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A IMPORTANCIA DOS CLASSICOS Jeffrey C. Alexander A telacio entee iénca socal ¢ os elissicos & uma questio ‘que suscita os mais agudos problemas no 6 em eitncia social ‘como, de um modo mais genérico, nos estudes culturais. No presente nso, enfatio a importincia dos clisscos na cigneia social contemporinea, Essa postura éameacida por aguilo que, & primeira vista, embra dois campos iteiramentediversos. Entre ‘0 profisionais da citncia socal, € claro, sempre howe certo ‘etcisme em relagio aos “clssios". De fato, pars os eulores do postivismo, a propria questo d rlagao entre ciénca social ‘eof clssicos condus imediatamente + outti: exstirh mesmo uma relaglo dessas? Por que as disciplinas que se dizem orienta das para o mundo empirio e para o acimulo de conhecimento objetivo sobre ele precisam recorter a textos estitoe por auto ree que i morreram e ee foram hi muito tempo? Segundo ot sdnones do empirismo, afinal de contas, 0 que quer que fosse relevance em tis textos dovera ter sido, de longa data, vert ‘ail e incorporado 8 toria contempordnea ou refutado lang doa lata de lino da biscria. TToduwia, nlo sio apenas os poritivsts “radicic” que cl mam contra apeasimagio entre imerpeetggoclssicae enc % JRRRREYc ALEXANDER sacl cooumptinen tbl obama o fae, Ree teem, erg um poeroo gue contra «sian Se pecocparescomterporinen a canada done ct ton Segundo ee argument ex Senne, 1965), on wos ‘lnacos deve sr ros uarcte creme bina Ee put hse quano-au cleo cond com 4 tape uma wae amo pte «gu vats de Sais weil conepornes we mace com duc de terme nace Toran, par reponde be peu wie lao cre cen snc me ea tee nets ocala ae edo oat Gene d raturea ems de detrei oie ca tnilner clic ee rl evte ipo de stvidade Freamlvment hr sete com abc conmeporines eames cain Maas de mindless, dre uma dence do gue em eu dca Un sco Corea dpi soo da olor mana p= Se nau rego em ine de explora ontemprtes nemo camp © cone de ta prvlega tne eo tmeros coed ciple oe sedi poser oe SEvtarocom 9 exud deca ang it como etoda ches dese cmtemporinecs, Ale di, prego gia cheno thor do sentient sor prs demowery ater ata pra como die Sivuebra eas entre asc eu campo de eres Iie, Grae com poppin auc nee ein reer day dee ou fora de cote Ride to setorar cores importer re achat Cue em po sgicgo wear” de ua ra clas repre amgumente Os ep ecient 4 Bi por won clnce, coma o fer tn ds ue Pt TS eles jueves, soe ear le sa Shakespear indir su ee tas denon pie au cnpo, Danube ns Favor Mpc der cena oe pln > -AIMPORTANCIA DoS CLASICOS s © desafio do empirismo a importancia dos classics O gue atin o desafio contra a importineia dos classics, por parte da cigncia social, parece suliientemente ébvio. De scordo com a definigho dada ao termo, 0 género “elistca” nio existe hoje nas citciasnaturais. Whitehead (1974, p13), sem divi lum doe mais sofsicados filsofee da cifacia de nosso século, escreveu que “uma cignca hesisante quanto esquesst seus fun ddadores& uma ctnciaperdda". Esse pronunciamento paese ine avelmente vertdeiro, pelo menos sea cignea for considerada ra sua acepcio angloamericana equivalente a Nanwwisenschaft. (Como observ tum histor da cena, “qualquer colegial sabe ais fsa que Galileu, principal eandidato 4s honeas de fund: dor da ciéncia moderna, e mais que Newton, cia mente fo a ‘mais poderova de quantat se dedcaram & natures" (Gillispie, 1960, 8), O favo ¢inegive. Maso problema & 0 qu sgnifia exe fara? Para os positivist, sgnifin que, a longo pris, a cnc socal tert também de ignorar os cisieos, devendo a aero a eles ser limita eurto prazo. Os elisscos serto aniguilados pela mera informagto empirca. Begese ecomentirio -indiiosseguros de stats pewvileyido no ttm ugar nas citncia socks. Fssa co- ‘uses se aseiam em duas pressuposiies. A primeira € que a auséncia de textor clssicos na ciéaca natural denuncia 0 seu ‘ats puramenteempiricy;a