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Relatório de área de

projecto
3º Período

Psicologia do
desenvolvimento

Trabalho realizado por Maria José André


Colégio do Amor de Deus
Professora Ana Luísa Duarte
Índice

Introdução

-1º Período –

Projecto realizado

-2º Período –

Projecto realizado

-3º Período –

Objectivos

Planificação

Projecto realizado

Reflexão pessoa

Relatórios l

Agradecimentos

Conclusão
Introdução

Quando iniciamos esta nova disciplina não tivemos a


capacidade de entender o que nos era pedido, mostrando assim
uma certa dificuldade para a escolha de um tema e o seu próprio
desenvolvimento. No entanto, no final do primeiro período acabamos por
delinear um tema e esquematizar o nosso trabalho.
O nosso projecto vai de encontro a um assunto mais importante na
sociedade de hoje, as crianças, sendo ele a psicologia do desenvolvimento.
No primeiro período trabalhamos a parte teórica do nosso trabalho,
falamos por isso do que é a psicologia relacionada com o desenvolvimento,
assim como três importantes psicólogos nesta área, Erikson, Piaget e Freud,
e consequentemente das suas teorias. Porém, a única teoria utilizada foi a
de Piaget, pois seria a única utilizada que pudéssemos comprovar.
No segundo período, passamos á elaboração dos jogos lúdicos, para
uma consequente interacção com as crianças para que desta forma
conseguíssemos comprovar as teorias de Piaget.
Por fim, no terceiro período, começamos por escolher as turmas com
quem íamos trabalhar. Ficamos, este modo, com uma turma dos 3 anos e
outra dos 5. Ao finalizarmos os jogos e os testes com estas crianças (de 4 a
5 crianças por turma) analisamos os seus resultados com base na teoria de
Piaget, ou seja, se estavam no estágio em que deveriam estar, comprovando
outros factores, como por exemplo o egocentrismo.
Em suma, o trabalho foi contínuo e completo, como prova temos o
facto de termos concluindo o trabalho a tempo e horas.
Primeiro período
Projecto realizado

Teorias do Desenvolvimento

Quem foi Jean Piaget?

Jean Piaget (1896-1980) foi um psicólogo e filósofo suíço,

conhecido pelo seu trabalho pioneiro no campo da inteligência infantil.

Piaget passou grande parte de sua carreira profissional interagindo com

crianças e estudando o seu processo de raciocínio. Os seus estudos

tiveram um grande impacto sobre os campos da Psicologia e Pedagogia.


 Piaget

Segundo Piaget, o desenvolvimento intelectual processa-se em quatro

estádios que são estruturas de conjunto que têm a sua unidade funcional,

o que vai permitir caracterizá-los. Cada estádio é um sistema que se

distingue, que é diferente dos outros, do ponto de vista qualitativo, isto

é, cada um tem as suas formas próprias de adaptação ao meio.

Para Piaget, cada estádio tem o seu equilíbrio próprio que permite que

o sujeito se adapte às situações novas. A passagem de um estádio ao

seguinte é um processo de equilíbrio no sentido de uma auto-regulação.

Assim, o processo de desenvolvimento vai no sentido de uma melhor

adaptação do sujeito ao meio.

Os estádios do desenvolvimento caracterizam-se por:

- uma estrutura com características próprias;

- uma ordem de sucessão constante;

- uma evolução integrativa, isto é, as novas aquisições são integradas na

estrutura anterior, organizando-se agora uma nova estrutura

hierarquicamente superior.
Piaget

O desenvolvimento, para este autor, ocorre segundo quatro estádios:

Estádios Idades Principais Características


Dos reflexos inatos á construção da imagem
Sensório- 0-18/24 mental, anterior á linguagem.
Motor Meses Coordenação de meios e de fins.
Permanência do objecto (8-12 meses).
Invenção de novos meios, imagem mental e
formação de símbolos (18-24 meses)
Inteligência representativa.
Pré- 2-7 Anos Egocentrismo – centração.
operatório Pensamento mágico. Animismo, realismo,
finalismo, artificialismo.
Função simbólica: linguagem; jogo simbólico;
desenho (2-4 anos)
Reversibilidade mental.
Pensamento lógico, acção sobre o real.
Operações 7-11/12 Operações mentais: contar, medir, classificar,
concretas Anos seriar.
Conservação da matéria sólida, liquida, peso e
volume (invariâncias).
Conceitos de tempo, de espaço e de velocidade.
Pensamento abstracto.
Operações 11/12- Operar sobre operações, acção sobre o possível.
formais 15/16 Raciocínios hipotético-dedutivos.
Anos Definição de conceitos e de valores.
Egocentrismo cognitivo.
Estádio Pré-operatório

Neste estádio a existência de representações simbólicas vai

permitir à criança poder usar uma inteligência diferente.

