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A angstia existencial
Antero foi um poeta atormentado pela sede de infinito e pelo desejo da eternidade.
Foi um poeta-pensador com uma nsia metafsica nessa busca desesperada de infinito
e de absoluto que se transformou na grande obsesso da sua vida.
Preocupado com o mundo em que vivia, procurou interpret-lo para o conhecer bem.
Consciente da sua desordem e da sua confuso, aspira ao equilbrio, buscando a
justia, o amor, a verdade, a fraternidade, linhas que percorrem a sua produo
potica e que julga encontrar nos ideais socialistas.
Antero deseja construir um mundo novo marcado pela fraternidade, pela
solidariedade, pela justia e pela igualdade.
Guiado pela razo, o ser humano deve ser promotor da harmonia e atingir a Liberdade,
construda atravs do Amor e da Justia.
As interrogaes sobre o mistrio da Vida e da Morte, do Universo e de Deus (a
preocupao com Deus est sempre presente) conduziram-no a um estado de
permanente ansiedade, angstia e desnimo.
O permanente conflito interior, o vazio existencial, as desiluses, a insatisfao
constante, o pavor da morte e o amor vida, o confronto sonho/realidade, o
abandono martirizam o poeta, que se transforma numa vtima da nusea do real.
A morte aparece como salvadora e libertadora: consciente da inutilidade da sua vida e
do fracasso dos seus projetos, desencantado e depois resignado, Antero suicida-se.
Configuraes do ideal
Antero acredita:
nos ideais de Amor, Justia e Liberdade;
no primado da Razo;
no combate tico e ideolgico para a construo de um mundo melhor e superior;
na capacidade e responsabilidade do indivduo no devir histrico.