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Quinhentismo
José de Anchieta foi o maior representante da literatura de formação no Brasil.
Literatura informativa
A literatura informativa, também chamada de literatura dos viajantes ou dos cronistas,
consiste em relatórios, documentos e cartas que empenham-se em levantar a fauna, flora
e habitantes da nova terra, com o objetivo principal de encontrar riquezas, daí o fato de
ser uma literatura meramente descritiva e de pouco valor literário. A exaltação da terra
exótica e exuberante seria sua principal característica, marcada pelos adjetivos, quase
sempre empregados no superlativo. Esse ufanismo e exaltação do Brasil seria a
principal semente do sentimento nativista, que ganharia força no século XVII, durante
as primeiras manifestações contra a Metrópole[1]
É possível notar claramente o duplo objetivo do texto contido na Carta de Caminha, isto
é, a conquista dos bens materias e a propagação da fé cristã, como demonstram os
seguintes trechos:[1]
Até agora não pudemos saber se há ouro ou prata nela, ou outra coisa de metal, ou ferro;
nem lha vimos. Contudo a terra em si é de muito bons ares [...] Contudo, o melhor fruto
que dela se pode tirar parece-me que será salvar esta gente. E esta deve ser a principal
semente que Vossa Alteza em ela deve lançar.
Literatura jesuítica
Foi conseqüência da Contra-Reforma. A principal preocupação dos jesuítas era o
trabalho de catequese, objetivo que determinou toda a sua produção literária, tanto na
poesia como no teatro. Mesmo assim, do ponto de vista estético, foi a melhor produção
literária do Quinhentismo brasileiro. Além da poesia de devoção, os jesuítas cultivaram
o teatro de caráter pedagógico, baseado em trechos bíblicos, e as cartas que informavam
aos superiores na Europa o andamento dos trabalhos na Colônia. José de Anchieta se
propôs ao estudo da língua tupi-guarani e é considerado o precursor do teatro no Brasil.
Sua obra já apresenta traços barrocos.
Literatura classicista
Em Portugal, o Quinhentismo (Classicismo) teve início em 1527 , quando do retorno do
poeta Sá de Miranda da Itália, onde viveu vários anos para estudos . Na bagagem, trazia
novas técnicas versificatórias , o "dolce stil nuovo" ("doce estilo novo"). Além de
introduzir no país o verso decassílabo (medida nova) em oposição à redondilha
medieval (5 ou 7 sílabas), que passou a ser chamada de medida velha, trouxe uma nova
conceituação artística. Devemos entender, portanto, que Sá de Miranda não trouxe para
Portugal apenas um verso de medida diferente, mas um gosto poético mais refinado.
Juntamente com o decassílabo, passaram a ser cultivadas novas formas fixas de poesia,
como o soneto (dois quartetos e tercetos, com metrificação em decassílabos e rimas em
esquemas rigorosos), a ode (poesia de exaltação), a écloga (que tematiza o amor
pastoril), a elegia (revelação de sentimentos tristes) , a epístola (carta em versos). É
preciso lembrar que a substituição do verso redondilha (medida velha), característico da
Idade Média, pelo decassílabo (medida nova) não se deu de forma imediata, pois ambas
as medidas conviveram por grande parte do século XVI.
Neoclassicismo
Movimento cultural do fim do século XVIII, o Neoclassicismo está identificado com a
retomada da cultura clássica por parte da Europa Ocidental em reação ao estilo Barroco.
No entanto, o Neoclassicismo propõe a discussão dos valores clássicos, em
contraposição ao Classicismo renascentista, que apenas replicava os princípios antigos
sem críticas aprofundadas. A concepção de um ideal de beleza eterno e imutável não se
sustenta mais. Para os neoclassicistas, os princípios da era clássica deveriam ser
adaptados à realidade moderna.Movimento cultural do fim do século XVIII, o
Neoclassicismo está identificado com a retomada da cultura clássica por parte da
Europa Ocidental, em oposição ao estilo barroco. No entanto, o Neoclassicismo propõe
a discussão dos valores clássicos, em contraposição ao Classicismo Renascentista, que
apenas replicava os princípios antigos, sem críticas aprofundadas. A concepção de um
ideal de [...]
Literatura
Os textos empregam linguagem clara, sintética, gramaticalmente correta e nobre. A
forma liberta-se um pouco do rigor do Classicismo anterior. A principal expressão do
movimento na literatura é o Arcadismo, manifestado na Itália, em Portugal e no Brasil.
