O documento resume o livro "Clara A menina que sobreviveu ao Holocausto", contando a história de Clara Kramer e sua família judia que viveu escondida por 18 meses com outras famílias judias em um bunker durante a ocupação nazista na Polônia. Destaca a ajuda prestada pela família Beck, especialmente o Sr. Beck, que arriscou sua vida para esconder as famílias judias apesar de seu antissemitismo. Também critica a família Steckel por sua falta de solidariedade com as outras
O documento resume o livro "Clara A menina que sobreviveu ao Holocausto", contando a história de Clara Kramer e sua família judia que viveu escondida por 18 meses com outras famílias judias em um bunker durante a ocupação nazista na Polônia. Destaca a ajuda prestada pela família Beck, especialmente o Sr. Beck, que arriscou sua vida para esconder as famílias judias apesar de seu antissemitismo. Também critica a família Steckel por sua falta de solidariedade com as outras
O documento resume o livro "Clara A menina que sobreviveu ao Holocausto", contando a história de Clara Kramer e sua família judia que viveu escondida por 18 meses com outras famílias judias em um bunker durante a ocupação nazista na Polônia. Destaca a ajuda prestada pela família Beck, especialmente o Sr. Beck, que arriscou sua vida para esconder as famílias judias apesar de seu antissemitismo. Também critica a família Steckel por sua falta de solidariedade com as outras
Hoje venho apresentar-vos o livro Clara A menina que
sobreviveu ao Holocausto, da autoria de Clara Kramer. Trata-se de uma histria tocante baseada no dirio que esta judia escreveu em plena Segunda Guerra Mundial, quando tinha apenas 15 anos. Em 21 de Julho de 1942, o exrcito nazi invade a Polnia e a jovem Clara Kramer, moradora da pequena cidade de Zolkiew, v a sua vida mudar radicalmente. Enquanto assistem, estupefactos, ao assassinato e perseguio dos judeus locais, estando eles prprios sob vigilncia, a famlia de Clara instala-se na casa do Sr. Melman, mais concretamente num bunker com 1.20 m de altura, escavado propositadamente pelas crianas, uma delas era a Clara, que constituam esse grupo familiar. Nesse mesmo local, passaram a coabitar, durante 18 meses, quatro famlias judias: os Melman, os Patrontasch, a famlia de Clara e, posteriormente, os Steckel. A famlia Beck foi, para mim, quem mais se destacou, ao longo da obra, na ajuda prestada ao grupo de judeus, nomeadamente, zelando pela sua sobrevivncia. A personagem que, na minha opinio, mais relevo tem nesta matria o Sr. Beck, pois revelou-se de forma surpreendente: tinha m reputao, sendo considerado bbado, mulherengo, estando ligado a todo o tipo de contrabando e roubo, sendo tambm antissemita. Ele consegue superar os preconceitos e acolhe as famlias judias, demonstrando ter um grande corao, colocando inclusivamente em risco a sua prpria vida, bem como a da sua famlia, apesar da sua personalidade aparentemente rude. Impressionou- me particularmente uma conversa que Beck teve com o seu irmo no dia de Natal, onde ele lhe diz que esconde os judeus em sua casa: Se os abandonar, abandono a minha honra! Toda a minha vida odiei os judeus. Ainda odeio. Porqu? Como raio hei-de saber? . Quero que a minha Ala olhe para o pai e veja um homem, no um cobarde. Podem matar-me dez vezes Outra situao que muito me incomodou foi o facto de a famlia Steckel, apesar de ser tambm judia, ser profundamente egocntrica. No tinham filhos mas eram capazes de se alimentar com frango enquanto os outros habitantes e inclusivamente as crianas comiam apenas batatas. Os Steckel no se preocupavam minimamente com a misria e a fome que as crianas judias e que viviam no mesmo bunker passavam. Este livro relatou, de forma muito detalhada e verdica, a vivncia dos judeus nesta poca negra da Segunda Guerra Mundial, chamada de Holocausto. Relacionando agora o contedo desta obra com os temas abordados ao longo da nossa disciplina de Filosofia, destaco a tica, a moral, o Direito, a Liberdade e ainda a viso que Kant e Mill teriam quanto a esta matria. Por um lado, verificamos, neste livro, que um acontecimento terrvel (o Holocausto) fez despertar o que de melhor e/ou pior um ser humano pode possuir. O ato nazi de extermnio dos judeus foi e eticamente condenvel mas foi possvel nesse mesmo contexto encontrar pessoas capazes de praticar o bem, esquecendo os ideias polticos e tentando salvaguardar o bem mais precioso: a vida humana. o caso da nossa personagem Sr. Beck. Por outro lado e apesar de ter sido um acontecimento nico a nvel da histria mundial, o Holocausto tornou-se o paradigma do crime contra a humanidade, a partir do qual foi criada legislao contra futuros genocdios, isto , de um ato moralmente condenvel, evoluiu-se para um ato juridicamente ilcito. Neste caso, a moral auxiliou a progresso do Direito. Uma vez mais, a tica abriu o caminho para a previso legal desta ao humana. Quanto ao valor da Liberdade, podemos referir que ele foi totalmente eliminado durante o Holocausto. Os judeus no eram livres, foram desprovidos de quaisquer direitos civis, sendo considerados como seres inferiores. A condio judaica foi considerada uma subcondio humana. Por ltimo, apresento a posio que Kant e Mill teriam perante esta realidade que foi o Holocausto, caso fossem questionados, isto , mentir aos nazis e salvar a vida dos judeus ou dizer a verdade e pr em causa a vida deles? No tenho qualquer dvida de que Mill optaria por mentir e salvar vidas, porque mentir e salvar vidas causaria menor dor ou sofrimento ( pessoa em fuga) do que dizer a verdade e pr em causa a sua vida. Obedeceria ao princpio da sua teoria que diz: Deves procurar agir de modo a promover a felicidade sobre o maior nmero de pessoas. Contrariamente, para Kant as regras morais so absolutas, ou seja, tm de ser cumpridas em todas as circunstncias da existncia humana. Por isso, Kant no sabia por qual das duas possibilidades de ao se decidir, porque qualquer uma das duas opes, mentir ou matar moralmente incorreta. Termino a minha apresentao com este poema: Igual-Desigual Todas as guerras do mundo so iguais. Todas as fomes so iguais. Todos os amores, iguais iguais iguais. Iguais todos os rompimentos. A morte igualssima. Todas as criaes da natureza so iguais. Todas as aces, cruis, piedosas ou indiferentes, so iguais. Contudo, o homem no igual a nenhum outro homem, bicho ou coisa.