You are on page 1of 141
OUTRAS OBRAS DO NOSSO FUNDO EDITORIAL PARA A AREA TECNOLOGICA RICHARD BRAN ZULCY DE SOUZA Professor da Divisio Professor Titular do Po de Mocinica do TA Projeto do TEM da EFEL CARMO — Elementos de Geometra Diferenciat CARVALHO ~ Téenics de Orientagdo dos Edificior CEPEL ~ Galvanizagda ~ Suo Aplicapdo om Equipamentos Eléricos GERMAIN Tratamento de Agua GRUNNING ~ Therica de Conformago HERRMANN — Manual de Perturaei de Rochas HOLDEN ~ Plan Controle Adminitrative AASCHKE ~ Drserwolvimento de Chapas KAUCZOR ~ Procewos de Trobatho na Metalogratia LINDGREN — Invrodugio dEstaistica ae MAQUINAS DE FLUXO MAUR TURBINAS - BOMBAS - VENTILADORES 22 EDICAO Rio de Janeiro (MARTIN LUTHEK BIBLIOTECA MARTIN LUTHER nr_dGGES. Duta OGLE. CANOAS CIPBrasl. Catalogagio-nafonte Sindicato Nacional dos Editors de Livros, RI Bran, Richard 10 Téenico, 1980, Bibliografia 800305 B812m Méquinas de ftuxo : turbinas, bombes, ventiladores / Richard Bran (e | Zuley de Souza. ~ Rio de Janeiro : Ao Li- 1. Engenharia mesiniea 1 Sousa, Zul I. Tftulo, cpp 621.8 cpu — 621 Copyright ©) 1969 1984 by Richard Bran e Zakyde Sousa Diteitos Reservados, 1969 «1984, por Ao Livro Técnico S/A ~ Indistria€ Coméreio, Rio de Jancito, RI / Brasil Impresso no Brasil / Printed in Braid I Faigio 1969 Reimpressio — 1980 2 kaigio — 1984 ‘AO LIVRO TECNICOS/A ~ Indistria e Coméreio Rus $4 Freie, 40 ~ CEP 20930 CP 3655 ~ Rio de Janeito ~ RI Prefacio da 19 Edigéo |A ministragfo de cursos de graduago, especializagfo e posgraduaezo, 4 constante reimpressio de apostilas, 08 célculos ¢ projetos elaborados, cons ‘ruidos e em funcionamento, a asistencia técnica prestada, os projetose ope- raglo de laboratorios diditicos, as pesquisas e, principalmente, a quate ine- xisténcia de bibliografia em portugués sobre mAquinas de fluxo, constitu ram o incentivo bésico para esta publicagdo. Na elaborapdo do trabalho procuramos, sempre que possivel, evitar desenvolvimentos longes e tebricos, substituindo-os por explicardes ‘sintéti- cas com auxilio de figuras. Com isto visamos dar um caréter eminentemente téenico ao livro, de modo que o mesmo possa ser utilizado tanto nas escolas como na indistria. Assim, € que adotamos o Sistema Internacional de Uni dades, porém na maioria das vezes também apresentamos as expressdes no Sistema Técnico, ainda muito em uso na indGstria, livro pode ser dividido em duas partes distintas, mas complement res. A primeira vai até 0 Cap. 10, complementada pelo Cap. 18, onde damos o instrumental minimo necessirio para o cflculo das méquinas de fuxo, com exemplosilustrativos ¢ problemas propostos. ‘A segunda se inicia no Cap. 11, onde damos modelos numéricos pa cileulo de turbinas, bombas e ventiladores, a maioria construfdos por indis- tris brasileirase atualmente em funcionamento bastante satisat6rio. Evidentemente, as partes nfo sio independentes, porém & possivel, através do modelo de célculo da maquina em pauta e com retorno & primeira parte nos setores duvidosos, executar o célculo de uma maquina de fluxo cujo funcionamento, se na construgfo e instalago forem observadas as especificagdes do célculo e projeto, esteja dentro das prevsves. Devido a este cardter téenico, esperamos uma boa acolhida para nosso trabalho, a qual constituiré nossa maior recompensa. Os autores Prefécio da 29 Edigéio ‘A boa acolhida do nosso livro, tanto nos meios téenicos, como nos académicos, apesar dos erros de impressio existentes na 1 edic&o, nos animou a autorizar uma 2* edigo revisada, principalmente, na parte dos cél- ‘culos, agora feitos com méquinas de caleular. Por outro lado, o futuro programa nacional para pequenas centrais hhidrelétricas exigiré fabricantes genuinamente brasileiros de equipamentos hidromecanicos, particularmente das turbinas hidréulicas; e também um grande esforgo para alcangar padrGes tecnoldgicos competitivos, tanto no Ambito nacional como no internacional, logo aumento de material biblio- ‘sxifico-técnico como pretende ser nosso livro, Assim, apesar de jé existirem outras publicagdes em portugués sobre ‘miquinas hidriulicas, devido a0 nosso pioneirismo © 4 forma em que o assunto foi tratado ainda bem atualizada, acreditamos que proceda esta segunda edigao, Os autores Indices Adotados 1.2.5 ee antcam determina loa on apaelion ralquion, dts no vento — estas. Shanon ato de Mad = Minette. = tomers, indo — choawe Titra rans reais lc enter ono hou elu. = Stee. = = iran — camcterzs os grandras lative lacie — earacteriza as sranndezns que: coincidem com a diregio metidiana ou meridional no rotor. — indicamn trabalho on rendimento mecinico, — se referem a modelos. — we roferem a leais médica. mix. — méximo, min, ne — swominal ou earacteriea direglo normal. p—— perdi om press 4 —_— se relaciona a vasilo ou massa tan eseramento. + — earacteriza « diregio radial, ou significa rotor ou reeltante. re — resultant 4 — sustentagio ou earacteriza uma coordenada natural | — tedrico ou coracteriza a digi tangencial ou tice. te tubo de suegio. : us — —carocterizn as grandezas que coincidem com a diregio da velocidade tangencial do rotor. ~ vapor ou volume, . va : £—_~ significa que caractertice 6 critica ou se refere a direglo da coordenida. y = serefere a dirego da coordenada. a : se refere a dinego da coordesada ou sigifioa uma distancia vertical. =~ mimero infinite de pis. D ‘Simbolos fator de proporcionalidade ou eoeficiente Altura, on largura, ou eomprimento ou coeficiente coeficiente de arrasto, coeficiente médio, cveficiente de eustentasto velocidade absolut cm componente na ditegko meridional ov meridians 67 componente na diregho radial 4 componente na directo tangencal cu componente na diresdo tangencial do rotor. ca componente na diresto do exconmento no perturbado, calor espectfico a pressio constant velocidade do som mo meio, calor espectico « volume constant velocidade critica nas condigbes do meio. didmeteo D, extern. Dy hideuaien Dy intern. Dm médio ou do modelo diferencia cenergia expecticn Ba por atrito de fluid. Fy brute Bena enteada BA hidréuliea. By perdids Ep, perdida na entenda, By, perdida por atrito de superficie, ov choque ete. Ey a ealde neperiano ou capes ou vatrangulame forge: Fy de arrasto, Fy do into, Fa na diregho da normal principal. Fy resultante sobre a2 paredes. Fry resultante Fy de sustentagto, na direst vopomsers F haw ae ZF simpotos. Px componente na diregio tangencial do rotor. Fenn diregho 2 Fy nn dire y. — eveala geométrica, — {ator de estrangulamento — forga da gravidade. — sceleragho da gravidade, — energia por unidade de pono, sistema téenio. — aluara ou entalpia, — sluara maxima de suegho impntaiy —o moment de inde, — momento polie de increta — ewefigienteorinndo da variagio de presi = eonatantes ou fator de proporeinnalidad. cexpoente de transformagko adiabiticn ou eccala de forgas —logaritmo neperiano. —logaritmo neperiano — comprimento. ‘Mg de strito de Mud. AL, com niimero infinite de plo, — rimero de Mach. = méquina de fo, = méquina 2 pistho. — massa out massa em esconment, — masa em escoamento de fuga. — miquina geradora = méquina motors ~ masea em excoamento que participa da trocn de energie. = inimero de Reynolds. = rotapho ou normal principal — velocidade especie, sistema internacional — velocidade especfica relativa a vazko, sistema Uenico. — velocidade especticn relativa a potdncia, sistema tésnico, velocidade relativa — velocidade unitéria = potent: Py ideale. Pao no eis. Pi; interna P\recebida ou relativa Pe fornecida. Py perdids. Pit units "/relativa As perdas externas — press: Pa de estagnagho, ain. dintmica Peat, ostéticn Pp barométrica pe do vapor. e altura ou joule stmaouos x total Q = vaato: Qs nominal. Gao fuga. eqcsste = — rio, rxio de curvatura — rio hidedulico, — serio, — coordenada natural, comprimento de linha média dos rotores. — trabalho, temperatura termodintmica, — temperntra critica nas condigtes do meio, — paso. — perimetro mothado. — velocidade tangencial do rotor, velosidade tangeacial ou energia in~ teens especie. — volume, volume em escoamento. — volume espetfin, escaln eineméticn. — volume espectico ertioo nas condigbes do meio, — coordenada, distancia, = trabalho espection: Yea, adiabético. Yai, ou energin especfion de velocidade. Yout. ou energin especttica de pressto. Yg ou energia especticn barométrica. Yi interno You. dispontvl. Y, do vapor. You. te6rico com niimero infinito de pés. — coordenads, cote = velocidade relativa: ‘im componente na diregéo meridional ow meridiana, ‘componente na ditepio tangencial do rotor. ‘wy componente na direso do escoamento nko perturbado. — velocidade componente de chogue. — nimero de pés, coordensda, cota. — cote do ponto de estagnasio. — Angulo que forms a velocidade u com a velocidade — Angulo que forma a velocdade 1 oom 1 velocidade w. — peso espersfico, —expemurs, espesura da camada limite, coeficiente de didmetro, — rugosidade absoluts, cociciente de excorregamento, — cosfciente de labirin'o. — rendimento, = Angulo. genécico. — coeficionte de perda, grandeza que depende das carnctertsticas geomé- trieas © do Re, coficiente de pottocia — viseosidade dinkmica. — Viseosdade cinematic. — massa eqpecticn ou grau de reagho. xi se ee 2 {ost Perma de Thoma, 7 10's Vane So Coelcunte” de Covingte, 179 YF CALCILO 0€ UM VENTLADOR AXIAL .. < 2 CALOKO DE UMA TURBINA TRO FRANCIS ccescse va wy na 17.3. Cacao Tipo de. Vanladr, 297 a Via» Crete te Groncts pee 6 ar, 208 13. Bnet po de Tring 184 173 Caco to oor 238 1:4 memes éeOvotyio pre © Roe, 188 "7a praes do Vernon, 240 1:5 Serf on Eater Oven Temado pra o Ror, 186 11.6 Tridnguios de Velocidade para a Aresta de Entrad 0 tapes: Z a =. 1:3 Thnes oo Voce pare «area eS ee 18 coprel Disbudor 194 18:2 Soman pire PréSdimemtonanems Go Rte Franca, 244 18.3. Elementon para Pre-dimensionamento de Rotores Pelton, 245 18.4 Elemanton pare Fré-dimersionamanto de Rotores Kaplan « Halice, 246 18.6 Elementon pars Pré-dmensionamento de Rotores de Bombas © Vent ledoree Aas, 248 18,7 Tabane « Graficos de Perfis, 249 BIBLIOGRAFIA noice ALFABETICO Generalidades Sobre Maquinas de Fluxo e Maéquinas a Pistéo Capitulo 1 4.1 MAquinas de Fluxo— Mquinas a Pistdo Definimos méquina como um transformador de eneigia, sendo wma das energias 0 trabalho mectnico. As mAquinas sparecem fempre em grupos constituidos de molor ¢ gerador. © motor recebe Juma modalidade de energia E,,, dispontvel © a transforma em tra- balho mectnico 7, que ¢ aproveitado pelo gerador para obtengho da modalidade de energin Bs, desejada. Gitamos, como exemplo, o grupo de méquinas existentes nas usi- fins hidrelétrieas. Neste grupo, a turbina hidréulica ¢ © motor que transforma a energia hidréuliea E, em trabalho mectnico 7, Acoplado & turbina esté 0 gerador {que recebe o trabalho mecinico 7’ 0 transforma em energia elétrica mH 4 By. Caso, neste exemplo, sejam as fergias inicisis e finais trocadss, ‘obtemos um outro grupo de méqui- Thus, um motor elétrico, acionando Gacy. Gena Melon Winn bomba hidréulica, Fig. 1.1. Dentre as diversas categorias de méquinas, existe uma em que 1» meio operante 6 um fluido, a qual denominaremos simplesmente Miquina de Fluide, Esta categoria pode ser dividida em duas andes classes: Miquinas de Fluxo — (MF). Méquinas 1 Pistto — (MP). Na primeira classe aparecem as turbinas hidréulicas, as bombas Ventrifugas, os ventiladores etc., enjo princfpio de funcionamento 6 0 ‘Ws voringdio da quantidade de movimento. 5 oxy CGENERALIDADES SOBRE MAQUINAS DE FLUXO E A PISTAO Noeuran (6-288) Gases ve Counverio ii 4 S Pescara be ‘Tusbocom pay talactes Rigor ‘Varones de gun, de fri) Mgonus a Puerio Miquisas pe Furxo | Turbine T Ventila- ores resre Tab. 1.1. Quadro Sinético das Maquinas de Fluido ‘Turbocom- Gases Nevraos (an) Bombas: | Turbinas q 2 3 a5 ‘Turbines: MAQUINAS DE FLUXO — MAQUINAS A FISTAO 2 Na segunda, temos os motores Diesel e Otto, os compressores ‘4 pistiéo ete, Tanto uma como a outra classe podem, de um modo geral, aparecer na técnica como motor ou gerador. Outrossim, cita- mos que hé a possibilidade de uma mesma méquina, ora trabalhar ‘como motors e ora como geradora, Na Tab. LL, procuramos reunir as diversas Méquinas de Fluido. Na Fig. 1.2, representamos em eorte esquemético uma méquina de fluxo, Fig. 1.2 Méquina de fluxo, Bomba cenisfuga. 1—Carcaga; 2— Rotor. Na Fig. 18, esté representado em corte esquemético um Motor Diesel, como exemplo de méquina a pistio. © Fa € O—-F4 Fig. 1.3 Maquina a pistio, Motor Diesel 1 — Cobogote; 2 — Valvula; 8 — Cilindro; $ — Pisti oa émbolo; $ ~~ Pioo do Pistio ou do @mbolo; 6 — Biela; 7 — Pino da manivela; 8 — Manivela; © — Virabrequim ou érvore de manivels. 4 GGENERALIDADES SOBRE MAQUINAS DE FLUXO E A PISTAO ‘A anflise das energias nos leva & concluir que na méquina de fluxo, por exemplo, em uma bomba radial ou centrifuga, o trabalho mecfinico é inicialmente transformado em energia cinética para de- pois ser transformado em energia de pressfio, enquanto que nas mé- quinas a pistéo a transformagdo € direta, Fig. 14. As méquinas FPO (Cus ~Cus) Feps Fig. 14 Transformapto de energia em M.F. ¢ MP. 1 — Injetor; 2 — Pfs; $ — Cilindro; # — Pistio ou émbolo. de fluxo t#m competido com éxito sobre suas congtneres « pistio devido algumas particularidades © vantagens tais como: — Altas velocidades e construgio simples, conseqiientemente pequenas dimensées © pouco peso, o que significa clevada concen- tragio de potéacia, Austncia de dispositives como pisties, vélvulas etc. com movimentos oscilatérios ¢ outros. — Modesto consumo de lubrifieantes, 0 que reduz considers ‘velmente 0 custo de funcionamento manutengio. Apesar dessas particularidades, no campo das altas pressoes © como motor de combustio interna, salvo na aviagio, a méquina a pPistio tem dominado sua competidora correspondente de fluxo. Para mostrar que a simples divisio em motores e geradores nto satisfaz, e, que o assunto é mais complexo, vejamos 0 exemplo-da hhélice de um navio. Como sabemos, a hélice tem a finalidade de transformar 0 trabalho mecinico que € fornecido pelo motor, que pode ser & pisto ou de fluxo, no trabalho de empuxo para 0 deslo- camento do navio. Considerando a esse respeito, o trabalho permutado com 0 fluido, no caso a Sgua, achamos que ¢ transmitido sobre 0 fluido apenas potencia perdida, isto , diferenga entre a poténcia de acions- ELEMENTOS MECANICOS BASICOS DAS MAQUINAS DE FLUXO 5 mento"do eixo e © poténcia util, (empuxo veres velocidade). Mas, este raciocinio nfo ¢ univoco. Escolhendo-se um outro sistema de coordenadas que se desloca com 0 navio acionado pela hélice, 0 navio encontra-se em repouso relativo, e, o fluido est& em movimento con- tra o vefculo, Agora, nfo existe poténcia ou trabalho til, visto no haver deslocamento do navio. Toda poténcia entregue pelo eixo 6 transmitida sobre o fluido e aplicada para aumento da energia, cinétioa da corrente. 1.2 Elementos Mecanicos Bésicos das Maa) yas de Fluxo Em principio, mecanicamente, a méquina de fluxo € bastante simples. Normalmente se compée de dois sistemas, um solidério & cearcaga ¢ outro ao eixo girante. O primeiro constitu o sistema diretor, ou distribuidor, formado pelas palefas e seus suporles. © segundo, 0 rotor, formado pelas pds e seus suportes Para mostrar os elementos construtivos essenciais, representa- ‘mos algumas méquinas em seus cortes caracterfsticos: —O longitudinal ou meridional, acompanhando o eixo da mé- quina, — 0 transversal ou normal, perpendicular ao eixo da méquina. Assim, a Fig. 1.5 representa méquinas radiais. Do lado esquerdo ‘uma turbina do tipo Francis e do direito uma bomba centrifuge. Conre:as Fig. 1.5 Convengtes para turbinas e bombas hidrdulieas ‘ CGENERALIDADES SOBRE MAQUINAS DE FLUXO E A PISTAO Na Fig. 1.6 temos méquinas axiais, na parte superior uma, tur- bina a gés ¢ na inferior um turbocompressor. TURBINA-) Hy il conTE co LA cunoro vesenvowving | ———F#" Bs pe ‘TURBOCOMPRESSOR (0) 6 ConvengBes para turbinas © turbocompressores a gi De um modo geral as pés silo curvadas, sendo representadas no corte longitudinal por curvas, eujas formas so dadas pela posigio angular acidontal do rotor relativamente ao plano de corte, o que resulta. um desenho bastante complexo. O mesmo ocorre na repre- sentagio das linkas de corrente, Pata eliminar este inconveniente, foi usado 0 artificio da rotagio dos pontos, Assim, tomando como eixo de rotagio o cixo ginante, damos a0 pontos das pas ¢ das linhas de corrente uma rotagio de modo a situilos no plano de projecio. ‘A representagio obtida, 6 suficiente para a grande maioria das con- sideragies a serem feitas no estudo das méquinas de fluxo. A linha de corrente que aparece no corte longitudinal 6 uma linha média ‘que divide © vazdo em duas partes iguais. Nas méquinas axiais © céleulo preliminar 6 normalmente para'o didmetro médio, definido pela relaga: (a) onde D, é 0 didmetro externo, ¢ Dio difimetro do eubo ou do rotor, Fig. 1.6. Queremos observar que para o difimetro médio no temos fa linha de corrente média. Entre (0s rotores radiais ¢ axiais existem formas intermediérias, nas quais a eorrente tem uma diregio diago- nal relativamente ao eixo. Na Fig. 1.7 esquematizamos uma turbina diagonal. INEMATICOS BASICOS DAS MAQUINAS DE FLUXO 7 Elementos CinemAticos Basicos das Maquinas de Fluxo Para o célculo das méquinas de fluxo 6 importante, inicialmente, 1 estudo da corrente nas arestas de entrada e safda das pis. Para Wimplificar este estudo, estabelecemos uma correspondéncia entre Algarismos © pontos da méquina no sentido da corrente, Assim, W Pigs. 1.5 ¢ 1.6, mostram pontos importantes para turbinas 0 8 8, {para bombas 12.9. Como o interesse maior esté no rotor, usamos ‘6 mesos algarismos para motores e geradores, no que se refere a festa de entrada c de saida da pé. Um ponto situado um powco Wwntes da entrada da pé do rotor designamos com o niimero 3, um [poco depois com o némero 4. Para a aresta de salda respective mente 5 0 6. ‘A representagio do corte transversal para méquinas diagonais Inlo 6 to simples como para as radiais © axiais. Usamos para as Miugonais, Fig. 1.7, a representagdo do cone des énvolvido tangente Ko ponto médio da pé, obtido pela intersegio da linha média de eor- ente com a linha média da p4. Tal desenvolvimento fornece apenas, Jumma imagem aproximada das condigées da corrente ao longo da p& Wowde » entrada até a safda, uma vex que a superficie do cone em oral, ndo 6 uma superifcie de corrente, Bi evidente que o fluido deve deslocar-se em cada ponto da pé tna diego tangencial, relativamente & sua superficie. Segundo a eoria clissica supse-se que dentro dos canais entre as pas a corrente finda 6 guiada de maneira perfei- 1s, sendo « velocidade em médulo, ditegio e sentido a mesma para toda Juma circunferéncia, eujo centro es- 14 sobre 0 cixo da méquina. Des te modo, 0 tridngulo de. veloci- fue ade da Fig. 1.8, pode sor desloea- pig, 1.8 Grade move dolivremente, no sentido tangeneial om sofrer qualquer deformagso. Veremos oportunamente que tal hipstese implica na, m4quina possuir um niimero infinito de pés ‘A componente cm denominada componente meridiana ou meridional, ‘16 ligada diretamente & vazio, Q, através da segio S, pela equaséo: = Ss om a2) ‘A sesto para méquinas radiais 6 a superficie lateral de um cilin~ dro de altura b, 2 Sar-D-b. as) 8 GENERALIDADES SOBRE MAQUINAS DE FLUXO E A PISTAO Para méquinas axiais 6 a superficie da cores limitada pelos ditmetros D, ¢ Ds S= 7° Ws — Di). (14) Para 0 caso de méquinas diagonais, corresponde a superficie troneo ednica gerada pelo segmento da retac—b, Fig. 1.7, quando gira 360° em tomo do eixo da méquina, Conhecidas'a vazio ¢ a superficie, est4 determinada-a componente meridiana ¢m, que inde- pende da méquina estar parada ou em movimento. 0 plano em que x se encontra 6 0 do desenho. Designando por w a velocidade rela- tiva, e-¢ a absolute, teremos para suas projegdes na direg#o da velo- cidade meridians wm = Gm. Devido a espessura e das pds na di- regio tangencial a superficie livre fiea diminufda, eendo 0, fator de estrangulamento, dado pela relagio: (1.5) t Conseqtientemente ¢m sofre um aumento rélativo dado pelo inverso do fator J. Em (1.5), ¢ 6 0 passo que pode ser ealeulado em fungéo do dit- metro De do nimoro de pés # pela relagio: xD 6) ‘As componentes tangenciais cy © tw. 880 normais 8 Gm. Vetori- almente temos ¢ = i+ i. A Fig. 1.9 mostra como exemplo, um desenvolvimento eilindrieo, que denominaremos simplesmente grade, correspondente a uma turbina a vapor de varios estégios. No ponto 20 vapor possui, praticamente a diregio da extremidade das pis. ‘Temos aproximadamente c+ = cy conhecida w, obtemos a velocidade relativa ws. Coincidindo a diregdo da corrente com a diregio dada pela pé em sua aresta de entrada, temos a entrada sem choque. Este estado serve, em geral, para base de eélculo. Alterando-se @ vasiio ‘ou s velocidade tangencial, a transigio isenta de choque nio fica mantida, como podemos ver no estudo dos tritingulos de velocidade da Fig. 1.9, onde as linhas pontilhadas desta figura correspondem is condigdes de choque na entrada, Por ser a vazio muito pequens, como u permanece constante ¢; c decresceu, ws 6 obrigada a trans- ELEMENTOS CINEMATICOS BASICOS DAS MAQUINAS DE FLUXO formar-se bruseamente em ux’ ocasionando 0 apatecimento da com- ponente:de choque wa. Esta componente ocasiona perdas, no pelo encontro brusco com ponta da palheta, mas sim pelo turbi- Thonamento do fluido do lado oposto. Fig. 19 Componeate de choque. Exemplo 1. Desenhar ¢ determinar os tritngulos de vel dade para entrada ¢ safda do rotor da bomba centrifuga da Fig. 1.10 ‘que gira a 24,5 rps. despresando a espessura das pis. Inicialmente ealculamos as ve- Jocidades tangenciais mar Deon =m 02-25 = = 154 mis; w= ue Para entrada a 90%, ¢ canal de 8e- Fig. 1.10 Rotor ds bombs ceatfugs gio constante o que implica em ser A Gq = const. podemos desenhar em escala os trifngulos Fig. 1.11, ‘obtendo os demais valores graficamente. c= 89mls; c= 21,5 ms; wy = 17,8 m)s; we = 4A mis: ene Ong = 64 = 8,9 mf = 19,4 m/s; as = 25, ‘GENERALIDADES SOBRE MAQUINAS DE FLUXO E A PISTAO Exemplo 2. Uma turbina hélice de 4 pis, didmetro médio 425 mm, relagio do cubo 0,6 possui as seguintes caracteristicas: n= 15eps, Q= 1,7 mip, c = 0,60 - wi, pede-se: Fig. 1.11 Tritngulos de velocidade 2) Os didmetros intemo, extemo e o passo. 