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Tipo de Documento: Orientação Técnica

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Faseamento das Redes de Distribuição

FASEAMENTO DAS REDES DE DISTRIBUIÇÃO

1. FINALIDADE

Uniformizar os procedimentos e definir critérios para a elaboração do faseamento das


redes existentes e propostas, por ocasião da construção, reforma e manutenção de
redes primárias e secundárias.

2. ÂMBITO DE APLICAÇÃO

Distribuição

3. TERMINOLOGIA

3.1 Circuitos faseados são circuitos em que os vetores de tensão possuem o mesmo
sentido de rotação, o mesmo módulo e o mesmo ângulo de fase em relação a um
referencial comum.

3.2 Circuitos rotacionados são circuitos em que os vetores de tensão possuem o


mesmo sentido de rotação e o mesmo módulo, entretanto não apresentam o
mesmo ângulo de fase em relação a um referencial comum.

4. ATRIBUIÇÃO TÉCNICA

Compete aos técnicos de obras dos Setores Técnicos / Setores de Projeto e Obras, a
elaboração de diagramas trifilares.

Esses diagramas trifilares devem estar anexados aos projetos e devem conter todos os
faseamentos das obras de extensão de redes, interligação de alimentadores, novos
alimentadores, bem como indicar as fases que devem ser interligadas nos “flying –
taps” , pontos de manobra etc.

Compete aos eletricistas das equipes de manutenção de emergência as atividades do


item 6.5.

Compete as turmas de linha viva a realização das medições de faseamento das redes
primárias de distribuição.

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5. CONSIDERAÇÕES GERAIS

Tendo em vista que as subestações existentes na CPFL apresentam diferentes


seqüências de fases e transformadores com diferentes ligações dos enrolamentos
primários e secundários, não é possível estabelecer procedimentos padrões que
possam ser utilizados em todas as situações. Assim sendo, pretende –se definir
procedimentos que visam manter os circuitos faseados, onde isto for possível. Onde
não for possível, deve-se pelo menos manter os circuitos rotacionados.

Esses procedimentos serão baseados em medições e observações do comportamento


das cargas no campo.

Para a execução da tarefa “Instalação de Jumper provisório nas redes secundárias”


devem ser seguidas as orientações da atividade 2.44.02- “Jampear/interligar setor de
transformador” do anexo III -1 da OTD 572 – “Técnicas de execução das atividades de
manutenção / operação de redes de distribuição até 15 kv”.

Para medição do faseamento primário seguir as recomendações da OTD 526 –


“Testador de fases”.

6. PROCEDIMENTOS PARA FASEAMENTO DAS REDES SECUNDÁRIAS

6.1 Quando for construído um novo circuito secundário, não há a necessidade de se


observar a seqüência de fases.

6.2 Quando foram executados desmembramentos de circuitos deve-se observar o


sentido de rotação dos motores trifásicos dos consumidores ligados ao circuito a
ser desmembrado, antes da instalação do novo transformador. Após a instalação
do transformador deve–se verificar se os motores estão girando no sentido em que
giravam anteriormente. Caso isto não aconteça, deve-se proceder a inversão de 2
fases quaisquer, no ponto de entrega do consumidor, com a chave do consumidor
aberta (sem carga).

6.3 O sentido de rotação dos motores trifásicos pode ser conferido em apenas um
consumidor. Entretanto caso haja a necessidade de se trocar as fases, isso deve
ser feito em todos os consumidores trifásicos do circuito desmembrado.

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6.4 O procedimento descrito em 6.2 pode ser substituído pela utilização de um


sequencímetro para se verificar o sentido de rotação do transformador existente e
do novo transformador. Neste caso os circuitos estarão rotacionados se a fase A
do sequencímetro for ligado aos bornes x 1 dos transformadores, a fase B do
sequencímetro aos bornes x 2 dos transformadores e a fase C do sequencímetro
aos bornes x 3 dos transformadores e o sequencímetro mostrar o mesmo sentido
de rotação em ambos transformadores. Caso o sequencímetro não mostre os
mesmos sentidos de rotação, então deve-se alterar 2 fases quaisquer dos
consumidores trifásicos ao novo circuito.

6.5 Se, durante uma emergência, houver a necessidade de interligação provisória de


um circuito secundário a outro adjacente, os consumidores trifásicos pertencentes
ao circuito defeituoso deverão ser conferidos, para se certificar que o sentido de
rotação de seus motores estão corretos.

Caso o sentido de rotação não esteja correto, e seja necessário manter o consumidor
ligado, pode–se fazer a inversão das fases na ligação provisória, tomando–se o
cuidado de fazer as ligações em lados opostos do poste (por segurança), conforme fig.
1.

Fig.1 – Ligação de dois circuitos de transformadores com inversão de fases

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Caso exista um único consumidor trifásico no circuito e for impossível a conferência,


esse consumidor deverá ser desconectado da rede para se evitar que os motores
girem no sentido contrário, até que seja regularizada a situação de emergência.

7. PROCEDIMENTO PARA FASEAMENTO DAS REDES PRIMÁRIAS

7.1 O Técnico de Obras deverá entrar em contato com o DO, para obter informações
referentes ao tipo de ligação dos transformadores de potência envolvidos, sobre os
sistemas supridores das subestações, sobre a saída dos pórticos e a possibilidade
de operação em paralelo desses transformadores, sejam eles da mesma
subestação ou de subestações diferentes.

7.2 Caso as fontes de potência das subestações envolvidas sejam oriundas de


sistemas diferentes (por exemplo: uma SE sendo suprida pelo sistema de 138 kv e
a outra pelo sistema de 69 kv) ou caso os transformadores de força sejam de Y Y
grupos de ligação diferentes (por exemplo, se um transformador for
Y e o outro
for ∆), então será impossível se obter os circuitos faseados e as ações deverão
ser dirigidas para que os circuitos fiquem rotacionados.

