You are on page 1of 5

c 

 
         


       



O aumento da preocupação com as mudanças climáticas, das


exigências sociais e legais vêm estimulando um maior número de
empresas a inovar a sua maneira de produzir visando zerar os danos
causados ao meio ambiente. A relação empresa X meio ambiente é
reinventada constantemente em busca de um relacionamento mais
equilibrado e sustentável.
Esta mudança foi descrita pelo empresário norte-americano Ray
Anderson (72 anos) como o alvorecer de uma nova revolução industrial.
Ray Anderson, chairman da holding têxtil Interface, transformou a
empresa que criou a há 33 anos na primeira indústria comprometida com
a sustentabilidade. Para o empresário , sustentabilidade se baseia em:
³não tomar nada da Terra que não seja natural e rapidamente renovado e
não fazer nada que agrida a biosfera ´.
Sustentabilidade em uma empresa ± dependente de
petroquímicos ± que produz carpetes soa como algo impossível,
entretanto, está acontecendo desde 1994 e a meta deve ser atingida
deve ser alcançada em 2020. Tudo começo como uma resposta ao
mercado, exigência dos clientes da empresa preocupados com o que a
empresa estaria fazendo pelo meio ambiente.
Sua companhia, até então, tinha tomado algumas medidas para
reduzir a contaminação do ar e sua política era simplesmente cumprir o
exigido pelas leis. Mas quando ele começou a se perguntar sobre o
impacto que o tema poderia causar na Interface, o alarme soou.
Coincidentemente, um livro publicado naquele mesmo ano de 1994
chamou-lhe a atenção: The Ecology of Commerce de Paul Hawken.
Paul Hawken em The Ecology of Commerce vai dar o pontapé
inicial na idéia de Capitalismo Natural. Segundo Hawken, a indústria e o
governo precisavam de um arcabouço biológico e social no qual fosse
possível realizar e praticar a transformação do comércio. Dentre as
idéias-chaves defendidas por essa teoria tem-se que a economia deveria
retirar a ênfase da produtividade humana e colocá-la sobre o aumento
radical da produtividade dos recursos.
Segundo essa teoria, tal mudança proporcionaria mais empregos,
melhor padrão de vida e uma drástica redução do impacto da
humanidade sobre o ambiente natural. Outros autores propõem ainda um
sistema alternativo ao capit alismo tradicional, um sistema que fosse mais
biológico do que mecanicista, que considerasse o ecossistema como um
ativo de excepcional valor.
Essa necessidade de se resguardar o meio ambiente frente as
necessidades de consumo da atual geração encontra fun damento no fato
de os fatores limitadores do desenvolvimento econômico futuro serem a
disponibilidade e a funcionalidade do capital natural, e em particular, dos
serviços de sustentação da vida que não tem substitutos e, atualmente
carecem de valor de mercado.
A preocupação com o desenvolvimento econômico futuro
evidenciou que os sistemas de negócios e de crescimento populacional
mal concebidos ou mal projetados, assim como os padrões de consumo,
são causas primárias da perda de capital natural e devem portanto
buscar um equilíbrio sustentável.
Dentro dessa perspectiva, os objetivos de sustentabilidade devem
ser buscados nos sistemas de produção e distribuição democráticos
baseados no mercado, nos quais as formas de capital sejam plenamente
valorizadas, inclusive o humano, o industrial, o financeiro e o natural.
Sendo assim, se os sistemas industriais quiserem continuar operando no
futuro, terão que conservar e a aumentar o fluxo vital de serviços que
sustentam a existência dos sistemas vivos (investir no capital natural).
Outro agente que desempenhará importante papel em todo esse
processo, sem dúvida, será o Estado. Limitando a análise ao caso do
Brasil toma-se como argumento a LEI nº 6938/81 que estabelece ³A
Política Nacional do Meio Ambiente, cujos ob jetivos são a preservação,
melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando
assegurar condições para o      , os
interesses da segurança nacional e a proteção da dignidade humana.
Este instrumento jurídico definiu como princípios básicos que o meio
ambiente constitui-se em um patrimônio público de uso coletivo a ser
protegido, cabendo ao Estado o planejamento e a fiscalização do uso
dos recursos naturais, o controle de zoneamento das atividades potencial
ou efetivamente poluidoras, o acompanhamento do estado de qualidade
ambiental e a proteção das áreas ameaçadas de degradação. Para fazer
frente a esta demanda legal, foi instituído o Sistema Nacional de Meio
Ambiente.
Outro passo importante dado no Brasil foi a LEI 9.605/98 ± Lei de
Crimes Ambientais ou ainda Lei da Natureza que valendo -se da
Constituição Federal a qual considera o meio ambiente ecologicamente
equilibrado como um bem de uso comum do povo e elege o poder
público e a coletividade responsáveis pe lo dever de defendê-lo e
preservá-lo para as presentes e futuras gerações. E aqui pode-se
ressaltar as inovações pretendidas por ela através de um simples quador
comparativo:

ã  
ã
››
›››
 ›  ã›
K ý › › ›
 › 
 ›› K ð›   ›   › ›
 ›
ð›  › ›  › ›  ›
 › › ›   ›  ›
  ›
 ››
K V ›  
›  › › K  › ›    › ›  ›
  ›
   ››  
› › 
 › ›    ›   ›› ›
  › ›    › › ›  ›
 
›››
›› ››
K V ›  
›  › › 
 › K V ›  ›  ›  › ›
›  ›
 ››
 › ›  ›››  ›
› ›  › ›  › 
 ›
› 
 ›
 ›  › › › !›  ›
"› ›  › › › V"›
V  
#›$
 ››
K ð›   › › ›   ›  › K ð›  › › %›
›    ›
%››  ››  › ›  ›
 › › 
  › › ›
  ››
K ã  ›  ›  
 ›  ›  › K ð› › ›
 › › ›
 › › › ›› ››   › ›  ›   › › ›  ›
 › › 
›   ››
K ð 
 › ›  ›   › › K ƒ›  ›› › › ››
  › ›
 ›
›  › ›  › &*› ()› › ›  ›   ›
› ›
  › › 
››&'›()››››   ›  ›   › +›
 › ð›  ›
› ›  ›  › › ›  ›  ›
#%› ›&*›()›››
K ð›   › › › › K V› ›››› › ›
 ›› › › › › ›››  ›  › › ›   › › ›
 ›  › › ›  ›
 › › ››
K s› ›  › › ›    › K s› ›
›  ›
 ›
 › ›  ›   › ›
 › $› › ›
› ›  ››   › ››
 # ››› › ›› › 
 ›› › ›
K s› ›
› › 
› K ð › › › › › ›
›
› 
› ›
  ››  › ›  ›
› › › ›
%,
››› ›
 ››
K $ ››  ›
› ›› K !% 
›  › ›
› ›
% 
›  ›
››››  › › ›  › › › #
› ›

  
›  ›
 ›
 › ›
% ›
›  ››
K V
› › ›  › ›  › K ð› #
›  › 
› › ›  ›

  › ››   › ›



› 
 › ›
 › ›  › › › › › ›
› ›   ››
K ð› #
›  ›  ›  ›   ›  › › K @
›   › › ›  ›
› ››
›››   ›  › 
›  ›
› 
› ›
  › › # › ›  › › › +›
 › › ››
K  › › 
›  ›  › K   › ›  › › › ›
  › ›# ›- 
››› › +› › ›  › ›
 ›› ›

 ›
  ›› ›&.›()›››
K 2› 
›  › +› › › › K š › 
 › ›  › › ›
 › ›  ›  ›
 ›› › - 
› › › #›  › › › &/› (

)›
›  ›› › › ››
K   ›  › › › K 2›   ›  › › ›
  ›
› ›  › ›
 › ›
 › › ›
› ›› › ››

   ››
K ð›
 
  › ›  › › › K ›   › ›
  ›  › › › ›  ›  › › ›
 ›  ›
  › ››
›
  ›› 
 › ›  ›
   ›  › ›
›››&.›()›› › › › ››
K ð›
›  # ›  › K @
#›  › , ›   ›  ›

#›  › , ›  ›  › ›  ›  ›  › › › › ›

  › ››   ›  ›   › › › ›



 ›  ›  › › 

 ›
  ›  ›  › › &0› ()› ›  ›

 ››
K ð›  › › › › %› K ð› % › ›  
 ›  ›  › › ›
› › ››  › ›  ›› ››

  ›


 ›››
K ð›  › #%› › 
 ›  › K ð› ››› ›12›/&››

-
›› › › ›12›/› ››› 12›/&›  ››

 c !c"# $%$c

http://www.ibama.gov.br/leiambiental/home.htm#apresent

http://www.mma.gov.br/port/conama/legipesq.cfm?tipo=1&numero=6938&an
o=1981&texto=

CAPITALISMO NATURAL, LUIS FELIPE NASCIMENTO, ESCOLA DE


ADMNISTRAÇÃO DA UFRGS

#&'c

CONFLITOS E USO SUSTENTÁVEL DOS RECURSOS


NATURAIS, ED GARAMOND, 2002. ORGANIZADO POR SUZI HUFF
THEODORO.

O DESAFIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, ESCRITO


POR ROBERTO GIANSANTI, ATUAL EDITORA, 1998.

CAMINHOS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL,


ESCRITO POR IGNACY SACHS, EDITORA GARAMOND, 2002.

You might also like