. Calculea variacao deentalpia para rea- <0, supondo que o calorimetro perce apenas uma quantidade desprezivel de calor, que o volume total da solugao é 100 mL, que sua densidade é 1,0 g/mL e que seu calor especifico € 418 J/g K. Solugao ‘Analse: precisamos calcular um calor de reaco por mol, tendo sido dados aumento de temperatura, quantidade de ma- ‘éria envolvida e informagdes suficientes para calcular a capacidade calorifica do sistema, 156 ‘Quimica: a ciéncia central Planejamento: 0 calor total liberado pode ser calculado a partir da variagio de temperatura, do volume da solugio, de sua densidade e do calor especfico. Resolugo: como o volume total da solugao é 100 mL, sua massa é (100 mLY(1,0 g/mL) = 100 g A variagdo de temperatura é: 27,5 °C-21,0°C = 65°C = 65K ‘Uma vez que a temperatura aumenta, a reacao tem de ser exotérmica: 4 (calor especifico da solucéo) x (gramas da solucio) x AT ~(418J/gK)(00 165K) Como 0 processo ocorre a pressio constante, PPara expressar a variacio de entalpia em termos de quantidade de matéria,utilizamos 0 fato de que a quantidade de matéria de HCl e NaOH sto dadas pelo produto clas respectivos volumes de solucio (50 ml. = 0,050 L) pelas concen- tracoes: (0.050 1)(1,0 mol/L) = 0,050 mot ‘Assim, a variagao de entalpia por mol de HCI (ou NaOH) é& AH =—2,7 K1/0,050 mol = -54 kI/mol Conferéncia: AH € negativo (exotérmico), 0 que & esperado para a reacio de um Acido com uma base. A magnitude molar do calor liberado parece razoavel. PRATIQUE Quando 50,0 mL de 0,100 mol/L de AgNO, e 50,0 mL de 0,100 mol/L de HCI sao misturados em um calorimetto & ppressio constante, a temperatura da mistura aumenta de 22,30°C para 23,11 °C. O aumento de temperatura é provoca- do pela seguinte reacao: AgNO,(ag) + HICl(aq) —> AgC(s) + HNO,(aq) Calcule AH para essa reacio, supondo que a solugao combinatia teriha massa de 100,0 g ¢ calor especifico de4,18]/g°C. Resposta:— 68.000 J/mol =~ 68 k]/mol Bomba calorimétrica (calorimetria de volume constante) Agitedor A calorimetria pode ser utilizada para estudar a energia quimica potencial ~mecanico acumulada nas substancias. Um dos tipos de reacdes mais importantes estu- Seca dado com a utilizacao da calorimetria é a combustao, em que um composto 2 ianars — (normalmente composto organico) reage completamente com o oxigénio em amostra, excess0. == (Seco 3.2) As reacdes de combustao sao mais convenientemente _—Termémetro _estudadas utilizando-se bomba calorimétrica, aparelho representado esque- Recipiente _-maticamente na Figura 5.19. A substancia a ser estudada é colocada em um / isolante cadinho dentro de um recipiente lacrado chamado boniba. A bomba, desenvol- y FntadadeO: vida para resistir a altas temperaturas, tem uma valvula de entrada por onde | perme a ssenadon cage & ents eetrtne pare dar Sto tsi de reacio) Apés a amostra ter sido colacada na bomba, ela é lacrada e pressurizada com _~-Fio fino em oxigénio. Em seguida é colocada no calorimetro, que é basicamente um reci- =" contato com edie Ge dy dida d i aia oa piente isolado, e coberta com uma quantidade de 4gua medida de maneira LS). Recipients precisa. Assim que todos os componentes dentro do calorimetro alcancarem a “Wcontendoa mesma temperatura, a reac de combustao ¢ iniciada com a passagem de uma * on corrente elétrica através de um fio fino em contato com a amostra, Quando 0 fio esquenta o suficiente, a amostra pega fogo. Figura 5.19 Vista em corte de E liberado calor quando ocorre combustao. Esse calor é absorvido pelo ima bomba calorimétrica, na qual coMtetido do calorimetro, causando aumento na temperatura da Agua. A tem- as tess oeortem anchine peratura da 4gua é medida cuidadosamente antes e depois da reacao, quando constante. ocontetido do calorimetro tiver uma vez-mais alcancado temperatura normal. O calor liberado na combustao da amostra é absorvido por sua vizinhanca (0 g pula contetido do calorimetro). cn rCCCCOC(C(Cié(C(‘ ‘Ss Capitulo 3 Termoquimica 157 Para calcular 0 calor de combustao a partir do aumento de temperatura medido na bomba calorimétrica, temos ‘saber a capacidade calorifica do calorimetro, C,,.. Essa quantidade é determinada pela combustao de uma amos- que libera certa quantidade conhecida de calor e pela medida da variagao de temperatura resultante. Por exem- .,a combustao de exatamente 1 g de Acido benz6ico, C-H,O,, em uma bomba calorimétrica produz. 26,38 KJ de 1. Suponha que 1,000 g de cido benzéico sofre combustdo em um calorimetro e tem sua temperatura aumenta- em 4,857 °C. A eapacidade calorifica do calorimetro é dada por C.,.,..= 26,38 KJ/4,857 °C. Por conhecer o valor de podemos medir as variagées de temperatura produzidas por outras reacdes, a partir delas podendo calcular 0 1 liberado na reagao, 4: 9 =— Coq XAT [5.24] COMO FAZER 5.8 Metilhidrazina (CH,N,) é comumente utilizado como um combustivel liquido de foguete. A combustao da metilhi- drazina com o oxigénio produz N,(), CO,(g) e HO(): 2CH.N() + 50) —> 2N.) + 2CO,(g) + 64,00) Quando 4,00 g de metilhidrazina sofrem combustao em uma bomba calorimétrica, a temperatura do calorimetro au- menta de 25,00 °C para 39,50°C. Em um experimento separado, a capacidade calorfica do calorimetro é medida, en- contrando-se 0 valor de 7,794 kJ/°C. Qual é o calor de reagao para a combustao de um mol de CH,N, nesse calorimetro? Solucéo Anilise: temos a variagéo de temperatura e a capacidade calorifica total do calorimetro. Também nos é fornecida a quantidade de reagente que sofre combustio, O objetivo ¢ calcular a variagio de entalpia por mol para a combustio do reagente. Planejamento: primeito calcularemos o calor liberado pela combustao da amostra de 4,00 g. Depois calcularemos o calor liberado por mol de composto. Resoluco: para a combustio da amostra de 4,00 g de metilhidrazina, a variacio de temperatura do calorimetro é AT = 9,50 °C -25,00°C) = 14,50 °C Podemos utilizar esse valor eo valor para C., a0 calcular 0 calor de reagio (Equagio 5.24): §,=~ Ca * AT = (7, 794KJ/°C)(14,50 °C) = 113.0 KJ Podemos facilmente converter esse valor de calor de reagio para um mol de CH.Ny 1130 46,1 gde CH lis ede | (i! ‘mol de CH,N> 1,30 «10° Ki/mol de CH.N,, Conferéncia: as unidades se cancelam adequadamente eo sinal da resposta ¢ negativo, como deveria ser para uma reacio exotérmica. PRATIQUE ‘Uma amostra de 0,5865 g de Acido Latico (HCyH,O,) é queimada em um calorimetro cuja capacidade calorifica é de 4812 KJ/°C. A temperatura aumenta de 23,10°C para 24,95 °C. Calcule o calor de combustao de (a) écido lactico por sgrama e (b) por mol. Respostas: (a) -15,2 KI/g; (b) -1370 kJ/mol Como as reagées em uma bomba calorimétrica so realizadas sob condicdes de volume constante, 0 calor trans- jo correspond mais propriamente a variagdo da energia interna, AE, do que a variagio de entalpia, AH (Equa- 5.14) Para a maioria das reagdes, no entanto, a diferenca entre AE e AH € muito pequena. Para a reagao te em “Como fazer 5.8”, por exemplo, a diferenca entre AE e AH é de aproximadamente apenas 1 kJ/mol — diferenca menor que 0,1%. E posstvel se corrigir as variagdes de calor medidas para obtencdo de valores de ‘elas formam a base das tabelas de variagao de entalpia que veremos nas secdes seguintes. No entanto, nao pre- 10s nos preocupar com a maneira como essas pequenas correcbes so feitas. 158 (Quimica: a ciéncia central A Aquimicae a vida Regulagem da temperatura corporal Para a maioria de nds, a pergunta “Vocé esté com febre?” foi uma das nossas primeiras introclugbes ao diagnéstico médico, De fatu, um desvio na temperatura corporal de ape- nas alguns graus indica que alguma coisa esta errada. No la- boratério voce ja deve ter tentado manter uma solugio ou banho de agua a uma temperatura constante, descobtindo quanto pode ser dificil manter a solugio em uma faixa de temperatura muito estreita, No entanto, nosso organismo consegue manter uma temperatura quase constante apesar de variagoes bruscas no tempo, niveis de atividade fisica Periodos de alta atividade metabdlica (como apés as refei- ‘g0es). Como 0 corpo humano consegue administrat essa ta- refa € como esta se relaciona com alguns dos tépicos que abordamos nesse capitulo? Manter uma temperatura préxima a constante é uma das funcSes fisiol6gicas primérias do corpo humano. A tempera- ‘ura corporal normal geralmente varia de 35,8 a 37,2°C (96,5 99°F). Essa faixa muito estreita de temperatura é essencial para 0 funcionamento apropriado dos miisculos e para 0 controle das velocidades das reaées bioquimicas no orga- rismo. Aprenderemos mais sobre os efeitos da temperatura nas velocidades das reagdes no Capitulo 1d. A temperatura é regulada por uma parte da base do cérebro humano chama- dda de hipotdlamo, O hipotalamo age como um termostato da temperatura corporal. Quando a temperatura ultrapassa 0 limite superior da faixa normal, 0 hipotdlamo aciona meca- znismos para baixar a temperatura. Analogamente, ele aciona ‘mecanismos para aumentar a temperatura se a temperatura corporal abaixa muito. Para entender qualitativamente como os mecanismos de aquecimento e resfriamento do corpo funcionam, podemos ver 0 corpo como um sistema termodinamico. © corpo au- ‘menta seu contesicia enorgétien interno pala ingestio de ali mentos da vizinhanca. Os alimentos, como a gli (GH,,0,), sto metabolizados — proceso que é basicamente ‘uma oxidagdo controlada em CO, e H.0: CH :O{6) + 60,(@) —> 6COYg) + 6H,0(9 AH =-2.803 Kj Aproximadamente 40% da energia produzida ¢ utilizada para realizar trabalho na forma de contragées musculares ¢ nervosas. O restante da energia é liberada como calor, parte da qual é usada para manter a temperatura corporal. Quan- do 0 organismo produz muito calor, como durante esforgo fisico pesado, ele dissipa o excesso para a vizinhanca, ‘Ocalor é transferido do corpo para a vizinhanca primari- amente por mdiagio, concee¢id e eoaporagto. A radiagdo 6 a pperda direta de calor do corpo para vizinhancas mais frias, ‘quase como uma trempe de fogao irradia calor para sua vizi- nhanga. A conveccio éa perda de calor pelo efeito do aqueci- ‘mento do ar que esté em contato com 0 corpo. O ar aquecido sobe ¢ ¢ substituldo pelo ar mais frio, e 0 processo continua, Asroupas mais quentes, que geralmente se compéem de ca- ‘madas isolantes de material com ‘ar morto’ enite elas, dimi- nuema perdadecalor por conveccao em climas mais ftios. 0 resfriamento evaporativo ocorre quando a transpiragio é ge- rada na superficie da pele pelas glandulas sudoriferas. O.ca- Jor €removido do corpo a medida queo suor evapora paraa vizinhanga. O suor € predominantemente gua, logo 0 pro- cesso envolvido 6 uma conversio endotérmica de liquida em vapor de égua: HO) —> H,0() aH = +4404 A velocidade com que o resfriamento evaporativo diminui & medida que a umidade atmosférica au essa € a razto pela qual as pessoas se sentem mais s desconfortéveis em dias quentes e timidos. Quando © hipotdlamo percebe que a temperatura ral aumentou muito, ele aumenta a perda de calor pelo) po de duas formas principais. Primeiramente, ele cl fluxo de sangue préximo a superficie da pele, o que ‘um resfriamento por radiacdo e conveccao. A aparéncia ‘ borizada’ de um individuo 6 resultado desse aumento. fluxo subcutineo de sangue. Em segundo lugar, 0 hipo ‘mo estimula a secregao de suor pelas glndulas sudor ‘que aumenta o resfriamento por evaporacéo, Durante riodos de atividade extrema, a quantidade de liquido tado como stor pode ser t8o alta quanto 2.4 ltros por ‘Como resultado, a dgua deve ser reposta no corpo dur esses perfodos (Figura 5.20). Se o corpo perde muito fl através da transpiracao, ele nda seré mais capaz de friar-se e 0 volume de sangue diminui, 0 que pode lev ‘exaustfo por calor ou a0 mais sério e potencialmente fatal {que caraco, durante 0 qual a temperatura do corpo pode: bir tao alto quanto 41 a 45°C (106 a 113°P) Quandoa temperatura corporal abaixa muito, o hipot mo diminui o fluxo sanguineo na superficie da pele, isso diminuindo a perda de calor. Ele também inicia peq nas contragies involuntarias dos muisculos; as reacdes quimicas que geram a energia para realizar esse trabal também geram mais calor para 6 corpo. Quando as cont ses musculares sau iuito intensas, a pessoa sente um {fiio. Se o corpo ¢ incapaz de manter a temperatira acima 35° (95°F), pode ocorrer condicio muito grave de hipotermia. A capacidade de o corpo humano manter sua temperat za ‘ajustando’ a quantidade de calor gerada e transferi para sua vizinhanga ¢ verdadeiramente notavel. Se voce f= er cursos de anatomia e psicologia, serd possivel ver mui outras aplicacoes de termoguimica e termodinamica para. compreender como 0 corpo humano funciona. Figura 5.20 corredor de maratona deve repor . constantemente . ‘a gua do corpo perdida através da transpiracao. gua a, dase emite todo otéla- repe hora. xante iuido alata ota aque culls marase Capitulo 5 Termoquimica Muitas entalpias de reacio foram medidas e arranjadas em forma de tabela. Nesta seco ena proxima veremos que é normalmente possivel calcular 0 AH para uma reacio a partir dos valores de AH tabulados para outras rea- es. Assim, nao é necessario fazer medigOes calorimétricas para todas as reagoes. Em virtude de a entalpia ser uma fungao de estado, a variacio de entalpia, AH, associada a qualquer processo quimico depende unicamente da quantidade de substancia que sofre variaco, da natureza do estado inicial dos rea- gentes e do estado final dos produtos. 