You are on page 1of 18
24. FREDEMCO FERNANDES avoreosinnoa 25 nee sleon anion Poesia oral e estudos literarios 13.094 Paraescrever este ts Escre o circulei por diferentes culturas, Quivi ire pantanais ons ¢ eseritos, tor im estudel una manifestagdo que é némade ymthor, 1997, p.22), Quarto, porque ss tarnouexética, E quin- Jar de im mosdeto on gue A te 0 regido pela batuta da a partir da 30, quando Milman Parry cons iaata.¢ Odisséia com base na chamada je se expresea pela wor ruse’ marca de Jos...) © por pessoas; de Manuelzio a Rosa ont entre os de grids aos muitos poctas € escritores a nffémades, que-cizc dle aguas, fugindo das cheias; pessoas que també fogem das secas e das qucimadas e que se espalham nas periferias de ou de algu iam. Namade ¢ 0 incSes, apreendido-no espaco transitério entre 0 ‘ouvir eo escrever. Assim, a anilise da voz pastica precede uma “re- constituigao" da performance, algo impossivel em sua integra, & vou Corumba quando desempregadas, apasent, is das terras onde vi “entre narratives ircula A hore rca, Seah Polo; o de ebservados costumes, porque se BG visvel pela junedo.de radiruse de etpagn tran: e rio entre o ouvir €o eserever. Desejo apreen . & {fe assinalar os tragos que a diferenciarn de uma text ke © 1.9 cional ne campa de investisag R t & lidade que confere & poesia o as Grasso moda, po ts z. eforia dacultire oral. A vor némade 6, essencialmente, aidéia que gera oabjeto art ‘ th sia oral tl B64 do século XVIII, acabou decempenhande f a 2 a literaria por varios motives. Prime €criado, € porque a poes ‘ 245 java da escrita e, por c +=” como uma literatura de pessoas que no sabiam ler nem esceever, zt ébillot em 1881 (Cascudo, 1984, p.23). t gy ua d tiv a investigacao foleléries, no qual er eperiiopand a vw rssed je10 INS sOpNys> s¢) aod # spa p30 TaN sim nb sea1203} 330334} sopmiss,, sopeu dear wip 2 aeg ouys Moy sep orSeiaeyp e somtod sund| ‘pero eisaod © sagysonb seu seuade jaane 2 anb 0 wea99-anb > oRdeFELIp P pp 2s anb UIs Saar (_ anges cu sompsoay ypmiso sour ayuDMLONLE tN 42 eaNgEIMI.,) Wait030p ejap anb sagseAtipsepo} DSS PUY Up wEOJOOp! y wsCD VW wpuerofaed wp ovr 1 .0Ur,,) SORE) Sop On eo Punydade Yow) ¢,, semen ye oLdosd 9 27uEIpe owlR *,, cane ‘oopson an aruunsiis] ‘ogususrpndas-qo: sac 2 aueLoyjumnZ oan: owen h SOSOIPAYED £0 "PYLIDES EP an 38y9 EpUle fantssod IP Op SeYLKaaUS seRY “SOLEA sopmsa se. mapour ae a3u0Up9 O° w: Sup anb epen: ue ‘feua weod AMUNGIS| AWS sapepIRaLEP sy (814 *¢661) EAM] aORIOS oprass so eu 2 ORE 9=> NOUR ops 54 partie. ge, 20d Opty ‘opremuape oaKor fe mung IsUS}sn “opeztjeuise lcappnun,, Beagsteorto uo ow, ane au2as 2edoa 2p ss0e89 szuinb no ecoq, onb vila jeap efad 9 ¥ Sopeussog sweny3a nyease3 SRSLUS3 £2 Caunasoazany wat ap 2 cetmpesy #5 tne aciesuriye 33) raassqa SwMoKA > opSELI wf ap ourey> anb ou sang wry BpeRyeUNT NUE eps soe rp a, emyessaTy ESTEE sur, ‘ogian op seaene a uoulje26 epingnsuo9 Yan gIs9 orbersay pss aro aod oosng “isaac ecuo> speuou JOR w AWZED PEN GY! “ROUSE -M|ML-|NE [EUIAUEG OP EIEI SOI94. 3 svatyeMien Se uIsaDs & ged uiaienSuy e ap resede ‘quo ne -cyuepIOd “(yeu onb ep opie suo ap opSard yy mused ap. purnbus aaa wrstiemSuyl w 9 oxtsos: 4 “J [TAX 91n298 Op anjzed w one syeus omar sao ters: | -t59p offuH] oF umapodweswin isiuesge saanvnaas OSmSERHs 9Z 2B FRECEAICO FERNANDES fase a tex- abordagem, em razao do.questionamento do cin que “tratam os artefatos culturais como textos a ser hides mplesmente pa nhas gerais, a abordagem culturalista nao apenas re sentou a incorporasde de textos advindos do rap, do repent cangio ao ladda literatura shakespeariana, mae! coma também sugeriu novas abordagens e