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Centro Comunitário da Paróquia de Carcavelos

ÁGORA 157
Jul/Ago 2010

Agenda
Setembro:
Inscrições para os Ateliês

2 de Setembro:
Feira do Vende Tudo

29 de Agosto e 26 de
Setembro:
Feira das Velharias

Todas as 4ªs Feiras


de manhã
(a partir de Setembro)
Mini-Feira do Vende Tudo

Apoios recebidos

Testemunhos Porta Aberta


As crianças são as primeiras a dizer que gostam de estar na Porta Aberta. Mas o
que pensam os seus pais? O ÁGORA perguntou aos encarregados de educação o
que eles pensam das actividades e o
que lhes dizem os filhos. Os testemu-
nhos e opiniões são muito impor-
tantes para nós. E aqui ficam alguns
Distribuição
para todos conhecerem (pág.7) Gratuita
Ler mais - pág. 2
Venha visitar-nos em www.centrocomunitario.net e em http://centrocomunitariocarcavelos.blogspot.com
Certificação de Qualidade
Quais as pessoas envolvidas neste processo?
Todos nós!
Nesta foto não puderam
estar presentes:
- Os funcionários da Casa
Jubleu 2000: Rita Cunha,
Pedro Lopes, Filipa Noronha,
José Maria Silva, Luís Mário
Freitas, Olga Espírito Santo,
Isabel Pereira e Celia Fer-
nandes;
- Filipa Godinho, a respon-
sável por nos orientar neste
processo de certificação de
Qualidade;
Que contribuem igualmente
para nos tornarmos uma
instituição certificada.

Angariação de Fundos
E m Julho e Agosto o Centro Comunitário recebeu donativos de diversas empre-
sas, a quem agradece:
- A Dorel e a Bebéconfort: carrinhos de bebé, “aranhas” e cadeiras de alimenta-
ção;
- A FLima: produtos alimentares e de higiene;
- A Mind’Sup: leite de crescimento;
- A Ramazzotti: embalagens de bolachas;

As feiras das Velharias e do Vende Tudo têm


Ficha Técnica: sido uma ajuda fundamental para o Centro
Coordenação: Comunitário. Desde o início do ano resultaram
Natércia Martins num total de 12.033€. Agradecemos mais uma
Redacção: vez aos incansáveis voluntários e colaboradores
Susana Teodoro que tornam estas feiras possíveis.o
Layout e Grafismo:
Susana Teodoro
Revisão: Feiras
Mário Marfim, Conceição Fernando
Colaboraram neste número: 3500 3064
Moira (receita), Cátia Silva. 3000 2.594
Propriedade: 2500 2219
1933
Centro Comunitário da Paróquia de 2000 1623
Carcavelos 1500
Av. do Loureiro, 394
1000
2775-599 Carcavelos 600
Tel: 214 578t 952 500
Fax: 214 576 768 0
Email: ccpc@netcabo.pt Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho
Visite-nos em
www.centrocomunitario.net
centrocomunitariocarcavelos.blogspot.com

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Cá em casa
Agenda 2011!

E

stamos já a preparar a
nova agenda para 2011, desta
vez sobre o tema do Volun-
tariado!
2011 foi instituido como o
Ano Europeu das Actividades
de Voluntariado que Promo- $JHQGD
vam uma Cidadania Activa, e
luntariado pretende projectar Esperamos assim no final de Se-
o Centro Comunitário não pode-
a nível europeu as actividades tembro poder ter já à venda a
ria ficar alheio a este facto. &HQWUR
de voluntariado que serão de- Agenda de 2011, cujo lucro irá
O Centro tem também uma
longa tradição de voluntariado, &RPXQLWiULR
senvolvidas no próximo ano em reverter para a construção do
sendo esta também uma forma
Portugal.
GH&DUFDYHORV
Estas actividades promovem a
novo edifício do Centro, que in-
tegrará uma creche com ca-
de homenagear todos os que
participação cívica e ajudam a pacidade para 60 crianças.
deram e dão o seu tempo pelas
desenvolver um sentimento de Contamos com a sua Con-
nossas causas.
pertença e dedicação dos ci- tribuição! o
A implementação do Ano Eu-
dadãos em relação à sociedade
ropeu das Actividades de Vo-
em que estão inseridos.