Na França, os novos ideais iluministas são a base dos textos. Os principais autores são
Montesquieu (1689-1755) e Voltaire. O primeiro é autor, entre outras, da obra Do
Espírito das Leis. Voltaire experimenta vários gêneros: tragédia (A Morte de César),
poesia (Discurso sobre o Homem), contos fantásticos (Zadig) e romance de fundo moral
(Cândido). No final do século, uma visão crítica da aristocracia é dada por Choderlos de
Laclos (1741-1803), em As Relações Perigosas, e pelos romances eróticos do Marquês
de Sade (1740-1814) e de Restif de la Bretonne (1734-1806). Na Inglaterra destacam-se
Robinson Crusoe, de Daniel Defoe (1660-1731), e As Viagens de Gulliver, de Jonathan
Swift (1667-1731).
Artes plásticas
A arte neoclássica busca inspiração no equilíbrio e na simplicidade, bases da criação na
Antiguidade. As características marcantes são o caráter ilustrativo e literário, marcados
pelo formalismo e pela linearidade, poses escultóricas, com anatomia correta e exatidão
nos contornos, temas "dignos" e clareza. A arte neoclassica nasceu na Europa, nas
ultimas décadas do século XVIII e nas três primeiras décadas do século XIX, foi uma
reação ao barroco e ao rococó.Não foi apenas um movimento artístico mas também
cultural que refletiu as mudanças que ocorriam na época marcadas pela ascensão da
burguesia. Este estilo procurou expressar e interpretar os interesses, a mentalidade e os
habitos da burguesia manufatureira e mercantil da época da revolução francesa e do
Império Napoleonico.
• formalismo e racionalismo
• exatidão nos contornos
• harmonia do colorido
• retorno ao estilo greco-romano
• academicismo e técnicas apuradas
• culto a teoria de Aristóteles
• ideal da época:democracia
• pinceladas que não mascavam a superfície
Pintura
Principais pintores
Principais pintores
Escultura
Multimédia
Escultura, o movimento buscava inspiração no passado. A estatuária grega foi o modelo
favorito pela harmonia das proporções, regularidade das formas e serenidade da
expressão. Apesar disso, não atingiram a amplitude nem o espírito da escultura grega.
Também foi menos ousada que a pintura e arquitetura de seu tempo. Entre os principais
escultores destaca-se o italiano Antonio Canova (1757-1822), que retrata personagens
contemporâneos como divindades mitológicas como Pauline Bonaparte Borghese como
Vênus (2010); .
Música
Arquitetura neoclássica
A Arquitetura neoclássica foi produto da reacção antibarroco e anti-rococó, levada a
cabo pelos novos artistas-intelectuais do século XVIII. Os Arquitectos formados no
clima cultural do racionalismo iluminista e educados no entusiasmo crescente pela
Civilização Clássica, cada vez mais conhecida e estudada devido aos progressos da
Arqueologia e da História.
Interiores e mobiliário
Teatro
No teatro neoclássico a racionalidade predomina, revalorizam-se o texto e a linguagem
poética. A tragédia mantém o padrão solene da Antiguidade. Entre os principais autores
está Voltaire. A comédia revitaliza-se com o francês Pierre Marivaux (1688-1763),
autor de O Jogo do Amor e do Acaso. Os italianos Carlo Goldoni (1707-1793), de A
Viúva Astuciosa, e Carlo Gozzi (1720-1806), de O Amor de Três Laranjas, estão entre
os principais dramaturgos do gênero. Outro importante autor de comédias é o francês
Caron de Beaumarchais (1732-1799), de O Barbeiro de Sevilha e de As Bodas de
Fígaro, retratos da decadência do Antigo Regime e uma inspiração para as óperas de
Mozart (1756-1791) e Rossini (1792-1868).
Neoclassicismo no Brasil
Em 1816, desembarca no Brasil a Missão Artística Francesa, contratada para fundar e
dirigir no Rio de Janeiro uma Escola de Artes e Ofícios. Nela está, entre outros, o pintor
Jean-Baptiste Debret, que retrata com charme e humor costumes e personagens da
época. Em 1826 é fundada a Academia Imperial de Belas-Artes, futura Academia
Nacional, que adota o gosto neoclássico europeu e atrai outros pintores estrangeiros de
porte, como Auguste Marie Taunay e Johann Moritz Rugendas. Pintores brasileiros
desse período são Manuel de Araújo Porto-Alegre e Rafael Mendes Carvalho, entre
outros.
