Antiguidade Clssica - Teatro Grego

Quando estudamos o teatro da Antiguidade Clssica, poca de se

estende por um longo perodo de tempo, em torno de VII a.C. at a queda do
Imprio Romano do ocidente no ano de 476 d.C., somos logo remetidos as suas
mais famosas caractersticas, como as mscaras e a arquitetura dos teatros
construdos no "Sculo de Ouro", perodo em que a cultura grega atingiu seu
auge, no entanto h muito mais para se abordar sobre essa gloriosa poca. O
Teatro grego protagonizou notvel papel durante o festival das grandes
dionisacas, onde durante trs dias ocorriam encenaes de grandes mitos e
estrias que representavam a vida religiosa, intelectual e cultural da cidade-
estado Atenas.
Por muito o Teatro grego constantemente dividido em dois grandes
gneros Comdia e Tragdia, a ltima constitui um paradigma da poesia e da
ao sendo constantemente relacionada com a poltica representada por
grandes e influentes escritores como squilo criador do mito de "Prometeu
Acorrentado", Sfocles responsvel por "Antgona" e Eurpedes, ltimo grande
autor trgico, que escreveu a ilustre tragdia "Media", que ganhou uma
moldagem brasileira, tanto no teatro quanto na msica, atravs de Chico
Buarque.
Eurpedes nos traz na narrativa de Media todas as caractersticas de
uma tragdia grega, feita em verso, com personagens notveis e heroicos com
grandes feitos - como por exemplo a busca de Jaso pela pele de carneiro de
ouro (toso de ouro) que outrora fora roubado para legitimar seu trono
despertando terror, piedade e com um final funesto.

Filhos
Sim, pelos deuses, salvai-nos, precisamos.
Como a ponta da espada j est perto!
Coro
Desgraada, eras de pedra
ou de ferro, tu que os filhos,
esses frutos que geraras,
com a prpria mo mataste!
 Uma s mulher
uma s at agora
ouvi, que para os filhos
levantaste a mo.
Foi Ino que os deuses enlouqueceram,
quando Hera de casa a quis expulsar.
No mar cai a pobre,
pelo mpio crime dos prprios filhos,
estendendo o p para alm da margem,
morre, consigo os dois filhos levando.
Que horror pode vir ainda?
tlamo feminil,
causa de tantos trabalhos,
que mal tens feito aos mortais!

Neste excerto da pea prximo ao final temos a peripeteia da obra, com

a morte de ambos os filhos de Medeia e Jaso assassinados pela prpria me,
que realizou terrveis atos em virtude de um amor obsessivo vislumbrando
sentimentos de posse que foi levado at as ltimas consequncias, mas que no
fim a despeito do pesar teve sua alma vingada.