Férias Espaço Sénior - Quinta do Crestelo


N o final de Junho os seniores
estiveram na Quinta do Crest-
pelo Museu do Pão, em Seia,
pelo Centro de Interpretação da
Não podia também faltar o já
conhecido jantar Medieval,
Serra da Estrela, pelo Museu da em que cada um encarna
elo, em Seia, onde disfrutaram Miniatura Automóvel, em Gou- uma personagens do tempo
das paisagens tranquilas e de veia, entre outros Monumentos da monarquia.o
um ambiente animado. e locais turísticos.

Já não é a primeira vez


que a Quinta do Crestelo
recebe o Centro Comuni-
tário neste tipo de colónia _$QR(XURSHXGR9ROXQWDULDGR

de férias.
Ainda assim, para não
haver repetições o pro-
grama foi ligeiramente
modificado.
Os seniores visitaram lo-
cais como a Serra da Es-
trela, a Guarda, Linhares
da Beira, Belmonte, Oli-
veira do Hospital, Tran-
coso... Passaram também

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Fundadores visitam o Centro
mos saber o seu historial. A casa
era de dois irmãos. Um era ad-
vogado e estava cá em Lisboa,
e o outro tinha fugido para o
Brasil depois de falir. Metade da
casa era do tribunal e a outra
metade era do advogado que cá
estava. E ele só podia negociar a
metade dele.
Começámos as negociações e
ele pedia 3 mil contos. Nós só
tínhamos mil… mas o Pe. Aleixo
era um homem que dizia as-
sim: “o dinheiro depois arran-
ja-se. Vamos lá negociar com o
homem!” Lá conseguimos que
ele baixasse um bocadinho e
Da esquerda para a direita: João Vasconcelos, Victor Coimbra, Luísa Vasconcelos, Mª Julieta fizemos negócio.
Conceição, Mª Salomé Villa de Freitas, António Villa de Freitas, Jorge Saco e Vanda Cruz. Faltava a outra parte do tri-
bunal. O João Vasconcelos
A lguns dos fundadores do
Centro Comunitário, membros
pessoas, tomávamos um chá e
conversávamos. E foi assim que
começou. Uma vez por semana
trabalhava na Câmara de
Falências e tinha o processo
na mão. No fim de nós ser-
dos casais vicentinos, vieram no salão paroquial.” (Maria Sa-
mos donos da primeira metade
visitar-nos em Junho. João e Luí- lomé Villa de Freitas)
o João Vasconcelos é que nos
sa Vasconcelos, Maria Salomé e “Mas entretanto o Pe. Aleixo
ajudou a negociar o resto com o
António Villa de Freitas e Jorge tinha uma outra visão: dar à co-
tribunal.” (Jorge Saco)
Saco, Maria Julieta Conceição munidade o que ela necessitava
Negócios à parte, a compra foi
(filha do casal Zanda e Joaquim), para crescer. Isto sem impor
conseguida finalmente. O resto
Vanda Cruz e Victor Coimbra, vi- nada. E encarregou os casais vi-
do dinheiro que era preciso foi
eram ao Centro para matar sau- centinos de tratar de um assun-
arranjado através da Gulben-
dades. to só: não era dar esmola. Era
kian que também apoiava
atacar o problema da terceira
obras sociais.
A visita integrou um almoço no idade.
Faltava agora meter mãos à
Centro que juntou velhos amigos O Pe. Aleixo soube que a Cáritas
obra e preparar a casa para
e companheiros de sonhos. Pelo Alemã estava a dar um dinheiro
o objectivo a que se pro-
caminho contaram como foi cri- – nessa altura mil contos – e o
punham. Coube ao grupo de ca-
ar um Centro Comunitário. A es- objectivo inicial era arranjar
tória fica, tanto quanto possível, um barracão pré-fabricado
nas suas próprias palavras. para reunir a terceira idade. Casais Vicentinos:
“Os idosos de Carcavelos re- A Junta de Freguesia facilitou- - Luisa e João Vasconcelos
uniam-se no jardim de Car- nos o terreno. Quando está- - Mª Salomé e António Villa de
cavelos. O nosso Pe. Aleixo, que vamos para fazer isso aparece Freitas
era um homem de uma visão um senhor, o Ilídio Tomás, que - Mary e Victor Coimbra
extraordinária, começou a pen- viu que estava aqui uma casa - Zanda e Joaquim Conceição
sar que era uma pena eles não abandonada e ocupada desde - Mª Odete e Jorge Saco
terem uma local fixo para se o 25 de Abril por uma série de - Mª Licínia e José Pedro Cabral
juntar. E nós fomos desafiados casais. Naquela altura faziam- - Mª Olímpia e Vasco Albuquerque
pelo Pe. Aleixo a começar a or- -se ocupações selvagens de - Luísa e Ilídio Tomás
ganizar uns encontros no salão habitações deste género. - Vanda e Abílio Cruz
paroquial. Reuníamos aquelas Para conseguirmos a casa fo-

