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RESISTÊNCIA DE PLANTAS DANINHAS AOS HERBICIDAS INIBIDORES

DA ENZIMA ACCASE E IMPLICAÇÕES PARA MANEJO1

FABIANE PINTO LAMEGO2

Práticas agrícolas estão relacionadas desde seus primórdios às


atividades de controle de plantas daninhas, as quais concorrem com as
culturas pelos recursos do meio. O método de controle mais usado atualmente
é o químico, com emprego de herbicidas, pelos fatos de ser prático, eficiente,
de rápido efeito e de custo atrativo. Entretanto, têm-se observado, nas últimas
décadas, a evolução de populações de plantas daninhas resistentes aos
herbicidas. O objetivo deste seminário é abordar a problemática de plantas
daninhas resistentes aos herbicidas inibidores de ACCase, abordando práticas
de manejo que possam ser adotadas quando for constatado o problema.
Herbicidas inibidores da enzima acetilcoenzima A carboxilase (ACCase) são
produtos com ação graminicida, aplicados em pós-emergência, seletivos para
dicotiledôneas em geral. No Brasil, são amplamente utilizados em soja para
controlar ervas importantes, como Brachiaria plantaginea (papuã). A pressão de
seleção exercida por esses herbicidas selecionou biótipos resistentes em
diversas regiões do mundo, inclusive no Brasil. Ervas resistentes aos inibidores
de ACCase apresentam grande importância econômica, devido ao número
restrito de produtos com mecanismos de ação alternativos para controlar
biótipos resistentes. Plantas daninhas podem demonstrar resistência aos
herbicidas através de três mecanismos gerais, sendo que espécies resistentes
aos inibidores de ACCase apresentam resistência por metabolização
acentuada do herbicida ou por alteração do local de ação, ou seja, da enzima
ACCase. O manejo de ervas resistentes requer uso de práticas alternativas,
como rotação de herbicidas na área. A adoção de práticas preventivas de
manejo representa a melhor solução para se evitar a resistência.

Referências Bibliográficas

BROWN, A. C. et al. An isoleucine to leucine substitution in the ACCase of Alopecurus


myosuroides (black-grass) is associated with resistance to the herbicide sethoxydim. Pesticide
Biochemistry & Physiology, San Diego, v.72, n.3, p.160-168, 2002.

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Fitotecnia) – Curso de Pós-graduação em Fitotecnia, Universidade de São Paulo, 2000.

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1
Resumo do seminário apresentado na disciplina FIT 0001 – Seminário, em 15/outubro/2003.
2
Engª Agrª, Estudante de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia da
UFRGS, sob orientação do Prof. Nilson G. Fleck.

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