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4. Que atos ou ações exatamente podem ser caracterizados como crime de ABUSO DE
AUTORIDADE?
Apenas os previstos nos arts. 3. e 4 da Lei 4898, de 9 de dezembro de 1965, que
possuem as seguintes dicções:
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j) aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício
profissional. (Incluído pela Lei nº 6.657,de 05/06/79)” (g.n.).
5. Dos atos ou ações acima listados, quais podem ser, em tese, praticados pelo
Auditor-Fiscal da Receita Federal no exercício de suas atribuições?
Da simples leitura dos artigos trasladados, verifica-se de plano que muitas das
ações não podem ser praticadas por um AFRF, por não constituir atos de sua alçada. Por
exemplo, as previstas nas alíneas d, e, f, g, e i do art. 4.º, que somente podem ser
praticados pelos Magistrados, Delegados de Policia e Carcereiros.
A fim de visualizar as hipóteses em que o delito pode ser, em tese, praticado por
um AFRF, reproduzem-se abaixo algumas das tipificações de atos que podem
eventualmente estar relacionados com ações de Fiscalização Tributaria Federal e
consignamos exemplos práticos e, claro, hipotéticos.
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Se, durante uma operação de fiscalização aduaneira numa zona de
fronteira, por exemplo, um AFRF ordenar (exarar uma ordem legal) a um cidadão
que pare o seu veículo e o estacione a fim de ser fiscalizado, não comete
qualquer ilícito ou crime. Ao contrário, estará cumprindo o seu dever legal.
Essa limitação sofrida pelo cidadão ao seu direito de se locomover,
entretanto, deve ser apenas pelo período necessário à execução da fiscalização.
Concluída a fiscalização, há que ser respeitado o direito à liberdade do cidadão.
Se o AFRF, desnecessária e intencionalmente, tolher o referido direito, comete o
crime.
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cidadão é tolhido ilicitamente de sua liberdade. No caso acima exemplificado, no
momento em que o AFRF, já tendo fiscalizado a bagagem e o automóvel do viajante,
sem constatar irregularidades, mantém o cidadão parado, impedindo que prossiga.