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sais vicentinos leiloar as peças e muitos filhos e uma casa muito Luísa França. Só mais tarde é
mobílias que não eram precisas grande, eu já sabia como ori- que este cargo passou para a
e tratar de adaptar a vivenda. entar uma casa como esta. Eu actual directora, Conceição Fer-
E assim se começou a ter espaço disse-lhe que não era a pessoa nando.
para poder “atacar o problema indicada e além disso não tinha “E depois o Centro foi crescen-
dos idosos”. Também outros preparação técnica, mas naque- do. Depois começaram as crian-
grupos da paróquia passaram a la altura inicial aceitei e comecei ças, os ATL...”
reunir-se no novo espaço. a admitir pessoal e a orientar as
“Admitiu-se algum pessoal coisas. Depois a coisa foi cres- Para os que ainda não conhecem
naquela altura. Uma das primei- cendo. Entretanto casou-se a bem a história do Centro podem
ras a entrar foi a Abaris. Eu fui a minha filha e eu tive de sair”. consultar a cronologia em www.
primeira directora. O Pe. Aleixo (Maria Salomé Villa de Freitas). centrocomunitario.net/histo-
achou que, como eu tinha Na direcção seguiu-se a técnica rial.htm o

Destaques IM Magazine
Ampliar as vozes do
Mundo
O “Global Voices” é uma alavanca para o jornalismo
cidadão e marca uma forte e respeitada posição, propon-
do-se a «agregar, seleccionar e amplificar a conversação
global online – iluminando locais e pessoas que os média
convencionais geralmente ignoram». Texto: Sara Mor-
eira

Educação Sem Terra


Conheça os modos de vida e as forma de aprendizagem
das crianças inseridas no Movimento Sem terra no Bra-
sil. Texto: Bernadete Toneto

Mulheres na Ciência
“A percentagem de mulheres portuguesas com
uma profissão científica chega ao dobro da média
europeia. São mulheres, em particular as mais novas,
quem mais inova em Portugal.” Texto: Carlos Fiolhais

Destruição Criativa, Capita-


lismo inclusivo e sustentabi-
lidade
“Hoje o desânimo apodera-se de líderes de acção
e de opinião, que crêem que a sustentabilidade se
vulgarizou, que foi uma falácia, que o discurso já não
vende nem convence (...) Ora o segredo da sustentabilidade, se de segredo se pode falar, reside (...)” .
Texto: Maria Rosário Partidário Leia mais em http://immagazine.sapo.pt

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participantes.

Ateliês Formador:
Robalo
Fernanda

Público-alvo: maiores de
Teatro
Objectivo: Desenvolver a expres-
sividade corporal, vocal, emocio-