leituras. © fer pos-colonianisme, a queer theory (baseada no homecroti ratura das minorias, © desconstrucionismo, o descent Ire outras perspectivas advindas da pos-mod: ides de abordazem dos cinones como Han murro ou Grande Sertio: veredas, por exen A questio principal que norteia os estudes culturais ¢ 0 fato de que a obra deina de ser tratada como “obra-prim leitura cerrada do texto, ¢ passa a ser ass >) bondiciona. ANOZEGsENTIDD 29 contra-se na esteira dessa abertura dev lematizagé evou os cstudiosos a um dista em toma das eulturas das Ciencias Humanas. Num segundo moment peeacupagio em que os estudas piria” devide 4 “abertura em campos expandi- owia, raga e eft istintns dos retiitia, que abordavain os auto: Gres, 03 periods e 0% car in (© estreitamenta entre os 5 As taducces d nha respon aus syusurEapIsodse sreUE 1y9 ws urseyuea ap oe aioe 9 ae e anus mowroad 9p OpHuas ou 98: Ep sieanyn>-sopnysa sop uid. ¥ “aD4 [Bs Op sRIIB SeA}NO wINA st [eer sopepour tus sunUOD soUBtU NO sreRU [s9ESeENEDAUE a sa0h nytoy) seongad 9 seapeoyjar sagbe aeasié sod paarsuodsar * Wu a5 RUReBaaihe SONaIUOD sO yen vUL 2 eae Seuydtossp sexo Uo 21uay v ayUAAy OF sossupt ‘soporssd ap cio} ta Sesenaetp vejadennxa eapuodsorio> WoBepioge ewn op ined v Ouray cra o aesuag CoMIER.OYUOD Op seDIE BETES 1 SOJSPOUE ISINUIOG © seFUEDKE v EUMARADE] EP aso) @ ena] anb 0 ‘se: sung a syeanninsa ‘soanwotidsa so]3pour ap opdeus # ature wansad rad issu OLIeZ9}1] 045) op OPNAse Cy ‘OAINO E[eNSL9 eounu (osmonp red seprzapisuca esay soya, oxo) oped sepiminsur 33 sop 3 w sanbar odinserp. ovbezjouniiowoy,, unt opu S04 apepmiqtesod y us> OU LINEAR] EPEIO[E Oo anuryap © wepnfe soysa ouo> sayeqap ‘BUNS tue] “apeparsos ¥ ETE nso soyedse snas ap 2 sagSuny sens ap opsusaidi p turn 61109 0-3" 4 Sore] seNNO e OUT 0, OSUIEXTEGDY, , nae o “o}UDUIELIESE III Le .counas 0-3 z0nw cup seanbesed apweaii pun 1 8 2s ‘operoypous auMseC 138 pad ‘GOH sysop suoxay Jed OpAnssip 9 ssuut04 tye ef 'sooSeunojsues} sessa woo adel op win nays anbopespsouseip ¢ earsrnosip2: 2uos souRIBHH] sopnyss so ‘pepe res [aie epew> he, S019UD8qNS, soprutoHs sor a1 yaousutod so1xa4 mesodsooul OV doud own tuo9 as stayon tnasared anb epipaut 9 sOJSd OpeIE se SH. [HUK Cy > sapmisa so) ante vy aside nos nine sien) Ved “0g02) ‘eratiaou 159 KOUDIID WS aseq WO auezayecrugen aepmeq duane ‘ursqures "3 = eopyext eda} too socnua w wapundcans ni OU @“OALISTUMLED 98 eotedan no requsa sy wopparyied endiurus tien xoHsp43}1] SOJURUE ESP soe sepece pebdeid setiop ain SoU S3peprezaatun sep soa0p jeoossyy aen3UN-] ezapo jew eH: OSGe JOIEW UP OFsarSUCD Op Jox}UDS OBGENIN e EBB) stawwragy ODaBCE OG 32 FREDERICO FeReaNDES da, pela problematizacio ¢ pela reflenso, Nesse sentido, como enfatiza Jonathan Culler, “considerar tara com entre outros parece uma efetiva e recomendiivel estra p.112). Ainda para ele, no momenta em que a literatura passa a ser tratada como uma consirugie histérica, im debate im. afirmar © texto como u 2 €apenas ine sario” (idem, p. 119 Haaind: outro n6 que precisa ser desatado: o fato de compreen. der a poesia.e sobretudo dizan nas textos analisados. [nso se di porque a estética ngo € averiguada a partir das qualidades neates de um toxtoe sim pela relagio-do sujeito (receptor) como ebjeto, como bem assinalam Jauss (1994) @ Mukarovsky “Estetica” ¢ “discurso palavras que dem ter até wit ponto em camum quando vistas a partir de repre sentacdes poético-discursivas de sujeitos numa mesma comunicla de. Isso ocorre ssbremancirano-cazo da pocsianral em ou cantoria deine de ter, para as pessoas que part um aspect de simples comunicagao para se constituir em u performance, na qual o