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C. wa 4 Oo w [) es coréncia edtoria: 030 Carlos Pugls coordenagao de edcS0 técnica: Marla L dos Santos boi ico técnica: Equip de eitores trios da EitoraPalidro, coordenacdo de producto editorial Livia Scherrer dos Santos. -nalista do producto edtriat clausia Moreno Fernandes coordenagdo do edcSa: vchelle Shs da mata @ Vv Plaseak Jorge, ico: equ pos do ecieSo da Esitora Paledra, Projeto grafico: nlexand Projeto grafico da capa: ru caordenador de PoP: Anderson Five corre, Impressio e acabamenta: nyusraf Edtors critics ida, créditos: capa @ trontspicio stovotshutterstock atentores dos deltas Ge tos ox textos do todan at obras de arte plastoas Em cico do omissia imountara, de qaaaquer credtas faltantas, estas cero0 ISTEMA DE ENSINO uu stomapoledracorn tr apyight ©2015 Todos os iteits de aig soraservacos& feitoraPalidro Introducéo. aspectos do texto... ‘nivel fundamental do texto Descrigao... 36 Tipos de descrieao... 36 Ferramentes gramati 2 ‘neseripio por planos. neseripo por sensacties. escrigao - estilo, Narracao. 38 Ferramentes da narracao... 40 Foca narrativo., 40 Tipos de discurse... Principais géneros narrativos Dissertapao.. a3 introduc. 64 Estrutura narrativa, 64 0s tipos de enunciado... 66 Programe de base... 67 Programe de competénea cnc Programas narrativos.. introducdo... —— 78 78 Figuras licedes ao aspecto sonero... 78 ras ligacas aa aspecto sintatico.... Introducao. ‘As funcées da linguegem. Aas varias fungBes JURA one 93 93 Revisando... Exercicios propostos ‘Texto complementar. Dissertagao argumentativaexpositiva.. Subjetividade e objetividede... Raciocinio indutiva/dedutivo... osilogismo.... 0 sofisma: A pragressée légica A dissertacao na poesia ‘A metadelagia cientifica. Revisendo... Exercicios propostos, ‘Textos complementeres. Exercicios complementares. Nivel fundamental e nivel narrativo., Revisando.. Exercicios propostos ‘Texto complementer. Revisando..... Exercicies propastos. Texto complementar. Exercicios complementares. Exercicios propostos. ‘Texto complementer. Exercicios complementares. introducao. categorias pessoa tempo-esparo. Texto tematico e texto figurative. CS introdugao. nterdiscursividade, intertextualidade © propaganda ideologica., ‘Tipos de argument... o Concetto de SQM en Relagdes entre linguagens. ROVISANO nen 5 introdugao. Implicito: pressuposto... implicito; subentendico. Ambiguidade. semantica. Comunicacao oral = escrita Ccaloquial © Cutten Revisando... ‘A funcdo da coesio.. 0s marcadares de eoesdo. Revisendo... Formas de coeréncia.. CORES ene Mecanismos gramaticais e textuais. & Figuras de linguacem. Revisando.. Exercicios propostos.. Exercicios propostos. texto complementar.... Exercicios complementares. Revisando. Exercicios propestes..... Texto complementar Exercicios complementares. Exercicios propostes..... Texto complementar Exercicios complementares. Revisando. Exercicios propostes. Texto complementar Exercicios complementares. Exercicios propostos. ‘Texto complementar ... Exercicios complementares. Exercicios propostos. Texto complementar. Exercicios complementeres. Exercicios propostos. ‘Texto complementar.... Exercicios complementares. ‘Texto complementar. Exercicios complementares. 1a 122 snd on 14a sn 5 147 178 von 81 182 190 sand 198 198 207 209 211 san 221 224 225 287 238 242 243 257 259 01X93] ap ol oleate MleM i= Die] Aspectos do texto — nivel fundamental Reece Re RR McCay crénica e 0 quadro de pintura; emprega uma linguagem (fotografica), discute um Oe eC meet Ee moe at) Ree caste uc eae Peon COO euy Pee ean crs ae enced Peete cmt emt Peete Ream coe 140, 0 qual sustenta uma cerca CeCe een et PO eee Or ues tem Dewees Oe Fen eT ee eure) pequena cidade do interior Cece ete ree A foto de Fernando Angulo nao é apenas um retrato da cidade Cee Tene ene eee ee ety snc Tatura cna kee’ Cerne ee a eee ere eee Senne saro, ser que nasceu livre, na natureza. O primeiro plano é a pista para leitor, ele que nos leva Dee ee Oc ee ee eg eee ee eg Ce eke cy Se ed ee rR Cc nce Oe ac Se eset eer enn tein Ren eMac tice neue un cen eee ete ae eee ee ecu en ecu? Pre ects ee eee ease Introducao Oestudo da teoria do texto compreendle uma série de assun- ‘bs que serdo discutidos ao longo do livro. Neste capitulo, dis- tatiremos alguns aspectos do texto (como a relagdo partefiodo) e estudaremos 0 520 nivel mais abstrao: o nivel fundamental (com destaque para as oposigdes) Aspectos do texto ‘Texto: todo composto de partes O texto (do lati sexta, “tecida”) & um conjunto de partes articuladas ¢ omanizadas entre si. Para entender um texto em sua totalidade, ¢ preciso relacionar as partes, pois o todo é a SSntese das partes. Para que o leitortenha acesso & totalidade, & recessirio ainda extrairsignificados que podem estar implici- tbs, como o tema, o assunto do qual se fal; €a mensagem, uma aritica do autor, por exemplo. Veja 0 que diz 0 poeta barroco Grogétio de Matos acerca da relacéo partrtodo. O todo sem a parte ndo é todo, Apparte sem 0 toda néo part ‘Mas s@ 0 porte o faz odo, sendo parte, Noo se dige que # parte, sendo o toda [.) CGregério de Matos: lames Amado (Org). Obra podico. 3 od Flo ds Janaro: Record, 1992 O texto abaixo, de Luis Fernando Verissimo, € composto ‘de trés partes, veja as duas primeiras. Nesses dois primeiros quadrinhos, a expectativa que se eria €a de que o casamento traz felicidade. Agora observe o Giltimo quacrinho. Nota-se que a expectativa foi quebrada; isso signifiea que ‘es quadrinhos anteriores precisam ser relidas a luz da tota- lidade, Assim seré com os demais textos verbais, visuais ou verbo-visunis; nlo se interpreta a parte pela parte. No proprio Capitulo 1 cotidiano, somos vitimas do que se denomina “vies” (mostrar uma parte apenas); a midia televisiva, mostrando apenas os as- pectos positives (ou negativos), cria hendis (ou vildes), isto é, 0 ser perfeito (ou © monsizo) que todos gostariam de ser efou de eonhecer (out 0 contrério). Com isso, fatura-se muito, passa-se um modo de ser, um estilo de vida, que nem sempre ¢ condi- ente com a realidade de quem consome, Considerando que 1 vordade esté ligada A tatalidade, devemos ser prudentes nos Julgamentos que fazemos do proximo, dos fatos ¢ da propria Inidia, pois nem sempre femos acesso ao too; o mesmo raciO- cinio se aplica a interpretagao de um texto, Arelagio parte/todo esta presente tam na estilistica por meio de uma figura denominada sinédoque (lipo de metont- mia). Empregar a parte no lugar do todo consiste muitas vezes em um eftito de sentido, o receptor do texto obriga-se a imagi- rar o restante, participando da eriagio da obra, Veja 0 exemplo a seguir, trata-se de uma imagem sinedstica, Fig. | Aparte est no lugar do toda, Texto e contexto Apalavra contexto pode ser entendida como a situago que cerca o ser, Na linguagem verbal, o contexto é a frase; 0 perio- do, 0 parigrafo, ou o proprio texto, o todo. Se desconhecemos o significado de uma palavra, devemos interpreti-a, levando em consideragio 0 contexto que a cerca (a situagio em que a Palavra ¢ inserida). Observe a palavra textos diferentes, jogo” em quatro con- CRBC MAD She sehe — Fa. 2 Contexto:ne quarte! Sigatieado:atrar ‘Chamem 98 ‘3 Contexta: om um ineéndio Sienificado:fogo “Tem fogo, meu imaio? Fg. 4 Conlexto:na ua, um dos intorlocutores ost com agarro Signticado: 6070 Fig 5 Contexto: uma menina de dez anos subinéo em. Signficado: vada, peraa Como se pide observar, o significado da palavra “fogo’ varia de contexto para contexto (de situagio para sittagio). Na pinda a seguir, o duplo contexto cria humor. O cosa! de noivas é na Inglaterra foi conversar com 0 reveren: clo para acertarem dla ® hore da casamento, Dapois de resolverem fodos 0s detalhes, j6 ne hore da soide, 0 1 bobinho, olha para o reverendo e pergunta nha, muito iogénua @ =Reverendo, oque osenhor ache do sexo antes do cosamento? E ovalho reverendo, calmar = Contanto que nao atrase o ceriméni. Acxpressio “antes do casamento” pode ser entendida de dduas maneiras diferentes, referindo-se @ duas situagdes, Para ignifica ter rclagdes sexuais no periodo anterior 20 casamento; para o padre, ter relaySes sexuais horas antes do casamento, Observe agora a tirinha a seguir © casal, si biguo: pode resso do fillio em relaglo ao viali- ‘no, mas, se levarmos em conta o contexto (2 fisionomia do pai olhando pela janela para os estabelecimentos vizinhos, que esto fechados), pode também remeter a0 fato de que o filho, por ainda tocar mal 0 violino, estaria espantando a vizinhanga indesejada. Devemos, pois, interpretar segundo o contexto, relacio- nando as partes e extraindo a sua sintese. Em nosso cotidia- no, descontextualizar é omitir a situago que envolve o ser (ou parte dela), & olhar para um fato sem levar em consideragio os motives que o geraram; ¢ ver uma crianga na rua, malvestida, andando sem rumo e chamé-la de marginal, sem que saibamos 6 porqué de ela estar ali, naquelas condigdes. Olhar para o con- texto ¢ enxergar um pouco além, perceber que hé uma explica- fo para o mundo. A foto a seguir sug © uma rellexdo, fagava, Fig 6 Aimagem e seu contexto. Texto e conhecimento de mundo Por vezes, 0 significado do texto depende de conhecimento cde mundo, de situagdes vivenciadas pelo leitor, Se este no ti- ver acesso a0 conhecimento de mundo exigido,o entendimenta do texto seri parcial. Veja 0 exemplo a seguir. | Interpretagao de texto eer Prune) etry Peo 150 milhoes Peer etd Fi 7 Cathecimente oe munca. Oconhecimento de mundo, nesse caso, é fundamental para a interpretagdo. Se o m pais onde nfo fosse comercializado esse proxluto, dificilmente o texto seria entendido, uma vez que a marca “OMO" (pressu- posta no texto) ndo existiia naquele pais. Leia, a seguir, parte ch lowa da misica “Sabi”, de Chico Buarque. mo aniineio fosse veiculado em um Que eu hei de ouvir cantor Uno sabié You volar Sei que ainda vou volar Pora 0 meu lugar Cantar ume sabi, Foi l6.e 6 alndo bb (Chico Buarque; Tom Jobim, "Sabi". Interpret: Chico Buarque In: Noo va passor Vel 4 1968, Aetra de Chico pressupée dois conhecimentos de mundo: acxisténcia de uma poesia ehamada “Cangio do exitio”, coma qual acanglo dialoga no nivel do intertexto; o 0 préprio contex- tp histérico que cerea a produgao da misica: cla faz uma critica Aditadura, mais diretamente ao exilio, Veja a foto abaixo. Fig. 8 Massacre ra Praca da Paz Celestial Capitulo 1 A interpretagio da foto esta ligada a um contexto historico: © rmassere na Praga ca Paz Celestial, Deng Xiaoping, lider comunista dda Repiblica Popular da China, ordenou que os tanques passasscm porcima dos estudantes. O chings andnimo que enffenta una fileira de tanques foi fotografado por Jeff Widener da Associated Press Essa foto virou um icone do final da década de oitenta. O conhecimento de mundo & adquiride na escola ¢ fora dela; a ida a0 teatro, a leitura de jomais, o conhecimento sobre artes plisticas, tudo contribui para o nosso enriquecimento, Texto e progresstio temporal Um texto ndo & um smontoado de partes, hi uma articu- lagdo entre os parigmfos, una orgunizagto dos periods, u cncatleamento das partes, das ides; enfim, ha uma progressto logica que organiza o texto, fazendo com que o itor entenda dlaramente 0 que esti ser expos. O texto a seguir foi pro- positalmente alterado, leis. Presidde pelo Senader Gorot, acabodo © congresso em Ber lim, em Tarim ¢ Paris, publicarextrotes do antiga do “Mensageiro de Bale”, onde os letores de minhas obras me ofereceram um ban guete fz As ory que 0 texto se tomou incompreensivel; releiaeo em sua ordem raatural, es foram mudadas de sua ordem original de modo Acobedo 0 congresso, fz pubicar extatos do artigo do “Mensa {geiro de Bole em Berlin, em Tusim @ Pr, onde os leioes de minhos ‘bros me oferecerom um bonquete, preside pela Senador Gove. Uma Borst O homem que sabia javards outros con Curb: Polo Editorial do Porand, 1997 ‘A orago “Acabado © congresso” estabelece o tempo em que se realizou a ago da orago subsequente (“fiz publicar..) © conectiva “onde”, por sun ver, reeupera os antecedentes ‘Berlim”,Turim” e “Paris”, precisando o local em que foi fere- cido 0 “hanquete"; a dltima orago (“presidio,.”) compartitha uum saber a respeito do “banquet”. A progressao légica do texto se di por meio de marcadores de coesdo, como conjungdes, pre- posigdes, pronomes relativos, marcadores temporais (advérbios, locugbes adverbiais), e por meio do encadeamento légico dos periodos ¢ oragies (portanto, eoestio & coeréncia), Até mesmo em uma receita de bolo a progressto esta presente, veja Receita de bolo Fig. 9 Recetta de bolo, um exempio de progressao, L. Despeje, agora, a massa em uma forma média e untada. 