2010-2011 15 anos
Horário: às 4ªs, das 10h às
13h00
nal, mental e espiritual no con-
texto da comunicação humana.
Potenciar a interpretação teatral
Preço: 14€ a partir do trabalho de grupo e
Duração: Outubro a Junho do potencial pessoal.
Formador: Natacha Marjanovic
Canto e Técnica Vocal Ginástica Geriátri- Público-alvo: maiores de 15 anos
Objectivo: Desenvolver uma abor- ca Horário: às 3ªs, das 20h15 -
dagem descontraída ao canto e à Objectivo: Promover e desen- 21h45
técnica vocal, interpretando can- volver a prática da actividade físi- Preço: 27€
ções, promovendo a comunicação ca junto das pessoas com mais Duração: Outubro a Junho
em público e corrigindo possíveis de 65 anos de idade.
anomalias vocais. Formador: Emanuel Pereira Teatro para
Formador: Pedro Pires Público-alvo: idade igual ou supe- crianças
Público-alvo: maiores de 12 anos rior a 65 anos Objectivo: Ensinar as crianças de
Horário: 5ªs a partir das 17h30 Horário: às 3ªs e 6ªs das 9h às forma lúdica e divertida a tomar
(em três turnos seguidos) 10h consciência do próprio corpo,
Preço: 2 alunos - 35€ / 1 aluno - 50€ Preço: por capitação dominar a linguagem ges-
Duração: a partir de Outubro Duração: Outubro a Julho tual, improvisar, criar-se
no imaginário. Colocação
Pintura e Artes Guitarra Clássica de voz, entre outros exer-
Decorativas Objectivo: Chegar à música cícios.
Objectivo: Ensinar técnicas de pin-
através da aprendizagem da Gui- Formador: Natacha Mar-
tura e de artes decorativas, estimu-
tarra Clássica, tendo como base janovic
lando a criatividade dos formandos
a matéria do curso universal de Público-alvo: dos 6 aos 14 anos
e ajudando-os conceber e realizar os
guitarra clássica (escuela razona- Horário: às 3ªs das 17h30 às
trabalhos a que se propõem.
da de la guitarra de Emilio Pujol). 18h30 ou das 18h40 às 19h40
Formador: Manuela Vasconcelos
Formador: Paulo Villa de Freitas Preço: 27€
Público-alvo: maiores de 12 anos
Público-alvo: maiores de 6 anos Duração: Outubro a Junho
Horário: às 5ªs, das 10h às 13h
Horário: às 2ªs e 4ªs a partir das
Preço: 37€
18h30 Informática
Duração: Outubro a Junho
Preço: 2 alunos 42€ / 1 aluno Módulos: Windows, Word,
78€ Excel, Power Point, Access,
Guitarra Duração: Outubro a Junho Internet.
Objectivo: Aprendizagem da gui- Formador: Rui Silva
tarra com aquisição de três níveis Azulejaria Público-alvo: maiores de 11
diferentes de conhecimentos. Objectivo: Compreender a azule- anos
Formador: Pedro Pires e Tânia jaria no seu contexto histórico Horário: todos os dias úteis - 9h-
Ramalho e social e utilizá-la como instru- 11h / 11h-13h / 19h30 - 21h30
Público-alvo: maiores de 8 anos mento de expressão artística Preço: Windows - 12h-55€; Word
Horário: às 3ªs e 5ªs a partir das individual. Utilizar correctamente - 20h-80€; Excel - 20h-80€; Pow-
17h00 os instrumentos e matérias ade- er Point - 20h-85€; Access - 20h-
Preço: 3 alunos - 26€ / 2 alunos - quados a cada um dos conteúdos 90€; Internet - 20h-95€.
42€ / 1 aluno - 78€ a desenvolver. Duração: Durante todo o ano
Duração: Outubro a Junho Formador: Elsa Figueiredo
Público-alvo: maiores de 12 anos
Tapeçaria Horário: Sexta-feira 10h00 às
Objectivo: Aprendizagem da téc- 12h30 Preço: 30€ (sem material
nica dos pontos de Arraiolos e incluído) Taxa de inscrição: 26€
promover o convívio entre os Duração: Outubro a Junho

