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2008
SUMÁRIO
1. CONCEITO
2. EVOLUÇÃO HISTÓRICA
3. PRESSUPOSTOS ESPECÍFICOS DE CABIMENTO
3.1. DIREITO LÍQUIDO E CERTO
3.2. ATO ILEGAL OU PRATICADO COM ABUSO DE PODER (ATO COATOR)
4.DIFERENÇA ENTRE MANDADO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL E
MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO
5. LEGITIMAÇÃO
5.1 ATIVA
5.2 QUANTO OS PARTIDOS POLÍTICOS
6. MEDIDA LIMINAR
7.MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO AMBIENTAL
8. OBJETO DO MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO COMPARADO AO
OBJETO DA AÇÃO POPULAR E DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA
8.1. AÇÃO POPULAR
8.2. AÇÃO CIVIL PÚBLICA
8.3. MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO
8.4. NÃO CABE MANDADO DE SEGURANÇA:
8.5. LEIS E DECRETOS:
8.6. LEIS E DECRETOS DE EFEITOS CONCRETOS SÃO AQUELES QUE
TRAZEM EM SI MESMOS O RESULTADO ESPECÍFICO PRETENDIDO:
8.7. DELIBERAÇÕES LEGISLATIVAS
8.8. COISA JULGADA
8.9. DECISÕES JUDICIAIS
8.1.0 CABIMENTO
9. BIBLIOGRAFIA
10.ANEXOS
1. CONCEITO
direito norte-americano, mas possui no tocante à ação civil pública. Vale ressaltar
1
FIORILLO, Celso Antonio Pacheco. Curso de Direito Ambiental Brasileiro, São Paulo: Saraiva,
2008.
2
Nelson Nery Junior, Princípios, cit., p.93.
A exemplo do mandado de segurança individual é instituto processual de
para proteção de direito líquido e certo (comprovado de plano), não amparado por
autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça.
Federativa do Brasil.
impetrado por:
a) partido político com representação no Congresso
Nacional;
9259/96).
Trata-se o mandado do segurança de ação civil de rito sumario especial
que se destina a afastar a lesão de direito subjetivo individual ou coletivo, por meio
Civil, naquilo em que não haja confronto com a norma especial ou com essência
jurídica do instrumento.
principal a celeridade, cujo artigo 17 da referida Lei preceitua que “os processos
primeira sessão que se seguir a data em que, feita a distribuição, forem conclusos
ao relator”.
No mandado de segurança coletivo não se aplica a previsão do art. 6º do
próprio, direito alheio, salvo quando autorizado por lei”, ao contrário, aceita-se que
associados.
substituição processual."3
beneficio da imunidade quanto a taxa judiciária, artigo 5º, inciso LXXVII, da CF, a
3
JÚNIOR, José Cretella. Do Mandado de Segurança Coletivo. 2 ed. Rio de Janeiro: Forense,
1991. p. 8.
judiciária. Levando-se em consideração ser garantia similar aos aludidos remédios
Sendo esta ultima, ser outra hipótese de imunidade quanto a taxa judiciária,
enquadrado na tabela de custas estabelecida pela Lei 9.289/96, como uma das
causa, tendo como limites mínimo e Maximo as quantias equivalentes a dez Ufirs
e a 1.800 Ufirs.
valor da causa também será parâmetro para calculo do valor da multa prevista no
artigo 14, inciso V e parágrafo único, do CPC, por eventual ato atentatório ao
2. EVOLUÇÃO HISTÓRICA
O Mandado de Segurança Coletivo é instituto novo no ordenamento
1988, que é seu fundamento normativo, encontrando-se no artigo 5º, inciso LXX.
constituída, uma vez que o rito especial da Lei 1.533/51 não comporta dilação
probatória.
probatória.”5
4
MEIRELLES, Lopes Hely. Mandado de Segurança, Ação Popular. Ação Civil Pública, Mandado de
Injunção, “habeas Data”, Ação Direta de Inconstitucionalidade, Ação Declaratória de Constitucionalidade e
Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental. 24 ed. São Paulo: Malheiros, 2002.
5
STJ, ROMS 9623/MS, 1ª Turma, Rel. Min. Demócrito Reinaldo, DJ 22/03/99, pg. 54.