2) Os tridngulos de velocidade para o ditmetro médio. ©) Baquematicamente s grade do rotor para o dikmetro médio, 4) Cleulo cos didmetros © do passo Temos: Para o passo temo: to ¥) Tritngulos de velocidade Como: Q= oF + — Da) ‘Temoa: soar in > FT Osat — Onin) ~ 120 mis Pela lei dos trifngulos temos: Wm we 2 ue 4 = 060-15 at = awit at 8A + Bieta, = cay, PROBLEMAS. " Feitas as substituigoes e resolvendo o sistema de equagdes obtemos: we = 19,3m/s; ws = 122 m/s; Be = 3 u = 20mis; 3 mis; Bo = 31°. 8 ms; os ds = 758. Fig. 1.12 Grade mével correspondente so ditmetro médio. Na Fig. 1.12 representamos os tridngulos © a respectiva grade, donde foram retirados os angulos By € PROBLEMAS: 1. Esquematizar em cortes longitudinal e transversal um yentilador cen- trifugo, eixo horizontal, indieando sobre uma linha de corrente ot riimerot con- vrencionais para os vérios poatos : 2 Esquematizar em cortes longitudinal e transversal um ventilador axil, xo horizontal, 4 pas no rotor € 7 no extator, indieando sobre uma linha de corrente ‘0 auimeros convencionais para os vérios pontos. 3. Uma turbine tipo Francis, lenta, eixo horizontal, post 12 ps no roto. Sendo y= 90, ay = = 1.000 mm, Duly = 06, 6 = 100m, n= 20 rp, determinar 2) 0 paso pare a entrada ¢ a vasio da tu © tridngula de velocidades com todos os seus elementos para a aresta de contend, ¢) Esquematizar em cortes longitudinal e transversal a turbina, 4 Um ventilador centtfugo possui um rotor com didmetras externo e ine ‘terno respectivamente 300 mm ¢ 150 mm, % pés de chapa de espessurs na diregio tangencial 5 mm, rotaplo 30 rps, By -25* © By = 32. Determinar ” GENERALIDADES SOBRE MAQUINAS DE FLUXO E A PISTAO 4) Os titngulos de velocdades © todos os seus elementos para a entrada & snida do rotnr considerando a espessura das pis e emg = ems = ¢43 b) A redugio relativa da velocidade meridional para m mesma vax%o, despre: zando-se a espessura finita dan pis para entrada © safda 5. Um ventilador axial com relagho de cubo 0,5, difmetro externo 600 mn, 6 pfs em chapa de espessura na diregdo tangencial 6 mm fy = 20%, By = 30%, rotaplo 60 rps. Determinar: 4@) Os tridngulos de velocidades para 0 didmetro méio com todos os ele- rmentos considerando & espestura das pA © em = ¢m 2) Idem, despresendo a eepessura das phe, porém mesma vaso © ém, ~ my ©) A vanto do ventilador. RESPOSTAS 38. a) Com suxitio das Eqs. (1.2) (1.6) caleulumos 4 = 262mm; Q= 94m. ») Do desenho do tritnglo de velocidade para a entrada retiramos 4 = 62,83 m/s; ey = 14 = 29,0 mis; cx = 68,60 m/s; Be = 90%, ay = 25% 4 a) Calculamos: w= 14,13 mis; up = 28,26 m/s, tragando om sequida (08 tridngulos dos quais retiramos: my = ey = 64 = 6,6 ml 4 = 124 mis; = 193m ey= II may = 20, 2%) Com ausitio das Eqs. (1.5) e (1.6) temos cm jcor, = 8 ms cajdiiyaighmp. 5. 0) Calculamos tq = 235,62 mm; fay = 0,975; um = 84,8 m/s. ‘Tragamos ‘os tridngulos retirando: seq = 90,0 m/s; cy = 30,0 mis; y= 0; cy = 90 em = BO ms; ty = 61,5 ms; cy = 43,5 mb; cay = 3155 mis; ay = HH 2) Caleulamos cng = 29,25 m/s, tragamon os novos tridngulos retirando: 04 = 87,0 mie; fy = 28,9 ms; cue = 8,0 ms ay, = 845%; 05, = 58,5 mis fy = 45m; ey = 40,5. 2) Com auxilio das Eqs. (1.4) (1.2) caleulamos = 0,212 m', Q = 6,36 mil, Elementos de Mecénica dos Fluidos Capftulo 2 Neste capitulo, recordaremos 0s eonceitos bésioos da Mectiniea dos Fluidos, principalmente a parte referente aos canais e tubos sobre pressio, componentes bésicos das méquinas de fluxo, 2.1 Conceitos Cinemsticos Um escoamento invaridvel relativamente so tempo, denomina-se eslaciondrio ow permanente, em enso contrério, nia estaciondrio ou varidvel. Assim, um escoamento no interior de um tubo com velo- cidade constante no tempo é estacionério, J4 0 eseoamento atra vvés do rotor de uma méquina de fluxo, quando em movimento, rela- tiyamente a um sistoma de coordenadas fixas, ¢ variével. Para tomar este escoamento permanente, basta. tomar um sistema de eoordenadas que gira acompanhando o rotor. Num escoamento, denominam-se linkas de correntes as linhas eujas tangentes. em seus Pontos no instante considerado, coineidam com a diregio dos ve- ores velocidades do escoamento. As eurvas deseritas por ele- mentos de fluido em um determinado espago de tempo siio as traje- rias. Para eselarecer faremos um exemplo: Seja um escoamento através de um rotor em movimento com Pils radiais. Este escoamento 6 varivel*para um sistema de coor- dlenadas fixos a eareaga. Se, em um determinado instante tragamos ts linhas cujas tangentes coineidam com a diregio das velocidades dos varios elementos do escoamento, temos as linhas de corrente, Para obtermos as trajetérias devemos observar a curva descrita pelo destocamento de cada elemento do fluido em um determinado espago de tempo, Na Fig. 2.1 da esquerda representamos uma “ FELEMENTOS DE MECANICA DOS FLUIDOS linha de corrente ¢ na direita uma trajetéria. Conclufmos pelo exemplo que em um escoamento variével, geralmento as linhas de correntes € as trajetérias so distintas, 0 Q quanto ao aspecto da curva. Para escoa- mentos permanentes elas so coincidentes, ‘ apesar da linha de corrente ser uma linha oO 6) instanténea, logo contém elementos distin- tos do fluido, enquanto a trajetéria é Fig. 2.1 Linba de corren. Uma linha deserita em um espago de tem- te teeta. po por um determinado elemento do flui- do. © movimento dos elementos de um fluido 6 geralmente tridi- mensional. Freqiientemente, a componente da velocidade em uma das diregdes & constante ou nula, podendo 0 escoamento ser consi- derado bidimensional ou plano. Sua andlise teérica 6 mais simples, ‘© mesmo ocorrendo com a sua representagio que pode ser feita no plano do desenho. No esso das méquinas de fluxo, hé preponde- rincia de uma diregio, relativamente as demais, Esta diregio 6 a do eixo dos condutos, denominada coordenada natural. Os pequenos delocamentos normais a esta coordenada podem ser desprezados, 0 que resulta um escoamento monodimensio- nal ou linear. Neste livro adotaremos uma teoria monodimensional, que em caso de nevessidade seré ampliada para uma concepeao bi ou tridimensional. Da teoria monodimensional procuraremos chegar 0 escoamento real, usando coeficientes de correc, em geral obtidos através da andlise estattsties de ensaios. 22 Tubo de Corrente — Equacdo de Continuidade Tubo de corrente 6 0 conjunto de linhas de correntes tangentes a ums curva fechada arbitrariamen- ‘ te fixada no interior do fluido, eran Fig. 2.2, A massa de fluido con- oe SN ‘tida em um tubo de corrente cons- / ) titui o filete de corrente. Sendo 0 ‘movimento estacionério 0 tubo pos- sui forma invarigvel no tempo, comportando-se como um conduto ‘éenico, uma vex que, pela prépria Fig. 2.2. Tubo de corrente. definigdo, 6 impossfvel, a um ele- mento do filete atravessar na direglo normal as linhas das correntes, 8 limites do tubo. Deen 8, ix Se se EQUAGOES DO MOVIMENTO DE EULER s Para que possamos introduair tum conceit bastante importante vamos delimitar uma parte do tu- bo de corrente, no instante consi- derado pelas superticies normais 8, © Sy Fig. 23. Decorridos um tempo di, os elementos de fluido das segdes Sy © S: deslocam- Pssiks Se conerreste Pela definigao de tubo de cor- rente, a massa de fluido que entra no tubo 6 igual a que sai do tubo, resultando: pi Sy cx - dt = px Sr on at pi Sir = pe Seo = p-S-c= const. — (2.1) Esta 6 a lei da conservagio da massa. Para fluidos incompres- siveis p =p: =p: = cle. Podendo a Eq. (2.1) ser escrita sob a forma: Q=S + c= const, (2.2) A Eq, (2.2) reeebeu o nome de equagio de continuidade, sendo Qa vaso, que representa o volume de fluido que na unidade de tempo travessa 2 segio S com a velocidade ¢, normal a seco S. 2.3 EquacSes do Movimento de Euler Conforme vimos, a representagio cinemética do escoamento de ‘um fluido neeessita da conhecimento do vetor velocidade c, em cada flemento do escoamento no instante considerado. Para a deseri- ‘glo dindmica deste movimento ¢ ainda necessério 0 conhecimento do mais uma caracteristica, a pressio para fluidos incompressiveis, 4 do duas, pressio © massa espectfica, para fluidos compressiveis. A Windmica dos fluidos pode ser estudada pelo Método de Euler ou polo Método de Lagrange. 6 [ELEMENTOS DE MECANICA DOS FLUIDOS ‘Neste livro adotaremos 0 Método de Euler que considera as caracteristicas, velocidade e pressio, nos diferentes loeais do fluido para cada instante Fate método nfo cogita do destino das partculas, justemente 1 camatertstica bésica do Método de Lagrange. Conclufmos entéo, que para o Método de Buler s80 fundamentats as Linhas de eorrent, enquanto que o de Lagrange se in- tereaan pelas trajetérias Seja, 0 cilindro elementar no interior de um fluido ideal em Sc a” inkl ear smusadae (ores ago dis gravidide, oujan gerateizes coincidem com as linhas de corren- Fig: 24 Elemento na depo das t dregho esta, do sistema de eoor- ahas de erate denadas naturaie no instante con- fideredo, Fig. 24. Aplicando a a mde Lai de Newton, F, = "7 diregdo s, ¢ a velocidade da corrente e m = fluido no interior do eilindro, temos segundo a onde F, 6 a resultante des forgas na ds - dS a massa do 24, — Componente tangencial da gravidade: mg cond = 9: pds dS cos =~ gp de- as» 2 — Forga oriunda da diferenga de pressio entre as duas su- perffcies das bases do cilindro: oe. ~ Sp de as, Substituindo na Equagio de Newton resulta: 2.3) QUAGOES DO MOVIMENTO OE EULER ay De um modo geral a velocidade ¢ é fungdo do local s, ¢ do tempot, ae $ 4) Tevando (2.4) em (2.3) obtemos 1 a de, m1 o FR tte HTS Bao 5) Para o regime permanente: se =0, resultando na (2.5): L det dep dae FB te- Ft3' F-o eo) Para determinarmos a acele- ragio na direcdo normal as Tinhas *” de corrente, accleragio centripeta, omaremos 0’ cilindro elementar com a8 geratrizes na diregio da nor- mal principal as linhas de corrente, ig. 25. Se designamos com ro raio de curvatura, podemos splicsr a ei de Newton para a diregio da normal principal. Fig. 25 Elemento na direpfo nor- smal Be linhas de corrente From = como: a ie ~ Bain d8—9+p-an-as %, ay 2 Steppe 2s rail pipe be salon (a2) As Tigs. (2.5) (2.6) e (2.7), silo as equagtes de movimento de Kuler para escoamento. monodimensional. " ELEMENTOS DE MECANICA DOS FLUIDOS 2.4 Equacdo da Energia de Bernoulli Como na Eq. (2.6) todos os termos sio derivadas relativamente 8, podemos integrar na diregéo da coordenada natural resultando fy Pegieen e» ou fazendo, a ont, wm: 9) As Eqs. (2.8) ou (2.9) sfio eonhecidas como equagio da energia de Bernoulli. A forma (2.8) é especialmente titil quando trabalha- ‘mos com o Sistema Internacional, enquanto a (2.9) refere-se ao chama- do sistema MKS téenico, (peso). { Tt NIVEL ENERGETICO WFERIOR OU SUsanTe Hig. 2.6 Niveia do energia em um etcoamento, A forma (2.9) 6 bastante sugestiva para uma interpretagéo, uma vez que, dimensionalmente, os termos da esquerda sio compri- mentos. Assim, o primeiro termo 6 a altura de velocidade, o segundo a altura de pressio € 0 tereeiro « altura geométriea ou local, isto relativamente a um plano de referéncia arbitrariamente eseolhido. FOUAGAO DA ENERGIA OF BERNOULLI ” Podemos resumir esta interpretaglo do seguinte modo: “No escoa- mento estacionério de um fluido ideal, sujeito apenas & gravidade como forga de massa, para todos os pontos de uma linha de corrente soma das alturas de velocidade, pressio ¢ local é uma grandeza constante,” A constante normalmente varia de uma linha de corrente para outra, Apenas no caso particular do escoamento estacion isento de vértices, conforme veremos posteriormente, ela € cons- tante em todo o campo. Na Fig. 2.6 representamos grafieamente a Tei de Bernoulli, onde sobre os niveis energéticos locais de dois pon- tos de uma linha de corrente foram colocadas as respectivas ener- ffias de velocidade © pressio resultando o nivel energético ideal. jo ser Exemplo. Determinar para a usina hidriulien ideal, turbina Pelton, Fig. 27, escoamento es- tacionério, as caracteristicas cine- méticas e dinémicas nos pontos, 0, 1, 2€ 3, para Q=0,35 mis, Dy = Ds = 040m. Para que neste tipo de usina © escoamento seja_estacionstro, devemos ter 0 nivel energético de montante constante, o mesmo ‘ocorrendo com a posigdo da agulha. Como consideramos 0 fluido ideal, todas as linhas de correntes io equivalentes, Normalmente devemos iniciar a resolugso do problema peto ponto 3. Aplicando a Eq. (2.8) ao ponto 3 obtemes: Fig. 2.7. Usina hidréulica ideal para turbina. Pelton +B ae ay = B= 200-981 = 1.962 J/kg py = Oe ainda 25 = 0, Fazendo, por ser o fluido incompressivel, p resulta: a=V2-E 62,6 mjs. ‘Com a Eq. (2.2) determinamos 0 ditmetro em 3 Q=S0 2 ELEMENTOS DE MECANICA DOS FLUIDOS ogo. H -y4 Aro, = 0.0844 m = 84,4 mm. As velocidades em 1 € 2 serio: © + 9,81 1) 10+ =0,942 bar; po=p-[B- (4 02)] = 19501 bee Para 0 ponto 0 samo 2+ eit 2.5 Pressio de Estagnacdo e Pressio Total Seja_um escoamento unifor- ime, paralelo, cuja velocidade Dressio sejam c © pe na parte nio perturbada pelo abstéeulo sélido, Fig. 2.8. Como, em planos parale- los oeorrem os mesmos fenémenos, basta fazer o estudo para um des- Fig. 28 Oimiéeuto cclocut no %% Planos 0 que equivale © consi- Re derarmos 0 escoamento bidimensi- onal. Em cada plano existe uma linha de corrente que encontra o obstéeulo no ponto A bifureando-se fem duss que iro contomé-lo. Asim, no ponto A na diregto do movimento nfo perturbado a velocidade @ nula, motivo pelo qual cete ponto recebeu 0 nome de pondo de estaynagdo. Aplieando a Equagio de Bernoulli sobre esta linha de corrente, entre um ponto 4a corrente nio perturbada ¢ o ponto de estagnagio A, vemos: hei et Pe = pa, sendo 2 = 24 Elementos Construtivos das Méauinas de Fluxo Capitulo 3 Em todas as méquinas de fluxo existem determinados elementos construtivos fundamentais, que isoladamente ou em grupos formam 08 varios conjuntos, os quais reunidos, constituem » méquina de fluxo. Estes elementos principais, que analisaremos a seguir, sepa- radamente e como participantes de um eonjunto so: — Injetores; — Difusores; — Pls, 3.1 Generalidades Sobre Injetores Injeor 6 a parte de um conduto, construfdo de tal modo, que a velocidade cresce no sentido do escoamento. Desta definigo conclut- ‘mos que 0 injetor é um elemento que serve para transformar energia de pressio em energia cinética. Ora, como as méquinas de fluxo ‘motoras tem por fim diminuir a pressfio no fluido de modo a obter energia cinética, para que esta seja, transformada em trabalho me- ‘enico, podemos dizer de maneira bastante ampla que tais méquinas so, em tltima andlise, injetores. Daremos a seguir alguns e- xemplos de injetores aplicados as méquinas de fluxo, para depois _————~ fazermos uma andlise tedrica dos = ‘mesmos. waeooesl A Fig. 3.1 mostra um corte fom um ventilador axial com palhe- lasdiretrizes depois dorotor. Naen- uy 5.) yentiador asa « [ELEMENTOS CONSTRUTIVOS DAS MAQUINAS DE FLUXO trada deste ventilador foi eolocado uum injetor, 0 que permitiu manter na tubulagio de suegio uma ve- locidade menor, conseqiientemente perda de pressiio menor. A Fig. 3.2 mostra o corte em — oe I i tc ‘um tubo de sucgéo para bomba hi- a ' dréulica, Hste tubo de sucgio 6 sao ‘um injetor, tendo a finalidade de aumentar a velocidade da égua de emai? PM* —mancira gradativa, desde valores omba hidréulin. 1—Injetor, 2--Valvula de €™ tomo de zero, na parte inferior, PS; 3 —Protepta até 08 valores da entrada do rotor. ® —© Fig. 5.3 Injetor para turbine Pelton, 1 —Injetor; 2— Agulha; 8 — Aleta diresionais A Fig. 3.3 mostra um corte em. um injetor para turbina Pelton com sua agulha, elemento regulador da vazio. Este injetor permite mantermos baixas as velocidades na tubulagio forgada, logo peque- nas perdas, permitindo também a transformacio de, pfatieamente, toda a energia disponivel em energia de velocidade com pequeno des- Jocamento da massa fluida, alto rendimento, apesar da forte acele- ragio sofrida pelo escoamento. Na Fig. 3.4, mostramos uma outra aplicagto dos injetores, ago- ra em medidores de vazio. Conforme estudaremos_posto- riormente um dos métodos de me- ida da vazio ¢ através do bocal esquematizado na Fig. 34, A ace- leragio da corrente, provoca no ca- 80, uma queda de pressio ¢ a apli- cago do Teorema de Bernoulli e da equagio de continuidade permitem Fig. 3.4 Bocal IMUETORES PARA FLUIDOS INCOMPRESSIVEIS a 6 eéloulo da vaso, uma vex que por ensaios determina-se 0 coefi- ciente de perda do boeal. 3.2 Dimensionamento dos Injetores para Fluidos Incompressiveis Seja o injetor para fluido incompressfvel da Fig. 3.5. Pode- ‘mos aplicar a equago de continuidade e de Bernoulli, desprezando ss perdas: Q= S14 = 81° OH; Bs Reon ona Regn By 2, tg Taig $8. near pee ethan Paton ‘Como sabemos, devemos ter para 0 caso em que as perdas sejam desprezadas, E,= E;. Como, na maioria dos casos, 2, ~ re sulta: Bom Ap ait p ? Quando $0, a0, logo: @.) Deste modo, conhecida a vazio Q ¢ a energia espectfica Y, po- demos calcular a velocidade tedriea na saids, a qual permite o efl- culo da sego. Como dissemos, as equagdes dadas néo incluem as perdas. Estas provocam uma redugio na velocidade ¢. Se cha- marmos ¢” este {ator de redugio, devemos para o céleulo da secio utilizar uma velocidade cy =~" c. Este coeficiente eaté com- preendido entre 0,93 < @” < 0,99, sendo que os valores mais altos valem para Nua. elevados, energias eapecificas menores © injetores hiidraulicamente lisos: Exemplo 1, Estudar um injetor para turbina Pelton com Q=1,5 mi, ¥ = 2,580kI/kg. a [ELEMENTOS COMSTRUTIVOS DAS MAQUIMAS DE FLUXO. Na Fig. 3.6 representamos esquematicamente um injetor Pelton com sua agulhs, Os valores normais dos parimetros indicados so: 45 <0; < 90, 45 <8, < G0, 0,80 < y < 0,88, sendo os valores Fig. 3.6 Detalbe de um injetor Pelton com agulha. baixos de y’ para 6; > 01 ¢ os valores altos para @: = 6s, ‘Temos também: Dz = 0,5 + Dj, Adotando no caso @; = 65° temos assim 61/2 = 29°. Como: 4° Q- cos Oil2 = 0,196 2 m. 015-6 ~ VO88 x - 0,75 - 69,6 Para 0 didmetro do cano tees: jae 15 ie b= YS = YE ~ 0618 m = 8mm Exemplo 2. Estudar um botal para medir vasées entre 0,5 ¢ 1,0 m'/s para ser instalado em uma tubulagio de 0,5 m de didmetro. IWUETORES PARA FLUIDOS INCOMPRESSIVES e Na Fig. 3.7 representamos um bocal ISA. Da splicago de Bernoulli entre as segdes de dimetros D e d, temos: won (8) ou =the o.6044, te & 8 U Fig. 32 Boel 184 Fasendo St = my, Ei 7—>, utilisando a equagio de con- St am, Bes tinuidade e incluindo um fator de perdas temos: Qa 0: BS yee @2) Na Fig. 38 representamos 0s E ] valores de C' - E, em fungio de m. we Para o nosso exemplo, vamos fa- p Bina princi tentative, poe H m, = 0,4, logo © Ey = 1,04. 0,032 - 0,5 = 0,316 m. Com isto temos: Fig. 3.8 Coeficionten para boeal ISA. Fasendo se substituigdes na Eq. (8.2) resulta: = 104-0078 4. 1414-4? = 22. @ aid YP = os 3 ‘Assim, pars Q = 0,5 m/e resulta: 2. 18,8 J/ke. Para @ = 10:m¥%e tenes SP. = 752 Jie. Em milfmetros de coluna de meredrio teremos: #H, =\lmmHg, Hy, = 554 mm Hg. Valores satisfatérios para um manémetro de merctrio. 3.3 Dimensionamento dos Injetores para Fluidos Compressiveis ‘Quando © fluido 6 compressivel o prinefpio de conservagio da massa, m = S-¢- p=, 6 que deve ser aplicado, juntamente ‘com a Eq. (2.33) para que possamos dimensionar o injetor. Prova-se que existe uma pressio denominada critica dada pela expresso: 2 P: =o (735) . G3) nna qual a velocidade do som no meio é: = View Dee @4) Até aleangarmos esta velocidade, o crescimento do » 6 menor que o de ¢, logo, para ser verificada a conservacio da massa, a segto S deve decrescer. Apés passarmos os valores criticos, o crescimento de » é maior do que o de ¢, e para sumentarmos a velocidade ¢ neces- sério aumentarmos também # segio. ‘Na Fig. 3.9 mostramos as trés possibilidades: INIETORES PARA FLUNDOS COMPRESSIVEIS “s = ne Pee PP as, ets eel ° > ¢ 3.9 Bocais para fluidos eompresives Na Fig. 3.94, temos o caso em que pr ¢ maior que ps. Neste ‘caso nfio chegamos a aleangar a velocidade do som no meio, dizemos sero injlor suberttico. Na Fig, 3.9, temos ps = pe logo na safda do injetor a veloci- dade é a do som no meio, o injetor é um injelor eritico. Na Fig. 39¢, ocorre ser ps menor que ps. Deste modo para al- eangarmos ps temos que passar por ps, resultando ser a velocidade na safda maior que a do som no meio, Este injetor denomina-se superritco ow injelor Lava Este tltimo caso ocorre freqiientemente nas turbinas a vapor, principalmente nas de agdo. Para uso em pré-dimensionamento po- demos tomar os valores da Tab. 3.1 para as caracteristicas criticas. Tab. 3.1 Caracteristicas criticas para os Gases © Vapores (a) Vapor de Sua sate rado seco ne: Exemplo. Estudar um injetor para uma turbina a vapor de ago que trabalha nas seguintes condigdes: — Pressio na entrada 10 bar, temperatura na entrada 300°C. — Pressiio na safda 1,0 bar, massa 0,5 kgs. “ [ELEMENTOS CONSTRUTIVOS DAS MAQUINAS DE FLUXO Vamos estudar o injetor para as condigbes tedricas, isto é, expan- ‘silo adiabdtica reversivel. Na Fig. 3.10 representamos ‘esquematicamente s transformagao no Diagrama de Mollier. Como « maior parte da trans- formagio ocorre no camo supera- quecido podemos determinar as caracteristicas criticas: J. 310 Rxpanato adinbtion re ke Meet op Pa = 0,545 7 - 10 = 5,457 bar, no dingrama de Mollie. ce = 1,075 Vp ty, do diagrama temos: % = 0,26 m'/kg, loge: ce = 546 ms. ‘Tendo estes elementos bisicos, sabemos que nosso injetor é do tipo Laval, sendo suas segées, fixadas através das entalpias retiradas do Diagrama de Mollier. Reunimos o célculo das segbes na Tab. 3.2 onde c= 1,414 V/A. Tab. 12 clewlo de um Boca! Laval Relativamente wo tragado do injetor existem varios prinetpios, que posteriormente analisaremos, 3.4. Generalidades Sobre Difusores Difusor € a parte de um conduto, construfdo de tal modo que ‘8 velocidade decresce no sentido do escoamento. Assim, a fungio ‘GENERALIDADES SOBRE DIFUSORES o do difusor 6 inversa A fungéo do injetor. Semelhantemente con- lutmos que as méquinas de fluxo geradoras, so em ‘ltima andlise difasores, jA que seu objetivo final 6 transformar energia cinética em energia de pressio: Como ié tivemos oportunidade de examinar, nos difusores em que ® sego cresce com » redugio da velocidade, 1h6 grande tendéncia de ser descolada a camada limite, Evitamos estes descolamentos, dando aos difusores Angulos nfo superiores 15°, Este fato, e outros, tais colo, maior superficie de atrito ete. fazem com que os difusores possuam rendimento menores que 03 injetores. Assim, de mancira bastante geral, as mAquinas de fluxo geradoras possuem rendimento menor que suas equivalentes motoras. ‘Como exemaplo de difusores citamos: Fig. 3:11 Tubos do sucpo ou devearga para tarbinas hidréulicas Na Fig. 3.11 representamos tubos de succlo ou de descarga para turbinas hidréulicas. Na Fig. 3.11a, para turbinas de eixo vertical, ‘caso em que sua altura maxima de sucgio permite a instalagdo de um tubo reto, Na Fig. 3.11b, easo do eixo ser horizontal, ¢ ainda ser pos- “ [ELEMENTOS CONSTRUTIVOS DAS MAQUINAS DE FLUXO sivel tubo reto, Na Fig. 3.11c, um tubo de suegéo eurvo, muito u- ado, uma vex que na maioria dos casos altura de succdo méxima & pequena. Qualquer um dos tubos, funcions com um recuperador de energin, uma vex que perda de energia decresee com a veloci- dade. Como a velocidade na safda do tubo ¢ menor que na entra- a, houve uma reouperagio de energia a ae oP = | Fig. 3:12 Difusor para ventilador axial. ‘Na Fig. 9:12 representamos um difusor para ventilador axial, ‘© que result ser praticamente desprezivel a perda de encrgia na safda, 3.5 Dimensionamento dos Difusores para Fluidos Incom pressivei ‘Aplienndo Bernoulli entre as Segs. 1 ¢ 2 do difusor, temos: ef ot 22 ‘Tendo em vista » equacdo de continuidade e, considerando di- fusores ednicos temos: Ap es ( ‘] at 7 -b-G))4 on © termo entre parénteses re- presenta a fraglo de energia ciné- tica transformada em energia de pressfo. O gréfico da Fig. 3.13 mostra que, no infcio do difusor, es- ta transformagio € maior. Assim, por exemplo, com uma relagéo de didmetros 1,4 jé esto transforma- das 75% da energia. Por esta ra- 280, 6 indispensével uma execugo ‘euidadoss do difusor, principalmen- te na sua parte inicial, onde deve DIFUSORES PARA FLUIDOS COMPRESSIVEIS ° ser feito um arredondamento na entrada, e, estar a superficie bastante lisa, Estas medidas também reduzem o perigo de descolamento da ‘camada limite na parte subseqiente. Fig. 3.14 Resultado do ensaio em um difusor. Na Fig. 3.146 representado de uma maneira simplificada, o resul- tado de um ensaio com um difusor, com D, = 100 mm, D: = 200 mm, Aingulo do cone 8, no qual escoa ar com ¢ = 59 m/s, f, = 20, sendo, portanto, 0 nfimero de Revnolds. Di _ 59-010. Nae Te 18 108 Observa-se a modifieagso do perfil de velocidade, que se toma mais turbilhonado em dirego da safda do difusor, revelando um aumento pronunciado da espessura da camada limite. As medi- 6es da pressio mostram a perda de pressio irreversivel no difusor, que é dada pela diferenga entre as curvas: (ry © quociente de 2 valores fornece um rendimento de, aproxima- damente 71, = 0,90 para o difusor ensaindo. 