O pensamento corresponde a uma acção interiorizada, assente na

capacidade de simbolização e não na acção imediata e directa. A criança

passa a poder representar objectos ou acções por símbolos. É o que se

designa por função simbólica.

Ao falar, ao brincar ao faz-de-conta, ao desenhar, exerce a função

simbólica, isto é, representa uma coisa por outra.

Na linguagem, as palavras são símbolos; ralha à boneca, que se portou

muito mal, improvisa uma floresta, com animais e arvores, no próprio

quarto… Assim, são manifestação da função simbólica: a imagem mental, a

linguagem, o desenho e o jogo simbólico.

A principal característica deste estádio, ao nível do pensamento, é o

egocentrismo. O egocentrismo define-se pelo entendimento pessoal de que

o mundo foi criado para si e pela incapacidade de compreender as relações

entre as coisas. A criança não compreende o ponto de vista do outro porque

se centra no seu ponto de vista. A criança está autocentrada.

O egocentrismo manifesta-se em frases como: “há vento porque estou

com muito calor”; “a noite vem quando é para eu ir para a cama”; “a lua

segue-me”…

Entre os três e os sete anos distinguem-se dois sub-estádios:


- O do pensamento pré-conceptual ou de exercício da função simbólica;

- O do pensamento intuitivo.

No primeiro sub-estádio – pensamento pré-conceptual – domina um

pensamento mágico onde os desejos se tornam realidade, sem preocupações

lógicas, uma imaginação que tudo permite explicar.

São características deste sub-estádio as seguintes:

- Animismo – atribuição de emoções e pensamentos a objectos

inanimados;

- Realismo – a realidade é construído pela criança sem objectividade.

Materializa as suas fantasias;

- Finalismo – as acções interessam pelos resultados práticos. As crianças

estão sempre a questionar os adultos, dando início à “fase dos porquês”.

As coisas têm como finalidade a própria criança, dado o seu

egocentrismo. Assim, o monte é um declive para ela poder correr.

- Artificialismo – é a explicação dos fenómenos naturais como se fossem

produzidos pelos seres humanos para lhes servir como todos os outros

objectos: o sol foi aceso por um fósforo gigante; a praia tem areia para

nós brincarmos. O pensamento infantil é global e confuso, não diferencia

o essencial do acessório, a parte do todo, o particular do geral.


O segundo sub-estádio – pensamento intuitivo – inclui uma certa

descentração cognitiva, que vai permitir que a criança solucione alguns

problemas e possibilitar muitas aprendizagens. No entanto, a criança não

compreende a diferença entre as transformações reais e aparentes.

Para comprovar a teoria do pensamento intuitivo de Piaget, iremos

realizar uma experiência que demonstre que a criança não tem a noção

de conservação de matéria sólida, com plasticina.

- Jogo: Para Piaget o jogo mais importante é o jogo simbólico (só

acontece neste período), neste jogo predomina a assimilação (Ex.: é o

jogo do faz de conta, as crianças "brincam aos pais", "ás escolas", "aos

médicos",...). O jogo de construções transforma-se em jogo simbólico

com o predomínio da assimilação (Ex.: Lego - a criança diz que a sua

construção é, por exemplo, uma casa. No entanto, para os adultos "é

tudo menos uma casa").

Inicialmente (mais ao menos aos dois anos), a criança fala sozinha

porque o seu pensamento ainda não está organizado, só com o decorrer

deste período é que o começa a organizar, associando os acontecimentos

com a linguagem na sua acção.

A criança ao jogar está a organizar e a conhecer o mundo, por outro

lado, o jogo também funciona como "terapia" na libertação das suas

angústias. Além disto, através do jogo também nos podemos aperceber

da relação familiar da criança (Ex.: Quando a criança brinca com as

bonecas pode mostrar a sua falta de amor por parte da mãe através da

violência com que brinca com elas).