narrader/cantadar manifesta sta ideologia e identiclude, A fungia estética, qualquer que 3 Qual ela se manifesta, n: la ja se encontra em mes cursive «, diseurso poesia oral como um discurse nao co ifestagiio de uma fungioest. se opie e po. a narragi ipam do evento, sscinde de um posicionamenta ideals gico-diccursive viro balango, ao que me parece, os estes por afastar os estudos literirios da ideologia beletrista y ra delibe necessidade de estudar uéneros marginals, ¢ squs o-est ros marginals. Em dec ala em alguns casos, nos enfatiza ui apenas uma conseq| a0 diiloge com gi a s do escudo “letra”, na qu e que usava para limitar seu didloge france ee dos co srritdrio de Muagao, paraabir-se outras praticas poéticas (como € o eases des es atistas © semidticos, que confrontam a pint i TER Avoze senting 33 ma, a fotogralia, a danga, entre} 15 artes, sua ver, emancipa-se, poi que a caract valor que a poesia excsita npre gozou Lord (1960), Have hor (1990; 1993; 19974} se importante nas cadciras ywue a5 Pesquisas pautam-se por 96a), Pinneyan (1902) o Za © fato de & poesia oral torn: em conta as especificidacles de geragao, de transmissdo, cle variaga textual ede manutengae, Entretanto, nfo se pade negar que 0 mori taiscom Ainda, é recame! terariosorai cordel, causos. similares; texto deat ado ao professor de L trabalhe ésses textos a fin de levar o 5 textos posticos at 1998, p.57). De maneira resumida, & proposta das PCNs aproxima a fiteratur ngua Portus 10 a com is que o cereamn om seu festadas em, © dos di ise do dis ferentes géneros coletaclos oralmente Parametros co, das form cocrita ly (1978, 1981), Havelock |. Sab entro pris ica ja adotada pelos estudos cu os PCN¢ aproximame e port que as manifestasées pacticas em diferentes grupos soriais PCNs déem énfase a outory "yee Ue fweur tind ‘opny ap eure ‘9 asuvuofiad: J onb oursou @ as-ap) eu 9 rang rods eperseuUaps 109 oyeaNS OND OBTEDIUAWIOD ap ore HUN 9 9 roydoaas nas woo eiantp onues pod epworugroute owtey “eoquauiayo snae ap id eur ‘oSucoa ow umes }PuCret euiounstu opd Dope LIN ap oA UpEpESpe: woo ‘wroedss sopSea1unAuloD ap ore opey, “oat ov ‘opessed um ap et b oxsext ae ‘srraochanay sossa: seta © aqua OaRp ss “x0ydan91 0 9 suitid v onb ap ayy op anna sedusiayp x HONING OomnGM pe 36. FREDERICO FEMANDES AvozEoseNToO 37 trugge de ordem superior [..] Poesia oral, em estado Iatente, isto é, préxima a se manifestar. compreende transformagdese associagties, ordenamento e cao, indo ow, no sentido 10 tal come. oemprega Fontana, tornando-se escritura. Ror ee dentro de wma triade: de um lado, 0 st vow, recome a meméria coletivae a indi indo, estimulando, contest no entremeio deles, 0 texto, ral, ao mesmo tempo que comunica 0 “c , presente nas atualizagdesda performance icidade de transformacio pelo sujeito que o comunica om sua dimensio cultu- ecomsuadimensio cri Poesia oral x folclore a ocorréncia de tantas outras reboq bordagem de carat central era explicar @ text Em mu 8 trabalhos sobre poesia oral, tre pontas, pelo menos, marcam presenga na pauta dedebates, As discusses abarcam o py blema da definigao do obj abordag 1993 £1997). Troan isto por perguntas, tém-se: e que é poesia oral? Qual a? De que mane nature rentos? Essus questoes trazem eon, pesquisador envalvide com a ticas ou propor ue r 0 para os estuddos sociolégicos, como fez acerca dos 1a SUD KOMI naqof op wc rsa BoE] ~ 5 -tyenb anb op si ode as sep sauopouspueur 195 pcissod no eytas3 pany pb ,Jea0,, ULL o “esuaNbasuo> OME: “Esp Wa anb soatsendeIp sayeqUus 1D E WMOD 2 RIPNU @ UlOd 25-ureUODEaL unansuo. © wEpn > worpad ep tu HEL So OpoRL anb ap ‘elas No pero PIN|RE wu eID eIsSod EP sawp