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FRATERNIDADE E SEGURANÇA PÚBLICA

CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2009


Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada
em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita do autor - CNBB.
2/9/2008 14:16:39
CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2009

Conferência Nacional dos Bispos do Brasil


da Fraternidade
Tema: Fraternidade e Segurança Pública
Lema: A paz é fruto da justiça (Is 32,17)

ABC

ABC DA FRATERNIDADE_FINAL.indd 1
Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada
em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita do autor - CNBB.
Elaboração:
Pe. José Adalberto Vanzella
Coordenação Editorial:
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada

Pe. Valdeir dos Santos Goulart


Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma

Projeto Gráfico e Capa:


Fábio Ney Koch dos Santos
em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita do autor - CNBB.

Diagramação:
Henrique Billygran da Silva Santos
Revisão:
Lúcia Soldera
Pe. Wilson Luís Angotti Filho

Cartaz da CF 2009:
Criação: Ana Paula Couto, Bianca U. Trava, Fernando R. Moretti, Nathália Bellan, Luis
Gustavo Cavalcante. Modelo: Adauto H. Cavalcante.

Impressão e acabamento:
Editora e Gráfica Ipiranga ltda.

© CNBB - Todos os direitos reservados

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SE/Sul Quadra 801, Conjunto “B”
CEP: 70401-900 Brasília-DF
Fone: (61) 2103-8383
Fax: (61) 3322-3130
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Sumário
Apresentação.................................................................................................... 5
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada

Introdução .......................................................................................................... 7
Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma
em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita do autor - CNBB.

1. A Economia e a Segurança Pública...................................................... 9


2. A Sociedade e a Segurança Pública .................................................. 15
3. A Cultura e a Segurança Pública ....................................................... 21
4. A Política e a Segurança Pública ........................................................ 27
5. A Religião e a Segurança Pública....................................................... 33
6. Plenário ........................................................................................................ 39
Oração da CF 2009 ....................................................................................... 40

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APRESENTAÇÃO

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB – inicia a


e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada

Campanha da Fraternidade de 2009 desejando que ela seja o gran-


Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma

de esforço da Igreja no Brasil para viver intensamente o tempo


em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita do autor - CNBB.

santo da Quaresma, através da escuta atenta da Palavra, e do com-


promisso pessoal e comunitário de seguir suas exigências.
Este ano, a Campanha da Fraternidade apresenta como tema
“Fraternidade e segurança pública” e como lema: “A paz é fruto da
Justiça (Is 32,17)”. A CNBB pretende, com esta Campanha, debater
a segurança pública, com a inalidade de colaborar na criação de
condições para que o Evangelho seja mais bem vivido em nossa
sociedade por meio de promoção de uma cultura da paz, funda-
mentada na justiça social.
Diariamente, chegam de todos os cantos do país notícias de
injustiças e violências as mais diversas. Nossa sociedade se torna
cada vez mais insegura, e a convivência entre as pessoas é cada
vez mais diícil e delicada. A CNBB quer contribuir para que esse
processo seja revertido através da força transformadora do Evan-
gelho. Todos somos convidados a uma profunda conversão, e a
assumir as atitudes e opções de Jesus, únicos valores capazes de
garantir, de verdade, a eicaz construção de uma sociedade mais
justa e solidária e, conseqüentemente, mais segura.
Celebrar a Quaresma implica, também, assumir juntos, num
autêntico mutirão, como povo de Deus, a busca da paz e da con-
córdia, autênticos dons de Deus, mas frutos, também, de nossa
co-responsabilidade. A dimensão comunitária da Quaresma é, no
Brasil, vivenciada e assumida pela Campanha da Fraternidade. Fo-
calizando a cada ano uma situação especíica da realidade social,
a Campanha da Fraternidade nos ajuda a viver concretamente a
experiência da Páscoa de Jesus na vida do povo. Ela mantém e for-
talece o espírito quaresmal.

Dom Dimas Lara Barbosa Pe. José Adalberto Vanzella


Bispo Auxiliar de São Sebastião Secretário Executivo da
do Rio de Janeiro Campanha da Fraternidade
Secretário-Geral da CNBB

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Concluindo o assunto
Para melhor ixação do conteúdo deste tema, vamos respon-
der às seguintes perguntas:
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada
Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma

1 – Quais foram os principais assuntos tratados?


em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita do autor - CNBB.

2 – Qual a importância desses assuntos para nós?


3 – A partir do que foi discutido, quais frutos a CF 2009 pode
produzir em nossas sociedade?

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6. PLENÁRIO
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O plenário visa fazer o fechamento inal dos assuntos conver-


sados em cada reunião. Para seu bom funcionamento terá um co-
ordenador, previamente escolhido e, onde for possível, a presença
de um assessor.
O trabalho de secretaria é importante, a im de não se per-
derem as contribuições trazidas pelos grupos. Tais conclusões po-
dem, inclusive, ser publicadas como material de apoio para a con-
tinuidade da Campanha da Fraternidade.
Sugere-se que a apresentação dos os diferentes temas seja
intercalada por momentos de cânticos e de espiritualidade entre
os diferentes temas.
Como os assuntos são muitos, é bom reservar um tempo maior
para essa reunião.
Apresenta-se a seguir o roteiro a ser seguido, que pode ser
enriquecido, conforme a realidade de cada plenário.
1 – Respostas inais da primeira reunião – todos os grupos
2 – Tempo livre para comentários
3 – Respostas inais da segunda reunião – todos os grupos
3 – Tempo livre para comentários
5 – Respostas inais da terceira reunião – todos os grupos
6 – Tempo livre para comentários
7 – Respostas inais da quarta reunião – todos os grupos
8 – Tempo livre para comentários
9 – Respostas inais da quinta reunião – todos os grupos
10 – Tempo livre para comentários

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ORAÇÃO DA CF 2009

Bom é louvar-vos, Senhor, nosso Deus,


que nos abrigais à sombra de vossas asas,
defendeis e protegeis a todos nós, vossa família,
como uma mãe, que cuida e guarda seus filhos.
Nesse tempo em que nos chamais à conversão,
à esmola, ao jejum, à oração e à penitência,
pedimos perdão pela violência e pelo ódio
que geram medo e insegurança.
Senhor, que a vossa graça venha até nós
e transforme nosso coração.
Abençoai a vossa Igreja e o vosso povo,
para que a Campanha da Fraternidade
seja um forte instrumento de conversão.
Sejam criadas as condições necessárias
para que todos vivamos em segurança,
na paz e na justiça que desejais.
Amém.

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Cadernos da ANEC do Brasil nº 109

FRATERNIDADE E SEGURANÇA PÚBLICA


CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2009
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em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita do autor - CNBB.
CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2009
Tema: Fraternidade e Segurança Pública
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada

Lema: A paz é fruto da justiça (Is 32, 17)


Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma
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Cadernos da ANEC
do Brasil nº 109
Ensino Fundamental I
Texto de Estudos e Atividades

Conferência Nacional dos Bispos do Brasil

cadernos da anec_109_ensino_fund1 1 25/7/2008 18:36:45


Coordenação Editorial:
Pe. Valdeir dos Santos Goulart
Projeto Gráfico e Capa:
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Fábio Ney Koch dos Santos


Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma

Diagramação:
Henrique Billygran da Silva Santos
em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita do autor - CNBB.

Ilustrações:
Jaqueline Coelho Dornelles
Revisão:
Ir. Maria Conceição Corrêa Pinto, CSA
Cartaz da CF 2009:
Criação: Ana Paula Couto, Bianca U. Trava, Fernando R. Moretti, Nathália Bellan, Luis
Gustavo Cavalcante. Modelo: Adauto H. Cavalcante.
Impressão e acabamento:
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Associação Nacional de Educação Católica do Brasil (ANEC/BR)

Diretoria Nacional: José Marinoni, SDB / Prof. Wolmir Therezio Amado / Ir. Olmira
Bernadete Dassoler, SSpS / Ir. Mariluce Nilo Morcourt, SSD / Pe. Guido Aloys Johanes
Kuhn, S.J / Pe. José Romualdo Degasperi / Ir. Dario Bortolini, FMS
Conselho Fiscal: Ir. Amélia Regina Saggin Guerra, SND / Dr. Stefan Haypek / Prof.
Antônio Celso Pasquini
Equipe de Texto: Ir. Olmira Bernadete Dassoler / Jaqueline Coelho Dornelles / Leandro
Rossa (Coordenador) / Iglê Moura Paz Ribeiro / Álvaro Sebastião Teixeira Ribeiro
Endereço ANEC: SRTV/Sul Quadra 701 Bloco 2 Sala 601 – Centro Empresarial Assis
Chateaubriand – 70340-000 – Brasília-DF – Fone: 61 3226-5655 – Fax: 61 3322-5539
– anec@anec.org.br – www.anec.org.br

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ........................................................................................... 4
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada
Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma

ÀS COMUNIDADES EDUCATIVAS .......................................................... 7


em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita do autor - CNBB.

PARTILHANDO IDÉIAS .............................................................................. 7


1. DANDO CONTINUIDADE À CAMPANHA DA
FRATERNIDADE .................................................................................. 12
2. FRATERNIDADE, SEGURANÇA PÚBLICA E VIOLÊNCIA .... 16
3. A PAZ É FRUTO DA JUSTIÇA ........................................................... 22
4. NAS DIFERENÇAS BUSCAMOS A PAZ. ........................................ 29
5. A PAZ É A GENTE QUE FAZ. ............................................................ 35
6. AVALIAÇÃO E AUTO-AVALIAÇÃO ................................................. 41
7. CELEBRANDO A PAZ E A FRATERNIDADE ............................. 43

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APRESENTAÇÃO

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB – inicia a


e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada

Campanha da Fraternidade de 2009 desejando que ela seja o gran-


Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma

de esforço da Igreja no Brasil para viver intensamente o tempo


em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita do autor - CNBB.

santo da Quaresma, através da escuta atenta da Palavra, e do com-


promisso pessoal e comunitário de seguir suas exigências.
Este ano, a Campanha da Fraternidade apresenta-nos como
tema “Fraternidade e segurança pública” e como lema: “A paz é
fruto da Justiça (Is 32, 17)”. A CNBB pretende, com esta Campa-
nha, debater a segurança pública, com a inalidade de colaborar na
criação de condições para que o Evangelho seja mais bem vivido
em nossa sociedade por meio da promoção de uma cultura da paz,
fundamentada na justiça social.
Diariamente, chegam de todos os cantos do país notícias de
injustiças e violências as mais diversas. Nossa sociedade se torna
cada vez mais insegura, e a convivência entre as pessoas é cada
vez mais diícil e delicada. A CNBB quer contribuir para que esse
processo seja revertido através da força transformadora do Evan-
gelho. Todos somos convidados a uma profunda conversão, e a
assumir as atitudes e opções de Jesus, únicos valores capazes de
garantir, de verdade, a eicaz construção de uma sociedade mais
justa e solidária e, conseqüentemente, mais segura.
Celebrar a Quaresma implica, também, assumir juntos, num
autêntico mutirão, como povo de Deus, a busca da paz e da con-
córdia, autênticos dons de Deus, mas frutos, também, de nossa
co-responsabilidade. A dimensão comunitária da Quaresma é, no
Brasil, vivenciada e assumida pela Campanha da Fraternidade. Fo-
calizando a cada ano uma situação especíica da realidade social,
a Campanha da Fraternidade nos ajuda a viver concretamente a
experiência da Páscoa de Jesus na vida do povo. Ela mantém e for-
talece o espírito quaresmal.

Dom Dimas Lara Barbosa Pe. José Adalberto Vanzella


Bispo Auxiliar de São Sebastião Secretário Executivo da
do Rio de Janeiro Campanha da Fraternidade
Secretário-Geral da CNBB

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Queridas Comunidades Educativas
Há 26 anos, os cadernos, que ora apresento, vinham sendo pu-
blicados pela Associação de Educação Católica do Brasil (AEC/BR).
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada

A partir deste ano, serão publicados pela Associação Nacional de


Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma

Educação Católica (ANEC), entidade resultante da união da Asso-


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ciação Brasileira de Escolas Superiores Católicas (ABESC), da mes-


ma Associação de Educação Católica do Brasil (AEC/BR) e da Asso-
ciação Nacional de Mantenedoras de Escolas Católicas (ANAMEC).
A partir de dezembro de 2007, essas associações se constituíram
em nova entidade. Esta, na medida do possível, encampa as ativida-
des, anteriormente desenvolvidas pelas três associações. Aos pou-
cos, porém, ela vai construindo sua nova identidade e redeinindo
seus rumos. Neste ínterim, a Diretoria da ANEC/BR decidiu, com
o estímulo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB),
da solicitação de seus usuários e dos participantes do seminário
comemorativo dos 25 anos de publicação desses cadernos, dar
continuidade a sua publicação. Essa continuidade parece ser im-
portante, pois, este é o único material da Campanha, diretamente
destinado à vivência da fraternidade nas comunidades educativas
escolares.
A Associação Nacional de Educação Católica (ANEC), não só
deseja prosseguir com essa publicação, como deseja enriquecê-la
e ampliá-la, a partir do próximo ano, para que nossas comunidades
educativas possam, em seu trabalho pedagógico, usufruir desses
valiosos subsídios. Anualmente, na perenidade da fraternidade e
na sazonalidade de seus temas e lemas, eles voltarão, enfatizando
a importância da centralidade do amor fraterno e solidário, nas ati-
vidades pastorais e pedagógicas. Paulo Freire repetia, à saciedade,
que o fazer dos educadores precisava ser uma “práxis encharcada
de amor”. Daquele amor que dá sentido secreto ao universo, redime
o mundo e salva a humanidade. Daquele amor incondicional que,
na doação e no serviço, inclui a todos. Encontra o caminho adequa-
do de acesso a todas as pessoas, a todas as culturas, ocupando o
coração do fazer pedagógico das comunidades educativas.
5

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1. Dando continuidade à Campanha da Fraternidade
1.1 Pontes unindo Campanhas
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada
Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma
em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita do autor - CNBB.

Parte de nossa vida é constituída de pontes, ligando lembran-


ças e sonhos. Com freqüência, ouvimos dizer que recordar é viver.
Que sonhar é viver. Para continuar abrindo espaço para a vida,
busquemos elos entre as Campanhas de 2008 e de 2009. Suponha-
mos que a fraternidade seja uma travessia ou uma ponte ligando
as pessoas entre si, com o universo e com Deus. Travessia ou ponte
que não se limita a uma campanha. A cada campanha temas e le-
mas variam, para que aprofundemos aspectos novos da fraterni-
dade, sugeridos pela dramaticidade do contexto mundial em que
vivemos. O sonho da fraternidade está sempre em construção. Por
ser uma tarefa inindável da humanidade, nunca estará concluída.
As Campanhas se sucedem uma a outra, para nos incitar a continu-
ar caminhando na concretização da fraternidade.
Neste momento, queremos relembrar a Campanha da Frater-
nidade de 2008. Olhando o cartaz daquela Campanha, o que ve-
mos? A igura de uma pessoa idosa, que leva, estampadas em seu
corpo, as marcas indeléveis do tempo. Vemos também uma criança
cuja vida é um livro aberto para o futuro, cheio de esperanças e
com muitas páginas em branco. Vemos, então, de um lado, a experi-
ência, as lembranças acumuladas, do outro, o sonho de uma longa
caminhada futura, cheia de expectativas. É a continuidade da vida
e das gerações na única história da humanidade.
A Campanha da Fraternidade de 2008, com o tema: “Fraterni-
dade e defesa da vida” e o lema:“Escolhe, pois a vida” (Dt 30,19),

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1.2 Estabelecendo pontes entre as Campanhas
Olhando para o cartaz da Campanha da Fraternidade de
2009, vemos impressos o tema: “Fraternidade e segurança pública”
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada

e o lema: “A paz é fruto da justiça” (Is 32,17). Nele, está também, a


Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma

fotograia de um jovem, sentado, com um livro nas mãos. A criança


em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita do autor - CNBB.

do ano anterior, encurtando o tempo, já se transformou em jovem.


