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Crnica do Tudo

Era uma vez o Nada. Como o nada era tudo que havia, passou a ser ento o
Tudo.
E assim permaneceria, Nada ou Tudo, at que fosse percebido. Como no
havia mais nada alm de si mesmo, tornou-se auto-percebido.
Mas ele no se percebeu assim, fortuitamente, sem mais nem menos.
Recebeu o impulso do Motivo. Sim, Nada acontecera, ou tudo aconteceria, no
fosse pelo Motivo. Esse, o Motivo, o criador do que acontece.
E do Um, o outro nome do Tudo, veio o Dois. Foi separado. S assim ento se
percebeu. Tinha o outro por referncia. O que no era o outro, era si mesmo.
Eram polos. O que no era um, era o outro. Ao mesmo tempo, continuavam
sendo o Tudo.

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