7 - 108. Pe Pi easlia pe 2 6 Dimensionamento dos Difusores para Fluidos Compressiveis ‘As equacées aplicadas so idénticas » dos injetores. Para ve- locidades supersénicss, possum depois da parte convergente, uti- 7” [ELEMENTOS CONSTRUTIVOS DAS MAQUINAS DE FLUXO linada para baixar a velocidade até a velocidade do som, uma parte divergente. Ultimamente, estes dispositivos, tém sido aplicados nos ‘chamados compressores supersénieos. Fendmenos nfo estacioné- rios, semelhantes aos que ooorrem em injetores Laval, construfdos ‘eom erros, s8o, de modo geral, desejéveis em funcionamento normal, Abaixo da velocidade do som, com velocidade do gis a partir de faproximadamente 100 mjs, 0 alargamento admissfvel de um difusor para fluido compressfvel 6 menor que 0 correspondente’alargamento ppara fluido incompress{vel. Com velocidades decrescentes a reducho do volume, causada pela compressio, produs o efeito de uma reducio dicional da secdo. Por esta razio, Angulo de alargamento para difusores planos fien reduzido segundo a relagéo: a, = a - (= Me). Onde a, © a so os Angulos de alargamento para gis ¢ para Sgua, isto 6, para fluidos compressiveis e para fluidos incompressfveis. Ma = <> € 0 niimero de Mach, relagto entre » velocidad do ‘escoamento ¢ a correspondente do som, 3.7. Generalidades Sobre Pas ‘A finalidade deste elemento construtivo, © mais importante das miéquinas de fluxo, 6 a varingao da velocidade do meio operador. Geralmente, vérias pis dispostas convenientemente formam lum eonjunto de modo a fiearem estabelecidos varios canais, Pstes conjuntos de pés quando nas méquinas formam sistemas fixos, esta- {ores ou méveis, rotores. A combinagto simples ou miltipla de es- tator e rotor constitui a méquina de fluxo. 0s canais formados pelas pés, tanto nos estatores, as palhetas como nos rotores, as ps representam injetores, difusores ou simples desviadores do escoamento, Caso sejamn injetores ou difusores haveré respectivamente aceleragtio ¢ desacelera- fo da eorrente, enquanto que nos desviadores ocorre simplesmente mmudanga 1a diregio de velor velocidade: Quando um rotor & cons titufdo de ps tais que os eanais por elas formados sejam simples desvindores, dizemos que as pés sio de aco. Nos demais casos as phs who de reagdo, Ainda, tendo em vista a diregio com que a corrente percorre os eanais entre ps, temos os canais arias, radiais ¢ diagonais. Nos axinis a directo da corrente no rotor 6 a axial do -eixo, Now radinis 6 radial ou normal ao eixo, enquanto que a di- INDICAGOES BASICAS SOBRE A CONSTRUGAO DAS PAS n regio entre as duas citadas denomina-se diagonal. No caso de cor rente radial, a incidéneia do fluido sobre a pé pode ser de dentro para fora, centrffuga, ou de fora para dentro, centripeta. Nos rotores axiais freqientemente 0 nimero de pas é pequeno podendo ser con- siderada cada pé isoladamente como uma asa livre. Conforme ve- remos, neste caso é possivel fazermos o célculo das p&s baseado na teoria da asa de sustentagdo. és do rotor para velocidades super- critica, para as quais a segio mais estreita encontra-se no meio do canal, sio calculadas por teorias especiais, muitas das quais ainda em fase de desenvolvimento, 3.8 Indicagdes Basicas sobre a Construcdo das Pas Bxistem varias indieagoes, que poderiamos chamar de regras a setem observadas, quando pretende-se construir uma palheta ou pé, ‘ouum sistema delas que apresente alto rendimento.Citaremos algumas, para, depois, através de exemplos para cada tipo de méquina de fluxo darmos maiores detalhes: — Entrada sem choque. — Raios mfnimos, 0 que implica em uma relaglo favorével entre o raio de curvatura e o seu comprimento. — Transcurso entre entrada. € safda continuo. — Angulo de desvio moderado-: Isto as vézes @ impossivel, como ocorre na maioria das turbinas a vapor. \imero razofvel. Muitas, resultam canais estreitos e muito atrito, Poucas, resulta m4 condugio do fluido nos canais — Niimero de Reynolds elevade. ‘abricagao exata, Exemplo 1. Seja um rotor axial para turbina a vapor de agéo, Fig. 3.15, Admitamos que conhécemos 0 comprimento do estigio, conseqiientemente 0 comprimento s dos rotores e os dngulos By ¢ Bs, ‘Vamos estudar 0 sistema de pis, grade, para o didmetro médio Dw. Com uma eurvatura continua, no eas um arco de efreulo, tragamos parte cdneava que interliga os pontos 4 € 5. Fscolhido 0 passo ¢ ¢ fixada por resisténcia dos materiais as espessuras «, e ¢,, temos os pontos para o tracado da parte convexa. Conhecida a massa de vapor que circula através da equagio: Qa mv = Seer Dm dD: fe tm 6) n [ELEMENTOS CONSTRUTIVOS DAS MAQUINAS DE FLUXO Estamos aptos a fazer o tragado da parte convexa, desde que sejs fixada a largura constante, Finalmente, prevemos um arredonda- mento na entrada das ps. Om ray < Fig. 3:18 Turbina a vaper de acto. Exemplo 2, Rotores radiais para ventiladores e bombas, Fig. 3.16. y SAG Rotores radiais para ventiladores » hombas ‘Si0 conhecidos do dimensionamento os didmetros D, e Ds, as largu- ras do canal by € by, 8 massa ou a vizio Q de fluido, a velocidade meri- ional cm, 0 passo £¢ as espessuras. Pela equagio de continuidade temos: Q=r-D-b- tm fe. INDICAGOES BASICAS SOBRE A CONSTRUGAO DAS PAS ” Pelo tridingulo de velocidade cm = w - sen, logo: Qa D-b wf. sen a= SE sen 8 vem: +7 on won w tt wD Deste modo conhecemos os varios Angulos B, conseqiientemente todos os pontos da pé. Podemos também, eonhecidos os angulos para a entrada e saida, tragar a pé por uma curva continua, normal- ‘mente formada por um ou mais arcos de cfrculos. Fste método é também aplicével para o sistema diretor tanto das méquinas radiais ‘como axiais. Muitas vezes preserevemos uma varingio linear de 6, com o didmetro, resultando o valor para a velocidade relativa ao for- necido pela equagio: we ¢ @.8) 7-D-b-(wnp- +) t Exemplo 3. Analisar turbinas e bombas sob 0 ponto de vista de pis de ago e de reagto. Nas méquinas de ago ou nas pés de ago ou ainda pas de pres- sio constante, a transformagio da energia de pressio em energia cinética efetua-se integralmente no estator. Assim o trabalho TURBINA MICHELL ak, ‘rein PELTON Fig. 317 Esquemas de turbinas de ago. ” ELEMENTOS CONSTRUTIVOS BAS MAQUINAS DE FLUXO mecinico é obtido ou entregue por simples desvio do fluido nas: pas do rotor. Na Fig, 3.17 a turbina Michell serve como exemplo de turbina de agéo. Esta turbina de agio, possul ainda a particula- Tidade do jato de fluido passar duas veues pelo rotor. Inicialmente fem movimento centripeto e depois em eentrifugo. Nesta mesma figura representamos 0 esquema do eorte no injetor e no rotor de uma turbina Pelton, 3.418 Bomba de jato live Na Fig. 3.18 apresentamos a bomba de jato livre. Esta bomba recebe a gua, que sai praticamente sem energia do estator, no lado interno do rotor e a jogs com um forte desvio, como jato livre, para dentro do difusor. "Sentimos que o rendimento de uma tal méquina info pode ser muito alto, uma vez que 0 prinefpio de agio esté restrito Praticamente as turbinas hidréulicas tipos Pelton © Michell, turbinas 8 gis © a vapor. Em geradores, somente em casos excepeionais, “encontramos és de ago, A bomba a jato livre citada foi desenvolvida com obje- tivos exclusivamente cientificos © de Iaboratérios. Outro exemplo 0 ventilador Siroco, que possui pis com curvatura para frente. Nas méquinas de reagio ou pés de reagio ou ainda pés de sobre- ressiio, a transformagio de energia de pressio em cinética, ou viee- versa efetua-se tanto nas palhetas como nas pis. Na Fig. 3.19 repre- INDICAGBES BASICAS SOBRE A CONSTRUGAO DAS PAS. * turbina tipo Francis, No intersticio entre as pa- , estabelece-se uma pressdv intermediéria para a qual vale pi > ps > ps- Deste modo as do estator e do rotor, em diltima andlise, formam uma seqiiénecia de dois injetores. CORTE: AB Fig. 3.19 ‘Turbine tipo Francis, Na Fig. 3.20 representamos um ¢orte cilindrico desenvolvido de um estégio de uma turbina a vapor.de reagio, valendo as mesmas consideragies feitas. NNAAT WIZE VIE: Fig. 3.20 Corte em um estégio de turbina « vapor de reagto. ‘Na parte inferior da mesma figura esquematizamos perfis moder- nos para as pas. Estes perfis sfio menos sensiveis aos choques de entrada ea construgao de Angulos diferentes dos previstos pelo céleulo e projeto. % [ELEMENTOS CONSTRUTIVOS DAS MAQUINAS DE FLUXO Na Fig. 3.21 a grade € para um ventilador axial. Conforme observamas, temos neste caso uma seqiiéneia de difusores, logo, de- | Te Figs 3.21 Grades para ventiladores rotor isis com sistema diretor depois do ‘vemos esperar rendimentos inferiores aos obtidos para os motores. Existem excegies esta seqtitncia de difusores citada. Fig. 3.22 Grades para ventiladores axiais com sistema diretor na frente do rotor, Na Fig. 3.22 esquematizamos uma grade de um ventilador ‘axial, porém, com sistema diretor na frente do rotor. Assim temos Rea = ee Fig. 5.23 Grades de um turbocompressor axial RESPOSTAS ” inicialmente, um injetor para depois no rotor termos o difusor. A pressio no intersticio ps € menor do que ps, logo existiré af um Ii- geiro vécuo relativo. Outra excecio que citamos € de um compressor axial de vérios estégios, Fig. 3.23, cujo rotor possui pés bastante inclinadas. Neste aso, a8 palhetas sao de simples desvio, no havendo qualquer efeito de injetor ou difusor. ‘Um turbocompressor deste tipo, ainda hoje construido por sl- gumas inddstrias, possui o chamado grau de.reagSo igual a unidade. PROBLEMAS. 1. 0 tubo de sucpho de uma turbina tipo Francis, Fig. 3.11), aproventa su seguintes earacteratiens construtivas: Dr = 600 mm, Ds = 300 mm, raio métio dy curva 600 mm, a= 6%, Para a vaso de 0,150 ms, uido ideal, calcalar a pressto minima na salda do rotor. 12, Para medir a massa de ar se00 que esos em um tubo de 200 mm de dit ‘metro fi inetalado um bocal ISA com m= 0/5. Sabendo-se que a diferenca de pressdo no bocal & de 100 mm de HO, « pressio abeclute 1,1 bar © temperte ‘ura 26°C, determinar a massa em escoamento, 3. Um bocal etico para urbina & vapor apresenta na salds 3,0 bar de pres- sto 6 200°C de temperatura. Para expansio sentr6pies, qual as condigbes do vapor nna entrada @ a velocidade na anida ? 44. Um ventilador axial que force 1 milla de ar & 10 bat © 2-0 aprosenta te saida uma velocidade de 8 m/e, Determinar 0 comprimento do difusor para Ge a velocidadooejaredusida pare 2 mj, verifcando o valor da energin expection perdida. 5. A turbine Michell eaquematzada na Fig. 3.17 pool at squint care- teviatcas: Dy = 400mm, Dy = 280mm, b= 450mm, By = 135, By ~ 00%, 8 Or, ey = a= 25% Ja = 105 4 ty = tm dy SEE = BE Fe 2 n= rps. Determinar oe elementos dos tritngulos de velocidade e a vasto da turbina, RESPOSTAS, @ : Ae ; Be = 212m, =a Dt)’ = 05805 Cae. 24h Cp Bw ge Sth tag bao 4 yg) = 0,225 1 bar n [ELEMENTOS CONSTRUTIVOS DAS MAQUINAS DE FLUXO 2 Com m = 0,5de Fig. 38 retiramos: CB = 0,005; pn gee = Meshal’, Sr =m Sy = m2 = 00053 0. Aplicando » Eq. (3.2) temos: = 0-55 22 one map Q= 1225 kg. 3 8 Gss7 ~ Og4sT ~ SA bar Do Diagrams de Molize temo: Ay=30 ek = OW = OAS, Orme, 4 = 50, ener 585m 4, Ata 6 = 1 tm: B=, y= 08m, D,= ome 324m ‘Da Tab. 2.1 retiramos Ny’ = 0,76, logo a energia Hy’ seré: opie A vrs mer cate speci rt an, = Fa. _ 50.0 5M5. ‘A energia expectficn peda serk: By = By! ~ OB, = 5,1 Ihe. Boum De m=O, yy = 2+ m4 = 15m, 58 mi. Mae Din = 525m, mys omy cm" De Do desenho dos tringulon retiramos: EG 3m, w= 88m, y= wy =88mb, =e = 102m, = 15 mp. A vaio serh: Q =~ Deb em 0,584 mts, Equacées Fundamentais pera Méauines de Fluxo Capitulo 4 4.1 Lei da Impulsio Na parte aplieada dos escoamentos ndo é fundamental 0 conhe- cimento do destino de cada elemento de fluido, mas sim os fenéme- nos que ocorrem nos limites de superfieies ou volutes de controle, reais ou imagindrios. A estas su- perficies ou volumes de controle aplicamos as leis gerais da me- Anica dos sistemas, prineipalmente 1 lei do movimento do centro de gravidade e a lei das reas. Recor daremos suscintamente estas leis Para tanto imaginemos uma de- terminada massa m de fluido em ig. 4.1. Massa em exconmento no escoamento, confinads no instante ‘volume de conteole Lao volume de controle R, Fig. 4.1. Aplicando lei do centro de gravidade # um sistema de pontos, tere- ee Oe ee rR=m: oF 7 a za (4) Sendo: =F — soma vetorial das forcas exteriores aplicadas & — vetor velocidade do contro de gravidade — aceleragio; — massa de um elemento qualquer de fluido que pertenee ao volume de controle R; @ — vetor velocidade do clemento de massa Am; cy [EQUAGOES FUNOAMENTAIS PARA MAQUINAS DE FLUXO Am: @— quantidade de movimento ou impulsio do ele- mento massa Am, Esta quantidade 6 um votor que possui a diregéo ¢. Podemos assim enunciar: A variagéo, relativamente 20 tempo, da impulsio da massa m = ZAm 6 igual a coma vetorial das forgas ex- teriores ela aplicada, As forcas exteriores citadas sio a forga de gravidade o as forgas de superficie, que atuam nos limites do volume de controle. Para © caso de fluidos sem atrito, as forgas de superficie sho formadas elas forgas normais as superticies e pelas forgas oriundas das pressoes 4o fluido nas superficies que delimitam o volume de controle. Pelo feto de que possam figurar entre as forgas exteriores as forgas de atrito, a lei da impulsio nao se restringe somente ao fluido ideal. A Iei da impulsio pode ser ampliada para os momentos, recebendo a denominacio de leis das éreas. Assim, se designarmos com 7 0 raio vetor de um ponto fixo 0 qualquer do espago a um ponto de massa ‘Am também qualquer, teremos que a variagéo relativamente ao tempo dos momentos estéticos relativamente 0 de todas as forgas exteriores aplicadas a massa m, seré: a " EM =4, 2 (am: @)- 7. (4.2) A aplicagio das Eqs. (4.1) e (4.2) aos fluidos é bastante simples para caso de escoamentos em regime permanente, prineipalmente se 0 fluido for incompressivel. As sim, seja a Fig. 4.2 um fluido em regime permanente passando pelo volume de controle limitado pelas paredes eurvas do canal pelas Seg. 1e2. No instante to volume de FE Mitatente oe fuice cx enntrale V contém a mama m “im tubo, Passando um elemento de tempo At, penetrou no volume de controle através do 8), a mama - 8, ds,, saindo através de S;, a massa Sy dey, ‘Designado por 7, a impulsiio no tempo At, através de S,e 7,, no mesmo tempo através de 5), Sendo o regime permanente, a LEI DA UaPULSKO ” impulsio total no volume de controle permanece invariével, logo a ‘variagio da impulséo relativamente ao tempo ¢ igual a soma veto- rial de todas a8 forgas exteriores que no instante ¢ atuam no volume de controle V. Assim, temos: 3 i BPaS LP =G+ Fy + pi Sit pr Sp sendo: G — fora da gravidade; F, — forge resultante das forgas exercidas pelas paredes sobre massa m3 p+ Bye pe: S;— respectivamente as forgas oriundas da pres- so na entrada ¢ safda; Ta= p> Sr- cx Ate @s T= p- Sie Ot e Feitas as substituigdes teremos: G+F,t+pi- Sit pe: Be=p-Q: (e— 2. (4.3) De modo semelhante poderiamos aplicar « lei das dress. A ‘Eq. (4.3), juntamente com a Equagio de Bernoulli e a de continuidade, fou de conservago da massa, formam o instrumental elementar para © eéleulo das méquinas de fluxo. 2 [EQUAGOES FUNDAMENTAIS PARA MAQUINAS DE FLUXO Exemplo 1. Uma curva horizontal dedifmetro interno 100 mm fe fingulo de 120” é atravessada por uma corrente de égua de 0,033:m*/s. Sabendo-se que a pressio interna no tubo é de 1,5 bar de sobrepressio, determinar a forca exercida pelo fluido sobre # parede, Fig. 4.3. onde a velocidade foi calculada por continuidade p:S= 15-785 = 11775 N. Estes valores a figura permitem eserever para médulo de F,: F = 2+ (I/t-+ p - 8) + sen 60° = 2 + 1316,1 + 0,866 > 2280 N. Exemplo 2, Na turbina tipo Pelton, o jato produzido no in- jetor ineide sdbre conchss distribufdas uniformemente sobre a cir- cunferéncia do rotor. Na Fig. 4.4 mostramos a seco ‘transversal de uma eoncha, onde © jato ¢ bifureado em duas partes iguais que sofrem desvios de apro- ximadamente 180°. © pequeno Angulo de safda € necessério para evitar choques com a concha subseqiiente. Des- ocando-se as conchas com a veloci- dade tangencial 1, na diregio da Fig. 4.4 Concha Pelton. __velocidade do jato ¢, temos pela imputsto: Is = pQ-(C— uw); Zr = 0 -Q- (c— w)- cos (180 — By). Jato sobre a concha seré: 1 Q+fe= W—p-Q>(e— w) - cos (180 — By). (4.4) LEI DA UAPULSAO a Desprezando-se x temos: F=2-p-Q.e-(l— wo. (4.5) A poténe's do jato ser: Perountp @e(i-*)-% ao Esta poténcia passa por um méximo para w/c = 0,5. Deste modo, teoricamente, a velocidade do rotor deve ser a metade da do jato. Admitamos que os dados de ums turbina Pelton sejam:Q = 1,5, mis, ¢ = 69,6 mis, logo, u = 34,8 m)s. ‘A forga do jato serd: Fy = 2-10? 1,5 - 69,6 (1,0 ~ 0,5) = 104,4 - 10° N. ‘A poténcia da turbina: P = 1044 - 10? 34,8 = 364 - 10° J/s = 3633.12 kW. Se esta turbina tiver uma rotaglo de 10r.p.s. seu didimetro primitivo seré: u 348 PWT = 111m. Exemplo 3. As turbinas tipo Pelton, normalmente séo equi- padas com defletor que tem a finalidade de desviar 0 jato do rotor de ‘maneira quase instanténea nas redugées de cargs sofridas pela mé- Fig. 45 Defletor de turbine Pelton. quina, Com o defletor agindo, 6 possivel um fechamento lento da agulha, © com isto consegue-se evitar um golpe dindmico, de con- “ EQUAGOES FUNDAMENTAIS PARA MAQUINAS DE FLUXO seqiiéncias as mais desastrosas para o funcionamento da instalagéo. Seja Fig. 4.5, 0 sistema composto de injetor, agulha e defletor, sendo: Q= 1,5 mis, c= 60m/s © o Angulo de desvio a = 70. Sendo arbitrado ¢; = ¢; = ¢ € z= y = 250 mm determinar: 4) Forga de impulsio do jato. ¥) A forge resultante sobre 0 defletor. ) © momento do defletor. @) Determinagio da forga de impulsso do joo A forca de impulsio seré: 1 Ay Pe = 10" 1,5 - 69,6 = 104.4» 10° N. }) Determinagdo da forca resultante sobre o defletor ‘Da Fig. 4.5, temos, para médulo da resultante: Fy = 2: Fy cosB =2- 104A - cos 55% Fy = 120: 10'N. ©) Delerminasio do momento sofrido pelo defletor M=P,-b. Da Fig. 4.5, temos b = (esenB — y.cos 8) = 250 (sen 55* — cos 55*) = 61,4 mm. Tages M = 120» 10" - 61,5 - 10 = 7.880 j. Evidentemente 0 centro de rotagio 0 deve ser escolhido de modo ‘8 termos um brago b minimo. 4.2 Continuidade para Grades em Repouso Seja um sisterna de infinitas palhetas sendo atravessado por um fluido incompressivel isento de atrito, Fig. 4.6. Tomaremos uma su- perficie de controle ABCD que contenha uma palheta. Considerando para a palheta um tracado tal, que nao hija choque na entrada pode- ‘mos aplicar as equacdes que j6 estudannos, iniciando com a equacii de continuidade: ‘ Qat dye = bby oy EQUAGAO DE BERNOULLI PARA GRADE EM REPOUSO o caso seja imposta a condigéo de ser b= b=d ‘temos: an Fig. 4.6 Grade em repouso pars motores axinis, 4.3 Equagio de Bernoulli para Grade em Repouso ‘Como niio hé trocas de calor nem trabalho entre os limites do sistema Fig. 4.6, temos: tp PO ga = ey at ten ate desprezando, #;— 21, resulta: r- m= Feta) 4s) ¢ também: 2 aye we poter. 