E o idoso?
Os autores do cartaz provavelmente quiseram enfatizar a im-
portância da educação, da cultura, da informação e do conhecimen-
to para a construção da paz, o bem mais desejado e necessário para
a humanidade atual. Da paz que não nasce por ela mesma, mas é
fruto da vivência de valores, de comportamentos, de relações fra-
ternas solidárias. A cultura dominante estrutura-se ao redor de op-
ções contrárias à paz, porque se concentram na vontade de poder
que gera dominação, conlitos e violências. No capítulo seguinte,
vamos aprofundar mais este assunto.

1.3 O que diz a Bíblia


No texto de Mt 5,1-10, vejamos o anseio por um mundo mais
pacíico.

Jesus viu as multidões, subiu • Felizes os que promovem


à montanha e sentou-se. Os a paz, porque serão chamados
filhos de Deus;
discípulos se aproximaram, e
Jesus começou a ensiná-los: • Felizes os que são perse-
guidos por causa da justiça,
• Felizes os aflitos, porque porque deles é o Reino do
serão consolados; Céu. Fiquem alegres e con-
tentes, porque será grande
para vocês a recompensa no
• Felizes os mansos, porque céu.
possuirão a terra;

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Suas conseqüências podem ser sentidas nos relacionamentos do
dia-a-dia, com por exemplo, através das agressões verbais, ísicas,
ou provenientes da pressão da turma, entre outras.
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada

Essa situação vai gerando conlitos que tornam a convivência


Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma

humana mais diícil, porque cada pessoa tem seu modo de ser, seu
em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita do autor - CNBB.

modo de pensar e seu modo de agir. Tudo o que fere, destrói, agri-
de ou machuca as pessoas, bem como o que não promove a vida ou
prejudica o bem-estar, tanto individual, quanto social é considerado
violência (Texto Base/2009 e http:// www.naoviolencia.org.br/).

Atividade individual
1. Leia o texto, individualmente, e destaque as palavras que não lhe
são tão conhecidas e procure esclarecê-las, anotando-as.
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Atividade em grupo
1. Em pequenos grupos, vamos fazer um levantamento das princi-
pais violências em nossa família e em nossa escola.
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada

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Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma
em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita do autor - CNBB.

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2. Por que existem essas violências? (Cada um anote as respostas a es-


sas perguntas, para depois conversar sobre elas com a sua família)
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3. Quais são as situações mais freqüentes de agressividade em sua


comunidade educativa? (Os grupos deverão elaborar um pe-
queno texto sobre a relexão feita. Depois, com os textos montar
um mural em sala de aula).
_______________________________________________________

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4. Quais as principais causas dessas violências, dessa agressivida-


de? (Cada grupo, partilhe com a turma o resultado da relexão).
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4.3 O que a Bíblia nos diz
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada
Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma

Como o corpo é um só, Judeus ou gregos,


em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita do autor - CNBB.

embora tenha muitos escravos ou livres, fomos


membros, e como todos batizados em um só
os membros do corpo, Espírito, para formarmos
embora sejam muitos, um só corpo e todos nós
formam um só corpo, bebemos de um único
assim também acontece Espírito (ICor 12,12-13).
com Cristo.

Compreendendo e interpretando a Palavra de Deus, vamos


criar, com nossos colegas, histórias, que envolvam as questões tra-
balhadas sobre paz, justiça e diferenças, para serem encenadas.
A encenação terá como inalidade sensibilizar as comunidades a
buscarem e exigirem a garantia de justiça e de paz, a partir das
diferenças.
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32

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4.4 Momento de Oração:
Vamos criar coletivamente um grito de paz, colocando em evi-
dência o desejo de justiça, a partir das diferenças.
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada
Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma

_______________________________________________________
em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita do autor - CNBB.

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Para reletir:

33

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Se permanecerdes em minha palavra, sereis verdadeiramente
meus discípulos, e conhecereis a verdade, e a verdade vos tornará
livres (Jo 8,31).
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada

_______________________________________________________
Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma
em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita do autor - CNBB.

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Na turma
Dentre todas as ações apresentadas pelos grupos, vamos es-
colher uma ou duas, que queremos desenvolver em nosso projeto.
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Escolhido o que queremos fazer, precisamos, agora dizer para


que fazê-lo? Também, aqui, para deinir o para quê, vamos retor-
nar, sempre, aos nossos trabalhos das sessões anteriores.

34

cadernos da anec_109_ensino_fund34 34 25/7/2008 18:36:57


5. A paz é a gente que faz.
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada
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em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita do autor - CNBB.

5.1 Momento de acolhida


Nos encontros anteriores, aprofundamos o tema e o lema da
Campanha da Fraternidade de 2009. Esclarecemos conceitos como:
segurança pública, violência, justiça e paz. Vimos como a seguran-
ça pública não é questão apenas do Estado. Diz respeito a cada um
de nós. É responsabilidade de todos os cidadãos. Percebemos que a
violência se constitui em ameaça assustadora e em grande desaio
para a segurança pública e pessoal. Constatamos que, muitas vezes,
a violência tem sua origem nas desigualdades sociais, na negação
dos direitos humanos e no uso do poder econômico e político como
dominação e exclusão, de grandes contingentes humanos, dos bens
naturais e dos produzidos pelo trabalho das pessoas. Entendemos
que a paz é fruto da vivência dos valores éticos, sobretudo da justi-
ça e da solidariedade.
Além de aprofundar conceitos, diagnosticamos (avaliamos)
nossa realidade no que se refere, de forma especial, à prática da
violência, verdadeiro câncer da segurança pública e pessoal, da
justiça e da paz. Diante do quadro nada alentador, em que se en-
contra a segurança pública e a pessoal, não cruzamos os braços.

35

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FRATERNIDADE E SEGURANÇA PÚBLICA
CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2009

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE
EDUCAÇÃO CATÓLICA DO BRASIL
ISBN 978-85-60263-49-3

263493
9788560
Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada
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CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2009
Tema: Fraternidade e Segurança Pública
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada

Lema: A Paz é Fruto da Justiça (Is 32,17)


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Cadernos da ANEC
do Brasil nº 110
Ensino Fundamental II
Texto de Estudos e Atividades

Conferência Nacional dos Bispos do Brasil

cadernos da anec_110_FINAL_DEFINITIVA.indd 1 17/9/2008 13:40:21


Coordenação Editorial:
Pe. Valdeir dos Santos Goulart
Projeto Gráfico e Capa:
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada

Fábio Ney Koch dos Santos


Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma

Diagramação:
Henrique Billygran da Silva Santos
em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita do autor - CNBB.

Ilustrações:
Italo Rios
Revisão:
Ellen Cristina
Pe. Wilson
Cartaz da CF 2009:
Criação: Ana Paula Couto, Bianca U. Trava, Fernando R. Moretti, Nathália Bellan, Luis
Gustavo Cavalcante. Modelo: Adauto H. Cavalcante.
Impressão e acabamento:
Editora e Gráfica Ipiranga ltda.

Associação Nacional de Educação Católica do Brasil (ANEC/BR)

Diretoria Nacional: José Marinoni, SDB / Prof. Wolmir Therezio Amado / Ir. Olmira Ber-
nadete Dassoler, SSpS / Ir. Mariluce Nilo Morcourt, SSD / Pe. Guido Aloys Johanes Kuhn,
S.J / Pe. José Romualdo Degasperi / Ir. Dario Bortolini, FMS
Conselho Superior: Ir. Clemente Ivo Juliatto, FMS / Ir. Maria Aparecida da Rocha
Moreira, RSCM / Ir. Maria Tereza Diniz, FPCC / Ir. Teresinha Maria de Sousa, MC / Ir. Nelso
Antônio Bordignon, FSC / Reitor Pedro Rubens Ferreira Oliveira / Ir. Arlindo Corrent,
FMS / Pe. Christian de Paul de Barchifontaine / Professor Roberto Prado
Equipe de Texto: Iglê Moura Paz Ribeiro / Ir. Olmira Bernadete Dassoler / Jaqueline
Coelho Dornelles / Leandro Rossa (Coordenador) / Álvaro Sebastião Teixeira Ribeiro
Secretário Executivo: Prof. Dr. Dilnei Lorenzi
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Chateaubriand – 70340-000 – Brasília-DF – Fone: 61 3226-5655 – Fax: 61 3322-5539 –
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cadernos da anec_110_FINAL_DEFINITIVA.indd 2 18/9/2008 11:50:17


Sumário
Apresentação .......................................................................................................4
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada

Queridas Comunidades Educativas ............................................................5


Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma
em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita do autor - CNBB.

Às comunidades educativas
Partilhando idéias .............................................................................................7
1. Pensando a continuidade
da Campanha da Fraternidade. ............................................................12
2 . Vida segura? O que é? ..............................................................................15
3. A Paz e a Justiça: caminho possível? ..................................................18
4. A segurança pública
e mobilização nas escolas: tudo a ver? .............................................23
5. A paz é a gente que faz. ............................................................................28
6. Avaliação e auto-avaliação .....................................................................32
7. Celebrando a Paz e a Fraternidade. ....................................................34

cadernos da anec_110_FINAL_DEFINITIVA.indd 3 17/9/2008 13:40:26


1. Pensando a continuidade da Campanha da Fraternidade
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada
Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma
em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita do autor - CNBB.

- Olá galera! Estamos, vivendo, novamente, o tempo da Campa-


nha da Fraternidade.
- Campanha da Fraternidade é um momento, quando a sociedade
se mobiliza para anunciar e denunciar algo que não está bem.
- No ano passado a Campanha da Fraternidade tratava da ques-
tão da defesa da vida.
- Penso que seria interesante a gente relembrar como foi a vivên-
cia da campanha, no ano passado.

Para Relembrar
Parte de nossa vida é constituída de pontes, ligando lembran-
ças e sonhos. Com freqüência, ouvimos dizer que recordar é viver.
Que sonhar é viver. Para continuar abrindo espaço para a vida, bus-
quemos elos entre as Campanhas de 2008 e de 2009. Suponhamos
que a fraternidade seja uma travessia ou uma ponte ligando as pes-
soas entre si, com o universo e com Deus. Travessia ou ponte que
não se limita a uma campanha.

12

cadernos da anec_110_FINAL_DEFINITIVA.indd 12 19/9/2008 13:13:46


Para Refletir:

Atividade individual
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada
Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma

O que mais chama sua atenção nos textos acima?


em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita do autor - CNBB.

_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________

Que beleza, pelas montanhas, os passos de quem traz boas no-


vas, daquele que traz a notícia da paz, que vem anunciar a felicidade,
noticiar a salvação...(Isaias 52,7). A escola de Almirante Tamanda-
ré, pode enquadrar-se nesta visão do profeta Isaías? Por quê?
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________

O exemplo da Escola João Paulo I pode ser considerado como


promotor da paz e da justiça? Por quê?
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________

Os exemplos desses colégios podem ser multiplicados em ou-


tros espaços comunitários e sociais? Quais? Como?
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________

26

cadernos da anec_110_FINAL_DEFINITIVA.indd 26 17/9/2008 13:40:32


Para Pesquisar

Atividade em pequenos grupos


e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada
Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma

Vamos relatar, no grupo, o resultado de nossa relexão indivi-


em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita do autor - CNBB.

dual. Em seguida, vamos pesquisar situações e ações nas escolas


de nossa cidade ou região, que promovem a justiça e geram a paz e,
por isso, contribuem para a segurança pública.

Entidades Resultados
Ação Local Observações
promotoras alcançados

Para partilhar:
Neste momento, iremos redigir um jornal com os conheci-
mentos adquiridos, até aqui. Nele apresentaremos os principais
pontos da pesquisa, de nossas relexões e de nossas propostas de
ações, com a intenção de provocar intensa relexão e informações
a outros integrantes da comunidade educativa, incluindo os pais e
a comunidade, em geral, se possível.

27

cadernos da anec_110_FINAL_DEFINITIVA.indd 27 17/9/2008 13:40:32


5. A paz é a gente que faz
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada
Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma
em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita do autor - CNBB.

Para Refletir
Nos encontros anteriores, aprofundamos o Tema: Fraternida-
de e Segurança Pública e o Lema: A paz é fruto da justiça (Is 32,17).
Reletimos sobre a organização comunitária para enfrentar a vio-
lência e esclarecemos conceitos como: segurança pública, violência,
justiça e paz. Vimos como a segurança pública não é questão, ape-
nas do Estado. Diz respeito a cada um de nós. É responsabilidade
de todos os cidadãos. Percebemos que a violência se constitui em
ameaça assustadora e em grande desaio para a segurança pública
e pessoal. A violência, muitas vezes, tem sua origem nas desigual-
dades sociais, na negação dos direitos humanos e no uso do poder
econômico e político como dominação e exclusão de grandes con-
tingentes humanos dos bens naturais e dos produzidos pelo tra-
balho das pessoas. Entendemos que a paz é fruto da vivência dos
valores éticos, sobretudo da justiça e da solidariedade.
Além de aprofundar conceitos, diagnosticamos (avaliamos)
nossa realidade no que se refere, de forma especial, à prática da vio-
lência, verdadeiro câncer da segurança pública e pessoal, da justiça
e da paz. Diante do quadro nada alentador, em que se encontra a
segurança pública e a pessoal, não cruzamos os braços. Durante os

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Hino da Campanha da Fraternidade
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada

1. Ó povo meu, chegou a mim o teu lamento,


Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma

Conheço o medo e a insegurança em que estás.


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Eu venho a ti, sou tua força e teu alento.


Vou te mostrar caminho novo para a paz.
Refr.: Onde pões tua coniança?
Segurança, quem te traz?
É o amor que tudo alcança;
Só a justiça gera a paz!
2. Quando o direito habitar a tua casa,
Quando a justiça se sentar à tua mesa,
A segurança há de brincar em tuas praças;
Enim, a paz demonstrará sua beleza.
3. A segurança é vida plena para todos:
Trabalho digno, moradia, educação;
É ter saúde e os direitos respeitados;
É construir fraternidade, é ser irmão.
4. É vão punir sem superar desigualdades;
É ilusão só exigir sem antes dar.
Só na justiça encontrarás tranqüilidade;
Não-violência é jeito novo de lutar.
5. É como teia de aranha, a segurança (Jó 8,14)
De quem conia só nas armas, no poder.
Não é violência, não são grades ou vingança
Que irão fazer paz e justiça lorescer.
6. Eu desposei-te no direito e na justiça
Com grande amor e com ternura te escolhi. (Os 2,18)
Como aceitar o desrespeito, a injustiça,
A intolerância e o desamor que vêm de ti?!