saodeaydun seu astyeue e epungoude oft: esto [oy 0 “oUF ON “e id vu seunde pruops -uooue opssaudsa ap sorusmuesau 9 vey e anb opuwyppsssr oso eunaesa iani,, #AEUDIALP eosng OpNoeD ‘soyzadse oneNB s3s83 wor 1 aSsaU S]URWIODAT 3 | OOIO|SIO., 3 | je4O., soanalpe soine Q 210)9]9y Op ‘orueHOd ‘9 Sazeyndod ssohpen sup eda AEM ajuEyseg , eI EANFeIA\Y, ap os2u03 SPEPIIEIO AR{OS SoOdeHISaANT Se ea 7561 Wo epemqnd 6po] Wa eyo PeMLEy Ou JB40 PeMPAOHT EN Ed -Hu] uPLAtuoL eHLOUGRT ep CEMAEpAED ‘oprose) EIEMUET “{E8gt) big] op Soavndod soweny ap ordeyqnd w sgde soue oy sven) igiaep opniss tun exesryslqo sopestnibesd ¢ -vpecnejus io opt “eepua] 9 SoHE 9p ea|UEEIEA sefedl sopINgeE Iss soped 9 soupuuofiad eped epeaniiasse “[e10 uissod ep apeproiuorours e fer sugnbasnas outory ‘oeSipnas ens uiaquaey eavandaese osst sol yuoqon0se nesoy-puoNsaNb r-umuso> wo sojuod 1eSen w soSN ISI aopesmnbssd o varas] £32[02 ep 1d ap 9 aarxa[jo1 ouryd ou sou yuetuiad waned yy -ootupeoe o 9 rendad o ants ete bE OguNa oazony ap ownnioy oe Epmiss zOpes! 212 OpoRU! op. ‘sairjnded saaSv oumnoduut a PA LIOM[E STEED Sapo Nyy “SOOTY via septs sestiony sor ‘wpramedenuiay 1 ‘SP Soo8soudxa OED ‘xnq naw b “as-uIEZ Ia" opowi oo jndod sages o ‘eopnupao UND a Nyse ELTaAp [LysOd. urn sazejiad ov eo.nspstrg soqt0> 350] 4e9 ap seouryafoa sens a] “Soqntu sopINUA sopEENOSIp a sopentasaicte 08 st OLALS ap sesuEyapoS 5 siyaed aoa f sassop wepso EN rena asaya w amb zaa ein en LC. TSta Op sazvndod sop s2aene wenodar as anb a som ely onb op ‘oprjour op 2 oprano whos ues reag Jeanypa orSeuroy exaydu upuodsar ‘sestos sean aujus ‘stod ep sooteombur ev ‘oqusuoM 6 © R225 ap Wy wid“, LoseNUD>0u sa Haas ODADAS gt 40 reeverico FeRNANoES, cido na obra cuscudiana, feratura escrita. idackee a pe mentares que deslocam a ques! indo a recorrénci iso cronologica’', © que dificulta a fixag3o da expre no tempo, Desse modo, a presenga de texto oral passadista persisteno presente leva perda da “autoria””. Segundo Cascudo “Natural & que uma produgéo que se popularizou seja folclérica © povo torna.se 0 grande le eo cantador ou 9 contador & abordado, com 40” ¢ “agente de transtormac! mas sem 0 enfoque as circunstincias sob as quais o texto oral era cial pelo qual era possivel contras- tar as variantes, o que a tornava menos um ato de sens esta lbgiea, os folelor projeto de “resgatar”, “preservar” ¢ at brasileira do esquecimento, Em decarréncia disso, trim valorizagio do cont do emproge que dele faz.o narsador ¢ dos sig tuais decorrentes de atualizagdes, O sentido de um mito, por exe plo, para quem o narra ou para as pessoas de um grupo, ¢ me mportante do que suas manifestagdes, aparénci as, que podem st corresponde, na vi o de sucesso eros ica que visa e: AVOREOSeNTEG 41 car um tent no ho presente camo tepet no passado. As transformaca. ou estudadas co: mnificacaes de ginal’ gozow ese em duas frentes — pela teratura oral impressa", Em suas palavras inhos impresses, novelas, somances em versos, livros rel tes, servindo perfeitamente para a curiasids P.192), registeas excrites de manifestacées popu vor do cordetista, com todas as suas implicagdes antropoldgica expressas. Por ute oN Gedxpen ep owso3 ua seyreanjnns syequia 6 a1ies8ueN penb ov ‘sreaoday srawiog t epnle wSusuas ess Fup E ward uOTSHS OPH nea pYA >] SOp saneaye E>IgIpoU! 