49) an YEO m+ CO) A Eq, (4.8) mostra estar havendo transforinagio de energia de pressfio em cinética. Um tal sistema é encontrado nas méquinas de (© motoras. recebendo a denominagio de sistema de palhetas dire- “ [EQUAGOES FUNDAMENTAIS PARA MAQUINAS DE FLUXO 44 Cireulaglo e Impulsio para Grade em Repouso A cireulasio jé foi definida: T=f¢-d. Para a superficie de controle, Fig. 4.6, temos: fri Lea, Taxco = aaa f T= (,—@)-& (4.10) Aplicando a Eq. (4.3), respectivamente, para o eixo dos xe dos y resulta: Fe=p-Q+ (6, — Ge) =p di Tey (au Fyre Qi— pdt b= F(t eto b = e = 2 leat ea) 85 Fe Fam Ga) 2 (ea ta) 385 tee 2 Bm e-b-T =p dT cm, 4.12) Estabelecendo a relacéo entre as forgas, temos: eer 4.13) Com esta relacio construfmos & Fig 4.7. Como 0s trifngulos OAB e OCD dever ser somelhan- tes para que a relacio seja verifi- eada, somos levados a concluir ‘que forga resultante é,normal a velocidade resultante de’ cy © cq © valor desta forga resultante sord: PRESSAO DE ESTAGNAGAO E PRESSKO TOTAL a Esta equago mostra que entre a pressio nilo perturbada, aquela cexistente no ponto A teve um aumento dado por -5-~ és eorres- pondente & energia cinética, por unidade de volume do escoamento nfo perturbado. Este aumento de pressio 6 designado como pressdo de estagnago ou pressdo dindmica, onde p é a pressio estéties. A presedo total 6 dada pela expressio: peaks od + P= Bln + Pa (2.10) Exemplo. Um instramento freqiientemente usado para me- digdo de velocidade, conseqtientemente de vazves, 6 0 tubo de Pitot. ste aparetho baseia-se no principio da pressfio de estagnagio. Ble 6 uma sonda de dimens6es normalizadas que permite medir com au- xflio de um mandmetro, a pressiio total pe a estiticn pea. Fig. 2.9, te In Fig. 29. Tubo de Pitot. Assim, seja um tubo de Pitot, instalado segundo normas no tubo de presséo de um ventilador para ar com p= 1,15 kg/m’, tendo sido medido: pe = 128 - 10 bar — 1.290 Nj Pea, = 108 + 10-* bar = 1.030 N/m*; determinar: @) A velocidade ¢ no local da medigéo. }) A energia especffiea total do ar. a [ELEMENTOS DE MECANICA DOS FLUIDOS 4) Céleulo da velocidade em ¢ Pain, = Pe Pan. = 1.230 ~ 1.030 = 200 N/m*. A velocidade serd: Pan _ «ly. 200 « ¥ . ¥ jag = 17 ms. 2) Céleulo da energia espectfica total do ar ASS. = 1070 J/kg = 1,07 ki/ke. Comparando este valor com Bm _ 1.230 PLAS = 1070 J/kg = 1,07 kJ/kg, conelufmos tratar-se de valores equivalentes. 2.6 Equacdo da Energia para Escoamentos nao EstacionSrios Eecrevendo a equagdo de Euler sob a forma: a $e = 0, onde $5 6 ume fungto do local na linha de corrente, obtemos por integragio: Sp bag. "de gtb+o et [Sts = const @.u) __ Nesta equagio, os trée primeiros termos possuem 0 mesmo sig- nifieado dos da Eq. (2.8), exprimindo o quarto termo a variabilidade do escoamento relativamente ao tempo. Aplicando a Eq. (2.11) a dois pontos quaisquer de uma linha de corrente, obtemos: a Bg. "de cst, Da - Pe Bee nt {S oa S4 Bt gns f Sa [ESCOAMENTO POTENCIAL — ROTAGAO'DAS PARTICULAS. a ou * ae tent f Gow ey ay - +B toon Exemplo. No mesmo exemplo da usina hidréuliea da Fig, 2.7, ‘dmitindo que a agulha feche em 5 segundos e que ¢;— 4, = 420 m, calor: 2) Pressio em 2 durante o fechamento. ») A velocidade na safda. 18) Céleulo da pressio no ponto 2 Supondo que o retardamento durante os 5 segundos que dura 6 fechamento seja uniforme, podemos aplicar a Eq. (2.12) uma vez que = — 2S = — 0,558 mje’, nae {e-[Sto-nte (a-a] b= +0 — 0,558 - +) | = 17,32 bar. _ A782. 10° Tor = 58.9 m/s. ‘Teenieamente o problema que demos representa o golpe din ico que aparece no fechamento, e com sinal trocado, na abertura do encanamento forgado de uma usin hidréulica ideal. 2.7 Escoamento Potencial — Rotagéo das Particulas Coneceito de Circulagao— Vértice Potencial Como mencionamos, constante da Equagio de Bernoulli 6, geralmente, varidvel de uma linha de corrente para outra. Entre tanto, quando 0 escoamento estacionério for obtido a partir do repouso “ 'RLEMENTOS DE MECANICA DOS FLUIDOS devido unicamente a uma diferenga de pressio, a citada constante 6 igual para todas as linhas de corrente. Para regives no estaciondrias, tais como as que aparecem nos rotores das mAquinas de fluxo, onde é fomecida ou absorvida energia computada no termo adicional da Equago de Bemoulli, 0 mesmo iio ovorre. Neste caso, hé uma constante diferente para cada linha de corrente, havendo interesse de tomé-la igual, uma ves que esta diferenga tem influéncia decisiva na eficiéncia da méquis No campo do escoamento em que a constante de Bemoulli nko varia com as linhas de corrente, podemos determinar sempre uma fungo & da velocidade tal que, ¢ = =, ‘onde s 6 a coordenada aoc) natural. Como matematicamente / uma tal fungio 6 uma fungig / potencial, convencionou-se denomi- arse os excoamentos que verficam ‘8 citada igualdade de escoamen- tos potenciais. Nos escoamentos potenciais, os elementos de fluido sofrem apenas -deformagées nas Fig. 210 Elemento de fluido para uals as velocidades angulares de ‘ecoamento potencil. duas arestas perpendiculares sic ‘iguais com sinais opostos, Fig. 2.10. Isto equivale a afirmarmos que a velocidade angular média é nuls, logo no hé rotagio no fluido, sendo portanto 0 escoamento irrotacional. Matematicamente se uma fungio € potencial, sabemos que 0 rotacional desta fungio 6 nulo. No caso do escoamento apresentar um rotacional, podemos usar ‘a velocidade angular média w para medir 0 desvio que o escoamento apresenta do seu cardter potencial, Na h ‘isto € 0 seu grau de rotacionali- + dade, A-velocidade angular média 6 definida como a média arit- S/7 AV métion das velocidadee angulares wane de fs pace tte de duns arestas perpendi-. "221 memo le cculares entre si, Fig. 2.11. A rotagdo média de uma massa de fluido pode ser medida no campo bidimensional pela cireulaglo T. A circulagdo nada mais 6 do que integral sobre uma curva fechada do produto esealar: @ - de, Fig. 212, logo: P= f 2 « ds, SCOAMENTO POTENCIAL — ROTAGAO DAS PARTICULAS Para escoamento potencial I’ ~~ =0, 0 que nos permite afirmar: “Gm um recinto simplesmente e0- et nexo, no qual existe escoamento, ahs potencial, a circulago a0 longo de cada linha fechada, arbitraria- mente fixada, 6 nula”. Exemplo 1. Determinar a cireulagio de uma superficie s mento que gira com veloci- See maiue @ em tomo de um exo normél ao plano do desenho, Fig. 2.13. Fig. 2.12 Linha fechada para cdl- culo da circulagdo. We, 4 Fig. 2:13 Superticie de esconmento com velocidad angular constante, ‘Tomamos uma linha fechada, e tendo em vista que as partes radiais ee anulam, temos: Tousen O- un: Exemplo 2. ‘Estudar a ciroulag&o para 0 eseoamento paralelo em que a velocidade 6 constante em todo 0 eampo, Hig. 2.14. 020 w(t nD =2-w-s, (2.13) Fig. 2.16 Brcoamento parselo potencal Como cada elemento desloca-se paralelamente @ si mesmo, o campo ¢ irrotacional e a circulago sobre uma linha fechada ABCD € nla, Exemplo 3. Estudar a circulagdo para uma jonte. As fontes podem ser espaciais, quando o fluido emana através de uma superfi- cie esfériea a partir do seu centro, ow plana, quando através de uma superficie cilindriea partindo radialmente de seu eixo. Em ambos 108 easos 0 sentido do escoamento & x} radial. Ss © inverso de uma fonte de- nomina-se sorvedouro. Representa- ‘mos na Fig. 2.15 uma fonte pla- na A velocidade radial ¢, diminui ‘com o ereseimento do raio. Uiilizando a equagao de eonti- Fig. 215 Bscoumento de fonte, nitidade, regime estacionsrio temos: Q Ky oO Rarer (2.14) Neste escoamento um elemento de fluido tem suas arestas ra dinis diminuidas com 0 crescimento do raio, © contririo ocorrendo com as tangenciais. Deste modo o quadrado da Fig. 2.15 trans- forma-se no retingulo pontilhado, sendo circulagio nula para 0 elemento anular ABCD. Exemplo 4. Estudar a cireulagio na corrente circular da Fig. 2.16. Fig. 2.16 Rscoamento em corrente circular. Eserevendo a Equagio de Euler. ) 0, Fg Big 8 (type “43 (s)+2(G+2+0 Admitindo que o escoamento ¢ estaciondrio © potencial, logo ‘a Equagio de Bemoulli ¢ vélida para qualguer ponto do campo, sendo aE = 0, 0 que resulta: (2.15) Nesta expressiio o ¢ exprime o sentido puramente tangoncial da corrente, K= a: 1 & 0 cha- mado virtice potencial, decrescendo deste modo a velocidade linear- mente com 0 aumento do raio. Se tomarmos a linha fechada ABCD, resulta I’ = 0, uma ves que: T= ey: r2-0— eu, 71-9 = 0. (2.16) Este resultado sempre ocorre para qualquer linha fechada que exelui o ceutry, Fig. 2.17. Porém 1 circulagio ao longo de uma cit- cunferéneia que inelui o centro n&o ig, 2.17 Linha fechada em escoa- 6 nla, vale: mento cirulat PegersreqatenerKaaer-K Qt) a MREMENTOS DE MECANICA DOS FLUIDOS ‘Vemos que esta cireulagio independe de r, € mostra que no cen- ‘tro deve existir um vértice. Realmente, o centro é um ponto singu- lar poraue Jim @ = lim (£)- . © vértice potencial 6 de grande importincia técnica, porque forma um modelo para o escoamento de fluidos em espirais e outros Gispositivos anulares das méquinas de fluxo, conforme veremos no exemplo seguinte, Comumente, 0 vértice poten- cial 6 representado com um nticleo a, de dimensoes finitas, Fig. 2.18. ( * Este niicleo 6 uma Area proibida para 0 escoamento e deve ser oeu- fi pada por partes sdlidas, tais como, SN 0s eixos ou cubos. Exemplo 5. Estudar as linhas de corrente resultante da super- Fig. 218 Vertice tensa. Posigho de uma fonte- com ums corrente circular. ‘Na Fig. 2.19, representamos esquematicamente esta superpo- sigdio, de grande utilidade no estudo das méquinas de fluxo, uma vex Fig. 2.19 Superposigdo de ums'fonte com uma corrente cireular. que sio elementos utilizados na entrada ou safda, para conduzir 0 fluido. Normalmente, estes elementos sfio eonhecidos com 0 nome ESCOAMENTO POTENCIAL — ROTAGAO DAS PARTICULAS. ” de espirais, motivo pelo qual procuramos obter equagbes jé nas for- mas que posteriormente usaremos, Assim, faremos a anélise partindo da vaziio através da segio dlementar 6 + dr, onde ci Ihe € normal. dy = eb dem Kb 28) Como esta segio esté a 6 graus da origem teremos para vazio om toda a segao: a= fevans fo Como em @ passa Qy para 360° passard: (2.19) Para resolvermos a integral necessitamos éonhecer a lei de de- pendéncia de b com r. Esta lei estaré determinada se for fixada a forma do envoltério. Vejamos os dois casos mais comuns na téenica das méquinas de fluxo. — A segho 6 retangular, b = cle BK on renal. @2H — Acsecéo é circular de raio R, logo temos b = 2- VR'—(—1)* substituindo, integrando e depois fazendo r = r; + 2R vem: 6 (eno +E ea onde 2» ELEMENTOS DE MECANICA DOS FLUIDOS Exemple 6, Estudar pira um escoamento plano potencial em ‘curva. com raios no concéntricos a lei de distribuigio da velocidade normal as linhas eqiiipotenciais, 0 estudo que desenvolveremos 6 de grande aplicagio em rotores do tipo Francis tanto para motores como para geradores, Na Fig. 2.20, 6; © 9: sio dois Fig. 2.20 Excoamento poten SFE08 de centros 0, € 0: raios res- plano curve nio concéatrico. _pectivamente iguais a 7: ers. Se- ja, @ uma linha eqbipotencial, cujo comprimento & L. Seja o elemento de volume dV = dr - dS, onde dS é rea do elemento na diregio da linha de corrente, sendo unitéria a dimensio normal ao plano da figura. Sobre ele conside- Faremos unicamente as forcas oriundas da pressio e a centrifuga, logo: dp - aS = dm A aplicagio de Bernoulli resulta: Pa ea dea 0. Combinando as duas equagoes e tomando a origem em a, temos: oot 22) a 8 A integragio desta equagéio somen- te 6 possivel conhecendo-se a lei de varinggo de r. ‘Tendo-se por base grande nti- ‘mero de ensaios, admitiremos que tal varingio corresponde a uma hi- pétbole eqiildtera, Fig. 2.21 Assim podemos escrever: +L) 155 ig. 221 Lei da variagso don raion ana @+y)-r ESCOAMENTO POTENCIAL — ROTAGAO DAS PARTICULAS ” Resolvendo o sistema temos E Substituindo r na Eq, (2.22) ¢ integrando obtemos: te) am noe w [i+ Para determinarmos praticamente eo nie my fixamnosinicialm mero de linhas de corrente, sejam 0,1, 2 0.5 0, Fig. 222. Com auxilio da Eq. (2.23) caleulamos fmylém,, medindo na figura que foi feita em eseala, os didmetros, Dy, Ds...) Dy Em seguida, eons- trutmos 0 grafico da Fig. 2.23, re- presentando em abscissa os valores de ye em ordenada ™-- Dy, on Suponhamos, agora, a linha L Fig. 2.22 Determinagto priticn dividida em um nimefo qualquer dae velocidad. Fig. 2.23 Integragto Grifica. 2 ELEMENTOS DE MECANICA DOS FLUIDOS de partes, com a condigao de que por cada uma das partes passe a mesma massa, Chamando 0s comprimentos destas partes de Yi Yun «+1 Ym seus didmetros médios de Ds, Du, ...,Ds e as velo- Cidades Cn Emp ++ Gms Podemos eserever: Qn Ge Dy scm, = tn: Di emg = const, ou yn Du = const, (2.24) in Di @2H omy Esta equacio mostra que devemos dividir a area da Fig. 2.25 em n partes iguais. Fizemos isto graficamente para n= 4. A ordenada b-d 6 pro- Porcional A rea total. Assim podemos ealeular ca, pela equagio: oma = . (2.25) . om Dw De Eno Como da Fig. 2.23 eonhecemos os valores ©, jd calculamos én, a determinagio de ény Cn,» --- €imediata, logo, a lei de distribuigio procurada. Equagio de Bernoulli Gener izada para Fluide Viscoso A Eq. (2.8), exprime a constincia da energia do ‘escoamento de um fluido nio viseoso ou isento de atrito ao longo de uma linha de corrente qualquer. Os fluidos, nao elfsticos, siio pratieamente incompressiveis, porém viseosos, isto é, nfo isentos de atrito. Pelo ‘trito, uma parte da energia do escoamento ¢ transformada em ou- tras formas de cncrgia normalmente inaproveildveis para processos mecinicos, motivo pelo qual sio designadas com 0 nome de energia ou perdas por airito. Na Equagio de Bernoulli esta perda aparece quando somamos as energias espectfieas de velocidade, pressio ¢ local para cada ponto de uma linha de corrente © constatamos que estas somas néio sio iguais, sendo a diferenga tanto maior quanto ‘mais nos afastamos do infeio, na diregdo do escoamento. Podfamos, FQUAGAO DE BERNOULLI GENERALIZADA PARA FLUIDO VISCOSO, 2 para voltar a ter igualdade, acrescentar & soma mais uma pareela, designando-a por energia expectfica perdida Ey. Deste modo podemos ‘ampliar a equagéo de Bemoulli, ¢ utilizé-la para 0 fluido viscoso. u +Btgena Ste Bty atE, (226) ? ° Esta expressio vale para 0 escoamento estacionério. Caso 0 escoamento seja nXo estacionério, basta acreseentar 0 termo ie etm Be ae a+ By. 2) +B +B te oe ‘Estas equagdes somente so aplicdveis a filetes de corrente de segdes to pequenas, de modo a possuir velocidade ¢ 0 mesmo valor fem todos os pontos da secio. Teenicamente, elas sto aplicadas para tubos de corrente de secdes finitas, sendo tomados valores mé- og na seglo para ce p, representando z a altura do centro da segio ‘8 um nfvel zero qualquer. Para utiliaagdo prition dax Eqs. (2.20) ¢ (2:27) ¢ fundamental determinar uma expresso apropriada para a energia espectfica per- dida Ey. Conforme veremos atra- -vés dos teoremas gerais da Meed- nica, ansilise dimensional e eoefi- cientes obtidos por ensaios, esta ‘energia especifica foi pesquisada e salvo em casos especiais, 08 valo- res couhecidos sto bastante seguros. Exemplo 1. Para 0 encana- mento forgado da usina hidréuliea, Fig. 2.24, fazer um esquema da distribuiglo das energias & base da Equagéo de Bemoulli para fluido viseoso, Representamos na propria Fig. ‘de energias expectficas para 2.24 0 esquema pedido sendo: fluido viseoeo. FELEMENTOS DE MECANICA DOS FLUIDOS, Ey — energia especifica bruta ou energia bruta de queda; ot Ds “De Gra e1—energins espectficas de velocidade, presio € nivel para 0 ponto 2; Eny Ey, — energias espectficas perdidas até os pontos 2 ¢ 3; £ =F —energia especifica para entrada da turbina Pelton, ou trabalho espectico tedrico; 9% — energia espectfica nfo aproveitada pela turbina. Exemplo 2, Convengoes para 0 trabalho espectfico em mo- tores. ‘Na Fig. 2.25 procuramos representar as convengées que usaremos neste livro para motores. Tomamos o exemplo de uma usina hi- aréuliea. Fig. 2.25 Convengies para motores. “yemplo de Usina hideéulien, Neste caso, o trabalho espectfico ou hidréulico Y, é a diferenga ddas energias especifieas, que esté dispontvel para a turbina T, entre entrada ¢, ¢ safda s, do seu recinto de responsabilidade R, para, trans- formar-se em pottncia efieaz, Py... Assim, tem-se relativamente 20 afyel de jusante: EQUAGAO DE BERNOULLI CENERALIZADA PARA FLUIDO VISCOSO a eomo temos: (2.28) Eyidentemente, podemos eserever também: Y=By- By (2.29) Nesta equagdo £, 6 a energia especttien bruta correspondente a di- ferenca entre 0 nivel de montante e jusante, ¢ By, € a energin espect- fica perdida até a entrada da turbina, Exemplo 3. Convengdes para 0 trabalho. especifico em. gera- dores. Na Fig. 2.26 representamos uma bombs centrifuga que serviré para mostrar as convengoes para sgoradores. Sob trabalho especifie ou hi- riulico ¥ entende-se a diferensa de energia espectfica que 6 produ- aida pela bomba B, entre saida se entrada e, do sou recinto de responsabilidade R. No eixo deve ser introduzida a poténcia mect- nica, Py. A energia expecta nnaentrada para 0 ponto e, sera: De Beg te ° A bomba entrega ems: + tate Fig. 2.26 Convengies para instalagdo - ‘de geradores. Exemplo de sistema A pressdo p, € medida pelo de bombeamento. mandmetro, € 0 vécuo p. pelo va- ‘eudmetro. Como p- independe da altura em que se encontra 0 vacud- moto, Az = (¢,— 2) 6a diferenga de altura local entre as duas me- digoes de pressio, Observamos que na .vélvula de pé e no tubo de 6 [ELEMENTOS DE MECANICA DOS FL.UIDOS sucgdo perde-se a energia especffica E,, e no tubo de pressio a energia, especifiea By,, logo: (2.30) ou Y = Ey + (&, + Ey). (2.31) 2.9 Formas de Escoamentos — Numero de Reynolds © escoamento em um conduto pode ser laminar ou turbulent No primeiro as linhas de corrente sio paralelas, enquanto que no segundo isto nilo o¢orre devido ao aparecimento de componentes da velocidade no sentido transversal as linhas de corrente, vatiéveis no tempo. Estas velocidades transversais ocasionam 0 transporte de elementos de fluido entre as linhas de corrente. Com estes trans- portes hé uma quase igualdade da yelocidade na diregio do escon- mento, para a maior parte da segio do conduto. A queda da veloci- dade junto as paredes ¢ mais violenta, uma ver que passa diretamente este valor médio a0 valor zero junto a parede © que caracteriza a forma de escoamento é a grandeaa adimensio- nal, conhecida com o nome de Niimero de Reynolds, oe Nee = (2.32) Nesta expressiio temos: © — €em geral a velocidade média existente; D —um comprimento earacteristico; em tubos ¢ 0 didmetro, 6, em condutos de segdo qualquer 0 difmetro hidréulico ou equiva- lente, definido com a relacdo entre quatro veres a seco de escoamentos © perimetro molhado da secio U. s Daas (233) ¥ — 6a viscosidade cinemstica, igual a0 quociente entre a vis- ‘oovidade dintmica ye a massa especifiea p. ESCOAMENTO LAMINAR 7 Existe um Nya, eritico que limita o eampo laminar superiormente. Este (Nneeaw» geralmente no limita 0 campo turbulento inferior- Inente, existindo portanto um campo entre estes dois Nua, em que > rogime pode ser laminar ou turbulento, ste campo é normal- mente conheeido como campo transilirio. que caracteriza 0 campo {ransitdrio 6 que, se eam os devidos cuidados o regime no eampo ainda é laminar, qualquer perturbacio artificial o torna turbulento, e, mes tno cessada a perturbagio ele nfo retoma mais ao regime laminar. ‘Assim, este campo 6 instavel relativamente ao regime, e esta insta- Dilidade cresee A proporgio que nos aproximamos do limite inferior dlo campo turbulento, Podemos dizer que para Nne entre 50% a 100%, acima do (Nze)en, sempre o regime & turbulento, Para tubos eireulares temos: (Nno)ate -( = = = 2.320, 2.10 Escoamento Laminar Aplicando-se sobre o escoamen- to laminar, em um tubo de sesio circular, a Lei de Newton para o atrito viseoso, Fig. 2.27, onde + € a tensio de cisalhamento centre dois elementos de fluidos. w 6 0 cooficiente de viseosidade dins- ‘miea do fluido e dejdz 0 gradiente da velocidade na diregio normal 80 movimento Achamos a expres sto pura a velocidade a distancia, 2 do centro do tubo, Fig, 2.28, 2.28 Escoamento em wm tubo, regime Isminae 2» ELEMENTOS DE MECANICA DOS FLUIDOS Nesta equagio temos: Pp — massa espocifiea do fluido; D- y= pg k h [ & um coeficiente oriundo da variagio de ressdo e da altura ‘Vemos, assim, que a velocidade ¢ distribufda segundo um para- boldide rotativo. A Eq. (2.34), permite obter a velocidade média na segio, Para 2 =0, temos: of = Cate = Para r= 0, temos: ¢ = 0. Deste modo a velocidade média na segio ser: = owen, on rm 2.35) Esta equago permite chegarmos & Lei de Higen-Poiseuille: Qaretice (2.38) ‘Mostrando que no eseoamento laminar a vazio é proporcional ‘10 coeficiente Je a quarta poténcia do raio do tubo r. Como por definigio £, = J +g» L vem: 8 | Ep=J-g+L= (2.37) Nesta equagio, Z, € v comprimento do tubo, sendo a enengia espeeffica perdida proporcional & primeira poténeia da velocidade. ‘Podemos eserever a Eq. (2.37) como segue: a Le Pr Ng De ‘ou finalmente Bo an Ente. 238) m me Oe tendo Num, 0 coeficiente de atrito laminar do tubo, que como vemos independe do estado da parede. Exemplo. Determinar as demais earacterfsticas para 0 oleo- duto em que: L=40km, D=015m, ¢=2,51m/s, pow = = 0,850 kgim®, Iniciakmente ealeulamos a vazio: er: Dt-e _ 0158-25 7 7 0,044 m*s. Q= Para determinarmos a perda de energia, vamos tomar como tem- peratura minima do Gleo 10°C, assim: v= 734 - 10-+ m'js, ‘mostrando ser o regime laminar, assim: 3 Man. = fh = 03125. A energia especifiea perdida total ser&: Lc _ 0,125 - 4-10" - 6,25 - 10-? ip = Nar pig 015-2 de lev. 10,4 kJ/kg 211 Escoamento Turbulento Tniciamos este estudo com uma pergunta: Entre os regimes la- minar ¢ turbulento, qual o que ocorre mais freqtientemente nas ins- talagdes de méquinas de fluxo? [ELEMENTOS DE MECANICA DOS FLUIDOS Responderemos anslisando trés exemplos: — Seja um encanamento para central hidrelétries com: D: ,0 m/s conseqiientemente: 24 + 10%, escoamento turbulento. — Tubo para bomba hidréuliea com D = 0,10 m, ¢ 1= 20°C, » = 10 mis, logo: Omis, 10° , escoamento turbulento. —Tubo de pressio de um ventilador para ar a 20C ¢ 760mm Hg, D= 040m, ¢= 20mjs, y= 16,5» 10m’, logo: Ne. £-P - 485 - 10, escoumento turbulento ‘Vemos pelos exemplos que os eseoamentos normalmente sio turbulentos nas instalagées de méquinas de fluxo, eseoamento laminar na parte técnica esta restrito aos oleodutos € tubos finos ‘que conduzem éleos. 