2. Bim seguida, aereseente © agticar ¢ bata por mais uns 3 minutos. 3. Cologue as gemas, 0 trigo, 0 suco ¢ continue batendo até formar uma massa homogénea. 4. Colocada na forma, asse a massa em fomo preaquecide em temperatura média por, aproximadamente, 40 minutos ou sé dourar. 5. Por altimo, ponha o fermento, bata por mais 40 segundos ra menor velocidad da batedeira, 6. Nabatedcira, bata as claras em neve, O texto anterior nao esti claro porque a ondem, isto 6, a progressio, foi alterada: voja a progressio coreta L. Na batedeira, bata as claras em neve, 2 Em seguida, acreseente o aglicar e bata por mais uns 3 rinutos. 3. Cologue as gemas, 0 trigo, o suco ¢ continue batendo até formar uma massa homogénea. 4. Por iltimo, ponha.o fermento, bata por mais 40 segundos ria menor velocidad da batedeira, 5. Despeje, agora, a massa em uma forma média e untada. Colocada na forma, asse a massa em forno preaguecido em temperatura média por aproximadamente 40 minutos on até dourar. Ein destaque, temos as palavras que possibilitam a ordena~ io correta, sto elas que estahelocem a ligagao e a progressio do texto, Texto — significados explicitos e implicitos Hi significados que sio extraidos da superficie do texto ~ signiticados explicits ~ ¢ ha outros que so depreendidos de suas entrelinhas ~ significadas implicitas. O termo “implicito’ € sinénimo de pressuposto, subentendido, Por néo estar na sue periicie do wxio, o implicito é mais dificil de ser percebido, No discurso literario, o implicito esti presente na relagio que se stabelece entre a obra ¢ o leitor. Ao ler uma poesia, um conto ‘ou um romance, leitor sempre vai a procura da mensagem que 1 obra quer passar ¢ do tema tratado, os quais costumam estar implicitos. Tome como exemplo a poesia de Mirio Quintana, Funcéo Me deixaram sazinbo no meio do cireo Qu ere epenas um pétio uma jenela ume rua ume esquina Pequer ‘B08 que descobn que todos os meus gestos mundo sem sume Pendiam code uma das estrelas por longos fios invisiveis F havie subitos ¢ lindas apanigses como aquela das longas tranges F todas imitavom t60 bem o vide Que por um momento se chagave o esquecer 2 sue cruel inocéncia de bonecas F ey dizia depois coises tao lindas E tristes Que ndo sabia come tinham ido porer na minha boca Eo mais triste néo era que aquilo fosse ‘apenas um fag cambiante de reflexos Forque ofinal um belo piée dangante Qu 2unindo imdvel Vive uma vida mais intensa do que a maa ignorado que o orremessou dango tu dangos nés dangomos Sempre dentro de um citeulo mplocével de luz Sem saber quem nas olha ateata ou dlstraidomente do escuro. Mério Quinina. Nova onolegia poten. Ro de Jone: Ed. do Auto, 1966. Aexisténeia, no poema de Mirio Quintana, & comparada ‘a uma encenagio em um palco ou picadeiro, em que o indivi- duo € submetido aos caprichos do destino. Implicitamente, 0 poeta faz uma reflexdo da existéncia humana, No nivel da fra se, 0s implicitos podem ser disparados por meio de elementos linguisticos (palavras-gatilho) como verbos, advérbios, cons ‘rugdes nominais e adjetivos. Veja os exemplos a seguir. L © verbo “‘parar™ pressupde que “Josimar" outrora contra- bandeava; na fofoca, € frequente o enuncisdor pressuposto 0 que 0 outro interlocutor no sabe (eabe lembrar que 0 pressuposto nem sempre é verdadero). /0 pore sabe ae estamos ea a Interpretagao de texto O verbo “saber” pressupde que a afirmativa que vem em se guida seja realidade; em muitos easos nfo se trata de fatos verdadeiros, 0 que caracteriza a manipulagao. —_— =a BC i ere nd O advérbio “também” pressupde que outros ni ail noravam, Em certas situagdes, o implicito pode assumir a forma de subentendido, o enunciador deixa no ar um implicito que pode sernegado por ele mesmo. O exemplo a seguir fbi extraido do Ene: HAGAR - Dik Browne ea Y-¢@. Vou ern ood aun cculists omunde Hagar deixa implicito que o filho tem uma visio equivo- cuda, pois o mundo no poderia ser redondo, pois © que ele, Hagar, vé & uma superficie eta, A situaglo crinda por Dick Browne ndo é muito diferente das situagdes cotidianas, Capitulo 1 Aime no diz com todas as letras que o “Rafi” ¢ feio, mas deixa um subentendido, ‘Quando o implicito nao é pressuposto pelo interlocutor, o di- ‘logo torns-se problemitico, o entendimento da mensagem pode 1nflo ocorter, 0 que é posto passa a ser ambiguo, pois o pressupos- to nio foi compreendido: os quadrinhos acabam explorando esse ruido na eomunicagio de forma humorada. Veja o texto a seguir, DIK BROWNE tende o implicito de forma equivocada; Helga fez Voc’ quer, Voc’ deseja...””; Hagar, todavia, pres Hogar e aclipse de supés “Voc@ ach. Nivel fundamental do texto O texto apresenta, consoante 2 semidtica francesa, os se- gnintes niveis: err) Peete) Centeudo Pore) fee Expresso “Tab 1 Nveis do texto O primeiro a ser estudado (os demais em eapitulos pos- teriores) sera o nivel fundamental, © mais abstrato ¢ © mais simples do texto, Nesse nivel, encontram-se as oposigGes abs- tratas e as categorias timicas (cuforia e disforia), Estudam-se as ‘ransformagdes timicas (transformagdes de estado) ¢ os tipos de oposiglo, Faz-se ainda, neste eapitulo, uma anilise dos co- nectivos ¢ figuras de linguagem que estabelecem oposigo, Oposigées semanticas "Abuscapelasoposigbesabstratas ustiieas, pois o senti= Go nasce das oposigbes,interpretamos o mundo por meio dels. E possivel recanhever 9 gran, o alto, 0 gordo, porque tems ‘medida do pequeno, do baxo ¢ do magro seo texto discute a aera, de forma impiicita ele também dseue a pa, poi esta & O cess daqueln, Todo texto apreseta uma oposgao de orem sbstata, seja um conto, uma poesia, uma pega de teatro ou uma pintura, Reconhecer esss oposgies ¢ necesito par aiden Fieagio do tema. A oposigao, como eategora semantic, & a imis solicitada nos exames. A andlise do nivel mais abstrato do texto, 0 nivel fundamental, possiblta investigar as oposigdes ‘eminticns subjacent ao texto, que devem se trade, pre- ferencaimente, or termos abstratos, po exemplo 5 Fig) 10 Oposigdes, Na foto acima, as oposigdes mais evidentes estio na super- fivie do texto: o estitico (os que seguram a corda) x 0 dindimiico (0 que pula) , o menor (os que seguram corda) x 0 maior (0 que pula); 0 claro(luz do sol) x o escuro(sombra) © 0 frontal (duas criangas) x 0 de costas (0 menino em primeiro plano). A foto também contempla uma outra oposigao.nem tanto evidente, pois cexige maior abstragio: a euforia (a agdo:a brineadkera, a alegria, o divertimento) x a disforia (oespago: seco, quase sem vepetacio ‘ou elementos que pudessem sugerir prazer ou deleite).Com iss a emunciag2o fotogritica mostra ao receptor que époxsivel ser fe- la, som a presenga da civilizago ou de bens materiais (Cha apenas uma cords); na simplicidade, pode haver muita vida, liz sem Categorias timicas As categoriastimicas do texto slo a euforia (estado de po- sitividade) ea disforia (estado de negatividade). Un texto pode explorar a positividade, o bem-esta, a alegra, isto é, a euforia, mas também pode enfatizar estados de negatividade, tristeza, pessimismo, melancolia, ou soja, a disforia. & possivel ainda haver os dois estados presentes. Veja o exemplo a seguir. 211 uloriae distora 1 representam, respectivamente, a tragédia grega e a comédia, A segunda é eufirica, hao sorriso;a prim ra, disfériea, hi tristeza, Vejamos esta anedota encontrada em diversos sites da internet, ¢ de origem desconhecida, Numa empresa fabricante de sopatos, trabahavor dos van= dedores. Un deles era ofimista, O outro, pessimista. Ambos foram ‘enviades 2 um longinguo pals africono para investigar o possibilide de de vendes naquele local. Apds certo tempo, o pessimisto enviou um telegrama & empresa, dizende: = AM6s noticias. Aqui ninguém uso sopotos. ‘Ao mesmo tempo, © ofimista enviou esta mensagem para a empresa. ~ Boos noticias! Aqui ninguém usa sapatos! Apiada ilustra com clareza.o fato de que um acontecimen- to pode ser eutirico para uns, mas disfirieo para outros, Pode -se ainda ter a disforia em contexto cuférico (um assassinato no circo) ou o contrério, uma euforia em situagio disforica: nascimento de um bebé constituem-se em efeitos de sentido. m pleni ema; tais procedimentos Transformagio timica "Amuadanga de um estado para out denomina-se transfor mai timica, Exists transforma timica quando da disforia ‘Apersonagem passa da cuforia para a disforia, ssa transformagio timica auxilia na construgio do humor, pois eria-se uma antitese entre o primeiro eo dtimo quadrinho. ‘A publicidade procura na maioria das vezes promover um estado de euforia por conta da compra do produto. Nesse sentido, assistiriamos a uma transformagao timica: da disforia (xplicita ou pressuposta) para a cuforia, como nesta publi- cidade. Fig, 12 Uso da dlsfora em propagandas. sm sorridente do rapaz agrega ao produto “Guarani Antarctica” a ideia de que a bebida faz bem, trazendo euforia para o consumidor, possibilitando uma mudanga de estado. Ha, entretanto, determinadas publicidad e alerta para a popula m que a disforia serve ? Interpretagao 0 Fg. 1S Disforiausada como alerta, © antineio da “Campanha do agasalho™ procura sensibili- zr leitor por meio do verbal ¢ do visual. Em ambos, a carga Enegativa; 0 coraglo de pecira é a insensibilidade das pessoas em relagdo a tragédia humana, e a estétua do garoto é a vitima é fio ¢ dessa insensibilidade, agui a disforia € langada para que haja @ euforia, © agasalho, a vida, ou seja, espera-se que 0 andncio tenha como efeito uma transformagao timica: da disfo~ na, para a euforia, o calor proveniente do agasalho, Tipos de oposigio Ao analisarmos um text, ¢ importante que saibamos as epesigges de ordem maisabsrata,Algutas dees posuem ata ffequéneia em literatura, propaganda e charges; ais oposicdes encaminham para o tema. Veja algumas dels Amorte de milcriangas por dia debaise do céu brasileira pro- tagoniza uma estatica que se revela uma verdadeira contribuigdo & Ci8ncia. Caysedos pelo fome, novos sintomas # deengas come gan 0 ser cotologados, dando vide &s pégines dos hives de Medi Cina, jd cansados dos velhas teorias ‘Marina Negri No texto de Marina Negri, temos a oposigao vida versus morte, a discussao gira em torno da fome, ou seja, da falta de alimento, eondigho para a vida. Bim 4 cidade ¢ av serras, de Fea de Queinis, temos outro bbom exemplo de oposigao no nivel fundamental. Jacinto, um dos protagonistas, mudarse de Paris para Tormes (interior de Portu- gal), cidade onde possuia algumas propriedades. Em Tomes, en= contra a felicidade © a paz de espirito: E esta Tomes, Jocint, esta 1ua reconciingdo com natureza, @ 0 renunciomento 8s ments do ‘oizagso é uma indo bistirio. Paris representa, em um nivel mais abstrato, a civilizagdo, enquanlo Tomes, a natureza. A idealizae «flo da natureza é, nesse caso, uma critica a0 positivism, que via na civilizaeao a solucao para os problemas do homem, As oposi ges podem ser consideradss euféricas (positivas) ou distéricas (negativas). O que é eufrico ou distérico depende da grade cul ‘tural ¢ do grupo social. Para a Ditadura Militar dos anos 1970, a ropressiio era considerada eufrica ea liberdade, disfirica; para o Capitulo 1 Positivism, a civilizagdo eta eufrica ¢ a natureza, dislorica. No nivel fundamental, ¢ possivel ainda encontrar outras oposighes como estaticidade versus dinamicidade, continuo versus descon- tinuo, parcialidade versus tolalidade et. Conectivos da op As conjungBes eas preposigdes tém por finalidade ligar pala vras ouoragses, fo conectivos da lingua, Conjungbes, como mas, fodavia, embora, conquanto, entre outras, estabelecem oposi- bes seminicas (o “mas” pode assumir outros significados), Ob- serve funcionalidade de um desses conectivos no texto a seguit. Fig. 14 Cvllzagio versus matureza LJ Sua cor néo se percebe, Suos péialas ndo se abrem. Seu nome néo esté nos livros. Efeia, Mos & realmente ume flor “J Efeio. Mas & ume flor Furou o astata, otédlio, onoja #0 elo. Coos Diummand de Andrade. "Aflor ea néusea” In A rosa do pave, Soo Paulo: Cia. dos Lares, 2012 p13. Copyright Carlos Drummond ds ‘Aadrade © Graha Drummand vorw calosdrummend com br Drummond uiliza em seu poem a oposig civlizago vers nature. for, lement da natura, sige no esto, um dos sig- sos da cvilzaao, desafindo o improvivel, © conetvo"mas an fei, Mas relent uns oe, conraria una expecta (lo pressupte 0 blo e nf 0 fo), ao mesmo tempo em que resin a existécia da “or. O conoctivo “mas” intodz0argumento mais fit, 0 flo de er“ & secundirio, oft dese “for” prin- cipal. A conjunc. sborinaiva adverbial concessiva “emo” também cootraria uma expectaiva, connuo, por oposigio a0 "na itr o argumento mas aco. Se dissec Efi, embora realmente eja uma