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FRATERNIDADE E SEGURANÇA PÚBLICA
CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2009
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CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2009
Tema: Fraternidade e Segurança Pública
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada

Lema: A Paz é Fruto da Justiça (Is 32,17)


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Cadernos da ANEC
do Brasil nº 111
Ensino Médio
Texto de Estudos e Atividades

Conferência Nacional dos Bispos do Brasil

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Coordenação Editorial:
Pe. Valdeir dos Santos Goulart
Projeto Gráfico e Capa:
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Fábio Ney Koch dos Santos


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Diagramação:
Henrique Billygran da Silva Santos
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Ilustrações:
Italo Rios
Revisão:
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Cartaz da CF 2009:
Criação: Ana Paula Couto, Bianca U. Trava, Fernando R. Moretti, Nathália Bellan, Luis
Gustavo Cavalcante. Modelo: Adauto H. Cavalcante.
Impressão e acabamento:
Editora e Gráfica Ipiranga ltda.

Associação Nacional de Educação Católica do Brasil (ANEC/BR)

Diretoria Nacional: José Marinoni, SDB / Prof. Wolmir Therezio Amado / Ir. Olmira Ber-
nadete Dassoler, SSpS / Ir. Mariluce Nilo Morcourt, SSD / Pe. Guido Aloys Johanes Kuhn,
S.J / Pe. José Romualdo Degasperi / Ir. Dario Bortolini, FMS
Conselho Superior: Ir. Clemente Ivo Juliatto, FMS / Ir. Maria Aparecida da Rocha
Moreira, RSCM / Ir. Maria Tereza Diniz, FPCC / Ir. Teresinha Maria de Sousa, MC / Ir. Nelso
Antônio Bordignon, FSC / Reitor Pedro Rubens Ferreira Oliveira / Ir. Arlindo Corrent,
FMS / Pe. Christian de Paul de Barchifontaine / Professor Roberto Prado
Equipe de Texto: Álvaro Sebastião Teixeira Ribeiro / Ir. Olmira Bernadete Dassoler /
Jaqueline Coelho Dornelles / Leandro Rossa (Coordenador) / Iglê Moura Paz Ribeiro
Secretário Executivo: Prof. Dr. Dilnei Lorenzi
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Sumário
Apresentação ........................................................................................................ 4
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada

Queridas Comunidades Educativas ............................................................. 5


Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma
em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita do autor - CNBB.

Às comunidades educativas
Partilhando idéias .............................................................................................. 7
1. Relembrando a Campanha da Fraternidade 2008:
Fraternidade e defesa da vida ................................................................12
2. A violência no Brasil: acaso ou descaso? ...........................................16
3. Escola: lugar de conhecimento ou violência? ..................................20
4. A paz é fruto da justiça:
segurança pública e mobilização comunitária ................................... 24
5. A paz é a gente que faz ..............................................................................29
6. Avaliação e auto-avaliação .......................................................................33
7. Celebrando a Paz e a Fraternidade .......................................................35

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2. A violência no Brasil: acaso ou descaso?
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada
Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma
em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita do autor - CNBB.

Para se informar

A Violência no Brasil
O Brasil é considerado um dos países mais violentos do mundo.
O índice de assaltos, seqüestros, extermínios, violência doméstica
e contra a mulher é muito alto e contribui para tal consideração.
Suas causas são sempre as mesmas: ganância, miséria, pobre-
za, má distribuição de renda, desemprego e desejo de vingança.
A repressão usada pela polícia para combater a violência gera con-
litos e insegurança na população que nutrida pela corrupção das
autoridades não sabe em quem coniar e decide se defender a pró-
prio punho, perdendo seu referencial de segurança e sua expecta-
tiva de vida.
O governo, por sua vez, concentra o poder nas mãos de pou-
cos, deixando de lado as instituições que representam o povo. A
estrutura governamental torna, em alguns aspectos, a violência
necessária, para a manutenção da desigualdade social. Não se
sabe, ao certo, onde a violência se concentra. Quando presas, as
pessoas sofrem torturas, maus tratos, descasos, perseguições e
opressões fazendo que tenham, dentro de si, um desejo maior e
exagerado de vingança.

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Se a violência se concentra fora dos presídios, é necessário
que haja um planejamento de forma que se utilize uma equipe
especíica não regida pela força, autoridade exagerada e violenta.
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada

Medidas precisam ser tomadas para diminuir tais fatos, mas é pre-
Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma

ciso que se atente para a estrutura que vem sendo montada para
em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita do autor - CNBB.

decidir o futuro das cidades brasileiras.


Não é necessário um cenário de guerra com armas pesadas no
centro das cidades, mas de pessoal capacitado para combater a vio-
lência e os seus causadores. Um importante passo seria cortar a liber-
dade excessiva que hoje rege o país, aplicar punições mais severas aos
que infringirem as regras e diminuir a exploração econômica.
Por Gabriela Cabral, Equipe Brasil Escola
Texto extraído do Site: http://www.brasilescola.com/
sociologia/violencia-no-brasil.htm. Em 27/06/08.

Para Refletir:

Atividade individual
1. O que você pensa das idéias de Gabriela Cabral, no texto
acima? O que mais chama sua atenção?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

2. Por que o texto de Gabriela Cabral pode nos ajudar a pen-


sar a violência no Brasil?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

3. Para você o que é a violência?


___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

17

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Para Pesquisar

Atividade em pequenos grupos


e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada
Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma
em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita do autor - CNBB.

O Texto Base da CF 2009 nos apresenta três tipos básicos de


violência: a estrutural, a ísica e a simbólica (Nº de 98 a 101). Va-
mos ler o texto e reletir sobre elas com nossos colegas de grupo.

1. A partir da realidade de nossa comunidade vamos citar os


principais atos de violência estrutural, ísica e simbólica ocorridos
recentemente. Vamos pesquisar em jornais, revistas ou sites locais.

Violência Estrutural/Física Violência Simbólica

2. A partir dos exemplos dados que relação seria possível fa-


zer entre estes tipos de violência?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

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3. Quais seriam as causas da violência em nossa comunida-
de? Relate-as.
___________________________________________________________________
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada

___________________________________________________________________
Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma

___________________________________________________________________
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4. Em nossa comunidade os jovens são mais vítima ou


causadores da violência? Justifique a partir dos dados pesqui-
sados a resposta dada.
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Para Consolidar nossos conhecimentos:

Atividade na turma
1. Vamos construir um mural que apresente os principais pontos
de nossas pesquisas e de nossas relexões, com a intenção de
provocar mais relexão na comunidade educativa (incluindo os
pais e a comunidade em geral, se possível.)

Mural da Turma

19

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5. A paz é a gente que faz
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Para Refletir
Nos encontros anteriores, aprofundamos o tema e o lema
da Campanha da Fraternidade de 2009. Esclarecemos conceitos
como: segurança pública, violência, justiça e paz. Vimos como a
segurança pública não é questão, apenas do Estado. Diz respeito
a cada um de nós. É responsabilidade de todos os cidadãos. Per-
cebemos que a violência se constitui em ameaça assustadora e
em grande desaio para a segurança pública e pessoal. Constata-
mos que, muitas vezes, a violência tem sua origem nas desigual-
dades sociais, na negação dos direitos humanos e no uso do po-
der econômico e político como dominação e exclusão de grandes
contingentes humanos dos bens naturais e dos produzidos pelo
trabalho das pessoas. Entendemos que a paz é fruto da vivência
dos valores éticos, sobretudo da justiça e da solidariedade.
Além de aprofundar conceitos, diagnosticamos (avaliamos)
nossa realidade no que se refere, de forma especial, à prática da vio-
lência, verdadeiro câncer da segurança, da justiça e da paz. Diante
do quadro nada alentador, em que se encontra a segurança pública
e a pessoal, não cruzamos os braços. Durante os últimos meses, em
nossas turmas, já realizamos várias atividades voltadas para a vivên-
cia do amor fraterno e solidário. No entanto, temos consciência de

29

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FRATERNIDADE E SEGURANÇA PÚBLICA
CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2009
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31/7/2008 18:10:05
CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2009

Conferência Nacional dos Bispos do Brasil


Círculos Bíblicos
Tema: Fraternidade e Segurança Pública
Lema: A paz é fruto da justiça (Is 32,17)

Ecumênicos

Círculos Bíblicos Ecumênico_FINA1 1


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Círculos Bíblicos Ecumênico_FINA2 2 31/7/2008 18:10:07


• violência na negação de direitos básicos dos pobres;
• consumismo e propaganda que valorizam o produto e não o
ser humano;
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada

• a violência de políticos que exploram o povo em vez de


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cuidar dele.
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Cada subgrupo refletirá o seu tema a partir de três questões:


a) Como percebemos esse problema em nossa realidade?
b) Por que achamos que isso acontece?
c) O que seria preciso fazer para caminhar na direção de uma solução?

Depois, cada subgrupo apresentará o resultado da sua con-


versa aos demais.

6. Iluminando com a Palavra de Deus


Em seguida, o animador ou animadora a poderá propor tre-
chos das Escrituras que serão brevemente comentadas, de modo
livre e ligado ao tema, por pessoas diferentes (de Igrejas diferentes
também, se for possível), como iluminação sobre o que Deus espe-
ra que façamos a respeito desses problemas.
Praticar a misericórdia e o direito é mais agradável ao Senhor do que os
sacrifícios. Pr 21,3.

Ensina o adolescente quanto ao caminho a seguir; e ele não desviará, mesmo


quando envelhecer. Pr 22,6.

Ninguém trabalhará sem proveito, ninguém vai gerar filhos, para morrerem
antes do tempo. Is 65,23a.

Dar-vos-ei pastores de acordo com o meu projeto. Eles governarão com clarivi-
dência e sabedoria. Jr 3,15.

Felizes os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. Mt 5,9.

Tudo, portanto, quanto desejais que os outros vos façam, fazei-o, vos também, a
eles. Mt 7,12.

Não são as pessoas com saúde que precisam de médico, mas as doentes. Lc 5,31

Círculos Bíblicos Ecumênico_FINA7 7 31/7/2008 18:10:07


T.: Perdoa, Senhor, as divisões entre grupos e Igrejas, que
nos deixam incapazes de apresentar ao mundo o testemunho
da unidade fortalecida e construtiva no meio da diversidade.
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada

Ajuda-nos no caminho da reconciliação e da mútua colabora-


Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma

ção fraterna.
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Canto de perdão:
Misericórdia, Senhor! Misericórdia, misericórdia!

Senhor, escuta o lamento e tem de nós compaixão!


Ao povo dá novo alento, a tua graça e perdão.
(da CF 2005 – equipe do CELMU e Micaela Berger)

4. Proclamação da Palavra
Leit. 2: Pela voz do profeta Isaías, Deus nos indica que o culto
que ele realmente deseja está ligado ao conjunto de atitudes de fra-
ternidade e justiça que protegem a vida de todos. Ler, da Bíblia,
Is 58,6-12
T.: Juntos queremos trabalhar para curar feridas e repa-
rar o que se estraga na vida de nossos irmãos e irmãs. Forta-
lece, Senhor, nossa disposição para caminhar na unidade a
serviço do teu Reino.
Leit. 2: O salmo 8 canta a glória de Deus, Criador de maravi-
lhas. Destaca o ser humano, como obra importante, coloca o resto
da criação a seus cuidados. E que izemos com essa obra querida de
Deus? Como mostramos a Deus que valorizamos o que ele cria?
T.: Ó Senhor, nosso Deus, como é glorioso teu nome em
toda a terra! Sobre os céus se eleva a tua majestade!
Leit. 3: Da boca dos pequeninos e das crianças de colo susci-
tas um louvor contra teus adversários, para reduzir ao silêncio o
inimigo e o rebelde.
T.: Ó Senhor, nosso Deus, como é glorioso teu nome em
toda a terra! Sobre os céus se eleva a tua majestade!

14

Círculos Bíblicos Ecumênico_FINA14 14 31/7/2008 18:10:08


Leit. 3: Quando olho para o céu, obra de tuas mãos,
Vejo a lua e as estrelas que criaste:
Que coisa é o homem, para dele te lembrares,
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada

Que é o ser humano, para o visitares?


Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma

T.: Ó Senhor, nosso Deus, como é glorioso teu nome em


em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita do autor - CNBB.

toda a terra! Sobre os céus se eleva a tua majestade!


Leit. 3: No entanto o izeste só um pouco menor do que os
anjos;
de honra e glória o coroaste.
Tu o colocaste à frente das obras de tuas mãos.
Tudo puseste sob seus pés:
as ovelhas e bois, todos os animais do campo,
as aves do céu e peixes do mar,
todo ser que percorre os caminhos do mar.
T.: Ó Senhor, nosso Deus, como é glorioso teu nome em
toda a terra! Sobre os céus se eleva a tua majestade!
Leit. 4: Paulo sabe que a comunidade cristã também está ex-
posta a tentações. Mas acredita na graça como fator de mudança e
não deixa de apresentar o ideal de uma comunidade de discípulos
do mesmo Senhor, unidos como exemplo de amor para que o mun-
do creia. Ler, da Bíblia Ef 4,25-32.
T.: Ajuda-nos, Senhor, a viver como irmãos, para que nos-
sa união seja estímulo e sinal do amor fraterno que desejas
que espalhemos pelo mundo.

Canto de aclamação ao Evangelho:


(de Almir Gonçalves dos Reis/
Paulo Rafael de Oliveira e Adenor Terra

CF 2000 e 2005):
Fala, Senhor! Fala, Senhor, Palavra de fraternidade!
Fala, Senhor! Fala, Senhor! És luz da humanidade!

15

Círculos Bíblicos Ecumênico_FINA15 15 31/7/2008 18:10:08


A tua Palavra é fonte que corre
Penetra e não morre, não seca jamais.
A tua palavra, que a terra alcança,
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada

É luz, esperança que faz caminhar.


Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma

A tua Palavra, farol de justiça,


em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita do autor - CNBB.

Que vence a cobiça, é bênção e paz.

Leit. 5: Deus não precisa de nada. Mas existe algo que ele quer
muito de nós, mais do que homenagens, louvores: ele quer ser ser-
vido nos seus ilhos e ilhas que estão de algum modo sofrendo.
Esse serviço aos necessitados, mais do que qualquer rótulo que
tenhamos o direito de usar, é o critério para deinir nossa proximi-
dade com o Pai que a todos cria, com o Filho que por todos deu sua
vida, com o Espírito Santo que a todos quer levar o amor.

Proclamar, da Bíblia, Mt 25,31-40

5. Reflexão (que pode ser partilhada)

6. Profissão de fé apostólica
Dir.: Airmando a fé comum que sustenta cristãos de diversas
denominações, juntos proclamamos:
T.: Creio em Deus Pai todo poderoso, criador do céu e da
terra, e em Jesus Cristo, um só seu Filho, Nosso Senhor, que
foi concebido pelo poder do Espírito Santo, nasceu da virgem
Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi cruciicado, morto e se-
pultado. Desceu à mansão mortos. Ressuscitou ao terceiro dia.
Subiu aos céus, onde está sentado à direita de Deus, Pai todo
poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos. Creio
no Espírito Santo, na Santa Igreja Universal, na comunhão dos
santos, na remissão dos pecados, na ressurreição do corpo e
na vida eterna. Amém.