1850 significa que se uma reagao especifica pode ser executada em uma etapa ‘ouem uma série de etapas, a soma das variagies de entalpia associadas &s etapas individuais deve ser a mesma da variagio de entalpia associada a um proceso de etapa tinica. Como exemplo, a combustao de gés metano, CH,(g), para formar CO.(g) e agua liquida pode ser considerada em duas etapas: (1) a combustao de CH,(), para formar CO.) eégualiquida, HO), e 2) a condensacio de gua gasosa para formar agua liquida, H,O()). A variacio de en- talpia para o processo total é simplesmente a soma das variagSes de entalpia para essas duas etapas: CH,G) + 204) —> CO,@) + 2,018) (oma) 2H,0@) —> 2H,0() CH,@) + 20,6) + 2H,0() — CO.) + 2H,0(0 + 2H,0@) A equagio simplificada é CH,(g) + 20.(g) —> C ,(g) + 2H.) AH = -890 KJ Para se obter a equacio simplificada, a soma dos reagentes das duas equagoes é colocada de um lado da seta, € soma dos produtos, do outro. Uma vez que 2H,0(g) ocorre em ambos os lados, ele pode ser cancelado como um algarismo algébrico que aparece nos dois lados de um sinal de igual. Alei de Hess estabelece que se uma reagto for executada em wma série de etapas, 0H para a reagio sera igual & soma des varingSes de entalpia para as etapas indivi- Fue duais. A variacao de entalpia total para o processo é independente do ntimero g Tillodeto de ritrogénio de etapas ou da natureza particular da maneira pela qual a reacio é executada, Podemos, enido, calcular o AH para qualquer processo, desde que encontre- ‘mos uma rola por que AH seja conhecido para cada etapa. Isso significa que um ntimero relativamente pequeno de ‘medidas experimentais pode ser usado para calcular 0 AH para um vasto mimero de reacées diferentes. A lei de Hess fornece um meio titil dese calcular as variagdes de energia que sao dificeis de medir diretamente. Por exemplo, ¢ impossivel medir diretamente a entalpia de combustao do carbono para formar monéxido de car bono, A combustao de 1 mol de carbono com 0,5 mol de O, produz nao 56 CO, mas também CO,, deixando algum carbono sem reagir. No entanto, tanto 0 carbono sélido como o monéxido de carbono podem ser completamente gueimados em O, para produzir CO,. Podemos utilizar as variagdes de entalpia dessas reacoes para calcularmos 0 calor de combustao de C para CO, como mostrado em “Como fazer 5.” COMO FAZER 5.9 A entalpia de combustdo de Cem CO, 6-393,5 kJ/mol de C, ea entalpia de combustio de CO em CO, &-283,0kI/mol de CO: @ Cl) +O) —> COQ) A= 39354) @ COG) +40,G) —> COs) aH =-283,0K) Usilizando-se esses dads, caleule a entalpia de combustéo de C para CO: ° Cis) +$0,@) —+ cow) Anélise: duas entalpias cle combustao nos so fornecidlas, enosso objetivo é combiné-las de modo obtera entalpia de ‘combustio de tum terceizo proceso, 160 Quimica: a ciéncia central Planejamento: manipularemos as duas equacdes fomnecidas para que, quando somadas, elas fornegam a reagao dese- jada. Ao mesmo tempo, aplicaremos a lei de Hess para observarmos as variacoes de entalpia para as duas reagoes. Resolugdo: para utilizarmos as equagies (1) e (2), ordenamo-las de tal forma que C() fique no lado do reagente e (COG) fique no lado do produto, como a reagdo-alvo, equacao (3). Como a equacso (1) tem C(s) como reagente, pode ‘mos utilizar a equacdo como ela esté, No entanto, precisamos inverter a equacio (2) para que CO(g) seja um produto. Lembre-se de que quando as reagbes so invertidas, osinal de AH também o €. Ordenamos as duas equlagées para que elas possam ser somadas para fornecer a equacdo desejada: CG) + OG) —> COQ) AH =~393,5 ky CO,(g) —> COG) + } O,@) AH= 283,0 Kj Cle) +} O69) —> COG) AH = 110,54) Quando somamos as duas equagbes, CO,(g) aparece em ambos os lados da seta, portanto, sendo cancelado. Da mes: ma forma, } 0g) éeliminado dos dois lados. PRATIQUE Ocarbono ocorre em duas formas, grafite e diamante. A entalpia de combustao da grafite é~393,5 kJ/mol, a do dia- mante, ~ 3954 kJ/mol: C(grafite) +O) —> CO,g) AH =-3935 (diamante) +0,(g) —> CO,(@) aH =-3954) Calcule 0 AH para a converséo de grafite em diamante: C(grafite) —+ C(diamante) Resposta:+,9 kJ ‘COMO FAZER 5.10 Caleule 0 AH para a reagho: 2C(s) + Hg) —> CH,@) dlacias as seguintes reagdes e suas respectivas variagées de entalpia: CHyg) + 30,(g) —> 2C0,(@) + H,0() AH =-1.299,6 KF C{s) + Og) —> CO,Q) AH = 3935 ky FAG) + 40,6) —> H,0() AH= -2858k] Solugao ‘Analise: para calculat a variacéo de entalpia para uma reacio devemos utilizar os dacs forecidos para trés outros processos. Usamos esses dados tirando proveito da lei de Hess. Planejamento: somaremos as trés equacdes ou seus inversos e multiplicaremos cada uma por um coeficiente apro- priado, para que a equacio liquida seja a cle nosso interesse, Ao mesmo tempo, observaremos os Valores de AH, inver- tendo seus sinais se as reacdes forem invertidas e multiplicando-os por qualquer que seja o coeficiente aplicado na equacéo. Resolusdo:a equacio-alvo tem C,H, como um produto. Por isso, invertemosa primeira equagao. Osinal do AH é, alte rado. A equagio desejada tem 2C{s) como reagente, portanto, multiplicamosa segunda equagaoe seu AH por 2. Em ra- Zio de a equacto-alvo ter Hs como reagente, mantemos a terceira equagao sem alteracdes. Somamos, ento, as trés equagies e suas variacoes de entalpia de acordo com a lei de Hess: 2CO,(g) + H,O(!) —> C,Hy(g) + $0,@) AH =1.299,6 2C(s) + 20,(¢) —> 2CO, (g) AH =~787,0KJ Hy) + 40,6) — #,00, AH = -285,8 KI 2C(s) + Hyg) —> CHAg) AH= 268K) Quando as equagdes sto somacdas, existem 2CO,, $0, € H,O em ambos os lados da seta. les sio cancelados ao escre- vermos a equacao simplificada, Capitulo 5 Termoquimica 161 Conferéncia: o procedimento deve estar correto porque obtivemos a equagio simplificada correta. Em casos como este, voce deve voltar as manipulagées numéricas dos valores de AH para certficar-se de que nao cometeu, inadverti- damente, algum erro em relacdo aos sinais. PRATIQUE Caleule 0 AH para a reagao: NOG) + Olg) —> NOx) dadas as seguintes informacées: NOG) +0,(@) —> NO,Q)+0,@) aH =~1989 Og) — 40,0) AH=-1123 Os) — 20) AH= 4950) Resposta:~304,1 K} Em muitos casos, acontecerd de uma dada reacdo poder ser alcangada por ir is de um conjunto gradual de equagdes. O valor final de AH para uma rea- | 0 dependera da forma em que a decompormos para utilizarmos a lei de | 3? Hé uma fungao de estado, portanto sempre feremos o mesmo valor de AH | AH: a uma reagio total, ndo importando quantas etapas aplicamos para chegar aos pro- os finais. Por exemplo, considere a reacao de metano (CH,) e oxigénio (O.) 2 formar CO, e HO. Podemos visualizar a reagio formando CO, direta- ente, como fizemos antes, ou com a formacao inicial de CO, que sofre com- CHY(®) + 2039) 607 Ky Mong COW + 2HLOH0 +} O46) atty= 283 10 para CO,, Essas escolhas sfio comparadas na Figura5.21.PorHseruma | | Zo de estado, ambos os caminhos produzem o mesmo valor de AH.No | Gq) F210 Lcounranom | grama de entalpia, isso significa AH, = AH, + AH, Figura $.21 A quantidade de calor gerada pela combustéo de T mol de CH, independe se a reago ocorre em uma ou mais Utilizando os métodos que acabamos de ver, podemos calcular as variacBes tapas: Ah; = AH, + AH, entalpia para um grande niimero de reagdes a partir de valores de AH en- tradlos em tabelas. Muitos dados experimentais sao relacionados em tabelas de acorclo com 0 tipo de proceso. ‘exemplo, existem extensas tabelas de entalpias de vaporizacio (AH para conversdo de liquidos em gases), entalpias iso (AH para fusio de sélidos), entalpias de combustfo (AH para a combustao de uma substancia em oxigénio), e im por diante. Um processo particularmente importante utilizado para arranjar dados termoquimicos em tabe- a formacio de um composto a partir de seus elementos constituintes. A variacao de entalpia associada a esse 50 € chamada entalpia de formagao (ou calor de formacdo) e 6indicada por AH, onde o subscrito findica que a stancia foi formada a partir de seus elementos. -Aordem de grandeza de qualquer variacao de entalpia depende das condigées de temperatura, pressao e esta- (gs, liquido ou sélido, forma cristalina) dos reagentes e prodiutos. Para se comparar as entalpias de diferentes es, temos de definir um conjunto de condigdes, chamado estado padirfo, no qual a maioria das entalpias sao ta- -7 Entalpias de formagao ° Substancia Formula 3 aH} aH (kJ/mol) (kj/mod) a Ch®@ 2267 ‘Etano CH®) 8468 1,00) 2858 — Etanol CHLOH() 7 NH,@) 46,19 Etileno CHW) 52,30 CHO 49,0 Fluoreto dehidrogénio —-HF(g) -268,6 NaHCO,s) -947,7—Glicose C.H.0,6) 1273 162 (Quimica: a ciéncia central Entalpias padrio de formacao, Substincia Formula gyr® Substincia Formula ane (kJ/mol) (kJ/mol) Brometo de hidrogénio HBr(g) 36,23 Iodeto de hidrogénio HIQ) 259 Carbonato de calcio CaCOls) 1.2071 Metano CHA) -748 Carbonato de sédio Na,COfs) 1.1309 Metanol CH,OH() -238,6 Cloreto de hidrogénio HCI) -92,30 Monéxido de carbono cog) 11035 Cloreto de prata AgCl(s) 1270 Oxido de calcio ca0Gs) 6355 Cloreto de sédio NaCl) 4109 —-Propano CHG) 103,85 Diamante ce) 188 Sacarose CHO.) 2.221 Didxido de carbono Coxe) 9935 Vapor de agua 1.06) 28 Oestado padrao de uma substéncia é sua forma pura A pressdo atmosférica (1 atm; «om Secdo 10.2)e tempera- tura de interesse, a qual normalmente escolhemos ser 298 K (25°C). A entalpia padrao de uma reacao é definida como a variagdo de entalpia quando todos os reagentes e produtos esto em seus estados padrao. Indicamos uma entalpia padrao como AH, onde o indice superior “” indica condigdes de estado padrao. A entalpia padrao de formacao de um composto, AH®é a variacao da entalpia para a reacao que forma 1 mol do composto a partir de seus elementos, com todas as substancias em seus estados padrao. Normalmente informa- ‘mos valores de AH? a 298 K. Se um elemento existir em mais de uma forma sob condig6es padrao, a forma mais esté- vel do elemento ¢ utilizada para a reacao de formacio. Por exemplo, a entalpia padrao de formacao para o etanol, C.H,OH, é a variacao de entalpia para a seguinte reacao: AHG =-277,7 (5.25) 2C(grafite) +31 : A fonte elementar de oxigénio é O,, endo O ou O,, porque O, é a forma estvel do oxigénio a298 K ea pressio atmosférica padrao. Similarmente, a fonte elementar de carbono é grafite e ndo diamante, porque a grafite é mais estavel (energia mais baixa) a 298 K e a pressio atmosférica padrao (veja o quadro “Pratique 5.9”). Da mesma ma- neita, a forma mais estavel do hidrogénio sob condicdes padrao é H,(g); portanto, ela é utilizada como a fonte do hidrogenio na Equagao 5.25. A estequiometria de reagdes de formacio sempre indica que 1 mol da substancia desejada é produzido, como na Equacao 5.25. Como resultado, as entalpias de formacao sao informadas em kJ/mol da substdncia. Varias ental- pias padrao de formagao séo relacionadas na Tabela 5.3. Uma tabela mais completa é fornecida no Apéndice C. Por definicao,a entalpia pedro de formagio da forma mais estével de qualquer elemento é zero porque no existe reacao de for- ‘magfo apropriada quando o elemento jé esté em seu estado padrao. Assim, os IBM valores de AH® para C (grafite), H,(g), 0,(g) e os estados padrao de outros ele- Formacao do brometo de eee Bae ane mentos sao zero por definicao. ‘COMO FAZER 5.11 Para qual das seguintes reagdes a 25°C a variagio de entalpia representaria uma entalpia padrao de formagao? Para as quedo representam a entalpia padrao de formacio, quaisalteragoes nas condicbes das reagbes teriam de ser feitas? (@) 2Na(s) + 40,(g) —+ Na,0(8) (b) 2K (1) + CL.(g) —+ 2KCl(s) (©) C,Hi,0,(9 —> 6C (diamante) + Hg) + 30.