flo’, conectvo“embora” estar inrodndo o argumento mais fac, ofa de se fea seria o relevant; have, pois llr de sentido, Fique leno as aula sabre ores coor denadesadverstvase subordinadasadverbinisconcesivas (ro de gamit), pos ese esd ser aprofundid, Figuras de linguagem da oposigio © paradoxo ea anftse so figuras de linguagem ¢fazem uso da opesigo como recurso expessvos a primeira pela con- traigao das dias, 2 senda pela simples oposieo de sentido Veja fragmento a seguir. © amor é velho-menina Ovmoré velo, velho, velho Qoamor étnlha de lengéis e culpa medoe morovilha td Tom Zé. ‘O omar 6yoho-menina Intrprete: Tom Z6.r: Bra Clases 5: ‘he hips of radon. Estados Undes: woke Par, 1992, Fvxa 9 ‘Ao definir © amor como “medo” ¢ “maravilha”, 0 autor © considera ambiguo, paradoxal; trata-se de uma figura de Tinguagem chamada paradoxo. O paradoxo ocorre quando ha contradigdo de ideias, A idcia de simultancidade de aspectos ‘opostos em relagdo a um mesmo ser & uma caracteristica dessa figura de linguagem, veja a imagem a seguir Fo. 15 Paradona. (0 fato de ser eareca é incompativel com o fato de se pen- tear ou cortar cabelo; o pente ¢ a tesoura criam um paradoxo cm relagio a ealvicie, No letra de Caetano, também tenemos um bom exemplo de paradoxo: bol Eu dgo nd Eu digo ndo oo nto Eu doo £ prabido proiir fol Coelao Veloso. pide pro, 1968. Compa, lt A, a1 Impede-se 0 proibir, proibindo, Quando a eposigo nfo for simultanea, ndo provocar uma contradieao, temos a antitese, isto , uma oposigio de ideias, pois ha palavras com sentidos opostos, ‘mas sem a contradiga0, O texto a seguir um exemplo de antitese: Noo existria som/Se nao howesse o siléncio/Nao haver'a lu2/Se nso fosse 0 escuridsa/A vida mesmo assim, /Dia e note, do e sim, Lulu Sontos; Nelson Metin “Ceras cisae’.Inérrete: Lalu Santos Ins To gal Wea, 198. Faas 9 Quadrado semistico das oposiqoes As oposighes slo suscetiveis a transformagdes. Da vida pssa-se i morte, da liberdade passa-se & opressio ¢ vive-ver- sa. A passagem de um polo pam o outro € um momento de transicao. Nao se passa abruptamente do dia para a noite, hi oenlardecer; nlo se passa da inflncia para a fase adulta, ha a jventude, Observe o esquema a seguir. © entardscor Amore st 2 st 2 oa rote | vids mote 32 3 32 3 rnionoite nao sia | nao mote nso vida No primeito esquema, nota-se a pasiagem do dia para a tite, mas hé uma passagem intermediria, o entardecer (a ne gngio de $1); no segundo, a vida € seguids de uma nio vida, ‘momento anterior a morte (a cutandsia, por exemplo, é sugerida, ness momento). No diagrama a seguir, tentaese descrever as, transformagdes pelas quais passa todo ser humano, segundo a visto orist Onascimento Amore st s2 st s2 Homem Deus Homem Deus St 52 St 2 rio Deus nto Homem | nto Deus ko Homer *] Interpretacao de texto Capitulo 1 Aspectos do texto - nivel fundamental EBB Unicamp (adapt) Leia o texto a seguir ©s que comecam... ‘oo hé decent exsorags0 mais dolorasa que a das crangos. Os homens. es mulheres ainda pantomimam a miséria pore luero perio. ‘As crianges 380 longados ne cfc torpe pelos pais, por erature indignes,® crescem com 9 vic edaptando a curviines acovardads elma de mendicidode malandia. Nada me's povoraso do que este meio em que hi odolescenies de dezoto anos e piralhos det, garotas amo: ros de um lustro de idode e mogoilas piberes suetos 0 todas as passividades. F550 criancads parece néo pensar e nunca ter tido vergonho, ‘emoldodas pore © crime de amanhé, pora © prostivigéo em grande escola. Hé ne Ri um nimero considerével de potrezinhos socificodos, petizes que ondam @ guiar senoros folsamente cagas, punguisis sem proteg6o, poralices, omputades, escrofulosos, gatunos de secola, ‘aponhadores de pontas de cigorros, cas de fomlias necesstodas, simples vogobundos & espera de complacéncias escabrosas, um mundo, ‘ria, © olhar de crime, © broto das érvores que iréo obumtror as golerios do Detengdo, todo um exército de desbriados e de bondidos, de prosituos futures, golopando pele cidade & cote do po para os exploradores nferroyados, mentem a principio, negando; depois exegeram (0 folcinuas e acabam a cherar, cantando que s60 0 sustento de uma sicia de criminasos que a policia néo persegue. ‘Ametode desse bondo conhece os leis do prefeo, os delegodes de palcia © ecompenhe © movimento da poicaindigene, oposcionsto «vendo em cade homem importante uma roublheira. Séo em geral os mendigos claramente dofeituosos a que falta uma perna, um brago. ‘A perda que os torneu invalidos é umo espécie de flicidede, o indoléncia e o sustento gorantides. A beira dos caados © dia itera tém fempo de se lornorem homens e de Keres jornois. Fazer tudo isso com vagar Quonde um ponte se toma insustentivel v0 para outros, € hd entre eles rlacées, morleios que se liam &s dceras,olhas em pus que alham com termura compa: nheiros sem brogas, e todos quardande « dota do desasine que os mutiloy, que os fez entrar para a nova vida com a saudede do vide passacla, bd Joto do Ro. A alma eneantodora dos runs erérieas. So Poulo: Cia. das Leos, 2008, HEI ciama-se de progressdva forma de organizagao textual caracterizada pela ordenagao temporal das informagées. Encontre 1 texto um trecho que esta arganizado internamente em progresséia. TEA A irguagem oral ¢ mais econdmica, é frequente omitrmos palavras, uma vez que ha o contexto; assim, determinadas expres- ‘8325 nao poderdo ser interpretadas de forma iteral Leia o texto a seguir, tala-se de um bom exemplo. Perigo Arvore ameaca cair em praca do Jardim Independéncia Um perigo iminente omeaga 9 seguranga dos moredores da mua Licia Tonon Martins, no Joreim Independéncia. Ume érvere, com cerca de 85 metros do ature, que fica na Frage Conselbeiro de Luz, omeoso coir 9 qualquer momento. Ela foi atingido, no finel de novembro do ‘ono passado, por um roa e, desde este da, cpodreceu € moreu. Aarore, de grande porte, € do tipo Combi e esié muito préxima 6 rede de iluminagso publica @ das residéncios. “O perige séo as eiangas que brincam no locol”, die Sérgio Marca, presidonte da Associagdo do Bairro. Jblona Vieira Lome! Inegrogso, 16:31 ogo. 1996. 2) Oquepretendia afirmar 0 presidente da associagao? b) Oque ele afirma, iteralmente? ©) Na placa com o dizer: CUIDADO ESCOLA\, podemos encontrar © mesmo tipo de ambiguidade que havia na declaragao de ‘Sérgio Marcatti © que tornaria divertda a leitura da placa? Nota: Para responder, leve em conta as seguintes acepgdes do termo "perigo”, constantes do Nove Diciondrio da Lingua Portuguesa e Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, Perigo: 1. Circunsténcia que prenuncia um mal para alguém ou para alguma coisa, 2 Aquilo que provoca tal circunstancia:risco. 2 Estado ou situagéio que inspira culdado; gravidade. Texto para as questoes 3 4 Nao se pode interpretar a parte pela parte, ¢ preciso relacioné-ia com as demais partes; o todo, afinal,é a sintese das partes Leia com atengao a tire abaixo: ‘bea ou Unifesp (Adapt.) Com base nas informagbes verbais e vi suis, quo representa 0 belisoAo de Maria? [cute tie vatcre Pasoeua no Be oes HEIN Unifesp (Adapt.) Com base nas intormacées da figura, porque Leonardo voio ao Brasi? Relluro de una possagem do ile do romance Memos de um Samanta de Wiliiss Depeniel ov: . (Adop: TE Leia 05 excertos a seguir Cada um sabe odor eo de jo de sero que é CCostana Veloso, “Dom de lu’. Interpret: Coetana Veloso, In: Totlments demars. Rio de Janeiro: Universal Music, 1984, Faia 1 CQ lugar-comum o a transgross6o andam juntos em certos ort. Nas frases citadas, ha emprego de um recurso expressivo muito presente na literatura em geral Que recurso exprossivo 8 esse? Interpretagao o Capitulo 1 ‘Texto para as questées de 1.43 A casa das ilusées perdidas Quondo ela anunciou que estava gravida, a primeira re- oxi dele foi de desagrodo, logo seguida de franca imtacéo Que coisa, disse, vocd nde podia tomar cuidado, ongravidar fog0 agora que estou desempregodo, numa pion voce néo fem cobega mesmo, ne sei 0 que vi em vocé, j6 deveria ter rrecodo de mulharhovio muito fempo. Ele, naturalmente, cho- ‘ou, chorou muito, isse que ele tnha razdo, que aquilo fora Uma iresponsabildade, mos mesmo ossim queria ter ofilko. Sompro sonhoro com iss0, com @ maternidade ~ @ agoro que fo sonho estava prestes a 30 realizar, ndo dexora que ele se cestzesse ~ Por fovorsupicou. ~ Eu logo tudo que voc® ques. ev dov Um jetta de ararjr trabalho, eu sustento.0 nené, mes, por fover, te deie ser mée. Ele dese que o pansor Ao fm de rts dios daria a resposta Esumis \oltou, néo 00 cabo do te dias, mas done meses. Aque- fa clr elo js stove com urna boriga avantajado que tomava imposrivel 0 oborta; 00 vélo, esquecev 9 desconsideragéo) ‘equeceu tudo ~ estova corta de que ola vinha com a monsa- gem que tonto esperavo, vacé pode ter © nené, ev ado voce © cro Estava errado. Ele vinho, sim, dizer-Ihe que podia dar & luz a ciango; mas ndo para ficar com ela. Jd tinha feito o negdcio: troca- rim © recém-noscide por urna cosa. A cosa que néo ‘nkom « ave ‘ora seria olor doles, ola endo - agora alo promata ficrim pra sempre Ela cou desesperade. Ds novo cai em pronto, de nove in plorou. Fle se mostou iredtive. Ee, como sempre, cedeu. Eniregue o ering, forom vistor a caso. Fro uma modesto consrugdo num bairo popular Mas orao lar romatide o ela tcov extasiade. Ali mesmo, contudo, fez uma declaragdo: = Née vomes encher esa cose de crongos. Quatro ov cinco, ie nao disse nad, mas fou pansondo. Quato ov cnea ox 05, equil era um bom comes ‘oooy Scr Fol de Poul, 18 jn. 1999. THEI Ohifesp As cuas trases finais do texto deixam evidente ‘que tor mais fihos: (©) 6 uma possiolidade pouco atraente para o casal que, por ‘ora, ja conquistou algo a custa de sotimento. (b) serd para 0 casal uma forma de alcangar a folicidade, ja ‘que a mulher e seu companheiro poderBo tera casa chela de criangas. (©) pode tornar-se kurativo na éica do companheiro, embora ‘2 mulher ainda veja isso com olhes sonhadores. (0) 9 forna uma forma de compensar 0 episédio pouco feliz {da doagao do primeiro fino do casa (e) Nao alteraria em nada a vida do casal, ja que nao haveria ‘como fazer os dois esquecerem a crianga doada. EEA dhiifesp 0 casal age de modo contrario aos sentimentos ‘comuns de justia © dignidade. No contexto da narratva,tais comportamentos expliam-se: (2) pola fata de amor quo hé entre a mulher @ o companheko, fazendo com que tudo que 08 rodeia se torne um negécio ventajoso. (0) palo amor exagerado que a mulhor sente @ pola confusdio de sentimentos que © companhelro vive na descoberta desse amor (0) polo dio exagerado quea mulher sente do companheiro @ pela forma displcente e pouco amével como ele a v8 (2) pela submisséo exagerada da mulher 20 compantwiro e pela forma mesquinha @interesseta como ele resoive as coisas (2) pola forma imresponsével com que a mulher age em relagao a0 companheiro,o que o faz tomar aitudes impensadas. FEI Uhilfesp no texto, a ideia de ilusoes perdidas diz respeito &: [a) walizagao da maternidade que, na verdade, no atinge a sua plentude (0) desotagéo da jover mie 20 ver que a casa recebida nao ‘ra xuosa como concebora. (©) alogria da mae com a case e A superagéo da trsteza pela doagao da crianga (©) melaneolia da mao por programar odes as crangas que teria para trocar por casas. (2) certeza do homem de que a mulher nao formar com ele. umarna casa nove HIB Unicamp Leia a tira a seguir ¢ responda em seguida as perguntas: Seber i 12) Da leitura dos dois primeiros quadros, depreende-se uma opinido geral do garoto Calvin sobre proibigdes. Que opt- ido 6 essa? b) Observe 0 que faz Calvin no ultimo quadro da tira © exp que 0 que essa acao significa no contexto da historia, ©) Suponha a sequinte stuagao: numa auteestrada de alta veloci- dade, uma placa de sinalizacao diz Nao pare na pista” Ber Vista da placa, um motoristatrafoga em marcha & rs, no acosta- ‘mento Pela gica de Calvin esse motorista esté errado? HEB TA Leia 0 texto a soguit ocd entra no bate-popo, conversa, troca e-mail, faz amizade. Posse horas nevegando com um bande de estranhos. E nunca sabe 0 certo com quem esté jalando. O enonimato pode ser ume des vantogens da rede, mas também uma ormadilh. Pora tentar evitar possvels decepgbes no hora de verdade, @ Ihtemet voi sofisticando recursos, unindo psiealagia, tecnologio © diverséo @ tenfando melhorar 0 que podemos chamer de relacio~ ramento em rode. As novidedes $80 boos para quem eposte no virval como al fernativa na hora de conhecer novas pess00s e pora quem ndo quer levar para 0 vido real um goto no lugar de uma lebre, com 0 devido respeto aos bichinhos.[..] Viviene Zendonedi.