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Porta Aberta 2010 - Testemunhos
sempre têm Este acaba por ser simbólico.
acesso (ping- A qualidade, essa, é efectiva,
-pong, base- real e comprova-se muito facil-
bol, etc.) e mente”. Fernando Ferreira, pai
dão também da Laura.
valor aos tra-
balhos manu- “Um dia mais tarde, quando
ais”. Rita os miúdos se tornarem adoles-
Mourão, mãe centes, se for do interesse deles,
do Vicente. passam eles próprios para o
lado de lá, ou seja, passam a ser
[Na Porta monitores (o que lhes dará cer-
A no após ano as filas repe-
tem-se à porta do Centro no
Aberta] "as férias são sinónimo
de muitas brincadeiras, de no-
tamente uma ocupação e uma
perspectiva de vida diferente)”.
início de Junho. A explicação? vos amigos, novas experiências, Fátima Salgueiro, mãe do Ber-
Inscrições para a Porta Aberta. novas partilhas. O tempo é ocu- nardo.
Não há nenhum segredo nem pado de uma forma divertida e
nenhuma receita expecial para pedagógica, sobretudo porque “Gosto dos monitores. Acho
que as actividades de verão re- é um espaço feito por pessoas que têm uma boa relação
sultem tão bem, mas certo é com uma sensibilidade ex- com as crianças e gosto das
que as crianças querem sempre traordinária, para crianças, e ideias que têm para passar
regressar. onde as crianças são tratadas os dias. Adoro saber que
O ÁGORA foi falar com os al- como crianças. Existe um aper- ele vai feliz, que às quartas-
guns dos pais das crianças, que feiçoar de talentos, é estimu- -feiras é dia de mangueirada ,
tentaram explicar porque esco- lada a criatividade, é incutida que vem todo sujo porque brin-
lheram as actividades da Porta a responsabilidade e a autono- cou muito...” Marta Torres, mãe
Aberta: mia, ao mesmo tempo que não do Tomás Cardoso.
se descura o espírito de equipa,
“O meu filho frequenta um colé- entreajuda e companheirismo”. “Os valores que são transmi-
gio onde os meninos são “pro- Rita Pereira, mãe da Marta. tidos às crianças [marcam
tegidos” das inúmeras dificul- a diferença]. Sem que elas
dades que a realidade impõe. [O mais positivo da Porta dêem por isso, no meio das
Conhecer outras crianças com Aberta é] “a diversidade das brincadeiras e das canções,
vivências diferentes é impor- actividades e o sentido de liber- estão a ajudar-nos a trans-
tante para o seu crescimento. dade/responsabilidade sobre mitir valores importantes em
O contacto com outras reali- as crianças. isto ao ponto de que nós lá em casa acredita-
dades, por vezes tão compli- a minha filha ficar triste pelo mos”. Ana Margarida Torgal,
cadas faz com que valorizem o pouco tempo que aí passou. Um mãe da Leonor.
que realmente é importante”. agradecimento muito reconhe-
Fátima Ferreira, mãe do Tomás cido à simpatia, simplicidade e “A Porta Aberta é, uma «janela»
Almeida. dedicação dos monitores e res- para a brincadeira de antiga-
tante pessoal”. Jorge Choupina, mente: aquela que era feita na
“Os meios são reduzidos e por pai da Alexandra. rua, onde se jogava à apanha-
isso dão largas à imaginação. da, ao futebol humano, onde se
Proporcionam contacto com [O que marca a diferença entre faziam corridas, onde não faz
jogos e desportos a que nem o Centro e outras instituições parte a PSP, a Nintendo...”. José
é] “a relação qualidade/preço. Sequeira, pai do Leandroo

7
Vidas com história
Testemunho Jogadores Anónimos
outra haviam trilhado o mesmo
caminho.
Ensinaram-me a perceber as se-
melhanças existentes nos nossos
percursos de vida e a não levar
em conta as diferenças: tanto é
jogador conpulsivo aquele que
jogou durante um ano como
aquele que jogou durante uma
década; tanto faz ter gasto um
cêntimo como um milhão de eu-
ros. O fundamental da questão é
que nenhum foi capaz de parar
de apostar. Foi então que per-
cebi a frase que ouvira tantas

