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2564 __ Lei ns 79/77 de 25 de Outubro Atribuigdes des autarquias © competincias dos respectives dros A Assembleia da Repablica decreta, nos termos dos artigos 164°, alinea d), ¢ 167. alinea h), da Cons- tituigao, 0 seguinte: Cartruto 1 Das autarqulas locals ARTIGO 1 (Autarqulas locals) 1. A organizagio democrética do Estado com- preende a existéncia de autarquias locais. 2. As autarquias locais so pessoas colectivas terri- toriais dotadas de rgdos representativos, que visam prossecugo de interesses préprios das populagdes respectivas. ARTIGO 2° (Atribulgbe8) E atribui¢ho das autarquias locais tudo 0 que diz respeito aos respectivos interesses e, designadamente: a) De administragdo de bens préprios e sob sua jurisdigao; b) De fomento; ¢) De abastecimento piiblico; d) De cultura ¢ assisténcia; €) De salubridade publica. Carfruto 1 1 Disposigdes goals Secei ARTIGO 3." (Definigao e fins) A freguesia € a pessoa colectiva territorial, dotada de Orgios representativos, que visa a prossecugao de interesses proprios da populagdo na respectiva circuns- rico. ARTIGO 4+ (Orgios) Os érgaos representativos de freguesia sao a assem- bleia de freguesia € a junta de freguesia Seecio It De assambiaa do fregusie ARTIGO 5. (Constituigs0) A assembleia de freguesia € eleita por sufrégio uni- versal, directo e secreto, dos cidadaos eleitores resi: dentes na érea da freguesia 1 SERIE — NUMERO 247 ARTIGO 6: (Composi¢ao) 1, A assembleia de freguesia € composta por 27 ‘membros quando 0 niimero de eleitores for superior a 20000, por 19 membros quando for igual ou infe- rior a 20000 € superior a 5000, por 13. membros quando for igual ou inferior a 5000 e superior a 1000 € por 9 membros quando for igual ou inferior a 1000. 2. Nas freguesias com mais de 30000 eleitores 0 numero de membros atrés referido € aumentado de mais um por cada grupo completo de $000 eleitores ou fracgio. ARTIGO 7. (impossibilidade de constituicéo da assemblola) 1. Quando n&o tenha sido possivel constituir a assembleia de freguesia por falta de apresentagdo de listas de candidatos, ou por estas terem sido rejei- tadas, proceder-se-A da seguinte forma: @) Verificando-se a falta de apresentagao de listas de candidatos, seré nomeada, pela cdmara municipal, uma comissio administrativa, composta de trés ou cinco membros; b) Ocorrendo a rejeigdo da totalidade das listas de candidatos apresentadas, a cémara muni- cipal marcaré novas eleigdes, a realizar no prazo maximo de trinta dias. 2. Na nomeagao prevista na alinea a) do mimero anterior a camara municipal deverd ter em conside- ragdo, sempre que possivel, os dltimos resultados elei- torais verificados na freguesia nas mais recentes elei Ses para a Assembleia da Reptblica, para a assem- bleia regional ou para a assembleia municipal. 3. A comissio administrativa, que substituiré todos os Grgdos da freguesia, no poderd exercer as suas fungGes por prazo superior a seis meses. 4. A cémara municipal deveré marcar novas elei- ¢Ses até quarenta € cinco dias antes do termo do prazo referido no numero anterior. 5. As eleigées previstas na alinea b) do n.* 1 € no niimero anterior realizar-se-4o no domingo imediata- mente anterior ao termo dos respectivos prazos, ARTIGO 8° (instalagao) 1. © presidente da assembleia municipal deverd proceder & instalagdo da assembleia de freguesia, no prazo maximo de trinta dias, a contar da resolugao definitiva do apuramento dos resultados eleitorais. 2. No acto de instalagdo, o presidente da assembleia municipal verificard a regularidade formal do processo € a identidade dos eleitos, lavrando-se acta avulsa da ocorréncia, que sera redigida pelo chefe da secretaria da camara municipal e assinada pelo presidente da assembleia municipal ¢ pelos eleitos. 3. Compete ao cidadao que encabeca a lista mais votada convocar e presidir primeira reuniéo de fun+ cionamento da assembleia de freguesia, que se efec- tuard no prazo méximo de dez dias subsequentes ao acto de instalagio, para efeitos de verificagao de po- deres dos candidatos proclamades eleitos, da cleigio 25 DE OUTUBRO DE 1977 éa junta de freguesia e, subsequentemente, da eleigio da mesa da assembleia. 4. A substituigo dos membros da assembleia elei- tos para a junta seguir-se-A imediatamente cleicéo desta, procedendo-se, depois, a verificagdo de poderes dos substitutos, 5. Apos a verificagao referida no mimero anterior, tera lugar a eleigéo da mesa e dar-se-4 inicio ime- diato a discussio do regimento da assembleia, 6. Terminada a votagdo para a mesa e verifican- do-se empate seré declarado presidente o cidadao que tiver figurado em segundo lugar na lisia mais votada na eleigdo para a assembleia de freguesia. ARTIGO 9." (Mesa) 1. A mesa, composta de um presidente ¢ dois secre- tarios, seré eleita pela assembleia, de entre os seus membros, por escrutinio secreto. 2. A mesa sera eleita por um periodo de trés anos, podendo os seus membros ser destituidos pela assem- bleia, em qualquer altura, por deliberagao da maioria absoluta em efectividade de fungoes. 3. O presidente sera substituido, nas suas faltas ¢ impedimentos, pelo 1.° secretério, ¢ este, pelo 2." se- creténo. 4. Compete & mesa, com recurso do interessado para a assembleia, proceder marcagio de faltas © declarar a perda do mandato em resultado das mes- mas. ARTIGO 10" (Alteragzo da composigae da assembieia) 1. Quando algum dos membros deixar de fazer parte da assembleia, por morte, reniincia, perda de mandato, ou outra razdo, sera substituide pelo cida- ddo imediatamente a seguir na ordem da respectiva list. 2. Esgotada a possibilidade de substituicdo prevista no niimero anterior, ¢ desde que nao esteja em efec- tividade de fungdes'a maioria legal dos membros da assembleia, 0 presidente comunicara o facto a ciimara municipal para que esta marque, no prazo maximo de trinta dias, novas eleigdes. 3. A nova assembleia completaré 0 mandato da anterior. ARTIGO 11 (Participagéo dos membros da junta de freguesia ra assemblela) 1. Os membros da junta de freguesia podem assistir as sessées da assembleia de freguesia ¢ intervir nas discussdes, mas sem direito a vo! 2. A junta de freguesia far-se-4 representar obriga- toriamente pelo seu presidente ou qualquer dos seus substitutos. ARTIGO 12.* (Sessées ordindrias) 1. A assembleia de freguesia terd, anualmente, qua- tro sessées ordinérias, em Margo, Junho, Setembro e Novembro 2. A primeira ¢ a quarta sessdes destinam-se, res- pectivamente, & aprovagao do relatério ¢ contas © & aprovagéo do programa de actividades e orgamento. 2565 ARTIGO 13+ {Sessdes extraordingrias) 1, A assembleia de freguesia pode reunir-se em ses- shes extraordinarias quando requeridas: @) Pelo presidente da junta de freguesia, em exe- cugao de deliberacdo desta; b) Por um tergo dos seus membros; ©) Por um niimero de cidadaos eleitores inscritos no recenseamento eleitoral da freguesia equivalente a trinta vezes o ntimero de ele- mentos que compdem a assembleia, quando © niimero for igual ou inferior a 5000, © cinquenta vezes nos outros casos. 2. O presidente da assembleia convocara as sessbes extraordindrias que @ respectiva mesa entender con- 3. © presidente da assembleia teré de convocar a sessio no prazo de dez dias apés a recepgao do reque- rimento previsto no n.