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Castro Alves
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IV
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VI
Castro Alves
(excertos: Caetano Veloso)
Unidos da Tijuca - Samba Enredo 1982 - Lima Barreto, mulato pobre, mas livre
Lima Barreto
Este seu povo quer falar só de você
A sua vida, sua obra é o nosso enredo
E agora canta em louvor e gratidão (bis)
Na epopéia triunfal
Qua a literatura conquistou
Em síntese de um sonho
O poeta tão risonho
Assim se consagrou ô ô ô
Ôôôôô
Esta é a negra fulô
Uma obra fascinante
Que o poeta tão brilhante
O povo admirou
Eu organizo o movimento
Eu oriento o carnaval
Eu inauguro o monumento
No planalto central do país
Domingo é o fino-da-bossa
Segunda-feira está na fossa
Terça-feira vai à roça
Porém, o monumento
É bem moderno
Não disse nada do modelo
Do meu terno
Que tudo mais vá pro inferno, meu bem
Que tudo mais vá pro inferno, meu bem
Meu bem-querer
É segredo, é sagrado
Está sacramentado
Em meu coração
Meu bem-querer
Tem um "quê" de pecado
Acariciado pela emoção
Meu bem-querer, meu encanto
Tô sofrendo tanto
Amor
E o que é o sofrer
Para mim que estou
Jurado pra morrer de amor?
Vá logo deixando
Senhor forasteiro
A sua vergonha
Em Marapatá
Vergonha se verga
Na cuia do ventre
No V da ilhargas
Vincando por lá
Cunhã se arretando
Tesão de mormaço
Abrindo as entranhas
A flor do tajá
E o macho fungando
Flechando, fisgando
Mordendo a leseira
Vamos fazer uma bela Manaus, com homens probos e retos, visando sempre ao bem comum
e o respeito pela mãe natureza, tá?
Pois do jeito que está, não dá mais para ser feliz, na Ilha de Marapatá!
Lá lá lá lá lauê
Fala Martim Cererê
Lá lá lá lá lauê
Fala Martim Cererê
Vem cá Brasil
Deixa eu ler a sua mão menino
Que grande destino
Reservaram pra você
Lá lá lá lá lauê
Fala Martim Cererê
Lá lá lá lá lauê
Fala Martim Cererê
Vem cá Brasil
Deixa eu ler a sua mão menino
Que grande destino
Reservaram pra você
Lá lá lá lá lauê
Fala Martim Cererê
Lá lá lá lá lauê
Fala Martim Cererê
PORTELA - MACUNAÍMA
Portela apresenta
Do folclore tradições
Milagres do sertão à mata virgem
Assombrada com mil tentações
Cy, a rainha mãe do mato, oi
Macunaíma fascinou
Ao luar se fez poema
Mas ao filho encarnado
Toda maldição legou
E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?
E agora, José?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio – e agora?
Se você gritasse,
se você gemesse
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse...
Mas você não morre,
você é duro, José!
Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que o puxa a galope
você marcha, José!
José, para onde?
FAGNER
Quando penso em você fecho os olhos de saudade
Tenho tido muita coisa, menos a felicidade
Correm os meus dedos longos
Em versos tristes que invento
Nem aquilo a que me entrego
Já me dá contentamento
É só o amor, é só o amor.
Que conhece o que é verdade.
O amor é bom, não quer o mal.
Não sente inveja ou se envaidece.
É só o amor, é só o amor.
Que conhece o que é verdade.