1) O documento decreta alterações ao Decreto-Lei n. 22/97 que criou o Sistema de Apoio a Jovens Empresários (SAJE).
2) As alterações incluem novas condições de acesso ao programa e a introdução de uma disposição para permitir a suspensão do sistema em caso de dificuldades de cobertura orçamental.
3) O documento também decreta a criação de um Conselho Coordenador do Sistema Nacional de Controlo Interno para coordenar e melhorar o sistema de controlo financeiro do Estado.
1) O documento decreta alterações ao Decreto-Lei n. 22/97 que criou o Sistema de Apoio a Jovens Empresários (SAJE).
2) As alterações incluem novas condições de acesso ao programa e a introdução de uma disposição para permitir a suspensão do sistema em caso de dificuldades de cobertura orçamental.
3) O documento também decreta a criação de um Conselho Coordenador do Sistema Nacional de Controlo Interno para coordenar e melhorar o sistema de controlo financeiro do Estado.
1) O documento decreta alterações ao Decreto-Lei n. 22/97 que criou o Sistema de Apoio a Jovens Empresários (SAJE).
2) As alterações incluem novas condições de acesso ao programa e a introdução de uma disposição para permitir a suspensão do sistema em caso de dificuldades de cobertura orçamental.
3) O documento também decreta a criação de um Conselho Coordenador do Sistema Nacional de Controlo Interno para coordenar e melhorar o sistema de controlo financeiro do Estado.
PRESIDNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS excepto com apoios contratao de jovens quadros
qualificados que venham a ser previstos em diploma que expressamente estabelea a sua acumulabilidade Decreto-Lei n.o 165/98 com o SAJE. de 25 de Junho Artigo 16.o o O Governo criou, atravs do Decreto-Lei n. 22/97, Cobertura oramental de 23 de Janeiro, o Sistema de Apoio a Jovens Empre- srios (SAJE) com o objectivo de assim apoiar projectos 1 Os encargos decorrentes da aplicao do SAJE, que visem a criao, expanso e modernizao de empre- so suportados por oramento prprio, no mbito do sas detidas maioritariamente por jovens. Programa Operacional de Promoo do Potencial de A iniciativa e capacidade empresarial dos jovens per- Desenvolvimento Regional (PPDR), podendo o Sistema mite a criao de emprego e valor acrescentado, a pro- ser suspenso em caso de insuficincia oramental por moo da competitividade, a valorizao da produo despacho conjunto dos Ministros do Equipamento do nacional e o rejuvenescimento do tecido empresarial. Planeamento e da Administrao do Territrio e Alm disso, presta um contributo significativo eco- Adjunto do Primeiro-Ministro. nomia portuguesa para enfrentar os desafios que lhe 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . so colocados pela dinmica da globalizao da eco- nomia mundial e pelos processos a que a Unio Euro- Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 30 peia recorre para, ela prpria, melhor se posicionar de Abril de 1998. Antnio Manuel de Oliveira Guter- nesse contexto global. res Jaime Jos Matos da Gama Antnio Luciano O SAJE tem registado um sucesso e eficcia assi- Pacheco de Sousa Franco Joo Cardona Gomes Cra- nalveis, traduzidos pela aprovao de cerca de 200 pro- vinho Joaquim Augusto Nunes de Pina Moura Jos jectos durante o ltimo ano, a que corresponder um Scrates Carvalho Pinto de Sousa. incentivo total da ordem de 7 milhes de contos. O funcionamento continuado e h mais de um ano Promulgado em 9 de Junho de 1998. do Sistema faz que com no seja justificvel a aceitao Publique-se. de candidaturas cujo investimento se tenha iniciado h pelo menos 12 meses, ou seja, quando o mesmo j O Presidente da Repblica, JORGE SAMPAIO. vigorava. Por outro lado, a aproximao do fim do actual qua- Referendado em 17 de Junho de 1998. dro comunitrio de apoio dificulta o financiamento do Sistema, justificando a adopo de medidas que asse- O Primeiro-Ministro, Antnio Manuel de Oliveira gurem o cumprimento pelo Estado