° I. ARTIGO 14" (Direito 2 participagao sem voto na assembleta) 1. Tém direito a participar na assembleia de fre- gucsia, sem volo, representantes de organizages popu- lares de base territorial, constitufdas na érea da fre- guesia, nos termos da Constituigao, ¢ devidamente eredenciados para esse acto. 2, Nas sessoes extraordindrias, convocadas nos ter- mos da alinea ¢) do n° 1 do artigo anterior, terdo direito a participar, igualmente sem voto, dois repre- sentantes dos requerentes. ARTIGO 15" (Duracdo das sessdes) 1. Sem prejuizo do disposto no nimero seguinte, as reunides das sessdes ordinarias nao podem exceder 0 periodo de cinco dias ¢ as das sessies extraordi- narias 0 periodo de*um dia. 2. As sessies ordindrias poderdo ser prolongadas por um maximo de trés dias ¢ as sessdes extraordind- Has poderio ser prolongadas por um maximo de dois, dias, mediante deliberagdo da assembleia. ARTIGO 16+ (Exercicio do cargo) 1, As fungdes de membro da assembleia de fre guesia sdo gratuitas 2. Os membros da assembleia so dispensados da comparéncia ao emprego ou servigo se as sessdes se realizarem em horarios incompativeis com o daqueles. ARTIGO 17" (Competéncia) 1, Compete a assembleia de freguesi a) Eleger, por voto secreto, os vogais da junta de freguesia; ) Elaborar 0 regimento; 2566 ©) Eleger, por voto secreto, 0 presidente ¢ os secretérios da mesa; 4) Acompanhar ¢ fiscalizar a actividade da junta de freguesia, sem prejudicar 0 exercicio normal da sua competéncia; €) Solicitar e receber, através da mesa, informa- gies sobre assuntos de interesse para a au- tarquia € sobre a execugio de deliberacdes anteriores, 0 que poderd ser requerido por qualquer membro e em qualquer momento; 1) Deliberar sobre a constituigio de delegagoes, comissdes ou grupos de trabalho, de entre 9s seus membros eleitos, para estudo dos problemas relacionados com 0 bem-estar da populagdo da freguesia, no Ambito das suas atribuigdes e sem interferéncia na actividade normal da junta; £) Aprovar anualmente o plano de actividades € 05 orcamentos propostos pela junta de freguesia, bem como as contas e 0 relatério; ‘h) Estabelecer as normas gerais de administracio do patriménio da freguesia ou sob sua ju- risdigao; 4) Deliberar sobre a administrago das Aguas piiblicas sob jurisdigio da freguesia; i) Estabelecer taxas, sob proposta da junta; 1) Deliberar, sob proposta da junta, quanto a criago de derramas destinadas & obtengao de fundos para a execugdo de melhora- mentos urgentes; m) Conceder autorizagao & junta para aquisic&o, oneragio ou alienago dos bens iméveis da freguesia, fixando as respectivas condigdes Berais; n) Aceitar doagies ¢ legados, ¢ herangas a bene- ficio de inventério;, 0) Demarcar as freas de actuagdo das organiza- Ges populares de base territorial, por sua iniciativa ou a requerimento das’ mesmas, € solucionar os eventuais conflitos dai re- sultantes; 1p) Deliberar, sob proposta da junta, em matéria de criago, dotagdo e extingdo de servicos ou instituigdes que prossigam na freguesia fins de interesse piiblico, com obediéncia & lei geral; 4@) Aprovar posturas e regulamentos sob proposta da junta; 1) Estabelecer, sob proposta da junta, os quadros de pessoal dos diferentes servigos da fre- guesia e fixar o respectivo regime juridico © remuneracdes, nos termos do estatuto le- galmente definido para a funcdo piiblica € dentro do principi profissional e inter-regional; 5) Ratificar a aceitagdo por parte da junta da pritica de actos da competéncia da camara municipal; 1) Pronunciar-se e detiberar sobre todos os assun- tos de interesse para a autarquia, por sua iniciativa ou por solicitagéo da junta; u) Exercer os demais poderes conferidos por lei ou pelo regimento. I SERIE — NUMERO 247 2, As deliberagdes da assembleia de freguesia no uuso da competéncia prevista nas alineas j), 1) e q) do niimero anterior devem ser aprovadas pela maioria absoluta dos membros em efectividade de fungées. 3. As posturas elaboradas pela assembleia de fre- guesia podem cominar penas de multa até 20008, devendo set afixadas em todos os lugares do costume © comegando a vigorar na data nelas indicada, a qual néo poderd ser inferior a oito dias apés a afixagao, ARTIGO 18+ (Criagio de derramas) As derramas a que alude a alinea 1) do artigo 17.° 36 podem ser criadas depois de aprovados os planos de obras ¢ melhoramentos que as mesmas visam finan- iar. ARTIGO (Delegacao de tarefas em organizagées populares de base) A assembleia de freguesia pode delegar nas organi- zagbes populares de base territorial tarefas adminis- trativas que ndo envolvam o exercicio de poderes de autoridade. ARTIGO 20." (Competéncia do presidente da assembleio) Compete ao presidente da assembleia de freguesia: a) Convocar as sessSes ordinarias ¢ extraor rias; +) Dirigir 0s trabathos manter a disciplina das reunides; ¢) Exercer os demais poderes que Ihe sejam atri- buidos por lei, pelo regimento ou pela as- sembleia. ARTIGO 21." ios) ‘Compete aos secretarios lavrar e subscrever as actas das reunides, que serio também assinadas pelo presi dente, © assegurar 0 expedient Secexo Do planiio de cidadios slitores ARTIGO 22." (Composicio do plenério) Nas freguesias com 200 eleitores ou menos, a as sembleia de freguesia seré substituida pelo plenério dos cidadios eleitores. ARTIGO 23° (Competéncia) Ao plendrio dos cidadios compete exercer as com- peténcias que nas demais freguesias cabem a assem- bleia. 25 DE OUTUBRO DE 1977 ARTIGO 24° (Presidéncia) © plendrio tera um presidente ¢ dois secretirios, eleitos por escrutinio secreto, a quem cabe exercer, pelo periodo de um ano, renovivel, as Tungdes que, nas demais assembleias, cabem ao presidente da mesa. ARTIGO 25. (Qverum © plenirio nao podera deliberar sem que estejam presentes, pelo menos, 20% dos cidaddios eleitores ARTIGO 26: (Omissoes) Em tudo © mais, reger-se-io os plendrios, com as necessarias adaptagoes, pelas regras estabelecidas para 2 assembleia de freguesia e por quaisquer outras que venham a ser fixadas por lei Succio 1V Da junta de frequesia ARTIGO 27° (Constituigso) A junta de freguesia, constituida por um presidente € por vogais, é 0 Orgio executivo da freguesia ARTIGO 28." (Substituigaes) Os lugares deixados em aberto na assembleia de freguesia, em consequéncia da saida dos membros que vo constituir a junta, sero preenchidos, enquanto durar a incompatibilidade, pelos candidatos imediata- mente a seguir na ordem das respectivas listas. ARTIGO 29° (Composicéo) 1. Nas freguesias com mais de 200 cleitores, o pre- sidente da junta sera o cidadio que encabecar a lista mais votada na eleigo para a assembleia de Treguesia; nas restantes, sera 0 cidadao eleito pelo plenario. 2. Nas juntas de freguesia com menos de 5000 eleitores havera dois vogais, que exercerdo as fun- ges, respectivamente, de secretario ¢ de tesoureiro. 3.” Para além dos dois vogais que exercem as fungdes definidas no nimero anterior, haveré ainda: a) 2 vogais, nas freguesias com 5000 eleitores b) 4 vogais, nas freguesias com 20000 cleitores ARTIGO 30° (Periodicidade das reunibes) A junta de freguesia reine ordinariamente uma vez por més ¢ extraordinariamente sempre que neces- sitio, 2567 ARTIGO 31." (Convocatéria das reuniées) 1. Compete ao presidente da junta convocar as reunides ordindrias e extraordinarias. 2. As reunides extraordindrias podem ser convoca- das por inicvativa do presidente ou a requerimento da maioria dos seus membros, nao podendo, neste caso, ser recusada a convocatéria pelo presidente 3. As reunides exiraordindrias serao convocadas com, pelo menos, dois dias de antecedéncia, por meio de ed tal e comunicagdo escrita aos membros da junta, com aviso de recepgao ou através de protocolo. ARTIGO 32.° (Falta de quérum) Quando a junta ndo puder reunir, por falta de quérum, o presidente designara outro dia para nova reun‘do, convocando-a nos termos. previstes no n.