3s, ANP] WHI JOUSMCNS up ons Jasqo-ogu p BHapuodsar205 wpELUaTysa ‘Opry enne-s0 mpxoy SOOSROEFIUSS su ORY op tui) © ‘waBLe © wezyyeurs anb sajanbu sodjeozad sows amjquup erpssozou 9 ope] umn sod ‘oy UEWUD ony “oon, sod opessed un oy2jduuo tod opuesoust uatutias -10 rysaod ¥) 0 1 O8 JeaIper eanysod yLAN apLDZAp ORY ye Ons ap cyUSUICA OU [10 FIseed ep aeauDy yw stioUBy aod equon 2 ‘apepife nas a syeso Sonu sep opt: sea © 3 apy ene Fol wodeua} | opsu2oiduioo emu Epes “eSERD,OUOIS WispIe ewnE 1 O48 WIR ap Lay 8 wo eats Lop uta un of lutas ‘opessed ou oyun HSHORAT Et ne egape» seam eprogiom seb Go Ahnu ob econpin ee ws usa sep0p02:1 ways “aszan Jed ‘ano opesved au eySerns tame sun 2p rere i pips Ol {cis 6 ed pprin.ap Se-apuaonlinyy wemmnensme WEE 091 40d nO waliLs0 ey shoe tod opep oluo.3eIp oyuoUNruereaIp @ Yseag au apepE|EsO IOI seiinbsod ap oduiea ou apuasieoas epuce # iapgqard wn. auqos cessing Sip © 2Zn po. eed seusde aioe “upamade eeu e54j}49 enn 9p ces cusjod e wuss ‘eu suor 9 euPIpnosee suaiiepioge sep anijeur BiuoIDUIS Wa Jes else0g Ep OauNas 03700 ¥ SOEpEpIs wes apttes. sepd ad e sepemol « seBuo] gene eA > uber 2 soxnq opur OpEEp oaLLoNyUO Cy [eto ona Op ontsanasip ongod op jar “stuade “no su: its © ward sepoua.xua uins “se19U9 wenb s: apranb optiodand © seysy paenpardcs saith soyueun2op 8¢) “seSod seuanbad 01 1A ap SOLES ‘opMaugas ‘2 siwUIOL ap ¢ ap sopnise 'sriagaurap somg ‘sere ehaqea-eaganb 0 sodur 2epsoueyD ered 9..128 ‘ORyUD "wyLLIe 3 lof Y -oppmOUB OR: ens ap tenes tod yey oweysayueu peLeE j) aagjos easth ap quod wn zea onstifos um. anb a prsrooeap 36d op onnquy ou sepetoad gens sw aieu Ui SoH LUIS ap e-opue re. op ptue resnod © aesepsep us squautod 1A80 Oy sens stpo rowenuas oDa300 2p A FREDERICO FERNANDES cia seria a nig a da teadiego, sem sequer percebser 0 seu pete nas falasde um tempo recortado, A identidade, continua transformagan, ext em c to, como passado, Em fungae disso, das potticas da ve va. A identidade de boje depende da meméria e do pasado. Na perspective mesleau-pontyana, o pret deum corio quee prendeaa pasado. L smo estando em, 2x80 com a membria ¢, portan segue o-mesmo fluxo que a Catualizada pela mesmo mecanismo: arrati mprea ponta ovela sora wm fie trans lo em torno do eixe parcee uma i aro que a sentenga de Merleay-Ponty eemunica. A e que camadas do fic transparente vio 5 sem que o passado fique totalmente apagado, fi turvado. Sua construgae se-da em etapas que demonstram aspectos fo. Assim, se 0 fio transparente erenciados de uma transforn for grado em torne da eixo, o novelo se amplia e sua forma n ma idéia do q) era o novelo antes. Cronologicamente, © pre: deve se diferen ciar do pasado para existir, ecomo toda medida estipu {no passade) do qual deve partir, 0 ts imagem congelada do novelo na esté ve referindo.a uma seqi ‘pois sende-o fio transparw alos. Assim, o novelo no movimento da fie sabre si poral e, paradexalmente, suas translormagoes geram, mais a meama. Mas cada volta do fio permil po Gaparentemente 2, 0 passade o vaza em seus multiplos continua transformaci nos ¢ representagdes de fendmenos que se fazer vivot a08 mente do obsee dor num mesmo momenta, Basa nagio possibilita eoexistentes, alge pt por exemple, a concepeio de line sii Gio da poesia eral se durante a atualizagio; e va, em sintese, gua intrivads mento da voz, 1 mmétodo: pantilhado —o sim dda; “simulacro & aqui um vor na palaw wusliryauscultados sao as see investigado, com a finalidade de cay alrite entte fendmenos © 05 valha fc cronoléigica € vai de encontre 4 n diacrinica da poesia oral to sincrénica ajusta-se, assim, a uma bipolar tanto pade circuinscrever-se ao ponto extremo da novelo, ow sea, presente, como € o cabo de levar as discu situando os Fenémenos no ambita de s Io cw ele presentes, procurar ‘eona ddescrita, ou corpora cad: ele tensives (venti | nao preci sa, necessariamente, dar-se per uma via diacronica, Alias 1 pelos s ade: capt produz incronice que o pes: pretacio. Isto Sp risusuio.9 © urepurassjos