“Vecs sobs quem estéfolando?” Folha de S.Poulo, Cademo Informatica, 4 ogo, 1999. a) Escreva duas palavras ou expresses do texto que ganha- ram novos sentides na érea da informatica b) _Emse tratando de relacionamentos amorosos, levar “gato” (ou "gata”) no lugar de “lebre" poderd ser um bom negécio. Exolque por que é possivel essa interpretacao. GDI TIA ossinale a interpretacao sugerida pelo seguinte tr cho publiitério: Fotografe os bons mementos agora, porque depois vem ocasomento. () Ocasamento nao merece fotograias, (0) Afelcidade apés o casamenio dispense fotografas, (©) Os compromissos assumidos no casamento limitam os momentes dignos de fotografia. (©) Ocasamento @ uma segunda etapa da vide que também ‘dove ser registrada. (©) O casamenio é uma ceriménia que exige fotogratas ex- clusivas. EDD Unicamp Leia a charge a seauir Fobba de SPoul, 8 out 2008, FB. Jogos de imagens @ palavras so caracteristicos da linguagem de histéria em quadrinnos Alguns desses jagos podem remeter a dominios especiticos da iinquagem a que temas acesso ern nosso Ccotidiano, tals como a Inguagem dos médioos, a linguagem dos feconomistas, a linguagem dos locutores de futebol, a inguagem dos surtistas, entre outras. E 0 que ocome na tira de Laerte. a) Tanscreva as passagens da tra que remetem a dominios especiicos e explicite que daminios so esses. b) _Levando em consideragao as relacoes entre imagens e pa- ‘avras, identiique um momento de humor na tra e explique ‘como @ praduzido. EM Fovest Contra a maré Atribo des que preieram ficar 8 margem do corride dos bits @ bytes néo é minguada, Aes sd0 08 rententes que fazer a tecnolo~ 90 ficar mais Facil Nesta nota jornalistica, a expresso “contra a maré” liga-se, ‘quanto ao sentido que ela af assume, & palavra (2) tbo (c) renitentes. —(e) facil (0) minguada. (2) tecnologia. FEE nem © movimento hip-hop € 60 urbano quanto os gran des consrugées de concretoe as estogées de metre cada do se forma mais presente nas grandes mettépoles mundiis. Nascev na perferia dos boiros pobres de Nove lave. £ formado por tes elementos: o misico (0 rap), 08 ones plésticas (grate) e a donga {0 break) No hip-hop os jovens sam os expressées aistices como ume forma do resistencia palitco. Enrotado nas comados populares urbana, o hip-hop afimmou -se no Brasil e no mundo com um discurso polteo a favor dos excludes, sobretudo dos negros. Aposar de sor um movimento oi sinéro dos perferias nate-omericanes, nda encontroy boreiras no Erasi, onde se instalou com certenoturlidede - 0 que, entont, ‘G0 significa que © ip-hop braslevo néo tenha soko infléncias locais. © movimento no Bras & fibril: rop com um pouco de sombo, breok porecido com copoeia e gralile de cores mulo vives Ciéncie © Cus, 2004, (Adopt) De acordo com o texto, 0 hip-hop & uma manifestagao artstica tipicamento urbana, que tom como principais caractoristicas: (2) aéntase nas artes vsuats @ a defesa do carter naciona- lista (9) aalionagéo polos © a preccupacao como confita de go- rages. (0) aafiemagdo dos socialmento excluidos e a combinagao de Inguagens. (3) alintegragao de dterentos classes socais e a exaltacéo do progresso, (0) a valorizagdo da natureza e 0 compromisso com 03 ideals norte-amencanos. ED MA O antincio a seguir, de uma rede de hipermercados, ‘apareceu num autdoorpor ocasido das fesias de fim de ano. Seus emigos-secretos esto no Carrefour ‘Aponte duas interpretagies possiveis para esse anuncio. ‘Texto para a questao 11 No inicio do século XV, Maquiavel escreveu O Principe uma célebre ondlise do poder police, apreseniods sob @ forme de fi ‘$608, ddigidas a0 principe Lorenzo de Médicis. Assim justffcou Ma quevel o-cordter professoral do texto “Neo quere que se repute presungdo 0 falo de um homem de bolo € fatima estado discorre © regular sabre 0 govemo dos princ pes) pois assim como os [certagrafas| que cesenham as contomas dos paises se colocam ne planicio pare considerar a notyraza dos mon- tes, © poro considerar ¢ dos planices ascendem aos monies, ossim ombém, para conhecer bem notureza dos povos, & necessétio ser principe, © pore conbecera dos princivs é mecessdrio ser do novo". “Torlugo de Livio Navies (Ad pt). a Interpretagao de texto IETS Fuvest Ao justicar a autoridade com que pretende ensi- rar um principe a governat, Maquiavel compara sua missdo & ce um cartégeafo para demonstar que: (a) 0 poder police deve ser analsado tanto do ponto de vista de quemo exerce quanta dode quem a ele eat submatide (0) @necessano @ vantajoso que tanto o principe como o str dio exergam alterradamentea autoidade do goverante, (©) um ponder, o eontréo do que acarte com umeartégra fo, no precisa mudar de perspectva para situar posigbes complementares (6) a8 formas do poder politic varia, corforme seam exercdas representantes do pov0 ou por membros da arstacraca (©) tanto 0 governante como o governado, para bem compre enderem o exercieo do poder, devem restinglrse a seus respects papeis Texto para as questoes 12 € 13. FEB x0 tipo de retagao semantica temos na charge que tam- bam ooorte no trecho abaixo? E se somos Severinos [guais em tudo na vide, moremos de morte igual, ‘mesmo morte Sever Jobe Cabral de Melo Neto Jaa Cabra! de Melo Neto: obra complet Rio de donee: Nowa Aggie, 1994 TEBE 0 que autor deicaimpito na charge? “extos para a questio 14, Textol Capitulo 1 Texto ll fol Amor é fogo que orde sem se ver; Eferide que di E um conte Go se sente: mento descontente E dor que desotina sem doer; E um nao querer mais que bem querer; E solério andar por enire a gonte; E nunca contentar-se de contente; far que s@ ganha em se perder E querer estor preso por vontade; E seria quem vence, © vencedor Eter com quem nos mota lealdodo ‘Mos como couser pode seu favor Nos coragdes humanes amizade, Se too contréro 0 #14 0 mesma Amor? Luis de Comdee Sonetos de Combes. So Paulo: Atlié Edd, 1998. EEE ocp Considere as seguintes afirmagdes: 1. Amb0s 0s textos (a foto @ 0 poema) tematizam 0 “ogo”, po- rém CamBes dé outro tratamento ao assunto, comparando achama a0 amor ILA oposizao no texto visual fica por conta do claro-escuro, ‘em Camées, temos a oposigo por meio da contradigao (0 amor é contradtério) II, Em feride que d6i endo se sonte, 0 conectvo “e" poderia ser substitu(do por ‘mas’, som que hala alleragao seman- tice Estdo corretas: a) apenas | (©) apenas |e UL () apenas 1! (©) apenas Ie tL (0) apenas Ill HEED berg Leia 0 texto a seguir Leitura e escrita como experiéncia Oavesso Quando penso na le de aule ov fore dels), refro-me @ momentos nos quais fazemos rea como experiéncic (na escole, na solo ccomentérios sabre livros ou revistos que lemos, trocanda, negon: do, elogiands ov enticande, contande mesmo. Enfin, situcgaes nos fal como ume viegem, ume aventura falese de livros © 9, Poemas ou personagens, comparthando san- ‘imentos @ reflexées, plontando no cwvinte a coise narradl, quois de histries, con um solo comum de inferlocufores, uma comunidade, ume colstivi: dade, © que foz do it fem que a lettre & par 1da tanta quem |& quanto quem pron lou 6 leture 00 escrover, aprendom, crascom, so desafiados, Defend @ letura do Iteratura, do poesia, de textos que tém mag6o sobre cléssicos, sobre géneros ou sobre estilo, escoles ov cormentes iterénas que toma @ letra uma experiéneia, mas sit o mode de realzagbo desse letra: Ela deve cer copa de engendrar uma reflexdo para além do seu momento em que acontece, ser a: poz de ojudor a compreender « hisiéia vivida antes sistemotizeda ‘ou confade nos livros Bria Kramer “Leta ¢excilo como expeténcia = sev popel re formar {0 de sujedos socio” In: Pesenge pedogagica ¥ 6, 31, joniew 2000, p 2. Considere 0 excerta, Detendo o leitura da iteraturo, da poesia, de textos que tém dimensdo ortstica, néo por erudlgée. 1a) Embora o treche destacado no se inicio por conectvo, seria possivel acrescontar-ihe conjuncao, preservando a relagto de sentido com o conjunto da frase. Aponte duas conjungées ilerentas que, no mesmo contexto, poderiam introduzir 0 trecho em destaque.Incique também 0 tipo de relacao de sentido que estas conjungdes estabelecem na frase b)_De acardo com a argumentacsa deservaWida pela autora, lustiique a presenca da forma negativa no trecho desta cada Texto para as questies de 16 2 18. bulade ¢ liyminade vide moderne. [..] Companhias do turismo da: vveriom cra “excursées natures”, em que grupos de pessacs 560 fransportades oté ponies esiratégicos pore serem insiruides por um asirénome sobre os maravilhas do céu notumno. Seria @ nascimen: fo do “turismo astronémico”, que complementaria perfefiamente 0 nave turismo ecolégica. E por que néo? Turismo astronémico ou no, talvez a primeite impresséo 00 ‘observermos o eu notime seja uma enorme sensagio de paz, de permanéncia, de profunda auséncia de movimenta, fora um eventual vide ou mesmo um satélte distante (uma esirelo que se movel) Vemos incontives estelas, emitindo sua radlagdo eletromegnética, perleitamante indiforentes ds olubulagées humanas. Essa visdo pacota des céus & completamente diferente da visdo de um astrofsice moderna. As inacentes estrelas so verdadeiras for- nohos nucleares, produzindo ume quantidade enorme de energia «cade segunda. A mote ce uma estrela modesta como o Sol, por ‘exempla, vrs ecompanhada de uma expleséo que chegor nossa vizinhanga, ranstormando tudo 0 que encontrar pela Frente em posira cbsmica, (O leor néo precisa se preacupar mute. © Solain- ole 0 do produzia energia “docifmente” por mois uns 5 bihies de anos.) ‘arcelo Gisieet Resahos céemicos EEG Fovest 0 autor considera a possibilidade de se olhar para © c6u noturno a partir de duas distntas perspectivas, quo se evidenciam no conitonto des expressées: (c) Tnaravihas do céu noturno"/“sensagao de paz’ (0) “nstruidos por um astrénomo"/*visio de um astrotisic, (© Yadiagdo eletromagn dic /“quantidade enorme de energia (©) “poeira césmica” /'visao de um astotisico” (c) “auséncia de moviment' /“fomalhas nucteares" Fuvest Considere as seguintes afirmagbes. |. Na primeira frase do texto, os termos “atrbulada” © “lumi- nada’ caracterizam dois aspectos contraditros @inconci- ayeis do que o autor chama “vida moderna’: Il No segundo parégrato, 0 sentido da exprossto “perfota- mente indferentes as atribulagGes humanas” indica que #90 dostez aquola “primeira impressac” desapareceu a ‘sensag de paz” IL No terceito pardgrato, a expresso ‘estrola modesta’ refe- rente ao Sol, implica uma avaliagao que vai além das im- pressbes cu sensagSes de um observacor comum. Esta corrto apenas o que se afma em: (a) b fo) fo) UL (d) tem (0) Hell. EDI Fuvest De acordo com o texto, as estrelas: {©) fo consideradas ‘maravihas do céu noturno polos obser- vadores ligos, mas nao pelos astrénemos, (o) possibiltam uma “vsao pacata dos céus", impressao que pode ser destota plas instrugdes de um astrénoma (6) produzem, ao observador lego, um efeto encantaténo, em ‘azo de serem “verdadeiras fornathas nucleares” |) promovem um espotaculo noturno tao grandioso, que os mmoradores das clades modernas se sentom prvlegia- os (©) eontundem-se, por vezes, com um aviéo ouum satéit, por 0 movimentarem do mesmo modo que estes ‘A questao de numero 19 toma por base © poema Lisvon revisited,do heterénimo Alvaro de Campos do poeta modernista Portugués Fernando Pessoa (1888-1935), ¢ a latra da cangao “Metamorfose ambulante’, do cantor @ compositor brasiiro Raul Seixas (1945-1969). Lisbon revisited (1923) Nao: néo quero nod J6 disse que no quero nado. Nao me venham com conclusbes! A tinica conclusbo é mere Nao me trogom estéticas! Na me folem em moral! Tirem-me daqui a metafisce) Néo me opregoem sistemas completos, néo me enfilerem conguistos Dos ciéncias (dos ciéncies, Deus meu, des céncias|) Dos ciéncios, des ores, da civlizagéo moderna! Que mal fiz ev 908 deuses todos? Se t8m 0 verdade, guordem-nal Sou um fécnice, mas fenho téenice #6 dentro da técnica. Fora disso sou dai, com todo 0 direto 9 slo. Com todo o dirsito @ s8-b, ouviram? Interpretagao de texto Nao me macem, por emor de Deus! Queriom-me casado, fail, quotidiono e tnbutivel? Quoriam.me © contrrio disto, 0 contrério de qualquer coisa? Se eu fosse outta pessoo, fozic-lhes, a odes, a vontod. Assim, como sou, tenham paciéncial ¥60 para 0 diabo sem mim, Qu denem-me ir sozinbo pare o diabo! Pora que havomos de ir juntos? Néo me peguem no brogo! N30 gosto que me peguem no brag. Quero ser sozinho, J6 disse que sou sozinho! Ah, que megade quererem que eu seja de companhicl ctu azul ~ 0 mesmo de minha inte ~ Bema verdade vazio e perfeito! ‘© macio Teo ancestral e muda, Pequena verdade onde océv sereflete! CO magoa revisiads, Usboa de outrora de hojel Nada me dais, nada me ais, nada sols que ev me sna. Delxom-me em paz! Ndo tard, que ev nunce tard. E enquanto tarda 0 Abismo