° 3 do artigo anterior. ARTIGO 33° (Competéncia) Compete A junta de freguesia: a) Executar os planos de actividade, os arpamen- tos ¢ todas as deliberagdes da assembleia de freguesia ou do plenario, bem como fiscalizar © seu acatamento; b) Propor o plano de actividade ¢ 0s orgamentos ‘a submeter & aprovagio da assembleia de freguesia ou do plenari ©) Administrar os servigos da freguesia, infor- mando a assembleia ou 0 plendrio do seu funcionamento ¢ das irregularidades que se verifiquem; 4) Blaborar, anualmente, o relat6rio de geréncia € contas a submeter & aprovacdo da assem- bleia de freguesia ou do plendrio; ¢) Instaurar pleitos ¢ defender-se neles, podendo confessar, desistir ou transigir, se néo hou- ver ofensa de direitos de terceiros; A) Atestar a residéncia, vida ¢ situagdo econd- ‘mica dos cidadios da freguesi £) Superintender ma gestio © direcgio do pessoal ao servigo da freguesia ¢, nomeadamente, recrutar aquele que for julgado neoesstirio pela asembiei ‘h) Prover a administrag4o corrente do patiiiménio da freguesia e & sua conservacao; i) Conceder terrenos nos cemitérios sob a admi- nistragdo da freguesia para os jazigos e se- pulturas perpétuas; 7) Declarar prescritos a favor da freguesia, apés publicagio de avisos, os jazigos, mausoléus ou outras obras instaladas nos cemitérios sob a administraggo da freguesia, quando no sejam oonhecidos as seus proprietarios ou relativamente aos quais se mostre, de forma inequivoca, desinteresse na sua con- servag&o & manutencdo; D Executar, por administragao directa ou em- preitada, as obras que constem do plano de actividades aprovado pela assembleia de freguesia ou pelo plendrio; 2568 ‘m) Proceder & justificago das faltas dos seus membros; 1n) Prestar a outras entidades piiblicas a colabora- ¢0 que Ihe for solicitada, nomeadamente em matéria de estatistica, fomento, satide, acgdo social, cultura e bem-estar das popula. ies; 0) Elaborar normas genéricas destinadas a fazor cumprir, na area da freguesia, as postures © regukamentos municipais a disciplina dos servigos da freguesia; P) Lavrar termos de identidade, idoneidade ¢ jus- tificagdo edministrativa e passar atestados de comportamento moral civil; 4) Executar as operagSes de recenseamento elei- toral que lhe forem deferidas por lei; 1) Fazer propostas a assembleia da freguesia so- ‘bre as matérias constantes das alineas j), D), P), a) € r) do artigo 17.%; 5) Exercer os demais poderes que Ihe sejam con- feridos por lei ou por deliberagio da assem- bleia. ARTIGO 34° (Competéncla do presidente) 1. Compete ao presidente da junta de freguesia: a) Representar a freguesia em jutzo ¢ fora dele © porante os 6rgios municipais e outras entidades piblicas; ) Convocar as reunites ordinrias ¢ extraondi- nérias, dirigit os seus trabalhos e manter a disciplina interna; ©) Representar a junta na assembleia de freguesia ‘ou no plenario; 4) Executar as deliberagdes da junta e coordenar a respectiva actividade; ©) Dar cumprimento as deliberagies da assembleia de freguesia ow do plenario, sempre que para a sua execugdo seja necesséria a inter- yengéo da junta; J) Submeter as contas & aprovagao da assembleia de freguesia ou do plenérin, ©, de seguida, remeté-Ias a0 Tribunal de Contas, por inter: médio da cimara municipal respectiva; 8) Assinar, em nome da junta de freguesia, toda a conrespondéncia, bem como os atestados € certidées da competéncin daquete; +h) Exercer os demais poderes conferidos por lei ‘ou por deliberagdo da junta de freguesia. 2. © presidente da junta de freguesia é substituido, nas suas faltas ¢ impedimentos, pelo secretirio, este, pelo tesoureiro, ¢ este, por um dos vogais, quando os houver. ARTIGO 35.* (Competéncia dos vogsis) 1, Ao secretario compete lavrar as actas das reunides exercer as demais fungées que Ihe forem confiadas pela junta de freguesia, designadamente a passagem de cartidées, atestados © 0 despacho do expedient. 1 SER NUMERO 247 2. Ao tesoureiro compete proceder & escriturago dos livros de receita e despesa ¢ visar os respectivos documentos de cobranga de receitas ¢ de realizagio de despesas, que serdo assinados pelo presidente. ARTIGO 36+ (Sede e servigos) ‘Ao Governo incumbe providenciar no sentido de dotar as freguesias de instalagdes proprias para fun- cionamento da sua sede © respectivos servigos, sem prejuizo das diligéncias que as freguesias ¢ os munici- pios possam fazer nesse sentido, ARTIGO 37" (Exercicio do cargo) J. As fungdes de presidente e vogel das juntas de freguesia so gratuitas. 2. Os membros das juntas de freguesia, até dois elementos, sao dispensados da comparticipagao ao em- prego ou servigo durante vinte ¢ quatro horas em cada més. 3. A assembleia de freguesia poderd igualmente deliberar sobre a concessio de ajudas de custo e sub- sidios de transporte aos membros da junta que tenham de se deslocar no exercicio das suas fungdes. Cartreto It Do municiplo Stecio 1 Disposigbes goats ARTIGO 38+ (Definigao e fins) © muniefpio € a pessoa colectiva territorial, dotada de Orgies representatives, que visa a prossecucio de interesses proprios da populacio na respectiva cir- ‘cunserigo. ARTIGO 39° (Orgéos) ‘So Orgies do municipio a assembleia municipal, 8 cimara municipal ¢ o conselho municipal, Seccho I De scombleia municipal ARTIGO 40." (Constitulgs0 © composi¢&o) 1. A assembleia municipal € constitulda pelos pre- sidentes das juntas de freguesia e por membros eleitos pelo colégio eleitoral do municipio, em mimero igual 20 daqueles mais um. 25 DE OUTUBRO DE 1977 2. O ntimero de membros eleitos directamente no poderé, em qualquer caso, ser inferior ao quintuple do niimero de membros da respectiva cmara muni- cipal. ARTIGO 41° {instalagéo) 1, © presidente da assembieia municipal cessante procederé & instalagio da nova assembleia, no prazo maximo de dez dias, a contar da resolugio definitiva do apuramento dos resultados eleitorais. 2. No acto da instalagio verificar-se-A a regularidade formal do proceso € a identidade dos eleitos, lavran- do-se acta avulsa da ocorréncia, que seri redigida pelo chefe da secretaria da cémara municipal ¢ assinada pelo presidente da assembleia municipal cessante e Peles eleitos. 3. Compete ao cidadio que encabega a lista mais votada convocar e presidir & primeira reunifio de fun- cionamento da assembleia que se efectuaré no prazo maximo de dez dias subsequentes ao acto da instalago, Para efeitos de verificagio de poderes dos candidatos proclamados eleitos ¢ eleigdo da mesa da assembleia, dando-se inicio imediato A discussio do regimento, 4. Terminada a vota¢do para a mesa e verificando-se empate, soré declarado presidente 0 cidadio a que se refere 0 mimero anterior. ARTIGO 42." (Mesa) 1, A mesa, composta de um presidente © dois se- cretérics, serd eleita pela assembleia, de entre os seus membros, por escrutinio secreto. 2A mesa seré eleita por um periodo de trés anos, podendo os seus membros ser destituldes pela assem: bleia, em qualquer altura, por deliberago da maioria absoluta em efectividade’ de fungdes 3. O presidente ser substituido, nas suas faltas ¢ impedimentos, pelo 1.” secretirio, e este, pelo 2.” se cretario. 4. Compete & mesa, com recurso do interessado para a assembleia, proceder i marcagéo de faltas declarar a perda do mandato em resultado das mesmas. ARTIGO 43° (Alteragao da composiggo da assembleia) 1, Quando algum dos membros deixar de fazer parte da assembleia, por morte, reniincia, perda do mandato ou por outra Tazo, soré substituido pelo cidadio imediatamente a seguir na ordem da respectiva lista, ou pelo novo titular do cargo com direito de represen tagiio, conforme os casos. 2. Esgotada a possibilidade de substituigdo prevista no ntimero anterior, ¢ desde que nao esteja em efecti- vidade de fungdes ‘a maioria legal dos membros da assembleia, 0 presidente comunicaré o facto ao pre- sidente da’assembleia distrital para que este marque, no prazo maximo de trinta dias, novas eleigdes. 3. A nova assembleia completaré o mandato da anterior 2569 ARTIGO 44,° (Sessses ordinérias) A asembleia municipal ter4, anualmente, cinco sessbes ordindrias, em Fevereiro, Abril, Junho, Setem- bro e Novembro. 2. A primeira © a quinta sessbes destinam-se, res- pectivamente, A aprovacio do relat6rio e contas e & aprovagdo do programa de actividades © orgamento. ARTIGO 45+ (Sessdes oxtraordinérias) 1. A assembleia municipal pode reunir-se em sessdes extraordindrias por iniciativa do presidente ou quando requeridas: ) Pela cAmara municipal; 2) Por um terco dos seus membros; ©) Por um vigésimo do numero de cidadios ins- critos nos cademos eleitorais da Area do municipio. 