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SISTEMA NERVOSO

Umas das mais importantes funções do sistema nervoso é o processamento da


informação que chega a ele (SNC), de modo que ocorram as respostas
necessárias para o meio interno e externo.

Tanto no meio interno quanto no externo existem receptores sensoriais que


captam as informações destes meios. Estes receptores transformam energia
mecânica, elástica, térmica, cinética, eletromagnética e etc... em energia elétrica
para que através dos nervos periféricos estas informações possam chegar ao
SNC, este processo de recepção e condução compreende o sistema nervoso
periférico (SNP).

Após o processamento da informação pelo SNC, o mesmo reformula uma


resposta que será transmitida para o meio interno ou externo pelo sistema
nervoso motor somático ou visceral, que transforma a energia elétrica em cinética
(energia do movimento) para:

1. contração musculatura esquelética.

2. contração musculatura lisa nos órgãos internos.

3. secreção das glândulas exócrina e endócrinas.

Mais de 99% das informações sensoriais são descartadas pelo cérebro como
sendo irrelevantes e sem importância.

o Por exemplo, roupa que não sentimos após algum tempo, ruídos perpétuos
do ambiente que nem percebemos e etc... estas informações são
descartadas pelo cérebro, pois seria impossível e inviável para ele
processar todas elas.
1) Divisão anatômica do sistema nervoso:

2) Divisão funcional do sistema nervoso:

• Relaciona-se com a inervação e


• Relaciona o organismo com o meio
controle de estruturas viscerais
ambiente.
como o baço, fígado, órgãos e etc...
o Músculo liso.
• Compreende a parte muscular
o Músculo cardíaco.
voluntária ou músculo estriado
esquelético.
o Glândulas.

3)Diferenças Anatômicas entre o S. N. Somático Eferente e S. N.Visceral


Eferente ou Autônomo
S.N.Somático Eferente S. N .Visceral Eferente
Músculos esqueléticos Músculos lisos, cardíaco, glândula
Voluntário Involuntário
Um neurônio ligando o SN ao Dois neurônios ligando o SNC ao
efetuador órgão efetuador
Fibras terminam nas placas motoras Não existe terminação
Neurônios pré-ganglionares Neurônios pré e pós- ganglionares
O SISTEMA NERVOSO VISCERAL EFERENTE É DENOMINADO

SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO.

O Sistema Nervoso Autônomo é a parte do Sistema nervoso que está


relacionada ao controle da vida vegetativa, ou seja, controla funções como a
respiração, circulação do sangue, controle de temperatura e digestão. No
entanto, ele não se restringem a isso. Ele é o principal responsável pelo controle
automático do corpo frente às diversidades do ambiente. Por exemplo, quando
você entra em uma sala com um ar-condicionado que lhe dá frio, o sistema
nervoso autônomo começa a agir tentando impedir um queda de temperatura
corporal. Dessa maneira, seus pêlos se arrepiam (devido a contração do músculo
pilo-eretor) e começa a tremer para gerar calor. Ao mesmo tempo ocorre
vasoconstrição nas extremidades para impedir a dissipação deste para o meio.
Essas medidas aliadas a sensação desagradável de frio, foram as principais
responsáveis pela sobrevivência de espécies em condições que deveriam impedir
o funcionamento de um organismo. Dessa maneira, pode-se perceber que o
organismo realmente possui um mecanismo que permite ajustes corporais
mantendo assim o equilíbrio do corpo, também chamado homeostasia.

O sistema nervoso autônomo ajuda muito nesse controle porque é o responsável


pelas respostas reflexas de natureza automática e controla a musculatura lisa, a
musculatura cardíaca e as glândulas exócrinas. Dessa maneira é ele quem
permite o aumento da pressão arterial, aumento da freqüência respiratória, os
movimentos peristálticos, a excreção de determinadas substância entre outras
coisas.

Apesar de se chamar sistema nervoso autônomo ele não é independente do


restante do sistema nervoso. Na verdade, ele é interligado com o hipotálamo, que
coordena a resposta comportamental para garantir a homeostasia.

Sabe-se que o sistema nervoso autônomo é constituído por um conjunto de


neurônios que se encontram na medula e no tronco encefálico. Estes, através de
gânglios periféricos, coordenam a atividade da musculatura lisa, da musculatura
cardíaca e de inúmeras glândulas exócrinas. Mas como o SNA percebe que deve
aumentar a pressão arterial, por exemplo?

