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Eu sempre achei que, de uma maneira muito ironica, divertido que muitos
historiadores crticos da Igreja Catlica encontrem alguma coisa desprezvel na
proclamao da infalibilidade papal pelo Primeiro Conclio do Vaticano e nas
discusses e preparativos que o precedem. Obviamente, esses historiadores desejam
que essa proclamao nunca tenha acontecido e gostaria de culpar os responsveis;
mas na verdade a verdade da doutrina da infalibilidade papal historicamente
incontornvel (nenhuma explicao natural pode representar cerca de 270 Papas que
nunca discordam entre si em declaraes de "ex cathedra" por 2.000 anos, e existem
vrios casos extraordinrios de Papas que pareciam sobre para violar a infalibilidade
e, no ltimo minuto, foram misteriosamente impedidos de faz-lo - notadamente
Papas Libria e Viglia, nos sculos IV e VI, respectivamente). Deveria tambm
ficar claro que, com o mundo ocidental passando para uma era em que "todos" a
autoridade intelectual e espiritual era desafiada, onde o relativismo e mesmo o
ceticismo fundamental se tornariam normas intelectuais virtuais, no s a soberania
da verdade, mas sua doutrinria Locus nos Papas teve que ser proclamado.
O Papa Pio IX fez grandes esforos antes do Conclio do Primeiro Vaticano para
garantir que ele iria confirmar a infalibilidade papal. Estritamente falando, no
precisava faz-lo; O Papa tem plena autoridade para proclamar esta ou qualquer
outra verdade sobre a f catlica e a Igreja sozinho. Mas especialmente no caso
deste carisma nico dado aos Papas, ele naturalmente viu isso melhor para ser
formalmente proclamado por um conselho ecumnico. Uma vez que os conselhos
no so infalveis e so muitas vezes influenciados por motivos menores e at
mesmo fundamentais, esses avanos foram necessrios e louvveis. Eles podem ser
feitos para parecer ruins apenas por escritores e leitores que realmente no entendem
quem o Papa.
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