2. O presidente da assembleia ter de convocar @ sessiio no prazo de dez dias apés a recepgiio do reque- rimento previsto no ntimero anterior. ARTIGO 46 (Duracéo das sessdes) 1. Sem prejuizo do dispasto no ntimero seguinte, as reunides das sessées ordinérias no podem exceder o perfodo de cinco dias ¢ as das sessies extraondindrias © pariodo de trés dias. 2. AS sessdes ondindrias € extraordindrias poderiio ser prolongadas por novo periodo de, respectivamente, cinoo ¢ trés dias, mediante deliberagao da assembleia. ARTIGO 47 (Exercicio do cargo) 1. As funges de membro da assembleia municipal slo gratuitas, 2. Os membros da assembleia séo dispensados da comparéncia ao emprego ou sorvigo se as sessdes se realizarem em hordrios incompativeis com o daqueles. ARTIGO 43+ (Competéncia) 1. Compete a assembleia municipal: 4) Eleger, por voto secreto, o presidente ¢ os dois secretérios; +) Blaborar o regimento; ©) Acompanhar ¢ fiscalizar a actividade da cA- ‘mara municipal ¢ dos servigos municipaliza- dos ¢ apreciar, em cada uma das sessdes or- dinarias, uma informagio do presidente da camara acerca da actividade municipal; 4) Aprovar, sob proposta da cdmara, posturas € regulamentos; ©) Aprovar 0 plano anual de actividades ¢ 0 orga- mento, bem como as alteragSes @ ume a outro, ‘propostas pela cimara; A) Aprovar’ anualmente o relatério, o balango ¢ as contas apresentados pela cémara; 2570 x) Bstabelecer, sob proposta da cémara_muni- cipal, os’ quadros do pessoal dos diferentes servigos do municipio ¢ fixar o respectivo regime juridico remuneragOes, nos termos do estatuto legalmente definide para a fun- io publica e dentro do principio da unifor- midade interprofissional e inter-regional; hh) Tomar posigio perante os 6rgios do Poder Central sobre assuntos de interesse para a autarquia; 1) Deliberar sobre o plano director do municipio c. se necessirio, ordenar a sua elaboragao; }) Aprovar empréstimos nos termos do artigo se- guinte; D Autorizar a aquisigio, oneragio © alienagio pela cémara de bens iméveis cujo valor for superior a 500 contos, exceptuando cessies para alinhamento, e de bens e valores artis- ticos do municipio, independentemente do seu valor; m) Municipalizar servigos; n) Autorizar a cimara a outorgar exclusives ¢ a exploragio de obras e servigos em regime de concessio; 0) Autorizar o municipio a integrar-se em fede- rages de municipios, a associarse com entidades puiblicas, a participar em empresas regionais, ou a formar empresas municipais; p) Fixar anualmente, sob proposta da cdmara nos termos da lei, os impostos © as taxes municipais; @) Solicitar ¢ receber, através da mesa, informa- goes sobre assuntos do interesse para a larquia ¢ sobre a exccugio de deliberagdes anteriores, 0 que poderd ser requerido por qualquer membro ¢ em qualquer momento; 1) Pronunciar-se ¢ deliberar sobre todos os assun- tox que visem a prossecugdo de intenesses proprios da autarquia; 8) Deliberar sobre a constituiggo de detegagées, comisbes ou grupos de trabalho, de entre os seus membros, para estudo dos. proble- mas relacionados com os interesses proprios de autarquia, no Ambito das suas atribuigdes sem interforéncia na actividade normal da camara; 1) Determinar, sob proposta da edimara, 0 niimero de vereadores em regime de permanéncia € © mimero de membros dos conselhos de administragio dos servigos municipalizdos; uv) Autorizur, quando se presima que disso resul- tard beneficio para 0 interesse comum, a pratica, por patte das juntas de freguesia, Ja competéncia da climara muni- ¥) Deliberar, sob proposta da. cfimara, quanto criagho de derramas destinadas & obtengo Ue fundos para a execugio de melhora- rmentos_ urgentes; x) Exercer os demais poderes conferidos por tei fou que sejam mera consequéncia das atri- buigdes do municipio. 2. As deliberagdes da assembleia municipal, no uso da competéncia previsia nas alineas d), p) ¢ v) do ni- mero anterior, devem ser aprovadas pela maioria ubsoluta clos membros em efectividade de fungbes. ARTIGO 49.° (Empréstimos) A contratagio e aplicusio de empréstimos obedeceré as seguintes condigoes a) Nenhum empréstimo poderé ser contraido sem Prévia aprovacie ¢os projectos, orgamenios ¢ planos de finunciamento da obra ou servigo a que se destin: b) Os encargos com amortizagées ¢ juros nfo poderio exceder 28 das receitas ordiné- tias totais, salvo os destinados a custear ser- vigos que possam autofinanciar-se; c) Para pagamento de juros e amortizagdes, as respectivas verbas serio discriminadas em nota anexa uo orgamento; 4) O produto dos empréstimos nao podera ter aplicagao diferente daquela para que forem contraidos. ARTIGO 50* (Concessdes) A concessio de exclusives ¢ de obras e servigos pa- blicos ndo poderd ser feita por prazo superior a vinte anos, devendo sempre sulvaguardar-se 0 direito de fis- calizagao da assembleia ¢ da camara municipal, ARTIGO 51 (Pareceres) AS deliberagGes referentes as matérias constantes das alineas ¢), f), ) e j) do artigo 48." deverdo ser precedidas de parecer do conselho municipal, que devera acompanhar a respectiva proposta, ARTIGO 52." (Competéncia do presidente da assembleia) Compete ao presidente da assembleia municipal: a) Convocar as sessves ordindrias e extraordin& rias; 5) Dirigir os trabalhos © manter a disciplina das ©) Exercer os demais poderes que Ihe sejam atri- buidos por lei, pelo regimento ou pela assem- bleia, Seegko TIE ‘Da edmare municipal ARTIGO 53.* {Constituigéo) 1, A camara municipal, constitufda por um presi- dente € por vereadores, é 0 Grgio executivo colegial do municipio eleito pelos cidudaos eleitores residentes nna sua rea, 25 DE OUTUBRO DE 1977 2. A eleigao da cdmara municipal é simultanea com a da assembleia municipal, salvo no caso de eleigao suplementar. ARTIGO 54° (Composigao) 1, Sera presidente da cimara municipal 0 primeiro candidato da lista mais votada ou, no caso de vacatura do cargo, 0 que se lhe seguir na ordem da respectiva, lista, 2. O niimero de vereadores & de 16 em Lisboa, 12 no Porto, 10 nos municipios com mais de 100 000 eleitores, 8 nos municipios de 50000 ¢ até 100000 eleitores, 6 nos municipios com mais de 10000 até 50000 eleitores ¢ 4 nos municipios com 10.000 ou menos eleitores. 3. O presidente € substituido, nas suas faltas e im- pedimentos, por um dos vercadores por ele designado. ARTIGO 55° (ereadores em regime de permanénela) 1, O ndmero de vereaderes em regime de perma- néncia, podera atingir os seguintes limites: a) Até 4, em Lisboa ¢ Porto; }) Até 3, nos municipios urbanos de 1.* classe; c) Até 2, nos restantes municipios de 1" e 24 classes. 2. A assembleia municipal fixard o niimero de verea- dores em regime de permanéncia, dentro dos limites méximos indicados no niimero anterior 3. Ao presidente da camara cabe escolher os verea- dores em regime de permanéncia, fixar a repartigao das suas fungdes ¢ bem assim a respectiva conipeténcia, ARTIGO 56+ (Alteragao da composi¢so da cémara) 1, Nos casos de morte, reniineia, suspensio ou perda de mandato de algum membro efectivo, sera chamado a fazer parte da cémara municipal o cidadao imediata- mente a seguir na ordem da respectiva lista 2. Esgotada a possibilidade de substituicao prevista no niimero anterior, o presidente comunicara o facto 4 assembleia municipal, para que esta marque nova ele'gao, a realizar no prazo maximo de trinta dias, 3. A nova cémara municipal completaré o' mandato da anterior, 4, Para assegurar o funcionamento da cimara mu- nicipal, quanto aos aysuntos correntes, durante o periodo transit6rio, a essembleia municipal designaré uma comissio administrativa de trés ou cinco mem- bros, da qual fardo parte, se possivel, os elementos da cdmara que ainda se encontravam em exercicio aquando da marcagio da nova eleicao, ARTIGO 57." (instalagao) A instalagdo da camara municipal far-se-4 nos ter- mos do artigo 41.° deste diploma ARTIGO 58+ (Perlodicidade das reunibes ordinérias) 1. A camara municipal teré uma reunitio ordineria semanal, salvo se reconhecer a conveniénciy de que se efectue quinzenalmente. 2. A cimara podera estabelecer dia € hora certos para as reunides ordinarias, devendo neste caso pu- blicar editais, que dispensardo outras formas de con- vocacao, ARTIGO 59.