Na verdade, não existe um consenso em relação a isso, muitos acreditam que


existem componentes específicos do sistema nervoso autônomo responsáveis
apenas pela percepção de parâmetros físico-químicos, como pressão, pH,
tensão, temperatura, etc. Outro grupo acredita que os sistemas sensoriais,
principalmente o somestésico, são os responsáveis pela percepção dessas
condições no organismo, e que posteriormente, através do sistema nervoso
central essa informação é repassada ao sistema nervoso autônomo que irá agir
para o controle do equilíbrio corporal.
O SNP Autônomo ou Visceral contém fibras nervosas que conduzem
impulsos do sistema nervoso central aos músculos lisos das vísceras e à
musculatura do coração. Um nervo motor do SNP autônomo difere de um
nervo motor do SNP voluntário pelo fato de conter dois tipos de
neurônios, um neurônio pré-ganglionar e outro pós-ganglionar. O corpo
celular do neurônio pré-ganglionar fica localizado dentro do SNC e seu axônio
vai até um gânglio (23 PARES), onde o impulso nervoso é transmitido
sinapticamente ao neurônio pós-ganglionar. O corpo celular do neurônio pós-
ganglionar fica no interior do gânglio nervoso e seu axônio conduz o estímulo
nervoso até o órgão efetuador, que pode ser um músculo liso ou cardíaco.

O SNA divide-se em sistema nervoso simpático e sistema nervoso


parassimpático que são constituídos basicamente por uma via motora com dois
neurônios, sendo um pré-ganglionar (cujo corpo se encontra no sistema nervoso
central), e outro pós-ganglionar (cujo corpo se encontra em gânglios
autonômicos).

De modo geral, esses dois sistemas têm funções contrárias (antagônicas). Um


corrige os excessos do outro. Por exemplo, se o sistema simpático acelera
demasiadamente as batidas do coração, o sistema parassimpático entra em
ação, diminuindo o ritmo cardíaco.
O SNP autônomo simpático, de modo geral, estimula ações que mobilizam
energia, permitindo ao organismo responder a situações de estresse. Por
exemplo, o sistema simpático é responsável pela aceleração dos batimentos
cardíacos, pelo aumento da pressão arterial, da concentração de açúcar no
sangue e pela ativação do metabolismo geral do corpo.
Já o SNP autônomo parassimpático estimula principalmente atividades
relaxantes, como as reduções do ritmo cardíaco e da pressão arterial, entre
outras.
Uma das principais diferenças entre os nervos simpáticos e parassimpáticos é
que as fibras pós-ganglionares dos dois sistemas normalmente secretam
diferentes hormônios. O hormônio secretado pelos neurônios pós-ganglionares
do sistema nervoso parassimpático é a acetilcolina, razão pela qual esses
neurônios são chamados colinérgicos.
Os neurônios pós-ganglionares do sistema nervoso simpático secretam
principalmente noradrenalina, razão por que a maioria deles é chamada
neurônios adrenérgicos. As fibras adrenérgicas ligam o sistema nervoso
central à glândula supra-renal, promovendo aumento da secreção de
adrenalina, hormônio que produz a resposta de "luta ou fuga" em situações de
stress.
A acetilcolina e a noradrenalina têm a capacidade de excitar alguns órgãos e
inibir outros, de maneira antagônica.
Em geral, quando os centros simpáticos cerebrais se tornam
excitados, estimulam, simultaneamente, quase todos os nervos simpáticos,
preparando o corpo para a atividade.

DIFERENÇAS ANATÔMICAS ENTRE O SIMPÁTICO E O PARASSIMPÁTICO:

No sistema simpático, logo depois que o nervo espinhal deixa o canal espinal, as
fibras pré-ganglionares abandonam o nervo, e passam para um dos gânglios da
cadeia simpática onde fará sinapse com um neurônio pós ganglionar. No sistema
parassimpático, na maioria das vezes, as fibras pré-ganglionares normalmente
seguem, sem interrupção, até o órgão que será controlado fazendo então sinapse
com os neurônios pós-ganglionares. Dessa maneira percebe-se que os neurônios
pré-ganglionares do simpático são curtos e os pós são longos, no parassimpático
ocorre o inverso. Já o sistema nervoso entérico (rede de neurônios que inervam o
sistema digestivo (trato gastrointestinal, pâncreas e vesícula biliar) apresenta seus
corpos celulares na parede do trato gastrointestinal.

Os neurônios pré-ganglionares do sistema simpático emergem dos segmentos


tóraco-lombares (da região do peito e logo abaixo), ao passo que os do sistema
parassimpático emergem dos segmentos céfalo-sacrais (da região da cabeça e
logo acima dos glúteos).

Sistema nervoso simpático:

Sistema nervoso parassimpático:.


