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MARTIN HEIDEC INTRODUCAO A FILOSOFIA i wif martinsfontes INTRODUGAO ‘Atarefa de uma introdugao Filosofia i se complica uma vez mais, se nos vemos ante a deci a que fildsofo deve ter agora influénew decisiva: 2 Introdugo & filosofia Leibniz ou Descartes, Plato ou Aristételes. Todavia, esse proble ma também pode ser remediado, na medida em que buscamos ~ € @ isso que deve fazer justamente a introdugio ~ obter uma visto ppanoramica de todos 0» filésofos de toda a histia ds filosoft, ao menos em seus tragos principals remos apenas um conhecimento historiogrifice! pasar a conhecer os “proble- Nao que queiramos nos in 10s dominios de problemas woria do canhecimento, ética somente os contornos mais sabentes, de modo que possamos ver como as disciplinas so or como se encontram reunidas, como formam um ‘Ao lado do aspecto historiogréfico, a introdu- (G4. filosofia necessita ter assim um aspecto sistemitico, € esses dois aspectos precisam se completar da maneira mais harmonica posstvel Se, no final do semestre, tivermos conseguido alcangar uma tal introdugdo historiogrdfica e sistemtica, seremos felizes detento- 1es de conhecimentos acerca do Ambito historiografico ¢ sistemd- tico da filosotia. Sem duvida no desapareceré totale! pressao de que esse ambito € em verdade muito ul facetado, lem de igualmente incerto e instivel Sobretudo, posém, set4 for- Heidegger estabelece wma distingdo fundamental entre dois termas mormal- mente tanades como sinbosnos ta lingua alo © traduzides corsequentemente iéria” 0 termo Latina Hittorie € teamo germinico iro designa pata cle» histéna concebida em sua inca relatwa aos econtecimentes que se do no inte- te subsiatente chamado tempo, ¢ funciona como sa tradugo reper hehe see Sree ‘correspendentersente pot “histoniagelfico” @ stiico -(N. doT) Introd taleeido 0 sentimento mais ou menos confer mia fazer nada propramente com o que acaba ‘goles de cétedra” podem se ocupar com ix ditar que ¢ possfvel afastar de uma ver por opinides. J4 € certamente muita com quando ul sentir, No entanto, em geral nada mais 6 su fassjstimos alguma ve? a uma prelegdo sobre devemos descuidar completamente d fia; esso nto porque, por exemplo, Bagem de conhecimentos sobre filosofia. 1c nada sobre filosofia, 14 ¢3 + ‘Todavia, tudo isso ndo resulta em que 0 tuido « partir de urna visio panorimica e his a da tlusto de que.com jsp Cate: flamgs aleangando zl ee flosafia no acon: De que outra mar mos entio conquistar uma com: poderis € deveria por fim acantecer preensio previa da filosofia, uma compreensio de que carecemos, jugdo. Nesse caso, introdugdo nde se € que 0 filosofar ndo deve ser um processa eego, mas um agit che wise da filosofia a por- levado a termo em meio a liberdade? Precisamos evidentemente sesh & o Pie vc ag 0 pre buncos anne peé-compenento bo lilosehan na forma que j6 eet pré decidis? ones th y sed % caneads pata sion pala propria evsencsa do Whovafa, Nova saber fisonal ride emiecidernas, 60) it nites sted pone #4 eoene wp w ann air (lonco poten asics x ea eich ua claves sal tered © 3 ern uevet humana omen tal Messe “coma tal, ele acontece © Thownds. Por vocaco pofisinnal commpasendemes saiedasaietsa. otis ‘Em que medida, porém, dermis ume vocagho prodissio ‘parti: ‘cular 90 nonso ter-al, 20 exigirmos nosso dikeito det acorn 2 univer. direitn — até n punto em que 68 Bf seta. 0 Sompe- ls leap one ‘at bymano. devendy. a pastit dessa compmeenssie. Cot a A onc edt Peso lll, os 4 diguma necessinio que a pesos pertensa ao circule des proemi vais ut sat ni entre Wael Como tls prelegies ra em socne de Fe eda leapttprh iprt inke peya trays leita, mas ecabioverm por chacutesst a foco ventral do persamento heidepgera: lee mb rime nen Rr ‘prittinrdiais do vexto (N do) Juma especie de tirwenente dis intuition Invrodugso a filosfia seri que ela nfo tem primariamente nenhuma relaglo com uma ‘io de-rwundo? A