° (Convocagio das reunides) 1. Compete ao presidente convocar e dirigir as reu- niges. 2. As reunides extraordindrias podem ser convoca- as por iniciativa do presidente ou a requerimento da maioria dos vereadores, no podendo, neste caso, set recusada a convocatéria 3. As reunides extraordindrias serio convocadas com, pelo menos, dois dias de antecedéncia, por meio e edital ¢ comunicayao escrita aos vereadores, com aviso de recepedo ou através de protocclo, ARTIGO 60 (Falta de quérum) Quando a camara municipal nfo puder reunir, por falta de quorum, o presidente designaré outro dia para nova reunido, convacando-a nos termes pre ho n.° 3 do artigo anterior. ARTIGO 61.* (Compensat pelo exercicio do cargo) © presidente da camara e os vereadores serio re munerados nos termos fixados na lei, ARTIGO 62. (Competéncia) 1. Compete & ciara municipal: a) Executar velar pelo cumprimento das delibe- rages da essembleia municipal 4) Superintender na gestio e direcgio do pessoal a0 servigo do municipio; ©) Modificar ou revogar os actos praticados pelos funciondrios municipais; 4) Promover todas as acgdes tendentes admi- nistragéo corrente do patriménio municipal © & sua conservagio; ¢) Preparar e manter actualizado 0 cadastro dos bens méveis e iméveis do municipio; 1) Adquirit os bens méveis necessities ao fun- Cionamento regular dos servigos ¢ alienar 0s que se tornem dispensiveis: #) Accitar doagdes ¢ legados ¢ herangas a bene- ficio de inventario: A) Deliberar sobre a administragio day éguas pi- blicas sob sua jurisdigao; 4) Conceder terrenos nos cemitérios municipais para jazigos ¢ sepulturas perpetuas; }) Dectarar prescritos a favor do municipio, apés Publicago de avisos, os jazigos, mausoléus, ou outras obras instaladas nos cemitérios 2572 municipais, quando no sejam conhecidos os seus proprietarios ou relativamente aos quais. se mostre, de forma inequivoca, desinteresse nna sua conservagio ¢ manutengio; 1) Proceder aos registos que sejam da competéncia do municipio. da cimara muni- 2. Constitui também competént cipal: ‘) Elaborar ¢ propor & aprovagao da assembleia municipal o programa anual de actividades € 0 orcamento, bem como as alteragdes @ um a outro e proceder & sua execucdo; b) Executar, por administragdo directa ou em- preitada, as obras que constem dos planos aprovados pela assembleia municipal: ©) Propor A assemblein municipal a criagio de derramas com 0 objectivo de obtengao de fundos para a cbtengio de melhoramentos urgentes; @) Solicitar ao Governo 2 declaragao de utilidade piblica para efcitos de expropriagio; ¢) Conceder licengas para construcdo, edificacéo ‘ou conservagdo, bem como aprovar 0s res: pectivos projectos, nos termos da lei; f) Conceder licengas para habitagdo ou outra uti- lizagao de prédios construidos de novo ou que tenham sofrido grandes modificagées, precedendo verificago, por _comissies apropriadas, das condigdes de habitabilidade e de conformidade com o projecto aprovado; ¢) Embargar ¢ ordenar a demoligéo de quaisquet obras, construgdes ou edificagdes iniciadas por particulares ou pessoas colectivas, sem licenga ou com inobservancia das condigées desta, dos regulamentos, posturas munici- pais ou planos de urbanizagfo aprovados; h) Ordenar, precedendo vistoria, a demoligao, to- tal ou parcial, ou a beneficiagdo de cons- trugdes que ameacem ruina ow constituam perigo para a satide e seguranca das pessoas; 1) Ordenar 0 despejo sumario dos. prédios cuja expropriacao por utilidade péblica tenha sido decretada ou cuja demoligio ou bene- ficiagdo tenha sido deliberada nos termos das alineas g) ou fh), s6 podendo porém fazé-lo, na hipétese da alinea h), quando na vistoria se verifique haver risco iminente ou itremediavel de desmonoramento ou que as obras se ndo podem realizar sem grave prejuizo para os ocupantes dos prédios. 3. Constitui ainda competéncia da cémata muni- cipal: a) Elaborar as normas necessérias ao bom fun- cionamento dos servigos municipais; b) Estabelecer os contratos necessérios ao tun- cionamento dos servigos € A execugdo dos planos de obras aprovados pela assembleia municipal; ©) Efectuar contratos de seguro; 4) Nomeat o conselho de administragio dos ser- vigos municipalizados, ©) Conceder licengas policiais ou fiscais, de har- ‘monia com o disposto nas leis, regulamentos © posturas; 1 SERIE — NUMERO 247 J) Passar alvaras de licenga para estabelecimentos insalubres, incomodos, perigosos ou t6xicos, nos termas da lei; #) Deliberar sobre as formas de apoio as fregue- sias ea outras entidades ¢ organismos que prossigam no municipio fins de interesse piiblico © se encontrem devidamente legali- zados; ‘h) Instaurer pleitos ¢ defender-se neles, podendo confessar desistir ou transigir, se no houver ofensa de direitos de terceiros. ‘) Juslificar as faltas dos seus membros ¢ exercer ‘05 demais poderes que Ihe sejam conferidos por lei ou por deliberacio da assembleia municipal ARTIGO 63 (Delegacio de competéncia) 1. Considera-se tacitamente delegada no presidente da cimara a competéncin prevista nas alineas 6), ¢), d) ¢ i) do ne 1, nas alineas 8), f), g) € i) do ne 2 e nas alineas a), 5), c), e) ¢ h) do n* 3 do artigo anterior. 2. As competéncias referidas no mimero anterior poderdo ser subdelegadus em qualquer dos vereadores, 3. Das decisdes tomadas pelo presidente da cémara municipal, no uso da competéncia prevista no némero anterior, cabe reclamagio para o plendrio daguele 6r- fio, sem prejuizo do recurso contencioso, 4. A reclamacao a que se refere o numero anterior pode ter por fundamento a ilegalidade, inoportunidade ‘ou inconveniéncia da decisio ¢ sera apreciada na primeira reuniao da cimara municipal, apos a sua recepgio. 5. Das decisdes que houver proferido ao abrigo do ne 1, 0 presidente da camara informara esta na reu- nif imediatamente a seguir. 6. Salvo quanto as matérias previstas nas alineas g) ©) don Ye nas alineas a), d) ¢ h) do n.° 2 do artigo anterior, poderé ainda a cimara delegar no presidente ‘ou em qualquer dos vereadores a sua competéncia, sem prejuizo da observancia do preceituado nos mi- meros anteriores. ARTIGO 64," (Competéncla de presidente da cdmara municipal) Compete ao presidente da cémara muntcipal: @) Convocar as reunides ordingrias ¢ extraordin&- rias e dirigir 0s respectivos trabalk ) Executar as deliberagées da camara municipal ¢ coordenar a respectiva actividade; ¢) Autorizar 0 pagamento das despesas orgamen- tadas, de hrarmonia com as deliberagdes da camara municipal; d) Submeter as contas a julgamento do Tribunal de Contas; ©) Assinar ou visar a correspondéncia da camara municipal com destino a quaisquer entidades ‘ou organismos pablicos; A) Assinar os termos de identidade e de justif- cagdo administrativa; ) Representar o municipio em juizo e fora dele; A) Representar a cimara municipal perante a assembleia, sem prejuizo da faculdade de ser acompanhado por outros membros; 25 DE OUTUBRO DE 1977 4) Exercer 0s demais poderes que Ihe sejam confe- ridos por lei ou por deliberagdo da assem- bleia ou da camara. ARTIGO 65+ (Competéncia excepelonal do presidente da cimara) © presidente da cimara pode praticar quaisquer actos da competéncia desta, sempre que o exijam circunstncias excepeionais ¢ nao seja possivel reuni-la extraordinariamente, ficando, porém, os actos prati- cados sujeitos a subsequent ratificago da cimara. ARTIGO 66+ (Polouros) 1. O presidente da cAmara seré coadjuvado pelos vereadores no exercicio da sua compténcia e da da propria cimara, podenslo incumbi-los de tarefas espe- cificas. 2 Podera ainda o presidente delegar 0 exerci da sua competéncia em quolquer dos vereadores. 