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X: Ento, se a funo falante isola o homem, o que dizer de uma manifestao pr-verbal, quer
dizer, da abertura possvel do Real... Releio: o Real em continuidade com o Imaginrio... como
voc v, por exemplo, as manifestaes pr-verbais como aquelas da arte, por exemplo?
X: a arte, a msica, a arte entre aspas, a pintura, a msica, enfim, todas as artes que so, que
no passam pela talking cure, que no passam pelo falar. Ento, se voc coloca o Real em
continuidade com o Imaginrio por uma abertura aqui, eu creio... de uma experincia que a
minha, da pintura... que a continuidade aqui desenhada por voc no quadro por uma abertura
em ato... eu digo em ato dessa vez pelo corpo que como voc o definiu e como Freud o
define, pelo grmen, como o corpo estando a como apndice... Eu penso que a, ao nvel da
pintura, se passe justamente um jogo de apndice pr-verbal, quer dizer, eu lhe peo para
encadear justamente, no que eu no saiba a sequncia, mas que espero sua rplica.
Lacan: Sim
Lacan: Eu creio que seu citado pr-verbal , de todo modo, modelado pelo verbal. Eu diria
quase que um hper-verbal. Isso que voc chama por exemplo de filamentos, qualquer
coisa que profundamente motivada pelo smbolo e pelo significante.
X: Sim, eu creio que sim. Mas, digamos que a via outra e no passa por todo o processo do
Simblico. E no para para colocar em dvida ou criticar seu ensino! No estou aqui para...
Lacan: Eu tento dizer que a arte, na ocasio, est para alm do simbolismo. A arte um saber-
fazer e o Simblico est no princpio do fazer. Eu creio que h mais verdade no dizer da arte
que em algum outro bl bl bl. Mas isso no quer dizer que isso acontea por no importa
qual via.