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Futuro(a) Aprovado(a),

Com base nas últimas provas e na “lógica” da banca, vamos analisar os tópicos
do edital que devem ser priorizados nesta reta final, pois, provavelmente,
serão encontrados em sua PROVA!

1 - PRINCÍPIOS APLICÁVEIS AO DIREITO PROCESSUAL PENAL


Apesar de ser um tema básico para o entendimento do Processo Penal, vejo
muitos alunos que se confundem com os conceitos dos princípios. Acredito que
esse tema será cobrado dentro de outros assuntos, mas, ao menos um
conhecimento básico é necessário. Observe o quadro e faça uma breve
revisão:

PRINCÍPIO COMENTÁRIOS
CABERÁ AO JUDICIÁRIO, ATRAVÉS DA COLHEITA
DE INFORMAÇÕES, ATINGIR A VERDADE REAL E
DA VERDADE REAL
DECIDIR ATRAVÉS DA LIVRE APRECIAÇÃO DAS
PROVAS.
O JUIZ NÃO PODE DAR INÍCIO AO PROCESSO DE
DA INICIATIVA DAS PARTES OFÍCIO, SEM A PROVOCAÇÃO DA PARTE
INTERESSADA.
NINGUÉM SERÁ CONSIDERADO CULPADO ATÉ O
DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA TRÂNSITO EM JULGADO DE SENTENÇA PENAL
CONDENATÓRIA.
TER CONHECIMENTO DE TODAS AS PROVAS PARA
DO CONTRADITÓRIO EXERCER O DIREITO DE CONTRADIZÊ-LAS.
DA AMPLA DEFESA POSSIBILIDADE DE APRESENTAR TODO TIPO
(LÍCITO) DE PROVAS PARA PROVAR O QUE AFIRMA.
SÃO INADMISSÍVEIS, DEVENDO SER
DESENTRANHADAS DO PROCESSO, AS PROVAS
DA INADMISSIBILIDADE DAS PROVAS ILÍCITAS, ASSIM ENTENDIDAS AS OBTIDAS EM
OBTIDAS POR MEIOS ILÍCITOS VIOLAÇÃO A NORMAS CONSTITUCIONAIS OU
LEGAIS.

A PRETENSÃO PUNITIVA DO ESTADO DEVE SE


DA OFICIALIDADE
FAZER VALER POR ÓRGÃOS PÚBLICOS.

A AUTORIDADE POLICIAL E O MINISTÉRIO


PÚBLICO, REGRA GERAL, TOMANDO
DA OFICIOSIDADE
CONHECIMENTO DA POSSÍVEL OCORRÊNCIA DE UM
DELITO, DEVERÃO AGIR EX OFFICIO.

NINGUÉM SERÁ PRIVADO DA LIBERDADE OU DE


DO DEVIDO PROCESSO LEGAL
SEUS BENS SEM O DEVIDO PROCESSO LEGAL.

IN DUBIO PRO REO – OU SEJA – NA DÚVIDA ENTRE


DO “FAVOR REI” PRIVILEGIAR A PRETENSÃO PUNITIVA DO ESTADO
OU O RÉU, PREVALECE ESTE ÚLTIMO.
A ATUAÇÃO DO JUIZ DEVE SER COMPLETAMENTE
IMPARCIAL, OU SEJA, DESPROVIDA DE QUALQUER
DA IMPARCIALIDADE DO JUIZ INTERESSE PESSOAL. (HIPÓTESES DE SUSPEIÇÃO E
IMPEDIMENTOS).

ASSIM COMO O MP NÃO PODE DEIXAR DE


OFERECER A DENÚNCIA QUANDO DA EXISTÊNCIA
DA INDISPONIBILIDADE
DE CRIME QUE SE APURA MEDIANTE AÇÃO PENAL
PÚBLICA, TAMBÉM NÃO PODE DESISTIR DELA APÓS
TÊ-LA INTERPOSTO. TAL PRECEITO TAMBÉM É
APLICADO À AUTORIDADE POLICIAL NA FASE DO
INQUÉRITO.
DO JUIZ NATURAL E DO
NINGUÉM SERÁ PROCESSADO NEM SENTENCIADO
SENÃO PELA AUTORIDADE COMPETENTE.
PROMOTOR NATURAL

PUBLICIDADE OS ATOS PROCESSUAIS DEVEM SER PÚBLICOS

O LITIGANTE VENCIDO, TOTAL OU PARCIALMENTE,


TEM O DIREITO DE SUBMETER A MATÉRIA
DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO
DECIDIDA A UMA NOVA APRECIAÇÃO
JURISDICIONAL

2 – INQUÉRITO POLICIAL
Esse tema é importante e esteve presente nas últimas provas do CESPE. Deste
modo, atenção redobrada para este tópico.
O inquérito é tratado nos artigos 4º ao 23 do Código de Processo Penal (CPP).
Em uma análise das provas aplicadas de 2000 até 2013 temos a maior
incidência de questões baseadas nos seguintes artigos:

OS CINCO MAIS COBRADOS DO INQUÉRITO POLICIAL

Art. 5o Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado:


[...]
01
§ 4o O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá
sem ela ser iniciado.