- Desenho: Até aos dois anos a criança só faz riscos, sem qualquer

sentido, porque, para ela, o desenho não tem qualquer significado.


A criança, aos três anos já atribui significado ao desenho, fazendo

riscos na horizontal, na vertical, espirais, círculos, no entanto, não dá

nome ao que desenha. Tem uma imagem mental depois de criar o

desenho. Mas aos quatro anos a criança já é mais criativa e começa a

perceber os seus desenhos e projecta no desenho o que sente.

De um modo geral, podemos dizer que, neste estádio, o desenho

representa a fase mais criativa e diversificada da criança.

A criança projecta nos seus desenhos a realidade que ela vive, não

há realismo na cor, e também não há preocupação com os tamanhos.

Nesta fase os desenhos começam a ser mais compreensíveis pelos

adultos. A criança vai desenhar as coisas à sua maneira e segundo os

seus esquemas de acção e não se preocupa com o realismo. Também aqui

a criança vai utilizar a assimilação.


A criança e a escola
É importante uma boa integração da criança no meio escolar e o

estabelecimento de uma boa relação com o professor e com os colegas da

turma.

A vida escolar conduz a um desenvolvimento físico, cognitivo e

psicossocial através do qual há uma evolução da criatividade, dos juízos

morais, da memória, da leitura e escrita e do pensamento lógico, sendo que a

criança adquire a capacidade de conservação, seriação, classificação,

reversibilidade, interpretação de situações e problemas e capacidade de

escrita e leitura.

As experiências vividas na escola são influenciadas e vão influenciar:

- os aspectos físicos, cognitivos, emocionais e sociais do desenvolvimento da

criança;

- a vida familiar;

- experiência em sala de aula;

- experiências culturais;

- a relação entre amigos e companheiros do

meio escolar;

- opiniões, escolhas e comportamentos.

Segundo período
Aplicação da teoria de Piaget

Aplicaremos as teorias de Piaget a partir de:

Percepção Desenvolvimento Sequência Percepção


cognitivo Lógica visual Quebra-cabeças
visual
Animais Imaginação- Dominó Bichos
Sombras vida de
cores

Crianç

a nº1
Crianç

a nº2
Crianç

a nº3
Crianç

a nº4
Crianç

a nº5

Quantidade -laranjas e Quantidade -Teste da Noção da posição de um


maçãs plasticina objecto

Criança nº1

Criança nº2
Criança nº3

Criança nº4

Criança nº5

Os jogos a serem utilizados são:

Audição e Percepção Visual


O trabalho de desenvolvimento auditivo e visual das crianças tornou-

se mais fácil com estes jogos.

Percepção visual/20

A criança penetra no mundo do conhecimento


através de suas percepções. Os jogos de
percepção visual trabalham com especial
atenção na noção do objecto.

Desenvolvimento cognitivo
Animais domésticos e selvagens

Consiste na interpretação de diferenças entre


animais selvagens e animais domésticos tendo
a criança que separá-los nos dois grupos
distintos.

Dominós Educativos
Os dominós para leitura/escrita permitem a associação de ideias,

imagens e palavras em jogos colectivos.

Dominó das Cores

Associando as cores
Leitura e Escrita
O jogo que se segue proporciona o domínio progressivo da autonomia

em leitura e escrita.

Associação de Vogais

A evocação das palavras que as figuras incitam,


permite que a criança corresponda a imagem à
palavra e à sua letra inicial.

Sequência Lógica
Este jogo possibilita a construção de histórias com critérios lógicos

relacionando as imagens ao começo, meio e fim de acontecimentos do dia-a-

dia.

Vida

É importante que a criança saiba colocar por ordem


as diferentes cenas do dia-a-dia.
3º Período

Objectivos do 3º Período

- Interacção com as crianças do CAD – cumprido

- Utilização dos jogos lúdicos – cumprido

- Preenchimento das tabelas de observação – cumprido

- Análise das mesmas – cumprido

- Confirmação das teorias de Piaget, com a ajuda dos psicólogos – cumprido

Planificação do 3º Período

31 de Março – Entrevista com a psicóloga para lhe mostrar o trabalho e os

jogos lúdicos a utilizar na interacção com as crianças;

2 de Abril – Últimas preparações para começar a interagir com as crianças;

7 de Abril – Início da interacção com as crianças dos 3 anos

9 de Abril – Análise dos comportamentos verificados pelas crianças;

14 de Abril - Interacção com as crianças dos 5 anos;


16 de Abril - Análise dos comportamentos verificados pelas crianças.