(g) Solucao Analise:a entalpia padrao de formacao é representada por uma reago na qual cada reagente é um elemento em seu estado padrio. Planejamento: para resolver esses problemas, precisamos examinar cada equagao para determinar, em primeiro Iu- gar, qual éareacdo na qual uma substancia é formada a partir dos elementos. Em segundo lugar, precisamos determi- nar se 0s elementos reagentes na reacio esto em seus estados padrio a 25°C. Capitulo 5 Termoguimica 163, Resolusao: no item (a,) Na,O é formadoa partir dos elementos sido ¢ oxigénio em seus estados apropriados, um séli- do e um gés, respectivamente. Portanto,a variagio de entalpia para a reagao (a) corresponde & entalpia padrao de for- magao. ‘No item (b) 0 potssio é dado como um liquido. Ele tem de ser alteraco para a forma sélida, seu estado padrao a tem- peratura ambiente. Além disso, 2 mols de produto sao formados, de forma quea variagéo de entalpia para areagiona forma eserita é duas vezes a entalpia padrao de formagao de KCI(s). A reagio (c) nfo forma uma substincia a partir de scus elementos. Em vez disso, uma substncia se decompoe em seus, elementos. Essa reac&o, portanto, deve ser invertida. Em segundo lugar, o elemento carbono é dado como diamante, a passo que grafite é a forma sotida de mais baixa energia do carbono a temperatura ambiente e a certa pressio at mosférica. A equagdo que representa corretamente a entalpia de formacao da glicose a partir de seus elementos & 6C (grafite) + 6H,(g) + 30,(g) —> C,H,,0,(5) PRATIQUE Escreva a reaglo que corresponde a entalpia padrio de formacSo do tetracloreto de carbono liquido (CC1). Resposta: C(s) + 2CL(g) —> CCI,() Utilizacao de entalpias de formacao para o célculo de entalpias de reagao Os AH? tabulados, como os da Tabela 5.3 e do Apéndice C, tém muitas utilizagSes importantes. Como vere- ‘mos nesta Seco, podemos usar a lei de Hess para calcular a variagao de entalpia padrao para qualquer reacao da qual conhecemos os valores de AH’ para todos os reagentes e produtos. Por exemplo, consideremos a combustéo do «gis propano, C,H,(g), com oxigénid para formar CO,(g) e H,O(!) sob condigbes padra CH) + 50,(¢) —> 3C0,(g) + 4H,0(), Podemos escrever essa equagio como a soma de trés reagbes: CJHy(g) —> 3C(6) + 4F(@) AH, = ~AHF(C5H,(g)) {5.26} 3C{s) + 304g) —> 3C0,(8) 1527] AHL(g) + 20,{) —> 4,00) (5.28] CJH,g) + 50,g) —> 3C0,G) + 4H,00) AH® = AH, + AH, + AH, [529] Pela lei de Hess, podemos escrever a variacdo de entalpia padrao para a reagao total, Equagao 5.29, como a ‘soma das variacoes de entalpia para os processos nas equacbes 5.26 a 5.28. Podemos, portanto, utilizar os valores ‘da Tabela 5.3 para calcular um valor numérico para AH?: = AH, + AH, + AH, -AH? (CH\(g) + 3H 2(CO,(g)) + 44H12(,0()) = (103,85 9) + 3(-393,5 kj) + 4(-285,8 kJ) = -2.220 kf 5.39) Varios aspectos desses calculos dependem das diretrizes que abordamos na Seco 5.4. 1. A Equagio 526 € 0 inverso da reagio de formacao para C,H), portanto a variagao de entalpia para essa rea- sao €- AH (GH) 2, AEquaca0 5.27 € a reacao de formacao para 3 mols de CO,(g). Como a entalpia é uma propriedade extensi- va, a variagio de entalpia para essa etapa é 3AH;(CO.(g)). Analogamente, a variacao de entalpia para a Equacio 5.286 4AH°(H,O()). A reacao especifica que foi produzido H,O(); dessa forma, seja cuxidadoso a0 iatilizar'o valor de, AHP para H,O(), endo H,O(). 3. Consideremos que os!coeficientes estequiométricos na equagao balanceada representam quantidade de matéria. Portanto, para a Equacao 5.29 o valor de AH? =~ 2.220 kJ representa a variacdo de entalpia para a reacio de 1 mols de C,H, ¢ 5 mols de O, para formar 3 mols de CO, e 4 mols de H,O. produto da quanti- dade de materia pela variacio de entalpia em KJ/mol tem as unidades KJ (quantidade de matéria) x (AH? em kJ/mol) = WJ. Informaremos, portanto, AH® em KJ. A Figura 5.22 apresenta um diagrama de entalpia para a Equacao 5.29, mostrando como ela pode ser quebrada ‘em etapas envolvendo reacées de formacio. 164 Quimica: a ciéncia central areca Figura 5.22 0 dagrama de ental Elite + S86) +5) Fae a eT rolled Elementos propano, C,H,(g). A reacao total & An, = ) 4 a GHy(g) + 50,(g) —+ 3COXa) + “Hitsjgs1g | DDompesicto | @)Formagtode SCO, 4H,0(). Podemos imaginar que essa a reagao ocorra em trés etapas, a A + BOE | ar rsa ay Em primeiro lugar, 0 C.H4(a) Reagentes. decompée-se em seus elementos; logo, aH, = -AH;(CHA9)) Em segundo, formam-se 3 mols 4 3CO,(g) + 4H; de CO,(¢); em seguida, = ——— AH, = 34H7(CO,(@). Finalmente, 2200 Kg formam-se 4 mols de H,0(), logo @Formacio de 4H,0 AM; = 4aH7(H,0(0). A lei de Hess nos diz que AH? = AH, + AH, + Ay. Ay = ~1.183 kg Esse mesmo resultado € obtido g) +400) pals Exot 30 psc 1 (O.(9)) = Entalpia — Produtos Podemos reescrever qualquer reagao na forma de varias reagdes de formagao, como fizemos aqui. Podemos fa- zer isso, pois 0 calor padrao da reacdo é a soma dos calores padrao de formagao dos produtos menos os calores pa- dtdo de formacao dos reagentes: AH? = 5) nAH®(produtos) ~ Yom AH®(reagentes) [531] Osimbolo 5 (sigma) significa ‘a soma de’, e 11 e m sao os coeficientes estequiométricos da equacao quimica, © primeiro termo na Equacdo 5.31 representa as reagbes de formacéo dos produtos, que sao escritos no sentida para a direita, isto é, os elementos reagindo para formar produtos. Esse termo € idéntico aos das equacées 5.27 © 5.28 do exemplo anterior. O segundo termo representa o inverso das reagdes de formacio dos reagentes, como na Equacio 5.26, razao pela qual os valores de AH; tém sinal de menos na frente. COMO FAZER 5.12 (@) Caleule a variacéo de entalpia padrao para a combustdo de 1 mol de benzeno, C,H,(),em CO,(g) ¢H,0().(b) Com- patea quantidade de calor produzido pela combustaode 1,00 g de propano com a produzida por 1,00 g de benzeno. Solusdio_ (a) Sabemos que uma reagio de combustio envolve Og) como reagente. O primeizo passo 6 escrever uma equagio balanceada para a reacio cle combusto de 1 mol de CH} CHAN) + $.0.(g) —> 6CO,(g) + 3H,0(), Podemos caleular AH? para a reagfo utilizando a Equacio 5.31 e 0s dados na Tabela 5.3, Lembre-se de multiplicar 0 | valor de aH para cada substincia na reacio por seu coefiiente estequiométrico. Lembre-se, também, de que AH =O | para qualquer elemento em sua forma mais estével sob condigdes padrio, portanto AH7(O,()) = 0 AH? = [68H ¢(CO,) + 3AH3(H,0)] - [AH ?(CjH,) + BAH F(0,)] = [6(-393,5 kJ) + 3(-2858 kI)] -49,0 k)) +48 OK) (2361-8574 49,0) kj =3267K) (b) A partir do exemplo trabalhadg no texto, AH? =-2.220K] para a combustio de 1 mol de propano. No item (a) des- se exercicio determinamos que AH; =~3.267 kJ para combustao de 1 molde benzeno. Para determinaro calor de com- bbusto por grama decada substéncia,utilizamos as massas molares para converter quantidade de matéria em gramas: CH): (2.220 KJ/mol)(1 mol/44,1 g) = 503 KI/g CH (3.267 Kf/mol)(1 mot/78,1 g) = ~41,8 KJ/g Tanto o propano quanto o benzeno sto hidrocarbonetos. Em geral, a energia obtida a partir da combustéo de um gra ma de hidrocarboneto esté entre 40 e 50 K}. Capitulo 5 Termoquimica 165 PRATIQUE Utilizando as entalpias padrao de formagao relacionadas na Tabela 5.3, calcule a variagao de entalpia para a combus- tao de 1 mol de etanol: CHLOH() + 30,(g) —> 2C0,) + 34,000 Resposta:~ 1,367 KJ ‘COMO FAZER 5.13 ‘A variagio padrao de entalpia para a reac CaCO,{s) —+ Ca0(s) + COL) 6178,1 K|.A partir dos valores para as entalpias padrao de formacio de CaO(s) ¢CO,() dados na Tabela 53, calculea centalpia padrao de formagio de CaCOJs). Solugao Anlise: precisamos obter 0 AH(CaCO). Planejamento: comecamos escrevendo a expressio para a variagio padrao de entalpia para a reagao precedente: AH?= [AH (CaO) + AH #(CO,)] - AH 7(CaCO) Resolucdo: substituindo por valores conhecidos, temos: 178,1 KJ =~ 635,5 k] -393,5 kJ - AH7(CaCO,) Resolvendo 0 AH #(CaCO,), temos: AH®(CaCO,) =~1.207,1 kJ/mol Conferéncia: espera-se que a entalpia de formacio de um s6lido estavel como o carbonato de calcio seja negativa, como o obtido. PRATIQUE Dada a seguinte entalpia padrao de reacio, utilize as entalpias padrao de formacio da Tabela 53 para calcular a ental- pia padrao de formacao de Cu(s) CuO) + HQ) —> Cuts) +H,0() aH? =-1297 Resposta:~ 156,1 kJ/mol 5.8 Alimentos e combustiveis ‘A maioria das reacdes quimicas utilizadas para a producao de calor si de combustao. A energia liberada quando 1 g de uma substancia sofre combustdo é normalmente chamada de calor espectfico de combustéo. Como o calor especifico de combustao representa 0 calor liberado em uma combustao, ele é um ntimero positive. O calor especifico de combustéo de qualquer alimento ou combustivel pode ser medido pela calorimetria. Alimentos ‘A maior parte da energia de que nosso corpo necessita vem de carboidratos e gorduras. As formas de carboi- drato conhecidas como amido sao decompostas no intestino em glicose, C,H,,0,. A glicose é soltivel no sangue, & no corpo humano é conhecida por acticar do sangue. Ela é transportada pelo sangue para as células, onde reage com o O, em uma série de etapas, produzindo CO,(g), H,O(0) e energia: CH,,0,(5) + 60,(g) —> 6CO,(g) +6H,O() AH? = -2.803 KJ 166 Quimica: a ciéncia central A decomposico dos carboidratos é répida, portanto sua energia é fornecida rapidamente ao corpo. No ents to, 0 corpo armazena apenas uma quantidade muito pequena de carboidratos. O valor especifico de combust médio dos carboidratos é 17 kJ /g (4 kcal/g). ‘Como os carboidratos, as gorduras produzem CO, e H,O quando metabolizadas eao serem submetidas a bustéo em uma bomba calorimétrica. A reacao de triestearina, C,,H,,,O,, uma gordura tipica, é como segue: 2CHyyO,(s) + 1630,(g) —> 114CO,(g) + 110H,O() AH igura 5.23 Os rétulos de entos processados tém informagdes sobre as quantidades de diferentes nutrientes em uma porgio média. 75,520 kJ O corpo utiliza a energia qufmica dos alimentos para manter a tempera ra corporal (veja 0 quadro “A quimica ea vida”, na Seco 5.5), para contrair: miisculos e para construir e reparar tecidos. Qualquer excesso de energia & mazenado na forma de gorduras. As gorduras s4o bem apropriadas para sei virem como reserva de energia do corpo por, no mfnimo, duas razdes: (1) s40% sohiveis em Agua, 0 que facilita 0 armazenamento no corpo, e (2) produze ‘mais energia por grama do que proteinas ou carboidratos, o que as torna fonte de energia eficientes em termos de massa. O calor especifico de combustao dio das gorduras é de 38 kJ/g (9 keal/g). © metabolismo de proteinas no corpo produz menos energia que a com bustio em um calorfmetro porque os produtos sao diferentes. Proteinas com 48m nitrogénio, o qual é liberado na bomba calorimétrica como N,. No corp esse nitrogénio vira principalmente uréia, (NH,),CO. As proteinas sao utili das pelo corpo principalmente como materiais para a producio de tecidos d 6rgaos, pele, cabelo, miisculo, e assim por diante. Em média, o metaboli das proteinas produz 17 KJ/g (4 kcal/g), o mesmo que para carboidratos. Os calores especificos de combustao para uma variedade de alimentos muns sao mostrados na Tabela 5.4. Os rétulos em alimentos industrializade mostram as quantidades de carboidrato, gordura e protefna contidos em 1 porcdo média (Figura 5.23). A quantidade de energia de que o corpo necessit varia consideravelmente dependendo de fatores como peso, idade e atividade muscular. Cerca de 100 KJ por qui gama de peso corporal por dia so necessérios para manter o corpo funcionando em nivel minimo. Uma pessoa d porte médio de 70 kg (154 Ib) gasta cerca de 800 KJ /h.ao executar trabalhos leves, como caminhar lentamente ou rea zar tarefas simples de jardinagem. Atividade extenuante, como correr, normalmente requer 2.000 kJ/h ou mais Quando o contetido de energia da alimentacao excede a energia que gastamos, o corpo armazena o excedente forma de gordura. abustivel de alguns alimentos comuns ‘Composigao aproximada (% em massa) Calor especifico de combustio Carboidrato Gordura Proteina Wg ikcallg (cal/g) Carboidrato 100 = = 7 4 Gordura = 100 “ 38 9 Proteina - = 100 wv 4 Magas 1B 05 04 25 059 Cerveja" 12 - 03 18 042, Pio 52 3 9 2 28 Queijo 4 9 28 20 47 Ovos o7 10 B 60 1a Doce de leite a1 u z 18 4A Ewilha 70 - 19 18 038 Hambiirguer - 30 2 6 36 Leite (integral) 50 40 33 30 o74 Amendoim. 