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GLOSSRIO
aziago (verso 4) que prenuncia desgraa.
cerrao (verso 17) nevoeiro denso; escurido.
erma (verso 5) solitria.
pendo (verso 2) bandeira longa e triangular.
pressago (verso 5) que pressagia, prev ou pressente. Prova 639. 2011, 2: fase
1. Explicite trs dos aspetos que, nos versos de 1 a 12, se referem ao mito
sebastianista, fundamentando a sua resposta com elementos do texto.
1.. Nos versos de 1 a 12, os aspetos que se referem ao mito sebastianista so os seguintes:
o desaparecimento misterioso da ltima nau e de D. Sebastio Levando a bordo El-Rei
D. Sebastio (v. 1); Foi-se a ltima nau (v. 4); Mistrio. (v. 6); No voltou mais. (v. 7);
a associao do desaparecimento da ltima nau e de D. Sebastio ao fim do Imprio portugus
Levando a bordo El-Rei D. Sebastio, / E erguendo, como um nome, alto o pendo / Do Imprio,
/ Foise a ltima nau (vv. 1 a 4); No voltou mais. (v. 7);
o pressentimento de desgraa associado partida da nau Foi-se a ltima nau, ao sol aziago /
Erma,e entre choros de nsia e de pressago / Mistrio. (vv. 4 a 6);
as incertezas quanto ao destino de D. Sebastio A que ilha indescoberta / Aportou? (7 e 8);
as expectativas quanto ao regresso de D. Sebastio Voltar da sorte incerta / Que teve? / Deus
guarda o corpo e a forma do futuro, / Mas Sua luz projeta-o, sonho escuro / E breve. (vv. 8 a 12).
3. Na ltima estrofe, o sujeito potico responde afirmativamente pergunta enunciada nos versos
8 e 9, apresentando:
o regresso de D. Sebastio e do Imprio que ele simboliza como uma certeza obtida por intuio
sei que h a hora (v. 19); Surges ao sol em mim (v. 22); trazes o pendo ainda / Do Imprio.
(vv. 23 e 24);
o momento exacto em que esse acontecimento ter lugar como uma incerteza No sei a hora
(v. 19); Demore-a Deus (v. 20); Mistrio. (v. 21).
Prova 639. 2016, poca Especial Lus de Cames, Os Lusadas, Canto VII, 78-81
1.. O Poeta solicita o auxlio das Ninfas do Tejo e do Mondego, na medida em que:
est consciente das dificuldades que tem de enfrentar para escrever o seu poema pico
Por caminho to rduo, longo e vrio! (v.4); Por alto mar, com vento to contrrio (v.6);
teme no conseguir levar a bom porto a sua misso sem a ajuda dessas divindades Que,
se no me ajudais, hei grande medo / Que o meu fraco batel se alague cedo. (vv.7-8).
2.. No verso Na mo sempre a espada e noutra a pena (v. 16), o Poeta autocaracteriza-se,
destacando as suas facetas de guerreiro e de poeta.
Assim, por um lado, o Poeta evoca a sua experincia da guerra, que considera perigosa e
inumana; por
outro lado, salienta o facto de nunca ter abandonado a escrita.
Nesta autocaracterizao, em que se valoriza a conjugao da bravura com o amor poesia,
encontra-se configurado um modelo de virtude e de dedicao heroica.