sopauiss seyuasopip reU opepranuioo epep euin sod a) x9y faerie ageing urtao,, ope Op ceded ee echagcoep al cae Bia en pris ay uavaua oma op winbe a1 eyuenbus aflins ayuewes ¢ onb ura ojreUNOUL OU ((s)>;UIANO (S90 8 soperieu o anus sapbe[aa ‘> a}s!) 20 ste wernserd sur '3)s0 U9 On | -p2 2028s 39p tidyeao a sobreswucessp can enrhiofind nies pope Kopin a9 S5ES ea paler abt nos un ais ajasel amsiod’s elite op annoon. samen Gysettem ayqosd eu atidur anb “smo suo Sv aIqOS sopeyUOUL SoRINDS|p ap RAURIRAIP & 93 208 ‘SO)UEWOJUI Sop mafieproqe ap sopeisuazayIp sods sou win sod o}19) apnbep 2s-emuepsip eystrop2poy Wh 10d op ON SQUNSIP OFF aiajo 0» orains © anu ssode[ai St @ sopuawut se “sosanarod 30 ‘oussau 0.136 aoaned oF ua opeypsas owenbus ‘ag -1e op ‘oflo} op “w1z3) pp “enge ep “sa8 09, Pum aseq wos *, ow, aud e “ezado wanb wis ouson ‘os9) ut onsr 98 O Zep wan eanpodsiad wwin ap onusp “ezrue$10 a anai2suER app anb éy canna 0.3 zonW ea as eiStIO[ Oy Oo saluefeEA sojad operoqe|s Exess ef OMEIUDAUL 0 's028 sty “osod wun ap souawugUa} 3 SoyalqO SopeLAEA SEPLA sO SOPH uo2 e159 anb ursorbersop ©: uso Fe [op oarqor ends Paap noe 104 Pe seadea eabatn vt tata) aja aod st a saruefi seine 98-9pod opuut 9p ‘opnasecy eIEUIy o8e ‘ofas no “reqndoat »O 1g sm9¥ eo aNqUA eepeNUOsUD se [p20 8) 2pepryese ep sopesants -sod win opuenb ‘sen aod eso opepreuts renés “soyjous mc) “exo ws -aod wu opsssarontt ropesinbsad ojad sepriaidiayy ops ayuacie ania sdsund {epusyus en 0 qo *seNt “eMpeRardtua 458 owls tiosap saqtiay sesso a3 9 OFU ‘ase> axsoUl “epeioqe| Jos arysonb \y oduie> ap esinbead v a1uemp sepeniay9 sex2qoo sw UNeepyEdsar seseotdan S90}, se ‘asst oyUENbug“ze[ndad wany[n ¥ Y-opUEsy ace 9 e of ‘seanwjed sen 1 ous jes ems ub} 3 o2otoy ap opep ia] o2Etu;BOUT> TL s40d Op “sou aNVUS “a0 ip ued opucad ofune ° uuinu 2seq woo o>uELIeIp oyuae9 onsiBo3 nos © yanb *, oxsPynU aisnfe win e “uns seus ‘obedse ow 2 oduwey ou ootuodouts uin ¥ opuapssoad eLeasa of af ‘osEaxy o unIsse as sted “ayuasand ou wypjos v3 wyESSa op ranged osum w wos unlesly -g1acaad op ssgdepmbur 9 somrnuepoduras sow ode Stonrneas oowsor4 gp 48 rREDERICO FERNANDES AVOZEOSENTICD 49 A problematica das variantes gricm apaga a presenga A analice de uma varia Pagan. ch oral, para n: cair na compa- en em deve partir do pressuposto de que o sujeito que a patopsias, expressies faciais), 0 ndas de importamentoy, Istg quer dizer que, na nazrativa.on ; pelo repertério de Sria farmado a6. eta, através de diz que", quan- - ; : dg Cie que! la continua atwalizag 3, 0 que requer a de terceiras, ou, dirétamente, quando texto, Isto. quer atribui a um determinads fei eno Uma explicagas Milica, ao la propria trama que engendra e, pel ida, a partir de sua cultura oral local nando de narrador ecorte.cam base nos tituidos da memeria o ras pessoas, Nesse sentido, uma dase: no marrador é a sua capacidade de “tr com sua comunidade al pode ser aplicada neste casa, permit ssidade de representagio simbdlica, a iva. Por isso, 0 repertorio de historias constituido so longo de uma entrevista nao se esgota na histdrla de jai com base em histé- ments objeto eae 2p owuntucd 0 supnbuy, eu 01 TOMY ope ORS YY oth PEa>! Y apsmowaud ones BuMgELEE Pp z oxnyy ope - ese ape epeytury] soz9A aod “2 peusumsop “nox eHorsIY FUN OFT [NEaT UUEOUE BLUR ap oN’) “ened sopxay sassop (e130 de v ums1Bua9 sayaqan 6 “(226 1) OPI ua 98 urapod 324 wou enews 0140 n CO} EIN op eqUDUNLAROAUDSSp Oo JeyURddEODe as 26 “oUEIaTUT, nas Op so-opurdsap ‘O80 ‘> wpuay pun sy 2328p tonb) soosuny sens eropdsopu up ude # apuay ORO}OU anb oj Nbe epny sp "else NO) apHued op & 9 ve ]2eAsB B OPH! ‘oss! sod ~ g]UEANO/JopeszeU