You are on page 1of 17

Tema de Vida

Recolha, tratamento e reciclagem de resíduos


IEFP-PONTE DE SOR

TECNOLOGIAS da INFORMAÇÃO e
COMUNICAÇÃO

POR RUTE GORDO

ATERROS SANITÁRIOS

MARIA JOSÉ D’ANGELO

EFA B3 REFRIGERAÇÃO,
CLIMATIZAÇÃO E AR CONDICIONADO

2010-04-21

Trabalho realizado por Maria José d’Angelo Página 2 de 17


Índice
Introdução ............................................................................................................................................. 4
Condições e Características................................................................................................................... 5
O ATERRO SANITARIO E MDL ................................................................................................................ 7
O ATERRO SANITÁRIO E OS GASES de EFEITO ESTUFA ......................................................................... 8
O TRATAMENTO E O DESTINO FINAL DOS RSU ..................................................................................... 9
TRATAMENTO dos RSU POR INCINERAÇÃO ........................................................................................ 11
LIXIVIADOS .......................................................................................................................................... 12
ATERROS SANITARIOS: A MELHOR SOLUÇÃO PARA O AMBIENTE...................................................... 13
BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................................................... 17

Trabalho realizado por Maria José d’Angelo Página 3 de 17


ATERROS SANITARIOS
Introdução
Aterros Sanitários são espaços destinados à deposição final de resíduos
sólidos, gerados pela actividade humana. Nele são depositados resíduos
domésticos, comerciais, de serviços de saúde, da indústria, da construção ou
dejectos sólidos retirados dos esgotos.

Grande parte deste lixo, é formado por não recicláveis. Porem como a colecta
selectiva ainda não ocorre plenamente, é comum encontrarmos nos aterros
sanitários plásticos, vidros, metais e papeis.

Os aterros sanitários são construídos, na maioria das vezes, longe das cidades.
Isto, por causa dos maus cheiros e da possível contaminação dos solos e águas
subterrâneas.

A gestão de resíduos tem-se tornado um dos principais problemas da nossa


sociedade.

Efectivamente, hoje verifica-se uma maior preocupação tanto por parte das
populações como por parte dos governantes.

Existem actualmente normas rígidas


que regulam a implantação de aterros
sanitários. Estes devem possuir um
controle da quantidade e tipo de lixo,
sistemas de protecção ao meio
ambiente e vigilância ambiental.

Trabalho realizado por Maria José d’Angelo Página 4 de 17


Condições e Características

A base do aterro sanitário é constituída por um sistema de drenagem de


efluentes líquidos percolados (chorume) acima de uma camada impermeável
polietileno de alta densidade, sobre uma camada de solo compactado para
evitar o vazamento de material líquido para o solo, evitando a contaminação
de lençóis freáticos. O chorume deve ser tratado e ou reinserido ao aterro
causando uma menor poluição do meio ambiente.

O seu interior deve possuir um sistema de drenagem de gases que possibilite


a colecta do Biogás, que é constituído por metano, gás carbónico (CO2) e água
(vapor) entre outros e é formado pela decomposição dos resíduos.

Estes gases podem ser queimados na atmosfera ou aproveitados para gerar


energia.

No caso de países em desenvolvimento, a utilização do biogás pode ter como


recompensa financeira a compensação por créditos de carbono ou CERs do
Mecanismo de desenvolvimento Limpo conforme previsto no Protocolo de
Quioto.

A sua cobertura é constituída por um sistema de drenagem de águas pluviais


para que não permita a infiltração de águas da chuva para o interior do
aterro.

Um aterro deve também possuir um sistema de controlo ambiental e pátio de


armazenamento de materiais. Para aqueles que recebem resíduos de
populações acima de trinta mil habitantes é desejável também, muro ou cerca
limítrofe, sistema de controlo de entrada de resíduos, tais como: balança

Trabalho realizado por Maria José d’Angelo Página 5 de 17


rodoviária, guarita de entrada, prédio administrativo, oficina e armazém de
borrachas.

Quando atinge o limite da capacidade de armazenagem, o aterro é alvo de um


processo de monitorização especifico e se reunidas as condições, pode
albergar um espaço verde, ou mesmo um parque de lazer, eliminando assim o
efeito estético negativo.