3. Nos casos previstos nos ntimeros anteriores, aque- les vereadores dardo ao presidente informacao deta- Ihada sobre a realizagio das referidas tarefas e do exercicio da competéncia delegada, 4. O presidente da cimara pode delegar no chefe da secretaria a assinatura da correspondéncia de mero expediente. ARTIGO 67° (Superintendéncia nos servigos) ‘Sem prejuizo dos poderes de fiscalizago que com- petem aos vereadores da cimara municipal, nas ma- térias que Ihes sejam especialmente atribwidas, com- pete ao presidente da cimara coordenar os servigos municipais no sentido de desenvolver a sua eficécia © assegurar 0 seu pleno aprevetamento, ‘Ste¢io IV Do consshe muni ARTIGO 68+ (Natureze) Em cada municipio haveré um 6rgao de natureza consultiva denominado conselho municipal. ARTIGO 69 1. O conselho municipal sera constituido pelos re- presentantes das organizacdes econémicas, sociais, cul- turais e profissionais, cujos fins sejam conformes com a Constituigéo e que tenham sede na circunserigéo municipal, ou nela exergam actividade, € pelos repre- sentantes dos trabalhadores do municipio. 2. Nos anos em que deva proceder-se & designagio dos membros do conselho municipal, a assembleia mu- nicipal deliberaré, na primeira sesso ordindria, sobre a forma como sera constituido aquele conselho, dentro dos limites estatuidos pelo presente diploma. (Compos 2573 3. O mimero de membros do consetho municipal deverd ser inferior ao ntimero de membros eleitos da assembleia municipal, mas nunca inferior a dez, ¢ ndo poderd ultrapassar o limite de dois membros por cada organizagio representada. 4. Do conselho municipal fario parte obrigatoria- mente um representante dos trabalhadores do munici- pio e um representante dos trabalhadores dos servigos municipalizados, a indicar pelos respectivos Orgios re- presentativos, quando existirem, ou a eleger de entre os trabalhadores. 5. O presidente da assembleia municipal convidars, no prazo de dez dias, as entidades com direito a parti- cipar no conselho municipal a que indiquem os seus representantes. 6. As diligéncias para a constituigao do conselho municipal ndo deverdo exceder 0 prazo de trinta dia apés a correspondente deliberacéo da assembleia municipal. 7. A falta de indicagao, no prazo fixado, dos re- presentantes das organizacées referidas nos n.* 4 ¢ 5 significaré que aquelas entidades prescindem da sua representagdo no conselho, devendo, nesse oas0, a as- sembleia municipal deliberar se deverdo ser convidadas outras organizagdes ou se 0 conselho municipal ficard composto pelos membros jé indicados, ARTIGO 70 1. Recebidas as comunicagdes finais, o presidente da assembleia municipal convocari uma reunido ple- naria do conselho para a sua instalacdo € para veri- ficacdo dos poderes dos seus membros. 2. A primeira reunio de funcionamento seguir-se imediatamente ao acto de instalagao, sob a presidéncia do mais velho dos membros presentes, € teré por objecto a eleigo da mesa do conselho ‘municipal ARTIGO 71+ (Mesa) 1. O consetho municipal elegerd, por escrutinio se ereto, de entre os seus membros, um presidente dois sectetérios. 2. O presidente seré substitufdo, nas suas faltas e impedimentos, pelo primziro-secretério, e este, pelo segundo-secretario. ARTIGO 72" (Sessdes ordindrias @ extraordindrlas) 1. Compete ao presidente do conselho municipal convocar as sessdes ordinarias © exiraordindrias. 2. As sessOes extraordindrias podem ser convocadas por iniciativa do presidente ou a requerimento quer da assembleia municipal, quer da cdmara municipal ARTIGO 73° (Periodicidade das sossi ) © conselho municipal redne ordinariamente duas vezes por ano, para emissio do parecer sobre o plano anual de actividades © orgamento, bem como sobre © relatorio € contas do municipio, e extraordinari: mente sempre que for julgado necessArio, 2574 ARTIGO 74+ (Duragdo das sessdes) As sessdes ordinarias no poderdo ter durag#o su- perior a trés dias, ¢ as extraordindrias, a dois dias. ARTIGO 75." 1. © funcionamento do conselho municipal no esté sujeito a regras especiais, salvo quanto & obrigatorie- dade de actas, que resumirio o essencial do que se passar nas sessbes. 2. Os pareceres emitidos ¢ as propostas formuladas pelo conselho municipal serdo apresentados por escrito € assinados pelos membros presentes, mencionando-se na acta as respectivas conclusdes. ARTIGO 76 (Periodo do mandato) 1. 0 perfodo do mandato dos membros do conselho municipal € de um ano, cessando, no entanto, as suas fungdes nos casos de dissolugdo da assembleia muni- cipal. 2. Os membros do conselho municipal cujo man- dato tenha expirado continuatéo em fungdes até & instalaggo de novo conselho. ARTIGO 77° (Compensagoes) Os membros do conselho municipal gozam das mes- mas regalias dos membros da assembleia municipal. ARTIGO 78." (Competéncia) 1, Compete ao conselho municipal: 4) Elaborar o seu regimento; }) Formular, a pedido de outros érgios munici- pais, € no prazo por eles fixado, propostas € pareceres relativamente a quaisquer assuntos de interesse para 0 municipio; ©) Pronunciar-se sobre 0 plano anual de activi- dades e sobre o relatério © contas @ apre- sentar pela ciara 4 assembleia municipal; d) Emitir parecer sobre plano director do mu- nicipio; ¢) Pronunciar-se sobre projectos de posturas ¢ re- gulamentos; f) Exercer os demais poderes que Ihe sejam con- feridos por lei ou por deliberagao da assem- bleia municipal. 2. Os pareceres e propostas emitidos pelo conselho municipal nao so vinculativos, mas € obrigatéria a sua audigncia sobre as matérias a que se referem as alineas c) e d) do mimero anterior. 3. Se 0 parecer nao for emitido dentro do prazo que tena sido fixado, e mesmo que se trate de maté- ria de audiéneia obrigatéria do conselho municipal, © 6rgéo que o tenha solicitado ficaré desvinculado do dever de aguardar a respectiva recepgio. 1 SERIE— NUMERO 247 ARTIGO 79. (Secges ou grupos de trabalho} 1. O conselho pode criar secgdes ou grupos de tra- balho para o estudo de assuntos especificos e solicitar ‘aos restantes Srgios do municipio a colaboracdo de técnicos ou de outros funcionérios. 2. As secgdes ou grupos de trabalho sero convo- s pelo presidente do conselho municipal, por sua jativa ou a pedido quer da assombleia, quer da mara municipal, ARTIGO 80 (Deliberagses) 1. O consetho municipal pode funcionar por grupos ‘ou secgdes, sempre que assim o entender. 2. & obrigatéria, contudo, a intervengao do plené- rio para emissio de parecer sobre o plano anual de actividades, relatorio e contas da camara municipal e sobre o plano director do municipio. ARTIGO 81. (Competéncie do presidente do consetho municipal) Compete ao presidente do consetho municipal: a) Convocar as sessies € dirigir os trabalhos do plenario; b) Exercer os demais poderes que Ihe sejam con- feridos por lei, pelo regimento ou por deli- beragao do conselho. Capfruto IV Do distrito Seegio I Orgies ARTIGO 82." (Orgios) 1. Enquanto nao estiverem instituidas as regides, subsistird a diviso distrital. 2. Haverd em cada distrito uma assemblei com fungoes deliberativas, ¢ um conselho distrital, jistrital. Seegio a assembles distal ARTIGO 83" (Composigao) Compsem a assembleia distrital: @) O govergador civil do distrito, a quem com- Pete presidir, sem direito de voto, ¢ exe- cutar as deliberagdes que esta tome na pros- secugio das atribuigdes do distrito; 5) Os presidentes das cAmaras municipais ou os vereadores que 0s substituam; ©) Dois membros de cada assembleia municipal, devendo um deles ser o respectivo presidente ou 0 seu substituto e outro eleito de entre os presidentes de junta de freguesia. 25 DE OUTUBRO DE 1977 ARTIGO 84 (Periodicidade das sessdes) 1. A assembleia distrital tera, anualmente, trés ses- ses ordinarias, em Margo, Julho e Dezembro. 2. A assembleia reunird extraordinariamente por iniciativa do seu presidente ou a requerimento de um quarto dos seus membros, niio podendo, neste caso, 0 Presidente recusar a convocatéria. ARTIGO 85." (Duragao das sessves) As sessdes no pederdo ter duragio superior a trés dias, salvo prorrogagéo deliberada pela assem- bleia, que, no entanto, ndo podera exceder igual periodo, ARTIGO 86" (Exercicio do cargo) Aos membros da assembleia distrital aplica-se, com as necessarias adaptagdes, 0 preccituado no artigo 47.