soeSela sup SIL sad ep p Ex UOOUD a9 wp SELL mea Sop-oyes93 0 e~ Ginp ene 9 eprenpad 9 ‘eotuesaerp eotfoy epd ‘aluenea © (7A 0H saypeap op no rapes euLIOy ens ap sagse {nut eejad Ee fonea2 0 Jaqaa.od vorduum oss] ‘oyusiION! OpEUIUUZSIOp WNW db tun op oon sod OpESyIURS o akLIXo opueTUn) ‘ooageP OAT soonigHUR Soy7G50F SOTRY Ges (4661) sonep Haqoy suepy ns otti99 ‘amb 29s oft ‘sapxaquOD $0}199 La OSH MO CESUNY ‘OF ras op opsuaoadqsos v eed inquiuics Gonod “zeauy oclusn ‘yexoonxay um apaoiSojeauss opm C (gs-oF d“zgad EUNETL XX 97NI28 op sept 1o3-oOULE HN op susMieusaLS seu sod od 283) —, e318o]-aud,, o1ujootdex win & ‘sose> sundie usa ‘so-Op UE gnbiv so wespenbuo ‘oanajo> oqusureuersuousrpos aquapiaa > fenp, opnpuco ‘,,waieaps ojumsuad, wn ap pu a2ej UAOD GOpdisodsIp sessz] “ef rMtusUENDS 9 mp gqav04 ered ap sag’mpuncaicdaz v soy So 3 SeIMqEy SE WENT | 8 ougnpne op orScsodsip ¢ Aarpur op oe! uaquon nas 491 ‘opm op arn anb 9s-apuay ‘waroascl a enyttr op e2u938 seorSgjadonue 899%) ‘epeztenge ass exed euro opeyeay 198 v ussed 3 wDAaz3et Lg omunas Oa zoay SBanvivess O2W3034 Og SZ FREDERCO FERruANDES personayem ¢/ou a repeticao de temas em diferentes contextas, in. ndo comparagdes com personagens da clusive sug verstl, Por exemplo, na-caso do Saci, escreve o folelorista nuita dorumentagao sobre o Saci, arigem e modi il eslanial nae 0 re XIX ou finais do antecedente, Conhecemor aves com seu norte ‘carapacuvermelhow opilews romano, ¢ js Petronio (Satyrivon, NXNVT eaiatrava a ciendice romana do piles do incubo dar riqueza ag arcebatasse, O nexrinhe buligoso, visivel ou invisivel, trogande de to dos, aparece no foleloce portugués, Os elementos do Sac as do E Jos melhores tipos de conver bas paragens © O fea gem mi ao de que o saci € 0 pileus romana, encontrado em ent aponta intimeras variantes em torno dda persona do Saci. Um panto que merece mais atengio €4 afirma afirmay nit oY gis n : nhadas numa ardem cronol medida que cen| texto “aeabado", pois ne atenta Jean-Noel Pelen, a abord dicional” dos folcloristas considera “o material falls 3 acabado © produride fea Camente externoa qualquer contextode produgio ede significag (2001, pst) “Para que a narrativ ficativo, énece seja exploradia em seus foce para as relagd nce. E sob esse aspec © (1988, 1990, 1993, 1 tares-ouvintes qe se Vivi Edwards e ‘Thomas J fevontes qulturae gray oo de uma performance, respr repetindo tevchos da fala, aprovanda O performer, em alguns casos, poste receber aprovaga nao ser contestacle ¢ se saic bem na performance, peli tico, Ope do certos preceitos ¢ referenda pritica adgui eo coMpo, pelo 0 auditério ow ten: algumas das estratégias ¢ doves de histérias assistidos e+ nidade narsativa da qual sos, isto quer dizer aus ss forte com 0 ouvinte, oc FMOS Pre um vinculo mite ar fom sjon euun saqasuo anu so ‘Poun) .2senucoe nb o.aqaoued oe ogy penbe son semis 2c ompR owwaedore C“} ‘uum aver] oun eo) ‘oaprapsoN pppIOD up exsupore> poo siqos worse ure syurizes ep auadeoa © apna wi gy anB uxD -oKfeeRL DHDU PIDADY San, SSNIDL ants AIMED SE) Ga oe Fa Saou sense sep sev O-}opuo> wer PuyERAEE) fe aun op ovdezt soxo1 9p OBof tn rod ag-agduoy ayuniae s # “omt Jeogsad 27}0uH LN ep a on op ebusssad © sopeneu o anb wo ‘opt 10,4 ‘opeaio ae opvoap eaed eyurues \yipour oxSeuderd Md fo BpEpIyENILaa|ML VUE 419) ©) ‘SeOH}H soo Seyusssador se EMUTUE snb > oem pen e aejnasD zy enb eonged zoa,, ep epeynsar zinews yy -{srenixay a peamynsor0s eotiiofospr ‘watbiojaocsd wapse ap) seusap seIAUAN ENE se AeAT|ST ahb o ‘wanted speprunuuo rursour etn ap Seossod ante 19] ap S0ysa5 ap ran Pad 9e-EP ~aENAsuED & EPATe ‘oduIa) oUF -s9u G8 “anb 9 appa as Jopezmy o