e 0 Siléncio quero estar sozinho! Ferando Pessoa. FigSes do Invedio/4: poesios de “Abara de Campos. Metamorfose ambulante Ld Eu quero dizer agore 0 oposto do que eu dlsse antes Eu pref ser essa metomoriose ambulonte Do que tar aquela velhe opinido formade sobre tudo bel Sobre o que € 0 amor Sobre que eu nem sei quem sou Se hoje eu sou estrela amonha ja s® apagau Se hoje au te odoio amanheé the tenho emor the tenho amor Lhe tenho honor Une fago amor 20 sou um ator. fal Reul Seixas, Os grandes sucessos de Reul Seas. IEE Vonesp 0 poema Liston revisited 1923) ¢ a cangao"Me- tamorfose ambulante” (1973) identficam-se por alguns aspec- tos formais e por focaizarem como tema a attude de reboldia 0 individuo aos modelos e padrées cultwais que Ihe sao im- postos. Relela-os com atengao e, a segui a) servindo-se de uma escala em culos extremos estejam atilude eulérica (sensagao de bem-estar @ de alegria) © atitude disférica (sensagao de mabestar, ansiedade, in- ‘uietagao), demonstre qual dos dois textos esta mais pré- ximo do polo da alitude distérica. Capitulo 1 b)explique em que medida o verso de nimero 17, de “Meta ‘morfose ambulante’, sintetiza 0 conteuido da cangéo EEX Fuvest 0s textos a seguir sao fragmentos de poesia; leia- “03 6 faca a comparagio solistada LL Plid,& le do lmpad sombrio Sobre o leito de flores reclinado, Come a la por note embalsoroda, Eno nuvens do omes le dormia! I. Ume noite, ev me lembro... Ele dormio Numa rade encostada molement. Quase aberto 0 roupso... soko ocabelo Eo pe descako no topete rente (Os dois textos apresentam diferentes concepgdes da figura da mulher, Aponte nos dois textos situagdes contrestantes que revelam essas diferentes conceppdes. ‘Texto para a questao 21 Amor e medo Quando eu te fujo © me desvio couto Da luz de fogo que te cerca, 6 bela, Contigo dizes, suspirondo amores “Meu Deus, que gelo, que fiteze aquele!” Como fe enganas! Meu omer & chomo, Que se alinonta no voraz segredo, Ese te hijo & que fe adoro louco. Ex belo ~ eu mogo; fens amor eu ~ medal Teno medo de min, dot de tudo, Da lux, de sombro, do sléncio ov vores, Dos feos seces, do chore dos fonts, Dos heras longos a corer velazes ul Cosmo de Abreu [EDI UFR6S Em amor e medo, Casimiro de Abreu: (2) recomenda cautela & amada pare que a luz de fogo que a corea nfo revele a terceiros os segredos do casal (0) evita os encantos da amada justamente por desejer a ‘moga em excesso, respondando ao amor dela com seu medo (©) nota que a amada engana-se 20 julgé-lo ardente amoroso, pois se trata apenas de uma impressao cau- sade pela distancia que os separa (2) eta apreximarse da amada, porque as horas longas a corter velozes, em breve, projudicardo a intensidade do do- sejo que os une (0) dscorda da amada que afirma que el foge dela para evitar a intonsidade do amor que se alimenta no voraz segredo. FEI o fragmento seguir pertence a0 compositor Cazuza. Leia-o atentamente, fol Ev vejo 0 futuro repetir 0 possado Fu vejo um museu de grandes novidades O tempo née para do para, ndo, nd pora Ey no tenho date pra comemorar As vezes os meus dias s80 de par em par Procurande egulha num palleiro fod Carina; Arnalda Brondao. °O tempo no para” ntrprete: Conan, hh O tempa ne para. Res de Janeiro: Poiygrom, 1988. Fava 6. ‘Transoreva, do excerto anterior, uma passagem que apresenta um paradoxo. ‘Texts para a questio 23, Texto! “Amor éfogo que orde sem sever: E feida que d6ie née so sente; um contentamento descontene; E dor que desatina sem does um nao querer mais que bem querer; £ solitirio endor por ene © gente; E nunca contentars0 de cootente: E cuidor que se ganha em se perder: Combes Texto I Arvoré fogo? Ou é cadente Isgrinna? e's ev navhago em marde laboredos Que lambem 0 sangue ea Hor do pele acendem Quand 6 clbor me ves & tone dque E como arde, ct como orde, Amor Quando o ferida dé’ porque se sente, E omover dos meus olhes sob a casca Y6 owito bem © que devia na0 ver lho Brunblde Lavo, EEA Mackenzie assinale a atternativa coneta, ()Otexto 1, com sua regularidade formal, recupera do texto I origido padrao da estética clissica. (b) Os dois textos, ao negarem uma concepgéo camal do ‘amor, enattecem o platonismo amoroso (©) O taxto 16 0 texto I 680 convergentes no que se refere & ‘oncepeao do sentimente amarosa. (6), O texto Il contesta o texto | no que se refere ao ponto de vista sobre 0 amor (c) Os dois textos converger quanto & forma e & linguagem, mas divergem quanto 20 contatida Enem A questo étnica no Brasil tem provocado diferen- tes attudes: |. nsttuiu-se 0 ‘Dia Nacional da Consciéncia Negra” em 20 de noverbro, 20 inwés da tradicional celebracao do 13 de rmaio Essa nova data 0 anversério da morte de Zumbi, que hoje simbolza a critea a segregacto e a exclusae so- cal | Um turistaestrangeiro que velo ao Brasil, no carnaval, ai ‘mou que nunca vi tanta convéncia hermoniosa entre as dvorsas etnias. ‘Também sobre essa questio, estudiosos fazem diferentes re- flextes: Erie nds [brasieias), [.] © seporagéo imposta palo sistema 60 produgb0 fi o mais fuide possvel. Pcmitu constonte mobilda de de clesse para clsse © oté de uma raga pora cura. Esse amor ‘cima de preconcsios de raga e de convenes de clesse, do bran co pela cabocla, pela cunhé, pela indi [.] opiv pederosamente na formagdo do Bros, dagando-o, Gibere Freire. O mundo que 6 posugutserou [Portm] 0 foto # que cinde hoje @ miscigenagéo nao far parts de um processo de integragéo das “rages” em condigéos de igual dade social O resultado foi que [..] ainda s80 pouco numerosos ‘0s segmenios da “populagée de cor” que conseguiram se integres, cletivamente, na saciedade competitva, Floretln Femendes. O negro no munds des broncos. Considerando as atitudes expostas @ os ponios de vista dos ‘estudiosos, 6 correto aproximar (2) a posiggo de Giberto Freire © a de Florestan Fernandes igualmente as duas atitudes. (0) a posig&o de Gilberto Freire @ attude |e a de Florestan Fernandes @ atitude I (0) aposigao de Florestan Fernandes a atitude | ¢ a de Giber- tp Freire A atitude I (G) somente @ posigéo de Gilberto Freire a ambas as atiudes, (©) somente a posiqao de Florestan Fernandes a ambas as attudes. Interpretagao de texto OKC es le aaNat Curiosidades linguisticas Capitulo 1 Por que velhos $30 “co: roas"? — Quando howe a pro clomogéo do Repiblico, tudo 0 ue ero imperial passou 0 ser sindnimo de coisa antiga. Em sev Novo dicionério da giro brasileita (3 ed. Rio de loneio: Tups, 1957, sv. — 0 1° edigio 6 de 1945}, Morvel Viot de fine cores como gjria militar, como sentido de “Antiguidade, ‘9 monarauia decide”. Por for. c0.do recrutamento obrigeério dos jovens de 18 anes, que, Ando o treinomento, vltom 8s lividades civis e difundem « linguogem da caserne, muitos pa leveas da girio milter acobom adquirindo foro de universolidade Foo que acorreu com “rancho”, que designa o restauranle e, por etensio, a comida au « refeigio, coma em *hora do rancho", ou 0 que ocomeu com batebute, corruptelo do inglés botle boot, “bota de baialha”, que designa © cotumo ou o chopim. Assim, tude © que era antigo ou velho era da cores ou, simplesmerte, po metonimia, ero “coroa". Um homem velho, pottonto, & entiguido: de, € coroa For que se diz “conto do vig"? — A paloma "vigdtio” vom co latim vicorv, que significa “substivio’. bso quer dizer que © sacerdote & chamado vigirio por ser um substitu do bispo, numa poréquia. © Papa ¢ chamado de “vigéro de Cristo", ito 6, 0 subs ‘tuto de Crista. £ nesse sentido origincl de substitute que se chama “\icério (com c, porter entrado no lingua por via ervcit] 0 verbo que, numa oragéo, subsitsi outro, do oracéo precedente, como em “Se ele pergunta & porque nao sabe", onde o E esta no lugor ce PERGUNTA A expresséo “conto do vigério", pora designor urn engodo, relocionc-se com o sentido primiivo do termo latine, € 160 com 0 sacerdete. Em outas palaveas, “conto do vigério’ & a Fistéria em que uma pessos leva 0 substitute (sem volor) de algo que pretendio adquirr com vantagem. Em termos proverbiois: leva gulo por lebre. Tembém se chama “conto do pac". Paco veto do letim paccus ov do francés pacque (palavra o”ginéria do stimo reerlondés pocke), por intermédio do Iunfardo, como giio de lo das, Pacole @ diminutvo de paco Por que “amigo do ongo"? — Alquns autores fantasiom 0 oF em da expresso popular “amigo da ongo’. Magelhses Jini, em seu Diciondio brosiro de provérbios, ocugées @ tos curio 305 (4 ed. Rio de Janeiro: Documentério, 1977, s¥ omigo da congo), conta a seguinle histéria: um cagador mentroso dizio que {ora acuado por umo onga de encontro a uma rocho. Sem armas sem ter como fugis, escope dando um gfto 160 violento que conga, ossustado,fugiv em panico. Ante descrédo do ouvinis, o contador de histbrio pergunta: “Vocé & meu amigo ou amigo da congo’. Anlenor Nascentes, no Tesouro do froseologia brosileira [Rio de Janeiro: Nova Frontera, 1984, s% amigo), conta outra tistéria: um cogador, &beiea de um ebismo, encontrou uma ence. Teniou moté-to, mas a espingarda follow. O cogador entao per {uta 00 ouvinte se ele imogino o que oconteceu em seguido. Este, obviomente, responde que o onga terio devorado 0 cagader Eo cogador, indignado, pergunta: “Voce & meu amigo ou omigo da ca?” S60 histios fontasiosos sem respaldo documertol (ro, “onco’, no expresso em estudo, néo designe o felino, porque esté no sentido cassico de “misrio’ “Estor na onga", para Go Ribeiro raze feitos, Rio de Janeiro: Francisco Ahes, 1908, p. 125.6) & esr no pentio. A libra tem doze oncos. Estor na undéci imo onga éestar quose no miséria. Jodo Ribeiro refere-se & exoressa0 tombém em italiano: “su Fundic‘once®, isto 6, no undécima orca, quese no miséro. Mocedo Soares (Dicionério brasileiro do lingua portuguesa. Rio de Janeiro: MEC/INL, 1954, vob |; 1955, voll, sx once) explicta que “estar no anca” é “loc. dos estudantes, nBo ter vintém’. Quem sé finha uma ongo procurave guardé-la ov evitova gasté-lo, para néo ficar 0 2e"0. Tomov-se, portanto, compuksoria- mente, um “emige da onga’. Cem oempo, “emigo do ongo” pos- sou a sinénimo de “amigo da miséri” hela, como o perscnagem que 0 humorist Péricles de Andrade Maranhéo imoralzos nas pa- gies da revista O Cruzeiro. For que o mou motorista & barbeiro? — Viterbo ofirma que barbeiro era 0 oficial “que se ocupava de alimpar, agacolor, dar esmeri e quomecer as espodas, adogas etc” (VITERBO, Joaquim de Santa Rosa, Elucidério dos polovros, fermos ¢ frases que em Portugal se usoram e que hoje requlormente se ignoram. Edicéo attica de Mério FiGza Porto: Civilizacd0, 1965, s Borbeiro dos espados). © dicionério de Moraes Siva diz que barbeiro & 0 "ho- mem que far os barbos, eas ropo, corte ou aporo.” E conclu: “ha borbeiros de loncela, ou sangradores, outros dantes conseriayam ‘0 espadas limpondo-as, ¢ ofiando-as,aliés olfogemes” (sv Bor- beiro). No seu Glosséro erfico de diiculdodes do idioma port qués Porto: Simées Lopes, 1947), Vosco Botelho do Amoral (. Borbeito) cto Gongokes Vian, que informa que, “sobvetude, © borbeino finha amplas fungées de médico de oldeia,aalicondo me- ‘inhas e sanguessugos, fazendo sangris, cortando calos ¢ trando dentes" e que “es barbies da aldeia tinhom,olém de outras, tam- bem fungdes de sangrodores e de cirurgides". Vasco B do Amarcl lembra um onexim popular de sua époco: “quem Ihe déi o dente busca o berbeira’. Ora, quendo um berbeiro era inflizem alguma miso diferente daquela que Ihe gorantira © nome da profissao — «der se & barba ¢ ao cabelo —o povo lembrave que o insycesso da empreitada era “coisa de barbeio” e nd0 de médico ou de dentista especiolizado. Por exlensdo, era chmado barbeiro quem fazia de mado infliz alguma coisa pora a qucl nao era profisionalmente preoarado. Um metorista, consequentemente, é borbeiro quando reoliza olgum fipo de monobra que denota a sua incbilidade ao volonte ou « sve folto de vocacéo come condutor de veiculo ‘bs Avcuso Carvalho. Reta parte/todo (O feto & um todo composto por portes que se relacionam centre si. + Otoda 6 a sintese dos partes +O todo pode ser entendido também como o cortexto + Ocontarte é a situacéo que cerca fato * Fora de contexi, correse 0 risco de se interpretar erronea- mente +E preciso sair de particular (ears) e ting o geral (todo). + Aparte pode se consituir em um recurso expresivo. +O significado de uma polavra pode mudr de ocordo com 0 conterto + A progressdo Iogica de um texto pressupde © encadeamento dos fotos + H6 uma orgonizagio fextuel que possbliteo cloreza. HH QUER SABER MAIS2 \ 2 UVR F * Plato e Fionn. Lgbes de Texto: Leia @ redogio. So Poulo: Aico, 2006 = * Caros Amigos. | REVISTA nial fundamental Tode texto troz ume oposicéo. + Esso oposigéo pode estor expicita ov implicit + Ao folor da guetta fala-se da poz ‘As oposigbes dever ser trodurides obstrotomente. Acuforio é a postividade Adistoria 6 a negatividade. Nos opesicées, um polo é euférico eo outro & disforico. O que é evtérico ou disérico depende da visio de mundo. Oconectivo “mas” introduz o argumento mis forte. + Oconective “emboro” introdur 6 arqumento mais fraco. + Aantitese € mera oposicdo de sentido. +O poratioxo & uma controdicéc de ideas. CB rine 1 Amorootd,1972. Diego de Federico Fel [aay od(elaateyaleel HEEB Unicamp dois adesives foram colocados no vidro trasei- Decca E feel Poagae para Deas nada é copassivel] E possvel ler os dois adesivos em sequéncia,constituindo um nico periodo, Neste caso 2) aque seestria afrmando sobre a fidelidade? 