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A novidade da dcada de 1950 foi que os jovens das classes alta e mdia,
pelo menos no mundo anglo-saxnico, que cada vez mais dava a tnica
global, comearam a aceitar a msica, as roupas e at a linguagem das
classes baixas urbanas, ou o que tomavam por tais, como seu modelo.
(p.324).
Essa guinada para o popular nos gostos dos jovens de classe alta e mdia
do mundo ocidental, que teve at alguns paralelos no Terceiro Mundo, como
a defesa do samba pelos intelectuais brasileiros, pode ou no ter tido
alguma coisa a ver com a corrida dos estudantes da classe mdia para a
poltica e ideologia revolucionrias poucos anos depois. (p. 325)
Contudo, talvez baste apenas supor que o estilo informal foi uma forma
conveniente de rejeitar os valores das geraes paternas ou, mais
precisamente, uma linguagem em que os jovens podiam buscar meios de
lidar com um mundo para o qual as regras e valores dos mais velhos no
mais pareciam relevantes. (p.325)