filosofia repousa sobre uma visto de mun: do ou essa conexto entre filosofia€ visio de mundo nde ¢ absolu tamente decisiva? Por fim, tomeros conjuntamente os dois grupos de questtes ‘bem ciencia ow bem visto de mundo, seri muarato visdo de mwado ou serd ainda que ‘Mas nile queremos entre filosafia e cine de mundo como se es deras finas — ainda nto sabe: tamente eam elas? Desse modo conquistamos rompreenso da {iksofia » partic dos poderes 90 voltarmo-nos para nos atual. Nelas nos mos incess a0 qual cabe uma justumente em sua automeditacag, remap ‘ominarmos historia isso se di antes de tudo porque fosofa senor oferece inicialmente na ¢ por meio da tradkto historiogré: fica Pyc historia ndo tenho em wists aquig cigncts hijisisa tas sento do cal, Mostrat-se: arfilosofia que se encontra.¢m ume confrontacha. Interne. peculiar. ‘soma dusiéria. imos que @ filosofia sempre jd s¢ nos oferece como algo ‘modo conhecido na ¢ por meio da histéria. Melhor ainda na storiogrdfiea No entanto, 0 rmesmo vale para a cide ine para w visio de mundo. As dss so, cada uma a seu mos, Tundamentalmente histéricas. Mas 180 significa @ seguinte Hin nome consideractes sobre isla « encase Hose bia wo mesmo tempo a sezuinte questo or menos Wi Jo ta alam diss teste-se de come is sinples nea se enconted fort da ha enisténets dy todo filosofar 00 aicoldgico embasbacado © mesmo cxoistr de st mente com nds tairpnnnyy superacls porque dudes se indlgna mo- 4 superagio sé acomtece no mo- » teal ¢ radical © problema do su. PRIMEIRO CAPTTULO © que significa filosofia? ciéncias nfo sdo ums scumulugde ou um amo que € ensinado © aprendide de renter Jemats, mas aquels que fom tese de que a “Filosofia no € nenhuma a se estd negando € contestando justamente 0 omenologia: vem farendo ha décadas para funda- 1a como ciéneis rigorosa” (é esse o titulo de um co- Husserl, publicade na revista Logos 1, 1910)? Sim te absolutamente que ela precise ser ou ndo-cientifica” nao ¢ nenhuma ciéncia™, ge também a contrapergunti: my Jsspandemos: filosofia ¢ filosofar informagde que nao diz nada, uma informagae que sa.gucfa filosofia precisa ser ‘Atenta-se pouco demais para a 0 fato de a filosofia ter de ser determinada a partie de si me: Mesmo que a filosofia ~ em certs medida — fosse impossfvel, mente ela mesma poderia mustrd:lo. Somente ela mesma pode cidie s¢ © come ela € possiv €senio uma consequéncia de seu caréter originétio que a 1a $e volte para si prdpria € exta- belesa uma ligacdo consigo 7 Pontanto, se dizemos que a filasofia no & nenbuma cigncia, se 8 ciéncia ndo € aidéia ou 0 ideal a patir do qual u flosolia pode | que recusa a Filosofia o cardter de i pode ser impu- Brave. }4 ouvimos, porém, o seguinte: a afir- macio de que a “filosofia ndo é ciéncia” nao dix aa ¢ acienti- fatredugdo 3 filoseha fica: s€ € que acientifico significe chocarse com #5 norms € 0 métodes da ciéncia A filosofi nio é scientifica porque também = . cedos postiveis da Filosofia. E a Gnica coisa clara per enquanto ¢ a tisfatéria, tendo em vista 0 fato histénco de que pensadores come Kant ¢ Hegel se empenharam em elevar a filosofia 8 categorie de citecia. Justamente se a filosofia so for redutivel a nada deverso. contuda, a sus celagso com a citncia talver 4 mastre come uma relag3o totalmente pecisliar que nem de longe consegsimos apreen der cam a decliragio de que “» Miosofia no pertence ao pénero cance De fato, 2 razio pela qual 2 filosofia nba ¢ nenbuma ciéncis alo repousa scbre 2 sua incapacidade de ve apeotimar do ideal de ams ciéncia € sobre a necessidade de permanecer abamo dels porque Ihe Falters 0 que determnins 2 cifncia come tal Ao contririo, els nao € nenhuma ciéncia porque 0 que a cibncix sé poss! em wim comém = ela sunca ¢ puta ¢ simplesmente uma citncia, Ao mes Pikes ea mo tempo, porém. + [he st rat ab que cha yh presi om ui be tido originania: ela © mis e ceapndrs do que taka

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