212 Coefici inte de Atrito para Escoamento Turbulento Em analogia com o escoamento laminar eonsideremos um tubo de comprimento L e rai r, em que o escoamento seja turbulento, A velocidade média ¢ do fluido relativamente & segio © - r° 6 definida, [POE ea tS , onde Q(m*/s) € a vasio do tubo. Enquanto no escoamento laminar 0 coeficiente J ¢ proporcional & primeira potén- cia da velocidade, no turbulento ele ¢ aproximadamente uma fangio ‘quadrética. A obtengio de uma expressio simples para a perda no eseoamento turbulento, parte da hipétese de que existe entre flui- do e parede um atrito de superticie, obtido pelo produto da tensiio média na parede, r= K’- 5 - c, pela superficie molhada do tubo U, asim: Fy =7-U-L=K'£-c- UL, onde K’ 6 um fator LEIS EXPERIMENTAIS PARA TU8OS HIDRAULICAMENTE ISOS. de proporcionalidade. Segundo a Vig. 2.29, 0 peso da coluna 6 5 > Tp: ve ps #80 08 pressten 0. YY ‘que atuam sobre as superficies fron {ais no comprimento L. Devemos ter no movimento uniforme a seguinte igualdade para ‘as forgas: free (i— p)-S4+S+p-g-h= ade Bote Fig. 2.29 Escoamento em um tubo s ts repine trbalnt. Pape he ‘pk tr ies: ov ook resulta: a 2.39) Por analogia & Férm, 2.38 podemos eserever 4 - K" = Neurus resultando: By = Nam Be 40) Veremos nos préximos itens como determinar Yearh, 243 Leis Experimentais para Tubos Hidraulicamente Lisos J& mencionamos que o coeficiente de resisténcia \ nio é uma constante, mas sim uma grandeza que depende das earacteristicas do eseoamento, Para os chamados tubos hidraulicamente lisos, estas, Pertence « Biblioteca “a ELEMENTOS DE MECANICA 00S FLUIDOS carncteristicas sio: 0 didimetro do tubo, a velocidade ¢ a viscosidade. Como \ tem que ser um néimero adimensionsl, ele deve depender de uma combinagio destas caracteristicas que resultem numa grandeza adimensional. O Nng satisfax esta condigao, 0 que permitiu uti- liaé-lo como base para estabelecimento de férmulas e eonstrugio de grificos para o eéleulo de A. Citamos: — Formulas de Blasius, vélida para Nyy, <8 - 10¢ ost64 og164 | L \=—a =o BD ey" D (241) — Férmula de Nikuradse, vilida para 10° < Nz, < 10° 2 = 0,003 2 + 0,221 + Niz™” (2.42) 2.14 Distribuicdo da Velocidade no Escoamento Turbulento Como no laminar, a velocidade méxima oeorre no eixo do tubo Sendo z a coordenada de um ponto qualquer dentro do tubo, r seu aio e m um mimero a verifiear, podemos escrever: = am (1- 4)”. eas) Para escoamento laminar m crescendo com Nye, erescente. A tangente & eurva das velocidades sent: Para turbulento m > 1, 2 de » Para 2=0, 70, para z =, Fig. 2.30. DDISTRIBUIGAO DA VELOCIDADE NO ESCOAMENTO TURBULENTO a Conelufmos que no movimento laminar a tensfio méxima de cisa- Ihamento ocorre na parede. No escoamento turbulento para o qual m > 1 temos: de @ Fig. 2.20 Distibuigo da veloida- de em um tubo no regime ae laminar fa- ©. ——— © perfil de velocidade teria ‘a parede do tubo como tangente Fig. 231. van Isto demonstra que nossa f6r- mula representa apenas uma apro~ Fig. 231 Distribuigfo da veloc ximagto da realidade. Safimos des- dade em tbo no regime turbulento. 12 imtoaase admitindo exist jun- to A parede uma camada de peque- Perrin 8 tna espessura denominada camada limite de espessura 8, eujo regime nio 6 turbulento, Fig, 2.32. Na parte onde o regime é tur- Fig, 2.32 Camada limite de espes- PenriL SEC FORMULA HL ae ulento a obtengio da distribuigio ura 6. da velocidade parte da diferencial: Sma dQ=2-4-2-de-c ou AQ = 2+ m2 + de * Code hago da distribuigto de velocidade no regime turbulento, Fig. 2.88 Elementos para determi: ( Uiilisando a Fig, 2.88, ¢ fazendo =u vem: 22> de =~ du onde para ¢ = 0,u= 0; 2=1, u=1, logo: foe AQ a rt ents, ST (2.44) ELEMENTOS DE MECANICA DOS FLUNDOS Introduaindo a velocidade média resulta: m whic (2.45) Para 0 célculo de m pode ser usada a-{6rmula empfrica: =) ony Assim, relativamente & lami- nar, a distribuigio turbulenta pos- sui seu paraboldide tanto mais achatado quanto maior for 0 Na, Fig. 234. Exemplo. No contro do tu; Fig. 2:26. Pesfis de vloidde pare @ regime laminar ¢ tarbulento. D0 de pressto de um ventilador, i mede-se por meio de um tubo de Pitot a velocidade méxima do ar, resultando 22 m/s. Sendo o did- metro do tubo 400 mm, determinar: @) A velocidade média do ar no tubo. 0) A vaztlo do tubo. @) Célewlo da velocidade média ma el, m 14 (Bae) 460 = 500 Podemos agora caleular a velocidade média: 5,09, “Gog | 22 = 187 mb. pane WHT 2) Célleulo da vazdo de ar TEAMADA LIMITE DE PRANOTL “ 2.15 Camada Limite de Prandtl Podemos supor que um fluido com pequena viseosidade, por exemplo, a qua ou o af, se comporta, a uma disttncia suficiente da parede como fluido ideal. Sendo, p, muito pequeno, o atrito somente desempenharé um papel importante quando existir um grande igradiente de velocidade. No contato entre parede ¢ fluido a velo- cidade ¢ nula, apareeendo i um valor néo nulo para afastamentos infinitesimais da parede, principalmente no escoamento turbulento. ‘Assim, entre a parede fixa e 0 movimento turbulento propriamente ito, existe uma camada transitéria, que foi denominada comada Timite ou camada de atrito, no qual se efetua um aumento da velo- ‘idade do valor zero até o valor da corrente exterior. Deste modo, ‘© eampo percorrido pelo fluido pode ser dividido em duas partes: © campo exterior no qual existe movimento aproximadamente isengo de atrito, valendo portanto as leis do eseoamento potencial, ¢ a eama- da limite, para a qual dever ser a= plicadas as leis do fluido viseoso. A formago da camada limite pode ser vvisualizada facilmente, consideran- do 0 escoamento em tomo de um perfil fixo, eolocado em um fluido de pequena velocidade. No ponto de estagnagio frontal A, velocida- do 6 nula e as linhas de corrente se bifuream, Fig. 2.35. J& & pe- quena distincia da superficie do corpo existe aproximadamente, eseoamento potencial, mas, em contato com a parede do corpo = yelocidade € nula, 0 forte gradiente de velocidade entre escoamento potoncial © a parede efetua-se em uma eamada limite delgada, cuja ‘espessura 6 nula no ponto de estagnagio frontal e eresce gradativa- mente. Porém, pelas consideragtes anteriores, 0 transcurso do es- coamento na camada limite ao exterior 6 assintético. Assim, para ‘a definigdo da espessura da camada limite 6 necessério uma convengio, tal como: considerar-se como espessura 5 da camada limite o valor para o qual a velocidade c, da camada limite ¢ apenas 1% menor do que a velocidade do escogmento potencial exterior. Alertamos, que 0 escoamento em formasdo, visualizado, na Fig, 2.35 6 de grande importincia para a determinagio das energias perdidas nas méqui- nas de fluxo, nas quais existem répidas transigGes dos dispositivos orientadores, que possuem pequena extensic, no sendo possivel chegarse a um. escoamento perfeitamente formado. Devido as per- “ ELEMENTOS DE MECINICA DOS FLUIDOS das de transigZo, as energias especfficas perdidas so nestes casos, geralmente, miltiplos das perdas em escoamentos regularizados. 216 Escoamento em Tubos Rugosos Os resultados obtidos nos escoamentos em tubos lisos, so bé- sieos para o estudo que faremos. Os tubos usados na téeniea néo fo lisos, © sim possuem pare- des mais ou menos rugosas. Assim, como exemplo citamos os tubos de ferro fundido nfo usinados, os tubos de ago eorroides, os tubos de conereto, e, também os vérioe eanais das méquinas de fluxo, que ‘mesmo reesbendo tratamento de superficie, apresentam superficies ‘teenicamente rugoses, Enquanto para tubos lisos 08 coeficientes de resisténcia K’, d, so simplesmente fungées de Ni, aparece nos tubos rugosos ainda uma dependéncia do estado das paredes. A experiéncia énsina que ‘a resisténcia 6 maior em tubos e eanais rugosos do que em lisos. Po- demos concluir que K’ eX so fungdes de Nea. e de outra grandes, ‘dimensional que exprime a rugosidade da parede. Use-se a chamada rugosidade relativa, que é definida comes relagio entre a altura da rugosidade K e 0 raio hidréulieo r, = "SU. Entretanto, a prética prefere usar ¢/D, sendo € a rugosidade absolute, altura média er mo- tros, das irregularidades da parede, e, D 0 ditmetro do tubo em mm. Assim, 0 coeficiente de resisténcia resulta: dou K’ = (Naw, D). Jé vimos que a transigao do escoamento turbulento para a pa- rede se efetua através da chamada camada limite laminar de espes- sura 6. Evidentemente, o problema do tubo liso ou rugoso depen- deri da relagio entre a espessura 5 ¢ @ rugosidade €. Sem entrar no problema matemético da determinacéo 3, diremos simplesmente: Sendo as elevagdes da parede suficientemente pequenas, de modo a serem cobertas pela camada limite laminar, a rugosidade nfo tem influéncia sobre 0 escoamento turbulento. Neste easo 0 tubo 6 eon- siderado hidraulicamente liso. Porém, se tal nfio ocorrer, hé uma resisténcia adicional no escoamento turbulento. Neste aso 0 tubo 6 mugoso, valendo outras leis para a resisténcia, em princfpio do tipo SCOAMENTO EM TUBES RUGOSOS ° d ou K’=J(€D). No campo intermediério onde as rugosidades ultrapassam muito pouco a camada limite, tem-se Rou K’ = j(Nnw, €/D), No gréfico da Fig. 2.36 representamos em eseala logarftmica a teers “opoo008 ‘0000001 ee Fig. 236 Grifico pare determinasto, do. coniciate de perdu dependéncia X= f(Nra); = f(Nney Die) € X= f(Dle), para os ‘res campos, onde temos: A = Curva do tubo liso (Blasius, Nikuradse). B = Campo do tubo rugoso, = Campo transitério; + = ponto do exemplo. \ = j(Nna) para tubos de seco circular Exemplo. Determinar a perda de carga para uma tubulagso forsada, de usina hidréulica de L= 30m, D=1,90m, Q= = 10 mtje, t= 20°C chapa de ago soldads sendo ® rugosidade abeo- uta 0,05. Calculamos inicialmente velocidade média: 4.0” _ 410. _ 5.93 m/s, como: » = 10+ mts ze “ FELEMENTOS DE MECANICA DOS FLUIDOS 18 - 108 10 = 71-108 Com este valor ¢ D/e = 1.800/0,05 = 3,6 - 10' vamos a0 gréfico da Fig. 2.36 retirando, = 0,010. Podemos agora calcular a ener- gia specifica perdida: » ASS = 287 dike ‘Tendo em vista incrustagtes futuras, ferrugem etc., eate valor poders ser aumentado em 25%. 217 Outras Resisténcias ao Escoamento ‘As formulas dadas nos itens anteriores para o efleulc' de 2, con- seauentemente, para a energia eapedficn perdida Z,, valem apenas Para trechos de tubos retos. Na pritca 6 necessério interigar estes tubos com pesas de formas as mais diversas tais como injetores, registros, véleulas, curvas, ts ete. Todas estas popas apresentam como 6 natural, determinadas perdas, que podem ser exprestas por energias perdidas adicionais. Sua deverminagko numériea, na maio- rin dos casos 6 feita por ensaios em modelos. Como a energia espe- eifiea perdida por atrito em um tubo reto de segdo circular € express, por By =X: 2. <, impse-se representar todas as outras perdas por {6rmula semelhante,introdusindo para cada dispositivo uma ener- sin perdida sob forma By’ = di- -, onde d; 6 uma grandeza adi- mensional que além das caracteristicas geométrieas da fonte de per- turbagto depende geralmente do Nue. A velocidade que aparece na férmula é » média & montante ou jusante do dispositive, depen- dendo das normas. Podemos escrever a Equago de Bernoulli ‘como segue: ie eet hig i . n= St Eto nt Bet By. Az) © efleulo numérico de £,' implica no conhesimento do coeficiente Ax que,na maioria dos casos, foi determinado através de enssios [ESCOAMENTO EM TORNO DE OBSTACULOS “ iA casos isolados que consideragtes te6rieas permitem, pelo menos, ‘uma avaliagéo aproximada de As. Os manuais t6enicos cobrem perfeitamente « determinacdo de Ms, 2.18 Escoamento em Injetores e Difusores Posteriormente analisaremos as perdas nas méquinas de fluxoy Entretanto, vamos analisar as per- das em dispositivos que em dltima ‘andlise constituem as proprias mé- 2g quinaa de fluxo. Estes disposi: | | tivos so os injetores © os difue§ —j-—}—— sores, les aparocem claramente, 1} —5-= ‘com elementos que interligam as 5] 7c méquinas as tubulagbes. Apli- eando a concepeio de camada li- Fig. 237 Injetor mite cotes dispositivos, temos nos injetores a corrente sendo ace- Jerada, logo hi tendéncia da espes- sura 5 da camada limite de dimi- nuir, Fig, 2.37, J6 nos difusores, ‘onde a corrente 6 retardads, hé tendéncin de 5 aumentar Fig. 2.38. Desta observagio eoneluimos que © injetor & melhor que 0 difusor como transformador de energis. [Em difusores com angulos grandes, Fig, 2.30, » camada limite se deseo Js da parede ¢ 0 escoamento toma so turbilhonado, em toda a segio, caindo 0 rendimento da transfor magi. Fig. 2.99 Difusor de grande abertnen. 2.19 Escoamento em torno de Obstéculos ‘As pfs em si, tanto do estator como do rotor das méquinas de fluxo, constituem obstéculos colocados no eseoamento, spresentando cy [BLEMENTOS DE MECANICA DOS FLUIDOS pontos de estagnagio, havendo necessidade de ser determinada a perda de energia oriunda da deceleragiio da corrente. Esta perda 6 calculada pela equagio: Ey! (2.48) Nesta expresso, Fre. =X: ° p +S, € a forga de resisténcia oferecida pelo obstéeulo de seco transversal 8, colocado no escos- mento de massa especioa p que possuia uma velocidade nfo per turbada we normal a 8. coeficiente ds, conforme oportunamente estudaremos, denomina-se coeficiente de resisténcia do corpo. Com estas consideragtes podemos escrever a (2.48) como segue: Biraem S - (49) ‘Esta equagiio permite em iltima andlise a determinagdo da ener gia espectfiea perdida pelo choque do escoamento com 0 obstéculo. Os valores de dz so fungdes do ‘Nua. sendo determinados normal- mente em tiineis aerodin&micos. Exemplo 1, Nasaida de uma bomba centrifuga, cuja vantio € 0,200 m*/s e @ pressso estética re- Fig. 2.40 Difusor de safda de bom- _lativa 6 1,17 bar existe um difusor ba conttfuga. vertical, Fig. 2.40 com 0s soguin- ‘tes dados eonstrutivos: Dy = 225 mm; D, = 375mm; L = 1.100 mm, Determinar: @) 0 Angulo de inclinagko da parede ¢ a relagéo dos diémetros. 2) A variagdo da energia espectfica de velocidade e 0 coeficien- te de resisténcia do difusor. ©) A pressiio em 2. [ESCOAMENTO EM TORNO DE OBSTACULOS 0 0) Céleulo do angulo de inclinagdo ¢ da relagdo de didmetros tg02 = {155 = 0.0682 logo 012 = 39° 35 ig Dad, = 35 = 16%. 1) Cilleulo da variagto da energia copectfica de velocidade € do cocfi- cienle de resistencia Em manunis de hidréulica, encontramos tabelas para difusores de superticies rugosas semelhantes a Tab. 2.1. ata, considera Tab. 2.1 Tabela do Coeficiente de Perdas Gomputando a Variago da Energia Especitica de Velocidade, Relativamente a Velocidade de Entrada aa on a © a 10 1.25 = 051 = 047 = 946 150 = 076 = 960 087 178 = 088 = 078 = 07 200 = 085 = 076 = 07 ‘slém das perdas, a variagio das velocidades relativamente ac. Deste modo:, @ _ 0200 Sr 70,0398 ou cy = 5,03 m/s. Para 0 ponto 2 temos: Ascim: 2 ELEMENTOS DE MECANICA DOS FLUIDOS © sinal negativo indiea que se trata de uma redugio de veloci- dade e, portanto, de um aumento de pressio. Teoricamente terfamos et _ 1,82" — 5,032 = = 10,99 Jikg. A energia perdida seré: Ey = — 9,87 + 10,99 = 1,12 J/kg. © coeficiente de perdas, sem considerar a variagio de energia seré: = 0,089. ©) Céileulo da pressdo relativa em 2 ‘Temos. Pr= Pi— p-g(ee— 2) — dip Joqrost-tit ai7- 2% Exemplo 2. Pars usina hidriulieas com turbinas Pelton da Fig. 27, sendo a tubulagio de madeira, determinar: @) A perda de carga ¢ o trabalho especitico ») A velocidade do jato, apés escolha do coeficiente do injetor. a) Céleulo de Eye ¥ 2,79. 06 5 90 1116 10°, Para tubo de madeira a rugosidade sbsoluta varia entre 0,20 <¢<1,0mm. Vamos fazer 0 céleulo com € = 0,6mm, logo: Dje= OO. = 666.7. EQUAGKO DA ENERGIA PARA FLUIDOS COMPRESSIVEIS. a Do grético da Fig. 2.36 retiramos: Lie 420 2,798 fi 2 = 0,023, logo Eye= A °F = 00023 Gay aan aks © trabalho espectfico seré: Y¥ = By - Bye = 200 + 981 - 94 = 1868 J/kg. 1) Céleulo da velocitade do jato ‘A velocidade do jato seré assim funglo de Y. Exprimindo com 1g a perda do dispositivo e fazendo igual a 0,97 temos: =e V2-¥ = 0,07 V2 - 1868 = 59,3 mp. Exemplo 3, Uma turbina tipo Francis spresenta as seguintes caracteristicas:Q = 0,160 mis, Y= 100j/kg, n= I2rps, 2=8 pe diretoras, $= 0,001.5 m?, Xs = 0,050, we = 4,5 mis. Deter- rminar a forga resistente de estagnag#o para cada pé, ¢ a energia e2- peeffien perdida para todas as pés. Inicalmente, caleularemos a forga resistente de estegnasto. acai ps = 8 = 0,05 - 10°. ag 0,001 5 = 0,759 N. Com suo da Bq, 249) temos: Bgl aa de SE a 8. 005 4,05 J/kg. 2.20 Equagio da Energia para Fluidos Compressiveis Na Fig 241,0 retingulo 4X representa uma méquina qualquer, através da qual circula em regime estacionério 1 keg de fluido eompres- sivel. Eate fluido penetra no re- cinto A através da Sec. 1, ssindo do mesmo pela Seg. 2. Tanto na Seg. 1 como 2 temos as seguintes formas de energia por unidade de Fig. 2.41. Sistema aberto. massa: ci — energia cinéties espectficn; pip — energia de pressiio especifica; 2-g — energia de posicéo especifica; uu — energis interna especifiea. “ ELEMENTOS DE MECANICA BOS FLUIDOS Sendo qe ¥ respectivamente o calor e 0 trabalho es P respect peetfico trocado com o meio exterior, podemos escrever pelo prinefpio da con- servagio da energia: a De Py ot wt tte atan mths Sty at. 250) ‘Tendo em vista que h = u+ pip podemos eserever: hit tontoahtS+o-n+¥. 251) Na hipétese de néo haver troca de calor nem de trabalho com © meio externo, podemos escrev Dy et net ut Bt Sto nau tS toon (2.52) __ Esta equagio nada mais € do que © Equagio de Bemoulli, onde {foi considerado também a variagio de energia interna. Sendo 2, = 23 sendo cy = 0, obteros da (2.50) e=V2-Gh— he) = V2-aR. 2.53) Nesta equaco, Ah = hi — ha, 6 uma variagio da ental a vat entalpia espe- ifiea. Tendo em vista o primeiro principio da ‘Termodinémica ara transformagies reversiveis, dg = dh ~~» + dp, e, que para os fluidos com equagio de estado pv = RT, cy » = RT, cy © c= const., transfor- magéo adiabética, p - v* = const, dq = 0. - Sloman [e(O Com a Eq. (2.51) para: 2; = 21 € ¢ = 0, temos: Yeh—h+ 5, sendo na maioria dot casos et =e “y= &0 podemos eserever Ak’ = Ah + By ou Yuu = ¥ + By. EQUAGAO DA ENERGIA PARA FLUIDOS COMPRESSIVEIS ss © que mostra a coneordancia entre as definigtes introduridas para bombas e turbines hidréulicas. O sinal mais (+) 6 usado para ‘0 caso em que o fluido sofre uma expansio ¢ o sinal menos (—) quan- do ele sofre uma compressio. Ey 6 a nergia espectfia perdida supondo o sistema adiabstion. ‘Nos exemplos dos ventiladores onde a variagio de pressfio € menor que O,1 bar, em primeira aproximacdo, podemos desprezar s compressi- bilidade do fluido. Como a variagéo de temperatura ¢ muito pe- ‘quena e a energia perdida em forma de galor por néo ser o sistema realmente adiabético, também pequena, porém de sinal contrério da variaglo de energia interna, o- corre ser Ep =0, logo Yua. = Y. Exemplo. Para o ventilador centrifugo da Fig. 242 que for- nece 1,5 m'js a 23°C e 1,0 bar com uma sobrepressio de 0,06 bar determiner, sabendo-se que as con- digdes ambientes dio 23°C e 1,0 bar e que a elevacio de temperatura entre 1e 2 é de 4°C: Fig. 2.12 Ventilador ensaindo. a) As caracteristicas p, p, t para entrada e said, b) As variagdes de energia. ©) A poténcia eonsumida pelo ar. a) Cdleulo das caractertsticas Como o ar seco obedece aproximadamente s equagio pu = RT: - 10! mS BT US +B) Para a Seg. 1, tomaremos p = 0,06 + ps, logo: Pi = 0,96 bar, fy She = 23°C. _ 8.98 108 OBB GTS + 23) Para a Seg. 2 temos: ps = pi + Ap = 0,96 + 0,06 = 1,02 bar t= t+ At = 2344 = 27°C, logo: 102 - 10 "287 - O73 + 27) = 1,179 kg/m’. = 1,130 kgm, = 1,185 ke/m'. “ ELEMENTOS DE MECANICA DOS FLUIDOS 2) Céileulo das variagdes especiticas de energia Variagio de energia especttiea de posigio: 9° (— 2) =0. Variagio da energia espectfica de pressio: Pi _ Ps _ 0,96: 105 102 - 10 pp L130 1185 ~~ 1120 J/kg. ‘Variagio da energia especffica de velocidade. Partimos do eél- culo das velocidades: m = Va- po = cr 81° p= e* St* pry logo: m= 1,5 - 1,179 = 1,769 kels; wr TO Sroae Lise 146 mie e = 14,47 mis; 1246? S47? 5 y= 2h Ske. ‘Varingao da energia espeetfica interna ty y= + (Dy Ts) = — 717-4 = ~ 2868 J/kg. Variagio da entalpia espectfica Iam ha = cy (Ty Ts) = — 1.004 4 = — 4016 Ske. Como o ar seer realmente no segue pu = RT © nio possui cy © ¢ constantes com f, notamos uma diferenga entre Ah = 4+ 2 Phere — 3988 J/kg ¢ Ai ~ hz caleulado, os PROBLEMAS ” 6) Céleulo da poténcia consiomida pelo ar Podemos caleular: P =m - ¥ + q admitindo 6 sistema adiabético temos: 4043,1 J/kg = — 4,0431 kJ/kg, logo: ot Y=h-h+S>* Yq = ~ 4.016 — 27,1 = 1,769, 4,0431 = — 7,15 kW. 0 signifieado do sinal negativo € que estamos operando com um gerador, logo, a poténcia ¢ consumida. PROBLEMAS 1. Uma turbina Kaplan possui um cubo om 2,0 m de difmetro e gira com ‘No prolongaméato do eubo, « gua comports-se aproximadamente feomo um sélido girante de velocidade angular w. Caleulsr a circulagio neste 2, 0 didmetro externa do tubo ne entrada de uma turbina Francis, mede 400 mn, acusando o mandmetro uma presilo de 20m de H,0, quando » vazko G-de 0,30 mis. Sabendo-se que o eixo do mandmetro encontra-se 2,20 m. acima do nivel de jusante, ealeular 0 texbalho especfico. 3. No ensaio de uma bombs centefugn aa presdes lias no mandmetro © vacubmeteo foram respectivamente 13,5 @ 40 m de HO. Considerandose elocidede média na entrada igual A na salda e sendo de 1,15 ms distincin ver- tical entre o centro do mandmetro e a tomada para o vacubmetro, determinar 0 trabalho espeetfico. 4 0 encanaens foto de wo ania 2 = 2005, pe thin tipo Pelton e eonstituido de 3 lances de comprimento e didmetro respectivamente iguais « 1.00 m, 0,7 m; 900 m, 0,6 m; 1.100; 0,5 m, Sabendo-se que a vasio Ede 0,6 mils, a altura vertical enteo entrada ¢ snlda do encanamento 600m € 8 temperatura da gua 20°C, determinar para cada, trecho: a) A velocidade média 6 0 rilmero de Reynolds, 3) © coefciente de perda © 8 energia perdide 55. O sistema de regulagto de uma turbing hidréulice transmite os impulsos de comando com deo de modo a faxélo deslocaree em tubos de 40 mm de dit- metro a uma velocidade média de 1,5 m/s. Sabendose que 0 éleo € 0 SAE de p= 912 kein’, » = 0,000 1053 mts pede: 2) O nero de Reynolds, 8) 0 tipo de movimento e corficiente J de perds. 6) O coeficente de perda © a vasko. LEMENTOS DE MECANICA DOS FLUIDOS RESPOSTAS 1 Ta2-w8 = 184m 2 ya S tty n= mmeie RY = pte de = 1853s 4. 