Existem critérios de distância mínima de um aterro sanitário e um curso de


água, uma região populosa etc. …

Trabalho realizado por Maria José d’Angelo Página 6 de 17


O ATERRO SANITARIO E MDL

O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) é uma ferramenta criada


pelo Protocolo de Quioto que permite a um país desenvolvido, investir em
tecnologias e projectos nos países em desenvolvimento, que gerem redução
ou não emissão de gases de efeito estufa (GEE).

Estes projectos, depois de implantados, deverão ser submetidos a um


processo de validação, registo monitorizado e verificação, para que se emitam
as chamadas Reduções Certificadas de Emissão (RCE’s) que poderão ser
comercializadas com os países desenvolvidos, para que atinjam as metas de
redução, conforme traçado no Protocolo de Quioto.

Assim empresas públicas ou privadas de países em desenvolvimento,


investem em projectos de redução de emissão de efeito estufa, como o gás
metano, um dos principais constituintes do biogás.

Trabalho realizado por Maria José d’Angelo Página 7 de 17


O ATERRO SANITÁRIO E OS GASES de EFEITO ESTUFA

Ao gás emitido durante a decomposição dos resíduos sólidos num aterro,


chama-se Biogás e a sua composição varia consoante os tipos de resíduos e as
suas características. Basicamente é composto por dióxido de carbono e
metano, dois dos principais gases que causam efeito estufa.

Mas se por um lado o biogás proveniente dos aterros, quando lançado na


atmosfera, é um dos vilões da camada de ozono, por outro lado, o metano
(CH4) é um gás, que pelo alto poder calorífico, representa uma excelente
forma de energia.

Deste modo foram desenvolvidos projectos com o intuito de captar o gás nos
aterros e transformá-lo em energia eléctrica. Assim além de se aproveitarem
os resíduos para gerar energia, ainda se evita o lançamento de GEE na camada
de ozono e o seu impacto ambiental.

O biogás pode ainda ser utilizado em sistemas de calafetação, ou como


combustível veicular. Neste caso, deverá passar por um sistema de
beneficiação que aumentará o seu teor de metano aumentando o seu poder
calorífico.

Trabalho realizado por Maria José d’Angelo Página 8 de 17


O TRATAMENTO E O DESTINO FINAL DOS RSU

Existem três tipos de destino final no nosso país: lixeira a céu aberto, lixeira
controlada e o aterro controlado.

O único tratamento de RSU implementado no nosso país é a compostagem.


No entanto existem outros, como a digestão anaeróbia, e a incineração com
valorização energética que se encontram em vias de implementação.

Numa época em que os problemas ambientais assumem proporções


alarmantes, com resíduos produzidos pelos centros urbanos a serem
literalmente lançados em lixeiras sem condições ou para o processo de
queima e incineração, a compostagem é um processo simples e ecológico que
contribui para diminuir a carga que o excesso de resíduos sólidos exerce sobre
o ambiente.

Reduz os resíduos a depositar, elimina e neutraliza algumas contaminações


dos restantes resíduos, provocadas pelos resíduos orgânicos.

Desperdícios e resíduos vegetais do jardim ou restos alimentares são


aproveitados. Sem despender de energia eléctrica, o arejamento e o calor
natural criados dentro do compostor, estes resíduos transformam-se em
composto fertilizante 100% natural e não poluente. Este fertilizante permite
uma melhor retenção de água e nutrientes, possibilita ainda a redução de
erosão.

A compostagem pode decorrer em pilhas ou em reactores próprios com ou


sem oxigénio.

Trabalho realizado por Maria José d’Angelo Página 9 de 17


A primeira fase da compostagem, bioquímica, decorre entre 25 a 30 dias. A
segunda, humidificação, entre 30 a 60 dias.

O arejamento, a temperatura e o teor de humidade são factores que afectam


o processo de compostagem.

O equilíbrio da relação Carbono/ Azoto é um factor de importância


fundamental na compostagem.

Quanto mais fragmentado for o material, maior será a área superficial, sujeita
ao ataque microbiológico, diminuindo o período de compostagem, pelo que, o
tamanho ideal das partículas a serem compostadas, deve estar compreendido
entre 20/50 mm.

Contentor de compostagem

Trabalho realizado por Maria José d’Angelo Página 10 de 17


TRATAMENTO dos RSU POR INCINERAÇÃO

Uma instalação de incineração é qualquer equipamento técnico afecto ao


tratamento de resíduos por via térmica com ou sem recuperação de calor
produzido por combustão.