2 9 6 2B 55 As cervejas normalmente contém 3.5% de etancl, que tem valor combustivel Capitulo 5 Termoquimica 167 COMO FAZER 5.14 ‘Uma planta como o aipo contém carboidratos na forma de amido e celulose. Esses dois tipos de carboidratos tém es- sencialmente os mesmos calores especificas de combustio ao sofrer combustio em uma bomba calorimétrica. Quan- do constumimos aipo, entretanto, nosso corpo recebe o calor especifico de combustdo apenas do amido. O que podemos concluir sobre a diferenca entre o amido e a celulose como alimentos? Solucéo Seacelulose nio fornece calor especifico de combustio, devemos concluir que ela nao é convertida em CO,€ FO no corpo, como 0 amido. Uma diferenca pequena, mas crucial, nas estruturas do amido e da celulose explica a razao pela qual apenas o amido é decomposto em glicose no organismo. A celulose nao softe mudanga quimica significativa no processo. Ela serve como alimento rico em substancias indigeriveis na dieta, mas néo proporciona renhum valor calérico. PRATIQUE ‘Orétulo nutricional em uma garrafa de éleo de canola indica que 10 g do éleo tém calor especifico de combustio de 86 kcal. Um rotulo similar em um frasco de molho para panqueca indica que 60 mL (aproximadamente 60) tem calor es- pecifico de combustio de 200 kcal. Explique a diferenca. Resposta: 0 éleo tem calor especifico de combustao de 8 6 kcal/g, enquanto o molho tem calor especifico de combus- tao de aproximadamente 3,3 kcal/g. O calor especifico de combustao mais alto do dleo de canola deve-se a0 fato deo {leo ser essencialmente gordura pura, a0 passo que a calda é uma solugao de acticares (carboidratos) em agua. O 6leo tem calor especifico de combustao mais alto por grama; além disso, o molho € diluido em égua ‘COMO FAZER 5.15 (a) Uma porgao de 28 g (1 02.) de um cereal popular servido com 120 mL de leite desnatado fornece g de proteina, 26g de carboidratose 3 g de gordura. Utilizando os calores especificos de combustéo médios desses tipos de subst cias, calcule a quantidade de energia alimentar nesta porcao. (b) Uma pessoa de peso médio utiliza cerca de 100 Cal/mi aocorrer ov andar. Quantas porcdes desse cereal fornecem o calor especifico de combustéo necessério para correr 3 mi? Solugao (a) Analise: o valor alimentar total da porgdo sera a soma dos valores alimentares da proteina, dos carboidratos e da gordura Planejamento: as massas da proteina, dos carboidratos e da gordura na porgio de cereal séo fornecidas, Podemos uti- lizar os dados da Tabela 3.4 para converter essas massas em seus calores especificos de combustio, 0s quais podemos somar para obtermos a energia alimentar total Resolugao: feel i TNs 1h ww) de proteinas| —17____) «(26 g de carboidratoy —_7_ (ig depmictons| a provi) * 88 0 ae a 381) F 2 g de gorduray| 284} 650 iy (para dots algarismos significativos Qgdeg (a OK 8 igificativos) Isso corresponde a 160 keal 1 kcal 50 cal (650 (HS 160 keal Lembre-se de que a caloria de nutrigio 6 equivalente a 1 kcal. Assim, uma porgio fornece 160 kcal. () Anélise: aqui nos defrontamos com o problema oposto, ao calcularmos a quantidade de alimento que fornece ‘quantidade especifica de valor cal6rico alimentar. Planejamento: 0 enunciado do problema fornece um fator de conversio entre calorias e milhas. A resposta do item (@) nos fornece um fator de conversa entre porcdes e calorias. Resolugo: podemos utilizar esses fatores em uma andlise dimensional direta para determinar 0 rximero le porgoes necessérias, arredondado para o nimero inteiro mais proximo: Porgées = (3 mi) Cece pony. = 2porgdes 160cai) ~ 2PO PRATIQUE (a) O feijaocarioca contém 62% de carboidratos, 22% de proteina e 1,5% de gordura, Calculeo calor especifico de.com- bustio desse feijéo. (b) Atividades bem leves como ler ou assistir 4 televisto utilizam cerca de 7 k]/min. Quantos mi- nutos de tais atividades podem ser sustentados pela energia fornecida por uma porcao de sopa de macarrao de galinha contendo 13 g de proteina, 15 g de carboidratos e 5 g de gordura? Respostas: (a) 15 kJ/g; (b) 95 min. 168 (Quimica: a ciéneia central Combustiveis As composigées elementarese os calores especificos de combustio de varios combustiveis comuns séo comp radosna Tabela 5.5. Durante a combustao completa de um combustivel, o carbono € convertido em CO, eo hic génio, em H,O, tendo ambos grandes entalpias de formacio negativas. Conseqiientemente, quanto maio porcentagem de carbono e hidrogénio em um combustivel, mais alto éseu calor especificn de eombnstiin Camp Te, por exemplo, as composigées € valores especificos de combustao de carvao betuminoso e madeira. O ca tem maior calor especifico de combustao por causa de seu maior contetido de carbono. ee ee Composicio elementar aproximada (massa %) c W ° Calor especitico de combustio (kj/g) Madeira (pinheiro) 50 6 44 8 Carvao antracito (Pensilvania) 82 a 2 31 Carvao betuminoso (Pensilvinia) 7 5 7 2 Carvao vegetal 00 ° 0 34 Petrteo néo-refinado (Texas) 85 2 0 5 Gasolina 85 5 o 48 Gas natural 70 B 0 9 Hidrogénio 0 10 ° 12 No ano 2000 os Estados Unidos consumiram 1,03 x 10” kJ deenergia. Raier ee valor corresponde a um consumo diario médio por pessoa de 1,0 10° i 6m 7 aproximadamente cem vezes maior do que a necessidade per capita de enengi Carvéo| _/—Petleo__alimentar. (Os Estados Unidos so uma sociedade altamente energética!) Ape om), (40,0%) sar de a populagdo norte-americana ser apenas cerca de 4,5% da populacs mundial, os Estados Unidos respondem por quase um quarto do consumo energia total mundial. A Figura 5.24 ilustra as fontes dessa energia. j O carvao, o petréleo e o gas natural, principais fontes de energia, sio co ; nhecidos como combustiveis fésseis. Todos se formaram durante milhées é anos a partir da decomposigao de plantas e animais e so exauridos mui mais rapidamente do que sio formados. O gas natural consiste de hidrocarbe netos gasosos, compostos de hidrogénio e carbono. Ele contém principalment Gas natural (23,0% metano (CH), com pequenas quantidades de etano (C,H,), propano (C,H,) Figura 5.24 Fontes de energias _Dutano (C,H,,). Determinamos o calor especifico de combustao do propano en consumidas nos Estados Unidos. “Como fazer 5.12”. O petrdleo é um liquido composto de milhares de compos Em 2000 os Estados Unidos tos. A maior parte deles sao hidrocarbonetos, e o restante sio principalment cconsumiram um total de compostos organicos contendo enxofre, nitrogénio ou oxigénio. O carvao, que 1,0 « 10" kj de energia. € s6lido, contém hidrocarbonetos de alto peso molecular, bem como comp. tos contendo enxofte, oxigénio ou nitrogénio. O carvao é o combustivel f6ss mais abundante; cle compreende 80% das reservas de combustiveis fésseis dos Estados Unidos e 90% das reserv mundiais. Entretanto, 0 uso de carvao apresenta alguns problemas. O carvao é uma mistura complexa de subst’ cias e contém componentes que causam poluicao. Quando o carvao sofre combustao, o enxofre nele contido é co vertido principalmente em diéxido de enxofre, SO,, um poluente muito problematico. Como 0 carvao é um solide a extragao de seus depésitos no subsolo é cara e normalmente perigosa. Além disso, os depésitos de carvao nem ao proximos das areas de grande demanda energética, por isso, geralmente, os custos com transporte: ‘Uma maneira promissora de se utilizar reservas de carvao 6 usé-las para produzir uma mistura de hidrocarb netos gasosos chamados syngas (do inglés, ‘gis de sintese’). Nesse proceso, chamado gaseificago do carvao, 0 carve normalmente é pulverizado e tratado com vapor superaquecido. Compostos contendo enxofre, agua e didxido de carbono podem ser removidos dos produtos, produzindo uma mistura gasosa de CH,,H,e CO, todos com altos ca- lores especificos de combustao: Capitulo $ Termoguimica 169 Carvao + vapor —*> mistura complexa 8" 5 mistura de CH,, H, e CO (syngas) Por ser gasoso, o syngas pode ser facilmente transportado em oleodutos. Além disso, uma vez que grande par- lenxofre no carvao éremovida durante o proceso de gaseificacao, a combustao do syngas causa menos poluigao ica do que a queima do carvao. Por essas razdes, a conversao econdmica de carvao e petroleo em combusti- “mais limpos’ como o syngas e o hidrogénio é uma area muito produtiva de pesquisa em voga na quimica ena aria, ras fontes de energia Energia nuclear 6 liberada na divisao ou fissao do micleo de atomos. A energia nuclear é atualmente utilizada produzir cerca de 22% da energia elétrica dos Estados Unidos e compreende aproximadamente 8% da produ ade energia total desse pais (Figura5.24). A energia nuclear é em principio, isenta das emissdes poluentes, que s40 ncipal problema na geracao de energia a partir de combustiveis fésseis. No entanto, usinas nucleares produ- resicluos radioativos, tendo sua utilizacao causado, por essa razao, muitas polémicas. Abordaremos assuntos jonados & producao de energia nuclear no Capitulo 21. Ocombustivel féssil ea energia nuclear sao fontes de energia rlo-renoviveis; os combustiveis usados sao recur- Jimitados que temos consumido em proporsao muito maior que a de sua regeneracao. Mais cedo ou mais tarde combustiveis serao gastos, apesar de estimativas variarem muito sobre quando isso ocorrerd. Como as fontes ‘energia ndo-renovaveis serao um dia exauiridas, hd um grande mimero de pesquisas sobre fontes de energia re- ivel, fontes de energia essencialmente inexaurfveis. Fontes de energia renovavel incluem energia solar; energia , aproveitada por meio de moinhos de vento; energia geotérmica, a partir do calor armazenado na massa da Ter- ‘energia hidroelétrica, das correntes dos rios; e energia de biomassa, de colheitas, como érvores e milho, e de matéria ica residual. Atualmente, fontes renovaveis fornecem cerca de 6,3% do consumo anual de energia nos Esta- Unidos, cujas maiores contribuigdes sao as fontes hidroelétricas (3,7%) e biomassa (2,9%). ‘O abastecimento de nossas necessidades energéticas futuras dependerd certamente do desenvolvimento da Jlogia para aproveitar a energia solar com maior eficiéncia. A energia solar éa maior fonte de energia mundial. dia limpo aproximadamente 1 kJ de energia solar atinge cada metro quadrado da superficie terrestre a cada ido. A energia solar que recai sobre 0,1% da area superficial dos Estados Unidos é equivalente a toda energia ‘esse pais usa atualmente. O aproveitamento dessa energia é dificil porque ela é diluida (distribufda por uma muito extensa) e oscila com o hordrio e as condigées climaticas. O uso efetivo da energia solar dependeré do wolvimento de algumas maneiras de estocar a energia coletada para uso posterior. Qualquer meio pratico de isso certamente envolveré a utilizacao de processos quimicos endotérmicos que podem ser mais tarde rever- para liberar calor. Uma reagao desse tipo é a seguinte: CH,Q) + H,O(g) + calor = COW) + 3H,(g) Essa reacdo prossegue no sentido direto a altas temperaturas, que podem ser obtidas em um forno solar. COe formados na reacao poderiam ser estocados e deixados reagir posteriormente, com 0 calor liberado sendo atre- a trabalho util. ‘Uma pesquisa feita ha aproximadamente vinte anos no Epcot Center da Walt Disney revelou que aproximada- te 30% dos visitantes esperavam que a energia solar fosse a principal fonte de energia nos Estados Unidos no 2000. O futuro da energia solar tem provado ser muito parecido com o préprio Sol: grande e brilhante, mas distante do que parece. Todavia, progressos importantes tém sido feitos nos tiltimos anos. Talvez a maneira is direta de fazer uso da energia do Sol seja converté-la diretamente em eletricidade pelo uso de dispositivos fo- taicos, algumas vezes chamados de células solares. A eficiéncia da conversao da energia solar por tais disposi- tem aumentado dramaticamente durante os tiltimos anos como resultado de esforcos de pesquisa intensos. células fotovoltaicas sao vitais para a geracao de energia para a estagdo espacial. Mais importante para nossas 1pacdes terrestres, o custo unitario dos painéis solares tem diminuido constantemente, mesmo coma melho- ‘dramitica de suas eficiéncias. Como um resultado, as células fotovoltaicas tornaram-se praticéveis para a gera- ‘em larga escala de energia «til na superficie da Terra. Na Califérnia, casas e empresas que adicionam painéis ss em seus telhados podem receber créditos para eletricidade adicionados diretamente em suas placas acu- doras de energia. Agora que o ano 2000 chegou ese foi, quando vocé acha que a energia solar se tornaré a fon- principal de energia no mundo? 