segunda é que cincia naturale cif ‘a socal slo no fundo a mesma coisa. Mais adante mosteatel «que neha delis ¢ verdaeira Anse, porém, examinarel oar gumento empirico que as sstematiza ‘Num importante ensaio publicado pela primeita ves hd qu tenta anes, Merton (1947, rimpresso em 1967, 138) nsursi- se contra o que chamou de dsslusio da histinae ca sistemitica da teria sovilogica. Seu modelo de teria sistematia eram as ciéncias nacuais, que aparentemente consstiam na codifieado do conhecimento empirico e na construcfo de lis explicaias. A toon cena €ssteritcn porque test a es expistvas por ei de procesas experimenrais e acum, assim, constntemente sonhecimentos verdadeirs. }6 que a acumulagio ocore, no ht % JRFREY¢ AUKANDER ecestidade de textos eliasios. "© teste mais rgoroso do conhe ‘imento verdaderamente cumlativo”,afrma Merton, "€ que 2s rmentes comune podem resolver peeblemas, hoje, que os grandes cebros antes sequerconseguiam comesar resolver." Numa cen cia vededeia, portant, “o lowor dos grandes colaboradones do prseado eabe prineipalmente historia da discipline’ (Merton, 1967s, 278). A sewesigagio de personalidades antigns repre: senta uma stvidade hities que nada tem a ver com o trabalho entific: & tate para historisdore, io para clentstas soci “Merron opse vvidamente esa dstngto radial encre ciéncia € Ins stuago reinance nas hamanidades, onde, "por contra te deo, toda obra clissiea ~ poema, drama, romancs eno ov tuatado histrio - tende ainegrar a experitncadireta das ger es posterones (p28) Embora Merton reconheya que os socilogos se situam “en tre of fskos e bidlogs e os humanists, sua exigncia de vima posta mals prénima das citniasnaturais¢ bastante cars. Refe- rea firme assersao de Weber segundo a qual, “em cincia, cada tum de nds sabe que sus realizes estarioulrapatsadas em des, ‘inte ot cingdenta anos", e catbém de Weber, a insistncia em fe “td contribu elenfenexige ser “ulrapassadh’ ow supe rads" (Merton, 1967s, 289). O fato de, cingdenta anos aps 2 morte de Weber, nem suas teorassoealogins nem sus firma es sobre cinciaeetitem realmente “ultrapassadas” & uma iro hia que, segundo parece, escapaa Merton. Ao contri, ele enfin {que embers povigio intermedisra da voccloga etre citnciae Thumanidades sea talver um ft, no se erata de uma posigo rormativa, “As tencatvas de scbrepor orfentaes cienificas ¢ bbumanists quae sempre nos lea a funda sistemitia da teo- rin soctolpin com ea hist, Faso que, para Mercon, equiva Tea tornar impose actimulo de conbecimento empirico. problema, do ponto de vista de Merton, & que os soclogos so pressionades de ambos es dos, poset estrurural que costuma Aesviblor de seu papel precipuo. Maitos sucumber a tis pres ese pssam a deserapenhar outros papés.Bles “oscil” entre dnc socal eumanidads. Suns poueos conseguem “resists ‘ress indo inerament como cientistas (Merton, 1967s, 7.29). _Aturonrancia 90s cUAssicns » Eo desvio (termo meu, alo de Merton) do papel cienfico que condus Squilo que Merton chama de “tendéncis intelectual ‘mente degeneratvas’, que miscuram sistematica com histia. A. tentatvn de elaborar uma sistemaitica histrica€ degenerativa ~ ‘recisamence no sentido em que defini o temo “lissico” ~ por ‘que privilegi teabalhos anigos. Sentese uma "reveréncia” pelos “ancestais lutres” ¢ enfatzase a “exegese” (19672, p30), Por {que tudo, uma ver que se fmpde entender obras antigas & freqaentemente dfs, insiste-se na “erudicbo ters original cde" Merton ndo caracterisa a pesquisa erudita doe textos diss ‘cos como interprraco. Uso, er es, implicaria que tal pesquisa ‘envolvesse um elemento rirco eriativo de carder generative (ra ‘oposigso 4 degenerative) na moderna acepsto cientfis. A. fenetatividade contradis a aitude seril para com as obras ant fas, que Merton coasiders inerente 4 peaguisa hitica dos tex tor divscos, pois no € apenas a reverénci, mas a "revertncia sca!” que, a seu ver, reside