0) Primeiro trecho: q = 1,96 mb; Nea, = 1,09 10%, Segundo trecho: = 212m/s; Nay = 1,27 - 104, ‘Teretiro wecho: 64 = 3,06mis; Nunes + 1,58 - 104, 1) Com Nag. © Dje vamos « Fig. 2.36 retirando: da = 0.0130, y= 0,0126, Ay = 0,0124. Cuunos By = 4 BE Ep = 939Ike. Bp = 42,5kg, By = 12.7 Ig. So N= 2 oom ») Movimento laminar pois Ns, < 2.300 Bivce rr = 0328, @ Anh. =, ) N= a = BE = ons Qa e = 0,001 88 mite, (4.14) (4.15) ‘As conclusdes obtidas foram conseguidas por Kute-Joukowsld a partir do seguinte raciocinio: Como T= (c,— cf imaginaram KutaJoukowski que © passo entre as palhetas fosse crescendo, tendendo para o infinito, porém, ‘4 circulagio sendo mantida constante, logo ¢, tenderia pare ty tendo possfvel no limite substituir ¢, e ¢ pela velocidade média do escoamento Cao. Supondo © campo em repouso para ter-se o efeito, a palheta de- veria deslocar-se com aquela velocidade média. Uma tal palheta iso- Jada foi denominada asa de sustentagao, sendo sua forga resultante, de. nominada forea de suslentarao, F, sempre normal a cep. Fig. 4.8 Grade em repouto com profundidade constant. Exemplo. Dada a grade vertical em repouso da Fig. 4.8, su- pondo-se infinito 0 niimero de palhetas, isengio de atrito, entrada sem choque, regime permanente, determinar, para uma extensio horizontal de 1,20 me 9 = 1000 kg/m’. ) A vasio em m/s, b) A velocidade na safda em m/s. A pressio na entrada em bar, admitindo ps = 0. a EQUAGOES FUNOAMENTAIS PARA MAQUINAS DE FLUO A citeulagao. As orcas Fe, Fy, Fr, bem como a, © ca. ®) Céleulo da vazdo = S.- 64, = Ss Gy porém S; = Sy, logo: = 6, = 6 = 2,0 ms, Assim, Q = 1,20 0,35 - 2.0 = 0,84 mys. 0) Céleulo da velocidade na satda Pelos tridngulos, temos: 1 sen ay = cz « xen a, logo: we: 28 ea 99. FO en ay” = 2° 95 ©) Céleulo da pressia na entrada ot By = 208 + 10-+bar. 4) Céteulo da cireulagéo Neste eas0, como a extensio 6 de 1,20 temos: T=(,-e)-t ou T = (4,0 - 0,806 - 00) «1,2 = 4,16 mip. ©) Céleulo das Jorcas, a, © Fe= 0 + Q > (Cop — ce,) = 10% - 0,84 + 4,0 + 0,866 = 2.910 N Fy = + b(p, — pz) + Gy = — 1,2 - 0,35 + 2.080 + 10*- 9,81 -1,2 -0,35 -0,4 = 2521 N Fy = Fe = V 2910? + 2521? = 3850 N F. _ 2910 SP Seip, = "3850 a = (4+ 3,00)" = 2,65 mis, = 0,76, logo: agp = 198 4.5 Continuidade para Grade em Movimento Podemos « partir da grade fixa analisada no item anterior, cons- truir uma grade em movimento. Teenicamente, isto significa pro- jetarmos um eonjunto de pés em movimento, logo um rotor, cujo CCONTINUIOADE PARA GRADE EM. MOVIMENTO. » sistema distribuidor sejo conbecida, Na Fig. 4.9 repr temo condigées tedricas, isto 6, nimero infinito me permanente, entrada sem choque. engiio de atrito, rey Fig. 4.9 Conjunto de grades em repouso © em movimento para rotores axinis © movimento da grade 6 earacterizado pela velocidade de des- locamento u na direso do eixo . Pela prépria andlise, conclifmos ser uma grade desta, representativa de um corte eilindrico, desen- volvido de um rotor axial, A velocidade de safda do estator cx ser igual A velocidade de entrada no rotor ¢ A p& deve ser cur- vada de modo a nio haver ehoque na entrada, Na aplicagéo das equagbes qué seguem eonsideraremos a super- ficie de controle ABCD e by = bs = b. Tomando agora as velocidades relativas temos: Q Hb buy, Be wy, 4.16) logo: Wy, = yy = Se analisarmos os tridngulos de velocidade de entrada e safda, concluiremos que wy Cm assim em, isto 6, a componente meridional da velocidade absoluta é constante, dentro das hipsteses feitas, na passagem do fluido pelo rotor da maquina de fluxo. Este prinefpio normalmente ¢ aplicado nos projetos das méquinas de fluxo, 0 [EQUAGOES FUNOAMENTAIS PARA MAQUINAS DE FLUXO 4.6 Equacdo de Bernoulli para Grade em Movimento Como hé troca de energias na forma de trabalho, além das ener- ias de pressio, velocidade ¢ posigéo, teremos, para o caso da Fig. 4.9: Y¥=B- 2k Nos préximos itens iniciaremos andlise destas energias espectficas, 4.7 Circulago e Impuls4o para Grade em Movimento Do mesmo modo que fizemos para a grade em repouso, obtere- mos para a grade em movimento utilizando a Fig. 4.9: Tasco = T = (6s,~ et a7) De modo semelhante ao utilizado para grade em repouso, sim. plesmente tomando a3 velocidades relativas, obteremos 8 forgas do fluido sobre as pés conforme segue: Pap Om 5 Fy = (ps — pd) eb Tew, Podemos agora analisar as energias espectficas Y, K., Es. Para tanto vamos tomar a expresso de F,, substituindo z por u. Deste modo teremos a energia por unidade de tempo, ou poténeia, recebida, Por um canal dada pela equagiio: Qe) =p Oe 2p-b-P em, Gay, (4.19) Fyou= P= p06) ue Esta poténcia ¢ obtida entre os niveis energéticos E, e Es, logo, po- deremos fazer igualdade: PQ: (Be B) = Qe) Vy = Be— By =u (6,- ). (4.20) Lista equagio € conhecida como equagdo Jundamental das méqui- nas de fluo para mdquinas aziais motoras ou grades em movimento motoras. Para méquinas ariaix geradoras, teremos: You = Bs - Be=u-(a,- 0). 21) Rserevendo a diferencial das equagées acima vem: AY = uw dle). 422) CCIRCULAGAO E IMPULSAO PARA GRADE EM MOVIMENTO ” Esta diferencial indiea que uma variagio elementar d¥ js da energia 6 proporeional ¢ do mesmo sinal, que a variagio elementar da com- ponente c, da velocidade absolut Fxemplo. Para o ventilador axial da Fig. 3.1 onde sto conhe- cidos D, = 180 mm, D, = 360mm, n= 47,5rps, b= 90mm, B= 3, Bs = 40%, z= 8pis, p= 1,1 kgim’. Determinar para o didmetro médio: a) 0 passo os tridngulos de velocidade. B) A vastio e a circulagio na p& @ no rotor. €) As furgas de impulsio e a poténcia. @) Céleulo do passo ¢ tracado dos tridingulos de velocidade Maeve" eto “N t Fig. 4.10 Grade correspondente ao corte cilindrioo desenvolvido para Dm: Na Fig. 4.10, esquematizamos’a grade par o didmetro médio. ‘Temos: 3+ De _ 5-210. 106 sam, 40,2 m/s. Ua Dae nam 027-475 Como temos na entrada um tridngulo retingulo, determinamos 1 = tm = 18,5 mls. Retiramos dos tridngulos da Fig, 4.11 05 de mais elementos, ” [EQUAGOES FUNOAMENTAIS PARA MAQUINAS DE FLUXO 0) Céleulo da vazdo e circulagées Q= 8-1: b> cq = 8+ 0,108 0,000 - 18,5 = 1,412 m/s. Podiamos também calcular pela férmula =F O8- Dd) om A cireulagio da pé sent: T = (@,— 6) - t= (18,2 ~ 0) - 0,106 = 1,93 mis, Para todo o rotor teremos: T, = 8 1,93 = 15,5 m%s, Fig. 4.11 Tritngulos de velocidade pats Da. 2) Céileulo das Jorcas de impulsdo ¢ da pottncia Pam Po=p-Q- (G,~ G4) = LL > LA12 + 18,2 = 28,3; Fy=8-p-b- Tw, = 8: 1,1: 0,09 - 31,1 - 1,93 =47,4.N; Fe = (Rat Fy) = 55,3. N; Yq = By— Eu = w- (cs, — cy) = 40,2 18,2 = 732 Ike. ‘Temos agora a poténcia: P=p-Q: Vy = yl “1412. 732 - 10-4 = 1,14 kW. 4,8 Continuidade para Sistema Radial de Pés Vejamos agora o sistema radial de pas ou mais simplesmente, © rotor radial. Tomaremos na Fig. 4.12, um ventilador radial ou ‘centrifugo para ar suposto ideal, ndmero infinito de pfs e entrada sem choque. EQUAGAO DE BERNOULLI E IMPULSAO PARA SISTEMA RADIAL cy Aplicaremos a este rotor as vérias equagdes, iniciando com a de continuidade, admitindo: P= p= Qa m-Da- be cmp + Ds Bs omy (4.23) Podtamos impor a condigio: Dy - by = Ds : bs para termos Cm, = Cnip mesma condi¢So das méquinas axisis, Na Fig. 4.12 desenhamos os trifingulos de velocidade para’ entrada e safda deste ventilador. comec-o*) Fig. 412 Ventilador radial ou centrfugo. 4.9 Equagio de Bernoulli e Impulsdo para Sistema Radial de Pas Conforme vimos para grades em movimento temos Ysa = Es— — E, para geradores. Como para a entrada ¢ saida do rotor temos: Tes 2en ny cag Tes wns os ™ [FQUAGOES FUNDAMENTAIS PARA MAQUINAS DE FLUXO A circulagéo do rotor sera: Tre Ti TMea2er- (ncn a)=2-T, 4.28) onde 2 ¢ 0 ndmero de pas e Ta circulagéo para uma pé. A lei das reas fornece: M=p-Q (ey (425) Tendo em vista os tr igulos de velocidade, u = cw + wy, vem: M= = BQ: Ua, re way re) — (ue t= we rae (4.26) Nesta equagio uss ry — uy * efeito Coriolis. Podemos ainda eserever o momento como segue: 4 Feptesenta 0 momento devido ao w=22 ry = 0p, 427) 2 A poténcia transmitida pelo sistema quando gira, ao fluido serd: M-w=P=p— Qe r— ty rw Esta poténcia consumida ¢ utilizada para elevar o nivel energético de Ey para Ey dos p - Q kgls de fluido que citeulam, logo, pO E, J=P°Q (yt Oyo) assim, Yye = (B= BD = 0 (uy 4 1) (4.28) Esta € a equagdo fundamental para as mdquinas de fluo radiais, no aso geradoras. Para a modalidade motora, teremos: You = (Ee~ B= eye cy (4.20) A forma diferencia! destas equagoes 6 dV pg = w - dew 7). (4.30) Mostrando esta equasio, que uma pequena variaglo da energis do fuido, corvespoude x uma varlasao proporeional do momento de velocidade. Exemplo. Na Fig. 4.13 representamos esquematicamente uin ro- tor para turbinas tipo Francis lento, onde n = 12,5 mips, Dy = 250mm. D5= 150 mm, B; = 70°, G5 = 30%, bs = 60 mm, niimero infinito de pas, fluido sem atrito, entrada sem choque. Determinar, para ofilete m QUAGAO DE BERNOULLI E IMPULSAO PARA SISTEMA RADIAL a vaso. a) Os tridngulos de velocidade b) As diversas circulagbes. © O momento de impulsio e a poténcia da turbina, £ pe ‘CORTE:sCB-6-D Ke Fig. $13 Rotor para turbina tipo Francis lento, 0) Determinagdo dos tridngulos de velocidade ¢ da vazio ‘Temos: tu = Dy n= 0,250 + 12,5 = 9,8 m/s; 150° te = te De = 98-355 = 5,08 m/s. Com estes valores ¢ a condigfo do trifngulo de safda ser reto cons- truimos a Fig. 4.14 | cwmse 614 Tings de vlad de eta ¢ ada pare fe ‘© filete médio do rotor Francis lento. [EQUAGOES FUNDAMENTAIS PARA MAQUINAS DE FLUXO figura ent - 5a ‘igura entre outros valores, fornece, cm = 3,4 m/s. A va Qa m+ Di by Om, = 0,25 + 0,06 - 3,4 = 0,160 mips, A largura na safda pode também ser caleulada: De b= be De = 0,06 - 29 = 0,10m. ») Célewlo das circulagées Para a entrada temos: Tym m- De- ca, = 3 £0,250 - 8,56 = 6,72 mis, Para a safda: Ty=0 Ciroulagsio do rotor: Tr = Ty~ Ty = 6,72 mis. ©) Céleulo do momento de impulsdo ¢ da. pottncia, M = p-Q > ca,+%4 = 10" 0,160 - 8,56 : 0,125 Para a variagio de energia ou poténcia temas: I1N-m, P=Q: ps Yu = o+M = 2-4 +125: 171-104 = 13,43 kW. 4.10 Equacdo Fundamental para as Maquinas de Fluxo e suas Vérias Formas Partiremos da Eq. (4.29), para provar que a Eq. (4. um caso particular da primeira. Teuaeeescael, Ars Yue = Be By 0 (eur 045-105 logo: Ye = (ue 60, Wee) sn Esta equagio podemos chamar de equacdo fundamental fundamental geral das méquinas de jluzo, modalidade de moiora, uma ver que a Eq. (4.21) € um caso particular onde ue =u =u. Para geradores temos: Vy = Bum Bim (uu to). (4.32) TEQUAGAO PARA AS MAQUINAS DE FLUXO E SUAS VARIAS FORMAS ” ‘Normalmente temos ¢, = 0 para motores © ,=0 para geradores, isto equivale a trifngulos de velocidade, retangulos respectivamente para safda ¢ entrada, resultando as equagies simplificadas Ypu= ue Cu, ara motores, (4.33) Yu = te“ Go, para geradores. (4.34) Vamos agora, procurar reunir a Equago de Bernoulli coma ‘equagio fundamental das méquinas de fluxo. Para isto, basta apli- car Bemoulli entre entrada ¢ saida, por exemplo, para a modalidade motors, temos: Dm ¥p= By- B= + ; Bn Yen t Me + 435) © que equivale a dizer que a diferencs de energia espectfica en- tre entrada e safda ¢ dada pela soma de dois termos, 0 primeiro cor- respondente a energia especifica de pressio, Yeux, ¢ 0 segundo a de velocidade, Yan. Por outro lado, como estamos estudando um ‘cas0 te6rico em quo 0 fluido ¢ isento de atrito © o nimero de ps é infinito, o que equivale a passar entre eada canal um filete de cor- rente constituido de uma sé linha de corrente, representaremos Giferenga de energia por Yyu = Yntgs Sendo « 0 indicative da isengo de atrito e do nimero infi- nito de pés, Conforme posteriormente analisaremos, para motores Ypiq = You isto 6, 0 niiriero de pas nfo tem diretamente influén- cin sobre a diferenga de energia. Assim, teremos: Equagio fundamental geral para a modalidade motora: (4.36) Yun BoP 4 OS ‘Equagéo fundamental geral para a modalidade geradora: Pam, a mee 8 “Estas equagces se prestam muito bem para a interpretago do pprinefpio de agéo e de reacéo. Sendo: Vpte = (437) PP = 0, » méquina de fluxo motors ¢ de agto. FTP > 0, « méquina de fuxo motora 6 de reagho. * [EQUAGOES FUNDAMENTAIS PARA MAQUINAS DE FLUXO Para a modalidade geradora terfamos: Pam ? P= ? =0, méquina de ago, praticamente no existente. > 0, m&quina de reaglo, praticamente todas as mé- quinas construfdas. ‘Tendo em vista o trifingulo de velo- cidade da Fig, 4.15, podemos apresentar ' oo a * equagio fundamental eral sob outra forma: NY 7 Fydim (ty + 0 — tee) = Fig. 4.15. Tridngulo genérieo de velovidade. Bis a-2- we a z = — Hokie = Porém, Wi = at + (UC) = ont fu Du oy bet ct — Qu: oof ut, ‘Deste modo resulta: (438) Esta expressio permite caleular # variagto da pressio estéticn entre entrada e safda do rotor de uma méquina de fluxo motora com pS Apnea vemenert gaan una © termo que contém a veloc cial u, Assim resulta: areas ed Modalidade motora, (4.39) (4.40) EQUAGKO PARA AS AQUINAS DE FLUXO E SUAS VARIAS FORMAS ” ‘Antes de darmos alguns exemplos vamos definir uma grandeza bastante importante no estudo das méquinas de fluxo, o grau de reagiio. Para modalidade motora temos Como normalmente cy, = 0, ver: pal a (4.42) Para a modalidade geradora como: Yate You definiremos ow Te ae Yan “ln pe Blears (4.43) ‘A (ltima igualdade foi conseguida admitindo-se ¢,= 0, fato que geralmente ocorre nesta modalidade. Conforme mostraremos no Cap. 6/ Yqi— us: 64 Us * Cay sendo interessante definir um grau de reagio tedrico, porém, com ‘niimero finito de pés no rotor, apesar de escoamento ideal. ‘Também para ser obtida a diltima expressio foi admitido que cy, = 0. Com estas definigdes teremos Exemplo 1. Estudar a influéneia do dngulo Bs no trabalho espectfico teérieo e no grau de reagdo tedtico de geradores radiais. Seja o rotor da Fig. 4.16, onde foram desenhadas trés pés a, by ¢ Para maior compreensio, sem prejufso algum das demonstragbes faremos Ds = 2+ Du 100 [EQUAGOES FUNDAMENTAIS PARA MAQUINAS DE FLUXO. 8. = 20° para as trés pés, sendo a entrada radial an 2 Bs — teré os valores de 40° para a, 90° para b © 120° para ¢. Fig. 416 Rotor radial para goradores. Com estes clomentos desenhamos os triingulos de ent ‘safda da Fig. 4.17, ep ssecentradscs Fig. 4.17 Tritngulos de velocidade para trts formas de pés. Com 05 elementos dos tritingulos e as equagdes podemos ela- borar a Tab. 4.1, 6 tragaro gréfico da Fig. 4.18 dos quais coneluimos: EQUAGAO PARA AS MAQUINAS DE FLUXO E SUAS VARIAS FORMAS vr Yen = 0, Yan, = 0.€ You = 0, para Be De 0° 9 9%, Youn cresce, mantendo-se Yuu, sempre maior que Yan, para tomarem-se iguais em 90°, De 90° 9 180*, Vos, cresce, porém Yun, agora passa a ser sempre maior que Yet, assumindo um valor méximo quando Yue, toma-se nulo em 180°, Tab. 41 Resvao pos Resvttapos Pana as Tats Fonuas op Pis ey “Se 2G) Em fungiio deste estudo podemos tragar o campo abrangido pelas hombas hidrgulicas e pelos ventiladores radiais. © campo das bombas esté compreendido entre 1 > ‘com Angulos 6 jad FFQUAGOES FUNDAMENTAIS PARA MAQUINAS DE FLUXO ‘entre 20° © 50°, enquanto que o dos ventiladores entre 30° a eM. Para © caso particular do ventilador Siroco 0,5 > pre > 0, logo By > 90°. Fig. 6.18 -Grifico dos reeultados, Exemplo 2. Para o rotor Francis da isda pen aihing mak Fig, 4.19, onde sio co- Fig. 4.19 Rotor para turbina tipo Francis, Dy = 480 mm, Dy = 230mm, b= 85mm, nm =834rps, 6, = 90. determinar para niimero infinito de ps, fluido idesl: 4) As energias espectficas. 2) grav dé reagio. b= 50mm, PROBLEMAS 03 2) Célewlo das energias espectficas ‘Com 08 dados do problema determinamos tu = 12,6m/s, ue = = 7,35 m/s e tragamos os triéngulos de velocidade da Fig. 4.20. Com estes elementos calculamos: Ye = (wi C0, — My Gu) > 1,68 = 158.8 Jikg. Fig. 4.20 Trifngulos de velocidade para 0 filete médio do rotor Francis Este trabalho especttico tedrico. da turbina poderia também ser cal- culado pela Eq. (4.39). ‘A energia espectfica de pressio + + @,7? = 4,7* + 12,6 - 7,354) = 79,2 Jike. ‘Tomaremos para Yaa, = Yor — You = 1588 = 79,2 = 19,6 Ske. ¥) Cleulo do grau de reagao Conforme definimos PROBLEMAS 1. Um escoumento em tum eanal de seyfo retangular de largura 1.000 mm. fe sluira $00 mm € desvindo de 60° com auto de S slets igualmente dlsanciadas. ‘Admitindo-se condigtes tedricas pars o excoamento es velocidade do mesmo 10 m/s determinar a forga de reasio sobre uma aleta, 2. Dedusir Lei de KutaJoukowski para uma grade mével, 3. Pars o ventilador exqueniatizndo na Fig. 4.12 ao conbecidas as seguintes 000 mm, Dy = 4.000mm, fy = 3, By = 50, 210mm, n= 70rps 104 [EQUAGOES FUNDAMENTAIS PARA MAQUINAS DE FLUXO ‘Determinar: 4) A relagio entre as componentes meridionais de entrada ¢ saida do rotor. 2) Os elementos dos triingulos de velocidade para a entrada sada, ) 0 trabalho epedfion tebrica, ) A vazto e potdacia ideal. ©) A varingto da pressto eatétioa no rotor © o grau de reagho teérico, __& Um rotor pare turbina tipo Francis apresenta at seguintes caracterte: tics: De= 250mm, Dy= 150mm, A= 70, fy= 30, n= 12,52pa, = 60 mm. Para condigdes ideais de escosmento determinar: , 4) A varingio da presato estétion no rotor. 1) © grau de reagho toérieo, _ 5. Tendo por base a Fig. 4.16 fazer um estudo comparativo das dimensées Drincipais Dy Dy, by by, sendo para 02 tr Yptq = 800 j/kg, Q~ 1,0 mi N= IDPs, m= Cy Os demais dados sho: Phe recurvadas tipo a: y= 45%, By = 8% ‘PAs terminando em Angulo reto tipo b: Bem 90, Be = 40%, Pa curvas para frente tipo Siroeo = =a, Bee B= 195%, Bam 45%, Dt = 0,80. RESPOSTAS 1, A forge pedi ser: Fa =-VEFFAF, como tn = 0 0088, co, = ¢ logo 8 : Penne Re 0 Pyne AG, tome, Feitas on subsiuigbes tenon: Fa = 2-10, 2. As equates pare © grade mivel podem ser obtid do mesmo modo que ara a fica dead que seam tomadas as velocidad rlativas, Aim podemee creer Fe= PQ: (tag wx) = 9° Q = pb wy Te ee ee ee ee = Se = Fe pods we P= pb: Val Peat 2 Vert tne wn Be RESPOSTAS 105 3.) Pela contiauidade temos by foe em Dab 2) Com w= r+ Deon = Mimi, uy = n° Dy m= B8mis By = 3% By 50" podemos devenhar oe trifngulos de velocidade retirando, c= ém, = "= emg = 2055 mls, we ~ 53,0 ms, y= Tsk mit, 5 = 34,8, cay = 65,8 me. 0. Yoke = Be — Be =m 6uy~ wea 5.640 SM. Qa DE Meme =F De by ems = 700 Pee = 9Q: Vtg = 115 70,0 5.040 = 4,54 104 = 454 - 108 KW ws) + (02 = w))=410- 10° 3S = 001 6bar =0481 2bar N $a) we pom B= llud— us) +097 m9) = 4512 10" 1) pig tmnt = SE = 0.560. Para 0 tipo a temos: emg = 4° Be = OF ug = 05 Uy Ws — Cu, = Cm, = 0,35 ° uy OU Cy, = 0,65» ey Yay = 0.65 * ut ogo, us = 35) Dy = GS = 0808, om, = 128 mi, @ Fen, ~ OS™ ist Para 0 tipo b obtemos: y= 283 ms, Dy = 0400, my = emg emp = 19 m/s, by = 0,059, Para 0 tipo 6 Siroeo veremos ty = 21,0 m/s, Dy = 0,835 m, emg = Emp = M4 = 16,8 mls, by = 0056-9, De poste destas caracteratioas um desenho em escalu facitard a elaborapto 1384 KW. Py=m- ¥'— Py ~ 69219 -- 1384 = 67835 kW. Tal poténcia poderia ter sido obtida diretamente pela {érmula: Po= Pao n= Pa yma = 73330 § 0,99 0,95 -0,98 ~ 67588 kW. A diferenga entre os dois valores provém de que partimos de ,917 @ niio de 1 = 0,92 como manda a Tab. 5.1 Por este exemplo, vemos a importincia da anilise de todas as perdas, principalmente nas grandes poténeias, onde as perdas apesar da pequena percentagem, assumem valores suficientemente grandes ara influir sobre 0 custo do kW instalado, das relativas maquinas. PROBLEMAS 1. Disoutir ¢ representar as Eqs, (5.1) ¢ (6.2) em relagho a valores adimen- sionais PyPay onde Pyq € © potdncia nominal no eixo do motor 2 Determinar para motores e gerndores uma relacko que permita ealeular ‘mem fungo de m, das demais perdas exceto as de presse, da potbacia no eixo 3. Admitindo- que as perdas oriundas no atrito do labirintos sto dadas plas equagdes empiricas Rotores ruins: Pg = 0/027 -p =n? DA Rotores ans: Pyg ~ 040005 «pm? - Dy. Determinar eta perda para cada uma das formas dep especfcadns no Probl. 5 do Cap. 4 4 Uma turbine a vapor spresenta a8 soguintes caracterfstics: Pa = 250 KW, n = 166,623, 5 ~ 0/60, 99 = 0,95, px = 10 bar f= 30%C, pr = Sbar. Determiner « masse de vapor que circle 5. Um turbocompressor axial comprime ar ideal entre 1,0 bar, 20 « 5,0 ber 220-0. Determinar © rendimento interno do tubo. RESPOSTAS PL Ps Pox ~ Pan Pe toe eK, Para Pp = a= const, Pynb-K, Py mate. + Be deoninodo tot deen RESPOSTAS us ‘Teremos para 0 motor Podemes agora analisr qual das equastes pode ser aplicada & méquins em ‘estado, determinando por ensaio as constantes. Por exemplo a terceira equagto presenta aproaimadamente 0 compartamento d& wm motor a pistho com rola 1 " : relaglo “b= e6 denominnda eficiéncia da méquina, 80 constante, A relagto “y= «6 2, Para geradores temos! BY, sae a” PQFON Yo Bet Pe Pate “= of uae a+ Pon Pai Para motores temos: Py, = WD Vot = (Ba + Pam) 14 Fathom — aia. oe 3. Tendo por base as respostas do Probl. 5 do Cap. 4 © 8 equagio para ro- ores radisis dada, obtemos: Tipo a : By =1870W. Tipo b By ~ 0,488 W. Tipo e + By = 0,105 W. 4. Com ausilio de um Diagrams de Mollie © os dados temos as entalpias ‘para a entrada e sada: Ay = 8050 kk, thy = 2705 Mae. ue YPERDAS E RENDIMENTOS EM MAQUINAS DE FLUXO Logo: Yo hm hen 25 idk, Yh = Yo m= 150 kdike, Py Yeo tm logo, m= 1655 ka 5. Para « adiabética reversivel temo oa tem (2) * = 299-65) = a5 mR) 209-6) Maas, Yeh- hae 70. Pare a aiabtin quae eitica tence: Yeah! — hep (YT) roman Condigdes Reais do Escoamento Através das Maéquinas de Fluxo Capitulo 6 ‘As condig6es impostas para o eseoamento do fluido através das Maquinas de Fluxo, a¢ quais permitiram a dedusio da equagio fundamental, fogem a realidade, uma vex que foi suposto os sistemas de pfs tanto do estator como do rotor possuindo ntimero infinito, estarem infinitamente préximas, serem de espessura infinitesimal © ainda haver isengio de atrito. Surge assim a necessidade de verifi- ‘carmos a influéncia desses fatores para que possam as equagbes re- presentar 0 comportamento real das méquinas em pauta. 