170 ‘Quimica: a ciéncia central Ay Aquimica no trabalho _O carro hibrido Os carros hibrides que atualmente entram no mercado automobilistico ilustram bem a convertibilidade da energia de uma forma para outra. Esses carres so carros capazes de rodar com gasolina ou eleiricidade. Os entio chamados ‘completamente hibricos’ sio carros capazes de rodar ape- nas com energia de bateria a velocidades mais baixas. O Honda Insight (Figura 5.25) 6um carro completamente hibri- do que atinge 61 milhas por galao na cidade. Em cartos com- pletamente hibridos, um motor elétrico é capaz de impelir 0 carro a velocidades mais baixas. Os carros ‘moderadamente Inbridos’ sao mais bem definidos como motores a gasolina életricamente auxiliados. Tanto a General Motors como a Ford tem anunciado planos de oferecer motores letricamen- te auxiliados para a maioria dos modelos. Os carros totalmente hibridos sio mais eficientes do que os projetos dos moderadamente hibridos, mas seu custo de producio é mais elevado e necessitam de maisavancos tecno- Jogicos do que as versdes moderadamente hibrdas. Os mode- radamente hibridos sio mais provaveis de ser procluzidos em larga escala e vendicos nos proximos sete anos. Vamos refletit sobre como eles operam e sobre algumas consideragdes termo- dlinamicas interessantes que eles incorporam. ‘A Figura 526 mostra um diagrama esquuematico do sistema de forga para um carro moderaciamente hibricl. Além da bate- ria de 12 volts que & padtrio para automéveis convencionais, 0 carro moderadamente hibrido carrega um pacote debaterias de 2volts, A energiaeetrca desse pacote de baterias no éempre- gada diretamente para mover o carro; um motor elétrico capaz de mové-lo diretamente, como em um carzo totalmente hibri- do, requer de 150 a 300 volts. Nos carros moderadamentehibri- dos afonteeltricaadicional é empregada para fazer funcionar ‘Vrios outros dispositives awsliares que, caso contrério,funcio- Figura 5.25 © Honda Insight, carro hibrido no qual tanto os motores a baterias quanto a gasolina provéem éenergia para mové-lo, bem como para impelir dispositivos auxilares. COMO FAZER ESPECIAL A trinitroglicerina, C, rnariam no motor a gasolina, como bomba de gua, diregio hi= Aréulicae sistemas de ar, Para economizar energia, quando o caro hibrido pita. o motor é desligada Fle éroligada ticamente quando 0 motorista aperta 0 aceleracor. Essa carace teristica economiza combustivel que de outra forma seria usado para manter o motor funcionandlo sem necessidade em seméforos ¢ outras situagSes de inércia. A idéia 6 que o sistema elétrico acticional melhoraré a eft N,(g) + CO,(g) + H,0() + O.(g) Faremos o balanceamento da maneira normal. Para obter um ntimero par de dtomos de nitrogénio a esquerda, multi- plicamos a formula C,H.N,O,() por dois. Isso nos fornece 6 mols de CO,(g) e 5 mols de H,O(). Tudo esta balanceado, exceto 0 oxigénio, Temos um ntimero impar de étomos de oxigénio & direita. Podemos balancear o oxigénio adicio- nando } mol de O,(g) a direita 2CH.N,O,() —+ 3N,) + 6CO,(g) + 5H,0() + 10,69) Multiplicamos por 2 para converter todos os coeficientes em niimeros inteiros: AC HNO.) —> 6N{Q) + 12COJg) + 10H,OU) + O49) (b) O calor de formagao 6a variagéo de entalpia na equacéo quimica balanceada: 3C(s) + 3N,() + FHL) + $0.(¢) —> CHAN.) AH; Podemos obter 0 valor de AH? usando a equagao para 0 calor de decomposigao da trinitroglicerina: ACH.N,O,() —> 6N,(g) + 12COJg) + 101,01) + O49) A variagdo de entalpia nessa reacio 64(-1.541,4 k)) = -6.155,6 J. (Precisamos multiplicar por quatro porque existem ‘4 mols de C,H,N,O,(9 na equacao balanceada ) Essa variacao de entalpia é dada pela soma dos calores de formacao dos produtos menos 0s calores de formagao dos reagentes, cada um multiplicado pelo seu coeficiente na equacéo balanceada: ~ 6.155,6 KJ = [6AH F(N,(g)) + 12AH -(CO.(g)) + 10H 7(H,0(0) + AH £(0,(@))] ~ 44H F(CsHsNO() Os valores do AH® para oN) ¢ para 0 0,() sto zero, por definiglo. Procuramos os valores para H,O{)) eCO,(g) na Biepcins 3 ceicatoampe Ge ~6.155,6 kJ = 12{-393,5 kJ) + 10(-285,8) — 4H F(CJHN,O,()) AH} (GH.N.O,) (0) Sabemos que combustio de um mol de GH.N,O,() produ 1.5414 KJ. Precisamos calcular a quantidade dematé- ria de C,H.N,0,(0 em 0,60 mg: 0,60 «10° g de CH. 353,6 kJ/mol Jano? 09, { Lmol de CsH.N,O, 1B4AW "| 207 g de C.N,O, ) (1 mol de C,A.N,O, =41 (@ Como a trinitroglicerina funde-se abaixo da temperatura ambiente, esperamos que ela seja um composto molecu= lar, Com algumas excegdes, substancias ionicas s4o geralmente curas, materiaiscristalinos que se fundem aaltas tem- peraturas, (== Socbe: 6) Além disso, a formula molecular sugere que é mais provavel ser uma substincia ‘molecular. Todos os elementos que compdem a formula sio no-metais. (€) A energia estocada na trinitroglicerina é energia quimica potencial. Quando a substéncia reage explosivamente no ar, forma substncias como didxico de carbono, agua e gas nitrogénio, que sao de baixa energia potencial. Nocurso da transformacao quimica, a energia é liberada na forma de calor; os produtos gasosos da reacdo esto muito quentes. ssa energia de calor muito alta ¢ transferida para a vizinhanga; 0s gases expandem-se contra a vizinhanga, que pode ser de materiais sélidos. Realize-se trabalho para mover os materiais sélidos e Ines conceder energia cinética. Por exemplo, um pedaco grosso de peclra pode ser empurrado para cima. Ele ganhou energia cinética pela transferéncia de energia de gases quentes em expansio. A medida que a pedra sobe, sua energia cinética ¢ transformada em energia potencial, Eventualmente, ela adquire energia cinética outra vez a medida que cai para o solo. Quando ela bate no solo, grande parte sua energia cinética é convertida em energia térmica, posto que algum trabalho pode ser realizado nas vizinhancas também. 172 (Quimica: a ciéncia central Resumo e termos-chave Introdugao e Seco 5.1 Termodinamica é o estudo da energia e suas transformacoes. Neste capitulo nos de- tivemos na termoquimics, as transformagoee de energia — especialmente calor — durante as reacGes quimicas. Um objeto pode possuir energia em duas formas: energia cinética é energia relativa ao movimento dos objetos, ¢ energia potencial é a que os objetos possuem em virtude de sua posigéo em relagio a outros objetos. ‘Um elétron movendo-se préximo a um préton, por exemplo, tem energia cinética por causa do seu movi- mento e energia potencial por causa da atrago eletros- tatica pelo proton. A unidade SI de energia é 0 joule ():1] = 1 kgm’/s*. Outra unidade comum de energia é a caloria (cal), a qual foi definida originalmente como a quantidade de energia necessaria para aumentar a tem- peratura de 1 g de agua para 1°C: 1 cal = 4,184]. Quando estudamos as propriedades termodinami- cas, definimos uma quantidade especifica de matéria como sistema. Certa fora do sistema é a vizinhanga. Um sistema fechado pode trocar energia, mas nao ma- téria, coma vizinhanga. A energia pode ser transferida entre o sistema ea vizinhanga na forma de trabalho ou calor. O trabalho é a energia gasta para mover um ob- jeto contra uma forga. O calor é a energia transferida de um objeto mais quente para um mais frio, Na ter- modinamica definimos energia como a capacidade de realizar trabalho ou transferir calor. Secdo 5.2 A energia interna de um sistema éasoma de todas as energias cinéticas e potenciais de seus com- ponentes, A energia interna de um sistema pode mudar por causa da energia transferida entre o sistema ea vizi- nhanca. A primeira lei da termodinamica, também chamada lei da conservagio da energia, menciona que a variago na energia interna de um sistema, AE, éa soma do calor, q, transferido para dentro ou para fora do sis- tema, e 0 trabalho, z, realizado no ou pelo sistema: AE = q+. Tanto q como w tém um sinal que indica o sentido da energia transferida. Quando o calor é transferido da vizinhanca para o sistema, q > 0. Analogamente, quan- do a vizinhanga realiza trabalho no sistema, w > 0. Em ‘um processo endotérmico, o sistema libera calor para a vizinhanga, A energia interna, E, é uma fungio de estado. O va- lorde qualquer funcao de estado depende apenas do es- tado ou condigao do sistema, e nao de detalhes de como ele chegoua tal estado. A temperatura de uma substan- cia também é uma funcao de estado. O calor, q, € 0 tra- balho, w, no sao fungdes de estado; seus valores dependem do modo particular pelo qual o sistema mu- dou seu estado. Secdes 5.3 e 5.4 Quando um gas é produzido ou consumido em uma reacio quimica que ocorre a pres- so constante, o sistema pode realizar um trabalho pres~ so x volume contra a presso predominante. Por essa razio, definimos uma nova fungio de estado chamada entalpia, H, que 6 importante em termoquimica, Em sistemas que envolvem apenas trabalho pressao x volu- me devido aos gases, a variacao na entalpia de um siste- ma, AH, é igual ao calor obtido ou dispendido pelo sistema a pressfo constante. Para um processo endotér- mico, AH > 0; para um processo exotérmico, AH <0 Toda substancia tem uma entalpia caracteristica. Em um proceso quimico, a entalpia da reacdo é a en- talpia dos produtos menos a entalpia dos reagentes: AH, = H(produtos) - H(reagentes). As entalpias de rea- ‘¢do seguem algumas regras simples: (1) a entalpia é uma, propriedade extensiva, logo a entalpia de reacdo é pro- porcional a quantidade de reagentes envolvicios. (2) A. Teverstio de uma reacdo muda o sinal do AH. (3) A en- talpia de reacdo depende dos estados fisicos dos rea- gentes e produtos. Seco 5.5 A quantidade de calor transferido entre o sistema e a vizinhanga é medida experimentalmente: por calorimetria. Um calorimetro mede a troca de temperatura que acompanha o proceso. A variacao de temperatura de um calorimetro depende de sua capa- cidade calorffica, a quantidade de calor requerida para aumentar sua temperatura em 1K. A capacidade calorifica para 1 mol de substancia pura é chamada ca- pacidade calorifica molar; para 1 g de substancia, usa- ‘mos 0 termo calor espectfico. A agua tem calor especifico muilo allo, 4,18 J/g K. A quautidade de va lor, g, absorvido por uma substancia é 0 produto de seu calor especifico, sua massa e sua variacao de tem- peratura: q = (calor espectfico) x (gramas de substan- cia) x AT. Se um experimento calotimétrico € realizado sob pressao constante, o calor transferido fornece uma me- dida direta da variagao de entalpia na reacio. A calori- metria de volume constante 6 realizada em um recipiente de volume fixo chamado bomba calorimétri- ca. As bombas calorimétricas so usadas para medir 0 calor envolvido em reacdes de combustéo. O calor trans: ferido sob as condigbes de volume constante ¢ igual a AE. Entretanto, podem ser aplicadas corregdes aos valores de AE para fornecer as entalpias de combustao. Seco 5.6 Uma vez que entalpia é funcaio de esta- do, AH depende apenas dos estados inicial e final do sistema. A variacao de entalpia de um processo 6 2 ‘mesma se 0 processo for realizado em uma etapa ou em uma série de etapas. A lei de Hess afirma que se uma reacdo ¢ realizada em uma série de etapas, 0 AH para a reacdo seré igual a soma da variacao de ental- pia em cada etapa. Podemos, dessa forma, calcular 0 AH para qualquer processo, contanto que possamos -ssctever o processo como uma série de etapas para as ‘quais 0 AH é conhecido. Secio 5.7 A entalpia de formacdo, AH, de uma stancia é a variagao de entalpia para a reacaona qual substncia é formada, a partir de seus elementos cons- intes. A entalpia padrao de uma reacdo, AH’, éa iacdo de entalpia quando todos os reagentes ¢ pro- tos estao a presto de 1 atm e a uma temperatura es- ica, geralmente 298 K (25 °C). Combinando essas , a entalpia padrio de formacéo, AH®, de uma stincia é a variago de entalpia para a reacdo que 1 mol da substancia, a partir de seus elementos, todos os seus reagentes e produtos a 1 atm de pres- -enormalmente a 298 K. Para qualquer elemento na 1a mais estavel a 298 Ke 1 atm de pressdo, AH? =0. iagdo de entalpias padrao de formacao podem ser das a partir das entalpias padrao de formacio igentes e produtos na teacdo: Capitulo 5 Termoquimica 173 AH? =) w AH ?(produtos) ~ Ym AH ?(reagentes) Secio 5.8 O calor especifico de combustio de uma substincia é 0 calor liberado quando 1 g de substancia sofre combustéo. Os diferentes tipos de alimentos tém, diferentes calores especificos de combustao e diferentes habilidades de ser estocados no organismo. A maioria dos combustiveis comuns sao hidrocarbonetos encon- trados como combustiveis f6sseis, como gas natural, petréleo e carvao. O carvao é 0 combustivel féssil mais abundante, mas o enxofre presente na maioria dos car- es causa poluticéo ambiental. A gaseificacao do car- io é uma possivel saida para 0 uso dos recursos existentes como fonte de energia mais limpa. As fontes, de energia renovavel incluem a energia solar, a energia e6lica, a biomassa e a energia hidroelétrica. Essas fontes de energia sdo essencialmente inesgotaveis e se torna- ro mais importantes 8 medida que os combustiveis fosseis forem exauridos. Quais as duas formas nas quais um objeto pode possuir gia? Em que essas duas formas diferem? ‘Suponha que voce jogue uma bola de tenis para o alto, (a) energia cinética da bola aumenta ou diminui a me- ida que ela ganha altitude? (b) O que acontece com a “energia potencial da bola a medida que ela gana altitu- de? (€) Sea mesma quantidade de energia fosse fornecia para uma bola do mesmo tamanho da bola de ténis, mas com uma massa duas vezes maior, quado alto ela iria, comparada 8 bola de tenis? Justifique suas respostas. {a) Calcule a energia cinética em joules de uma bola de golie de 45 g movendo-se a 61 m/s. (b) Converta essa energia em calorias. (€) © que acontece com a energia quando a bola cai num banco de areia? (@) Qual é 2 energia cinética em joules de uma motoci- leta de massa igual a 950 Ib movendo-se a 68 mph? (b) Qual sera o fator de variacio na energia cinética sea velocidade da motocicleta diminuir para 34 mph? () Para onde vai a energia cinética da motocicleta quando ‘© motociclista freia para para? Emmuitos trabalhos de engenharia écomum usara uni- dade térmica britanica (Btu). Um Btu é a quantidade de calor necesséria para aumentar a temperatura de 1Ib de gua em 1 °F. Calcule o niimero de joules em 1 Btu. Um watt é uma medida de poténecia (a taxa de variagao de energia) igual a 1J/s. Calcule o mimero de joules em ‘um quilowatt-hora ‘Uma pessoa aclulta irradia calor para a vizinhanga apro- ximadamente & mesma razéo de uma lampada elétrica incandescente de 100 watts. Qual éa quantidade total de cenergia em keal irradiada para a vizinhanca por um adulto em 24 horas? Descreva a fonte de energia ea natureza das converses energéticas envolvidas quando uma lampada elétrica ‘de 100 wats irradia energia para a vizinhanga. Compa- re essa energia com a fonte de energia e conversoes cenergéticas envolvidas quando uma pessoa adulta irra- dia energia para a vizinhanca, 59° Suponha que uma bala de revélver seja atirada para 0 céu. Por que ela para de subir em ver de avancarindefi- rnidamente para o espaco? Em principio, a bala poderia escapar para 0 espago? 