“se os fatos estão comprovados, não pode o juiz deixar de
questão de direito”.6
mandado de segurança. Todavia, os casos para cuja solução a pericia judicial seja
amparar a pretensão”.7
6
STJ, 220174/CE, 1ª Turma, Rel. Min, Garcia Vieira, DJ 11/10/99, pg. 53.
7
STJ, ROMS 14079/RS, 5ª Turma, Rel. Min. Jorge Scartezzini, DJ 13/10/03, pg. 382.
provas, se o prazo de 120 dias (art. 18) ainda estiver em curso. Mesmo para os
autores que vêem o direito líquido e certo não como condição específica da ação
substituindo o direito à jurisdição sobre o litígio, ainda que por outra via”.8
COATOR)
ou abuso de poder.
Trata-se de sempre que houver vicio no que diz respeito aos requisitos de
objetivo.
Pietro:
a) a legitimação ativa;
b) o objeto da tutela.
9
PIETRO, Maria Sylvia Zanella di, Mandado do Segurança. Editora Del Rey.
Cabe salientar que o Mandado de Segurança Coletivo implica os mesmos
Mandado de Segurança Coletivo tem por legitimação ativa partido político com
pessoas, unificadas por uma situação fática assemelhada, assim como definidas
por um traço jurídico, que permite apartá-las e isolá-las enquanto grupo, ou seja, o
5.1 ATIVA
constituída;
outros, os partidos políticos podem atuar para a proteção dos direitos difusos, pois
conforme nos ensina o Prof. José Afonso da Silva, “ Os partidos políticos podem
membros ou associados.
A discussão que o tema trazia com relação a autorização prevista no
Tribunal Federal, que entende ser desnecessária tal autorização, pois a entidade
age como autêntica substituta dos interesses dos seus membros ou filiados.
O Prof. Celso Antonio Pacheco Fiorillo, entende que o rol não é taxativo
que conforme previsão constitucional estabelecida no artigo 129, inciso III, cabe
deputado ou senador.
políticos temos:
ou coletivos;
partidos políticos;
(representação processual).
Celso Agrícola Barbi – os partidos políticos, desde que tenham
Quanto aos Doutrinadores que não entendem sobre a defesa dos partidos
políticos temos:
supletivamente);
podemos citar:
hipóteses:
a) quando se trata de direitos de seus filiados (na práticas quase não
programa partidário.
prescreve que:
10
MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 8 ed. São Paulo: Atlas, 2000. p. 166.
11
PASSOS, José Joaquim Calmon de. Mandado de Segurança Coletivo, Mandado de
Injunção e "Habeas Data": constituição e processo. Rio de Janeiro: Forense, 1989. p. 21.
essa vontade coletiva, que já dispõe de órgão legitimado para
estatal."12
José Afonso da Silva, após fazer uma análise das várias fases da
No mesmo sentido Hely Lopes Meirelles aponta que: "O partido político só
12
PASSOS, José Joaquim Calmon de. Mandado de Segurança Coletivo, Mandado de
Injunção e "Habeas Data": constituição e processo. Rio de Janeiro: Forense, 1989. p.
23/24.
"Quando a Constituição autoriza um partido político a impetrar
esmo;
interesses eleitorais
Verifica-se, que na prática não vem acontecendo essas situações; agora
questão assevera Celso Agrícola Barbi que “a verdade é que os partidos políticos,
membros e associados.
ampla que se adota, poderá ser impetrado pelo partido político, com
difusos.
E conclui:
pauta:
a) pela soberania;
b) cidadania;
político.
QUANTO AS ORGANIZAÇÕES SINDICAIS, ENTIDADES DE CLASSE OU
sindicais;
de classe)
ativa estará presente; se pretender discutir a incidência do IPTU nos imóveis dos
advogados não.
substituídos”.13
associados:
dos membros desta entidade, desde que o objeto da ação corresponda à suas
13
STJ, REsp 72028/RJ, 2ª Turma, Rel. Min. Peçanha Martins, DJ 08/0399, pg. 183.
Ada Pellegrini Grinover: “a única interpretação harmoniosa da alínea ‘b’
do inc. LXX do art. 5º da CF/88, em sintonia com o disposto quanto aos sindicatos
ou extrajudicialmente”.