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Círculos Bíblicos Ecumênico_FINA16 16 31/7/2008 18:10:08


7. O dom da paz
Dir.: Diante desses apelos de Deus, cristãos de todas as Igrejas
são convocados como instrumentos de transformação. Não atender
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada

às vítimas da violência é voltar as costas ao próprio Deus. Entre essas


Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma

vítimas estão até mesmo os agressores, porque são ovelhas perdidas


em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita do autor - CNBB.

que precisam ser recuperadas. Mas não são só as pessoas individual-


mente que precisam ser regeneradas, o próprio sistema de vida que
nos cerca tem que ser curado de seus desvios destrutivos.
T.: Desejamos, Senhor, fazer desta Campanha da Frater-
nidade um novo impulso no caminho da caridade, da justiça.
Como irmãos, na diversidade de Igrejas que se unem pelo amor
ao projeto de Jesus, pedimos a força da graça e a sabedoria do
Espírito Santo para transformar o que precisa ser curado.
(Enquanto a assembléia canta, um grupo vira a folha com as notícias do jor-
nal, expondo o verso, onde estão as propostas de ação transformadora)

Canto:
Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio que eu leve o amor,
Onde houver ofensa que eu leve o perdão,
Onde houver discórdia que eu leve a união,
Onde houver duvidas que eu leve a fé.
Onde houver erro que eu leve a verdade,
Onde houver desespero que eu leve a esperança,
Onde houver tristeza que eu leve alegria,
Onde houver trevas que eu leve a luz.
Ó mestre, fazei que eu procure mais
Consolar que ser consolado,
Compreender que ser compreendido,
Amar que ser amado.
Pois é dando que recebe,
É perdoando que se é perdoado
E é morrendo que se vive para a vida eterna.
(Oração de São Francisco: Pe Irala)

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Círculos Bíblicos Ecumênico_FINA17 17 31/7/2008 18:10:08


8. Intercessão e compromisso
Dir.: Deus da graça, aqui estamos diante de tarefas necessá-
rias, diíceis, que queremos cumprir e para as quais precisamos da
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada

força que vem de Ti. Ajuda-nos a ser agentes de transformação.


Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma
em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita do autor - CNBB.

T.: Permanece conosco, Senhor, como rocha a nos sustentar.

Dir.: Deus, fonte de sabedoria, com a tua ajuda queremos ser


criativos na luta pela paz, fazer o que é melhor sem combater a
violência com outros tipos de violência. Dá-nos discernimento, dis-
posição e coragem do jeito certo.

T.: Permanece conosco, Senhor, como luz a mostrar o


caminho.

Dir.: Deus, único Senhor a que nós todos queremos servir, ali-
menta em nós a sede de unidade, para que sejamos um, como teu
Filho pediu, irmãos em mútua colaboração como instrumentos do
teu Reino.

T.: Permanece conosco, Senhor, como fonte da unidade


em nossa diversidade.

9. Oração do Pai Nosso:


Dir.: Jesus nos ensinou a rezar e a oração que ele nos deu tam-
bém é um projeto de vida. Comprometidos com esse projeto, ore-
mos:
T.: Pai Nosso, que estás no céu, santiicado seja o teu
nome. Venha o teu Reino. Seja feita a tua vontade, assim na
terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dá hoje. Per-
doa-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem
nos tem ofendido. E não nos deixes cair em tentação. Mas li-
vra-nos do mal, pois teu é o Reino, o poder e a glória para sem-
pre. Amém.

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Círculos Bíblicos Ecumênico_FINA18 18 31/7/2008 18:10:08


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Círculos Bíblicos Ecumênico_FINA22 22
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Hino da Campanha da Fraternidade
1. Ó povo meu, chegou a mim o teu lamento,
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada

Conheço o medo e a insegurança em que estás.


Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma

Eu venho a ti, sou tua força e teu alento.


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Vou te mostrar caminho novo para a paz.


Refr.: Onde pões tua coniança?
Segurança, quem te traz?
É o amor que tudo alcança;
Só a justiça gera a paz!
2. Quando o direito habitar a tua casa,
Quando a justiça se sentar à tua mesa,
A segurança há de brincar em tuas praças;
Enim, a paz demonstrará sua beleza.
3. A segurança é vida plena para todos:
Trabalho digno, moradia, educação;
É ter saúde e os direitos respeitados;
É construir fraternidade, é ser irmão.
4. É vão punir sem superar desigualdades;
É ilusão só exigir sem antes dar.
Só na justiça encontrarás tranqüilidade;
Não-violência é jeito novo de lutar.
5. É como teia de aranha, a segurança (Jó 8,14)
De quem conia só nas armas, no poder.
Não é violência, não são grades ou vingança
Que irão fazer paz e justiça lorescer.
6. Eu desposei-te no direito e na justiça
Com grande amor e com ternura te escolhi. (Os 2,18)
Como aceitar o desrespeito, a injustiça,
A intolerância e o desamor que vêm de ti?!

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Círculos Bíblicos Ecumênico_FINA23 23 31/7/2008 18:10:08


31/7/2008 18:10:08
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FRATERNIDADE E SEGURANÇA PÚBLICA
CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2009
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e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada
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CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2009
Tema: Fraternidade e Segurança Pública
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada

Lema: A paz é fruto da justiça (Is 32,17)


Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma
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Encontros Catequéticos
Com Crianças e Adolescentes

Conferência Nacional dos Bispos do Brasil

Encontros Catequéticos_subsidio_1 1 25/7/2008 16:08:12


Coordenação Editorial:
Pe. Valdeir dos Santos Goulart
Projeto Gráfico e Capa:
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada

Fábio Ney Koch dos Santos


Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma

Diagramação:
Henrique Billygran da Silva Santos
em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita do autor - CNBB.

Texto e Imagens:
Mariza Tavares

Revisão:
Ir. Maria Conceição Corrêa Pinto, CSA
Pe. Wilson Luís Angotti Filho

Cartaz da CF 2009:
Criação: Ana Paula Couto, Bianca U. Trava, Fernando R. Moretti, Nathália Bellan, Luis
Gustavo Cavalcante. Modelo: Adauto H. Cavalcante.

Impressão e acabamento:
Editora e Gráfica Ipiranga ltda.

© CNBB - Todos os direitos reservados

Edições CNBB
SE/Sul Quadra 801, Conjunto “B”
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Fone: (61) 2103-8383
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Encontros Catequéticos_subsidio_2 2 28/7/2008 13:45:21


INTRODUÇÃO:
A Campanha da Fraternidade de 2009 vem nos alertar sobre
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada

a importância da segurança pública nas realidades e as situações


Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma

que impedem nossa sociedade de viver a cultura da paz.


em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita do autor - CNBB.

Hoje, todo este momento catequético de vivência quaresmal,


deve ser iluminado pelos apelos de uma cultura de paz, precisando
estar em sintonia com a proposta evangelizadora das Diretrizes Ge-
rais da Ação Evangelizadora da Igreja do Brasil (DGAE), bem como
com as pistas de ação educativa para nossas crianças e adolescen-
tes sobre o discipulado, sem esquecer as orientações contidas no
Documento de Aparecida (DA).
A partir daí, a Campanha da Fraternidade, vai nos orientar so-
bre como desenvolver em nossas crianças e adolescentes ações ne-
cessárias para o Ser Discípulo hoje: aprender o Caminho com o Mes-
tre, ouvir a Palavra que o Mestre nos dirige e partir para a Missão.
Portanto, os 4 Encontros Catequéticos pretendem ser cons-
trutores de pessoas promotoras e defensoras de uma cultura de
Paz nos espaços onde os Catequizandos vivem e convivem sendo
discípulos-missionários de Jesus Cristo em sua Igreja.
1º Encontro: Violência - Geradora de Insegurança
2º Encontro: Construir a Segurança a partir do Respeito Mútuo
3º Encontro: A Construção da Cultura da Paz em nossas Casas
4º Encontro: A Transformação da Realidade: Plantar a Paz
para colher Segurança Pública

Celebração: Cristo é a nossa Paz – Leitura Orante da Palavra

A PAZ DE CRISTO!

Encontros Catequéticos_subsidio_4 4 25/7/2008 16:08:13


1º ENCONTRO: Violência Geradora de Insegurança
I. Oração inicial
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada

Cat.: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.


Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma

T.: Amém
em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita do autor - CNBB.

II. Dinâmica inicial - Tempestade Mental


Formar 4 grupos. Cada grupo recebe uma tira com as palavras:

Fraternidade
Segurança Pública Justiça
Paz

Discutir em cada grupo cada palavra. Escrever numa folha de


papel as anotações das pessoas. Apresentação no grupo maior.
O(a) catequista apresenta:
 O tema: Fraternidade e Segurança Pública
 O lema: A Paz é Fruto da Justiça
Comparar o que foi apresentado com o tema e o lema.
Apresentar a igura abaixo. Observar bem. O que ela tem a ver
com os estudos da CF deste ano ?

Encontros Catequéticos_subsidio_5 5 25/7/2008 16:08:13


III. Qual vai ser o objetivo do estudo da CF neste encontro?

Motivar os Catequizandos para relexão sobre a


e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada

sua responsabilidade pessoal diante do problema da


Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma

violência e da promoção da cultura da paz.


em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita do autor - CNBB.

 Preparar o cartaz com o objetivo acima.


 Analisar com os catequizandos as palavras RESPONSABI-
LIDADE PESSOAL, PROBLEMA DA VIOLÊNCIA, CULTURA
DA PAZ.
 Colocar as conclusões em local visível, onde os encontros
são realizados.

IV. Vendo a realidade - violência em nosso cotidiano


Em nossa sociedade temos dois tipos de violência: a ísica e a
simbólica

A Violência Física
 Analise a igura abaixo:

 Após analisar com o grupo a igura, desenvolvendo a leitura


da imagem, deinir o que é violência ísica.

Encontros Catequéticos_subsidio_6 6 25/7/2008 16:08:24


 O meio ambiente tem sido alvo da violência das pessoas. A
poluição dos rios, a depredação da natureza, a contaminação
do ar são fatos resultantes da ação predatória dos seres hu-
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada

manos.
Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma

Observe as iguras abaixo:


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 Das iguras acima, quais as que seu grupo mais ouve falar na
TV ou lê nos jornais e revistas? Escreva o que o grupo relatar
numa folha de papel.

A CORRUPÇÃO A FOME

AMEAÇAS DITATORIAIS EXPLORAÇÃO SEXUAL

Encontros Catequéticos_subsidio_8 8 25/7/2008 16:08:33


Reletir sobre o que aconteceu, e o signiicado da ação de cada
pessoa em nossa família:
- O que vimos e ouvimos?
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada

- O que signiica cada ação e cada atitude das 4 pessoas?


Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma

- Formação de 4 grupos:
em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita do autor - CNBB.

• Os revoltados;
• Os indiferentes;
• Os fechados em si mesmo;
• Os que vivem para os outros.
Apresentar as conclusões em plenário. Guardar as velas apa-
gadas para um outro momento do encontro.

IV. Qual vai ser o objetivo desse encontro?

Desenvolver , a partir dos catequizandos, ações na família capazes de


superar as causas e os fatores que geram insegurança
a im de construir a cultura da paz.

• Fazer o cartaz acima e colocar próximo aos outros já traba-


lhados
• Discutir com os catequizandos: o que é cultura da paz em
nossa casa?

V. Vendo a realidade: A construção da Cultura da Paz em nossa casa


Toda criança é uma semente de paz ou de violência que para
crescer forte e dar bons frutos, precisa de muita atenção e cari-
nho. A construção de uma cultura de paz começa ainda no período
de gestação e vai-se consolidando nos primeiros anos de vida da
criança, no convívio com a família, com os vizinhos e na escola.
Mas, para haver paz nas famílias, nas comunidades, no mundo,
é preciso investir fortemente em projetos de promoção humana,
saúde, educação, segurança pública, investimento no campo
saneamento ambiental, combate ao desemprego.
19

Encontros Catequéticos_subsidio_19 19 25/7/2008 16:10:01


Reletir a igura abaixo;
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada
Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma
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•Você acha justo a sociedade ter crianças abandonadas?


•O que é ter uma família?
•Andar sem medo. Que medo nos temos quando andamos nas
ruas?
O medo que acontece sempre em situações de perigo, aparen-
te ou real, deixa a pessoa em estado de alerta. Os perigos que nos
causam medo podem ser de origem:
 Natural – causado por situações naturais que ameaçam a
vida das pessoas como terremoto, maremoto,doenças, etc;
 Sócio-cultural - causados por problemas decorrentes da con-
vivência humana e não superados: medo do desemprego, da
falta de moradia, da pobreza, dos menores de rua, da crimi-
nalidade, do tráico, etc;
 Religiosa – como a presença de forças ocultas, ausência de
misericórdia, etc.
Quais são os medos existentes em nossas famílias ?
É no seio da família que o ser humano aprende a ser “verda-
deiramente humano”.

20

Encontros Catequéticos_subsidio_20 20 25/7/2008 16:10:01


Analisando a igura acima, percebe-se o valor da palavra mãe.
A experiência do perdão, da partilha, da correção, das alegrias, das
tristezas vividas em família forma o ambiente privilegiado e in-
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada

substituível para desenvolver a cultura da paz.


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VI. Julgando a realidade - Iluminação bíblica, orientações da sociedade e


da Igreja
O Estatuto da Criança e do Adolescente apresenta a impor-
tância de se ter uma família,de conviver com ela.
Analise o que diz o ECA :

Uma criança, um adolescente cuidados numa família, estão já


cultivando a paz,
A paz, mais do que um discurso, deve constituir-se numa
mentalidade que determine o modo de pensar e de agir de todas
as pessoas ou seja, deve ser a expressão de uma cultura. É o que a
Campanha da Fraternidade deste ano propõe.

21

Encontros Catequéticos_subsidio_21 21 25/7/2008 16:10:10


CELEBRAÇÃO: Cristo é a nossa paz
Preparar o ambiente: Bíblia, Vela, Flores, a produção dos 4 encon-
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada

tros, Cartaz da CF, lanche comunitário, mesa, toalha, Cartões dese-


Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma

jando a paz feitos pelos catequizandos.


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Cateq.: Chegamos ao inal de mais um estudo da CF com o


tema: Fraternidade e Segurança pública e o Lema A paz é fruto da
justiça. Passamos juntos momentos de alegria, animando, ouvindo,
criando, colocando enim nossos talentos a serviço do nosso Deus.
Em nome do Pai...
Entrada do Cartaz da Campanha – Canto da CF: 1ª estrofe.
Entrada dos cartazes produzidos. Colocá-los à volta da mesa , no chão.
Cateq.: Sejam bem vindos. Olhando o cenário, vamos perce-
ber como nosso grupo produziu coisas boas e bonitas.
Entrada da Bíblia com lores e vela acesa. Colocar no centro
da mesa.
Cateq.: faz a leitura do texto de Lucas 10,1-6.
Todos recebem a cópia do texto

30

Encontros Catequéticos_subsidio_30 30 25/7/2008 16:11:26


e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada
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1º momento: Leitura individual do texto.


O que diz o texto? Prestar a atenção a cada palavra, as idéias
do mesmo.
Jesus envia seus discípulos como anunciadores da Paz – você
viu isto?

2º momento: Meditação sobre o texto


O que o texto diz para mim? O que Deus está me falando?
Este momento pode ser partilhado dois a dois.
Será que Jesus quer eu também seja anunciador da Paz?

3º momento: Oração
O que devemos dizer a Deus? Momento de dialogar com Deus.
Deixar que seu coração , tocado pela palavra de Deus, fale com
Deus.
O catequista pode apresentar aqui um Salmo para ser rezado.