No país, a tendência torna-se visível na arquitetura. Seu expoente é Grandjean de
Montigny (1776-1850), que chega com a Missão Francesa. Suas obras, como a sede da
reitoria da Pontifícia Universidade Católica no Rio de Janeiro, adaptam a estética
neoclássica ao clima tropical. Mesmo que sua fundamentação fosse de uma sociedade
agrário-escravocrata e com um comércio relativamente atrasado, tendo um governo
monárquico.
Romantismo no Brasil
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Índice
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• 5 Ver também
Contexto Histórico
Características
Na sua luta contra a racionalidade , o artista romântico valoriza todo e qualquer estado
onírico , isto é , dominado pelo sonho , pela fantasia e pela imaginação . São momentos
de suspensão passageira ou definitiva da razão que definem o ser humano passional ,
dentro do Romantismo . Toda loucura é válida .
E se o mundo não corresponde aos anseios românticos , o artista parte para a idealização
criando um universo independente , particular , original . Nesse universo ele deposita
suas aspirações de liberdade e à perfeição física. A figura da mulher amada , por
exemplo , será associada à sempre um exemplo moral a ser seguido pelos leitores, por
sua inteireza de caráter e sua moralidade irrepreensível .
[editar] Características
• Subjetivismo - A pessoalidade do autor está em destaque. A poesia e a prosa
romântica apresentam uma visão particular da sociedade, de seus costumes e da
vida como um todo.
• Evasão
• Indianismo - O autor romântico utilizava-se da figura do índio como inspiração
para seu trabalho, depositando em sua imagem a confiança num símbolo de
patriotismo e brasilidade, adotando o indígena como a figura do herói nacional
(bom selvagem).
Principais poetas
• Gonçalves de Magalhães
• Gonçalves Dias
• Egocentrismo
• Ultrassentimentalismo - Há uma ênfase nos traços românticos. O
sentimentalismo é ainda mais exagerado.
• Byronismo - Atitude amplamente cultivada entre os poetas da segunda geração
romântica e relacionada ao poeta inglês Lord Byron. Caracteriza-se por mostrar
um estilo de vida e uma forma particular de ver o mundo; um estilo de vida
boêmia, noturna, voltada para o vício e os prazeres da bebida, do fumo e do
sexo. Sua forma de ver o mundo é egocêntrica, narcisista, pessimista, angustiada
e, por vezes, satânica.
• Spleen - Termo francês que traduz o tédio, o desencanto, a insatisfação e a
melancolia diante da vida.
• Fuga da realidade, evasão - Através da morte, do sonho, da loucura, do vinho,
etc.
• Satanismo - A referência ao demônio, as cerimônias demoníacas proibidas e
obscuras. O inferno é visto como prolongamento das dores e das orgias da Terra.
• A noite, o mistério - Preferência por ambientes fúnebres, noturnos, misteriosos,
apropriados aos rituais satânicos e à reflexão sobre a morte, depressão e solidão.
• Mulher idealizada, distante - A figura feminina é freqüentemente um sonho, um
anjo, inacessível. O amor não se concretiza e em alguns momentos o poeta
assume o medo de amar.
Principais poetas
• Álvares de Azevedo
• Casimiro de Abreu
• Junqueira Freire
• Fagundes Varela
Principais poetas
O Romance brasileiro poderia ser dividido em duas fases: Antes de José de Alencar e
Pós-José de Alencar, pois antes desse importante autor as narrativas eram basicamente
urbanas, ambientadas no Rio de Janeiro, e apresentavam uma visão muito superficial
dos hábitos e comportamentos da sociedade burguesa.
E com José de Alencar surgiram novos estilos de prosa romântica como os romances
regionalistas, históricos e indianistas e o romance passou a ser mais crítico e realista. Os
romances brasileiros fizeram muito sucesso em sua época já que uniam o útil ao
agradável: A estrutura típica do romance europeu, ambientada nos cenários facilmente
identificáveis pelo leitor brasileiro(cafés, teatros, ruas de cidades como o Rio de
Janeiro).