aA interpreta ea eratvdade ‘ue cla implica amber contradzem aepstemelogia mecanista que Serena eeus argumencos. Para Merton, a sistema histica simplesmente fornece, so contemporineas, espelhos nos quis ‘oe antiges textos ce refletem. Ele o “resuyoscrlticos","meros comentirios,“exegeies amplamente estes, “conjuntoe crome- logicamente crdenados de sinopces eicas de doutrina” (19672, 2, 4, 30, 35; p9). ‘Os textes ang, insste Merton, simplesmente no deveriam ser ananudor dessa maneta “deploravelmente inal” Ee ofere ce duae alternatias, una do ambito da sstemitia, a urea do Ambito da historia. Do ponto de vista da citcia socal firma T Bam nde wri eure fee oe ios ck cong *reverdnci ndcriminaa em tag 9 qunquer deca fea fot ante iune” rin 1967, 0) =e tcrameee ding SF Sefer ed ne pelea que even discard ‘to wm een Dh ri fete gp ng 2 Slr ‘Kine cae mas msm cleat oe tn ‘Sn ds coisa cic O eaten de Meron em rain co “igi que pam aes dr pesquisa porn cans oc, pete apeens ee peg de rma antic sen ‘que 0s textos antigos devem ser trator de manera uaitria & ‘io clissica. Sem devida, a seuago aru nto ¢ ideal: nfo houve tipo de acumulo empirico que a eidncia socal rem todo 0 direito de esperar. Ao inves de insite nessa stansto,eneretanto ate posta apropriada € converter os novos textos cisicos em simples Fontes de dado «/0u teria nowerficadas, ou sj, transforms losem veculo para posterior acumulagio. Els devem ser encar dds como fonwes de “informagio naorecolhia prevismente”, que poses er “utente empregada como novos pontos de parte ‘Asim tas textos apontariam para ofururocentfic, mo para 0 passa humanists, © extudo dos textos antigos pode, dessa ma ‘cia tornarse cienico, Ao “sguire desenvobertendéncias te ‘eas, este exudo pode wltarve para a "reeuperagio de conbect mento cumulativo relevance .. ¢ a incorporagio dele em formulagcessubseqdentes” (19673, p30, 35) ‘Aalternarivs 8 fasto, do pence de vist da histiia, mo € de fato muito diferente. Ao invés de sar os rextoe como fontes de informacio nioecolhids, convém estudélos como documentos historic em simesmos. Aqui, de novo, questo evar aexepee textual. "Uma histria geruina da teria sociolgica’, escreve Merton, “deve contempla o jogo entre a teoea« ert matéras como as orgens soca € sans de seus expoentes, a organizaglo social mutivel ca sociologa, as alreracoes que a difusio provoca fis dias e sae relagGes com a estrutua sociale cultural do ambiente’ (p39). Eo ambiente das teins © nto as tia que © bom historiador da céncia social deve estar: Julgnse que 0s objeivas do histeriador sh tho empiricos quanto os do socido- fo, qe @xamina 0 mesmos textos para propdsitos de acum ‘io, Portano, ao repli a fuso de cignca histria, Meston se Invenio apenas na exigincia de uma sociologia clenifia, mas também de ua hisara cient, ‘Wh mencionei das premissas das quais depend 0 desnfio empirico&imporcincia dos clisicos. Primeia: aausenca de cis ‘cosa ciénen natural povém de sua nature empiria e cum larva. Segunda esse respeito, cigncia sociale eigncia natural Tbscamente a mesma coisa. No ensaio de Merton (1967) tontra a fasta de his e sistema, a perspective empiica da - -AINFORTANA DOS CLASSICO ‘eneta natural é uma premissa insta praticamente cit, Seu re Lavo da histria da ciéncia ¢ apenas progressivo. Em lugar de um tratamento relaivstico © histrico de antigos textos centfios aque no espirito da sensibildade pesiuhniana enfatiza © poder formador dos esquemas supracentficr cultural ¢ intelectual, Merton vé cs eabalhos antigas como uma série de “anteips shes", Tesbogor™¢ “putdescoberts” daguilo que se cankece no presente (1967, p27). Além disso sbemos,» partir dos proto: soles sistemitices de Merton para a soccloga da cnc (ex, Merton, 1973), que essa impressto no &errah. rea Merton, © ‘empretnimentos disciplinares © metodoligiens constituer os Unicoe ftores ndo-empirics apliciveis ao trabulho cient, € rnenhum