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Encontros Catequéticos_subsidio_31 31 25/7/2008 16:11:32


Conferência Nacional dos Bispos do Brasil

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CARTAZ DA CF 2009

Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma
em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita do autor - CNBB.
O conceito principal da imagem é mostrar que a paz
pode ser conseguida em qualquer nível cultural ou
econômico e que a cultura é uma forte ferramenta para a
conquista da paz e da justiça.
A perspectiva da foto tem o objetivo de ilustrar que o
acesso à cultura pode trazer mudanças, por isso, na parte
mais ao fundo da imagem podemos perceber que há lixo
jogado, representando uma vida bagunçada e sem
sentido. Que é deixada para trás.
O jovem da foto é um convite para que se crie
condições para a promoção de uma cultura da paz
fundamentada na justiça social e iluminada pelo
Evangelho e pelos valores cristãos.
A foto em preto e branco realça a característica da
cena retratada, dando emoção ao momento captado e
enfocando a seriedade, o que leva a reflexão sobre o
conteúdo. Deixar apenas o livro colorido tem como
objetivo destacar a leitura e a cultura como forma de
combate à violência.
Criação: Ana Paula Couto, Bianca U. Trava, Fernando R.
Moretti, Nathália Bellan, Luis Gustavo Cavalcante.
Modelo: Adauto H. Cavalcante. CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2009
FRATERNIDADE E SEGURANÇA PÚBLICA

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Pe. Valdeir dos Santos Goulart

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Projeto Gráfico e Capa:

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Fábio Ney Koch dos Santos

Diagramação: ORAÇÃO DA CF 2009


Henrique Billygran da Silva Santos

Revisão: Bom é louvar-vos, Senhor, nosso Deus,


Ir. Maria Conceição Corrêa Pinto, CSA
que nos abrigais à sombra de vossas asas,
Pe. Wilson Luís Angotti
defendeis e protegeis a todos nós, vossa família,
Cartaz da CF 2009:
como uma mãe, que cuida e guarda seus filhos.
Criação: Ana Paula Couto, Bianca U. Trava, Fernando R. Moretti, Nathália Bellan, Luis
Gustavo Cavalcante. Modelo: Adauto H. Cavalcante. Nesse tempo em que nos chamais à conversão,
Impressão e acabamento: à esmola, ao jejum, à oração e à penitência,
Editora e Gráfica Ipiranga ltda. pedimos perdão pela violência e pelo ódio
que geram medo e insegurança.
Senhor, que a vossa graça venha até nós
e transforme nosso coração.

Abençoai a vossa Igreja e o vosso povo,


© CNBB - Todos os direitos reservados para que a Campanha da Fraternidade
seja um forte instrumento de conversão.
Sejam criadas as condições necessárias
para que todos vivamos em segurança,
na paz e na justiça que desejais.
Amém.
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1º ENCONTRO
Um projeto de vida feliz (Is 65,17-25)
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada
Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma
em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita do autor - CNBB.

Preparação do encontro: convidar as pessoas com um


diálogo que faça cada um se sentir particularmente chamado a
participar. Providenciar cópias dos roteiros dos encontros para
todos. Pedir que pais, mães, avôs e avós tragam retratos dos i-
lhos e netos quando eram bebês. Colecionar iguras de crianças
bem pequenas, de vários tipos, incluindo pobres ou em situação
de risco. Preparar um cartaz a ser completado no dia da reunião,
com duas colunas:

O mundo que queremos para as crianças é... O mundo em que vivemos é...

Arrumar o local do encontro com a Bíblia e o cartaz da Cam-


panha em destaque.

Acolhida:
Receber afetuosamente quem chega; apresentar os que não
se conhecem. Expor num quadro ou numa toalha no chão, no meio
do grupo, os retratos que trouxerem, junto com as outras iguras
de crianças.
Canto inicial: Ninguém pode prender um sonho (p. 28) ou Eu
quero ver (p. 30).

Oração:
Aqui estamos, Senhor, colocando diante de ti o mundo em que
vivemos. Queremos que ele seja melhor, mais parecido com a vida
plena e feliz que desejas para todos os teus ilhos e ilhas. Dá-nos
sabedoria para compreender a realidade e irmeza para trilhar ca-
minhos de transformação. Ajuda-nos a crescer em comunhão para
juntos podermos construir a fraternidade e a justiça que nos trarão
a verdadeira paz.

Fraternidade nos Círculos Bíblic2 2 25/7/2008 22:31:59


gança não resolve nada e só aumenta o clima de violência. Com o texto
de Mateus, Deus vai nos falar da importância da reconciliação. No en-
contro de Zaqueu com Jesus vamos perceber como um real arrepen-
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada

dimento conduz à reparação do mal e da injustiça. A Bíblia é um livro


Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma

realista: não esconde o que há de errado na história humana. Mas co-


em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita do autor - CNBB.

munica uma mensagem que apresenta também caminhos de recome-


ço, de recuperação do bem que icou ameaçado. Deus nos convida a
reagir de forma construtiva, sem desistir do caminho da paz.
Leit.1: Logo no começo da história humana, a Escritura nos
mostra um ato violento, símbolo de todas as agressões que os i-
lhos de Deus são capazes de fazer a seus irmãos. É Caim matando
por inveja seu irmão Abel. Mas, mesmo diante de um ato tão terrí-
vel, Deus não quer vingança porque isso só faria crescer a corrente
de violência. (ler Gn 4,9-15)
Pergunta para o grupo:
Se a vingança não é solução, o que deveria ser feito com os que apelam para a agressão e
a violência?

Leit.2: Deus considera tão importante a reconciliação, que


a coloca como condição para a gente participar devidamente de
qualquer tipo de culto. Para uma oração que de fato agrade a Deus
temos que estar de coração aberto, desmanchando ressentimen-
tos, perdoando e sabendo pedir perdão. (ler Mt 5,23-24)
Pergunta para o grupo:
Que dificuldades têm que ser vencidas para que haja real reconciliação?

Pergunta para o grupo:


Leit.3: O perdão e a reconciliação não dispensam a possível re-
paração da injustiça, do dano causado. Perdoar não é aceitar tudo,
para deixar tudo como está. A pessoa que erra deve ser regenera-
da, convertida, resgatada, amada de novo. A vontade de compensar
o mal causado é um sinal forte da sinceridade da transformação
que de fato ocorreu. É o que acontece no encontro de Jesus com
Zaqueu. O rico cobrador de impostos é perdoado, estava perdido
e Jesus o salvou... mas ele quer partilhar, restituir o que não é seu,
restaurar a justiça. (ler Lc 19,1-10)

16

Fraternidade nos Círculos Bíblic16 16 25/7/2008 22:31:59


Perguntas para o grupo:
O que teria que ser restituído ao nosso povo por aqueles que não cuidam bem da adminis-
tração dos serviços públicos?
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada

O que se poderia fazer para que os agressores possam tam-


Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma

bém se converter e se tornar pessoas mais úteis à família, à co-


em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita do autor - CNBB.

munidade?

Orações finais
Anim.(a): Sem esperança ninguém melhora. As pessoas
mais perigosas são aquelas que concluem que “não têm mais
nada a perder”, que não há mais oportunidades, que os caminhos
estão todos fechados. Só se recupera quem acredita que pode re-
construir a vida, recuperar o respeito e o afeto de outros. Deus
sempre nos deixa uma porta aberta, seu amor está sempre dispo-
nível, apesar das nossas falhas. Olhando o quadro dos “alimentos”
que poderiam fortalecer nossas boas intenções, vamos conversar
com Deus sobre as nossas diiculdades e acertos, agradecendo e
pedindo novas forças.
(Dá-se um tempo para oração em silêncio; depois, quem qui-
ser pode fazer sua prece espontânea em voz alta).
Anim.(a): Às vezes parece que o pecado do mundo é tão
grande que não tem remédio. Mas o exemplo de Jesus, vencendo
sempre o mal com um bem maior, nos anima na esperança da re-
construção de tudo que está ameaçado pela violência humana. A
ressurreição de Cristo, vitória inal da Vida, seja também para nós
uma fonte sem im de esperança. O amor é mais forte, a Vida e a
Paz vencerão.
T.: Nós te damos graças, Senhor, pela força da esperança que
vem da fé e da coniança na tua graça, sempre presente em nos-
sa vida. Contigo, queremos ser agentes de paz e reconciliação.
Anim.(a): Unidos a toda a Igreja do Brasil e querendo que
este tempo de relexão dê frutos importantes na construção da paz,
rezamos a Oração da Campanha da Fraternidade (3ª capa).

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Fraternidade nos Círculos Bíblic17 17 25/7/2008 22:31:59


Canto inal: Ofertamos ao Senhor um mundo novo (p. 25) ou
Eu creio num mundo novo (p. 29).
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada

Cuidando da preparação de uma celebração:


Juntar o cartaz da Campanha e o material usado nos quatro encontros, para ficarem ex-
Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma

postos durante a oração.


em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita do autor - CNBB.

A celebração pode ser feita pelo próprio grupo, no local habitual de encontro ou pode ser
ocasião de encontro de todos os grupos bíblicos na igreja. Devem ser combinadas com
antecedência as tarefas de cada um na celebração.

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Fraternidade nos Círculos Bíblic18 18 25/7/2008 22:31:59


CELEBRAÇÃO
Queremos a paz que é fruto da justiça
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada
Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma
em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita do autor - CNBB.

Textos bíblicos:
Is 52,7- 9
Sl 85
Rm 12,9-21
Mt 5,24-27
Canto inicial: Quem tem a graça (p. 30).
Dir.: Reunidos para testemunhar o amor da Trindade Santa e
para reairmar nosso compromisso com o projeto do Reino de Deus,
transformamos em oração os nossos desejos de paz e justiça.
T.: Queremos respeitar a dignidade dos ilhos e ilhas do
nosso mesmo Pai Criador! Queremos viver o amor fraterno
que o Filho Jesus nos mostrou com sua vida e sua mensagem!
Queremos acolher a graça do Espírito Santo, que nos transfor-
ma em construtores de paz!
Dir.: Com a coniança plena na graça da Trindade que nos ani-
ma, nos colocamos a serviço da promoção de uma sociedade onde
todos tenham sua dignidade respeitada, e a segurança venha da
justiça e da solidariedade fraterna.

Resposta cantada:
Glória a Deus no céu / E na terra paz aos homens! / Gló-
ria! Aleluia!

Ato penitencial:
Leit.1: Queremos paz, segurança, justiça, mas às vezes fica-
mos parados diante do que agride os direitos de outros, por fal-
ta de compreensão da nossa missão de instrumentos do Reino,
por falta de empenho na busca de caminhos de transformação
da sociedade.
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T.: Perdoa, Senhor, nossas omissões e mostra-nos a força
da solidariedade que une pessoas e remove obstáculos.
Leit.1: Queremos igualdade e respeito à dignidade de todos,
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada

mas às vezes somos também preconceituosos, julgando nossos ir-


Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma

mãos e irmãs pelas aparências.


em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita do autor - CNBB.

T.: Perdoa, Senhor, quando avaliamos as pessoas sem ten-


tar ouví-las e entendê-las, sem lhes mostrar que há esperança
de caminhos melhores.
Leit.1: Queremos um mundo melhor para todos, mas às vezes
somos egoístas e pensamos que podemos cuidar só da nossa felici-
dade num mundo cheio de injustiças.
T.: Perdoa, Senhor, nossas falsas buscas de segurança pes-
soal e dá-nos a sabedoria de perceber que só unidos podemos
nos socorrer mutuamente e nos defender de tantos perigos.
Canto: (de Maria de Fátima Oliveira e José Weber)
Senhor, vem salvar teu povo
Das trevas da escravidão!
Só tu és nossa esperança,
És nossa libertação!
Vem, Senhor! Vem nos salvar!
Com teu povo vem caminhar!

Ouvindo a Palavra de Deus


1ª leitura: A gratiicante tarefa de ser mensageiros de paz
Leit.2: O profeta Isaías fala da beleza da missão daquele que
se dedica à promoção da paz. A um povo assustado e sofrido, ele
proclama a esperança de dias melhores, a partir da graça de Deus
e do trabalho dos que querem ser iéis ao projeto de felicidade que
Deus quer construir para o povo.

Resposta cantada:
Como são belos os pés do mensageiro que anuncia a paz!
Como são belos os pés do mensageiro que anuncia o Senhor!

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Leit.2: (ler Is 52,7-9)
T.: Anúncio de paz verdadeira se faz com participação,
com pés ativos trilhando o caminho na promoção dos direitos
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada

e da justiça. Juntos, unidos na graça do Senhor, vamos traba-


Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma

lhar pela nossa comunidade. Ela ressurgirá na alegria da paz,


em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita do autor - CNBB.

como a Jerusalém anunciada pelo profeta.


Salmo: oração do povo de Deus de todos os tempos
Leit.3: Ao orar, compondo os salmos, o povo do Primeiro Tes-
tamento expressava sua coniança em Deus e seu compromisso na
busca de dias melhores. Paz e segurança eram temas freqüentes
porque são essenciais para a defesa da vida.
Oremos nós, também, com a esperança alicerçada na fé:
Salmo 85, 8-14
Leit.3: Mostra-nos, Senhor, a tua misericórdia e dá-nos a tua
salvação.
Ouvirei o que diz o Senhor Deus:
Ele anuncia paz para seu povo, para seus iéis,
Para quem volta para ele de todo coração.
T.: Misericórdia e verdade se encontram,
Justiça e paz se abraçam!
Leit.3: Sua salvação está próxima de quem o teme
E sua glória habitará em nossa terra.
A verdade brota da terra
E a justiça se inclina do céu.
T.: Misericórdia e verdade se encontram,
Justiça e paz se abraçam!
Leit.3: Quando o Senhor conceder o seu bem,
A nossa terra dará seu fruto.
Diante dele caminhará a justiça
E a salvação seguirá seus passos.
T.: Misericórdia e verdade se encontram,
Justiça e paz se abraçam!

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Fraternidade nos Círculos Bíblic21 21 25/7/2008 22:31:59


ANEXO
Cantos que podem ser usados, de acordo com os temas de
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada

cada encontro:
Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma
em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita do autor - CNBB.

1. Quem, ó Senhor, em tua casa habitará? (de Fátima Oliveira e Ayry A. Brunetti)
Quem, ó Senhor, em tua casa habitará?
O que for justo e a verdade praticar,
Aquele que não fala mal de seu irmão
E não pratica a injustiça e a opressão.
Feliz quem ama a fraternidade
E em sua casa vive a verdade!
Quem não explora dos pequenos a fraqueza
E não se deixa seduzir pela riqueza,
Aquele que tem da justiça sede e fome
E é perseguido pela causa do teu nome.
Aquele que constrói a paz na caridade
E é fermento de uma nova humanidade.
Aquele que começa em casa cada dia
A construir fraternidade na alegria.

2. Vem, ó Senhor, com o teu povo caminhar (de José Weber)


Vem, ó Senhor, com o teu povo caminhar.
Teu corpo e sangue vida e força vêm nos dar.
A Boa Nova proclamai com alegria!
Deus vem a nós, ele nos salva e nos recria
E o deserto vai lorir e se alegrar.
Da terra seca lores, frutos vão brotar.
Eis nosso Deus e ele vem para salvar.
Com sua força vamos juntos caminhar
E construir um mundo novo e libertado
Do egoísmo, da injustiça e do pecado.

