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Rio de Janeiro:
Revan, 2012. 126 p.
Outro autor que vai de encontro a tese positivista, mile Durkheim. De acordo com
Batista, com o socilogo, a questo criminal muda de panorama e o delito passa a ser
visualizado como algo normal e necessrio para questionar a efetividade das normas e a
reao da sociedade a ele geraria a manuteno do coletivo. Essa perspectiva funcional-
estruturalista responsvel pela ideia que acopla o desvio limitado como agente da anomia e
desloca a compreenso do normal como comportamento habitual e o patolgico como a
ao atpica. Os estudos durkheimianos desvelaram a existncia de subculturas pertencentes a
grupos no hegemnicos, que produziam comportamentos considerados marginais. A autora,
referenciando Baratta, elucida que a escola que essa linha foi de importante contruibuio por,
entre outras coisas, apresentar o crime no como escolha individual, mas como consequncia
de condies sociais, cultura, aprendizado, etc.
J pelo aspecto marxista, porm, o direito penal seria um discurso de classes utilizado
para legitimar a hegemonia capitalista e a criminologia lida como uma demanda por ordem
do contingenciamento humano, como cincia do controle, que envolve termos como
dominao e luta de classes. Neste bojo, o processo punitivo estaria intrinsecamente
conectado ao controle e disciplinamento do mercado de trabalho e ao sistema de produo.
O elo entre priso e escola traado e se aponta que em ambos h uma srie de
cerimnias e regimes de degradao e desculturao que lanam por terra proposies como o
da humanizao de penitencirias por meio de mtodos de resocializao, reeducao e etc.
Nesta linha, a justia criminal e o poder punitivo se convertem, portanto, em um instrumento
para o controle da ilegalidades populares, sendo essa a real razo histrica para o qual se
constitura a priso e o sistema penal.