5.10 Uma bola de boliche cai de uma torre de cem pés de al- tura na Terra. Compare a variacio na energia potencial que ocorre com a queda da mesma bola de uma torre de cem pés na Lu 1 (@) Qual é 0 significado, em termodinamica, do termo sistema? (©) O que um sistema fechado tem de especial? 5.12 Em um estudo termodinamico um cientista se concen- ‘trou nas propriedades de uma solugaoem um recipiente ‘montado como na ilustragio. Uma solugio esta fluindo constantemente para dentro do recipiente no topo e ppara forada base, de tal forma quea quantidadie de solu- ‘io no recipiente & constante com o tempo. Entrada st © Saida (a) A solugio no recipiente é um sistema fechado? Jus tifique sua resposta. (b) Se nao é um sistema fechado, 174 (Quimica: a ciéncia central co que poderia ser feito com a montage mostrada na fi- gura para torné-la um sistema fechado? 5.13. (a) Oqueé trabalho? (b) Como voce determina a quanti- dade de trabalho realizada, dada a forga associacia com. trabalho? 5.14 (a) Até pouco tempo atrie se acreditava que calor nto era uma forma de energia. Quais argumentos voce pode darpara convencer alguém de que calor é uma forma de energia? (b) Sob quais condigdes 0 calor & transferido de um objeto para outro? 5.15. Identifiquea forca presente e explique se é realizado! balho nos seguintes casos: (a) voce suspende um de sua carteira, (b) uma mola é comprimida até a de de seu comprimento normal. Identifiquea forca presente e explique se ¢ realizado batho quando: (@) ma particula carregada positi ‘mente move-se em um circulo a uma distancia fixa uma particula carregada negativamente; (b) um de ferro 6 puxado de um ima, 5.16 A primeira lei da termodinamica 5.17 (a) Exponha a primeira lei da termodinamica. (b) Qual & o significado de energia interna de um sistema? (&) Quais ‘os meios pelos quais a energia intema de um sistema pode aumentar? 5.18 (a) Escreva a equagdo que expressa a primeira lei da ter- modinamica,(b) Ao aplicara primeira li da termodiné- mica, precisamos medir a energia interna de um sistema? Explique. (¢) Sob quais condigdes as grandezas q ew se- a0 ntimeros negativos? 5419 Calcule AE e determine se 0 processo endotétmico ou exotérmico para os seguintes casos: (a) um sistema libe- ral13KJ de calor para a vizinhanca e realiza 39 KJ de tra- balho na vizinhanga; (b) q = 1,62 KJ e w = -874 KJ; (©) 0 sistema absorve 63,5 KJ de trabalho da vizinhanga. 5.20. Para os seguintes processos, calcule a variagio na ener- gia interna do sistema e determine se o processo & endo- ‘térmico ou exotérmico: (a) um balao € aquecido pela adigio de900 J de calor. Ele expande-se, realizando 422] de trabalho na atmosfera, (b) uma amostra de 50 g é es- frinda de 30 °C para 15°C, nisso perdendo aproximada- mante 3.140 J de calor; (e) sma reagko quimica Tihera 8,65 kJ de calor e nao realiza trabalho na vizinhanca, 5.21. A caixa fechada em cada uma das seguintes ilustracoes representa um sistema e as setas mostram as variacées para o sistema em um proceso, Os comprimentos das setas representam os valores relativos de q ew. (a) Qual desses processos é endotérmico? (b) Para qual desses processos, se houver algum, AE <0? (e) Para qual desses processos, se houver algum, existe um ganho liquide de energia interna? a w 5.22 Um sistema libera calor para sua vizinhanga e realiza trabalho nela. (a) Desenhe uma caixa para representar 0 sistema e use setas para representar 0 calor e 0 trabalho transferidos. (b) £ possivel que esse processo tenha um AE positive? Explique. (©) E possivel que esse pr tenha um AE negativo? Explique. ‘Um gis 6 confinado em um cilindro equipado com pistao e um aquecedor elgtrico, como mostrado na fracao deste exercicio, Suponha que se fornesa c para o aquecedor de tal forma que sejam adicionas 100 J de energia. Considere duas situagdes diferent No caso (1) é permitido que o pistio se mova a met «que a energia é adicionada, No caso (2) 0 pistio esté detal forma quenao se possa mover. (a) Em qual caso ‘gis tem a maior temperatura depois da adicio da gia elétrica? Explique. (b) O que voce pode dizer so 18 valores de q ew em cada um desses casos? (e) O vocé pade dizer sobre os valores relativos de AE para sistema (o gs no cilindro) nos dois casos? 523 | 5.24 Considere um sistema consistindo de duas esferas de cargas contrérias penduradas por fios e separadas p uma distancia, r,, como mostrado na ilustracio deste evercicio. Suponha que elas sejam separadas por uma distancia maior, r,, afastando-as ao longo do trilho. (a) Qual variacao, se houver alguma, ocorreu na energia potencial da sistema? (b) Qual efeito, se houver algum, esse processo tem no valor de AE? (c) O que voce pode dizer sobre q e w para esse processo? Capitulo 5 Termoguimica 175 5.25 (a) Qual o significado do termo fugio de estado? (b) DE uum exemplo de grandeza que ¢ funcio de estado e uma quenao é.(e) A temperatura é funcio de estado? Justifi- que sua resposta Indique qual das seguintes variagSes no depende do ‘aminho em que ocorre: (a) a variacao na energia poten- cial quando um livro é wansferida ca mesa para a prate- Ieira; (b) 0 calor emitido quanclo um cubo de agticar & oxidado a CO,(g) ¢ H,0(@); (e) 0 trabalho executado na queima de um galao de gasolina. Entalpia 5.27 (a) Por que a variacdo de entalpia é uma grandeza sem significado em processos quimicos? (b) Hf uma funcao de estado, mas q nao é. Explique. (€) Para certo proceso a pressio constante, AH € negativo. O processo ¢ endo- térmico ou exotérmico? (@) Sob quais condigées a variagao de entalpia de um pprocesso sera igual & quantidade de calor transferido para dentro ou para fora do sistema? (b) Entalpia é con- siderada uma fungio de estado. O que faz as fungoes de estado serem particularmente titeis? (@) Durante um proceso & pressio constante o sistema absorve calor da vizinhanga. A entalpia do processo aumenta ou diminui durante o processo? ‘A combustao completa do dcido acético, HCH,0.(0, para formar H,O() e CO,(g) & pressio constante libera 871,1 kJ de calor por mol de HC,HO,. (a) Escreva uma equacéo termoquimica balanceada para essa reacéo, (b) Desenhe um diagrama de entalpia para a reacio. ‘A decomposicao do carbonato de zinco, ZnCO,(s), em 6xido de zinco, ZnO(8),e CO,(g) a pressio constante ne- cessita da adigao de 71,5 KI de calor para cada mol de ‘ZnCO,, (a) Escreva uma reacao termoquimica balancea- da para a reago. (b) Desenhe um diagrama de entalpia pata a reacao. Considere a seguinte reacio que ocorrea temperatura ¢ pressao ambientes: 2Cllg) —> Chg) AH =-243AK Quem tem a maior enialpia sob essas condigdes, 2Cl(g) ou Cig)? Sem consultar tabelas, indique qual dos seguintes tema maior entalpia em cada caso: (a) 1 mol de CO,(s) ou 1 mol de CO,(g) & mesma temperatura; (b) 2 mols de 4tomos de hidrogenio ou 1 mol de Hi; (@ 1 mol de FL(g) €0,5 mol de O,(g) a 25°C ou I mol de H,0 a 25°C; (d) 1 mol de N,(g) a 100°C ou 1 mol de Ny) a 300 °C, Considere a seguinte reacio: 2Mgis) +O,(@) —> 2MgO(s) AH =-1.204 kJ (a) A reagao 6 endotérmica ou exotérmica? (b) Calcule a quantidade de calor transferida quando 2,4 g de Mg(s) reagem a pressdo constante, (€) Quantos gramas de ‘MgO sio produzidos durante uma variacao de entalpia de 96,0 k}? (d) Quanios quilojoules de calor sao absorvi- dos quando 7,50 g de MgO(s) se decompoem em Mg(s) ¢ O,G)a pressdo constante? Considere a seguinte reacao: CH,OH(g) —> COG) +2HL(@) 5.28 5.29 531 532 533 Sad AH =+90,7 ky (a) O calor é absorvido ou liberado durante a reacao? () Calcule a quantidade de calor transferido quando 1,60 kg de CH,OH(g) se decompoe pela reacdo a pressao constante.(c) Para uma dada amostra de CH,OH, a vari- ago de entalpia na reacao ¢ 64,7 kJ. Quantos gramas de {gas hidrogénio séo produzidos? (d) Qual é 0 valor do ‘AH para o sentido inverso da reacao anterior? Quantos quilojoules de calor sto liberados quando 32,0 g de COG) reagem completamente com Hag) para formar CH,OH() a ptessao constante? Quando as solugies contendo fons prata e fons cloreto so misturadas, precipita cloreto de prata: Ag’ (ag) + CV (0g) —> AgCl(s) AH = 655K) {a) Calcule o AH para a formagao de 0,540 mol de AgCl por essa reacao. (b) Calcule 0 AH para a formacdo de 1,66 g de AgCl. (c) Calcule o AH quando 0,188 mmol de AgCl se dissolve em agua. Durante um certo periodo, uma maneita comum de for- ‘mar pequenas quantidades de gés oxigénio no laborats- rio era aquecer KCIO,: 2KCIOYs) —> 2KCIs) +30) AH=-89AKT Para essa reagio,calcule 0 AH para a formagao de (a) 4,34 mols de O, e (b) 2008 g de KCI. (c) A decomposico de KCIO, prossegue espontaneamente quando ele é aque- ido. Voc’ acha que a reacio inversa, a formacao de KCIO, a partir de KCle O,,é possivel ocorrer nas condi- bes ordindrias? Explique sua resposta. Edado a voce o AH para um processo que ocorrea pres- séo constante. Qual éa informacéo adicional necesséria para determinar o AE para 0 processo? Suponha que a reacao na fase gasosa, 2NO\g) + O4(¢) = 2NO, (9), fosse realizada em recipiente de volume constante a temperatura constante. A medida de varia- io de calor seria representada por AH ou AE? Se existe uma diferenca, qual quantidade é maior para essa tea~ a0? Explique. Um gas 6 confinadio em um cilindro sob pressio atmos- férica constante, como ilustrado na Figura 5.3. Quandoo _388 sofre uma reacao quimica em particular, ele libera 89 K} de calor para sua vizinhanga e realiza 36 KJ de trabalho PV na vizinhanca. Quais os valores de AH e AE para esse processo? ‘Um gés é confinado em um cilindro sob pressio atmos- férica constante, como ilusteado na Figura 5:3. Quando 518 J de calor ¢ adicionado ao gis, ele expande e realiza 535 5.36 537 5.38 539 5.40 176 (Quimica: a ciéncia central 127J de trabatho na vizinhanga, Quais os valores de AF AE para esse processo? Consicere @ combustio de metanol liquide, CH,OH(): CHLOH(9 + 30,(¢) —> CO,(g) + 2H,0(0) AH =-7265%) (@) Qual 6 variagdo de entalpia para a reagio inverse? (b) Faca o balanceamento da reacao direta com coefici- entes inteiros. Qual é o AH para a reagio representada poressa equaca0?(e) Qual émaisprovavel de er texmo- dinamicamente mais favordvel, a reagao direta ou a rea- cdo inversa? (d) Se a reagio fosse escrita para produzir H,0@) em vez de H,0(0), vocé esperaria 0 valor do AH aumentar,diminuir ou permanecer o mesmo? Explique. Calorimetria 543. (a) Quais sio as unidades de capacidade calorifica? (b) Quais sdo as unidades de calor especifico? Dois objetos, A e B, so colocados em agua fervente e deixados chegar temperatura da 4gua. Cada um é reti- rado e colocado em béqueres contendo 1.000 g de dgua a 10,0°C. O objeto A aumenta a temperatura da agua em 3,50°C; 0 B aumenta a temperatura da gua em 2,60 °C. (a) Qual objeto tem a maior capaciciade calorifica? (b) O que voce pode dizer sobre os calores especificos de AeB? (a) Qual é 0 calor especifico da égua liquida? (b) Qual é a capacidade calorifica de 185 g de égua liquida? (e) Quantos KJ de calor sfo necessérios para aumentar a temperatura de 10,00 kg de égua liquida de 24,6 para 462°C? (@) Qual é a capacidade calorifica molar da égua liqui- da? (b) Qual 6 a capacidade calorifica de 842 mols de gua liquida? (c) Quantos quilojaules de calor so neces- sérios para aumentar a temperatura de 2,56 kg de égua de 448°C para 88,5°C? O calor especifico do cobre metélico € 0,385 J/g K. Quantos J de calor so necessdrios para aumentar a temperatura de um bloco de 1,42 kg de cobre de 250 para 88,5 °C? O calor especifico do tolueno (C,H,) € 113 J/g K. Quan- tos joules de calor sao necessérios para aumentara tem- pperatura do tolueno de 16,3 para 38,8 °C? ‘Quando uma amostra de 9,55 g de hidroxido de sédio sélido se dissolve em 100,0g de agua em um calorimetro de copo de isopor (Figura 5.18), a temperatura aumenta de 23,6 para 47 4°C. Calcule o AH (em k]/mol de NaOH) para 0 processo de dissolugao NaOH(s) —> Na’(aq) + OH"(aq) Suponha que o calor especifico da Solucao seja o mesmo da Sgua pura. Quando uma amostra de 3,88 g de nitrato de aménio sé- lido se dissolve em 60,0 g de égua em um calorimetro de copo de isopor (Figura 5.18), a temperatura cai de 230 aa 5a 546 a7 5.48. 