Até dia 28 de Abril - Interacção com as crianças dos 3 e 5 anos

alternadamente;

Dias 23 e 30 - Organização dos resultados obtidos;

5 de Maio – Consulta com a psicóloga para analisar os resultados;

De 7 de Maio a 14 de Maio - Preparação da apresentação final do projecto.


Projecto realizado

Nome: Constança Luís


Idade: 4 anos
Turma: Infantil A

7 De Abril.
Neste dia começamos por apenas brincar e conhecer as crianças dos 3 anos.
Cada uma de nós ficou encarregue de uma criança. Quem ficou com a Constança foi
a Maria André.

“ A Constança revelou-se uma criança bastante esperta, faladora e


interactiva.
Demonstrou iniciativa e rapidez nas actividades propostas, começando por um jogo
em que se ligava as diferentes partes do corpo do animal. Neste jogo, a Constança
soube dizer o nome dos animais, os seus rugidos e ainda as cores destes. As suas
cores favoritas são o amarelo, porque é a cor preferida da mãe, e ainda o azul. De
seguida, fizemos um puzzle de “Bob, o construtor”, foi a partir desse puzzle que a
criança começou a falar sem ser inquirida. Revelou que os seus filmes favoritos
eram os de fadas, as Winx, e gostava, ainda, de ver o Noddy e o Ruca. Afirmou
também que não gostava de desenhos animados com lutas.
Soube contar até seis, tem noção de maior ou menor e noção de descer e
subir. Começou por dizer que ela era maior mas quando me levantei da cadeira e lhe
tornei a perguntar quem era maior aí sim disse que era eu. Contou-me que tem um
namorado que é o Tomás, um colega também analisado por nós, e que gosta mais
dele do que dos outros colegas.
Concluindo, a Constança é das mais sociáveis do grupo, dando confiança
desde inicio, mostrando-se interessada e empenhada nas actividades”
Estes factos demonstram por exemplo o egocentrismo no estagio dos 3
aos 5.
14 de Abril

Todos os jogos:

Realizou todos os jogos com sucesso, excepto o das vogais o qual não cumpriu
o jogo por inteiro. Este facto leva a perceber que a Constança encontra-
se no estagio correcto, mesmo não acertando num dos jogos.

28 de Abril

Neste dia pedimos á Constança que desenha-se a sua família, denotamos


que a criança não tem muita noção corporal no entanto desenhou todos os membros
da família o pai, a mãe, a avó, e a irmã mais nova.
No desenho das borboletas em que pedíamos para que as crianças pintasse a
borboleta maior e de outra cor a mais pequena, deste modo conseguimos perceber
que a Constança tem noção de tamanho. Desenho do girino, sem realidade
sexual, sem limites de horizontais.
Fizemos ainda mais dois testes, o da noção de quantidade com
plasticina e a de noção de posição do objecto. No primeiro demos dois bocados de
plasticina iguais e num pedíamos para espalmar e outro para fazer uma minhoca,
neste jogo a Constança disse que a minhoca tinha mais quantidade de plasticina do
que a “piza”.
No teste da noção de posição do objecto, ao escondermos o objecto a
Constança teve noção de que o objecto tinha sido escondido e não desaparecido.
Nome: António
Idade: 5 anos
Turma: pré primaria

O António, foi uma criança muito tímida e fechada chegando a não querer
desenhar. Apesar disso mostrou ser muito inteligente já que soube contar até 50,
identificou todas as cores e soube escrever o seu nome.

O primeiro jogo utilizado foi o “associação de vogais-linguagem”. Neste o


António conseguiu associar todas as vogais rápida e facilmente.

Para percebermos a capacidade de memória e de percepção do António,


propusemos os jogos “pais e filhos” e “sombras” respectivamente, os quais resolveu
da melhor maneira.

Ao nível da percepção das cores, esta criança conseguiu, com o jogo do


“dominó-cores”, associar facilmente as várias peças utilizadas.