delesinluenciriadretamente o conaeimento cient 0 do mundo objetivo, ‘A outta premissa fundamental sobre a qual easeenca a tee de Merton afirma que, em seu referenteprimiviamente empicio, a cltncia social ce parece com a iénca natural. Enve segundo pponto,entretanto,oferece maiones difcudades a Merton. Sabe mos, por seu enstio sabre a teoria de médio aleance (Merton, 1967b)- que, no por aco, se see imediatamente obra sone 8 fusto de hisania e sitemasica na colegio de Merton, Sacal ‘Theory and Socal Scene [Teva scale exes soll = que Merton nfo considers acincia social limita por um paradigms, 1 sentilo de Kuhn. Em vireude de ser nomteada antes pelo ro” Hema do que pelo paradigm, a ciéncin social ¢ organizads pela ‘expecialidade empiria e nio por uma escola ou tadigs. Mas, dado que os scidlogos nto so empiricoe, porque tearam ee «ia ¢ humanidades? E por que mesclam hitria e setematica se no pretendem fundat e manterescoae? Conforme 6 aventi, Merton, mesmo quando reconhece esses fos nevis, nsiere fmm considerilos desvios andmalos, no tendéncis inerentes. Repetindo que “a sociologia adota a orientgio e a pitin das ‘cia fsis”, delara que a pesquisa da céncla socal avanga 3 paruit das Frontera abertas pela obra cumulativa das geragdes passadas" (Merton, 19672, .29:3), Na verdad, a despeito da tendénciadegenerativ a engaanse rnaquilo que chamet de sstemaicahistriea, Merton acreita que ‘sto conhecimento da forma de estudarhstea do persamento x IRERREYc ALBCANOER cleatific i por centific ¢comulatis! Ele emprega a teem rologia da lineia peogeessiva~esbogo, predesenbersa, antecpe flo — para exlicar o tipo erto de hiss centiia progressiva Tnsurginose contra as hstras progressvas que se apdiam uni ameate em descriges formaise publics do trabalho cent: 0, Merton deca (p46) que tis relates dependem de uma con expe de historia que est ruts quem das realidad longamente ‘cet Fo Bacon quem primeio “observa” que o prosesso da Sescoberta objet € mals crato e incutivo do que sugere 2 logics formal da prova Genaica.[s0, segundo Merton, pode set confirmado pelo fio de ter hivido deseoberasindependentes do Fendmeno: “Mentes agugadas fzeram 0 mesmo tipo de obser 0 reperamentee, a0 que parece, independemtements". A teo ‘in cenifiea que cobre, ou explic, tals observagSes empincat deserwolieuse no devido tempo: “Essa obvervacio fot generalize 4" por Bileofos postertoees. Eem virtue da adogio desta hgiea fmplrica que Merton se mostra conflate no progresso inevitiel ds hutora da clenca, pois “a incapacidade ca sociolgia de distin [Bir entre hier e tematic d tori set fnalmenteeimin sh (Merton, 19673, p48). Eis a as premises sia da tese de Merton ~ agora classical ~ ‘conta importincia dos cisekos,Todavi, parece haver também uma terceira, anlar, implica is ne pedipas e no indepen lente. Tats se dh nogfo de que o significado de textos antigos &| rotives std abereo todor, Demonte. como, a0 condenar a fistemitica histric Merton acha que la prods apenas rest ‘nor, Denonstre ainda que a historia socelpiea por ele prefer: Ad enfoca 0 ambiente das eatiasclenaifias eno a nature das prdprlas dias. Seja como fo, esa & também arendncia do des fio imporcinciscisica langado peas humanidads, que consi erate mais adiante. Na prixima seo, entsetanco, argumento contra desfloempirice&importénca csc € a8 das premise ss blsicas sobre as quas ee e assenta A visto pospositivsta da cigncia ‘A discuss contra importincia dos cisicos presume que, sé onde uma displ fr empicca, ela seri curmulativa~e que, -AINPORTANCIA Das CLASIOOS " sed cuatro lise d,s cont, Ao ode dpi pou sn nado trismo smd omens, ord nln an Es eeropracery En Thana Loge Sc Lene om sla (Alder 882515 sg ges perane sacar Sits crc gu uds pn, O pina Tous cae ms Tops lc epenlogca ce haere emp, dr ets core es sens ingest Otani Fest qado se reonhce cs rire sapere fis savant ou madsen “cece es Si nme area pin de ign ene tena