6.1 Namero Finito de Pés, Fluido sem Atrito Seja, Fig. 6.1, uma grade em repouso para gerador compost do um niimero finito de ps, através da qual eseoa sem atrito e choque, ‘um fluido. ne CCONDIGOES DO ESCOAMENTO ATRAVES DAS MAQUINAS DE FLUXO A cireulagio que aparece em tomo das pis, oriunda da diferenga de pressio, provoea na entrada da grade um Angulo de ataque a maior que 0 angulo construtivo a’. Na safda teremos um angulo a menor que o construtivo a3. Assim 0 desvio que sofre a corrente, 41 — ax, 6 menor que o previsto pela grade, ax — ay’. Na Fig. 6.2 representamos 0 caso do sistema ser radial pare gerador, sujeito a uma velocidade angular w. AAs conclusdes so semelhantes desde que seja tomada @ linha de corrente relativa. Assim temos (Bs — 61) < (Bs — B,), sendo, Portanto, 0 desvio obtide menor do que o previsto. (maa grade Fig. 6.2. Sistema radial em movimento, Sob ease sspecto vemos que no caso de geradores devemos fore nnecer um trabalho especifico maior para que possamos obter um feito com niimero finito de pas equivalentes aquele obtido com um nndimero infinito Uma anélise para motores sob este aspecto mostra ser 0 feito favoR%vel, isto é, conseguimos obter um trabalho espectfico maior quando temos niimero finito de ps relativamente ao niimero infinito, 6.2 Ndmero Finito de Pas, Fluido com Atrito Na Fig. 6.3 representamos uma grade em movimento para gera- dor qual 6 atravessade por um fluido real. O atrito provoca na ‘entrada uma contragiio no escoamento praticamente equivalente ao desvio oriundo do niimero finito de pis. Na aida 0 atrito ocasiona uma desaceleragto da corrente a qual provoes deseolamentos da camada limite na parte convexa ou dorso das és, com 0 aparecimento dos chamados recintos. mortos. Estes recintos mortos além de provoear estrangulamento que influi NOMERO FINITO DE PAS, FLUID COM ATRITO na componente ¢m reduzem sinds mais o Angulo real de safda do ‘escoamento, aumentando o efeito desfavordvel sobre 0 trabalho cespecifico eonsumido. Fig. 6.3 Grade em movimento para gersdor. semelhante, Fig. 6.4, Para motores podemos fazer uma andlise ‘endo importante observar que o recinto morto provoca um aumento no Angulo real de safda do escoamento. ‘Tendo em vista que o ni- Fig. 644 Grado em movimento para motor. finito dé pés causa uma redugéo neste Angulo, podemos em pri- ira sprsinao a para motores, admitir que tais efeitos se com- pensem nio havendo portant, aumento ou redugio no trabalho cegpectfico obtido. 120 CCONDIGOES DO ESCOAMENTO ATRAVES DAS MAQUINAS DE FLUXO. 6.3 Tridngulos de Velocidade para Escoamento Real Apés 0 estudo dos fatores, oriundos da passagem de uma con ‘cepeiio teérica para uma real, veremos como se modificam os tridm- ‘gulos de velocidade principalmente para geradores onde a influéncis & mais pronunciada, Para a aresta de pressio desonhamos os triingulos, Fig. 65. Fig. 6.5. Trifingulos de velocidade para aresta de presso. © composto das velocidades us, ws, cy que € vilido para a corren- te congruente com a p4, transforma-se no tridngulo formado por ‘us, ws, cx’. Tal transformagio provoea uma redugio no efeito da impulsio dado pela diferenga c., — cy, Além deste fato, temos o estrangulamento devido a espessura finite das pas. Na Fig. 6.6 procuramos representar uma pa na sua parte de pres ‘so, onde, ¢ “en By’ & 8 esPessura da p& na directo tangencial, que provoca um estrangulamento, be, rs dade cq, reduzida para, em = Sig omy Wie: Er TMs te onpto do- 0 tridngulo composto das velo- vido & expomura finite das pds. cidades ce, us we, 6 0 resultado de todas as influéncias, Para a aresta de suc¢o temos para 0 canal entre as pis, 0 tri- Angulo us, 1. cy Fig. 67. A espessura finita o transforma em fh “, fieando a veloci- “TRIANGULOS DE VELOCIOADE PARA ESCOAMENTO REAL im ‘uy wi, e(. Aqui podemos introduzir um fator de estrangulamento ma Soe Joy = A, como cay = Geatges Heando com isto Coy (© miimero finito de pis por sua ves reduz 0 Gngulo f, para 6,’ resul- tando o tridngulo final us, wsy em Fig. 6.7. ‘Tringulos de velocidade para a areste do suepio, ‘As consideragces-que fizemos nos permitem escrever as seguintes cexpressoes para 0 trabalho especffica: — Bscoamento sem alrito, infinitas pds, infinitamente prézimas, de espeasura infinitesimal Motor: Ypdg = Ue * Cay — Mi" Oy (6.1) Gorador: Ypig = Us “ay — 1H" Cay 62) — Brcoamento sem atrito, niimero finito de pds de espessura finita Motor: Ya = ta: Cay — 6 + Og Vote 63) Gerador: Yas = Us Guy — 4 Oxy < Vote (64) — ecoamenin com atrito tm todo 0 tecinto de responsabitidade da maquina de pds de espessura finita Motor: y= (ua © Cag — ts © Cay) > You (65) Gerador: Y= m+ (ue Gay — ta» 6) < Fos 0) Em primeira aproximagio podemos fazor Bibliotece Pertence va CCONDIGOES 00 ESCOAMENTO ATRAVES DAS MAQUINAS DE FLUXO 6.4 Tentativa de Célculo para Reducdo da Altura de Elevacdo para NGmero Finito de Pas Para geradores foi visto que hé umia diferenga entre energi Feeney inahepeateedpes Esta diferenga fica patente mediante o ensaio de um mesmo rotor ‘com variagio do ntimero de pfs. Através de um ensaio desta nae ‘tureaa poderiamos estabelecer a relagio entre Yo ¢ Ypa ..medi- ante um ntimero adimensional que eniominaremos de fator a. A th OCT tulo de ilustragio, desereveremos ‘um ensaio realizado pélo pesqui- sador alemio Carl Pfleiderer visan- do determinagio do fator a. Para realizagiio deste ensaio foram cons- trufdos rotores com pds radiais, Fig. 6.8 respectivamente com 4, 8, 12, 16, 20 24 pds. Ensaiados ‘estes rotores foi possivel tragar os grificos que constituem a Fig. 6.9. * Fig. 6.8 Rotor para bomba cents- fuga com és radiais. 7 Neste grifi, vemos que a= —F"* decresce com 0 sumento a =. ‘mimero de i, aproximando-se assintoticamente da unidade. Palves sejamos levados a,imaginar que nos aproximariamos mn! diigdes ideais se aumentéssemos 2. oe fee Faia norma oe | Fig. 69 Influtncin do udmero de pés em rotor de bomba ceatrfuge. LTENTATIVA DE CALCULO PARA REDUGAO DA ALTURA OE ELEVAGAO 13 Entretanto, tal pensamento nfo passa de mero equfvoco, uma ver que 0 atrito também cresceria, com 0 aumento de superficie ex- posta a corrente. Estamos assim diante de um impasse, 0 qual sanamos procurando valores razodveis para o niimero de pés, « fim de que estejamos préximos das condigées ideais, sem termos redu- zido muito o rendimento hidréulico pelo atrito, Foi assim pensando na Fig. 6.9, tracou-se o faixa dos valores ulilizdveis do falor a. que, Partimos para uma tentativa de equacionamento da representa~ ‘cho gréfiea da variagio da pressio na frente ¢ dorso da p4, Fig. 6.10 do rotor de um gerador. Fig. 6.10 Distribuigho da pressto em um rotor pars gerador centrifuge. ‘Um elemento de superficie da p& no corte meridional possui © valor b ds, que exerce no brago + 0 momento de torgio dif = = 2-Ap-b:r-ds. Como também deverk ser transmitido um momento para 2w, concluimos que ~ | o valor z= » Ap deverd ser finito. Nt a pbs Na Fig GA prosunmos represen g]|[—Mriwwane taro cato zw por ume eta, uma Yee que a corrente ¢ perfeitamente guiada, sendo 0 momento transmi- tido sobre toda a extensiio da pé. Como no caso de z finito existe eompensagio da presto nas extre- midades, principalmente na safda da pé, podemos supor que @ per- da do efeito de pressio na saida do rotor seja diretamente proporcio- s nal a0 paso fs conseqientemente "612, Repremiests da vrenlo inversamente proporcional a 2, Tinhaa de corrente, ¢ m4 ‘CONDIGOES DO ESCOAMENTO ATRAVES DAS MAQUINAS DE FLUXO. Deste modo, a perda de momento transmitido proporcional a rs ts. A redugtio do momento para um eanal seré: M. Fe Kine y onde Kye Ki=m- Ky sto coeficientes de proporcionalidade. © coeficiente Ky esté ligado 20 momento M’=2-M, que 6 efetivamente transmitido. Supon- dose que, Sf = Ap-b, onde aF 6 uma forge normal a pé, evja componente tangencal 6 aR. = Apt de, por car Se. Ht, onde dL 6 0 comprimento verdadeiro da pé. Com esta suposigio 0 momento de torgio relativamente a uma pd seri: M = Jr da= J Ap-b-1-ds, Como: Ap-b = const. pelas hipéteses feitas teremos: Mm bpd. fr de = KS, cendo 8 0 momento eatéton do fo de corrente médio, relativamente ao eixo de rotagto este modo a perda de momento de torso 6 dada por: Mo~M_ Ky-rt _ Mine Ker ts ATA um valor a ser determinado por férmulas experimentais. Como, com vasiio e velocidade constantes os momentos de torgio sio pro- Porcionais As energias espectficas, podemos escrever: Yet — You re ( v ) ay te -(144%). * VW: FE on finalmente ¥,..=(1 S) Yee Vote 6+ Foe 7 Sabemos que o aumento de impulsto tangencial 6 dado por: Gay FE Cay T= O* (lug 1 Oy) Estabelecendo relagio dos momentos teremos: ani How . 68) vs LTENTATIVA DE CALCULO PARA REDUGAO DA ALTURA DE ELEVAGAO redugio da energia meio desta expressio podemos,caleuar « redu wore ana sistemas de pés em repouso ou diretrizes. Caso em ‘specifica para : = que os sistemas, rotores ou sistemas diretores, nfo possuam pulsio tangencial na entrada, teremos: fy =O Ow 69 thie ‘Antes de encerrar, ‘eiamen sigue valores. de momentos . ‘e08 © depois algumas consideragées sobre © . O moment estético para -o transcurso radial do filete médio da corrente, vale: Para um ‘rotor diagonal em tee 100 filete médio da corrente apre- “pig, 612. Filete médio para rowr Sense un anpecto semelant wo cot da Fig. 6.12. % re rue Ba fr dent om BER 0d) wen Para um rotor axial S [————— sendo » © comprimento do filete da'corrente o'r sou rato; Fig. 6.13. as een done ipalmente do Angulo da pé na ‘safda, sendo recomendado por Pfle derer tomar seu valor pela {¢rmula: v= (05+ £4) ae (05+ 8 sendo Bs tomado em graus. (6.12) Para supereompressores com pis sob 90° estes valores podem ser aumentados de 30%. Sendo as pas curtas, (asa), podemos hogar até mais 80%. Observa-se que a forma das pés di sien, Sombinadas com as do rotor tem também infotcia sobre YA ‘austneia de pés diretrizes permite ser 30% maior do que se 16 ‘CONDIGOES DO ESCOAMENTO ATRAVES DAS MAQUINAS DE FLUXO) tisem. ‘Tornou-se evidente que os préprios sistemas diretores pos: suem valores particulares de ¥/, conseqiientemente do fator a, eon- forme vimos pela introdugio do fator a calculado mediante 0 conhe- cimento de y/. Devemos ainda aerescentar que vérios sio os pes quisadores que tém procurado de- terminar a relagdo entre Yny. € Yq salientando-se, além do cita- do Pfleiderer, A. Stodolae A. Bu- semann, que através de ensaios hipéteses também conseguiram che- ‘gar a resultados que aplicados cri- teriosamente permitem a obtengio de resultados satisfatérios. Fig. 6.14 Rotor tipo da bomba trffuga de 5 estigios, estando seu do 5 cetdgios. rotor esquematizado na Fig. 6.14, ‘presenta os seguintes dados: n= 58,25rps; De = 50mm; D, = Di = 120mm; Ds = 250 mm; Bi = 10%; Bs = 30%; €2, = 0,00» ena 4 = 000: erg o= 09. Deter minar: @) Tridngulos de velocidades para entrada e saida, >) As vérias alturas, grau de reagio e cireulacées. oO A vaso, a largura na safda ¢ a poténcia. @) Clculo dos elementos dos tridngulos de velocidade Tniciamos, caleulando as velocidades tangenciais: n= m+ 0/12 + 58,25 & 22,0 mis, = 1 De: n= m : 0,25 - 58,25 = 45,8 mje. uan- Di Temos por outro lado cag = 0,9 . my ‘Tragamos na Fig. 6.15, 0 tridngulo de velocidade para a entrada © qual force, me = 6,3 m/s, logo Ga, = 5,66 m/s, 0 mesmo aconte- Yelee) Wea) Cagleae) ogiteh agen) Fig. 6.5 ‘Tvidngulor de velocidade, ‘Exemplo. Uma bomba cen ‘TENTATIVA DE CALCULO PARA REDUGKO DA ALTURA DE ELEVAGAO uw cendo com cx = 5,60:ms. Tragamos na mesma figura os tridngulos nna sa{da os qusis nos fornecem os demais elementos. 0) Cilleulo da altura, grau de reagdo ¢ circulagdes ‘Vejamos qual o valor do provavel coeficiente a. Bs iO f0,928, ¥- (004+ = 065 +515 = % ta = (r0— 7 et rd = = 21251 = 006" _ 901208, 0.0156. _ | 4 9999-2158 v1.24 ond sar 3: 0012 Sabemos que: os como Ypig = ts’ Cy = 45,8 * 36> 1649 J/kg logo: Yue a 1.330 J/kg; ¥ = ma Ypq = 0,80 + 1330 = 1064 J/kg. ‘Todas as energias so calculadas para um cstégio. Para 00 5 estagios, devemos multiplicar os resultados por 5. Podemos agora caloular o gran de reagto te6rica para nimero finito de pés. n= ee nt You = 29,54 — 6,2" et ody B= 62 _ 9.667. pee Hy Ra 880 Para as cireulagses temos: Ty a0 0 Tea 2-0 re: tay = 0,25: 36 = 28,3 mils. 2) CAloulo da vazio, largura & poléncias Qa Di by omy 0,9 = 4 + 0,012 - 0,02 - 6,3 - 0,9 = 0,042 8 m*fs Pera o largura na safda temos: a Oe 0,082 8 = 0,0107 m.. ~FDa om 00 ~ + 0,25 + 5,06 + 0,9 18 [CONDIGOES 00 ESCOAMENTO ATRAVES DAS MAQUINAS DE FLUXO A poténcia hidréulica seré: Pa=Q +9 ¥ +2 = 0.0428 - 1064 - 5 ~ 228 kW. Adotando um rendimento total de 0,75 podemos calcular « po- téncia efieaz ou no eixo Pa _ 228 Py, = Ph = 228. so4 nw, ne 075 . PRORLEMAS 1, Um ventilador radial apresenta as soguintes caracteristicas: Dy = 600mm, Dy = 200 mm, 2 = 10 phe, n= Arps, Q = 20m%s PA = GOKW, f= 40, m= 085, p = 1.2 kein’ Determinar 2) As energins expecifiess, ) Os elementos dos tridngulos de velocidede pare o filete métio para a ‘entrada © salda, 2. Do projeto do rotor de uma bombs axial fi retirado os seguintes ele ‘montos: De ~ 300 mm, DyDs = 04, # = 4 phe, tim= 10mm, Bin = 25", Bigs — = 85, n= 24 rps. comprimento da pé na direeSo axial « = 120mm, 1 Mm = 0.9. Determinar as energias especfics, a Yaaio e as potéucian hidréul © eficns da bomba, 3. Uma turbina tipo Francis apresenta as seguintes caracteriticus: @ ~ = 10 mthy Y= 460 S?kg, n= 10r.p.a, Dy = 450mm, Dy = 630 mm, e ~ 12 phs, ‘T= 0,85. Girando 0 rotor desta turbina em sentido oposto pars obter efeito de bomba, determinar o méximo trabalho especioo de elevagho sabendo-ce que ‘= 0,75, vendo as demais carncterstens iguais as da turbine, RESPOSTAS 19) Pump Q-¥, logo: ¥ = 2500 Jike, y You = Gy = 2.940 ce, Bae oo, oni, Be 065 + Bt = 097, Ya + Ypa = 3500 J/g. 251mly w= Tm warden i Yate amy a= TH aon aaa eu) Me Be = 23,3.) Gm = emg = 4 = Eg (a teBe= Sy loge: Ba = 42.8% taba = Oe Ngee = an an ea! 2. Dy= 120mm, Dm ~ 210mm, F: Dyin = 190 mh, am = Ham indo titngulo retAngulo na entrada temos: cm ue B= BAS mls eg Egy = 885 ml ero: ws 6uy = 121g. ‘i mere Yet vata: (07+ 1,385, 13m, asp =00126m, log: a Yps ace =912 dike. r-Y,a- wie ae : 8 =F. @s= Dp) = 008040", = 065m, Je = Sem Ja = OAK mt, », Pyne Q- Ym SRW, Py. = Goi = SORW 1 aa CCONDIGOES 00 ESCOAMENTO ATRAVES OAS MAQUINAS DE FLUXO 3. Como turbine temoe: Mem Den = 19,75 mls, Yous Yo m= 391th, Ype= us tey eu = 10,75 mis, logo: By = 90%, ‘Como bombs: Por inversto dos trkngulon de velocidade temos Py = 20> Yt ~ 391 Jt, ont4 He Be ER, com Wm 7 + Oo 5, ntare 8 =H = 0003, “logo: a = 1,543, Yodan Yoe = —ZE = 258g. © ‘tabalho especitico méximo de elevagio serk: Y = Va mn’ = 190 Jike. aot ain, gu stad bogbe ste do bomb wade 'un vol de wi Ve é Je hina eros neste se cn stn tra somes do tubo ean tn ent dot pe Baca far ee noes goo ae ttn tp Prana or moti ga {amos uma toa bombe-tirbina devemos tomar somo base proieta da bombe, Teoria da Asa de Sustentacao Aplicada as Maquines de Fluxo Capitulo 7 Os métodos de célculo para 0 eonjunto de pas que denominamos grades! e rotores radiais, foram, desenvolvidos nos ‘ltimos ccm anos coordenada natural, tomando uma linha de corrente média, » qual znos permitiu determinar duas equagoes de energia, uma para méqui- has radiais e outra para méquinas axiais, Normalmente para che- garmos 00 Yq partimos do Y e de coeficientes empiricos como rendimentos ete. ‘Nos iltimos sessenta anos foi desenvolvida a teoria do vo que se preocupa somente com uma pé isolada, a asa do avitio, que deno- ‘minaremos asa de sustentagdo. Esta teoria da asa de sustentagio foi aplicada partir da 1940 no efileulo das méquinas de fluxo que ‘possuem poticas pés, como sejam, turbinas, bombas ¢ ventiladores ‘axiais, apresentando bons resultados. 7.1 Fundamentos da Teoria da Asa de Sustentacto ‘Na Fig. 7.1 representamos um perfil de asa de profundidade b comprimento L. ‘Admitida uma dirego horizontal para a corrente nio perturbads, ‘este perfil, ou melhor a dirego.de sua corda forma com a direcho da corrente um Angulo @, denominado dngulo de alaque. A diresio da corrente néo perturbada 6 dada pela diregio da velocidade wo, ‘onde o simbolo © representa a nfo influéncia do perfil sobre a dire- ‘¢8o da corrente, Devido & variagSo da pressio entre as partes in- 13 TTEORIA DA ASA DE SUSTENTAGAO ferior e superior do perfil, nasce uma cireulago em tomo da asa, Na figura representamos com sinais + na parte inferior ou lado de estagnagto da asa, ¢, com sinais — © lado superior ou Indo de suogéo da ssa, Esta circulagéo provoca © aparecimento de uma forca nor- ‘mal A asa, que por sua vex pode ser decomposta em duas, uma normal ‘we, denominada forga de sustenta= gio Fy, © outra na diregio de vx denominada forga de arrasle Fy, Correspondentemente, pelo princt= io da agdo e reagio, a asa atua sobre 0 fluido com, as forgas de Fig. 7.1 Asa de oustentagio, reagiio Fy! e Fy. Estas forgas podem ser determinadas, por exemplo, através de balangas de duas componentes, sendo os perfis eolocados nas edma- ras de ensaios dos tineis aerodinfimicos. Deste modo podemos rela- cioné-las com auxitio de coeficientes, as dimenstes construtivas dos perfis,¢.a chamada pressto de estagnagio: ay (7.2) (7.3) equagaio do momento relativamen- te @ um eixo pré-fixado, normal- mente passando por 0, Fig, 7.2. M=r-(P,*cosd + Fy - send) ou (7a) M=Cn-p-S-L. (75) ‘Nesta equagio Cy 6 um coe- ficiente médio, Os coeficientes C, © Gz sito denominados. respectiva- ‘mente de coeficientes de sustentacio © cooficientes de arraste. A cur- Fig. 7.2 Forgas © distsbuigto de va C.= (Ce) para varios ngulos _pressto em ume asa de wustentario, FINDAMENTOS DA TEORIA DA ASA DE SUSTENTAGAO - as . curva polar. Define-se como cocficiente de ceacorregamento a relagho: be & (78) tween Na Fig. 73 representamos a curva polar ¢ 0 valor de fain.» COF respondente A tangente, a curva passando pela origem. 0 coeficiente de escorregamen- to mfnimo possui valores normal- mente comproonidos no intervalo 0,04 < nin, $0.08. Justarente par +a 08 chamados perfis normalizados Gottingem, (Alemanha), ¢ NACA, (BUA), os quais pocsuem suas ea- ricteristioas padrbes especificadas fem tabelas, fais como as que 8° encontram no final desta. publica ‘glo, Por estas tabelas notamos que geralmente a relagio L/b = 115, pois trae do peti norma: seem wedot no 7A. eae ya] be ed asas so as pas que no possum arestas laterais livres, pois, inte- ‘riormente temos 0 cubo € exterior- mente a careaga, Fig. 7.5. Em vir- tude da inexisténcia da corrente Fig. 74 Ase do muteniagio wanda. 1 osposigiio em tomo das cita- rote ‘das arestas, he gear a = 1/~. Deste modo, as polares calculadas part Mt se elon conigidas segundo torias de traneporigio, como iam as de Prandtl ou de Pantell. s juinz luxo axiais, segundo # teoria Oe ee amon inkialente cnet fg oe, 8 TTEORIA DA ASA DE SUSTENTACAO , = $(@), para o perfil escothido. Estas fungées sio estabelecidas or anélise estatistica de ensaios sendo sua forma geral do tipo: Yate. Comat 46-8. 7) Nesta formula ymis, é a espes- ‘sura méxima do perfil, a e b cons» tantes numériess para uma familia de perfis. Coca Na Fig. 7.6 fizemos uma re- presentagio aproximada da ft Fie 15 fon de mma main Cs = 1), ual non perme méquinas de fluxo, ‘uma idéia dos valores de C,¢ € para . i 08 quais o perfil funcic bigsiccid da figura indica que se trata na realidade edi feu curvas, uma ves que cada perfil apresenta um comportamento ca- | Perfil A I | 1 | Catt (2a) me 1 ae Fig. 7.6 Reprosentagio de curvas tipicas para asa de sustentagéo, racterfstico. No campo em que hé boa estabilidade da sustentacio, temos: 0,2 < C, < 12 : a 008 << 008. S$ 1,2, com coeficiente de escorregamento entre CCONDIGOES DE EQUILIBRIO DA TRANSMISSAO DE ENERGIA as 7.2 Condigdes de Equilibrio da Transmissdo de Energia em Méquinas Axiais ‘Tomando como exemplo, uma bomba axial, representamos os cortes longitudinal ¢ transversal desta, mfquina na Fig, 7.7. i Estamos interessados em estudar 0 comportamento da corrente no recinto entre os sistemas de ps do rotor e do estator. Para tanto feja um ponto P deste recinto, para os quais temos ns componentes ‘tangencial c., meridional cm @ radial ¢r da velocidade absoluta ¢. Segundo Pfleiderer em primeira aproximagio, podemos, desprezar ual nfio concorda Strecheletzki que provou maatematicamente que sem a existincia desta componente, néio é possivel a transmissio da energia entre pé e fluido. Desejamos, ‘naturalmente, que a p& transmita em cada estagio ow corte cilindrico ‘a mesma energia, o que é uma condigao de equilibrio. Para as estaghes i, m, ¢, arbitrariamente fixadas, ¢ para qualquer ponto do citado recinto vale # ‘Equagiio de Bernoulli. dp +e: de=0. Fig. 7.7 Bomba axial ‘A cxisténcia da componente ¢, fornece: eee pope ‘As equagdes reunidas permitem escrever: ode arm @s) Esta equagio 6 a condigio de equilfbrio que buscévamos. Conven- ‘cionando que no reeinto exista um vértice potencial ey + r = const dat demo, 9) ‘Esta equagao ¢ a (7.8) fornecem: (ct = cx!) = d{en*) = 0 0 que implien em termos cm = const. Admitindo a condigio de equilibrio © o vértice potencial no recinto entre rotor e estator, a componente meridi : Gendaue mnente meridional da velocidade Esta distribuigto ¢ muito freqiente nas méqui axis, méquinas de fluxo axiais. Botrotanto, alertamos que sio possiveis outra leis de distribuisso, A lei geral seria aquela fornecida pelo vértice geral: “r= const., onde n pode ser um nimero qualquer. Para 0 aso Partar de ‘n= 1 vértioe potencial ¢ componente cu = const 24 rotor deve possuir uma to ja veri aie seat sores reo para que seja verificada a You = Wc, = const, Assim, conforme mostra a Fig. 7.8, temos iy tikeguce do wedded Hees Fig. 7.8 Tridngulos do velocidaces para as tris etaptes, AMALISE DO CALCULO DOS SISTEMAS DE PAS ww Como exemplo do vértice geral, vamos analisar 0 caso em que por necessidade construtivas foi imposta as pis do sistema diretor, Situado apés o rotor de um ventilador axial, um angulo az = const, para toda a largura, o mesmo ocorrendo para a safda com as, Neste ‘caso, uma anélise snalttica nos fomnece c= -5* para qualquer ‘ridngulo, Fig. 7.9, logo, ‘008 a ss es 04 = const. (7.10). Resultado que nos leva a coneluir que n= cosa, ou 0 Dew Segundo a Lei de KutaJou- kowski, tragamos um tnico tridn- SP qulo de velocidade, que vale simul- taneamente para entrada para sufda do sistema, Fig. 7.1 Este triingulo, segunda i ci- tada ei, corresponde ao ponto =, situado aA, dos pontos 4 ¢ 6 Fig. 7.11 Sistemas de sca de sus- 40s trifngulos originais, os elemen- ‘entagio para bomba axial. tos deste tridngulo si os corres- Pondentes a asa de sustentaco, u, EQUAGAO RESULTANTE DA TEORIA DA GRADE E DA ASA ae We) Coy Gm @,, Bo. A asa ou p& pode ser um perfil normalizado GO ou NACA que forma com a corrente um Angulo construtivo, 8, com a horizontal, valendo 6 = B= +9 para a modalidade goradora, ¢, 8 =Be — 9 para a motora. Como jf vimos # forga de susten- tasio F, 6 normal a wa, sendo sua componente horizontal a forga propulsora, Fy = F, + sen Ba. 7.4 Equacio Resultante da Teoria da Grade e da Asa de Sustentacio Esta equagio ¢ obtida através de uma igualdade das forgas pro- pulsoras F.. Como pela teoria da grade Fy = p-Q- Ac, ¢ pela -senBe = C.