dos compromissos Guterres. assumidos, pelo que se torna aconselhvel a introduo de uma disposio que permita a suspenso no caso de dificuldades de cobertura oramental. MINISTRIO DAS FINANAS Foi ouvida a Associao Nacional dos Jovens Empre- srios. Decreto-Lei n.o 166/98 Foram ouvidos os rgos de governo prprio das Regies Autnomas. de 25 de Junho Assim: O Programa do XIII Governo confere um lugar de Nos termos da alnea a) do n.o 1 do artigo 198.o da destaque funo controlo no quadro da reforma da Constituio, o Governo decreta o seguinte: Administrao Pblica, com particular nfase para o reforo e reviso do sistema de controlo financeiro. Artigo nico Em coerncia com este princpio programtico, o artigo 11.o da Lei n.o 52-C/96, de 27 de Dezembro, que So alterados os artigos 4.o, 15.o e 16.o do Decreto-Lei aprovou o Oramento do Estado para 1997, incumbiu o n. 22/97, de 23 de Janeiro, que passam a ter a seguinte o Governo de legislar no sentido de estruturar o sistema redaco: nacional de controlo interno da administrao financeira Artigo 4.o do Estado. Condies de acesso do projecto O presente diploma visa, pois, dar satisfao a este objectivo, consagrando um modelo articulado, integrado ............................................. e coerente, estruturado em trs nveis, com definio das entidades responsveis e dos princpios fundamen- a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . tais de actuao, que habilitem a uma melhor coorde- b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . nao e utilizao dos recursos afectos funo controlo. c) Ter sido iniciada a respectiva realizao h Neste sentido, criado o Conselho Coordenador do menos de 90 dias da data de apresentao da Sistema Nacional de Controlo Interno, a quem, para candidatura e no estar concluda mesma data. alm das funes de coordenao do sistema, confiada a misso de consolidar metodologias harmonizadas de Artigo 15.o controlo e de estabelecer critrios mnimos de qualidade Acumulao de incentivos do sistema nacional de controlo interno, susceptveis de garantir um elevado nvel de proteco dos interesses Os incentivos e apoios previstos neste diploma no financeiros do Estado. so acumulveis com quaisquer outros da mesma natu- Apostando na mobilizao de todas as estruturas da reza que sejam concedidos por outro regime legal, administrao para este objectivo, procura-se, ainda, N.o 144 25-6-1998 DIRIO DA REPBLICA I SRIE-A 2815
promover a difuso de uma cultura do controlo em 2 O controlo operacional consiste na verificao,
todos os nveis da administrao financeira do Estado acompanhamento e informao, centrado sobre decises que permita a assuno de uma generalizada conscincia dos rgos de gesto das unidades de execuo de aces da decisiva relevncia do controlo como forma privi- constitudo pelos rgos e servios de inspeco, audi- legiada de melhorar a gesto. toria ou fiscalizao inseridos no mbito da respectiva Assim se compreende a evoluo ultimamente cons- unidade. tatada no sentido da criao de inspeces-gerais junto 3 O controlo sectorial consiste na verificao, de alguns ministrios onde estas no existiam, bem como acompanhamento e informao perspectivados prefe- a criao no seio delas de ncleos de auditoria finan- rentemente sobre a avaliao do controlo operacional ceira, conviventes com as preocupaes de auditoria e sobre a adequao da insero de cada unidade ope- tcnica. rativa e respectivo sistema de gesto, nos planos globais Importa agora integrar a actuao de todos os rgos de cada ministrio ou regio, sendo exercido pelos de controlo interno, de acordo com a filosofia expressa rgos sectoriais e regionais de controlo interno. no presente diploma, a qual teve ainda em conta a expe- 4 O controlo estratgico consiste na verificao, rincia adquirida com o modelo adoptado para o sistema acompanhamento e informao, perspectivados prefe- nacional de controlo do QCA II institudo pelo Decre- rentemente sobre a avaliao do controlo