Art. 7o Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo,
02 a autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não
contrarie a moralidade ou a ordem pública.

Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em
flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia
03
em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto,
mediante fiança ou sem ela.

04 Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito.

Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta
05 de base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de
outras provas tiver notícia.

Por fim, tenha uma atenção especial, também, com as características


fundamentais do inquérito. Relembre:
3 – AÇÃO PENAL
Trata-se, também, de um tema recorrente em PROVAS e que acredito que
estará presente na sua. Vamos relembrar os principais pontos referentes ao
assunto:
CONDIÇÕES DA AÇÃO PENAL

ESPÉCIES DE AÇÃO PENAL

AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA É a ação que pode ser


iniciada mediante DENÚNCIA, logo que o titular para impetrá-la tiver
conhecimento do fato, não necessitando de qualquer manifestação do
ofendido. É a forma de ação adotada em regra no Brasil.
A denúncia nada mais é do que um documento no qual o promotor requere ao
Juiz o início da ação penal para a apuração de determinado crime. Cabe
ressaltar que qualquer omissão neste documento inicial pode ser sanada até a
sentença.

AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA É a ação PÚBLICA cujo exercício


está subordinado a uma condição. Essa condição tanto pode ser a
demonstração de vontade do ofendido ou de seu representante legal
(REPRESENTAÇÂO), como a REQUISIÇÃO do Ministro da Justiça, conforme
veremos um pouco mais a frente.
Neste tipo de ação, a TITULARIDADE, assim como na ação pública
incondicionada, é do Ministério Público.
Obs. 01 - O STF e o STJ têm entendido que não existe a necessidade de
formalismo na representação, sendo suficiente a simples manifestação de
vontade da vítima em processar o autor do fato.

Não há forma rígida para a representação, bastando a


manifestação de vontade da ofendida para que fosse apurada a
responsabilidade do paciente (STJ, HC 48.692/SP, DJ
02.05.2006)

Obs. 02 - Para efeito de prova temos os seguintes indivíduos podendo exercer


o direito de representação no caso de morte ou ausência:

ATENÇÃO!

Obs. 03 - O CPP nos traz um prazo decadencial de seis meses para que a
representação possa ser feita, contado da data em que o autor do crime vier a
ser conhecido.

AÇÃO PENAL PRIVADA


Neste tipo de ação, o delito afronta tão intimamente o indivíduo que o ESTADO
transfere a legitimidade ativa da ação para o ofendido. Perceba que nesta
transferência de legitimidade reside a diferença fundamental entre a ação
penal PÚBLICA E PRIVADA.

4 – JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA
O CESPE não tem exigido muitas questões deste tema, mas, quando
aparecem, normalmente versam sobre a diferenciação entre os institutos da
conexão e continência. Deste modo, neta reta final, não deixe de reler os arts.
76 ao 81.
5 - JUIZ, MINISTÉRIO PÚBLICO, ACUSADO E DEFENSOR. ASSISTENTES
E AUXILIARES DA JUSTIÇA. ATOS DE TERCEIROS.

Trata-se de um tema bem adorado pelos examinadores do CESPE. Assim,


nesta reta final, cabe uma observação mais detalhada. Vamos analisar os
pontos mais presentes nas questões das últimas PROVAS:

Conceito: a relação jurídica processual abrange várias pessoas. Estas recebem


a denominação de sujeitos processuais e podem ser classificados como:
a) Principais (ou essenciais): são aqueles cuja existência é
fundamental para que se tenha uma relação jurídica processual
regularmente instaurada.
b) Secundários (ou acessórios): são aqueles que, apesar de não serem
imprescindíveis, poderão intervir no processo a título eventual.
JUIZ: tem como finalidade principal substituir a vontade das partes e aplicar o
direito material ao caso concreto.
Ao juiz incumbirá prover à regularidade do processo e manter a ordem no
curso dos respectivos atos, podendo, para tal fim, requisitar a força pública
(art. 251).
IMPEDIMENTOS: As causas de impedimento, também consideradas como
ensejadoras da incapacidade objetiva do juiz, definem que o magistrado não
poderá exercer jurisdição no processo em que (art. 252):
a) Tiver funcionado seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim, em
linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, como defensor ou
advogado, órgão do Ministério Público, autoridade policial, auxiliar da
justiça ou perito;
b) Ele próprio houver desempenhado qualquer dessas funções ou servido
como testemunha;
c) Tiver funcionado como juiz de outra instância, pronunciando-se, de fato
ou de direito, sobre a questão;
d) Ele próprio ou seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim, em linha
reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, for parte ou diretamente
interessado no feito.
As hipóteses de impedimento previstas no CPP constituem rol taxativo (STF,
HC 97.293/SP, DJ 26.06.2009, Informativo 551).
SUSPEIÇÃO: O juiz dar-se-á por suspeito e, se não o fizer, poderá ser
recusado por qualquer das partes (art. 254):
a) Se for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer deles;
b) Se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente estiverem
respondendo a processo por fato análogo, sobre cujo caráter criminoso
haja controvérsia;
c) Se ele, seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim, até o terceiro
grau, inclusive, sustentarem demanda ou responderem a processo que
tenha de ser julgado por qualquer das partes;
d) Se tiver aconselhado qualquer das partes;
e) Se for credor ou devedor, tutor ou curador de qualquer das partes;
f) Se for sócio, acionista ou administrador de sociedade interessada no
processo.
MINISTÉRIO PÚBLICO: é instituição permanente, essencial à função
jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime
democrático e dos interesses sociais (CF/1988, art. 127).
Impedimento e suspeição do representante do Ministério Público: os
órgãos do Ministério Público não funcionarão nos processos em que o juiz ou
qualquer das partes for seu cônjuge, ou parente, consanguíneo ou afim, em
linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, e a eles se estendem, no
que lhes for aplicável, as prescrições relativas à suspeição e aos
impedimentos dos juízes (art. 258).
ACUSADO: é o sujeito que ocupa o polo passivo da relação jurídica.
Identificação do acusado: a impossibilidade de identificação do acusado com
o seu verdadeiro nome ou outros qualificativos não retardará a ação penal,
quando certa a identidade física. A qualquer tempo, no curso do processo, do
julgamento ou da execução da sentença, se for descoberta a sua qualificação,
far-se-á a retificação, por termo, nos autos, sem prejuízo da validade dos atos
precedentes (art. 259).
Obrigação de comparecimento: se o acusado não atender à intimação para
o interrogatório, reconhecimento ou qualquer outro ato que, sem ele, não
possa ser realizado, a autoridade poderá mandar conduzi-lo à sua presença
(art. 260).
DEFENSOR: é o responsável pela defesa técnica. Trata-se de profissional
habilitado capaz de tornar efetivo o exercício do direito de defesa. No processo
penal, a falta de defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua deficiência só
anulará se houver prova de prejuízo para o réu (STF, Súmula 523).
Defensor constituído: é o defensor indicado pelo réu por meio de
procuração.
Defensor dativo: é aquele nomeado ao réu quando ele não possuir defensor
constituído. O réu poderá substituí-lo a qualquer tempo.
Acusado que não for pobre será obrigado a pagar os honorários do defensor
dativo, arbitrados pelo juiz (art. 263, parágrafo único).
ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO: é o ofendido, parte acessória do processo,
figurando ao lado do Ministério Público e em seu auxílio.
Em todos os termos da ação pública, poderá intervir, como assistente do
Ministério Público, o ofendido ou seu representante legal, ou, na falta, o
cônjuge, ascendente, descendente ou irmãos (art. 268).
Admissão do assistente: o assistente poderá ser admitido a qualquer tempo,
desde que após o recebimento da denúncia e antes da sentença judicial
transitada em julgado (art. 269).
Faculdades (art. 271): o assistente pode:
a) Propor meios de prova;
b) Reperguntar às testemunhas;
c) Aditar as alegações finais do Ministério Público;
d) Participar dos debates orais;
e) Arrazoar os recursos interpostos pelo Ministério Público, ou dele
próprio, contra decisão de impronúncia, de extinção de punibilidade ou
sentença absolutória (arts. 584, § 1º, e 598).
Obs.: o rol do art. 271 é taxativo, de forma que o assistente da acusação
exerce os poderes estritamente dentro dos limites conferidos por este
dispositivo legal (STJ, REsp 604.379/SP, DJ 06.03.2006).
AUXILIARES DA JUSTIÇA: são os responsáveis pela realização de tarefas
técnicas e científicas que auxiliam no desempenho da atividade jurisdicional.
Exemplos: analistas, escreventes, peritos, oficiais de justiça, intérpretes etc.
Perito: em sentido amplo, são pessoas físicas entendidas e experimentadas
em determinados assuntos e que, designadas pela justiça, recebem a
incumbência de ver e referir fatos de natureza permanente, cujo
esclarecimento é de interesse no processo.
Intérprete: é a pessoa conhecedora de determinados idiomas estrangeiros ou
linguagens específicas, que serve de intermediário entre a pessoa a ser ouvida,
o Magistrado e as partes. Os intérpretes são, para todos os efeitos,
equiparados aos peritos (art. 281).

