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Introduo
Nem todas as cidades conseguem gerar trabalho novo, mas, quando o fazem, tornam-se
cidades dinmicas, que podem crescer via exportaes (criando novos mercados de
exportao) ou via substituio de importaes (visando a mercado da cidade). O primeiro
modo de crescer a expanso econmica regular; o segundo, o surto econmico. Um surto
sempre acaba, geralmente como sequela da dominao (monopolstica ou poltica)
derivada dele prprio.
Para Jane Jacobs uma cidade no apenas uma grande localidade, mas um processo.
Jacobs, alis, defende que o comrcio est na raiz das cidades, precedendo a agricultura, o
oposto da viso convencional de uma revoluo urbana nascida de excedentes agrcolas.
Peter Taylor, trabalhando em cima das ideias de Jacobs, desenvolve a conectividade das
cidades, argumentando, por exemplo, de que a relao das cidades com os Estados formam
uma trama de cooperao e de competio em relao riqueza, bem como uma trama de
proteo. E tambm que as cidades no surgem sozinhas, mas em pacotes, tendo o
estmulo da diferena de recursos/produtos como fator de amalgamao.
Taylor reconhece duas formas fe produo do espao social: o espao dos lugares e o
espao dos fluxos. A teoria dos lugares centrais, mais conhecida teoria que estuda o espao
dos lugares, foca-se nas cidades e nas suas relaes com suas hinterlndias; na hierarquia.
Mas a era da globalizao propicia uma horizontalidade nas relaes, tornando o
espao dos fluxos determinante na produo socioespacial contemporneas (numa rede,
cada cidade depende das outras). No primeiro escopo h cidades locais; no segundo,
cidades dinmicas. Pode-se falar, segundo Hall & Pan, em policentrismo nesse novo
contexto.
HISTRIA