-L -b- P22 sen, ‘asa de sustentagio Fy ‘obtemos: PQ: Au=p C.-L ran) Resumidamente a seqiéncia para o efleulo de uma méquina axial com auxflio desta férmula 6 a seguinte: — Determing-te inicialmense q, D., Ds com aurttio de gran- dezas adimensionais que serio posteriormente definidas. — Traigam-se 0s tridmgulos de velocidade para as virias este- .8es eorrespondentes i corrente no perturbada. — Com Yqu £ € n, sho ealeulados os valores de C, + L. — Escothido 1, ealeularse C,. — Fixadas as eapessuras yur, caleula-se 3, — Finalmente, so ealeulados oo Angulos construtivos 8. 0 TEORIA DA ASA DE SUSTENTAGAD 7.8 Comparagio Entre Pas Construtivas em Perfil e em Chapa Devido a dificuldade de fabricagio e elevado prego das pés cons- ‘trufdas em perfil, pensou-se na possibilidade, em certos casos, em substitut-las por pés em chapa de ll 7 ‘espessura constante, Eck realizouw pesquisas em ventiladores tentan- “ do descobrir em que caso torna-se r indispensével 0 uso de perfis. Che- gou a conclusdio que somente hé ee vantagens do perfil sobre a p& ém chapa para ntimeros de Reynolds maiores de 80.000, Além disto, a Vantagem s6 se apresenta se 0 per- fil apresentar um acabamento tal Fig. baat eras forma que as elevagdes sejam inferiores a 7 i 0,010 mm. Quanto A forma mais | aconselhavel para a p& em chapa, chegou-se que ¢ 0 arco de efreulo Fig. 7.12. Jé foram desenvolvidos dia- ‘gramas polares para pis em cha- PA que encontra-se na segio das tabelas. potnere Na Fig. 7.13, representamos vum diagrama do coeficiente de sus- ‘tentagilo em fungéo da relacio //L. Exemplo. Determinar a8 de- ‘mais earacterfsticas de um venti- oat Jador axial sendo dados: ee Fig. 73 Curvas earscterstions dos perfis em chaps, n= 47,5 rps, DiD, = 0,5; D, = 460 mm; Q = 2,28 mis; 2 = 9 pls; Y = 593 Jikg; p = 1,2 kg/mt; m = 0,75; ma = 0,80. Desenvolvemos 0 efleulo para 4 estagSes © colocamos os resul- tados na Tab. 7.1, cujas colunas foram assim preenchidas: xi ass. 20 80 10 60 RI) s|'/8 9 8 8 «(seb gaa Hw) sae as iE [PERE AT lEteeee || sl"|b S88 ie) sl8|2328 3 B)>| jfile a 82 i z S282 m0 w Eat, ’ gl «lpg 2222 R)2 |'aaa4 SB) e lgjea2 2 Bla lies z\- |gea58 ele [lees n\T ilgega el. |ilpgae al 8828 1a TEORIA DA ASA DE SUSTENTAGAO T — Fixamos as estacoes, #, a, 8, ¢; If — Caleulamos os didmetros para as estagées; III — Caleulamos as velocidades tangenciais através da equagdo: wan Din lsd ¥ _ 503 IV — Temos You =F = GiGy = TALJ/kg. Com este valor 6 ‘a velocidade tangencial calculamos para as estasdes YA. dc, = te = Hh Por continuidade temos: pe eed d 4-228 "ORS (DE Da) ~ O85 = 0,40" 0.25)" cm = 21,5 mis, onde 0,85 ¢ 0 fator de estrangulamento adotado. Com estes elementos foram desenhados os tridngulos de velocidade para as estagoes, Fig, 7.14. 4 rs % ve Fig. 7.14 Tritingulos para as 4 estagdes V — Dos trifingulos de velocidade Fig, 7.14 retiramos os Be VI — Dos triingulos de velocidade retiramos os we. VII — Com auxilio da equagio:C, - 1 = 4-* You _ 3.46 ealculamos os C, + L. Po VIII — Caleulamos os passe 1 = 7 — 9.249 . v. IX — Fixamos as relagtes L/t, deerescentes do cubo para o exterior. X — Caleulamos 0s varios L. XI—Como eonhecemos o produto C.-L para as estagies, ealculamos 03 valores do coeficiente de sustentacao C ‘COMPARAGAO ENTRE PAS CONSTRUTIVAS EM PERFIL E EM CHAPA us XII — Fixamos por resisténcia dos rhateriais 08 yaus, Para as estag6es, maiores no cubo. ‘XIII — Calculamos os quocientes ymis/L. i XIV— Como vamos adotar um sé perfil o GO 490, onde (yusts/L)perts = 0,96, teremos um fator de engrossamento _ tntalb *= “096 XV — Calculamos 0 produto a. Ys, para o perfil eseolhido a= 48. XVI — Calculamos 0 produ- to b-, para o perfil escolhido > = 0,002. XVII — Caleulames os Aingu- los de ataque através da férmula com 4 Yale 4 0.002 - 8, XVIII — Caleulamos os Angu! Jos construtivos 6 = Ba +9. ‘Estes Angulos permitem fazer ig, 7.15 ‘Tragado dos perfis pars © tragado dos perfis nas vérins 0 4 eatagten. cestagSes conforme Fig, 7.15. XIX — Retiramos dos tridgulos os Aingulos are, para que seja possivel o tragado do sistema diretor. XX — Caleulames os vérios Nne, = “L w ‘XXI — Calculamos os varios ‘graus de reagio p, = —>-, uma, ‘vez que podemos retirar dos trifmgulos de velocidade os valores de ws, Se desejamos a poténcia deste ventilador, ealoulamos inicial- mente a poténcia hidréulica: Pr=Q: p+ ¥ = 228: 1,2 593 - 10 = 1,62kW. x Py _ 1,02 A pottncia eficas seré: Pu = 5° = Gig ~ 2IOKW. Logo 0 motor elétrico deverd ser de 2,5 kW. ue ‘TEORIA DA ASA DE SUSTENTAGAO RESPOSTAS PROBLEMAS eo eee ots, | val {a ee ee ae 1. Um ventilador axial com sletasdiretoras antes do rotor possi as seguintes =n te =| genus | erase | rane saracterstcns: D, = 300mm, Dy=08-Dy p= ISkem, n= strpa, nm = 135%, Be = 35%, ony cmp 2 = I2phs, Q= 1.10mi, J, = G90, Fo s-| as | 1130 = 700 kx, tm = 0,95, m= 0,70. Usando perfil GO 428 fazer um eAleulo pare 6 | ooms | om | 0406 oo 8 estaptes Dy, Dm = 0,240 m e Dy apliando a teorin da asa de sustentagdo, tor s | cows | oar | oss 4 | 20 i mando (Ymtxh = 6mm, (ymtx)m = 5mm, (Ynacle = 4mm. saa ley aa 4 | mo | 135 2. Um rotor de estdgio intermediério de um turbocompressor axial apresenta, 4 | 6,080 — 9 seguintes caracteristicns: py = 1,0, D = 600 mm, You = 1000 Jee, Cs = 0,5, pop td L= 0mm, = AO pha, Determinar a rotagho do urbocompresur oe 3. Tendo por base o grau de reagto, eequematizar os sistemas de grades 2. Cy Lewy = A, fstator, rotor, bem como os tritngulos de velocidade para os seguintes case eZ 4) Ventiador Siro. awe ey 4) aan a th» Papoe de sake pgp-recte. ie ae ©) Turbocompressores axinis ¢ radiais, oa ea 2 teats = 0.0m, | & Tusbinas: Francis, Pelton « Kaplan. Oe ae 4) Bombss: centefuga, axial ¢ diagonal RESPOSTAS. 1. P= p-Q- ¥ = 886 W = 0,886 KW, Pa Peo aa kw, % 40 Mee Demat: Diy dese Te 10 9, - ee mk, ‘Com estes elementos preenchemos Tab. 7.2. Tal 72 Resvirapes po Prosuna 1 Ee ee ee =| = [om [ims fens] me | mo | im | m= | # [080 | 2.5) 308 | 31,5 [41,0 | 00172] oar 2 | 0,005 | one m | 0.240 | 430 | 23,25 | 25,0 | 63,5 | 0,085 9| 0,063 0 | 0,057 5 | 0,700 # | 9300 | 538 | 1886 | 20.0 | 70,0 | 0,038.4] 0,078.6 | 0,050 | 0,767 Semelhanca Aplicada as Maaquines de Fluxo ee Capitulo 8 81 Méquinas de Fluxo sob Grandezas de Funcionamento Alteradas ‘Freqilentemente, acontece que uma méquina de fluxo ealoulada Para determinadas condigdes é posta a trabalhar em condigées dife- Fentes, Assim, 6 bastante comum uma bomba trabalhar com rota~ sio diferente da prevista pelo céleulo, ou uma turbina trabalhar om queda menor do que a prevista ete. Para fixarmos desde jé o Problema, sob o ponto de vista analitico tomaremos o exemplo de uma bomba centrifuga de alta pres- ‘sio, cinco estéigios, acionads por um motor de velocidade varidvel entre my = A - ny. Estamos interessados em de- terminar equagdes que fornecem relagoes de alturas, vazdes e potén- cias em fungio de relagdes de vo- locidades. Para tanto, seja na Fig. 8.1 exquematicamente 0 rotor de um dos estgios da citada bom- Fig. 8.1 Rotor do uma bombs ba, com seus respectivos trifngulos contefuka. do velocidade para a rotagio m © na. ‘Como a rotagio foi multiplicada por A, os elementos eineméticos dos tridngulos também foram multiplieados por A. Utilisando a equagio fundamental teremos: Yim ts, ary LO = ty + Cay, “wr “TWPOS DE SEMELHANGA ogo x _(m). aa 7 Ge Para as vazées, tendo em vista que elas sio proporcionais & componczte: tc Qu = 4 Deb emg, © Qr= Deb: ems, logo: Qu. Stew Oe em ; Se pelos tridngulos temas: "= pp © que resulta: ou 62) a Finalmente, para as poténcias, teremos: pu _ 9 Qu: Yn “pp Q Nh logo: pu. (20) 2) = al ‘As férmulas deduzidas podem ser aplicadas as turbinas Sate ue a variével indapendente neste easo e 0 trabalho especiion Y- ‘Todag‘cotas {6rmulas sio teGrieas uma ver que no se fx quala mengio a rendimentos. 82 Tipos de Semelhanca Jinas de fluxo a e b, Fig. 8.2, sho geometricamente se- nthe, ren tote 1s dimensbes Ly ¢ Ls correspondentes, exis- tir tuma escala linear constante. Assim Ja Pe Pm I= Th" Dy * Dy ant SEMELMANGA APLICADA AS MAQUINAS DE FLUXO A ‘A concepcao para se comple- tar deve estender-se até as rugosi- TT dades das paredes, 0 que vem de- ‘monstrar que 86 aproximadamente ‘temos tal semelhanga, ‘Duas méquinas de fluxo ae b, Fig. 83, so consideradas cinema- ticamente semethantes, se pontos correspondentes das méquinas per- correm.disténcias Lye Ly em tem- os 4 € t de tal modo a existir ‘uma escala de tempos constante eee ig = const. Inn of ty Duas méquinas de fluxo ae sto consideradas dinamicamente semelhantes, se em pontos corres- pondentes das méquinas existirem forgas: tais que seja estabelecida ‘uma eseala de forcas constante: Fe k= py = const, Como em méquinas de fluxo interessam principalmente as forgas de inérein e as forgas de atrito, te- mos: Forgas de inéreia: Fig. £3 Semelhanga cinomética, a Fem: wp-1 ce Forgas de atrito: “TWPOS DE SEMELHANGA ws Estabelecendo as escalas de forgas respectivamente para as for- a8 de inéreia ¢ de atrito temos: Forgas de inércia: Kew Peat att pa dt pe ath pe Forgas de atrito: P= pa Tad ty > po Le te ‘Como estas escalas devem ser iguais, resulta: Ka= ails oD 64) Onde Nyx 6 um niimero puro, denominado Niimero de Reynolds. ‘Podemos tirar da (8.4), duas conclusdes: — Para haver semelhanga dinimiea 0 Np, deve ser 0 mesmo para os sistemas ae b. — As méquinas de fluxo-semelhantes, podem trabalhar com fluidos diferentes, expresso na férmula pelas viscosidades cineméticas y<@y» Assim, ttma turbina hidraulica &, pode trabalhar com égua, sendo seu modelo, a méquina a, ensaiado por exemplo com ar. ‘Alertamos que nem sempre 6 possivel eonseguir-se a igualdade do Nps que # teoria exige. Seja o exemplo de uma turbina hidréu- liea que deverd ter um didmetro Ds, devendo ser investigada por ‘um modelo linearmente 5 veaes menor, De = Dy/5. Para 0 mesmo ‘fluido na méquina ¢ no modelo temos: e+ Da = Cy" Dy OW thy * Dy = us * Dy Load SEMELHANGA APLICADA AS AQUINAS DE FLUXO Se ® rotagio da turbina 6 ms = 10r.ps. teremos: -; + my = 25-10 = fem py = 25 me = 25-10 = 250 rps. Uma rotago to elevada ¢ inaceitével para uma turbina hi- arkulica, Tal convengdo resulta o modelo trabalhar com Nge, menor que ‘ods méquina, conseqiientemente seu rendimento seré menor. A determinagio destas perdas hidréuilieas em fungio do Nze, foram feitas em muitas experiéncias, Relataremos aqui os resultados das Pesquisas de Chistyakov, em turbinas Kaplan, sendo que os Nre foram ealeulados tomando 'D = Dy e¢= ca. As consideragdes, em prinefpio, valem para os outros tipos de turbinas. Na Fig, 6 as. mm) og t. ie <— SS EJ oa Boo] Mee soup Fig. 8.4 Resultados dos ensaios em turbings Kaplan executados por Chistyakov. oer ao F 08 resultados desta pesquisa, tendo sido colocado no eixo vertical as perdas relativas $= 1m € no eixo horizontal os Nye calculados tomando-se velocidade e didmetro médio no rotor. Sobre a curva foram marcados os didmetros D,. Observemos ‘que variagho brusca oeorre para Dj = 460 mm, Citamos, ainda {érmulas de transposigio para as perdas relativas, elaboradas & base de andlise tedriea e estatfstica de um grande nimero de ensaios. — Formula de Canaan: y 65) i N Fr = 08 +055 (iz: (8.6) 8.3 Grandezas Relativas ‘Nas Eqs. (8.1), (6.2) ¢ (8.3), podemos convencionar Yr=1ike Hu=¥, Qu=Q Pu=P, many =A Pr= Pr ‘Onde, as grandezas sem indice sio as originais e as com indice 1, as grandezas relativas para s méquins trocando um trabalho espectfico Y; = 1 j/kg. Disto resulta: Velocidade relativa: m= Gr en Vaso relativa: = Qi = wr 68) Poténcia relative: Py = ae 69) i i sistema Inter- Como a literatura eléssica sobre o assunto nko uss o Sistems acional, mas o. Técnico, as grandezas relativas sho efinidas para ‘Hy = 1m resultando neste sistema, para as grandezss_relativas: n= a (8.10) a=. 1) P, @.12) 8.4 Velocidade Especifica yuando uma méquina cuja dimenséo caracteristicn ¢ D troca Seat ie once 3 Py Qs dados pelas relagdes (8.7), (8.8), (8.9). Se fizermos um modelo, ‘D,, geometricamente semelhante a citada méquina, Fig. 8.5 que quan- do trocando também tem trabalho espectfico de 1 J/kg ¢ tendo a mes- ms velocidade tangencial seja stravessado por uma vaso de 1 ms, a SEMELHANGA APLICADA AS MAQUINAS DE FLUXO fn, este modelo teré uma rotagio ny 42) que denominaremos rotagto espect- SP fica, Esta rotacdo especifica seri dada pela relagio que a seguir de- duziremos: Mn, aia Di, ng logo: ei wD (GD Como para o mesmo ¢q a8 va- 28es esto entre si como os quadra- dos dos didmetros, podemos es- (8.15) ‘Como numericamente o efleulo pela Eq. (8.15) resulta um valor bastante pequeno, & conveniente tomarmos um valor maior, eonforme propse Addison: yt = 108 ny 6.16) Na literatura em que & usado 0 Sistema Técnico de Unidades, io comumente definidas duas rotagdes cspecificas, uma relativa a poténeia, nx, © outra relativa a vaso, ny. A primeira € definida como sendo a rotagio de uma méquina semelhante a original que sob a queda de 1m fornece uma poténcia de 1 GY, pe nan a (7) _ A segunda, como sendo a rotacio de uma méquina semelhante a original que sob a quoda de 1 m 6 atravessada por uma vaaso de 1 m/s. we Pi ca (8.18) TM “GRANDEZAS UNITARIAS. 1a Podemos reunir as Eqs. (8.17) (8.18) resultando: my = 0)115 5 + (Y= m)!* > Maes 19) ‘Vemos assim, que o nw é uma grandeza especifiea que depende {do fluido, ber como do rendimento total da méquina. Esta gran- dean somente permite comparar méquinas que trabalhem com o mesmo fluido e de mesmo rendimento. © mesmo nfo ocorre com © Mey Nea € Mee que permite uma comparagso geral entre as vérias méquinas de fluxo, ‘A relagio entre as grandezas definidas para o Sistema Inter- nacional e 0 Téenico so as seguintes: = yas? (820) maa = 3+ Nay (8.21) na = 25,9 4 __ (6.22) = cr we 8.5 Grandezas Unitérias ‘Se em ver de fixarmos para a méquina semelhantes condigdes ligedas a potdncia e A vaaio, fixarmos dimenstes, por exemplo Dy’ = = Lm, Fig. 86, obtemos: uar-Dener ny! ov n= 3 8 af : in =Dvnph va 3 (823) Denominamos esta velocids = — a de de velocidade unitdria, A va- Y iio unitéria eck: ee a "Gan oe ba + y is, yap 6H) in Para a poténcia temos: =a 625) Grandezes unitérias. =D 14 SEMELHANGA APLICADA AS MAQUINAS DE FLUXO 1 Como podemos escrever, Yi* n+ D, considerando jn" com fator de proporcionalidade, temos as seguintes relagdes: Boab (8.26) Q= QF: Y"- DF on Quan Dy 627) P= Pi: YDS p ou P~nt- Ds, (8.28) As Eqs. (8.28) até (8.28) podem ser tisadas também no Sistema ‘Téenieo do Unidades, desde que fagamos ¥ =H © p=y. Observamos ainda que na Eq. (8.25) a massa espectfiea p foi ‘introduzida unicamente para tomar a grandeza poténcia unitéria, dimensional, 8.6 Caracteristicas Adimensionais Nos exemplos que temos apresentados vimos a neeessidade do conhecimento das grandezas Q © ¥ ow Yz« para a elaboragio do pro- jeto de u'a méquina de fluxo, Esta necessidade oriunda do fato ue a partir de tais grandezas podemos obter outras grandezas como: didmotros, velocidades, ete. A ligagio entre as grandezas conheci- das © aquelas que serio determinadas ¢ feita através de coeficientes adimensionais obtidos por ensaios em modelos e méquinas para as condigdes Gtimas de funcionamento, Analisaremos algumas destas earacteristicas procurando ligé-las A earacterfstica adimensional jé introduzida ng Assim, denomina-se coeficienle de pressto de uma méquina de fluxo a relagio entre o trabalho espectfico © a energia especifiea de correspondente a velocidade tangencial do rotor 2-¥ v-2. 629 Dependendo do pesquisador, a velocidade que aparece na f6r- ‘mula, Pode ser relativamente ao didmetro interno, médio ou externo, ‘Nesta publicagao trabalharemos na maior parte das vezes com 1. Denomina-se coeficienle de volume a relagio entre a vasio da maquina e uma vasio fietfcia obtida pelo produto de uma segio do rotor fixada, pela velocidade tangencial para esta secio 4:Q (8.30) 1s CCARACTERISTICAS ADIMENSIONAIS ili =Dcu=te Normalmente nés utilizaremos D = Ds ; ie a entre a poténcia Denomina-se coeficionte de potencia a relactio sfieas e a poténcia ficticia dada pelo produto da segio do rotor por ut p/2, logo: Para méquinas motoras: Q-p-¥-m Pu=Qsp Yom N= pee a a Raver 2D Para. geradores teremos: = ™ ne i s Denominane-se respectivamente corficionte de velociade ditmetro os coeficientes definidos pelas relagbes: o = Gps coeficiente de velocidad; 633) = PS, eoeficiente de ditmetro. 6x) 5-4 Estes novos coeficientes foram introdusidos tendo por base 0 que segue: spe ae V=a pow 8 Po Don Destas duas equagdes resulta pela eliminagdo de D: . o= 2m, (8.35) Deste modo, vemos que o coeficiente de velocidade nada nae 6 do que a rotagio especfen maltplienda por uma constants demos nas equagoes de ¥ © ¢ eliminar a rotagio n, resultan ae 30) = 1056 + Gur P (8.30) Tata exprowiio mostra que ¢ eveficiente de ditmetro, ¢ uma za dimensional proporsional ao dimetro, ou melhor & ums Fimensto construtiva da méquina, A relagSo entre 5 6 my 6 & aa 5 = Qt ne wy al ‘a SSEMELHANGA APLICADA AS MAQUINAS DE PLUXO No final desta publicago reunimos em forma de gréficos as caracteristicas aqui definidas, as qusis podem ser utilizadas em pré- dimensionamento das méquinss de fluxo, Exemplo 1. Uma turbina tipo Francis, eixo vertical devers, apresentar as seguintes condigbes: Y = 1090 J/kg; Py, = 87.500kW; = 4,17 rps; = 0,00; D, = 2.350 mm, Para os ensaios foi construfdo um modelo desta turbina de Dom = 320 mm que quando ensaiado com Ym = 147 J/kg apresentou ‘tm = 0,80. Determinar: @) Grandezas unitérias, ») A vaaio © a poténcia eficaz do modelo. ©) Exprimir os quocientes QiQm€ Pu/Psiq ¢m fungées expo- nenciais do produto n - Dy, @) Céleulo das grandezas unitdrias n-D _ 417+ 2,35 m= rae = pgp = 0,207. Como 37.500 - 108 Pam Qo: Ym temos Qa 37500 10 = 38,2 mips. Assim: eG i SRR, Q! = San pe = Topo ager = 0.2005. Pp P 37.500 - 10" = Pt _87.500- 109 YD p = Tove a357 Tor ~ 01887. Para ealeularmos a rotagéo do modelo, podemos utilizar a f6r- mula Dr: tm m=, logo a, = 2207 — 2) Célewlo da vazdo ¢ da potencia do modelo Como conhecemos as caracteristicas unitdrias, temos Qn = Qi! + Fr - Da? = 0,209 5 - 1471" - 0,328 = Pam = Qn > Yn * nim = 0,238 - 10° - 147 - 0,8. = 28.000 W = 28 kW. ,260 mi/a, CCARACTERISTICAS.ADIMENSIONAIS 7 ©) Determinagtio dos quocientes 3 ‘A equago de proporcionalidade (8.27), permite escrever: Q ae n-D On ie De fazendo as substituigdes temos: 38,2 n:Dt 4,17 - 13,0 pe ee Bes we. Gen pe 7108 ope Tar 00027 Deste modo temos K = 1,09. A Eq, (8.28) de proporcionalidade, nos permite eserever: 4,17 . = AIT 2:35" _ 1 080, T27* - 0,32" Neste caso o fator de proporcionalidade seré: Ky = 1,10. Exemplo 2. Tomando-se como modelo para ums turbina 5 vvezes maior de ¥’ =980 J/kg, a turbina tipo Francis eom espiral que possui as seguintes caracteristicas: = 0,160 m'js; ¥ = 93 J/kg; D= 250m; — by = 0,60 m; n=125rps; m= 08 5 veres maior. Determinar todas as caracteristieas da turbir i © problema pode ser considerado como o inverso do anterior. Calcularemos inicialmente as caracterfsticas relativas para a turbina que serviré de modelo a | 125 ; m= So gr 71296; 9 _ 210 _ go166; Q = “yar = “Qgee Pa O-P-Y nM 155, PL 18 SSEMELHANGA APLICADA AS MAQUINAS DE FLUXO A rotagéo especifica desta mesma turbina seré: Que 0,160" Oe = 125. & yam m= 29 + “pax = 0.167 Nea = 108+ ne = 167. As caracterfsticas unitdrias serio: n-D _ 12,5 - 0,250 nt = ye = So 0,324; oii cal 0,160 _ 9 065, ON = pa Be = Bae age 7 OPO pre—_P 11904 YR Dp GR ons age ~ O71 W- Como conhecemos o Y. da méquina, no caso ¥’ = 980 J/kg vamos calcular a vazio tendo em vista que D’ = 5 - D = 5 - 0,25 = = 1,25 m, Y= Qi = YD = 0,265 - 980" 1,25" = 12,9 mis. A poténcia hidréulica serd: Pu = Q!- p> ¥' = 12,9 10%. 980. 10" 12642 W., Se ealeuléssemos pela equago: Pa = Pi - Y- Dt p = 0,212 + 10-9 - 980! - 1,25 - 108 = 10162 kW. © quociente destas duas poténcias deve ser igual a0 rendimento total do modelo, que nas dedugées foi suposto igual uo da méquina. 10162 De fato 79649" ~ 080. ‘Como podemos esperar um rendimento da méquina maior, talves 0,90, a poténciaeficax deverd estar em turno de PZ, = 11.050 kW. Exemplo 3. Caleular um ventilador subendoe que Pe = 0,25, D. = 0,400 m, n = 58,25 rps, 0 = 2,9, 6 = 12. Iniciamos ealeulando a rotagao especifica. m= 3h 1,381, ng = 1381, ventilador axial. CCARACTERISTICAS ADIMENSIONAIS 3 3 5 3 i i 3 Eg Tab. at a) |eeae Jalejeeee [-[s|aeee s['lasga -\,|eaa2 s|*|8838 e|F|ee22 <|tfaa2a a|/g2a8 22338 2a88 Nr, on 2,50 - 108 348-108 Aan - 10° 1,76 + 108 6350 3375 19,87 1485 95 475 137 435 0 a 404 370 0.886 1,000 0.985 910 “ SSEMELHANGA APLICADA AS MAQUINAS DE FLUXO. Com auxilio das Eqs. (8.37) e (8.34), temos: 1 Y= Gorey 7 91082 6; yt _ 0,089 gut e- Ve e 12 = 0,199. Podemos agora, ealeuler Q, Y © ¢ay uma ver que te = 73,2 mis Fig. 8:2 Trilogulos de velocidade ¢ tragado do rotor para o ventiludorealeulado, PROBLEMAS, vet y = Low _ 20826-0026 220 sae: eae ziDe ie = 0,199 + 0,126 - 73,2 = 1,84 mis. ‘A velocidade meridional seré: a= @ = 1 = irs ni. 2— De)- Ee i” Fe — De) 09h +015 - 0.9 Com estes elementos preenchemos a Tab. 8.1, do mesmo modo como fizemos para a Tab. 7.1. ‘Tomamos: y You = gag = eaike © perfil escolhido foi 0 GO 428, onde yme/L = 0,085 5;4 = 4,8; b= 0,092. Nosso ventilador teré 4 pas no rotor. s tridngulos de velocidade, bem como o desenho de ventilador ‘esto representados na Fig. 8.7. PROBLEMAS 1. Um modelo de turbina possui as seguintes carncteristicas: Put.= 18,6 kW, D= 688m, Q=034mis, Y= 265 Jikg, n= 3 rps. Desejase constr ‘uma turbine geometricamente semethante de didmetro 1,20 m que fornesa uma pottncia no eixo de 653 kW, pedese: 4) A rotagho especificn, as caracteristions unitérisa e relativas do modelo 1») 0 trabalho expectico, « vaso ¢ w rotagto da méquina. 2, Uma méquina de fluxo apresenta as seguintes enracterstcas: Q = 10 m/s, Py = 1360 KW, n= 10 rps, Desejase construir um modelo semelhan de 6.8 KW de pottncia com sepho de esconmento na entrads de 1,6 dim’, exja ve- Tocidade tangencial seja a metade da yelocidade tangencial da méquina. Deter~ 4) A soyllo de escosmento da maquina ‘na entrada © o Uabalbo expectico 0 modelo. 2% A vasko do modelo, 3. Uma turbine tipo Franca apresenta as seguintes caracteristicas De = 2350mm, Y= 1067Jkg, Q=39,0m's, n= 4164p. O rendimento ‘desta turbina foi determinado através do ensuio de um modelo semelbante com

You might also like