T udo começou de uma forma


inocente, como se jogar fosse
ser desprezível, único no mun-
do e incapaz de cumprir uma
só promessa em meu próprio
vezes pronunciada pelo meu
pai: “o jogo tanto desonra
a quem ganha um milhão
um passatempo para ocupar al- benefício. como a quem perde um
gumas horas semanais. Como Não acreditava que pudesse tostão”.
se fosse uma ida ao cinema, um existir alguém tão auto-destru- Hoje, a minha vida sem jogo
passeio à beira-mar, um café com tivo quanto eu. Fé era algo que devolveu-me algo que há muito
os amigos numa esplanada… nunca sentira em relação a nada não experimentava: a beleza das
Não tenho ideia de como ou ou ninguém. Como poderia re- coisas simples, a noção de que
quando passei a ser um jogador solver o problema se nem em afinal, muito mais do que de di-
compulsivo, mas durante vinte mim próprio podia confiar? nheiro, a vida é feita de afectos,
e cinco anos o jogo fez parte Precisava de ajuda urgente mas compreensão, partilha, amor e,
da minha vida. Aos poucos foi não sabia onde ou a quem me fundamentalmente, SERENI-
destruindo laços familiares, afec- havia de dirigir. Estava num beco DADE.
tos, objectivos, tempo, dinheiro, sem saída e vivia este tormento O meu OBRIGADO, pleno de
e principalmente uma forma de forma solitária, porque para gratidão, aos JOGADORES
normal de pensar e viver. além da vergonha que sentia, ANÓNIMOS
Tentei vezes sem conta parar, tinha a firme certeza de que não
mas algo mais forte que a minha seria desculpado, nem tão pouco
própria vontade me impelia a compreendido. Informação útil:
continuar, quebrando sucessiva- Há três anos e quatro meses essa Contacto Carcavelos e Parede -
mente promessas que minutos ajuda chegou sob a forma de um 919449917
antes acabara de fazer. telefonema, feito por alguém Reuniões: Carcavelos - 2ª e 5ª,
Bastava fazer a primeira aposta que convivera com a minha das 21h15 às 22h45 - Centro Co-
para não conseguir parar mais. adição. Foi esta pessoa que me munitário de Carcavelos | Parede
Aliás… Existiam duas formas de deu um número de telefone dos - 3ª e 6ª, das 21h15 às 22h45 -
parar: ou acabava o dinheiro ou Jogadores Anónimos. Centro Comunitário da Parede
a sala de jogo fechava. Liguei de imediato e logo na
mail: janonimos@janonimos.org
Com uma força de vontade tão primeira reunião descobri que
ou janonimos@hotmail.com
débil, e vendo o descalabro estava entre pares. Só eles pode-
económico e financeiro em que riam entender todo o meu so- site: www.janonimos.org
me encontrava, achava-me um frimento. De uma forma ou de

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Agenda Cultural
The Karate Kid - estreia a 2 de Setembro
Género: Acção/Aventura M12 | Realização: Harald Zwart | In-
terpretação: Jackie Chan, Jaden Smith, Taraji P. Henson | Argu-

Cinema mento: Michael Soccio


É o primeiro remake do filme de 1984 e conta com a interpretação
de Jackie Chan. O argumento baseia-se na vida de um rapaz que
se muda para a China com a sua mãe e passa a ser vítima de bul-
lying. Procura então um especialista em karaté, para ensiná-lo a
defender-se.

O Jardim das Maravilhas - Oeiras


até 26 de Setembro

Depois de Salvador Dalí e Alexander Calder, o Centro


Exposição Cultural Palácio do Egipto volta a acolher outro grande
nome das artes plásticas a nível mundial - Joan Miró.
Horário: 3ª a dom - 11h30 - 18h00 |Última 6ª mês -
11h30 - 24h00 |Aberto aos feriados | Local: Centro Cul-
tural Palácio do Egipto | Informações: 214 408 391

A Nossa Carmen
Até 26 de Setembro

Esta exposição conta a história de Carmen Miranda recorrendo


a dezenas de peças originais do Museu Carmen Miranda (Rio
Exposição de Janeiro) como roupas, jóias, sapatos, partituras e cartazes,
entre outros objectos.

Local: Centro Cultural de Cascais |Horário: 10h - 18h


Informações: 214848900

Passeios de Barco à Vela


Verão 2010

Os passeios de barco proporcionam-lhe a oportunidade de nave-


Desporto gar ao longo da Costa de Cascais/Estoril, na embarcação tradicio-
nal “Estou para Ver”, um antigo galeão do sal do início do século
XX.
Partidas e chegadas: Cais de Recepção da Marina de Cascais
|Horário: 09h30 às 11h00 | Inscrições: cascais.activo@cm-cascais.
pt ou 214825581/76/56 | Taxa de participação de 2,60€/pessoa.

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Voluntariado na Primeira Pessoa
Cristina Moura nos com idades entre 6 e os
16 anos. A maioria, explica,
tária acaba por revelar: “princi-
palmente numa delas, notei uma
“tem dificuldades de apren- mudança até na postura. Um dia
dizagem”, pelo que, apesar das foi ela a dizer-me: faz-me per-
idades, frequentam entre a se- guntas, põe-me à prova”.
gunda classe e o quinto ano do Melhorias que a motivam, em-
ensino básico. O objectivo é aju- bora não sejam a principal razão
dar nos trabalhos de casa, tirar para abraçar o voluntariado. Para
dúvidas e preparar para os tes- Cristina Moura, ser voluntário
tes. Um tempo demasiado curto, faz parte de uma “lógica social”:
mas muito valorizado. “há qualquer coisa que devemos
“O mais engraçado é que quan- fazer para tornar as coisas mel-
do chegaram as férias as cri- hores (...) Todos devíamos con-
anças preferiam que o Apoio tribuir (...) e a partir do mo-
Escolar continuasse”, refere mento em que estamos a dar,
Cristina Moura, enquanto acres- fazemos com que da outra parte
centa que as crianças e os jovens haja a mesma reacção, de dar
raramente faltam aos encontros também”. E assim o mundo fun-
de sábado de manhã. Como se cionaria muito melhor.
explica que gostem de estudar Depois de ter entrado no