° ARTIGO 87 (Competéncia) 1. Compete assembleia distrital: 4a) Elaborar o seu regimento; b) Promover a coordenacao dos meios de acco distritais; ¢) Deliberar sobre a criagdo ou manutengio de servigos que, na area do distrito, apoiem tecnicamente as autarquias; 4) Dar parecer sobre a criagéo de zonas de fo- mento agricola, industrial e turistico, bem como incentivar 0 desenvolvimento econé: mico € social do distrito; €) Promover actividades que visem o desenvol- vimento dos sectores produtivos; P) Aprovar recomendagées sobre a rede escolar no respeitante aos ensinos pré-primarios, basico, secundario ¢ médio, bem como coor denar a acgio das autarquias locais no ém- bito do equipamento escolar; #) Deliberar sobre a criagio € manutencao de muscus etnograficos, histéricos © de arte local: h) Deliberar sobre a investigagao, inventariagao € conservagio dos valores locais arqueols- gicos, histéricos e artisticos ¢ sobre a pre- servacio e divulgagio do folclore, trajos € costumes regionais: 1) Solicitar informagées ¢ esclarecimentos a0 go- vernador civil em matéria de interesse do distrito; i) Estabelecer as normas gerais de administragao do patriménio proprio do distrito ou sob sua jurisdig’o, aprovar 0 programa anual dos subsidios @ atribuir pelo governo civil e as contas e relatérios respectivos, sob proposta do governador civil; D Aprovar o plano anual de actividades, orga- mento, rélatério e contas do distrito; m) Fixar 0 quadro de pessoal dos diferentes ser- vigos da autarquia distrital e 0 respectivo regime juridico e remuneragées, nos termos do estatuto les go pabu . formidade interprotissie n) Exercer os demais poderes «uc the sejam con- feridos por lei og que sejam quéncia das atribuigoes 2. As receitas € despesas a cargo dos coires prive. tives dos governos civis serdo incluidas nu orgamento do distrito, 0 qual especificara as despesus, de modo a impossibilitar a exis secretos, iia de dotagoes ou fundos Srecio Do constho distrita ARTIGO $8 (Composigio) 1. O conselho distrital compac-se: a) Do governador civil, que presidira: 5) De 5 presidentes da cimara, clsitos pela assembleia distrital: ©) De 3 cidadaos especialmente qualificados no dominio dos sectores econdmico, social € cultural do distrito, nomeados pelo Conse- Iho de Ministros, sob proposta do governa dor civil. 2. Na primeira reunifio ordinaria, os membros do conselho distrital elegerao, de entre cles, um secre tario. ARTIGO 89." (Competéncia) 1. Ao consetho distrital compete dar parecer sobie todos os assuntos que Ihe sejum subnictides pelo go nador civil, pela assembleia distrital ou por import So da lei 2. Aplica-se aos pareceres dy conseth as necessirias adaptayies, o disposte artigo 78 Uist nen ¥ go ARTIGO 90" (Reunides) 1. O conselho distrital reuniva por iniviativa do governador civil ou da assembleia distrital 2. O conselho elaborara relutorios da sua actividaee, que serdo presentes niges ordinarias assembieia distrital nas suas reu- Caviruto V Da tutela dministrativa ARTIGO 91+ (Tuteia administatna) L. Compete ao Governo o exereieio da tatela adr nistrativa, a qual, enquanto subsistir © distrito, sera exercida através do governador civil na area da sua jurisdigao, 2576 2. A tutela inspectiva & superintendida pelos Minis- térios da Administragdo Interna e das Finangas ¢ tem exclusivamente por objecto averiguar se séo cumpri- das as obrigagdes impostas por lei ARTIGO 92° (Competéncia da autoridade tutelar) Enquanto autoridade tutelar, compete ao governador il ci a) Velar pelo cumprimento das leis gerais do Estado por parte dos érgios autérquicos; 5) Promover a realizagéo de inquéritos, se neces- sario através dos servigos da Administrago Central, & actividade dos érgdos autérquicos © respectivos servigos, precedendo parecer do conselho distrita ARTIGO 93" (issolugdo dos érgios autérquicos) 1. Os 6rgaos autarquicos podem ser Governo: solvidos pelo @) Quando, apés inquérito, se verifique que por eles foram cometidas graves ilegalidades; 5) Quando obstem a realizagio de inquéritos as suas actividades; ) Quando se recusem a dar cumprimento as deci- sbes definitivas dos tribunais; d) Quando nao tenham os orgamentos aprovados de forma a entrarem em vigor no dia 1 de Janeiro de cada ano, por facto que thes seja imputavel, apurado em inguérito; €) Quando nao apresentem a julgamento, nos prazos legais, as respectivas contas, por facto que Ihes seja imputdvel, apurado em inqué- Tito. 2. A dissolugio com base em qualquer das alineas do mimero anterior sera sempre precedida de parecer da assembleia distrital e contenciosamente impug- nével por qualquer dos membros do Orgio dissolvido. 3. A dissolugdo sera ordenada por decreto funda- mentado, no qual seré designada a comissio adminis- trativa que substituira 0 Grgio dissolvido até @ posse dos novos membros eleitos, nos termos ¢ prazos da resente lei pry Nas Regibes dos Acores e da Madeira a dissolugo serd determinada por decreto do Governo Regional, ouvida a assembleia regional respectiva, Cartruo VI Disposigdes comuns ARTIGO 94 (Legislaco lettoral) Enquanto ndo for publicada legislagao geral sobre eleigdes, observarse-i 0 disposto na legislagio em vigor 1 SERIE— NUMERO 247 ARTIGO 95+ (Rendncia 20 mandato) Durante 0 periodo do mandato ¢ facultada-a re- nniincia aos membros eleitos dos érgdos das autarquias locais e a sua substituigao pelo cidadao imediatamente a seguir na ordem da respectiva lista ARTIGO 96.* (Suspensdo do mandato) 1, Os membros dos érgios das autarquias locais poderdo solicitar a suspensao do respectivo mandato. 2. O pedido de suspensio, devidamente fundamen- tado, deverd ser enderegado ao presidente © apreciado pelo’ plenério do drgio a que pertenga, na reunigo imediata & sua apresentacao. 3. Entre outros, sio motivos de suspensdo 0s se- uintes: @) Doenga comprovada; b) Afastamento temporirio da érea da autarquia 4. A suspensio no poderé ultrapassar cento € oi tenta dias no decurso do mandato, sob pena de se considerar como reniincia ao mesmo. 5. Durante o seu impedimento, 0 membro do érgao representativo autérquico serd substituido pelo repre- sentante do seu partido, coligagdo ou frente, que ocupe lugar imediato na lista © ndo esteja em exercicio on impedido. 6. A convocagéo do membro substituto compete a0 presidente do 6rgio respectivo e deveré ter lugar no periodo que medeie entre a autorizagéo € a reali- zagao de uma nova reuniao do érgio a que pertenga, ARTIGO 97° (Continvidade do mandato) Os érgiios das autarquias locais servem pelo periodo do mandato ¢ mantém-se em actividade até serem legalmente substituidos. ARTIGO 98° (Principio da indopendéncia) Os Srgtios das autarquias locais so independentes dentro do ambito da sua competéncia e as suas deli- beragdes s6 podem ser suspensas, modificadas, revo- gadas ou anuladas pela forma prevista na lei. ARTIGO 99.° (Principio da especialidade) Os éreiios do poder local sé podem deliberar no Ambito da sua competéncia ¢ para a realizagao das atribuigdes das respectivas autarquias. ARTIGO 100." (Publicidade) 1. As reunides dos Orgios deliberativos das autar- quias so pablicas 25 DE OUTUBRO DE 1977 2. A cimara municipal © a junta de freguesia de- verio realizar uma reunio piiblica mensal, 3. A nenhum cidadio € permitido, sob qualquer pretexto, intrometer-se nas discussdes’ e aplaudit ou eprovar as opiniGes emitidas, as votages feitas © as deliberagées tomadas, sob pena de multa até 5000S, que sera aplicavel pelo juiz da comarca, sob partici pagio do respectivo érgéo. 4, Encerrada a ordem de trabalhos, a junta de fre- guesia € a cimara municipal fixardo’ um periodo de intervengio aberto ao piblico, durante o qual Ihe serdo prestados os esclarecimentos que solicitar. 5. Nos rgiios deliberativos, compete @ mesa a facul- dade de deliberar sobre a existéncia de um periodo de intervengao aberto a0 publico, ARTIGO 101." (Requisitos das reunives e deliberagées) 1. As reunides dos érgios das autarquias locais nao terio lugar quando no esteja presente a maioria do numero legal dos seus membros. 