Para concluir a etapa dos jogos, utilizámos o jogo “animais-desenvolvimento


cognitivo”. Com este, percebi que o António podia ser muito tímido mas é um rapaz
que facilmente realiza as actividades. o facto do António ter respondido a
todos os jogos com sucesso não o torna um rapaz que se encontre em
estágios mais avançados, visto que os jogos pertenciam ao estagio pré
operatório.
28 de Abril

Neste dia fizemos quatro testes os quais, noção de posição do objecto,


quantidade com plasticina, desenhar a família, noção de maior e menor.
No primeiro jogo o António respondeu que o objecto tinha sido escondido e
não que tinha desaparecido.
No segundo teste tal como todas as outras crianças disse que a minhoca, em
comparação com a bola, tinha mais plasticina.
No terceiro teste, o António não quis desenhar a família pensamos que era
por este estar doente, no entanto não passa de uma suposição.
No ultimo teste, podemos dizer que a criança tem noção de maior e menor.
Os cinco sentidos
O paladar
Já alguma vez pensaste ao que sabem as coisas que comes?
A que é que achas que elas sabem?

Há coisas que são doces.


Como os chocolates, os rebuçados, os gelados, os chupas –
chupas, o mel...

Há coisas que são salgadas.


São as batatas fritas, os amendoins, o paio...

Há coisas azedas... Há coisas amargas

Sentimos o gosto com a língua. Quando metemos comida na


boca, as papilas gustativas de partes diferentes da língua
detectam gostos diferentes. A língua também nos diz se a
comida está fria ou quente...
A maior parte dos animais tem o sentido do gosto. Alguns têm
papilas gustativas.
A audição

Os ouvidos servem para ouvirmos os sons que existem à nossa


volta. Os sons viajam pelo ar mas não os podemos ver. Existem
sons calmos e tranquilos...

...e sons barulhentos e


desagradáveis.

A parte de fora do ouvido é a orelha. Apanha os sons e envia-os


para um buraco. Este buraco leva a um túnel que vai até ao
interior do ouvido.
Existem três ossinhos dentro do ouvido que enviam para o
cérebro mensagens. Estas chegam através de vias especiais
chamadas nervos. Depois o cérebro descobre o que são os sons.

Há animais que ouvem melhor do


que as pessoas. Os cães ouvem
muito bem. Até são capazes de ouvir sons que as pessoas não
conseguem ouvir.
Existem crianças que são surdas. Isto quer dizer que ouvem
muito mal. Usam um aparelho especial que os ajuda a ouvir, estas
crianças olham para os nossos lábios para ver o que estamos a dizer.

Os sons muito altos podem fazer mal aos ouvidos, por isso
temos de ter muito cuidado com eles.
A visão

É através dos olhos que podemos ver tudo o que nos rodeia.
Conseguimos ver coisas que estão muito perto e coisas que
estão muito longe.

Dentro do nosso olho há uma lente parecida com uma


máquina fotográfica. A lente foca a luz de modo a formar uma
imagem pequenina na parte de trás do olho.

Esta imagem está ao contrário tal como na máquina


fotográfica. É o nosso cérebro que a põe direita.

A luz entra no olho através de um buraquinho chamado


pupila. É a parte preta do olho. A parte colorida do olho chama-
se íris.
Os olhos estão protegidos pelas pálpebras e pelas pestanas.
Impedem o pó e a sujidade de entrarem para os olhos.
Ao canto de cada olho há uns buraquinhos pequenos. Daí saem
as lágrimas, que são água salgada para lavar os olhos e os conservar
limpos.
Há coisas tão pequenas que só se podem ver com uma lupa.
Ás vezes são tão pequenas que os nossos olhos não as
conseguem mesmo ver. Mas conseguimos vê-las se usarmos o
microscópio.

Os olhos de algumas
pessoas não funcionam
muito bem, por isso usam óculos. Os óculos fazem as coisas
ficarem mais nítidas. As lentes dos óculos ajudam as lentes dos
olhos a focarem bem.

Há pessoas que não conseguem mesmo ver nada. Têm de usar


outros sentidos para as ajudarem. Há pessoas que usam
bengalas para tactear o chão, outras têm um cão treinado para
as ajudar.
Conseguimos ver até bem longe com os nossos olhos, mas se
usarmos uns binóculos conseguimos ver até mais longe.
O tacto

Há coisas que ao tacto são duras outras fofas.