N esta rubrica temos desco-


berto muitas experiências de
ao fim-de-semana? A voluntária
arrisca alguns palpites: “Sentem
que estão a ganhar alguma coi-
Centro Comunitário, Cristina
conta que surgiram outras
oportunidades de voluntari-
voluntariado. A maioria começa sa, ganham confiança e segu- ado e enquanto continua à
com um momento… Aquele em rança porque aprendem”. Além procura de emprego, dedica-
que depois de anos a pensar disso, “é um ponto de encontro” -se: à Bolsa de Voluntariado de
em ser voluntário, alguém de- e funciona já como “uma grande Oeiras, onde ajuda no trabalho
cide que finalmente chegou a família”. administrativo; ao Centro Nuno
altura. Foi assim com Cristina Por tudo isto, Cristina não pen- Belmar da Costa, onde empurra
Moura, hoje com 39 anos. A de- sa abandonar o Apoio Escolar e as cadeiras de rodas dos utentes
cisão fazia parte da sua lista de em Setembro, quando as férias com paralisia cerebral sempre
resoluções de Ano Novo e, com terminarem, promete estar de que há saídas ao exterior; ao
a entrada em 2010, a promessa volta. “Se a minha motivação Banco Alimentar da Santa
foi cumprida. “Estava desempre- era ser útil, estar a ser para mim Casa da Misericórdia, onde
gada e pensei juntar o útil ao é suficiente”, diz. A modéstia, prepara os sacos de comida
agradável”, recorda. porém, não a quer deixar confes- que são distribuídos; e à As-
O primeiro local onde procurou sar as diferenças que notou nas sociação Coração Amarelo,
foi no Centro Comunitário da crianças que ajuda, mas a volun- fazendo visitas domiciliárias
Paróquia de Carcavelos (CCPC), a pessoas de idade, para lhes
de que tinha ouvido falar num fazer companhia.
grupo de teatro de que fizera BI: Cristina Moura sabe que quan-
parte aos 18 anos. Pesquisou na Cristina Moura, de 39 anos, é, como do começar a trabalhar terá de
página oficial na Internet – em diz o ditado popular, “solteira e boa deixar algum deste voluntari-
www.centrocomunitario.net – rapariga”. Formada em Filosofia, a sua ado, mas garante que apren-
e viu que procuravam pessoas característica mais notória é talvez a deu “a gerir o tempo” e a olhar
para Apoio Escolar. Como “a versatilidade, que se reflecte em tudo para ele de outra forma. “O
minha ideia era trabalhar com o que faz. Na vida profissional, onde já voluntariado ajudou-me a valo-
crianças ou jovens”, diz, a vaga foi comercial, administrativa e até jor- rizar as coisas. Estar no sofá a
era perfeita. nalista. Nos hobbies, que vão da leitura ver televisão agora faz-me con-
Em poucos dias Cristina Moura à jardinagem, passando pela fotografia fusão”, reconhece. Por isso, as-
estava a entrar no espaço que e pela pintura. E no voluntariado, a que segura, vai continuar a ser vo-
reúne, todos os sábados, en- hoje se dedica de corpo e alma. luntária. o
tre as 10 e as 13 horas, 18 alu-