549 5.50 5.442 Considere a decomposicio do benzeno liquido, CJ 5.52 554 emacetileno gasoso, C.H.(9): JCEM) —> GH) AH = +210 (@) Qual € variagéo de entalpia para a reagio inw (b) Qual 60 AH para a decomposigo de 1 mol de be ‘no em acetileno? (e) Qual é mais provavel de ser ter namicamente favorivel, a reacio direta out a inversa? (@) Se C,H,(g) fosse consumido em vez C,H)(0, voc® esperaria a valor do AH aumentar, imi ‘ou permanecer 0 mesmo? Explique. para 184°C. Calcule 0 AH (em kJ/mol de NH,NO,) © processo de dissolucao NH,NO,S) —> NH;‘(ag) + NO, (aq) Suponha que o calor especifico da solugdo seja o mes da égua pura, ‘Uma amostra de 2,200 g de quinona (C,H,O,) qui da em uma bomba calorimétrica cuja capacidade calor: fica 67,854 KJ/°C. A temperatura do calorimetro aum« tade 23,44 para 30,57 °C. Qual 60 calor de combustao ps grama de quinona? E por mol de quinona? Uma amostra de fenol (C,H,OH) foi queimada e1 uma bomba calorimétrica cuja capacidade calorifica € 11,66 KJ/"C. A temperatura do calorimetro mais seu contetido aumenta de 21,36 para 26,37 °C. (a) Escreva a equacio quimica balanceada para a reacio da bomba calorimeétrica. (b) Qual ¢ o calor de combustdo por gra- ma de feno!? E por mol de fenol? Sob condigées de volume constante o calor de combus- tao da glicose (C,H,,O) € 15,57 k]/g. Uma amostra de. 2,500 g de glicose & queimada em uma bomba calorimé trica. A temperatura do calorimetro aumenta de 2055 para 23,25°C, (a) Qual 6a capacidade calorifica total do calorimetro? (b) Se o tamanho da amostra de glicose fos- se cas vezes maior, qual seria a variagao de temperati- ra do calorimetro? Sob condigies de volume constante 0 calor de combus- tao do dcido benzéico (HC,H,O,) é 26,38 KJ/g. Uma. amostra de 1,640 g de acido benzico 6 queimada em. uma bomba calorimétrica. A temperatura do calorime- tro aumenta de 22,25 para 27,20 °C. a) Qual é a capaci- dade calorifica total do calorimetro? (b) Uma amostra de 1,320 g de uma nova substincia organica sofre com ‘bustiio no mesmo calorimetro. A temperatura do calori- metro aumenta de 22,14 para 26,82°C, Qual é0 calor de ‘combustdo por grama da nova substancia? (c) Suponha: ‘que, trocando as amostras, perdeu-se parte da agua do. calorimetro. De que modo, se houver algum, isso muda ria a capacidade calorifica do calorimetro? side Hess Exponha a lei de Hess. Por que ela ¢ importante para a termoquimica? Qual ligagao entrea lei de Hess eo fato deque H éuma fungao de estado? Considere as seguintes reagdes hipotéticas A—>B AH=430K AH = +60) (@) Usea lei de Hess para calcular a variacao de entalpia para reacio A —> C. (b) Construa um diagrama de entalpia para as substancias A, Be Ce mostre comoa lei de Hess se aplica. Suponha que lhe sejam dadas as seguintes reagdes hipo- teticas: X—¥ B—>c AH =-354) AH = +90) (a) Use a lei de Hess para calculara variacio de entalpia da reagdo Y —> Z. (b) Construa um diagrama de en- talpia para as substancias X, Y eZ. (¢) Seria vélido fazer ‘que pediimos no item (a) se a primeira reacao tivesse sido realizada a 25°C ea segunda a 240°C? Explique. Dadas as seguintes reacoes: Pils) +30,@) —+ P.O) AH =-1.640,1 1) X—>z Ipias de formacao a) O que significa o termo condigdes padrfo em relagao a variacio de entalpias? (b) O que significa 0 termo ental- pia te formagi? (€) O que quer dizer 0 termo entalpia pa- ‘rao de formagio? (@) Por que as tabelas de entalpias padrao de formagio 0 #80 ites? (b) Qual é 0 valor da entalpia padtio de ‘um elemento em sua forma mais estavel? Suponha que foi decidido que as entalpias padrio de formacio de todos os elementos em suas formas mais ‘estaveis deva ser 100 kJ/mol. Ainda assim seria possivel ter entalpias de formacéo padrao de compostos, como za Tabela 53? Caso seja, algum valor da Tabela 5.3 seria (0 mesmo? Explique. Usando a Tabela 53, determine se a reagio da sacarose sélida com gua liquida para formar glicose é um pro- cess0 endotérmico ou exotérmico. Para cada um dos seguintes compostes, escreva a equa- fo termoguimica balanceada representando a forma- a0 de 1 mol do composto a partir de seus elementos em seus estados padrao e use o Apéndice C para obter 8 valores de seus AH?: (a) NH,(g); (b) SOQ); (@ RBCIO,(); (€) NH.NO,6. Escreva equacdes balanceadas que descrevam a forma- <0 dos seguintes compostos a partir de seus elementos em seus estados padrao e use 0 Apéndice C para obter 19s valores de suas entalpias padrao de formacao: (a) HEr(g); (b) AgNO4(s); (©) Hg,Cl,(s); (4) CH,OH(), {A reagdo a seguir & conhecida como reacio da termita (Figura 5.8 (b)); 2AI(s) + Fe,O\(s) —> A146) + 2Fe(s) Essa reacao altamente exotérmica & usada para soldat uunidades macicas, como hélices para navios grandes. 5.60 5.61 5.62 5.70 B71 5.72 8.73 574 Capitulo 5 Termoquimica W777 PAs) +50,(g) —> P,O,(s) AH =-2.940,1 caleule a variagio de entalpia para a reasio: P,0,8) + 20g) —> P.Ow5) A partir dos calores de reacao: 2H,(g) + Og) —>2H,0@) AH = 4836) 30g) —> 20,9) AH = +2846 KF caleule 0 calor da reacao: 3H) + 0,3) — 3H.0@) A partir das entalpias de reacio: Hyg) + F,(g) —+ 2HF(g) Cis) + 2Fg) —> CQ) 2C(3) + 2H,(g) —> GHG) calcule 0 AH para.a reagio do etileno com Fi: CH,Q) + 6F{g) —> 2CF(g) + 4HFQ) Considerando os dados abaixo: NyG) + Og) —> 2NOG) 2NOG) + Og) —> 2NO.G) 1g) —> 2NYg) +O) AH. use lei de Hess para calcular 0 AH para a reacio: N,Olg) + NOg) —> 3NOG) Usando as entalpias de formagao no Apéndice C, calcu- Teo AH® para essa reagao. “Muitos isqueiros contém butano liquido, C,H(0), Usan- do as entalpias de formacao, calcule a quantidade de ca- lor produzida quando 1,0 g de butano sofre combust0 completa ao ar. Usando os valores do Apéndice C, caleule a variagao de entalpia padrao para cada uma das reacbes seguintes: @) 250.(9) + 0.@) —> 280.) (&) Mg(OH){s) —> MgO) + HO) (© 4FeO() + O.(g) —> 2Fe.O,s) (@)SiCI,() + 2H.00) —=> $i0,6) + SHC) Usando os valores do Apéndice C, calcule os valores de AH® para cacla uma das seguintes reagoes: (@) N.0,6) + 4H) —> NG) + 4H,0() (6) 2KOH(s) + CO.(g) —> K.CO,) + HO) (0 SO.) + 2S) —> (95,6) + 2H,0@) (4) Fe,O(s) + 6HCIg) —> 2FeCI,(s) + 3H,0(@) Acombustao completa de 1 mol de acetona (CH,0) era 1.790 Kj CH_O( + 40.) —+ 3COg) +3H,O(0 aH? =-1,790 KJ Usando essa informagao junto com os dados do Apéndi- ‘ce C,calcule a entalpia de formacao da acetona. O carbeto de célcio (CaC,) reage com Sgua para formar acetileno (C,H,) ¢ Ca(OH),. A partir do seguinte dado deentalpia de reacio e dos dadlosno ApendiceC, calcule AH? do CaC.() CaC,) + 2H,0() —> Ca(OM,6) + Hg) AH? =-127,2k) 178 ‘Quimica: a ciéncia central 5.75 Calcule aentalpia padrao de formacio do Mg(OH), s6li- do, considerando os seguintes dados: 2Mgis) +O.(¢) —+ 2MgO() Mg(OH){s) —> MgO(s) +H,0() aH? = +-37,1K) 2H,(g) + Ox) —> 2H,0(0) AH®=—57L7 KI (@) Calcule a entalpia padrao de formagio do diborano gas0s0 (BiH) usando as seguintes informacoes termo- dinamicas: 45(6) +30,(g) —> 28,00) AH? = 2H) + 0,(g) —> 2H,0() aH? BuHAg) +30,(g) —> B.O,(s) + 3H.0() AH? =-2.147 54) (6) 0 pentaborano (B,F1) é outro composto de uma série de hhidretos de boro. Qual experimento ou experimentos voc precisaia realizar para fomecer dads necessétios para cal- cular o calor de formagao do B.H,()?Explique eserevendoe somando quaisquer reacbes quimicas aplicéveis. A gasolina é composta basicamente de hidrocarbonetos, incluindo muitos com oito carbonos, chamados octancs AH®=-1.203,6K] 5.76 -2.509,1 kJ 877 ‘Um dos octanos de queima mais limpa é um comp chamado 2,3.4-trimetilpentano, que tem a seguinte mula estrutural: Gils CH Hs HLC—CH—CH—CH—cR, A combustao completa de 1 mol desse composto CO.) € H,O4g) leva a um AH°=-5.069 KJ. (a) Escreval equagio balanceada para a combustio de 1 mol C,H(0. (b) Escreva a equagiio balanceada para a fo sfo de CH,,() a partir de seus elementos. (€) Usando informasdes nesse problema eos dados da Tabela 53, cule o AH? do 2,3 A-trimetilpentano, Onattaleno (CyH,) é um composto aromética sélido, ralmente vendidlo comonaftalina. A combustio comp ta dessa substineia para produzir CO,(@) e H,O() a 25 fornece 5.154 k]/mol. (@) Escreva as equacées bala das para a formagao de naftaleno a partir de seus el tos e para sua combustio. (b) Calcule a entalpia padra de formagao do naftaleno. Alimentos e combustivels 5:79 Qual 6a significado do tetmo onlorespecifico de combust? {) Qual substancia ¢ geralmente chamada de agicar do sangue? Por que ela é importante na discussio da ali- mentagio humana? (e) Qual é a maior fonte de energia como alimento, 5 g de gordura ou 9g de carboidratos? (a) Por que as gorduras sto mais convenientes para servirem como reserva energética no corpo humana? (b) Uma certa refeicio de batata frita tem 12% de protet- nas, 14% de gordura e o restante de carboidratos. ual porcentagem do contetidlo caldrico dessa refeigdo € gor- dura? (€) Quantos gramas de proteina fornecem 0 mes- mo calor especifico de combustio que 25 g de gordura? Uma porcao de sopa de creme de cogumelos condensa- do Campbell” contém 7 g de gordura, 9 g de carboidra- tose 1 g de proteina. Estime o mimero de calorias em uma porcio. ‘Umma libra de chocolate puro MéeM” contém 96 g de gor- dura, 320 gde carboldratose 21 g de proteinas. Qual éoca- lor espectico de combustao em kj de uma porgao de 42 g (aproximadamente 15 02)? Quantas calorias ela fornece? (Oralor de combustao da frutose, CJH,,O, €-2812k]/mol. Se uma maga golden fresca e deliciosa pesando 423 oz 5.80 581 582 5.83 (120 g) contém 16,0 g de frutose, qual a contribuigao da frutose para 0 contetido calérico da maga? © calor de combustao do etanol, C:H,OH(), 6 1.367 1J/mol. Um lote de vinho sauoignon blane contém 10,65: de etanol em massa. Supondo quea densidade do vino seja 1,0 g/mL, qual 6 0 contetido calérico de élcool em ‘uma taga de vinho (177 mL)? As entalpias padréo de formagio do propino (C,H), propileno (C,H, ¢ propano, toclos gasnsns, sfc +1854 +#20,4 e 103,8 kJ/mol, respectivamente. (a) Calcule 0 ca lor liberado por mol na combustio de cada substincia para produzir CO,(g) e H,O(g). (b) Calcule o calor libe~ rado na combustio de 1 kg de cada substancia, () Qual €ocombustivel mais eficiente em termos de calor ibera- do por unidade de massa? interessante comparar o calor especifico de combustio de um hidrocarboneto em um mundo onde o fitior, em vez do oxigenio, éoagente de combustio. A entalpia de formagao do CF,(g) é-679,9 kJ/mol. Qual das seguintes reagdes é mais exotérmica? CH) + 20g) —> CO.) +2H,0(9) CHG) +4F,(@) —> Cg) —> 4HF@) Sad 5.85 5.86 Exercicios adicionais 5.87 A 20°C (aproximadamente & temperatura ambiente) a velocidade médlia das moléculas de N, nor é 1.050mph. (@) Qual 6 velocidade média em m/s? (b) Qual 6 aener- aia cindtica (em J) de uma molécula de N, movendo-se a essa velocidade? (c) Qual é a energia cinética total de 1 mol demoléculas deN, movendo-se a essa velocidade? 5.88. Suponha que um mergulhador olimpico com 52,0 kg de massa execute um mergulho reto de uma plataforma de 10m. No pice do mergulho, omergulhacior esti a10,8m acima da superficie da dgua. (a) Qual é energia poten cial do mergulhador no pice do mergulho, em relacio A superficie da dgua? (Veja a legenda da Figura 5.5.) (b) Assumindo que toda a energia potencial do mergu- Ihadior é convertida em energia cinética na superficie cla gua, a que velocidade em m/s 0 mergulhador entrara nna 4gua? () O mergulhador realiza trabalho ao entrar nna agua? Explique? Quando um mol de Gelo Seco", CO,s), éconvertido em Cg) a pressio atmosférica e~78 °C, 0 calor absorvido pelo sistema excede 0 aumento na energia interna do CO,. Por que isso ocorre? O que acontece com a energia restante? Os air-hags que fornecem protegio em automéveis no caso de um acidente expandem como resultado de uma reacao quimica répida. Do ponto de vista dos reagentes {quimicos como 0 sistema, 0 que vocé esperaria para os sinais de q ew nesse processo? 