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EHO gL UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE LETRAS DEPARTAMENTO DE LETRAS VERNACULAS, INTRODUCAO A SEMANTICA ~ LET A20 FRAGMENTOS DO ACIU BU LIVRU BVKUuULAU A» PRINC{PIOS DE ANALISE* (..) Neste listo, (..) 0 Gue se quer ¢ introduzir 0 aluno nos principios da anétise timgtistica em seus diferentes niveis e em suas virias perspectivas. © que se deseja € que o aiuno aprenda 0 que significa fazer andlise lingtistica, vendo a lingua como fendmeno compiexo. Mais do «que ensinar fonética, sintaxc, ofo., este livro visa a levar 0 aluno a aprender o espirito ds deseri¢ao ¢ da explicagao dos fatos lingtisticos. Cabe perguntar o que é um fato lingiistico. Todos sabemos que a realidade do objeto nao & distinta da do método, j4 que, como ensina Saussure, & o ponto de vista que cria o objeto. E indispensdvel que wma base tedrica supers 0 empirismo na delimitagio dos fatos ¢-na sua andlise. 1 isso-que este livro pretende mostrar aos estudantes, Consagramos ois capitulos-a seméntica: o-primeiro aborda-es principios de-uma semfntica formal, de base refgrencialista, proxima da logica; o outro discute'as bases de {ma semintica lexical, de extragio nao referencialista, muito mais afim da retbrica. Por ‘que colocar, num livro de introduglo, dois capitulos teoricamente distintos para estudar ‘Gm mesmo aspecto és linguagem? Porque, como dissemos scima, 0 que aimejamos ¢ ‘cesinar aos estudantes Uma atitude cientifica. Freqentemente na universidade se fem tnma concepsio religiosa de ciéncia e no um ponto de vista verdadeiramente cientifico a respeito dela. O discurso religioso € 0 discurso que pretende explicar tudo, donde ‘viemos, para onde vamos, qual o sentido da vida, por que sofremos, qual a origem de judo. Ao mesmo tempo, pretende-se absofutamente verdadeiro ¢, por isso, intangivel. A le deve-se aderir pela £8. Ao contritio, o discurso cientifico consiréi modelos que explicam parte da realidade. Por isso, ele no chega a verdade absobuta e eterna, mas = consensos parciais sobre as explicagées que da para certos fenémenos. Ele é sempre ‘uma aproximago da realidadc. A ciéneia tem sempre compromisso com 0 real ¢, por isso, sua validade precisa ser verificada. Nao se adere ao discurso cientifico pola £8, mas pelo conhecimento. Como & ciéncia nio chega & verdade, progride sempre, ¢ sempre Mutivel, Ao afirmar que muitas vezes se tem uma concepsao religiosa de ciéncia, Estamos Gizendo que hi freqiientemente uma mitifieacio, que nfo deixa de ser uma mistificagao, de certas teorias, levando a crer que elas sio a verdade, enquanto as ovtras ho 0 erro ¢, por iss0, Merecem ser anatematizadas. Criticam-se teorias por clas nic explicarem o que no pretendem explicar. Ora, batemo-nos festemente contra isso, © preciso que 0 aluno saiba que a contradigio é inerente 20 saber cientifico, “ odiamos expo-Lo, por causa da natureza deste livro, em todos os niveis de anal ssa perspectiva. Por isso pretendemos fazé-lo pelo menos em um dos aspecios anilise lingtistica. Escolhemos para isso a semdatica, Ao estudar duas sconce; soménticas distintas, o aluno deve perceber que 2 ciéncia é constitnida de ums smultipticidade de pontos de vista ¢ que cada um aporta uma parcela de conhcimento da fealidade, Escothemos, por diferentes razBes, um deles para tabelbar, discutimos o Ponto’ de vista alheio, mostrando suas limitagBes o seus problemas, mas nfo vemdenamos seus partidérios a “fogueira”, porque a cigncia precisa do debate, jé que cla no se constimui de dogmas proclamados ex cathect i Da Codlare, (Gade c OGrdedd do joys Quoret« §. Padre , etrmbjdlo ae eae Lit 4 iaultradeds chute dg FS J ' tele 2X Cxttude

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