8) gue. dono do carro podera estar quctendo afirmar sobre Si mesmo? TTextos para as questies 2 ¢ 3. 1. Temos seides: Temos, por exemple, um seior agricola imenso. esse sentido, 0 MST tem ozo. Noo o MST, o poliica do cossentamento, de pequena economia familiar Fetrando Henvique Cardoso, am enreise concedide & revista Velo, I. Ao falar, nd0 99880 usor borracha, apagar, anulor; tudo que posso fazer ¢ dizer “anul, opogo, retfico", ov se, folar mais Essa singulorssime enulogée por acréscimo, ev a chamacei de “polbucis" Relond Barthes HEME Fovest Baseando-se nessa definigaio de Roland Barthes, ‘wanscreva o trecho do texto I em que houve lbucio. Fuvest Nota-se que o entrevistado repetiu duas vezes a palava “Temos”, cada vez com um complemento diferente. Explique a relaydo semintica que 0 contexto linguistico (os ois periodos em soquéncia) permite estabelecer entre 08 dois complementos uilizados. TTA Leia o texto. E voicomegar a *Cimeiva". Dervade de “cimo" ("e porta mais levads: cume, cino, cimeir, topo"), « polowra & comunisima em Fortugel pora denominarreuniges de cipulo. O nome foi dedo por lradutores portugueses prosenies 8 reunido do Grupo do Rio do Panomé, em que se deciiv convocor @ minentereunéo. Fsquece. romae de um detalhe: 9 reunigo & no Brasil E iso. Faxauole Cipro Neto. Flha de S Poul, Cada Cotsiano, 24 in. 1999. Toss 1997p 35 Interpretagao de texto Pode-se afirmar que hi no texto: (0) afirmagtio de que a tradugio para “reunido de edputa” ‘como “cimeira” foi apenas um detalhe. (>) discordncia com a traduydo dads para “reuniio de cpu In", 6 que ela foi realizada no Brasil (c) afirmago de que a tradugao deveria ter sido feita por trae dutores brasileiro. (©) concordincia com a tradugao dada & “reunito de cipula” porém, sugestio para o uso de palavras, como “a parte mais elevada, cue, cimeira, topo” no lugar de “cimeira”. (c) afirmago de que os participantes da reunigo esqueceram= -se de que estavam no Brasil HEB TA Leia o seguinte trecho com atengao. Iniciomos 0 jomado, ume jomada sentimental, seguindo as so- ‘ros estobelecidos. Os covalos pisavam t60 macio, Y60 macio que porecio estorem colgades de sopatihos. A rigor néo pisavom. Fae om cofuné com 0s potas delicodas 20 longo do caminho. aqme Forts de Olive. "Nea mada do sléncio™ nguagem Vir, 142 io Pao, un 2001p. 2 © confronto das frases “Os eavalos pisavam” e “A rigor ndo risavam” concretiza (©) umdesmentido, (>) uma indecisio. (6) ume ironia (©) uma contradigio. (©) um refargo. “Textos para a questi 6 (Os trechos a seguir foram extraidos de diferentes capitulos da bra Sia Bernardo, de Graciliano Ramos. Resolvi estabelecer-me gu! na minha terra, municipio de Vi .go80, Alagoes, # logo planejei edquinr a propriedade §. Bernardo, conde trabalhe!, no eito, com salério de cinco fostbes Grocilana Ramos. Sao Benard, Capitulo 4 ‘Amanheci um dia pensando em caser Foi uma idoia que me velo sem que nenhum rabo de sola a pravocasse. Nao me ocupo ‘com omores, devem fer noted, @ sempre me porecev que mulher 6 um bicho esquisto, dificil de governar Grocilone Ramos. Sie Bemordo. Capt 11 Conhec’ que Madolena era boa em demasio, mas néo conheci tudo de uma ver. Fla se revelou pauco 9 paves, @ nunca se revelou infeiramente. A culpa foi minha, ov antes, © culpa foi desta vido ‘ogresto, que me deu uma alme agreste. Grorilone Ramos. Sie Besnard. Capito 19. HEB PUC-SP As palavras ou expresses oferecem, aos falantes Em que passagem do texto a enunciagaio deixa impliita a ideia ‘de que em 1940 o analfabetismo,na pratica,atingia um patamar bem superior aos 56, 8 % da populaylo’ Explique o porque. HD Leis o texto a seguir. Yer & muito complicado, Isso & estranho porque os olhos, de todos os drgéos dos sentidos, 580 0s de mais fécil compreensdo cientifica. A suo fisica & idéntico 6 Fisica Spica de ume méquina fotogrifica: 0 objeto do lado da fore aparece rellatido do lado do dentro. Mas existe algo na visao que néo pertence & Fac. Wilicm Bloke" sabia disso € ofirmou: “A érvore que © sabio vé no é 0 mesmo érvore que 0 tolo v8". Sei disso por experiéncia propria. Quando vejo 05 ipés flridos, sinto-me como Moisés dom te do sorca erdante: oli esté uma epifania do sogrado. Mas uma mulher que vivia perto da minha casa decretou a morte de um ine que florescia& frente de sua caso porque ele sujave 0 chia, dava muito trabalho pora @ sua vossoure. Seus olhos nde viam @ belezo. $6 vior © lxo. EE intorpretacao de texto ‘Adslio Prado diss: “Dous do vox om quando me ia «poesia Olho para umo pedra e vejo uma pedro”. Drummond viv umo pe- cro ndo vis uma para A pecte ave ele viv vito poeme Rubom Aves ‘Acorpcoda ev d er, oh de Rav, 26 cut 2004 *William Blake (1757-1827) foi pocta roméntico, pintor © gra- vador inglés, Autor dos livros de poemas Song of Innocence & Gates of Paradise. A palavra “epifinia”, presente no segundo parigrafo, tem, no ‘ontexto em que ¢ empregada, 0 sentido de: (:) unificagao, ()) manifestagao. (c) espera (©) milagre, (©) ventura Leia o texto, Uma sola de ovlo em Portugal: = Manuel, quem fem um tum, quanto fico? = Noo se}, professore. = Gyo fom dei tio um! Quanto ea? = Nao sel, professor. = Menveleinho ~ disse el, tetondo ser paciene -, eu vou fonfor explicar como so fox subiragdo polo contésina vex.Por exemple, imogine que ey tenho um péssego aqui em cime de mesa Se eu como o péssego, oque é que fica? ~ Ocorego, professoa! ‘Obumor é construido a partir: (0) de uma ambiguidade em torno da palavra “varoyo”, (>) de um implicito que foi desprezado pela garoto, (c) de um duplo sentido a palavra péssego (a fruta ou o caroz0). (0) de uma inversto de termos da oraglo, que produz efeito de sentido. () de sangdo positiva da professora em relayio a0 garoto, ‘Texto para as questes de IM a 16. alec A Tabuna, 12 um 2008 EEE Explique por que a personage a esquenia possui essa fisionomia, TEBE tato sonic detibomdo” evan em conta 0 context? HEE De gue tema trata 0 texto? Capitulo 1 ‘Apiada a seguir foi extraida de um site da Internet; ela ‘xii de voc® raciocinio ¢ conhecimento de mundo; leia-a. Qual é rufdo que um dtomo faz a0 eair? Planck! ‘Ohumor da frase acima baseia-se principalmente: (©) na sonoridade da palavra, que lembra dois maidos. (0) ns alusio a um fisico de sobrenome “Plank” por meio de ‘uma onomatopeia (c) na referéncia 4 teoria de Darwin, que estudou os étomos como ninguém. (4) nicamente no fato de que o tomo nai faz ruido. (©) mo fatode “plank” remetera um mio e@ alga de mesmo nome. ‘Texto para a questio 18. Ocssinelade Tu és © ovco do morta! lovcvr, 0 fouco de lovee mo's suproma terra sempre 0 va negra algema, prende-e nel o extreme Desventra ‘as essa mesma olgema de anorgure, mas essa mesma Desventura extrema faz que Nelne sypicande gema ‘ rebente om estos do terura, Tues Poet, o grande Assinalodo que powoos 0 mundo despovoods, de belezos teres, pouco a pouca No Natuceza prodigiosa 8 rica todo & avdécie dos news justiteo ‘95 us espasmas imorais de louco! Cruze Souse. Poesia completa Flovionépalis: Fundosbo CColarinenes de Cuburo, 1981. p 135. HEE UF) Apresente, com suas proprias palavras, o significado de loucura depreendid a patra leitura do texto. ‘Texto para a questio 19. Baixaria sobre o aquecimento global Longe de ser opgéo openas econbmica, & eminenlemente ética o necessidade de dristico direcionamenta das atvidodes de cién io, tecnologia @ inovegse (CTE) para © que tem sido chamodo do “energies allamatves". & puro inesponsabilidade etiquetar de desperdicio 0 otual gosto mundial nessa dre. Ao contririo, 08 ba sssimos investimentos em CT&l pore o superasio da era dos fossels s6 alesiam 0 atroso @ a miopie dos eles dirigentes, Mesmo os mais recolatranies “céicos", que insslem em negor 0 ‘equecimentoglobolou que ele sea provocodo por ofvidedes humanas, cdoveriom apoiarnvestimentas na busca de noves fontes energéices Por isso, chege a ser escandalosa 0 desonestidade inteloctu- al dos que repetem como popagaios que jé teriom sido gastos USS 50 bilhées em fentatives de prover « inluéncia climética dos ‘omiss6os ontrépicas de CO, Quem criou 9 lende dos US$ 50 bilhoes foi 0 paleontélogo, ‘ousiraliano Robet M. Carter poraue & contro os esforgos em C18 focados no procure de uses mais dretos do energia solar Prefe- re que se continue 0 esbanjar recursos fésseis € no lamenta os USS 3 thé (6 quoimados no Guerra do lraque. No contramdo desse fa de baixar, est despontande aquilo que © jomolste Thomes L Friedman hovie epelidade de "Green new deat ‘eagora chama de "revolucdo verdo" José lida Veiga Peterson Val. Fatha de S.Prule, 25 set 2008. HER PuC-SP com base no contexto proposto pelo autor, indi- ‘que qual alternativa se refere ao significado de “baixaria”, (5) Atrbuigdo de culpa energias altemativas pelo aqueci« mento global e pelos equivocos com que vern sendo trabse thada a étca da revolugio verde ()) Acusagdo a revolugie verde como a responsivel pelo ‘xjuecimento global e pelos equivocos eom que vem sendo rratada a revolugzo verde litica ereprovagio aos equivocos ei falta de tic com que ‘vem sendo tratadas questBes sobre o aquecimento global (©) Denincia do escandalo das fontes energéticas & baixaria Thomas F. Friedman, Critica & baixaria de Thomas L. Friedman e ao apelido ado por cle « PUC-PR Leia o poema “Irene no Céu", de Manvel Bandeira, 28 afirmativas sobre ce, para depois assinalar a altemativa cometa, rene no céu rene preto Irene boo lrene sempre de bom humor Imogino Fene enirondo no céu' —Licenga, meu brancol Sé0 Fedo bonachdo: = Entre, ne. Voce no precisa pedir hcenge, Monuel Bandsita. Meus Poems Prelerdos. 1. © poema aboria a questo do mcismo, que esteve em discussio no inicio do século XIX. IL, Opoema éreligioso, como confinna a referéncia a Sio Pedro. TIL Alinguagem coloquial é uma caracteristica do poeta edoMo- demismo brasileiro, IV, Afigura de Irene nos remete 2 imagem ds ex-eseravas, cons tiantes na literatura do inicio do século XX. V. Opoema nos remete a morte de Irene, figura querida pelo au lirieo (0) As afirmagées I, II ¢ Ill esto corretas. (0) As afirmagdes II, III € LV estio corretas. (©) As afirmagées III, IV e V esti corretas (4) Somente ale a V esto comets. (o) Nenhuma afirmativa esté eorreta, ‘Texto para a questio 21. Ainvasio do politicamente correto Quel e melhor maneia de se dig 00s nog, homossoxvais © sosos? Como nso onal? Qos polowos usore quoisrepuclar? 16 dez onos, perunes como esses difemente povoariom & mene es brasileras. Hoje, alivides essim 580 comuns. Essa mudonga de comparimens, que telletedretomente em nosso mane de flr doves 20 Mewimenio do Poliicaente Coneto. Nascido 99 mil ‘8ncia polica pelos dros cvs, nas Ess Unidos, na décodo de 70, ele gonhou foe 00s universidodes omericones nes ones 80 € somborcou no Bros pouco mois de doz anos depois. Prego que ) estntizagao (©) descentralizagto, (©) internacionalizasao. (©) partidarizaio. EER Fuvest 4 critica contida na charge visa, principalmente, a0: (©) ato de reivindicara posse de um bem, 0 qual,noentanto, ja pertence a0 Brasil (0) desejo obsessive de conservagio da natureza brasileira, (©) langamento da campanha de prescrvagao da floresta ama- (0) usode slogan semethante a0 dacampanha “0 petrileoénosso” (©) descompasso entre a reivindicagio de posse ¢o tratamento dado floresta Capitulo 1 ‘Texto para a questo 24. Procon notifica Brahma e Ske! por publicidade ebusiva e lange campanha © Procen-S? onunciou hoje que notifcou © cervejoria AmBey por considerer abusivas propagonds da Skol e de Brohme. A notifcagto 8 Skol deve-se oo flme “Muse, criado pela ‘egéncio F/Nazea e veiculado em emissoros de todo 0 pais. No comercial, otriz Bérbara Borges 6 apresentada como 0 musa do verso, De biquin, ela é clonada e depois entregue pora diversos homens, Paro 0 Procon, a publicidade do Skol cofoca.