1] Uma lata de aluminio de refrigerante é colocada em um congelador. Mais tarde, descobre-se que a lata rom- [peu-se e seu contetico congelou, Foi realizado trabalho quando a lata se rompeu. De onde veio a energia para esse trabalho? ‘Com excecio das reagées nucleares, nas quais matéria e energia interconvertem-se em uma extenséo que pode ser medida, a afirmacao cléssica da primeira lei da ter- ‘modinamica pode ser escrita como a seguir: a energia do universo & constante. Essa afiemacio € consistente com @ Equacio 5.5? Explique. 1593] Uma amostra de gas esta contida em uma montagem do {ipo cilindro eémbolo. O sistema sofre a mudanca de es- tado mostrada no desenho. (a) Suponha primeiro que o cilindro e 0 émbolo sao isolantes térmicos perfeitos que ‘no permitem a transferéncia de calor. Qual €0 valor de q para a mudanga de estado? Qual é 0 sinal de w para a mudanga de estado? O que pode ser dito sobre AE para a mudanca de estado? (b) ‘Agora suponha que o cilindro e o émbolo sao feitos de um condutor térmico como um metal. Durante a mu- danga de estado, 0 cilindro toma-se mais quente ao to- que. Qual 6 sinal de q para a mudanca de estado nesse caso? Descreva a diferenca no estado do sistema ao final do processo nos dois casos. O que pode ser dito sobre os valores relativos de AE? {594] As esialactites e estalagmites de caledrio sto formadas, em cavernas pela da seguinte reacao: Cat*(aq) + 2HCO, (aq) —> CaCOJs) + COx(g) + 010 Se 1 mol de CaCO, forma-se a 298 K sob uma pressao de ‘atm, a reacio realiza um trabalho PV de2,47 KI, empur- rando a atmosfera & medida que 0 CO, gas0so se forma,_ ‘Ao mesmo tempo, 38,95 k] de calor é absorviclo do mei6 ambiente. Quais os valores de AFe AE para essa reacao? Capitulo § Termoquimica 179 [5.95] Consicere os sistemas mostrados na Figura 5.10. Em um, caso a pilha descarrega-se completamente ao passar cor- rente por uma resistencia e a outra ao fazer funcionar ‘um ventilador. Ambos os processos ocorrem & pressao constante. Em ambos os casos a variagao no estado do sistema éa mesma. A pilha passa de totalmente carrega- da para totalmente descarregada. J em um caso, 0 calor liberado ¢ grande e no outro, ¢ pequeno. A variacio de entalpia é a mesma nos dois casos? Caso nao seja, como a entalpia pode ser considerada funcao de estado? Caso s¢ja, 0 que pode ser dito sobre a relacio entre variacio de entalpia e g nesse caso, comparado com outros que temos considerado? ‘Uma casa foi projetada para ter caracteristicas de ener- ¢gia solar inerte. A alvenaria é para ser incorporada ao in- terior da casa para agir como um absorvente de calor, Cada tijolo pesa aproximadamente L8 kg, O calor espe- cifico do tijolo 60,85]/g K. Quantos tijolos devem ser in- corporados ao interior da casa para fornecer a mesma capacidade calorifica que 1,7 x 10° gal de agua? {5.971 Um calorimetro do tipo copo de isopor como aquele ‘mostrado na Figura 5.18 contém 150,0 g de éguaa25,1°C. Um bloco de 121,0 g de cobre metélico & aquecido a 1004 °C colocando-o em um béquer com égua fervente, O calor especifico do Culs) €0,385 J/g K.O Cué adicio- nado ao calorimetro ¢ depois de um tempo ocontesido do copo atinge uma temperatura constante de 30,1 °C, {a) Determine a quantidade de calor, em J, perdida pelo loco de cobre. (b) Determine a quantidade de calor ob- tida pela agua. O calor especifico da agua é 4,18 J/g K. (0) A diferenca entre suas respostas para os itens (a) ¢(b) deve-se perda de calor através dos copos de Styrofoam” e a0 calor necessario para aumentar a temperatura das paredes internas do dispositivo. A capacidadecalorifica do calorimetro é a quantidade de calor necessaria para aumentar a temperatura do dispositivo (0 copo ea tam- pa) de 1 K, Calcule a capacidade calorifica do calorime- troem J/K. (d) Qual seria a temperatura final dosistema se todo o calor perdido pelo bloco de cobre fosse absor- vvido pela gua no calorimetro? [6.98] (a) Quando uma amostra de 01235 g de dciclo benzéico so- fre combustao em uma bomba calorimétrica, a temperatu- ra aumenta 1,642°C, Quando uma amostra de 0,265 g de cafeina, C.H,,0.N, € queimada, a temperatura aumenta 1525 °C. Usando 0 valor de 26,38 KI/g para o calor de combustio do acido benz6ico,calcule o calor cle combus- tao por mol de cafeina a volume constante. (b) Suponha que exista uma incerteza de 0,002 °C em cada leitura da temperatura e que as massas das amostras s40 medidas para 0,001 g, qual €a incerteza estimada no valor calcula- do para o calor de combustao por mol de cafeina? Um homem de 200 Ib decide adicionar & sua rotina de cexercicios a caminhada por trés lances de escada (45 ft) 20 vezes ao dia, Ele calcula que o trabalho necessério para au- rmentar sua energia potencial dessa forma permitiré que ele coma uma porcao extra de batatasfritas,a245 Cal, sem aumentar sua massa. Fssa suposigao est correta? 5.100 A queimta do metano em oxigénio pode produzirtrés di- ferentes produtos contendo carbono: fuligem (particu- Jas muito finas de grafite), CO(g) e CO.(g). (a) Escreva {és equagies balanceadas para a reacto do gés metano com oxigénio para produzir esses trés produtos. Em cada caso assuma que o tinico produto além desses seja 5.99 180 ‘Quimica: a ciéncia central H,0().(b) Determine as entalpias padrao paras rea- ‘Ges do item (a). (c) Por que, quando a quantidade de oxigénio é adequada, 0 CO,G) é 0 produto, que con- ‘ém carbono, predominante cia combusto do metano? 5.01 A partir dos seguintes dados de trés combustiveis romizeores, caleule qual poderia fornecer mais gia por unidade de volume: Densidade Entalpia molar 220°C de combustao Combustivel (g/cm) (kgimol) Nitrometano, 1,082 1368 GH.NO;(0), Etanol, CH,OH()* 0,789 1.367 Metilhidrazina, ogra 1.305 CHINO, 5.102 Os hidrocarbonetos acetileno (C,H,) ebenzeno (C,H,) témamesma férmula minima. Obenzeno é umhidro- carboneto ‘aromatico’, que é surpreendentemente es- tavel por causa de sua estrutura. (a) Usando os dados do Apéndice C, determine a variagao da entalpia pa- drdo para a reagao 3CH,(g) —> C,H,(). (b) Qual tem amaior entalpia, 3 mols de gés acetileno ou 1 mol de benzeno liquid? (¢) Determine o calor especifico de combustio em KJ/g para o acetileno e o benzeno. [5.103] Estdo relacionados aqui tr®s hidrocarbonetos comuns que contém quatro carbonos, junto com suas entalpias padrio de farmagao: Hidrocarboneto ——Férmula AH (jimoD) 1 S-butadieno CH® nig ‘Lbuteno CHA) 12 mbutano CH) 1247 5.05] [5.1061 (@) Para cada uma dessas substaritias, calcule a ental pia molar de combustao em CO,(g) e H,0(0. (b) C cule o calor especifico de combustio em Kj/g, pa cada um desses compostos. (c) Para cada hidrocarbe neto, determine a porcentagem em massa de hid sig. (2) Comparando suas Fespestas dos tens (b) ef proponha uma relagio entre o contetido de hidroge nio eo calor especifico de combustio dos hidrocarbe netos. (Os dois agtcares comuns, glicose (C,H,,0,) e sacare 8¢ (CH0,,), so ambos carboidratos. Suas entalp as padréo de formacio sio dadas na Tabela 53 Usando esses dados, (a) calcule a entalpia molar d combustio em CO,(¢) e H,O() para os dois acticares (®)calcule aentalpia decombustao por grama decade. agticar;(€) determine como suas respostas para ote (©) comparam-se com o calor especifico de combustag médio dos carboidratos abordados na Secio 5.8. Estima-se quea quantidade liquida de didxido ce cat bono fixada pela fotossintese na superficie da Terra 55 x 10"g/anode CO,, Todo esse carbono éconvert= clo em glicose. (a) Calcule a energia estocada pela fe tossintese na Terra por ano em kj. (b) Calcule a tans ‘média de conversio de energia solar em energia da plantas em MW (LW = 1 J/s). Uma usina nucle grande produz aproximadamente 10° MW. A ene: de quantas usinas nucleares como essa equivalem & conversdo da energia solar? ‘A.amonia (NE) ferve a-33°C; essa temperatura sus densidade € 0,81 g/cm’. A entalpia de formacio NH\(@)6—46,2 kJ/mol, ea entalpia de vaporizagio de NH,@), 232 KJ/mol. Calcule a variagio de entalpi quando 1 Lde NH iguida € queimada ao ar para pr duzir Nx(g) e HOG). Como esse valor se compat ‘com 0 AH para a combustdo completa de 1 L de mets nolliquido, CH,OH()? Para o CHOH(), a densidade 25°C 60,792 g/cm’ eo AH® é igual a -239 kJ/mol Exercicios cumulativos 5407 Considere a combustio de uma tinica molécula de CH,Q). (@) Qual a energia, em J, produzida durante essa reagao? (b) Um féton caracteristico deraiosX tem. ‘uma energia de 8 keV. Como a energia de combustao se compara a energia do féton de raios X? 5408 Considere a dissolugdo do NaCl em gua, ilustrada na Figura 4.3. Digamos que sistema consiste de 0,1 mol de NaCle 1 L de agua. Considerando que 0 NaClse dissolve prontamente em gua e que 03 fons séo fortemente estabilizados pelas moléculas de gua, como mostrado na figura, € seguro concluit que a dissolucao do NaCl em agua resulta em uma entalpia mais baixa para o sistema? Justifique sua resposta. Qual evidéncia experimental voc® exami- naria para testar essa pergumita? * Usado ha varios anos como combustivel no Brasil (N.do T.) 5.09 Considere as seguintes reaches de oxirreducdo balanceadas em solucio aquosa: Ag" (ag) + Li(s) —> Ag(s) + Li'(a) Fe(s) + Na’ (aq) —> Fe" (og) + Nals) K() + HO) —> KOH(ay) + H,() {@) Facao balanceamento das reagbes. (b) Usando & dados do Apéndice C, calcule o AH® para cada tim das reagies. (c) Baseado nos valores que vocé obi ve para 0 AH”, quais das reagdes voce esperaria ser’ favoravel? Quais voc® esperaria nao ser favordveis™ (€) Usea série de atividade para prever quais de reagdes ocorreriam. == (Sevi0 4-4) Esses resultado esto de acordo com sua conclusao do item (c) dest problema? 110] Considere as seguintes reacbes de neutralizacao dcicia envolvendo a base forte NaOH): HNO (aq) + NaOH (aq) —> NaNO,(aq) + H,0() HCI(ag) + NaOH (aq) —> NaCl(aq) + H,0()) NEH,‘(aq) + NaOH(aq) —> 1H,(aq) + Na’(ag) + H00) {@) Usando os dadlos do ApendiceC, calculeo AH para cada uma das reagbes. (b) Como vistona Secao 43,0 éci- do nitrico e 0 Acido cloridrico sio fortes. Escreva as equaagdes idnicas simplificadas para a neutralizacdo des- se ciclos. () Compare os valores de AH ® para as duas primeiras teagbes. O que se pode concluir? (@) Na tere ra equagio o NH, (a) age como um écido, Baseado no valor do AH® para essa reacao, voc8 acha que ele & um Acido forte ou fraco? Explique. Considere duas solugées, a primeira sendo 50,0 mL de 1,00 mol/L de CuSO, ea outra 50,0 mL de 2,00 mol/L de KOH. Quando as duas solucdes s4o misturadasem um calorimetro de presséo constante, forma-se um precipitado e a temperatura da mistura sobe de 21,5°C para 27,7 °C. (a) Antes da mistura, quantos gramas de Cu estavam presentes na solugao de CuSO,? (b) De- termine qual o precipitado formado. (c) Escreva as equacdes completa e iénica simplificada paraa reacio que ocorre quandio as duas solugies so misturadas. (@ A partir dos dados calorimétricos, calcule 0 AH para a reacdo que ocorre na mistura. Suponha que 0 calorimetro absorva apenas quantidades despreziveis decalor, queo volume total da solucao seja 100,0 mL e que o calor especifico ea densidade da solugio apés a mistura sejam 05 mesmos da agua pura A reagio de metétese entre AgNO,(aq) e NaCl(aq) corte como a seguir: (5.4131 sa14 Capitulo $ Termoguimica 181 AgNO (ag) + NaCl(ag) —> NaNO,(aq) + AgCIG) {a) usando o Apéndice C, calcule o AH para a equa- sao idnica simplificada dessa reacao. (b) Qual valor vocé esperaria para o AH® da equacao molecular to- tal comparado com o da reacao iénica simplificada? Explique. (€) Use os resultados de (a) e (b) junto com os dados do Apéndlice C para determinar o valor de AH? para o AgNO). Umia amostra de um hidrocarboneto sofre combusto completa em O.(g) para produzir 21,83 g de CO,(g), 4A7 g de H,O() € 311 WJ de calor. (a) Qual massa da amostra de hidrocarboneto sofreu combustio? (b) (Qual éa formula minima do hidrocarboneto? (€) Cal- cule o valor do AH por unidade de formula minima do hidrocarboneto.(d) Voc€ acha que o hidrocarbone- toéum daqueles relacionados no Apéndice C? Justifi- que sua resposta A molécula de metano, CH, tem a geometria mostra- da na Figura 2.21. Imagine um processo hipotético no qual a molécula de metano é ‘expandicla’ simultanea- mente por meio do alongamento das quatro ligacdes C-H para o infinito, Entdo, temos 0 processo: CH) — Cg) +4H@) (a) Compare esse processo com a reacio inversa que representa a entalpia padraio de formacao. (b) Calcule a variacio de entalpia em cada caso. Qual 60 processo mais endotérmico? Qual a razo para a diferenca nos valores de AH"? (e) Suponha que 345 g de CH,@) rea- gem com 1,22 g de F,(g), formando CF,(g) e HF(g) como os tinicos produtos. Qual é o reagente limitante da reacao? Assumindo que a reacio ocorre a pressao constante, qual a quantidade de calor liberado?

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