A instalação abrange o local de implantação e o conjunto do incinerador,


sistemas de alimentação por resíduos, por combustíveis e pelo ar, bem como
os aparelhos e dispositivos de controlo das operações de incineração, de
registos e vigilância contínua das condições de incineração.

As centrais de incineração são infra-estruturas que permitem a redução do


peso e volume de resíduos através da combustão, com temperaturas que
rondam os 500°C e os 1700°C. Este sistema de tratamento é utilizado para
materiais comum alto poder calorífico como o vidro e o metal.

Com a incineração obtém-se uma redução do volume de resíduos, em cerca


de 90%.

Trabalho realizado por Maria José d’Angelo Página 11 de 17


LIXIVIADOS
Os lixiviados são um líquido altamente poluente que se forma durante a
decomposição dos resíduos e normalmente são constituídos por matéria
orgânica e ácidos inorgânicos.

Para evitar que estes resíduos se acumulem no aterro, é instalada por toda a
base do aterro, uma rede de drenagem que encaminha os lixiviados para a
ETAR no centro de tratamento.

Por toda a área e principalmente nas áreas já encerradas, a água da chuva é


encaminhada por uma rede de drenagem de águas fluviais para fora do
aterro. É uma medida necessária, uma vez que o volume das águas lixiviantes
que se acumula no interior, depende da infiltração das fluviais.

Os lixiviados formam-se maioritariamente a partir das águas provenientes do


exterior, tais como precipitação, escoamento superficial, água subterrânea ou
nascente. Podem também ser o resultado da decomposição dos resíduos.

Implantação do aterro

Trabalho realizado por Maria José d’Angelo Página 12 de 17


CONCLUSÃO
ATERROS SANITARIOS: A MELHOR SOLUÇÃO PARA O
AMBIENTE

O conhecimento das faltas que o homem cometeu ao longo dos tempos em


relação ao ambiente e sua poluição, é uma constante preocupação nos dias
de hoje.

Durante décadas fomos poluindo o ambiente á custa do progresso.

Depositamos lixo a céu aberto, despejamos químicos para os rios mares e


solos, libertamos fumos e gases tóxicos para a atmosfera, cortamos florestas,
enfim, só destruímos.

Fala-se em co-incineração, combustíveis alternativos e aterros sanitários.

Os aterros sanitários são das melhores opções na preservação do ambiente.

Permitem o encerramento de lixeiras a céu aberto, protegendo o solo, o ar e a


água.

Alem disso, tendo uma estação de triagem, há maior aproveitamento de


materiais para reciclagem, reduzindo a quantidade de lixo depositado no
próprio aterro.

Também fomentam empregos combatendo um dos flagelos da nossa


sociedade.

Por último, depois de encerrados, podem ser recuperados em termos de


paisagem.

Trabalho realizado por Maria José d’Angelo Página 13 de 17


É lógico que apresentam inconvenientes.

O alto custo da sua construção e o facto de esgotarem a sua capacidade antes


do tempo previsto são alguns deles.

Consequentemente as autoridades competentes têm dificuldades em


resolver, em tempo útil, o depósito do lixo.

Também, se não seguirem as directrizes do Governo Português e da União


Europeia, podem ter um efeito contrário daquele par que foram projectados,
ou seja, provocar graves problemas ambientais.

Trabalho realizado por Maria José d’Angelo Página 14 de 17


Após a colecta o lixo é descarregado no aterro

O lixo é compactado com tractor formando um célula que será recoberta com argila

No fim fica protegido do espalhamento pelo vento e da acção dos animais

Vista panorâmica de um aterro

Trabalho realizado por Maria José d’Angelo Página 15 de 17


Aterro sanitário em fase de recuperação paisagística

Trabalho realizado por Maria José d’Angelo Página 16 de 17


BIBLIOGRAFIA

http://empresasefinancas.hsw.uol.com.br/comercio-de-carbono1.htm

http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/eventos/conteudo_300740.shtml

http://portal.prefeitura.sp.gov.br/secretarias/servicoseobras/servicos/0011

http://www.ambiente.sp.gov.br/destaque/2004/marco/25_termeletrica.htm

http://noticias.uol.com.br/ultnot/economia/2006/04/06/ult29u47126.jhtm

http://www.slideshare.net/jimnaturesa/biogas-presentation-878302

http://www.engepasaambiental.com.br

Trabalho realizado por Maria José d’Angelo Página 17 de 17

You might also like