@ mulher como um “objeto de consumo’, 0 que a [sic] caracteriza como ‘publcidade busivo’,infingindo 0 Cédligo de Defesa do Consumidor J6 6 propaganda de Brahma mostta um torcedor que atrovesso ara 0 lado do torcido adverséria no esto para compror cerveja ‘le consegue chegor 0 vendedor da Brahmo © depois vello 6 seu lugar com os loos, que disiribul aos emiges. © Procon considera @ propagande abusive porque 0 lei 9.470/96 preibe 0 vende de cerveja nos estédios do Estode de S60 Paulo. ‘Adiretor de Fscalzagao do Procon-SPJoung Wn Kim, afro {que comercial indue © consumidr o acredor que & permiido com. ror cervejo no estédia. Fle afrma que, quando « pessoa descobre que isso & proibide, ache que esté sendo privada de um dieio ine devidomente, Nos dois casos, « AmBey fo’ notficada sobre a aberura do pro- cess0 adiinistrotive, que pode lever o ume muita, Mesmo nesse caso, 0 emprese pode reconerd Jusiga Frocurada, © assessorio de imprenso do AmBev informou que do voi comentor © assunt. © Frocon também informoy que encenou 0 anétise de processo cdministatio canta ¢ Unilever, em que considerou dscrminatria € elusive 0 publicidode do moionese Hellman’. Agora seré aber pro cedimento de mult, que pode vasor de RS 212.81 0 R$ 3,172 mihoes. ‘A publicdede retrata um grupo tribal de erigem aficano, cvjos homens 380 negres @fratades como canibais, © @ caga 6 represen. ‘odo por um homem bronco. ara © Freeon, que recebeu redomogies de consumidores, 2 pro- paganda de um produle que 6 iilzado por congas cdodéos que Xm ‘menor copacidade de dscemimento, néo pode contibvirporealmentar © seeregagéo raced ‘A diretora executiva do ProconSP Eunice Pudente, disse que “héo se devem toler; em hipétese olyymo, publcidedes que ferem 0s direitos des ofredescendentest Frocureda, a Unilever afimou que no io notificada pelo Frocon cofeiolmente e que “36 se pronunciord caso 0 foto venha a acorer”. [No préimo dia 2] de margo, dio Mundil de Lule conta 0 Racis- mo, © Procon-P inca um processo de mobileagdo para fins de ages legois que visom coibro préice de propogende cisenminatiio © objetivo & 0 redagéo de um documento para ser encom ‘nhado 0 outordades de governos da Justiga e demonstrar que 0 sociedade néo evel préticas discriminotéries ne mi. Folho entre. 17 mot 2008. Ufpel Considerado 0 contexto, a expressio que esté corretamente traduzida &: (©) “.. amunciou hoje que notificou..” (1°. pariigrafo) — ‘comentou gue mandou uma nota. (b) “.. a publicidade da Skol coloca a mulher" (3°, parigrafo) a propaganda da cerveja advoga a atriz Birbara Borges, (0) “a. indwz 0 consumidor @ acreditar..” (6°, pariigrato) — impede que o consumidor acredite (4) “.. publicidades que ferem os direitos dos alfodescenden= tes” (peniiltimo parigrafo) ~ propaganda diseriminatéria, (©) “um produto que ¢ utilizado por eriangas...” (11°. pari= grafo) ~ riangas consomem cerveja, EE Unicamp Leia a charge a seguir. Femende Gonsales "Niguel Nausea" Folbo de § Povo onlin. isponivel em wm volcom. bifiguel> 8) No primeio quadrinho, a mengio a “palavrdes” constr ‘uma expectativa que ¢ guebrada no segundo quadrinho. Mostre como ela ¢ produzida, apontando uma expresso relacionada a “palavrdes", presente no primeiro quadrinho, «ue ajuda na construgio dessa expectativa b) No segundo quacrinho, o cémico se constréi justamente pela quebra da expectativa produzida no quadrinho ante- tor. Entretanto, embora s relago pressuposta no primeiro ‘quadrinho se mantenha, ela passa a ser entendida num ou ‘ro sentido, 0 que produz o riso. Explique o que se man- ‘éme o que alterado no segundo quatrinho em termos de pressupostos e relagbes entre as palavras. EEE Unicamp © Cadero “Aliés Debate” do Estado de S. Paulo, de 18082006, presenta uma matéria com o «itu “Nas frestas ¢ brechas da seguranga”. A materia se inicia com o seguinte echo *Estomos as trestas, pracurondo as brechas”. Esta boa fase, que circulou em manifesto atribuide a0 PCC © a0 seu lider [..J Morcole, resume bem 0 que pretend a organzo¢éo criminoso que vem afocando a maior cidade brasileira’. (p. 2) 2) Como vooé interpreta frestas ¢ brechas em "Estamos nas fests, procurando as brechas"? bb) Levando em consideragao que "Nas fests e brechas da seguranga" é 0 titulo da matéria, como vooé interpreta esse nunciado comparando- 8 fase atibuida 8 Marcola? ‘Texto para as questies 27 € 28, © mosquito continua igual Ginco nos etrés meses do lulopetsme depos, mudou o foco: «© euede pelo neva suo n80 € 6 ministre, mos 0 preeite, n> c2s00 prefelo do Ro de Janeiro, principal foco de doenge (que ndo mudou foie mosquito, ime forte. Fambém no mu: dou 6 meni lulopeista e, mais omploments, brsiica) de fui pora «© frente, culpando sempre os ours por fodos os problemos, eros, Inefciéncias © conypgées. E bem copaz do apareceralgum debiloide cam a feoxa de que foia “mide golpsta” que solu os mosquits. Oui ceise que ndo mudou: © profundo svadesenvabimento do of, opesor de uma cera confusdo inteessada em fentor fzer crer que 5.Alode crescimento, que aumento docrédto, que aespectaia de investmen grodet — que tudo isso so sins de dosenvobimento, ‘S60, sim, bons sinais, mos desenvolvimento & muito mais: &evo- ugSo no saide (que © nove surto de dengue desmente), no educs {g60 (que fodes os testes, naciondls€ infernacionas, desmentem), ro sequranga piibleo (que 0 noteibrio ceridno desmente), © 0 vasto ete. que todo mundo conhece. Px olor om seguronge pailico, esta Folk mosiroy ontem que os policos miltores de S30 Paulo moem mais em “bicos* do que no se1vgp polio! propriamente dite. Taduzindo: 0 Esiodo & incopaz de oferecer segurango, © que leva & controtagéa de seus agentes pora tentarem dar o seguronga que, come polcois, née conseguem. E eles s60 mortos ne fenotiva, Resumo da épera: 0 Brasil é govemado hd 13 anos etrés meses por tucanos ¢ petstas. Treze anos perdlos em capiar um 20 outro, 0m dlzet, clo, que hi edpios, © em culparum ao outro quando os épias nd dé certo. O mosquito © o crime agradecem, (Clévi Rots. Folha de SPoulo. 23 mar. 2008, Digponivel em: Sw Folba.vol com br/isa/pinioe/'22303200803 him FTA Jomalista com mais de 40 anos de carteira, Clovis Rossi trabalhou em trés dos quatro grandes jornais do pais (O Esiailo de S. Paulo, Folha de S Paulo e Jornal do Brasil). Foi editor- ) no fato de os sistemas de impressio ainda nio serem muito cficazes, apesar de as tecnologias de transmissdo de infor- mages estarem bastante deseavolvidas. (©) me Fato de ustazio no se sentir seguro acerea do que foi produzido no computador mesmo quando v8 a informagio impressa no pape. ni existéncia de mecanismos altamente sofisticados para a transmissdo da informaglo ao lado da manutengo do sis- tema de impressio em papel. (c) maexisténcia de maquetes tradicionais ao lado de modelos ccomputciorizados em is dimensBes. @ FEIBN VEL A usar a expresso “Mais ainda”, no tltimo paré- safe do texto, 0 autor: (©) introduz uma ideia que vai além do jé afirmado: a tecnolo~ gia de equipamentos de impresstio depende do desenvolvi- ‘mento das teenologias de transmissto de informagSes. (>) apresenta um novo argumento pars defender a ideia de que ‘a impressiio em papel nfo ¢ algo em extingao, (©) ita mais uma prova da vatiedade ¢ dos reduzidos custos clas moxdemas impresoras. (2) defende, entusiasticamente, apoiado num novo dado, 0 uso de documentos impressos. (©) contesta, aduzindo mais um item, a necessidade de as no- vas reenologins garantirem a produgao e impressto de do- cumentos a longa distancia, UEL Por mais que no computador tudo possa parecer em ‘ordem, 0 ususrio costuma sentir certa inseguranca, Assinale a alternativa que, substituindo a locugio conjuntiva inicial do periodo, Ihe altera o sentido, (2) Embora ()) Apesarde que (c) Mesmo que. (A) Se bem que. (©) Anto ser que. TTextos para as questies de 332 43. Maire Matra x6 descobris todo 0 seu poder um dia, quondo brinana com ‘Micure na pra. Coda um dles ino, levantada, uma mo cheia de vo- _ge-lumes pare oliax mos [usinhe era mule poves. Meira desenhou, assim mesmo, ana area da proja, uma amaia com sey fer ¢ tudo ‘es naquele penumbra se distil e pisou ne oroia desenhads. Foi ‘use feroade! Comproendey, ent, que pode fazer qualquer cois: ~ Sou Mita —lembrou ~ sou 0 arr de Deus Po. Ele, 0 ambit, ‘29010 fem nome: é Maoh, meu poi Mev flho sers Maire. ~ Pe- _gou onto a conversar como iméo, Micur, solve o que podian fazer ‘Maia: ~ © mundo de Mairaht, meu poi, & feo e triste. Ndo & Lum mundo bom pora @ gente viver. ademas melhorélo. ‘Micure: - Nao v8 0 Velho se olender! ‘Maira: ~ Pode sec & melhor ndo fazer nado, Mieure: ~ Bobogem. Algume coisinhe pedemos fazer ‘Malta: -Yomas, enf6o, tomar dos quo im, 0 que eles 6m, pare der 205 que ndo tém. ‘Micura salou olegre:~ Sim, vamos, primero. fog, Ando.com fio ‘ecom muita vontade de comerum chumrasco. © foge era do Unibu-tei que mondava ne aldeia grande des ‘gontes urubus. Eles s6 comiam corés do comiga fosiados no bor- rolhe. Nao precisovam tanto do toga. Usavam mais era luz para vver bem o comigo e © color pore esquentor o corpo nv quando se desvestiom das penes pora brincor de gonte O jeto que os gémeos encontraram pore rouboro fogo foi me- for um veade gronde, muito grande, deixé-lo opodrecer pore eriar bastante bicho-coxe, onto, mandar leva uma moqueca de cords 1pora 0 Unibu-el e convidé+lo para wir 8 comitanga. Assim fizeram, ‘Moira desenhou um cere enorme, soprou para que vivesse © 0 matou ali mesmo. Quando estava bem podre @ bichado, manda- rom 0 passerinho que fala mais linguas, um papogaio, maracand, cotrés do Urubu-rei Eles ficarom escondidos deboixe de carniga pora agarrar 6 rei bicétalo quando ele pousasse. Assim fizerar, Quando 0 Urubu-re estave bem preso, Maira grtu: = Colma, meu rei. No fonha medo. $6 quero 0 fogo pro mou ppovinho. Todes andam com fro, $6 comem 0 cru ‘Mos se armou a maior das confusées porque o Urubu-rei come- ‘Gov a responder com os duas cabegas,Falando ee masmo tempo, cada qual dizendo ume coisa. Maira née entendia nade. Ai uma ‘cobega do Urubu-re vrou-se pore 9 eutre @ as duos coiram numa discusséo cerrado. O tempo ia passando sem que Mata soubesse 9 que fozer Afinal, teve o ideia de mandr Micura ogarrar 9 rei- -foleder Leveniou, entéo, suas duos méos ¢ fez de cada ume delos Luma cabeca de urubu com bice e tude e passeu, assim, @ conversar dure com as dus cabecas do reizso. $3 deste modo consequiv que ‘ole mandosse trazer 0 fogo, mes © ei ainds quis enganar Moira en- fregondo fog0s que queimavam pouco e ndo davam luz Felzmente ali esiave Micura experimentando tude. Provewa um e dizi — No, est ndo serve ndo; n60 6 0 fogo que precisamos. NBo, este ftmbém noo é 0 fog que precsamos. Ndo, estefambém no é 0 foo de verdode ~ Afinol, conseguitam 0 fogo vardadeio @fzerom 0 tase. ‘Maira: ~ Vocés urubus vo comer carniga com fartura; 0 chafto de duos cabecas vai ficar com ume sé, para ndo engonor mais hinguém, mos neste vol usor esse diadema vermelho © branco que ‘eu the dou agora, Ubu: ~ Fiquem com 0 fogo voogs, meiruns. Mos foram muito carniga pro nés Dorey Ribeiro. Mott Prometeu acorrentade Esquilo (A cena 6 0 pica dima montanha deserts. Chegom Poder @ Vigor que trozem preso Prometeu; seque-os, coxeanda, Hefesto, corregondo corentes, craves e mesho,) Foder. Ff: nos chegodas 0 um sola longinquo do ter, caminho do Cito, desero via. Hefesto,€ miser fe desincumbas das ordens ‘erviads por tov poi acorrentondo este colerade, com flames in quebréveis de cadeias de aco, 005 rochedos de escorpos abruptos Fle roubou ume flor que era tuo, © brikko do foge, vital em todos ‘os artes, @ dou-a de presente aos mort: & preciso que pogue Gos deuses 9 pena desse crime, para aprender o acotar 0 poder eal de Zeus renuncior © mau vezo de querer bem 8 Humonidede FHelesio, Poder © Vigor 0 incumbéncio de Zeus para wés esté termineda; node mais vos embargo. Fu, porém, néo me onimo a cogiiheor & forga um deus meu porente © um pincoro aberto és intempéries. Todvia, & imperioso criaress0 coragem: 6 grove ne aligencior os ordens de meu poi. [.