6 – CITAÇÃO E INTIMAÇÃO
Trata-se de um tema recorrente em PROVAS do CESPE nos últimos 03 anos. A
maioria das questões abrange a literalidade e a preferência dos examinadores
é pela citação por hora certa. Vamos resumir este importante tema:
ENDEREÇO
CONHECIDO?

NÃO SIM

NÃO
CITAÇÃO POR EDITAL CITAÇÃO
ENCONTRADO
PRAZOS (arts 361 e 363) PESSOAL
E NÃO SE
OCULTA

EDITAL FIXADO NO FÓRUM OFICIAL ENCONTRA O RÉU


E PUBLICADO E FAZ A CITAÇÃO?

RÉU COMPARECE OU
CONSTITUI ADVOGADO?

O RÉU SE OCULTA PARA


NÃO SER CITADO

NÃO SIM

PROCESSO E PRAZO
PRESCRICIONAL
SUSPENSOS CITAÇÃO POR HORA CERTA

(ARTS. 227 A 229 CPC)

RÉU ENCONTRADO
OU
RÉU COMPARECE

PROCESSO SEGUE
NORMALMENTE

Com relação à intimação, suas características especiais estão presentes nos 4


parágrafos do art. 370. Vamos resumir, em um exercício, tudo que você
precisa saber sobre as intimações para sua PROVA:
(Oficial de Justiça – TJ-BA) Analise as seguintes assertivas, acerca da intimação no
processo penal:
I – A intimação do defensor nomeado pelo Juiz de Direito pode ser feita através de
publicação no órgão incumbido da publicidade dos atos judiciais da comarca, sendo
dispensável o nome do acusado.
II – As intimações nunca podem ser feitas pelo escrivão.
III – A intimação do advogado do querelante pode ser feita através de publicação no
órgão incumbido da publicidade dos atos judiciais da comarca.
IV – A intimação do defensor constituído, do advogado do querelante e do assistente
far-se-á, sempre, por publicação no órgão incumbido da publicidade dos atos
judiciais da comarca, incluindo, sob pena de nulidade, o nome do acusado.
V – A intimação do Ministério Público será sempre pessoal.
Estão corretas as assertivas:
A) I, II e III.
B) I, II e IV.
C) I, IV e V.
D) II, III e V.
E) III e V.

COMENTÁRIOS: Assertiva I Incorreta Nos termos do art. 370, § 1o, a


intimação do defensor constituído, do advogado do querelante e do assistente
far-se-á por publicação no órgão incumbido da publicidade dos atos judiciais da
comarca, incluindo, sob pena de nulidade, o nome do acusado.
Assertiva II Incorreta Conforme se retira do art. 370, § 2o, as intimações,
em alguns casos, poderão ser feitas pelo escrivão:
Art. 370 [...]
§ 2o Caso não haja órgão de publicação dos atos judiciais na comarca, a
intimação far-se-á diretamente pelo escrivão, por mandado, ou via postal com
comprovante de recebimento, ou por qualquer outro meio idôneo.

Assertiva III Correta Está de acordo com o art. 370, § 1o.


Art. 370 [...]
§ 1o A intimação do defensor constituído, do advogado do querelante e do
assistente far-se-á por publicação no órgão incumbido da publicidade dos atos
judiciais da comarca, incluindo, sob pena de nulidade, o nome do acusado.

Assertiva IV Incorreta Essa questão confunde muitos candidatos, pois,


praticamente, reproduz o parágrafo 1º do art. 370. Ocorre, todavia que a
palavra SEMPRE torna a questão incorreta, pois, conforme dispõe o art. 370,
§ 3º:
Art. 370 [...]
§ 3o A intimação pessoal, feita pelo escrivão, dispensará a aplicação a que
alude o § 1o

Assertiva V Correta Está de acordo com o art. 370, § 4o.