Há coisas lisas e ásperas.
Há coisas que ao tacto são secas ou molhadas
e até viscosas

A sensação que as coisas nos dão quando as apalpamos chama-


se textura. Há coisas que têm uma textura diferente por fora e por
dentro. Conseguimos sentir as coisas porque temos sensores de tacto
na pele. São pequeninos e estão escondidos na pele.
Quando tocamos em qualquer coisa os nervos levam mensagens
para o cérebro. Então nessa altura o cérebro usa essas mensagens
para descobrir em que é que estamos a tocar.
As pessoas que não vêm usam o tacto para as ajudar.
Conseguem saber como uma pessoa é mesmo sem conseguirem vê-la.
Isto porque o cérebro consegue descobrir o aspecto das mensagens
levadas pelos nervos.
Essas pessoas conseguem ler pelo tacto, são umas letras
especiais que estão em relevo.
O olfacto

O nosso nariz não só serve para respirar, como


também para cheirar. Ele reconhece e descobre cheiros, que podem
ser agradáveis ou não.
Nós conhecemos o mundo pelos cheiros, usando o nariz.
As comidas estragadas têm um cheiro horrível. É o alarme do
nosso corpo para sabermos que não as devemos comer.
Os bichos também usam o cheiro para saber se outros estão por
perto.
Os adultos usam perfume para os outros gostarem de estar
perto deles.
Nas cidades grandes, inalamos cheiros maus, tais como, o fumo
dos carros e das fábricas.
O nariz é como uma caverna. No tecto ficam as membranas
olfactivas que captam os cheiros que
entram pelo nariz.
Power point

Os cinco sentidos

Visão
Olfacto

Gosto ou Paladar

Audiç
Audição Tacto

As pessoas que não conseguem ver


Partes de um olho podem comunicar usando a linguagem
O olho tem muitas partes, todas muito delicadas. gestual.
Não deixes entrar poeiras e outras substâncias ou
materiais que possam ferir os teus olhos.
Há pessoas que usam óculos ou lentes de contacto para
corrigir defeitos da vista.

Há pessoas que usam


Faz jogos com os teus colegas. Podes
óculos ou lentes de
tentar adivinhar quem é outro colega;
contacto para corrigir podes usar outro dos cinco sentidos:
defeitos da vista. provar, tactear…
tactear…

As pessoas cegas
As pessoas cegas podem usar um cão-guia
para ver por elas.

Os cães são treinados


de modo a
conduzirem os seus

Nós vemos c
donos cegos pelo
passeio,
atravessarem nas
passadeiras, etc. .

Tu usas a vis
Nós podemo
Alguns sons podem ferir os teus ouvidos.
Partes de um ouvido
Silêncio 0dB
O ouvido tem Conversa ção dB = decib éis
60-70dB
muitas partes, normal
Toque do
80dB
todas muito telefone

Trânsito 85dB
delicadas.
Metro 95dB

Não deixes Nível a partir do


qual pode
entrar objectos sofrer danos
auditivos.
90 - 95dB

ou materiais que
Danos no tecido
possam ferir os auditivo
180dB

teus ouvidos. Perda de audi ção


prov ável
194dB

ear drum=tímpano; out ear= ouvido exterior; ear canal=canal auditivo

Coisas que cheiram bem

Algumas coisas
Nós cheiramos cheiram bem…
com o nariz. outras coisas
cheiram mal.

Como é o nariz

Animais
Como provamos as coisas?

Alguns produtos sabem


bem… outros sabem mal. Nós provamos
as coisas com a
língua.
Nota que há um ditado
que diz «Os gostos não se
discutem».
Áreas diferentes da língua
Podemos sentir as
coisas quentes ou
frias.
frias
Podemos sentir as
Diferentes áreas coisas macias ou
da língua provam Coisas amargas
rugosas.
rugosas
diferentes
sabores. As coisas podem estar
Coisas azedas
secas ou molhadas.
molhadas

Coisas doces
Coisas azedas

Reflexão pessoal

Na verdade, no primeiro período o trabalho esteve um pouco baralhado


e não sabíamos o que haveríamos de fazer, no entanto conseguimos
perceber o rumo do trabalho e acabamos por trabalhar bastante
conseguindo assim concluir o nosso maior objectivo, interagir com as
crianças.
No que diz respeito ao desempenho e cumprimento de prazos, no
primeiro ponto tenho de admitir que não me demonstrei disponível aquando a
realização do power point e do relatório final, razão pela qual elaborei um
sozinha, afim de não prejudicar o resto do grupo, no entanto é de salientar
que durante as aulas, tanto no segundo como no terceiro período, me
demonstrei empenhada trabalhando bastante.
Em relação ao cumprimento de prazos não houve quaisquer problemas, a
não ser no segundo período pois não entendemos quando era a entrega do
relatório.