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Economia Doméstica - Dicas
Despesas de que não damos conta
1. Máquina de Lavar Roupa 2. Máquina de Lavar Loiça - utilizar a máqui-
na, com carga completa, em vez de lavar a loiça à
Se lavar a roupa preferencial-
mente a 30 ou 40 graus poderá mão reduz o consumo em 30% (o que equivale a
reduzir o consumo em 40 a 50%. 43 garrafões de 5 litros). Se precisar de passar al-
Isto significa que numa lavagem guma loiça por água, encha o lava loiça em vez de
a 60 graus gasta 0.13€ enquan- utilizar a torneira. Esta opção reduz o consumo
to que a 40 gasta 0,07€. em 34%. Numa lavagem com a máquina gasta-se
cerca de 0,13€ enquanto que a lavar à mão, com
água a correr os custos sobem para 0,54€.
3. Microondas: utilize o mi-
croondas para cozinhar pequenas
refeições, reduzindo em 70% o con-
4. Frigorífico: se utilizar um frigorifico combi-
nado de classe energética B o seu consumo en-
sumo. Um forno eléctrico classe ergético é de 42,07€ ao ano. Gasta quatro vezes
energética A gasta cerca de 0,90€ por utilização, en- mais do que se utilizar o mesmo frigorifico de
quanto que o microondas gasta apenas 0,40€. classe energética A. Este consome apenas 9,50€
por ano.

5. Computador de Secretária e Por-


tátil: Com um uso diário de 3h o com- 6. Lâmpadas: uma lâmpada incandes-
putador tem um custo anual entre os cente normal de 6ow, ligada 24h por dia
16 e os 50€. Com um portátil reduz esta tem um custo diário de 0,18€. Já uma
despesa para cerca de 4 a 11 € anuais. lâmpada flurescente compacta de 11w
Segundo um estudo europeu, os aparelhos de (que equivale à luminusidade das de 6ow),
escritório representam 12% dos gastos da fac- ligada um dia inteiro, gasta nessas 24 hor-
tura da electricidade doméstica. as um total de 0,034€.

7. Televisor e LCD: com uma utilização diária de 3h30, o custo anual de um televisor plasma é de
66€. Já um LCD pesa em 28€ nas despesas anuais com o mesmo tempo de utilização.

8.Duche e Banho: os preços


9. Descodificador de TV Digital:
com um uso diário de 24h, a box da
da água são diferentes em cada nossa TV tem um custo anual de 3€ a
concelho, mas em 18€. Em stand by gasta cerca de 0,60€
média, um duche a 16,5€. Ao fim de um ano o consumo
de 5 minutos custa deste aparelho pode ser igual ao uso
cerca de 0,376€ e de uma máquina de
um banho de imersão de 200 litros faz lavar roupa cinco
uma despesa de 0,98€. dias por semana (a
4o graus). Os con-
Fonte: Revista Única, 16 Janeiro de 2010. Os da- sumos em stand by
dos recolhidos na revista tiveram como origem a representam 11% da
Deco, a EDP e a Quercus. factura doméstica.

11
Receitas em Conta
Dicas para “Re-cozinhar” comida
Empada de Frango com Alho Francês
Ingredientes: Preparação:
Para a Massa Misturar todos os ingredientes da
- 1 chávena de farinha (+/- 200 g) massa até ficar elástica e moldável.
- 1 colher de chá de fermento em pó Dividir a massa ao meio, estende-la com a ajuda de um rolo da mas-
- 1 ovo sa e forrar uma tarteira.
- 50 ml de óleo (ou azeite) Refogar ligeiramente o alho francês num fio de azeite, e adicionar-
- 50 ml de leite -lhe as azeitonas.
- uma colher de café de sal fino Dispor por cima da massa o frango desfiado, pôr por cima o alho
- orégãos para polvilhar
francês e as azeitonas, polvilhar com orégãos e regar com o ovo
Para o recheio
ligeiramente batido com as natas.
- 1 chávena de frango desfiado (guisado
ou assado)
Colocar por cima a outra metade da massa previamente estendida,
- 1 alho francês pequeno cortado em cortar os excedentes de massa, rematá-la, fazer um furo por cima
rodelas para o recheio respirar e enfeitar com as sobras de massa.
- 50 ml de natas Pincelar com natas (leite ou gema
- 1 ovo ligeiramente batido com as natas de ovo dissolvida num pouco de
- 15 azeitonas verdes sem caroço e corta- leite), polvilhar com mais orégãos
das às rodelas e levar ao forno quente a 200º
- sal, pimenta e orégãos q.b. durante cerca de 20 minutos ou
- azeite até a massa estar cozida e doura-
da. Servir com uma salada.o

Por: Moira http://tertuliadesabores.blogs.sapo.pt


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