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Uma voz clama no deserto com vigor:
Preparai hoje os caminhos do Senhor!
Tirai do mundo a violência e ambição
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada

Que não vos deixam ver no outro vosso irmão!


Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma

Distribuí os vossos bens com igualdade.


em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita do autor - CNBB.

Fazei da terra germinar fraternidade.


O Deus da Vida marchará com o seu povo
E homens novos viverão num mundo novo.

3. Oração de São Francisco (Pe. Irala)


Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio que eu leve o amor,
Onde houver ofensa que eu leve o perdão,
Onde houver discórdia que eu leve a união,
Onde houver duvidas que eu leve a fé.
Onde houver erro que eu leve a verdade,
Onde houver desespero que eu leve a esperança,
Onde houver tristeza que eu leve alegria,
Onde houver trevas que eu leve a luz.
Ó mestre, fazei que eu procure mais
Consolar que ser consolado,
Compreender que ser compreendido,
Amar que ser amado.
Pois é dando que recebe,
É perdoando que se é perdoado
E é morrendo que se vive para a vida eterna.

4. Ofertamos ao Senhor um mundo novo (Aurea Sigrist e Pe. A Haddad)


Ofertamos ao Senhor um mundo novo,
O futuro do seu povo!
Ofertamos o homem que chora,
Não vendo a aurora do mundo em mudança
E ofertamos a esperança
Dos que descobrem a ressurreição.

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Fraternidade nos Círculos Bíblic25 25 25/7/2008 22:31:59


Ofertamos o homem que espera
Por nova era de vida em plenitude
E o que não tem quem ajude
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada

A trocar morte por ressurreição.


Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma

Ofertamos a meta e a procura,


em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita do autor - CNBB.

A luta dura entre o velho e o novo,


A noite escura do povo
E a madrugada da ressurreição.

5. Quando o dia da paz renascer (Zé Vicente)


Quando o dia da paz renascer,
Quando o sol da esperança brilhar, eu vou cantar!
Quando o povo nas ruas sorrir e a roseira de novo lorir, eu
vou cantar!
Quando as cercas caírem no chão,
Quando as mesas se encherem de pão, eu vou cantar!
Quando os muros que cercam jardins
Destruídos então os jasmins vão perfumar...
Vai ser tão bonito se ouvir a canção cantada de novo!
No olhar da gente a certeza do irmão, reinado do povo!
Quando as armas da destruição,
Destruídas em cada nação, eu vou sonhar...
E o decreto que encerra a opressão,
Assinado só no coração, vai triunfar.
Quando a voz da verdade se ouvir
E a mentira não mais existir, será enim
Tempo novo de eterna justiça,
Sem mais ódio, sem sangue ou cobiça, vai ser assim!

6. Momento novo (de Ernesto Barros Cardoso)


Deus chama a gente pra um momento novo
De caminhar junto com seu povo.
É hora de transformar o que não dá mais.
Sozinho, isolado, ninguém é capaz!

26

Fraternidade nos Círculos Bíblic26 26 25/7/2008 22:32:00


FRATERNIDADE E SEGURANÇA PÚBLICA
CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2009
Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma
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30/7/2008 17:33:59
CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2009

Conferência Nacional dos Bispos do Brasil


Tema: Fraternidade e Segurança Pública
Lema: A paz é fruto da justiça (Is 32,17)

Jovens na CF

Jovens na CF 2009_FINAL.indd 1
Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma
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Coordenação Editorial:
Pe. Valdeir dos Santos Goulart
Projeto Gráfico, Capa:
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada

Fábio Ney Koch dos Santos


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Diagramação:
Henrique Billygran da Silva Santos
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Revisão:
Ir. Maria Conceição Corrêa Pinto, CSA
Pe. Wilson Luís Angotti Filho

Cartaz da CF 2009:
Criação: Ana Paula Couto, Bianca U. Trava, Fernando R. Moretti, Nathália Bellan, Luis
Gustavo Cavalcante. Modelo: Adauto H. Cavalcante.

Impressão e acabamento:
Editora e Gráfica Ipiranga ltda.

© CNBB - Todos os direitos reservados

Edições CNBB
SE/Sul Quadra 801, Conjunto “B”
CEP: 70401-900
Fone: (61) 2103-8383
Fax: (61) 3322-3130
E-mail: vendas@edicoescnbb.com.br
Site: www.edicoescnbb.com.br

Jovens na CF 2009_FINAL.indd 2 30/7/2008 17:34:03


JOVENS NA CF 2009

Introdução
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada
Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma

A Campanha da Fraternidade 2009 apresenta-nos como tema


em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita do autor - CNBB.

“Fraternidade e segurança pública”. Demonstra a preocupação da


Igreja no Brasil com o aumento da violência, da insegurança e das
situações a elas relacionadas. Esta CF pretende contribuir para a
promoção da cultura da paz nas pessoas, na família, na comunida-
de e na sociedade a im de que todos se empenhem efetivamente
na construção da justiça social que promova segurança pública.
Para isso, é necessário lançar um olhar profético e esperanço-
so sobre a sociedade em que vivemos, e que pode ser transformada
pela força e dinamismo das pessoas que se comprometem com o
Reino de Deus.
Este material não tem como foco principal a violência; seu
eixo é a Cultura da paz, que perpassa toda a relexão sobre os es-
paços possíveis de educação para a Paz. Adolescentes e jovens são
chamados a contribuir para a construção de uma nova mentalida-
de que oriente as relações vivenciadas na sociedade, no ambiente
escolar e na família. Costurando tudo, teremos o mural da paz, que
será desenvolvido ao longo dos três encontros. É importante que,
uma vez terminado, o Mural seja exposto em local que motive ou-
tras pessoas a saberem mais sobre o tema.
Os anexos trazem indicações de material complementar para
enriquecer a relexão. É importante lançar mão da criatividade
para que esta CF provoque relexões e ações práticas em favor da
Cultura da paz, especialmente entre a juventude.

Jovens na CF 2009_FINAL.indd 4 30/7/2008 17:34:03


1º ENCONTRO: Educar para a Cultura da paz
Ambientação: Preparar o espaço com faixas e palavras-chave
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada

relacionadas ao tema “Segurança Pública” e “Cultura da paz”. Colocar


Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma

no centro velas apagadas, de diferentes formatos, tamanhos e cores.


em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita do autor - CNBB.

Material necessário: Aparelho de som, Bíblia, jornais e revis-


tas para recortar, tesoura, cola, canetas coloridas ou pincéis atômi-
cos, papel grande para o Mural da Paz

1. Oração inicial

O animador ou a animadora acolhe e dá as boas vindas aos


participantes.
Canto: Refrão Meditativo (à escolha do grupo)
O animador ou a animadora motiva o grupo a lembrar situ-
ações, espaços e grupos em que a segurança pública necessita de
luz. À medida que os participantes, acendem as velas no centro do
grupo e cantam o refrão meditativo:
Deus é luz e não há nele treva alguma. (bis)
E ninguém nos separa do amor de Deus. (bis)

Cantiga da paz (p. 23).


Hino da CF (p. 48).

2. Começando a conversa
A Campanha da Fraternidade deste ano nos convida a voltar
nossos olhos à segurança pública. Nestes encontros, no entanto,
não queremos falar simplesmente de violência. Optamos pelo ca-
minho propositivo: falar de segurança a partir da necessidade de
cultivar a paz.
Quando falamos em cultivar a paz, airmamos novas formas
de convivência baseadas na conciliação, na generosidade, na so-
lidariedade. Airmamos o respeito mútuo e absoluto aos direitos
5

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3º ENCONTRO: Família, espaço de educar para a Paz
Ambientação: Palavras-chave relacionadas ao tema “Segu-
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada

rança Pública” e “Cultura da paz”, imagem da Sagrada Família, fotos


Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma

de familiares dos jovens.


em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita do autor - CNBB.

Material necessário: Aparelho de som, Bíblia, folhas de pa-


pel oício para cada participante, tesoura, cola, canetas coloridas
ou pincéis atômicos, giz de cera, para mostrar no mural da paz

1. Oração inicial
O animador ou a animadora acolhe e dá as boas vindas aos
participantes.
Refrão Meditativo (à escolha do grupo)
O animador ou a animadora motiva o grupo a lembrar fami-
liares e pessoas conhecidas que são sinais de luz para a cultura
da paz. À medida que os participantes falam, acendem as velas no
centro do grupo; em seguida cantam o refrão meditativo:
Deus é luz e não há nele treva alguma (bis)
E ninguém nos separa do amor de Deus (bis).

Cantiga da paz (p. 23).


Hino da CF (p. 48).

2. Começando a conversa
O tema da segurança pública tem relação direta com a situa-
ção atual das famílias. Primeiro, porque as relações familiares são
inluenciadas pelo contexto social. Tem crescido as manifestações
de violência nas famílias e o distanciamento entre os familiares.
Isso é preocupante e exige mudanças.
Além disso, o espaço familiar é, também, espaço de educação
para a convivência. Assim como se aprende a violência, aprende-se
a paz e a Cultura da paz.
15

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Dinâmica
Objetivo: Levar os jovens a reletir sobre os aprendizados que
a família favorece.
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada
Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma

Pode-se usar uma música instrumental durante este trabalho.


em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita do autor - CNBB.

Cada jovem recebe um pedaço de papel e deve desenhar de


maneira criativa os membros da sua família. Depois, registram
duas questões: Como a falta de segurança atinge minha família?
Em seguida, os jovens, em duplas, partilham sobre o que de-
senharam. Após a partilha, os papéis são colocados ao centro junto
com os demais símbolos. O animador ou a animadora pode moti-
var a partilha com todo o grupo.

3. Nosso olhar juvenil sobre a realidade


As famílias vivem atualmente a era da insegurança no lar. Vi-
vendo com medo, as pessoas aumentam a segurança das casas, em
busca de proteção. As medidas tomadas variam de acordo com os
recursos inanceiros: alguns usam grades, muros e arame; outros
se valem de cercas elétricas, câmeras de vídeo e contratação de
seguranças particulares; outros ainda (em muito menor número)
buscam nos grandes condomínios o isolamento necessário para se
sentirem seguros.
Esse é o tipo de solução que não resolve o problema, pelo con-
trário: reforça o medo e a desconiança em relação às outras pes-
soas. A questão da Segurança Pública é mais séria do que buscar
proteção individual ou familiar, mesmo porque a violência também
está dentro de casa. Há casos de maus tratos intencionais ou cau-
sados por negligência ou descuido; exageros nas punições e corre-
ções de crianças e adolescentes; brigas entre casais; alcoolismo e
outros tipos de dependência química.
Além disso, a busca de segurança não impede que as famílias
sofram com a dor de perderem seus ilhos assassinados, ou por
causa de drogas e bebidas, ou por diversas formas de violência. O

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Anexos

ANEXO 1 - Orações
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada
Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma

Oração da paz em caminhada


em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita do autor - CNBB.

D. Pedro Casaldáliga
Deus da paz verdadeira,
que brota da Justiça
e loresce em irmandade:
dá-nos a tua Paz!
Livra-nos da paz inerte,
que se omite.
Livra-nos da paz corrupta,
que se vende.
Livra-nos da paz que foge,
se refugiando no fatalismo
ou até numa falsa espiritualidade.

Dá-nos a paz em caminhada,


a Paz que luta pelo Reino,
a Paz que partilha a vida do Povo,
a Paz pela qual tombaram nossos mártires,
a Paz pela qual morreu e ressuscitou
Aquele que é a “nossa Paz”,
Jesus Cristo, teu Filho, nosso Irmão.
Amém, Axé, Awere, Aleluia!

Cantiga da paz
D. Pedro Casaldáliga
Vento de Deus te traz,
bem-vinda sejas,
pomba da paz!
Todas as línguas cantem
teu santo nome.

23

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ANEXO 4 - Textos
Como se visibiliza a cultura de paz?
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada

D. Marcelo Irineu Rezende Guimarães1


Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma
em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita do autor - CNBB.

Uma das questões que se apresentam a nós é a da visibiliza-


ção da cultura de paz. Como posso dizer que tal sociedade ou tal
nação vive um processo de cultura de paz? É a questão crucial dos
indicadores sociais.
Algumas tentativas de resposta já foram dadas a esta pergun-
ta. Uma das mais conhecidas é aquela do Manifesto 2000, um texto
redigido por laureados do Nobel da Paz que, por ocasião do ano
2000 foi largamente difundido, não como uma reivindicação ás au-
toridades, mas como um apelo aos cidadãos e cidadãs do mundo.
Neste documento, a cultura de paz se expressa por seis atitudes
fundamentais a serem assumidas pelas pessoas: o respeito à vida
e à dignidade de cada pessoa, sem discriminação e preconceitos; a
prática da não-violência ativa junto com a recusa a todas as formas
de violência; a partilha do tempo e dos recursos materiais como
forma de terminar a exclusão, a injustiça e a opressão; a defesa da
liberdade de expressão e da diversidade cultural, com centralidade
no diálogo; a promoção de um consumo responsável; e a contribui-
ção para o desenvolvimento de cada comunidade, aí compreendida
a plena participação das mulheres e o respeito aos princípios de-
mocráticos.
A Declaração e programa de ação sobre cultura de paz consti-
tui-se um primeiro documento mais denso de relexão e proposi-

1
Dom Marcelo Irineu Rezende Guimarães é monge beneditino e prior do Mosteiro da
Anunciação do Senhor, Goiás, Brasil. Doutor em Educação com a tese “A educação para
a paz na crise da metaísica: sentidos, tensões e dilemas”, fundou a ONG EDUCADORES
PARA A PAZ. Membro do Núcleo de Estudos de Paz da PUCRS e do Conselho Editorial
do “Journal of Peace Education”, é autor dos livros “Educação para a paz: sentidos e
desaios”, “Cidadãos do presente: crianças e jovens na luta pela paz”, “Um novo mundo é
possível” e de vários artigos sobre a temática da educação para a paz. E-mail: marcelo.
irineu@rededapaz.com.br.

34

Jovens na CF 2009_FINAL.indd 34 30/7/2008 17:34:04


ção sobre a temática. Aprovada pela Assembléia das Nações Unidas
em 6 de outubro de 1999, recomenda aos governos, organizações
internacionais e sociedade civil oito medidas que contribuiriam
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada

para a consolidação de uma cultura de paz: a educação; um desen-


Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma

volvimento econômico e social sustentável; o respeito dos direitos


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humanos; a igualdade entre mulheres e homens; a participação de-


mocrática; a prática da compreensão, a tolerância e a solidarieda-
de; a comunicação participativa e a livre circulação de informação
e conhecimentos; e a paz e a segurança internacionais.
Também em 1999, por ocasião do centenário da primeira
Conferência de Paz de Haia, paciistas do mundo inteiro reuniram-
se neste emblemático local e lançaram o Apelo de Haia para a Paz
e a Justiça no Século XXI, um conjunto de cinqüenta pontos propo-
sitivos, como uma espécie de agenda e plano mundial para a paz.
Ali discernem quatro áreas centrais de ação: as causas profundas
da guerra e cultura de paz; direitos e instituições internacionais no
âmbito do direito humanitário e dos direitos humanos; prevenção,
resolução e transformação de conlitos violentos; desarmamento e
segurança humana.
Talvez poderíamos, reunindo estas três contribuições, elabo-
rar uma lista de doze indicadores para caracterizar uma cultura de
paz. Esta lista poderia incluir elementos mais sociais que indivi-
duais, capazes de uma certa visibilidade e mensuração, que cum-
pram aquela função de mapas sociais assinalada por Boaventura
de Souza Campos. Para este autor, os mapas sociais constituem
“um campo estruturado de intencionalidades, uma língua franca
que permite a conversa sempre inacabada entre a representação
do que somos e a orientação que buscamos. 2
Entre estes indicadores sociais que, como mapas sociais,
apontariam para a efetivação de uma cultura de paz, poderíamos
elencar os seguintes:

2
SANTOS, Boaventura de Souza. A crítica da razão indolente: contra o desperdício da
experiência. São Paulo: Cortez, 2000, p. 224.