2, As deliberagdes so tomadas & pluralidade de votes, estando presente a maioria do numero legal dos seus membros, tendo o presidente voto de quali- dade, no caso de empate 3. Compete ao presidente decidir sobre a forma de , podendo qualquer membro propor que a mesma ‘se faga nominalmente ou por escrutinio se- creto. 4. Sempre que se revtizem eleigdes ou estejam em causa pessoas, a volagio tera de ser feila por escru- tinio secreto. ARTIGO 102." (Discussio @ votagso) 1. Nenhum membro dos érgdos das autarquias 1o- cais pode votar em matérias que Ihe disserem respeito ‘ou a membros de sua familia 2. Os membros dos drgios das autarquias locais do podem tomar parte ou interesse nos contratos por estes celcbrados, salvo contratos tipo de adesio, sob pena de nulidade do contrato e perda do mandato, ARTIGO 103." Undeferimento tacito) 1. Os 6rgios executives das autarquias sto obri gados a deliberar sobre os assuntos ou petigdes da sua competéncia, requeridos por particulares, 0 mais tar- dar na primeira reunido que tenha lugar, decorrido © prazo de trinta dias, contado a partir da data da entrada do requerimento. 2, Salvo os casos previstos em normas especiais, a falta de deliberacdo, dentro do prazo estabelecido no ndmero anterior, equivale, para efeitos de recurso contencioso, ao indeferimento técito do pedido ARTIGO 104" (Fundamentagdo dos actos administrativos) As decisies ou deliberagées que indefiram petigoes de particulares serdo fundamentadas nos termos da lei geral. 2577 ARTIGO 105.° (Actas) 1, De tudo © que ocorrer nas reunides sera la vrada acta. 2, As actas sero elaboradas sob responsabilidade do secretério ou do chefe da secretaria, que as assi nardo, juntamente com o presidente. 3, Qualquer membro dos éredos das autarquias lo- cais pode justificar o seu voto, nos termos do respec- tivo regiment. 4, AS actas ou o texto das deliberagdes mais im- portantes podem ser aprovados em minuta, no final das reunides, desde que tal seja decidido pela maioria dos membros presentes, 5. AS certiddes das actas devem ser passadas, in- dependentemente de despacho, pelo secretario ou chefe de secretaria ou por quem os substituir, dentro dos oito dias seguintes & entrada do respective reque- rimento, salvo se disser respcito a geréncia finda hé mais de’ cinco anos, em que o prazo seré de quinze dias. 6. As certiddes podem ser substitufdas por fotocé- pias autenticadas, ARTIGO 106." (Exacutoriedade das deliberagdes) 1, As deliberagdes dos érgdos das autarquias locais S6 se tornam executdrias depois de aprovadas as actas donde constarem ou depois de assinadas as minutas, quando assim tenha sido deliberado. 2. As actas ou minutas referidas no numero ante- rior so documentos auténticos que fazem prova plena, nos termos da lei ARTIGO 107." (alvards) Salvo se a lei exigir forma especial, o titulo que integre decisio ou deliberacdo dos Srgios das autar- quias locais que confira direitos aos particulates, in- vestindo-os em situagdes juridicas permanentes, serd um alvard expedido pelo respectivo presidente. ARTIGO 108.° (Formalidades dos requerimentos de cuwwocagio de sessées extraordingrias) 1. Os requerimentos a que se reportam a alinea c) do n° 1 do artigo 13.° ¢ a alinea c) do ne 1 do ar- tigo 45." serdo acompanhados de certidées comprova- tivas da qualidade de cidadao recenseado na area da respectiva autarquia. 2. As certiddes referidas mo nimero anterior serio passadas no prazo de oito dias pela camara municipal € sio isentas, bem como os reconhecimentos notariais necessérios, de quaisquer taxas, emolumentos € im- posto do selo, 3. A apresentagdo do pedido das certiddes deverd ser acompanhada de uma lista contendo as assinatu- ras, notarialmente reconhecidas, dos cidadaos que pretendem requerer a convocagdo da sesso extraor- dinsria, 2578 ARTIGO 109." (Baldios e outras coisas comuns) A. definigio das coisas comuns, designadamente baldios e outros bens do logradouro comum, pertence A assembleia municipal ou a assembleia de freguesia, consoante se trate, respectivamente, de coisas muni- cipais ou de coisas da freguesia, competindo a sua administragdo aos respectivos érefios executivos au- térquicos. ARTIGO 110" {(Regldes Auténomas dos Acores e da Madeira) As fungGes atribuidas no presente diploma 20s go- vernadores civis sero, nas Regides Auténomas dos ‘Agores © da Madeira, desempenhadas pela entidade que 0 estatuto da regido designar. Capiruto VII Disposi¢ses finals © transit6rias ARTIGO 1117 (Unides de freguesias) 1, Nao seré autorizada, de futuro, a constituigdo de unides de freguesias. . 2, Ficam ressalvadas as unides de freguesias exis- tentes & data da promulgagao da presente lei ¢ cons- tituidas ao abrigo do disposto nos artigos 266.° € seguintes do Cédigo Administrativo, as quais conti- muardo a regular-se pelo estabelecido nas respectivas disposigdes legais. ARTIGO 112" (Munleipios de Lisboa @ Porto) Mantém-se em vigor a legislagdo especial apliciivel ‘408 Municipios de Lisboa © Porto. ARTIGO 113" (Logislagao subsidiéria transitéria) 1. © presente diploma seré revisto até 31 de De- zembro de 1978. 2. Serd objecto de legislagao propria, a publicar até f& data referida no némero anterior, toda a restante matéria, que continua transitoriamente a ser regulada pelo Cédigo Administrative ¢ pelos Decretos-Leis n.%* 701-A/76 ¢ 701-B/76, de 29 de Setembro, ARTIGO 114 (Norma revogatéria) 1, Sko expressamente revogados os seguintes artigos do Cédigo Administrative: 152° a 432, 51° a 55.7, 58., 662 a 82°, 84° a 98.°, 100°, 101, 106%, 107.°, 110.° a 116.9, 1962 a 252.°, 255.°, 258.° a 262.°, 266° a 283. 285° a 310°, 316° a 325.*, 328.° a 358.°, 372, 3730, 375.° a 387.%, no 3%, 7.%, 13." € 14° do are tigo 407." e artigo 412." NUMERO 447 2. Sdo expressamente revogados os seguintes arti- gos do Decreto-Lei n.* 701-A/76: 1, 3. 4°, 6° a 14, n° 2 do artigo 15.° ¢ ar- tigos 16.° a 21.°, 23.° a 30°, 32.", 34° @ 41," € 44." aie 3. Ficam igualmente revogadas todas as disposigdes do Cédigo Administrativo e de outra legislagao ainda Vigente contrérias & presente lei, ARTIGO 115 (Entrada em vigor) Esta lei entra em vigor trinta dias apés @ sua publi- cago. Aprovada em 29 de Julho de 1977. O Presidente da Assembleia da Reptiblica, Vasco da Gama Fernandes, Promulgada em 10 de Setembro de 1977. Publique-se. © Presidente da Repiblica, ANTONIO RAMALHO Eanes. —O Primeiro-Ministro, Mério Soares. YOUSOGIGODOGSE OST ITIEISISOLEGISOTOSSIONL MINISTERIOS DO PLANO E COORDENACAO ECONOMICA E DO TRABALHO Decreto-Lei n.° 439/77 do 25 de Outubro © Decreto-Lei n.* 479/76, de 16 de Junho, veio obrigar as entidades piblicas e privadas com traba- Ihadores ao seu servigo ao preenchimento de mapas de quadros de pessoal anuais e mensais, de modelo anexo aquele diploma, em substituigdo dos até ai exis- tentes, 5 intuitos visados pelo referido decreto-tei, clara- ‘mente enunciados no seu predmbulo, aconselham, pela importancia de que se revestem, que se proceda @ uma substituigdo integral das suas disposigdes, no sentido de uma mais fécil e correcta aplicagao. Nestes termos: Usando da autorizacdo legislativa conferida pela Lei n° 51/17, de 26 de Julho, 0 Governo decreta, nos termes da alinea b) do n.° I do artigo 201.° da Constituigéo, 0 seguinte: Artigo 1.°—1— Todas as empresas, piiblicas privadas, ¢ demais entidades patronais com trabalha- dores ao seu servigo sio obrigadas a enviar as enti- dades referidas neste diploma, e dentro dos prazos adiante fixados, © mapa anexo devidamente preen- chido. 2—O regime previsto neste diploma nao ¢ aplicé vel & Administragao Publica Central, regional ¢ lo- cal, bem como aos institutos publicos e demais pes- soas colectivas de direito piblico. 3—Nio se aplica igualmente o disposto neste di- ploma as entidades patronais que exergam actividades agricolas, silvioolas, de exploragao florestal, de caga, Pesca ou que tenhiam ao seu servigo trabalhadores domésticos, salvo se abrangidas pelo regime geral da

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