O sucesso também se deve ao fato de que os romances eram feitos para a classe
burguesa, ressaltando o luxo e a pompa da vida social burguesa e ocultando a hipocrisia
dos costumes burgueses. Por isso pode-se dizer que, no geral, o romance brasileiro era
urbano, superficial, folhetinesco e burguês. Dentre os vários romancistas românticos
brasileiros, merecem destaque:
Célebre por dar início à produção prosaica do romantismo brasileiro, Joaquim Manuel
de Macedo ou Dr. Macedinho, como era conhecido pelo povo, escreveu um dos mais
populares romances da literatura romântica do Brasil. O romance "A moreninha" fez um
enorme sucesso dentre a classe burguesa brasileira que se sentia extremamente agradada
por um novo projeto de literatura: A literatura original do Brasil. Uma literatura que
continuava a seguir os padrões das histórias de amor européias tão populares entre a
classe burguesa, mas que ao mesmo tempo inovava ao trazer tais histórias tão clássicas
para ambientes legitimamente brasileiros que faziam os leitores identificarem os
ambientes mencionados. Trata-se de um escritor que estava voltado para as narrativas
urbanas e tinha como foco a cidade do Rio de Janeiro, capital do Império do Brasil, e a
alta sociedade carioca em seus saraus e festas sociais. Seus romances em forma de
folhetim, eram como as atuais telenovelas, só que escritos em episódios num jornal. As
obras de Joaquim Manuel de Macedo apresentam uma visão superficial dos hábitos e
comportamentos dos jovens da época, buscando ilustrar a pompa e o luxo da alta classe
capitalista, e com isso, escondendo a hipocrisia e a dissimulação da burguesia. A grande
importância de sua obra é em despertar no público brasileiro, o gosto pela produção
literária nacional, ambientada em cenários facilmente identificáveis. Seus romances
posteriores a "A moreninha" seguem sua mesma "fórmula". Dentre as principais obras
de Joaquim Manuel de Macedo estão:
• O Moço Loiro
• As vítimas-algozes
• O Gaúcho
• O Sertanejo
• O Tronco do Ipê
Romances que revelam a preocupação de José de Alencar em exibir o índio como herói
nacional. Enquanto os autores românticos da europa retratavam o saudosismo através de
menções à época medieval, no Brasil, Alencar procurou buscar na cultura indígena
brasileira o passado fiel da história brasileira. Seus romances trazem uma linguagem
mais original, com vocábulos do tupi, retratam o índio como símbolo de bravura, de
pureza e de amor ao ambiente natural. Pode-se dizer que suas narrativas tendiam ao
estilo poético por entrelaçar o caráter básico da prosa com o lirismo do gênero poético.
Em resumo, suas obras utilizam o indianismo como forma de revelar um conceito mais
original de brasilidade e criar um projeto de língua brasileira. Dentre as obras mais
importantes de José de Alencar nesse ramo do romantismo, estão:
• O Guarani
• Ubirajara
• As Minas de Prata
• Iracema
• A Escrava Isaura - Fez grande sucesso enquanto livro, tão notável que foi
adaptado como novela da Rede Globo e da Rede Record. Bernardo Guimarães
tentou criticar a escravatura no Brasil, patrocinando, através de sua obra, o
abolicionismo, no entanto sua crítica se mostrou um tanto malsucedida pois a
personagem principal, Isaura, era uma escrava branca, e a antagonista, uma
mucama negra, o que incitou nos leitores uma raiva da personagem negra e um
sentimento de pena e compaixão da escrava branca Isaura. Pode-se dizer que não
atingiu seu objetivo realista devido a sua crítica equivocada, mas conquistou
enorme admiração e já nos permite identificar traços de uma literatura brasileira
mais realista. Apresenta o caráter sentimentalista romântico das histórias de
amor terminando com seu devido final feliz.
• O Seminarista - Não tão notório quanto a obra acima, mas não por isso perdeu
seu valor literário. Critica o sistema patriarcal da época e principalmente o
sistema clerical, mencionando a inadequação do jovem à vida religiosa imposta
pela família. Assim como "A escrava Isaura", é uma história de amor, que
permite-nos observar sentimentos em conflito com uma realidade imposta pela
sociedade (o jovem que não pode amar pois fora forçado a ser padre por sua
família). Ao contrário da primeira obra, apresenta um final trágico no qual o
protagonista enlouquece ao saber da morte de sua amada.
• O Matuto
• Lourenço
• A Retirada da Laguna
[editar] Manuel Antônio de Almeida