-) Poder. Basta! Faro que te alosdores om ldstimas perdidas? For que ndo abaminas © devs mais odioso as deuses, que ceniregou 00s mortois um privlégio tev? Holes. © parantasco @ a amizade 560 forgo formidveis Feder. Concorde, mes como se podem iransgredir os ordens de Jeu poi? Iss0 néo te infunde medo? Holes, Tu és sompro cra! e audaciose. Feder. Lamentos nda curam es feus males: note canses & foo «em lslimos ineficozes. Helesio, Oh! que ofcio detestével! [..] Hefesto, edemes ic Sevs membros jéext6o omarmdos. oder: (0 Fremeteu) Abuso, ogore! Furte aos deuses seus privik- ies pore eniregé-los oes seres efémeres! Que alvo te podem dar este suplcio os mortois? Frrades andaram os deuses em te chomo- som Prometou: tu mesmo preciso de alguém que fe promta um meio de safarte destes habeis ames (Reiram-se Poder Vigor € Hefesto,) Prometeu. Eter dino! Ventos de osos igeires! Fetes des rcs! ‘iso imensurével dos vogos marinhos! Torro, méo univrsall Globo do sol, que tudo vas! Eu vos invaco. Vede o.que eu, um deus, sofo do parte dos deuses! Confemplai que ignominiosamente estrci- ‘nhado hei de soker pelos miriades de anos do tempo em for! Tol 9 prséo avitonte criode para mim pelo nave copitéo dos bem- -oventurodes! Ail Ail Lamento os sofimentes alvais ¢ os vindouros, ‘© conjeturor quando doverd despontarentim o toxmo deste suplicia ‘Mos que digo? Tenho presciéncia exata de fod 0 porvire nenhum sofrimento imprevsto me oconteceré. Cumpreeme suportar com a ‘moior resignogéo os decretos dos fados, sabendo inelixével o fra do Destino. Contuce, n69 posto colar nem deixar de calor minha asda. Por tr feito ume dda aos morals, estou jungido o esta {otalidode, pobve de mim! Seu quem roubaw, cagado m0 aco duma ceano, @ fonte de fogo, que se reveleu pore o Humonidede mesta do todos 0s ares fos0u10 inostimaval. Esse 0 pocado que resgato pregado nesios cadeias ao relento Teato rege. SelecSo, inroducdo, nots ¢ rad divela do arege por “aims Bruna. Seo Paulo: Cul, 1964 =| Interpretagao de texto ‘Wunesp Estabelega, com base nas informaydes do texto, ‘qual 0 castigo que, por ordem de Zeus, esti sendo aplicado a Frometeu por tr roubado o fogo para os homens. KEG Vunesp Determine, na hicrarquia das entidades do frag- mento de Maira, qual a divindade mais clevada. EEE Vunesp Comprove, transcrevendo uma passagem do agmento, a origem divina de Maira ‘Vunesp Mencione uma das ages de Maira que caracteri= zm seu poder de divindade, ‘Vunesp Explique sentide que apresentam no texto as ex- presides “seres efémeros”¢ “ber-aventurades”, ‘Vunesp Utilizando outras palavras ¢ expresses, escreva uma fase que waduza o significado da seguinte fala de Pro mete: Por fer feo ume didive aos morta, estou jungido a esto fold EER Vunesp Aponte a diferenca entre os objetivos de Maira e Prometeu ao entregar o Fogo aos homens. ‘Wunesp Identifique o sentimento comum de Maira ¢ de Prometeu com relay aos homens. ‘Vunesp Indique duas palavras ou locugdes com as quais 0 escrilor, no fagmento de Mair, evita peti o nome “Urubuse” ‘Vunesp Aponte a quem se refere Prometeu, no fragmento de Esquilo, com aexpressio nove capiti dos bes-aventurados”, ‘Vunesp Dé duas oposigdes de ordem abstrata obscrvadas ‘em “Prometeu acorrentado”, ‘Texto para as questdes 44 45, (que hé em mim & sobretude consago Noo disio nam daquilo, Nem sequer de tudo ov de nada Cansogo assim mesmo, ele mesmo, Conseco. A sublileza dos sensagbes indtes, As pals6es violontos por coisa nenhume, (Os omares intensos por 9 supasto alguém. Essos coisas fodes - Essas @ 0 que fa? fala nelos etermomente Tudo isso fa um eansago, Este cansago, Consoga. M6 som divide quom ame o infinito, H. som divide quem deseie 0 impossivel Hi sem divide quem nao queire nade - és tioos de idealistos, e eu nenhum dees Capitulo 1 Porque eu emo ininitamentoo finito, Porque eu desejo impossivelmente 0 possivel, Porque ev quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser (Ov o'6 se néo puder sot. Eo resuhado? Para eles 0 vido vide ou sonhado, Para eles o sonho sonhede ou vwvide, Para oles « médio entre tudo © nado, isto 6, iso. Para mim s6 um grande, um profundo, E, ch com que felcidode infecunde, consoeo, Um supremissime consaco, [ssimo, issimo. fsimo, Consego, Fernanda Pessos. Alara de Compas EEE Em focque ev ono infnitamente o fio, 0 eu lirico emprega um recurso expressive que também esta presente na alternativa: (0) “As flores de plistico niio morrem™ (0) *Meu cartio de erédito é uma navalha” (©) “Tupisavas nos astros distrafda” («) “Bu sou apenas um rapaz latino-americano sem dinheiro no bolso nem parentes important (©) “Na Jam-Galeria, voeé compra antiguidades exatamente como elas eram no século XVILE novas.” FEE Considere as seguintes afirmagaes sobre o texto: LO sufixo “issimo”, indicador de grau absoluto sintético, trae duza intensidade do cansago, um cansago de tudo que o cerca, I Ocansago de que fala 0 eu lirico est diretamente relacio- nado a ideia de finito, IL. A visio de mundo do eu lirico opde-se a dos idealistas: estesamam tudo que é tangivel ¢ ef8mero (poranto, 0 con trario do cu lirico). IV, Bim Pora eles o vido vivide ou sonhada,/Pora eles 0 sonho sonhedo ou vvido, temos uma redundincia de ideias,j4 que co sentido de “vida sonhada” € 0 mesmo de “sonho vivido”. Esto corretas as afirmagdes: (2) apenas 11 (c) apenas Ie 1V () apenas eI (cl) apenas Ill © 1V (©) apenas He IIL FEE considerado como um dos pioneiros do rock and roll na- ional, Raul dos Santos Seixas nasee em 28 de junho de 1945, Salvador, Baba; faloce em 21 de agosto de 1989, em Sao Pau- lo. Em 1977, intensficaese a parceria Raul Seixas e Cléudio Roberto, com quem Raul comporia varias de suas eangdes mais ‘nnhecidas, como “Malueo Beleza", “O Dia em que a Terra Parou”, “Rock das Aranha’, “Aluga-se" ete Enquanto voce Eudo meu lado Se esforga pra ser Aprondendo a ser louco Um sujeto norma! Maluco toto! E fozer tudo igual Ne foveura real, bed Raul Senos © Cléutio Roberto. “Maluco Belero” nkrprete Divers. Hs des mil anos ats. Rio de Janeiro: Philp! Universol Music, 1976. Foo 13. No nivel fundamental de todo texto, encontra-se ums opesigao semntiea (a semantica tem como eseopo 0 significad); essa opesigdo pode ser explicita ou implicta, No texto lido, prcebe- -se uma oposigio do tipo: (0) matureza¢ civilizagao () vida e morte (©) Sioléneia e paz (6) ceneza ¢ incerteza (©) continuo e descontinuo ‘Texto paraa questi 47. A forme mois difundide de poquera entre os sauditas s60 os ‘cafés que oferecem acesso 0 inlamet, Séo poucos, mas esid0 se fornondo uma ferromento de aprovimagéo entre os jovens. E esto se mostrando efcientes. Com bose em sua interpretagéo do Corde, © governe da Ard bio Soudita restringiv alguns hébitos considerades “ocidentalzades* do populasdo, princ/palmente dos mais jovens. Tectros, cinemos @ bootes foram proibides de funcionar tanto na copital Riad quanto as cidades pequenas do pais. Na esteira do fechamento desses ‘cos0s, perde-se uma forma centendria de encentror um nemoredo ‘ov mesmo de canhecer autras pessoas. A ghemative para quem nao costuma user os sites de nemoro {6 escraver nome ¢ felefone em pedagos de papel @ deiié-os nos vidros dos carres para ochar, com « ojude do destino, um candidato ocore-metode e morcar um enconiro. “Soudias aprender @ nameror pola rat”. Galicu,* 131, Fatlec Considerando o trecho Sao poucos, mas esto se tor nando uma ferramenta de oproximagdo entre os jovens., assinale aalternativa que explica adeuadamente o emprego da palavra “mas” (©) BBtabelece a relagio de contraste enre as duas afirmagies spresentadas (>) Introduz uma negagdo para o fato afirmado na primeira oragho. (©) Tema fangio de levaroletor a conclur algo. respeto da crasio anterior. (0) Sinaliza a adigfo de mais uma informagio de mesmo sen- tido que a anterior. (c) Express circunstincia de modo na segunda informagio presenta, Texto para questiio 48, Esquecimento Esse de quem ev ore @ era meu, Que foi um sooho @ fo realidede, Que me vesiv 6 ole de soudade, Pora sempre de mim desopareceu. Tudo em redor ent6o escurecou, F foi longinqua toda 0 cloridode! Ceguei. ltvic sombras... que onsiedade! Apabo cinzes porque tudo ardeu! Descom em mim poontes de Novembro. A sombra dos meus olhos, a escurecer. Veste de roxo € negro os criséntemos E dese que era meu jd me nao lembro, Ahl@ doce agonia de esquecer A lembror doidomente 0 que esquecemas..1 Flrbele Esponca EER Unitesp Na titima estrofe, o eu lirico expressa, por meio de: (©) Hipétboles, a difculdade de se tentar esquecer um grande ()) Metiforas, a forma de se esquecer plenamente a pessoa mada, (©) Enfemismos, as contradigdes do amor e os sofrimentos dele decorrentes. (, Aso em: 14 ope. 2008 No que se refere as quatro formas verbais em destaque, identiique quais delas indicam narrapao © quais assinalam descrigao, IEEE 4 charge de Henfil (Henrique de Souza Fiho, 1944/1988), publicada em 1977, aborda a questo da incwilzada distrbuigao de renda no Brasil, como causa principal da pobreza absoluta, a empurrar criangas ao desamparo das ruas, a falta de horizontes, & elinquéncia. Cam admirével talento e criatvidade, 0 autor impregna de ironia © discurso de um des personagens, por meio de um jogo entre as expressdes “autor material’ e “autor intelectual’, Observe atentamente o quadrinho que he apresentamos @ responda: 1a) De acordo com a charge, interprete 0 possivel significado a expressao “autor intelectual’. b) Cite um elemento do plano visual da charge que caracteri- za ahierarquia ou relagao de poder entre os personagens en cena, enfl Fadi 120, Ro do lonaiva: Cadoer, 1977, p 17. Texto para a questao 9 Aimporténcia da historia Opassode ¢ inexoravelmente presente ne vide de homem de diversas formes, sende sedo.com interes fins; 0 auséncio de eonheci- mento hisiérico pode levar (0 j6 lovou) uma nag6o intoso a ser manipulada por opostunstas que csiam ou manipulam o histrio a sev favoe ‘Ameméra colt 6 usoda (eofrada) tonto para jusifcar nacianalismos como pora sustentor teorias econémicos e Floséticas. Exemplos isso 0 interes: os socialists folam num “eomunismo primitive” dos sociedades antiges, assim como Rosseou fale do mito do "bom seha~ ‘gem"; conceit inexatos, que foram criodos pore jusiicar @ propria teoria. Podemos ver, ne Alemanha de Hil, 0 uilizgéo do passado tanto par eforger onacionalismo ~ uma vez que afima 0 pessede de uma rage ariana ~ quanto para jusiicar © holocauste, atrbvindo aos judeus ‘culpa do cise do estado Aleméo. No Erosi isso sempre foi presenle, desde o criogéo do “incigeno bendeso”, peles poetas roménices, até ‘aexakogéo de olguns polticos como Getto Vargas e Juscelino Kubicheleatrbvirom-se a eles quolidades que no correspondem & reeldode Teds esses casos criam uma falsa memérie caletive de modo que pessoas sem conhecimenta histrica 350 focimente monipuledos Com esses exemples, podomos constator quanto o possado & segundo © presenta, ou soja, « forma pelo qual vemos 0 passode demonshar rnossas atv coracteisticas. Se na década de 70 estudsvamas 0 Revolucao de 64, hoje estudomas o Golpe de 64, 0 que demonstra as ciferentes ‘sbes das épocas sobre un determinede ossuno. As dierentesvisées sobre o independéncie de Portugal aduzem os dierenes visées sobre 0 relgido; ts séculos ads, 0 indiscuvel a idoia de que Jesus feria aparecido o Afonso Henriques anies do batane de Qurigues: hoje muitos professores nem comentom sobre 0 ol milagre. Quitos exemplos deste fpo sé0 muito comuns na Made Médi, elguns milagres forom mudedos por infereses polos, como por exemplo © medanga do local do milagre de Sonte Mefonso, com ineresse de glorifcar a now beslica de Toledo. ‘Além disso, um povo sem consciénca hisérca esté sujeto 005 “varios hstéricos’, au seja, aquilo que no & ensinado nas escolas ou ‘que nao esta nos feriedos, fotos que sco omidos por serem conseradosielavantes@ isco do ép0ca. Oro, € 58008 perguntarmas porque «© Inconfdéncio Mineiro filo por brancos de elite ~ € relembrada fodos os ones em delrimento de conjure boiena ~ mojortariamente feito por pobves © escravos ~ sendo que ambos aconteceram na mesma époce € visavam a independéncie do pats “Aouséncia de conhecimento histérico acorrete ume felka todig6o, chemendlo de “natures” cenceitos recentes. O presidente dos Estodos Unidos, George W. Bush, por exemple, olegou em seu discurso que 6 fomilo € © mois sagrado pilor que suslenta os sociedades humonas, ‘orgumentondo que o homossexvatismo ataco esse pila A histéria nos diz eutra coisa. A familia, como a concebemos hoje, n60 6 ume ins ‘tvigdo t30 ontiga como se penso, suas origens remoniam & Idade Médie, quando se crioy @ moral est; portonto, 0 ser humono jé view milhores do anos sem esso insitvgbo, alm de que civilzagbes, como o greco-romone, acelieram durante muitos anos © homossexuolismo ‘como natural, ¢ mesmo assim foram poténcios mundicis. Na mesma Idade Média, a “acetacdo" da virgindade de Maria no século Xt! fo sede pore justficar @ moral da “virgem pure” {ses pontos estdo longe de dizer todos os usos da histéria, pordm nos do ume vis6o gerol que contradie o velho discurso de que a histéria ¢ cpenas foto ov que @ istona deve ser ume dissertagéo ogradvel, muto préxima da Iteraura Daniel. Cawolho Interpretagao de texto Capitulo 2 Tipos de texto TEI 2058 a leitura do texto, diga 2 qual género textual ele pertence Justiique. ‘Texto para questao 10, “Hd muitos, quoseinfitos maneiras de ouvir misico. Entetanto, os hs mois frequentesdistinguentse pela tendéncie que em coda uma

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