Relatório da entrevista com a


psicóloga Teresa, do Colégio do
Amor de Deus
No dia 31 de Março de 2008, segunda-feira,
encontrámo-nos com a psicóloga Teresa do Departamento
de Psicologia do CAD. Esta reunião teve o objectivo de lhe
mostrar os jogos lúdicos realizados no 2º Período e as
tabelas de análise.
A psicóloga aprovou os jogos e considerou-os
adequados para a interacção com as crianças. Alertou-nos
que não será possível estabelecer níveis relativos à
prestação das crianças respectivamente a cada jogo, tendo
a avaliação de ser feita de modo geral.
Colocámos a pertinente questão sobre como lidar com
uma criança desobediente ou com falta de atenção ou, até
mesmo, rebelde. A psicóloga advertiu-nos que nem sempre
é possível fazer uma avaliação e que, nesse caso,
registamos o comportamento que observámos na criança.

Relatório com a Psicóloga Teresa

Na última sexta-feira, dia 10 de Maio de 2008, encontrámo-nos com a


psicóloga, por volta das 14 horas, afim desta nos auxiliar com os relatórios,
os quais continham os jogos utilizados nas interacções com as crianças,
assim como os desenhos e outros testes também realizados no projecto.
Primeiramente, e falando dos relatórios, a psicóloga disse-nos que os
relatórios estavam completos. No entanto, exprimiu a sua opinião em relação
às descrepancias, entre a estrutura dos relatórios, revelou-nos ainda que
poderíamos tirar mais conclusões.
De seguida, falámos sobre os desenhos elaborados pelas crianças.
Neste parâmetro, disse-nos que bastava retirar informações do livro do
desenho, anteriormente analisado. Ainda assim, ajudou-nos na compreensão
dos desenhos comparando-os e incluindo alguns desses aspectos nos
estágios de Piaget, como por exemplo no desenho das crianças de 3 anos era
normal que elas não seguissem algumas regras como o do limite das linhas
horizontais, para além de algumas características tal como o do desenho do
girino, comum nas crianças de 3 anos. Quando analisou os desenhos dos 5
anos, comparando-os com os dos 3, demonstrou-nos que os dos 5 já tinham
noção de limite, e os desenhos da figura humana já era mais parecido com o
real.
Por último, ao analisar os testes revelou-nos que nos testes de noção
de maior e menor assim como o de noção de posição de objecto que era
normal as crianças conseguirem realizar estas actividades sem grande
problema, ao contrário do teste da plasticina em que as crianças só tem
noção de quantidade a partir do estágio seguinte dos 7 aos 12 anos.
Em suma, a psicóloga ajudou-nos tanto na conclusão dos relatórios
como nos ajudou a entender como haveríamos de relacionar os resultados
obtidos com o estágio, e finalmente concluir as tabelas.

Conclusão
Durante este ano tivemos de construir um projecto que se mantivesse
por um ano inteiro, e que ao mesmo tempo tivesse relacionado com o que
queremos seguir num futuro próximo.
Escolhemos por isso um tema que envolvesse tanto psicologia como
crianças, decidimos por isso o tema “ psicologia do desenvolvimento”.
O nosso projecto era constituído por três fases de trabalho, primeiramente
tínhamos de conhecer a teoria de Piaget e que significava psicologia do
desenvolvimento.
De seguida e no segundo período, construímos as tabelas de analise e
começamos a elaborar os nossos próprios jogos, para que pudéssemos no
terceiro período interagir com as crianças, ainda neste período fomos ás
educadoras para que elas nos dissessem quais as crianças com quem íamos
trabalhar.
No terceiro período, começamos a trabalhar com as crianças, tanto com
os jogos que tínhamos feito como com os testes que a psicóloga Teresa, que
durante todo o ano nos ajudou no rumo do nosso trabalho, nos indicou.
Em suma, conseguimos concluir o trabalho e acabamos por atingir os
nossos objectivos, e , falando por mim, este trabalho ultrapassou as minhas
expectativas positivamente, em relação ao que tínhamos em mente no
primeiro período.

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