eNb op “80) Ka) ap oxeMfuad o ‘as Sip EIUsZODSp Wy (gy ['d ‘vain ap neSeaysuauy no orbe: saidaos 3s asyyeue epsou pol) ,.SUEISSIPeEeA exw IMSS Dap ep 498 nase epurE *o 2S yg. zEnEM sanbao apepy enysay 1 tun 9 eayenye 98 gab a SIUELIEA eA HULIN ap OYdeLOqEl> BU APR OL aod stoavsuadsss sremy]no ‘opejnsnse enuosua as sled ‘oon 9 ontsnpoxa rae ap opriuas ott 99 baunas o a zonw uy fet0 OF UN ‘opeLL assaq] ‘oduIED apr Soprnrstuos o)9) ap cerun ep anand & oeteues e aynasip seu ‘ste10 s01N01 So ered, ztmeUE, PUT. ap es eu ened 95 eqn ausau raqjoo as anb ayaruies ap: gba a al) “OFEAL uIn as-eua w m0 - dun apsp.cne isp v essed opuenb o]-38 ap ex op taeayennt ono wine uguawep eanoedsiad ex es Sov oqugasuts expaadsiod emu “ompr op suet ote pnb wists Ws puny Sep se-uurDuaranp pide Sinneny manor Seat enge sens pe tara rita) OouEISEEp KEI pie op HUMIOUIS Ho EaTUOIDEIS MISSEPIOE © ELS 20 eanyynig eusn ap edyousad Wy HOI oau! “Ws gues (RO 0) pou o ENN ASUND sasEN4 P sopnuss yp anb ef ‘uoui| win seus ‘ousodoad zonbyenb wos seuoasty ap ayutano wn seu aiulane nid eit 3e-WArnOy a ee ade 9 apn ef openea cy Tee oekepen eu Epo aAPWALELDE LEHI op sompion 3 1 sonurupe “9 ( aa) neva opruas a sane wisisam Je apepraner9 elo) sop19] wen Lb as esqopenp ayaAne O ssanynes sos PS ; % distension ae 56 FreDERICO FeRmANDEs Os papéis do narrador Onareador, ao atu: 0 na cultura oral: narra, + sensivel incorpora a voz da comunidade; ouve, troca experiéncias com outros narradores ¢ absorve as histérias que Ihe contam: ¢ eria, torna-se 6 responsével por canstituir um sentide para 0 que ouviu, bem comé por atualizar isso com significantes e significados di ao narrador come pri E eleque empresta voz ao texto atualizado e, enquant ouvinte-leitor, eecebe 0 que ouve por uma “indeterminagio", oq we passibilita também “criar” imagens, reconstituir fatos, abjetos coisas das narrativas que euve. O narrador, além disso, levando en conta as fontes orais trabalhadas, apresenta uma identi 7 faz pantaneiro, e esta aloja-se na suanareativa de modaa fortalecerg individuo ser um criador ne ato de atualizacio. dis identidade, que se constréi através das entrevista observar uma necessidade de sobrepor os valores tradicionais em rela! moderne ("“o pavo antigo era um por ~ afirmou seu Silv estudé tanto € od sei st existe. E tirada da madeira pectos, entre os quais caber (em que 6 sujeito menciona técnicas de transformagie dj edo “como ser" (que institui, entre outras coisas, non Avozeosention 57 scurso cuja outros ros, iga diferen, medida que textos orais com aspec textooral pade ser mat vez que se alte ages socioculturais que a po qual Ajetivo que caracteriza come pertencente a uma deters regio; pois um. 0 se define c jo ao ser reproduzi 5; Fungdes e motives quase idénticos num outta contex ada {unsla uma identidade. qe neja 3 ewer seqéncia Basta pause 9559) OpERIEU © 21.05 son seu op 0 10) ‘opewou eu PUAN TEQ IEA “SEA ‘no osea20xe asa JAjoAUacap 98 OWES wayUOLIDC] wong s9uKe WISkeproqe w apiaay Hy “ean sodse op ways exed ‘sey ‘etn ap orsuaaidiues eu epn ‘orteme ap odures 0 }QUSPE stersusia}sa § copseudissp © irqosss SyPk0 spaypairu se x huop seduaiaytp se se. esinbsod ewsop o19k ssn ‘ompasae “ORxoyyn eye epee saeprs oquenbus Epa oWwoa ef 9 veo afb sow) so FeuMOFSueN 80d , 4, 31U9p ‘ofSezifen ens 19 opepmyso 10) ONERE 9 edegnisen wp "[-P pa Sp TANS ezyeuaad noe ossnosip au seuade zerdio swossad ©0 a “opeparoos un w ayy eoysafhe ou 0 Brum sopesieu o¢ sysyuc 0 eysood ep wszes saucy : poems vy -peisadse sn jpuias osanostp tur wroyuavarde ‘eaneneu apepmr qiqssed oywenbus wsquiey 394 nye anb ou 66. Counas 08 zonw BONNEY OONRGEH gg

You might also like