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Fernando Pimentel-Souza
Mecanismos bsicos de ao
Para Selye (1965), a primeira fase (estresse agudo) caracteriza-se por resposta
do SNA simptico com liberao de noradrenalina no sangue. A segunda fase
(estresse crnico) representa perodo de resistncia, quando o organismo habitua-
se ao agente agressor, prepara-se para continuar se defendendo e passa a liberar
mais adrenalina, que juntamente com o anterior constituem os hormnios do
mdo, da raiva e da ansiedade. Nesta fase o eixo hipotlamo-hipfise-adrenal
coordena tambm um pouco mais tardiamente a liberao de cortisol, que um
hormnio anti-inflamatrio e gliconeogentico. A terceira fase (estrese de
exausto) corresponde ao perido pre-agnico, com permanncia da secrees
destes hormnios e queda das gonadotrofinas e oxitocinas, afetando a
persistncia, comportamentos sociais e sexuais, levando depresso psicolgica,
deficincia imunolgica, desintegrao orgnica, ssea, muscular etc. O
organismo no mais possui capacidade de adaptao frente a uma situao de
estresse intenso ou muito prolongada (Cantrell, 1974; Mouret, 1982; Stansfeld,
1993; Henry, 1993).
Experincia em animais:
Anthony et al. (1959) mostraram diferentes efeitos agudos a rudo branco, 150-
4800Hz, 140dB SPL, em 15 min por 4 semanas em camundongo, rato e cobaia.
No se verficaram danos orgnicos, mas uma reduo do comportamento
exploratrio na cobaia. Alguns ratos e camundongos mostraram reao de
congelamento. No foi verificado um aumento de peso da adrenal, mas da zona
fasciculata em ratos e camundongos, provavelmente com aumento da atividade
adrenocortical. Aumentos maiores de corticosterona plasmtica foram obtidos em
ratos expostos ao de som por perodos de 30s a intervalos de 5min com
durao de 3, 5 ou 7 horas por semana, durante 16 semanas a 100dB (Rosecrans
et al,1966). Os aumentos foram mais significativos em ratos isolados, concluindo
que a solido um estressor.
Rudo variando de 55 a 95 dB em ratos produzem alteraes nos
comportamentos alimentar, reduzindo durao e ingesto e aumentando
velocidade de comer e latncia, e no alimentar, aumentando defecao,
explorao, limpeza e tempo de descano (Krebs et al, 1996). Postula-se que h
uma reduo do comportamento alimentar como forma adaptativa para enfrentar
meios perigosos, aumentando alerta do sistema simptico-adrenal.