7.3 Caso não ocorram as situações descritas em 7.2, então será possível se obter os
circuitos faseados e as ações devem ser dirigidas para esse fim.

7.4 Em redes primárias nova, com trechos sem possibilidade de manobras, deve –se
seguir a regra de ligar sempre as fases que estão do lado da calçada em ambas as
ruas das esquina, conforme item 4 da página 4.4.46 folha 2/2 da PT 122 ou item 4
da página 4.4.47 folha 2/2 da PT 102.

7.5 Em redes primárias novas com possibilidade de manobra:

7.5.1 Caso ocorram as situações citadas no item 7.2, deverá ser utilizado o método
apresentado no anexo I (até o item 4, fechando definitivamente o “flying – tap”)
para identificar a seqüência de fases que permitirá que os motores ligados a
ambos os circuitos girem no sentido correto, no caso de manobras.

7.5.2 Caso ocorra a situação citada no item 7.3, deverá ser utilizado o método
apresentado no anexo I para identificar como deve ser a ligação do “flying – tap”.
A medição citada no item 5 do anexo I é obrigatória para se certificar que os
circuitos estão faseados.

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7.6 Quando ocorrer a troca de condutores da rede primária:

Anotar em um diagrama trifilar a disposição dos “flying–taps” que serão desfeitos,


assim como a ligação dos transformadores de distribuição, antes da retirada dos
condutores antigos.

Usando um sequencímetro, marque o sentido de rotação em um transformador do


trecho em reforma.

Após a instalação dos condutores novos, certificar–se que todos os “flying – taps” e
transformadores foram ligados da mesma maneira que se encontravam.

Usar novamente o sequencímetro, no mesmo transformador e ligado da mesma


maneira que antes da substituição dos condutores. Caso o sequencímetro, gire do
mesmo lado, a ligação está correta. Caso o sequencímetro gire no sentido contrario,
significa que existe algum problema nas ligações e estas deverão ser conferidas e
corrigidas.

O uso do sequencímetro poderá ser substituído pela verificação do sentido de rotação


em um motor trifásico e após a substituição dos condutores.

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ANEXO I

MÉTODO PARA DETERMINAR A SEQÜÊNCIA DE FASES DA REDE PRIMÁRIA


ENTRE DOIS ALIMENTADORES

1. Primeiramente, verifica–se se os transformadores de potência envolvidos no


faseamento são do mesmo grupo de ligação e estão alimentados pelo mesmo
sistema supridor.

2. No primeiro alimentador, em um ponto próximo ao que se pretende fazer a


interligação, define-se a fase ligada ao borne H1 de um transformador de
distribuição como sendo a fase A, a fase ligada ao borne H2 como fase B e a
fase ligada ao borne H3 como fase C.

3. Liga–se um sequencímetro ao secundário deste transformador, ligando –se a


fase A do sequencímetro ao borne x 1 do transformador, a fase B do
sequencímetro ao borne x 2 e a fase C ao borne x 3 e anota–se o sentido de
rotação do sequencímetro.

4. No segundo alimentador, em um transformador de distribuição também próximo


ao ponto de interligação, repete–se o procedimento de ligação do sequencímetro
ao transformador (item 3). Caso o sequencímetro gire no mesmo sentido que no
transformador anterior, então , a fase ligada ao borne H1 será chamada a fase
A’, a fase ligada ao borne H2 será a fase B’ e a fase ligada ao borne H3 será a
fase C’. Caso o sequencímetro gire no sentido contrário, então a fase ligada ao
borne H1 será chamada de fase C’, a fase ligada ao borne H2 será a fase B’ e a
fase ligada ao borne H3 será a fase A’.

5. A seguir fechar (provisoriamente) o “flying–tap”, de maneira que, no ponto de


interligação a fase A seja coincidente com a fase A’, a fase B com a fase B’ e
fase C com a fase C’ (ver fig. 1)

6. Na chave de interligação medir as tensões entre as fases dos dois lados das
mesma A – A’; B – B’; C – C’.

Nos caso onde as tensões forem menores que 3 kv, significa que a seqüência de fases
estará correta e os circuitos faseados.

Casos essas tensões tenham valores diferentes, mas pelo menos uma delas seja
menor que 3 kv, deve-se medir cruzando a tensão entre as outras fases.

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Figura I-1 Fechamento provisório Flying – tap

Por exemplo, se medição B – B’ for menor que 3 kv deve-se medir as tensões entre A–
C’ e C–A’. Caso essas tensões apresentem um valor menor que 3 kv, inverter as
conexões no “flying – tap”, entre a fase A e C, devendo ficar como indicado na fig. I-2.

Figura I-2 Inversão do Flying – tap

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Note que, caso não seja a fase do meio que permanecer fixa no esquema acima, então
a ligação do “flying – tap” não estará alinhada, ficando como indicado na fig. I-3.

Figura I-3 Flying – tap desalinhado

Nota: As tensões que devem aparecer durante as medições estarão:

• próximas ao valor nominal do sistema, ou


• próximas ao valor da tensão nominal do sistema dividido por raiz de três (tensão
fase-neutro do sistema ), ou
• próximas do dobro da tensão fase-neutro, ou
• próximas de zero (nesta OTD adotou-se como próximo de zero os valores
menores que 3 kv).

7. Nos casos onde todas as tensões forem acima de 3 kv, significa que os circuitos
não podem ser faseados. Nesses casos deve-se apenas manter os circuitos
rotacionados.

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