35

Jovens na CF 2009_FINAL.indd 35 30/7/2008 17:34:04


1. Educação para a paz: a existência de programas e projetos de
educação para a paz, que, como autogeração desta cultura de
paz, possibilitem todos os segmentos sociais apropriarem-se
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada

deste referencial e exercitar sua efetivação. A educação para


Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma

a paz, ao mesmo tempo, como introdução à comunidade e à


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prática paciista e como espaço argumentativo possibilitador


da construção de consensos. Sua extensão (educação formal
e não-formal), sua abrangência (grupos e faixas etárias atingi-
das), sua duração e fase (se ainda projeção ou se já implemen-
tação ou mesmo avaliação e reformulação), sua aceitabilidade
e difusão no conjunto da sociedade, sua articulação como polí-
ticas públicas e como espaços da sociedade civil.
2. Igualdade entre homens e mulheres: se a paz, como a vio-
lência, passam por relações de gênero (provavelmente3, pode-
remos encontrar relações entre práticas de violência e práticas
patriarcais), a existência de indicadores que apontam novas
relações de gênero podem constituir-se também em sinais de
cultura de paz, tais como a participação das mulheres nos âm-
bitos social, político, econômico, religioso, cultural, etc..
3. Tolerância e solidariedade: se a paz não é apenas ausência
de guerra ou de violência, é importante considerar elementos
propriamente positivos tais como a tolerância e a solidarie-
dade, incluindo seja a existência de práticas e valores, como,
por exemplo, a liberdade religiosa, o voluntariado e a coope-
ração; como também a a extensão e validade de preconceitos
e estereótipos.
4. Participação democrática: a privatização da noção de paz -
a paz como elemento mais interior e individual e menos so-
cial e coletivo –, processada nas sociedades ocidentais, impe-
de-nos de perceber as relações entre paz e democracia: uma
cultura de paz é fundamentada na prática de relações demo-
cráticas, que vai desde o voto e passa pela existência, acesso e

3 Digo provavelmente, porque a airmação que se segue necessita de uma argumentação


mais sólida, que não é o objetivo do presente trabalho.

36

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FRATERNIDADE E SEGURANÇA PÚBLICA
CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2009
Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma
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30/9/2008 16:42:25
CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2009

Conferência Nacional dos Bispos do Brasil


Tema: Fraternidade e Segurança Pública
Lema: A paz é fruto da justiça (Is 32,17)

Manual

Manual_CF2009.indb 1
Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada
em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita do autor - CNBB.
Coordenação Editorial:
Pe. Valdeir dos Santos Goulart
Projeto Gráfico, Capa:
Fábio Ney Koch dos Santos
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada

Diagramação:
Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma

Henrique Billygran da Silva Santos


em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita do autor - CNBB.

Revisão:
Lúcia Soldera
Ir. Maria Conceição Corrêa Pinto, CSA

Revisor Doutrinal:
Pe. Wilson Luís Angotti Filho

Redator Chefe:
Côn. José Adalberto Vanzella

Cartaz da CF 2009:
Criação: Ana Paula Couto, Bianca U. Trava, Fernando R. Moretti, Nathália Bellan, Luis
Gustavo Cavalcante. Modelo: Adauto H. Cavalcante.

Impressão e acabamento:
Editora e Gráfica Ipiranga ltda.

Edições CNBB
SE/Sul Quadra 801, Conjunto “B”
CEP: 70401-900, Brasília-DF
Fone: (61) 2103-8383
Fax: (61) 3322-3130
E-mail: vendas@edicoescnbb.com.br
Site: www.edicoescnbb.com.br

© CNBB - Todos os direitos reservados

C748c Conferência Nacional dos Bispos do Brasil / Campanha da Fraternidade 2009: Manual. Brasília,
Edições CNBB. 2008.

Campanha da Fraternidade 2009: Manual / CNBB.


528 p. : 14 x 21 cm
ISBN: 978-85-60263-51-6

1. Segurança Pública. 2. Campanha da Fraternidade. 3. Violência. 4. Conversão.

CDU 261.62

Manual_CF2009.indb 2 30/9/2008 16:42:38


SUMÁRIO
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada

Hino da Campanha da Fraternidade ....................................................................... 5


Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma

Oração da CF 2009 ................................................................................................................. 7


em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita do autor - CNBB.

Apresentação ............................................................................................................................... 9
O Serviço de preparação e animação da CF .................................................. 11
Texto-Base ................................................................................................................................. 27
Fraternidade Viva ............................................................................................................. 177
Encontros Catequéticos com Crianças e Adolescentes .................... 213
Jovens na CF .......................................................................................................................... 243
Fraternidade nos Círculos Bíblicos ................................................................... 289
Via-Sacra .................................................................................................................................. 321
Vigília Eucarística e Celebração da Misericórdia .................................. 355
Círculos Bíblicos Ecumênicos ................................................................................ 375
Cadernos da ANEC nº 109 (Ensino Fundamental I) ........................... 393
Cadernos da ANEC nº 110 (Ensino Fundamental II) ......................... 437
Cadernos da ANEC nº 111 (Ensino Médio) ................................................ 465
ABC da Fraternidade ...................................................................................................... 495

Manual_CF2009.indb 3 30/9/2008 16:42:38


FRATERNIDADE E SEGURANÇA PÚBLICA
CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2009
Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma
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CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2009

Conferência Nacional dos Bispos do Brasil


Tema: Fraternidade e Segurança Pública
Lema: A paz é fruto da justiça (Is 32,17)

Via-Sacra
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Pe. Valdeir dos Santos Goulart
Projeto Gráfico e Capa:
Fábio Ney Koch dos Santos
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada

Diagramação:
Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma

Henrique Billygran da Silva Santos


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Imagens:
ACI Digital
Revisão:
Ir. Maria Conceição Corrêa Pinto, CSA
Pe. Wilson Luís Angotti Filho

Cartaz da CF 2009:
Criação: Ana Paula Couto, Bianca U. Trava, Fernando R. Moretti, Nathália Bellan, Luis
Gustavo Cavalcante. Modelo: Adauto H. Cavalcante.

Impressão e acabamento:
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28/7/2008 15:30:10
A cruz é trazida, acompanhada das velas acesas dirigindo-se

7
E nós, também, cá na terra, louvemos a santa cruz.
Canto: Bendita e louvada seja no céu a divina luz,
até o quadro da primeira estação.

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PRIMEIRA ESTAÇÃO:
JESUS É CONDENADO A MORTE
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Dir.: Nós vos adoramos,


Senhor Jesus Cristo, e vos
bendizemos.
T.: Porque, pela vossa San-
ta Cruz, remistes o mundo!

Leit.(a): “Pilatos perguntou: ‘Que farei com Jesus, que é cha-


mado o Cristo?’. Todos gritaram: ‘Seja crucificado’. Pilatos falou:
‘Mas que mal ele fez?’. Eles, porém, gritaram com mais força:
’Seja crucificado!’. Pilatos viu que nada conseguia e que poderia
haver uma revolta. Então mandou trazer água, lavou as mãos
diante da multidão, e disse: ’Eu não sou responsável pelo sangue
deste homem! A responsabilidade é vossa!’. O povo todo respon-
deu: ‘Que o sangue dele recaia sobre nós e sobre nossos filhos’.
Então Pilatos soltou Barrabás, mandou açoitar Jesus e entregou-
o para ser crucificado” (Mt 27,22-26).

(silêncio)
Leit.(a): O nosso país é marcado por grandes escândalos.
Corrupção, tráico de inluências, desvios de verbas, entre ou-
tros, estão sempre presentes no nosso noticiário. São crimes que
trazem trágicas conseqüências para a nossa sociedade, como
fome, desemprego, doenças, analfabetismo, recessão da eco-
nomia e outros maleícios. No entanto, diicilmente alguém é
condenado pela prática de tais crimes. O pobre é quase sempre
preso, mas as pessoas que pertencem às altas rodas do crime
estão apenas respondendo processos e recorrendo às instâncias

8
SEGUNDA ESTAÇÃO:
JESUS CARREGA A CRUZ
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Dir.: Nós vos adoramos,


Senhor Jesus Cristo, e vos
bendizemos.
T.: Porque, pela vossa San-
ta Cruz, remistes o mundo!

Leit.(a) : “Pilatos, então, lhes entregou Jesus para ser cru-


cificado. Eles tomaram conta de Jesus. Carregando a sua cruz,
ele saiu para o lugar chamado Calvário (em hebraico: Gólgota).
Lá, eles o crucificaram com outros dois, um de cada lado, fican-
do Jesus no meio” (Jo 19,16-18).

(silêncio)
Leit.(a): Assim como Jesus, hoje muitos são condenados a
morrer. A sociedade em que vivemos não tem como fundamento
principal a pessoa humana. A busca do lucro a qualquer custo
se faz presente diante de todas as situações, como uma grande
força devoradora que submete tudo a si. O medo tornou-se hoje,
também, uma fonte de lucro. Criou-se uma falsa ideia de segu-
rança, que inclui sistemas de defesa, alarmes, vigilância, escolta,
monitoramentos, blindagens, seguros dos mais diferentes tipos,
entre outros.

(silêncio)

10
TERCEIRA ESTAÇÃO:
JESUS CAI PELA PRIMEIRA VEZ
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada
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Dir.: Nós vos adoramos,


Senhor Jesus Cristo, e vos
bendizemos.
T.: Porque, pela vossa San-
ta Cruz, remistes o mundo!

Leit.(a): “Vejam! Tão desigurado estava que já não parecia


mais gente, tinha perdido toda a sua aparência humana. As nações
numerosas levaram um susto. Diante dele os reis vão fechar a boca”
(Is 52,14-15).

(silêncio)
Leit.(a): Uma sociedade que se fundamenta apenas em cri-
térios econômicos acaba por se tornar uma sociedade de privilé-
gios, garantidos pelo poder aquisitivo. Assim, todos têm direito à
saúde, porém alguns têm direitos a clínicas especiais e hospitais
de primeiro mundo, enquanto outros não têm nada por causa da
precariedade da saúde pública. O mesmo acontece em relação à
justiça pois, embora todos sejam iguais perante a Lei, alguns têm
foro privilegiado, como militares, deputados, senadores, presiden-
te e ministros de Estado. Esse tratamento diferente, embora em
muitos casos seja necessário e legítimo, também pode tornar-se
um meio para burlar a justiça e garantir a impunidade diante de
determinados tipos de crimes.

(silêncio)

12
QUARTA ESTAÇÃO:
JESUS SE ENCONTRA COM
SUA MÃE.
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada
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Dir.: Nós vos adoramos,


Senhor Jesus Cristo, e vos
bendizemos.
T.: Porque, pela vossa San-
ta Cruz, remistes o mundo!

Leit.(a): “Simeão disse a Maria, mãe de Jesus: ‘Eis que este


menino vai ser causa de queda e elevação de muitos em Israel. Ele
será um sinal de contradição. Quanto a você, uma espada há de
atravessar-lhe a alma. Assim serão revelados os pensamentos de
muitos corações” (Lc 2, 34-35).

(silêncio)
Leit.(a): Maria Santíssima chorou a dor de seu Filho. Hoje
muitas mães sofrem e choram a perda e o desaparecimento de
seus ilhos. Em nossa sociedade, sempre é o pobre que mais sofre.
Como ele não tem poder aquisitivo, não tem direito a nenhum tipo
de privilégios, ica desprovido de recursos essenciais, à mercê de
um poder judiciário. Assim, quem desviou verbas públicas escan-
dalosamente, tem oportunidade de se defender e recorrer a várias
instâncias, do judiciário para se defender. Isso sem contar as imu-
nidades. Enquanto que a pessoa que rouba, mesmo um chocolate,
pode icar na cadeia por um longo tempo para ser punida “de for-
ma exemplar”.

(silêncio)

14
QUINTA ESTAÇÃO:
O CIRENEU AJUDA JESUS
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada

A CARREGAR A CRUZ
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Dir.: Nós vos adoramos,


Senhor Jesus Cristo, e vos
bendizemos.
T.: Porque, pela vossa San-
ta Cruz, remistes o mundo!

Leit.(a): “Enquanto levavam Jesus para ser cruciicado, pega-


ram certo Simão, da cidade de Cireneu que voltava do campo, e o
forçaram a carregar a cruz atrás de Jesus. Uma grande multidão do
povo seguia” (Lc 23,26).

(silêncio)
Leit.(a): Nesta estação, recordamos os homens e as mulheres
que assumem as atitudes de Cireneu e se colocam ao lado dos que
sofrem, dos excluídos e dos marginalizados. Diversas entidades e
organizações sociais têm-se preocupado com a questão da preven-
ção da violência e à solidariedade com as suas vítimas. Temos enti-
dades que trabalham basicamente na área de promoção da justiça
e defesa de direitos, com ações educativas e de lazer, principalmen-
te com os membros de grupos de risco. Outros grupos trabalham
basicamente através da solidariedade com as vítimas da violência”.
Em nossa comunidade, quem são os Cireneus?

(silêncio)

16
SEXTA ESTAÇÃO:
VERÔNICA ENXUGA O
ROSTO DE JESUS
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Dir.: Nós vos adoramos,


Senhor Jesus Cristo, e vos
bendizemos.
T.: Porque, pela vossa San-
ta Cruz, remistes o mundo!

Leit.(a): “Ele não tinha aparência nem beleza para atrair o


nosso olhar, nem simpatia para que pudéssemos apreciá-lo. Des-
prezado e rejeitado pelos homens, homem do sofrimento e experi-
mentado na dor; como indivíduo de quem a gente esconde o rosto”
(Is 53,2-4).
(silêncio)
Leit.(a): Quem toma a atitude de enxugar o rosto de Jesus é
uma mulher, Verônica. Assim como essa mulher que se aproxima
de Jesus, existem entidades e organizações que trabalham com a
formação da consciência das pessoas e com a organização da so-
ciedade para que aconteça a luta por direitos e por uma nova so-
ciedade fundamentada em uma nova hierarquia de valores que
tem no seu topo a pessoa humana e a sua dignidade. A partir deste
trabalho, vemos o surgimento de organizações especíicas de resis-
tência e luta por direitos que, sem o uso da violência, promovem a
transformação social

(silêncio)

18
SÉTIMA ESTAÇÃO:
JESUS CAI PELA SEGUNDA VEZ
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Dir.: Nós vos adoramos,


Senhor Jesus Cristo, e vos
bendizemos.
T.: Porque, pela vossa San-
ta Cruz, remistes o mundo!

Leit.(a): “Era o mais desprezado e abandonado de todos, ho-


mem do sofrimento, experimentado na dor, individuo de quem a
gente desvia o olhar, repelente, dele nem tomamos conhecimento”
(Is 53,3).