Art. 370 [...]
§ 4o A intimação do Ministério Público e do defensor nomeado será pessoal.
7 – PRISÃO EM FLAGRANTE
O regramento sobre prisão foi recentemente modificado pela lei nº
12.403/11. O CESPE adora novidades e, portanto, atenção especial a este
assunto.
Com relação ao tema prisão em flagrante, antes de qualquer coisa, é
importante o conhecimento dos principais tipos de flagrante (próprio,
impróprio, esperado, presumido, provocado, forjado, compulsório e
facultativo). O CESPE gosta de contar uma história e exigir do candidato o
enquadramento da espécie de flagrante com a situação. Sendo assim, atenção
especial com o artigo 302 do CPP.
No CPP, os seguintes artigos você não pode deixar de ler:

OS ARTIGOS MAIS COBRADOS DE PRISÃO EM FLAGRANTE

Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados
imediatamente ao juiz competente, ao Ministério Público e à família do preso ou à pessoa por
ele indicada. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
§ 1o Em até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, será encaminhado ao juiz
competente o auto de prisão em flagrante e, caso o autuado não informe o nome de seu
advogado, cópia integral para a Defensoria Pública. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de
2011).
§ 2o No mesmo prazo, será entregue ao preso, mediante recibo, a nota de culpa, assinada
pela autoridade, com o motivo da prisão, o nome do condutor e os das testemunhas.
(Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).

Art. 303. Nas infrações permanentes, entende-se o agente em flagrante delito enquanto não
cessar a permanência.

Para finalizar vale lembrar que segundo o STF cabe prisão em flagrante para os
crimes habituais se forem recolhidas provas da habitualidade.

8 – PRISÃO PREVENTIVA
Caro aluno, com relação à prisão preventiva é importante que você relembre
as hipóteses de cabimento previstas nos artigos 312 e 313 do CPP. Isto é tema
recorrente em provas do CESPE.

Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública,
da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a
aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente
de autoria. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
Parágrafo único. A prisão preventiva também poderá ser decretada em caso de
descumprimento de qualquer das obrigações impostas por força de outras medidas
cautelares (art. 282, § 4o). (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).

Para que você compreenda perfeitamente, observe a redação antiga e a atual:


NOVA REDAÇÃO REDAÇÃO ANTERIOR

Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será Art. 313. Em qualquer das
admitida a decretação da prisão preventiva: circunstâncias, previstas no artigo
anterior, será admitida a decretação da
I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de
prisão preventiva nos crimes dolosos:
liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos;
I - punidos com reclusão;
II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em
sentença transitada em julgado, ressalvado o disposto no II - punidos com detenção, quando se
inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 apurar que o indiciado é vadio ou,
de dezembro de 1940 - Código Penal; havendo dúvida sobre a sua identidade,
não fornecer ou não indicar elementos
III - se o crime envolver violência doméstica e familiar
para esclarecê-la;
contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou
pessoa com deficiência, para garantir a execução das III - se o réu tiver sido condenado por
medidas protetivas de urgência; outro crime doloso, em sentença
transitada em julgado, ressalvado o
IV - (revogado).
disposto no parágrafo único do art. 46
Parágrafo único. Também será admitida a prisão do Código Penal.
preventiva quando houver dúvida sobre a identidade civil
IV - se o crime envolver violência
da pessoa ou quando esta não fornecer elementos
doméstica e familiar contra a mulher,
suficientes para esclarecê-la, devendo o preso ser colocado
nos termos da lei específica, para
imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se
garantir a execução das medidas
outra hipótese recomendar a manutenção da medida.
protetivas de urgência.

Lembre-se também que:


• O juiz poderá, quantas vezes for necessário, decretar a preventiva
quando presentes os pressupostos e revogá-la quando ausentes.
• A apresentação espontânea NÃO IMPEDE a decretação da preventiva, só
obsta a decretação da prisão em FLAGRANTE!!!

9 – PRISÃO TEMPORÁRIA
A prisão temporária encontra cabimento na lei nº. 7.960/89 e quanto a este
item, assim como frisei na preventiva, atenção total às hipóteses de cabimento
previstas no artigo 1º da lei. Entretanto, este não é o artigo mais exigido em
prova e sim o artigo 2º. Neste dispositivo temos três pontos fundamentais
para sua PROVA:
1. NÃO É POSSÍVEL A DECRETAÇÃO DA PRISÃO TEMPORÁRIA DE
OFÍCIO.
2. NÃO É CABÍVEL A PRISÃO TEMPORÁRIA DURANTE A AÇÃO
PENAL.
3. O PRAZO DA PRISÃO TEMPORÁRIA É DE 05 DIAS PRORROGÁVEL
POR MAIS 05.
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Com relação aos demais temas previstos no edital, releia os dispositivos do
Código Penal, mas não perca um grande tempo nesta reta final. Regra geral,
as questões são retiradas do TEXTO LEGAL.
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