Em resumo, as diferenças Anatômicas entre o Simpático e o Parassimpático são
as seguintes:
Simpático Parassimpático
Neurônios pré-gânglionares na medula Localizam-se no Tronco encefálico e
torácica e lombar (T1 a L2)-tóraco- na medula sacral(S2, S3 e S4)- crânio-
lombar sacral
Gânglios longe das vísceras Neurônios próximos ou dentro das
vísceras
Fibra pré-gânglionar curta e pós longa Fibra pré-gânglionar longa e pós curta
Os neurotransmissores são O neurotransmissor é acetilcolina
noradrenalina e adrenalina.

Sistema de alerta e fuga.

NEUROTRANSMISSORES:

Normalmente as fibras nervosas dos sistemas simpáticos e parassimpáticos


secretam principalmente dois principais neurotransmissores: noradrenalina ou
acetilcolina. As fibras que secretam noradrenalina ativam receptores
adrenérgicos, e as que secretam acetilcolina ativam receptores colinérgicos.

Ao contrário do que se pode imaginar, não existe uma regra muito precisa de qual
das duas substâncias determinado sistema emprega, no entanto pode-se fazer
algumas generalizações para melhor compreensão. Podemos assim afirmar que
todos os neurônios pré-ganglionares, sejam eles simpáticos ou parassimpáticos,
são colinérgicos. Consequentemente, ao se aplicar acetilcolina nos gânglios, os
neurônios pós-ganglionares de ambos os sistemas serão ativados.

Em relação aos neurônios pós ganglionares do sistema simpático, em sua


maioria, eles liberam noradrenalina a qual excita algumas células mas inibe
outras. No entanto, alguns neurônios pós ganglionares simpáticos, são
colinérgicos, como por exemplo, as que inervam a maioria das células
sudoríparas. Outro exemplo são os que inervam alguns vasos que irrigam tecido
muscular.

Os pós-ganglionares Parassimpáticos também são colinérgicas.


FARMACOLOGIA
⇒ Refere-se a ação de drogas.
Drogas que imitam a ação do SN Simpático ⇒ Simpaticométicas

Drogas que imitam a ação do SN Parassimpático ⇒ Parassimpaticométicas


AÇÕES DO SIMPÁTICO E DO PARASSIMPÁTICO NOS DIFERENTES
ÓRGÃOS:

Efeito da estimulação Efeito da estimulação


Órgão
simpática parassimpática

Olho:
pupila Dilatada Contraída
Músculo ciliar nenhum Excitado

Glândulas
vasoconstrição Estimulação de secreção
gastrointestinais

Glândulas
sudação Nenhum
sudoríparas

Coração:
músculo (miocárdio) Atividade aumentada Diminuição da atividade
Coronárias Vasodilatação Constrição

Vasos sanguíneos
sistêmicos:
Abdominal Constrição Nenhum
Músculo Dilatação Nenhum
Pele Constrição ou dilatação Nenhum

Pulmões:
Brônquios Dilatação Constrição
Vasos sangüíneos Constrição moderada Nenhum

Tubo digestivo:
Luz Diminuição do tônus e Aumento do tônus e do
da peristalse peristaltismo
Esfíncteres Aumento do tônus Diminuição do tônus

Fígado Liberação de glicose Nenhum

Diminuição da produção
Rim Nenhum
de urina

Bexiga:
Corpo Inibição Excitação
Esfíncter Excitação Inibição

Ato sexual masculino Ejaculação Ereção

Glicose sangüínea Aumento Nenhum

Metabolismo basal Aumento em até 50% Nenhum

Atividade mental Aumento Nenhum

Secreção da medula
supra-renal Aumento Nenhum
(adrenalina)
Além do mecanismo da descarga em massa do sistema simpático,
algumas condições fisiológicas podem estimular partes localizadas desse
sistema. Duas das condições são as seguintes:

• Reflexos calóricos: o calor aplicado à pele determina um reflexo que


passa através da medula espinhal e volta a ela, dilatando os vasos
sangüíneos cutâneos. Também o aquecimento do sangue que passa
através do centro de controle térmico do hipotálamo aumenta o grau de
vasodilatação superficial, sem alterar os vasos profundos.
• Exercícios: durante o exercício físico, o metabolismo aumentado nos
músculos tem um efeito local de dilatação dos vasos sangüíneos
musculares; porém, ao mesmo tempo, o sistema simpático tem efeito
vasoconstritor para a maioria das outras regiões do corpo. A vasodilatação
muscular permite que o sangue flua facilmente através dos músculos,
enquanto a vasoconstrição diminui o fluxo sangüíneo em todas as regiões
do corpo, exceto no coração e no cérebro.

DE MODO GERAL, AS PORÇÕES SIMPÁTICA E PARASSIMPÁTICA DO


SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO SÃO ANTAGÔNICAS, MAS TRABALHAM
EM HARMONIA.

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