operacional to-Lei n.o 99/94, de 19 de Abril. e controlo sectorial, bem como sobre a realizao das Foram ouvidos os rgos de governo prprios das metas traadas nos instrumentos provisionais, designa- Regies Autnomas. damente o Programa do Governo, as Grandes Opes Assim, nos termos da alnea a) do n.o 1 do artigo 198.o do Plano e o Oramento do Estado. da Constituio, o Governo decreta o seguinte: 5 O controlo estratgico, de carcter horizontal relativamente a toda a administrao financeira do Artigo 1.o Estado no sentido definido pelo artigo 2.o do Decre- to-Lei n.o 158/96, de 3 de Setembro, exercido pela Designao Inspeco-Geral de Finanas (IGF), pela Direco-Ge- ral do Oramento (DGO) e pelo Instituto de Gesto 1 institudo pelo presente diploma o sistema de Financeira da Segurana Social (IGFSS), de acordo com controlo interno da administrao financeira do Estado, as respectivas atribuies e competncias previstas na designado abreviadamente por SCI, colocado na depen- lei. dncia do Governo e em especial articulao com o Ministrio das Finanas. Artigo 5.o Artigo 2.o Princpios de coordenao
Objecto 1 Os rgos de controlo referidos no artigo ante-
1 O SCI compreende os domnios oramental, eco- rior planeiam, realizam e avaliam as suas aces de nmico, financeiro e patrimonial e visa assegurar o exer- forma articulada, tendo em vista assegurar o funcio- ccio coerente e articulado do controlo no mbito da namento coerente e racional do sistema nacional de Administrao Pblica. controlo interno, baseado na suficincia, na complemen- 2 O controlo interno consiste na verificao, acom- taridade e na relevncia das respectivas intervenes. panhamento, avaliao e informao sobre a legalidade, 2 A suficincia dos controlos pressupe que o con- regularidade e boa gesto, relativamente a actividades, junto de aces de controlo realizados assegure a ine- programas, projectos, ou operaes de entidades de xistncia de reas no sujeitas a controlo ou sujeitas direito pblico ou privado, com interesse no mbito da a controlos redundantes. gesto ou tutela governamental em matria de finanas 3 A complementaridade dos controlos pressupe pblicas, nacionais e comunitrias, bem como de outros a actuao dos rgos de controlo no respeito pelas interesses financeiros pblicos nos termos da lei. suas reas de interveno e pelos nveis em que se situam, com concertao entre eles quanto s fronteiras a observar e aos critrios e metodologias a utilizar nas Artigo 3.o intervenes. 4 A relevncia dos controlos pressupe o planea- Componentes mento e realizao das intervenes, tendo em conta Integram o SCI as inspeces-gerais, a Direco-Ge- a avaliao do risco e materialidade das situaes ral do Oramento, o Instituto de Gesto Financeira da objecto de controlo. Segurana Social e os rgos e servios de inspeco, auditoria ou fiscalizao que tenham como funo o Artigo 6.o exerccio do controlo interno. Conselho Coordenador
1 A fim de assegurar a observncia dos princpios
Artigo 4.o referidos no artigo anterior e garantir o funcionamento Estrutura do sistema, criado o Conselho Coordenador do SCI, composto por todos os inspectores-gerais, pelo direc- 1 O SCI considera-se estruturado em trs nveis tor-geral do Oramento, pelo presidente do conselho de controlo, designados de operacional, sectorial e estra- directivo do Instituto de Gesto Financeira da Segu- tgico, definidos em razo da natureza e mbito de inter- rana Social e pelos demais titulares de rgos sectoriais veno dos servios que o integram. e regionais de controlo interno. 2816 DIRIO DA REPBLICA I SRIE-A N.o 144 25-6-1998
2 O Conselho Coordenador tambm um rgo 2 O Conselho Coordenador apresentar ao Minis-
de consulta do Governo em matria de controlo interno, tro das Finanas, no prazo de seis meses contados a funciona junto do Ministrio das Finanas e presidido partir da entrada em vigor do presente decreto-lei, o pelo inspector-geral de Finanas. projecto de diploma referido no nmero anterior.
Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 16
Artigo 7.o de Abril de 1998. Antnio Manuel de Oliveira Guter- Competncias res Jaime Jos Matos da Gama Jos Veiga Ao Conselho Coordenador compete, designada- Simo Antnio Luciano Pacheco de Sousa mente: Franco Jorge Paulo Sacadura Almeida Coelho Jorge Paulo Sacadura Almeida Coelho Joo Cardona Gomes a) Emitir pareceres sobre os projectos de leis org- nicas dos rgos sectoriais e regionais de con- Cravinho Jos Eduardo Vera Cruz Jardim Joaquim trolo; Augusto Nunes de Pina Moura Fernando Manuel Van- b) Emitir pareceres sobre os planos e relatrios -Zeller Gomes da Silva Eduardo Carrega Maral sectoriais de actividade; Grilo Maria de Belm Roseira Martins Coelho Hen- c) Elaborar o plano e relatrio anuais do SCI; riques de Pina Elisa Maria da Costa Guimares Fer- d) Estabelecer normas sobre metodologias de tra- reira Manuel Maria Ferreira Carrilho Jos Mariano balho e aperfeioamento tcnico-profissional Rebelo Pires Gago Antnio Lus Santos da dos recursos humanos afectos ao SCI. Costa Jos Scrates Carvalho Pinto de Sousa.
Artigo 8.o Promulgado em 9 de Junho de 1998.
Tribunal de Contas Publique-se. O Tribunal de Contas pode fazer-se representar nos trabalhos sobre os planos e relatrios anuais, como O Presidente da Repblica, JORGE SAMPAIO. observador, no Conselho Coordenador do SCI, deven- do-lhe ser enviados os documentos referidos nas al- Referendado em 17 de Junho de 1998. neas a) e b) do artigo 7.o O Primeiro-Ministro, Antnio Manuel de Oliveira o Guterres. Artigo 9. Plano e relatrio de actividades
1 O plano de actividades anual do SCI dever
incluir mapas que congreguem as previses de receitas e despesas correspondentes s actividades que, para MINISTRIO DA ADMINISTRAO INTERNA cada um dos rgos constituintes do SCI, estejam pro- gramadas na decorrncia da sua insero no sistema. Decreto-Lei n.o 167/98 2 A previso de receitas ter em conta as formas de financiamento, quer por via directa do Oramento de 25 de Junho do Estado, quer resultantes da afectao de verbas funo controlo que, por princpio, os programas e pro- O artigo 20.o do Decreto-Lei n.o 2/98, de 3 de Janeiro, jectos devem prever, quer ainda as que possam decorrer procedeu revogao, com efeitos a partir de 31 de de contraprestaes, em termos a fixar pelo Ministro Maro de 1998, do Decreto-Lei n.o 221/95, de 1 de das Finanas, sempre que a interveno de um rgo Setembro, que disciplinava a estrutura dos exames de de controlo revista a natureza de prestao de servio conduo, uma vez que esta matria dever ser integrada solicitado por terceiros. no regulamento do ttulo V do Cdigo da Estrada, pre- 3 Sem prejuzo da obrigatoriedade da elaborao de planos e relatrios anuais de actividade pelos rgos visto no n.o 7 do artigo 126.o deste diploma. Atendendo de controlo referidos no artigo 3.o, o Conselho Coor- a que no foi ainda publicado o referido regulamento, denador apresentar ao Ministro das Finanas o plano torna-se necessrio proceder repristinao daquele e o relatrio anuais sintticos da actividade do SCI no diploma. domnio da actividade financeira do Estado at 15 de Assim: Dezembro de cada ano e 15 de Maio do ano seguinte, Nos termos da alnea a) do n.o 1 do artigo 198.o da respectivamente. Constituio, o Governo decreta o seguinte: 4 O relatrio referido no nmero anterior deve ser apresentado ao Governo at 30 de Junho imediato e ser apreciado em Conselho de Ministros. Artigo 1.o
repristinado o Decreto-Lei n.o 221/95, de 1 de
Artigo 10.o Setembro, at data de entrada em vigor do diploma Disposies finais e transitrias que aprova o regulamento previsto no n.o 7 do 1 Ser estabelecida em decreto regulamentar a dis- artigo 126.o do Cdigo da Estrada, aprovado pelo Decre- ciplina operativa do SCI e modo de funcionamento do to-Lei n.o 114/94, de 3 de Maio, com a reviso efectuada Conselho Coordenador do SCI. pelo Decreto-Lei n.o 2/98, de 3 de Janeiro.