(silêncio)
Leit.(a): Basicamente, temos dois tipos de violência, a violên-
cia ísica e a violência simbólica. A violência ísica é facilmente per-
ceptível por todas as pessoas, vê-se a toda hora e em todos os luga-
res. Diante dela, a reação da sociedade é quase sempre contrária,
chegando a causar diversos tipos de mobilização. A violência sim-
bólica é menos perceptível no meio social, mas com muitos efeitos
na nossa vida. Trata-se da violência através de constrangimento,
ameaças, exploração de fatos ou de situações, negação de informa-
ções ou de um bem de necessidade imediata ou irrevogável, chan-
tagens, a cultura do medo, entre outras.

(silêncio)

20
OITAVA ESTAÇÃO:
JESUS CONSOLA AS MULHERES
DE JERUSALÉM.
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Senhor Jesus Cristo, e vos
bendizemos.
T.: Porque, pela vossa San-
ta Cruz, remistes o mundo!

Leit.: “Uma grande multidão de povo o seguia. E mulheres ba-


tiam no peito, e choravam por Jesus. Ele, porém, voltou-se, e disse:
‘Mulheres de Jerusalém, não chorem por mim! Chorem por vocês
mesmas e por seus ilhos! Porque dias virão em que se dirá: Felizes
das mulheres que nunca tiveram ilhos, dos ventres que nunca de-
ram à luz e dos seios que nunca amamentaram” (Lc 23, 27-29).

(silêncio)
Leit.(a): Nesta estação queremos recordar a violência que
acontece dentro de nossas famílias. Os lares estão cada vez mais
violentos e esta realidade pode ser vista através das mais diferen-
tes formas de violência, tais como: acidentes domésticos; maus
tratos; excesso na punição ísica ou simbólica; brigas entre casais;
agressão aos ilhos; alcoolismo e outros tipos de dependência quí-
mica; pedoilia e abuso sexual.
Pensemos nas mães e pais que choram por seus ilhos.

(silêncio)

22
NONA ESTAÇÃO:
JESUS CAI PELA TERCEIRA VEZ
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Dir.: Nós vos adoramos,


Senhor Jesus Cristo, e vos
bendizemos.
T.: Porque, pela vossa San-
ta Cruz, remistes o mundo!

Leit.(a): “Eram na verdade os nossos sofrimentos que ele car-


regava, eram as nossas dores que levava às costas. E a gente achava
que ele era um castigado, alguém por Deus ferido e massacrado”
(Is 53,4).

(silêncio)
Leit.(a): Jesus é preso, torturado e condenado à morte por-
que denunciou a maldade, o pecado e anunciou o Reino de Deus.
Um dos problemas mais sérios e que não foi superado pela nossa
sociedade é o do racismo. Este problema tem raízes históricas e é
de diícil superação. A diiculdade de convivência com o diferente,
principalmente no que diz respeito às diferenças culturais, impli-
cam em questões de compreensão da realidade e hierarquia de va-
lores e de linguagem. Por isso a questão racial também é causa de
violência.

(silêncio)

24
DÉCIMA ESTAÇÃO:
JESUS É DESPIDO DE SUAS VESTES
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Senhor Jesus Cristo, e vos
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T.: Porque, pela vossa San-
ta Cruz, remistes o mundo!

Leit.: “Depois que cruciicaram Jesus, os soldados pegaram


suas vestes e as dividiram em quatro partes, uma para cada sol-
dado. A túnica era feita sem costura, uma peça só de cima abaixo.
Eles combinaram: ‘Não vamos rasgar a túnica. Vamos tirar sorte
para ver de quem será’. Assim cumpriu-se a Escritura: ’Repartiram
entre si as minhas vestes e tiraram a sorte sobre minha túnica”
(Jo 19,23-24).

(silêncio)
Leit.(a): Ao lembrarmos que Jesus foi despido de suas vestes,
lembramos também da violência contra os defensores de direitos
humanos. A presença do crime na sociedade é sinal de que preci-
samos lutar pela defesa dos direitos humanos de todas as pessoas,
sejam quais forem as suas condições sociais ou econômicas. A so-
ciedade deve organizar-se no sentido de defesa e promoção dos di-
reitos fundamentais de todos. Sempre que existe um crime, algum
direito fundamental foi lesado.

(silêncio)

26
DÉCIMA PRIMEIRA ESTAÇÃO:
JESUS É PREGADO NA CRUZ
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Dir.: Nós vos adoramos,


Senhor Jesus Cristo, e vos
bendizemos.
T.: Porque, pela vossa San-
ta Cruz, remistes o mundo!

Leit.(a): “Quando chegaram ao chamado ‘lugar da caveira’, aí


cruciicaram Jesus e os criminosos, um à sua direita e outro à sua
esquerda. Todos os conhecidos de Jesus, assim como as mulheres
que o acompanhavam desde a Galiléia, icaram à distância, olhando
essas coisas” (Lc 23,33-49).

(silêncio)
Com.: Nesta estação, lembramos que Jesus continua sendo
pregado na cruz naqueles que estão condenados a morrer de forma
degradante: crianças, adolescentes e jovens, vítimas da exploração
e do turismo sexual; adultos e idosos, maltratados no seu direito à
vida e à saúde, esmagados pela violência do poder econômico, que
fragmenta e explora a família, seus costumes e valores.

(silêncio)

28
DÉCIMA SEGUNDA ESTAÇÃO:
JESUS MORRE NA CRUZ
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Senhor Jesus Cristo, e vos
bendizemos.
T.: Porque, pela vossa San-
ta Cruz, remistes o mundo!

Leit.(a): “Então Jesus deu um forte grito: ‘Pai, em tuas mãos


entrego o meu espírito’. Dizendo isso, expirou. O centurião viu o
que tinha acontecido, e gloriicou a Deus, dizendo: “De fato! Esse
homem era justo!’ E todas as multidões que estavam aí, e que ti-
nham vindo para assistir, viram o que havia acontecido e voltaram
para casa, batendo no peito”(Lc 23,46-48).

(silêncio)
Leit.(a): Jesus continua sua paixão hoje, quando há desprezo e
preconceitos com a idade, gênero, classe social, etnia etc . Ele mor-
re hoje na ganância e na concentração dos bens que, pelo poder e
desejo dos que querem ter sempre mais, esmagam a vida. Ele mor-
re no subempregado, cujo salário não permite viver dignamente.
Jesus morre, quando perdemos a memória de nossa história e de
nossas raízes.

(silêncio)

30
DÉCIMA TERCEIRA ESTAÇÃO:
JESUS É DESCIDO DA CRUZ
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Dir.: Nós vos adoramos,


Senhor Jesus Cristo, e vos
bendizemos.
T.: Porque, pela vossa San-
ta Cruz, remistes o mundo!

Leit.(a): “Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe e a


irmã de sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. Jesus ao
ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse a
mãe: Mulher, eis ai o teu filho!. Depois disse ao discípulo eis a
tua mãe! A partir daquela hora, o discípulo a acolheu no que era
seu” (Jo 19,25-27).
(silêncio)
Leit.(a): Maria recebe em seus braços o Filho de Deus, des-
cido da cruz. Lembramos a profecia de Simeão: “uma espada de
dor vai transpassar o seu coração”. Hoje, fazemos memória de tan-
tas pessoas feridas profundamente pela dor e pelo sofrimento, na
perda de parentes e amigos, vítimas da violência e de acidentes de
todo tipo.

(silêncio)

32
DÉCIMA QUARTA ESTAÇÃO:
JESUS É SEPULTADO
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Dir.: Nós vos adoramos,


Senhor Jesus Cristo, e vos
bendizemos.
T.: Porque, pela vossa San-
ta Cruz, remistes o mundo!

Leit.(a): “Havia um homem bom e justo, chamado José. Ele


era de Arimatéia. José foi a Pilatos, e pediu o corpo de Jesus. Des-
ceu o corpo da cruz, enrolou-o num lençol, e o colocou num túmu-
lo escavado na rocha, onde ninguém ainda tinha sido colocado“
( Lc 23, 50-53).
(silêncio)
Leit.(a).: Solidário com Jesus, José de Arimatéia pede a Pilatos
o corpo do Senhor e o coloca num túmulo novo. No inal de nos-
sa Via-Sacra, queremos lembrar ainda a violência promovida pelo
narcotráico, cujas redes permeiam todo o planeta, movimentando
valores incalculáveis. Enquanto os poderosos chefes dessa rede de
produção e distribuição dispõem de muitos meios para escapar
da repressão policial, inclusive fazendo a “lavagem de dinheiro”,
os pequenos traicantes e os usuários de droga acabam atrás das
grades ou mortos pelos becos das favelas. São culpados também,
mas é injusta a diferença de punição dos pequenos e a impunidade
dos grandes. Nosso País, nosso Estado, nosso município e, prova-
velmente, até nosso bairro e ediício estão conectados a esse vasto
sistema das drogas. Mesmo pessoas que nunca consumiram drogas

34
DÉCIMA QUINTA ESTAÇÃO:
JESUS RESSUSCITOU
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Dir.: Nós vos adoramos,


Senhor Jesus Cristo, e vos
bendizemos.
T.: Porque, pela vossa San-
ta Cruz, remistes o mundo!

Leit.(a): “Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo


que cai na terra não morre, ele ica só. Mas, se morre, produz muito
fruto” (Jo 12,24).
(silêncio)
Leit.(a): Neste momento em que recordamos a ressurreição
do Senhor, lembramos a ação pastoral da Igreja em vista da segu-
rança pública e que exige também nossa participação:
• Formação da consciência para novos valores: tem o seu início
com o processo catequético e acompanha o cristão na sua
vida eclesial. Esta formação tem por inalidade gerar com-
portamentos compatíveis com os valores do Reino de Deus,
elemento fundamental para que haja uma sociedade de paz;
• Estímulo constante à conversão e à mudança a partir da mu-
dança de si, as pessoas contribuem para a mudança da socie-
dade, criando novas relações que geram mudanças estrutu-
rais que possibilitam a concretização da justiça social;
• Busca da superação da justiça comutativa: superação das re-
lações de ódio e vingança através de relações fundamentadas
na misericórdia e que visam, não a punição, mas a superação
do mal e de suas causas;

36
FRATERNIDADE E SEGURANÇA PÚBLICA
CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2009
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CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2009
Tema: Fraternidade e Segurança Pública
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Lema: A paz é fruto da justiça (Is 32,17)


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Vigília Eucarística
e Celebração da
Misericórdia

Conferência Nacional dos Bispos do Brasil

Vígília Eucarística e Celebração1 1 25/7/2008 20:50:53


Coordenação Editorial:
Pe. Valdeir dos Santos Goulart
Projeto Gráfico e Capa:
Fábio Ney Koch dos Santos
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Diagramação:
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Henrique Billygran da Silva Santos


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Revisão:
Ellen Cristina Paulino da Costa
Pe. Wilson Luís Angotti Filho

Cartaz da CF 2009:
Criação: Ana Paula Couto, Bianca U. Trava, Fernando R. Moretti, Nathália Bellan, Luis
Gustavo Cavalcante. Modelo: Adauto H. Cavalcante.

Impressão e acabamento:
Editora e Gráfica Ipiranga ltda.

© CNBB - Todos os direitos reservados

Edições CNBB
SE/Sul Quadra 801, Conjunto “B”
CEP: 70401-900
Fone: (61) 2103-8383
Fax: (61) 3322-3130
E-mail: vendas@edicoescnbb.com.br
Site: www.edicoescnbb.com.br

Vígília Eucarística e Celebração2 2 28/7/2008 13:49:07


carístico. Numa espiritualidade eucarística renovada, a adoração
eucarística está em estreita sintonia com o mistério pascal e com a
participação na Ceia do Senhor.
e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada
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O mistério eucarístico é o maior e o mais expressivo dos sinais


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da fé. Guiada pelo Espírito Santo, a Igreja expressa sua fé na pre-


sença de Jesus na Eucaristia, conservando o pão eucarístico para
ser levado aos doentes, aos moribundos e para receber a adoração
que só é devida a Deus.

Diante da presença do Senhor, podemos pouco a pouco assi-


milar o que Ele nos mandou celebrar em sua memória: “Isto é meu
corpo entregue por vós; isto é meu sangue derramado por vós.”
Somente um coração humilde pode beneiciar-se dessa presença
de comunhão.

A adoração a Jesus no Santíssimo Sacramento leva ‘os ver-


dadeiros adoradores’ a uma profunda comunhão com o Pai, pelo
Filho, no Espírito que ora em seus corações. Ao contemplar o Pão
vivo que desceu do céu para a vida do mundo, sentimos toda a for-
ça da expressão: “por Cristo, com Cristo e em Cristo, a vós Deus
Pai todo-poderoso, toda honra e toda glória, agora e para sempre!”
(Guia Litúrgico Pastoral, Edições CNBB, pág. 50).

2. AMBIENTE
Preparar o local com simplicidade, de modo que todos iquem
bem acomodados. Se a adoração for realizada dentro da igreja, a
exposição seja feita sobre o altar onde se celebra a Eucaristia.
Prever para a procissão de entrada: cruz; velas; lecionário ou
bíblia; cartaz da CF.
Deixar, próximo à mesa da Palavra, um local para a colocação
do cartaz da CF. As velas serão colocadas ao lado da mesa da Palavra
e no local da exposição do Santíssimo.
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Vígília Eucarística e Celebração7 7 25/7/2008 20:50:56


3. A CELEBRAÇÃO
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3.1 REFRÃO ORANTE (cantar alguns minutos antes de iniciar a celebração)


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Onde reina o amor, fraterno amor


Onde reina o amor, Deus aí está.

3.2 PROCISSÃO DE ENTRADA - Pai de amor, aqui estamos (CF 2000)


1. Pai de amor, aqui estamos celebrando a unidade. Somos teus
ilhos amados nesta mesa da igualdade. Somos uma só famí-
lia, somos um só coração. Eis que a graça da partilha entre
nós faz-se oração
Refr.: No raiar de um novo tempo vida nova então se faz.
A esperança do teu povo é justiça, amor e paz!
2. Ó Jesus, Senhor da vida, vem trazer libertação!
Desta gente tão sofrida vem mostrar-Te Deus-irmão.
Tua cruz é rumo certo, junto a Ti vamos seguir
Pois teu Reino está bem perto: As sementes vão lorir.
3. Santo Espírito de Amor, faz em nós tua morada.
E na luta contra a dor guia nossa caminhada!
És a fonte da verdade, vem mostrar a direção:
Vida plena, dignidade, povo livre, mundo irmão!
Ou: Nós somos muitos
Refr.: Nós somos muitos, mas formamos um só corpo,
que é o Corpo do Senhor, a sua Igreja; pois todos nós
participamos do mesmo pão da unidade, que é o corpo
do Senhor, a Comunhão.
1. O Pão que reunidos nós partimos* é a participação* do Corpo
do Senhor.

Vígília Eucarística e Celebração8 8 25/7/2008 20:50:56


CELEBRAÇÃO DA MISERICÓRDIA
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01. Chegada - silêncio, oração pessoal.

02. Refrão meditativo


Onde reina o amor, fraterno amor,
Onde reina o amor, Deus aí está!
Ou
Coniemo-nos ao Senhor, ele é justo e tão bondoso!

Vígília Eucarística e Celebração15 15 25/7/2008 20:50:56

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