Art. 8º, III CF “ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses
judiciais ou administrativas”.
que determinou que a associação desse nome por nome dos associados que
seriam beneficiados).
Situação interessante e liberal colocada pelo articulista é de todos os
Segurança Coletivo, já que o tribunal já decidiu que houve ato ilegal e que havia
direito lesado. Para que obrigar o cidadão a requerer outro mandado? Com a
Segurança Coletivo para defesa de interesses difusos, que deverão ser protegidos
estatutos, como um dos legitimados pela alínea “b” do inciso LXX do art. 5º da CF.
No que se refere aos Tribunais, estes têm entendido que o direito alegado
seus associados, mas não exige que este direito seja peculiar e próprio daquela
pessoas a ele filiadas. Exemplificando, temos que a OAB tem legitimidade para
profissão.
defesa de seus próprios filiados em questões políticas, quando autorizado pela lei
e pelo estatuto, não sendo possível pleitear, a exemplo os direitos da classe dos
ativa porque não consta da relação dos legitimados aos quais se refere o texto
constitucional.
seus estatutos. Não pode ele vir a juízo defender direito subjetivos
14 a 16 da Constituição Federal”. 14
14
STJ, EDMS 197/DF, 1ª Seção, Rel. Min. Garcia Vieira, DJ 15/10/90, pg. 11.182.
O Professor Celso Antonio Pacheco Fiorillo, entende que o rol do artigo
5º, inciso LXX da Constituição Federal não é taxativo e a luz desse entendimento
vez que conforme previsão constitucional estabelecida no artigo 129, inciso III,
a inicial deverá vir instruída com a ata da assembléia e relação nominal dos seus
associados e endereços.
6. MEDIDA LIMINAR
Coletivo prevendo que liminar será concedida, quando cabível, somente após a
pronunciará em 72h.
Ainda:
acima"16.
15
FIORILLO, Celso Antônio Pacheco & Marcelo Abelha Rodrigues, Manual de Direito Ambiental e
Legislação Aplicável, São Paulo, Editora Max Limonad, 1997, 577 páginas;
16
FIORILLO, Celso Antônio Pacheco & Marcelo Abelha Rodrigues, Manual de Direito Ambiental e
Legislação Aplicável, São Paulo, Editora Max Limonad, 1997, página 212;
Os ensinamentos do Professor Fiorillo demonstram que o mandado de
segurança coletivo ambiental, quando comparado com a ação civil pública, torna-
se obsoleto, fazendo com que a prestação jurisdicional, que visa proteger o meio
ambiente.
causa.
17
FIORILLO, Celso Antonio Pacheco. Curso de Direito Ambiental Brasileiro, São Paulo: Saraiva,
2008.
Condiciona-se aos mesmos pressupostos constitucionais específicos do
18
STF, MS 21615/RJ, Pleno, Rel. Min. Néri da Silveira, DJ 13/03/98, pg. 4.
19
STF, MS 21098/DF, 1ª Turma, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 27/03/92, pg. 3.802.
O mandado de segurança coletivo é o mesmo remédio processual
Consumidor.
ação.
próprio, mas em defesa de todos os seus membros que tenham um direito ou uma
Objeto:
– a moralidade administrativa;
– meio ambiente
8.2. AÇÃO CIVIL PÚBLICA
- meio ambiente;
- consumidor;
- patrimônio;
- cultura;
- crianças e adolescentes;
- coisa julgada;
constitucional)
de lesar direitos, salvo quando proibitivos, pela óbvia razão de que não lesa, por si
expor-se à impetração, mas nada impede, que na sua execução venha a ser
imediatos).
8.6. LEIS E DECRETOS DE EFEITOS CONCRETOS SÃO AQUELES QUE
processo civil, criminal, trabalhista etc., desde que não haja recurso, ou que haja
recurso com efeito apenas devolutivo, ou seja, este sem efeito suspensivo (desde
que a decisão ou a diligência não possa ser sustada por recurso processual capaz
Regra:
Exceção:
- contra decisão ou despacho judicial para o qual caiba recurso ou possa ser
9. BIBLIOGRAFIA
ALVES, Alberto Monteiro. Mandado de Segurança Coletivo. Jus Navigandi,
Saraiva, 1997.
Paulo.
SILVA, José Afonso, Curso de Direito Constitucional Positivo, 16ª edição, São