Em esto hin gts denture ge ss Teor o poem ser laa com ea © tere tpi, sige qe urn pn er er Ps er sdcoeiae on te tir wan dines pupa tees ence «cpa Inne gern Rian, wha es ques cs poe postlads nao frncem tse pcs stance Cena, ‘fru, oun pores quo seem stoafes€ props en ¢ lear ere Paes deercito rm amps cena sera o peda dre fei en fens donne epic ns ends ae Sorin gl cmv secs pears see Sonam. Enbor ees to poruldo anda eftam eure oem comm de mar ceo sous pao ee {ub o taverns tein Ls oust geen Aas ela eva onda borne meme sols statu popstar as cas Sts dc (Alene, 1982 p1839 Sr poland eden Postivaeehamet ok» wars fod pee Deepen calm eon TOs dor np dc so eran elo A dso foot epee cm opens Sh nto una dingo snr mess peas nae -_ 2» {eHFREYC. ALEXANDER de uma dino anal. Como eicreveu Laas po xen, 196), p56), desever afm como obevates eu meso ded, rap uma retain onl, Aigo anal ele fesc bse tas por als eras das qi mou 1 Or emprenientos Geico no saa peas em coins cps Plan (or exemple, 1958, p92) dons ‘Theanincetonete quero, por pnp, acide ¢ O acer de que depend conic SA choral wir € normale dog ono nas ac progres. Quanto mals gel ra pte tro, menos oe mc 6 oem ago de Pope A ‘Geriatr no mane como xetaraPoppes ered 2 eh hc cruel plascbrevine 958, AD Ao on tr, quando una postr tra gral se deparacom uma ev Acts empire cotalit, gue no peer ignorada, comme SSiseoler pts etaeprs edn ad oe altos 163 .1e670. Dese modo, moos fendmenoe poe tet expe Us sem ue a ornate eae 4 Maange fundamen ta eeng cena sone apes quando aeragies empiric 10 tomparadas pla de nfo de erate ors crincetes, Uma ves TE cana eves acts gute sempre nos aside, ‘ao munor valve agus ues deca tare cnn, Tor to chs epi ptece aes content ns Ahepe anlage cometridoe Na vena, ore contre Seats Halon, o confes ene empreendmenos trios fe snd eee ons pode nos da ee emp © {Be serccca "oer dae panes mada eas ava 903, 26 190 Seas emerges pera enoemplicasdeipeaha ps gel go ec, cao apm ert de Merton ~ sobre 0 (Sse cs enue Ne 9 vy a vb ets apertor rhe 8patcas d net SEUNG cnc oc nl so a2 meumas, Esa condusto tae pare surresndente, ins ves exabdecta a dmensio ‘hovers do cla natural, pacer eo stad bea AMORTANEIA Doe CLASHIOOE » lissicas nto ests sendo abalado, Entctanto, peste 0 fat de «que ciénca narural no apela para os cisics. O dsato consis ‘teem explictlo por melos nsoempiricor. Por que nio existem clissicos na ciéncia natural: ‘uma visio pos-positivista ‘A epistemologia da ciéncin nto determin of temas particu res fos para atvdade cienfica em uma dada disciplina cen tifica No entanto, ¢ precsamence a sao desta aividade a ‘esponsivel pelo “seni” relatvamente empiric de qualquer di iplina. Assim, mesmo antiempiists confessor tr reconbecido qe 0 enfogue explicito em questcsempiriea &6 que dstingue 2 cinciasnaturas das bumanas. For esemplo, Holeon demons trou com muita difeudade que os themata arbteitiose supra smpiricos afetam a fea moderna, mas insist em ue jamais fenvou jusifcar a introdusio de iscustestematcas na pita dda cgncia em i. Com efito, di ele que “somente quando tais ‘questesforemn banidas do laborario cna comesae a aeine sar rapulamente' (Holton, 1973,p.3301, grifo nosso). Aa‘ cons 7 Mia dno cose wi marl cdo ple wt, écleta, tum cer de tip lea. Met oposite € aaa conde es clr shige dpimaresempeato Em gr des ogra er ur as anges po econ ov ln crepdam ample dvi eve atten llr qe tn de dow me Taos Asal epesca de que dpa cx espacio is cote ea em ela sos Ann, 4 in sal een fe ceca fae cnc da nn Mercy mets bem en tmeos conse reno dae a due enrtemis expt males cor ino poe a com 0 shea los deep te um pap ents consti com opis duis Be 1 coloconies Tbr sx econ wabe 9 home ia fe ‘eo mud gram gu, dcamente manger snes te Sicaeee Not Eeados Unido por engi» sonoma ¢ maser ee ds cts uc slot c x anc, gn tre ‘om om csc pce Flat continent A vig exes cntor ‘pis pet expla em tres as ames tec eee mae cle 4 THREE C ALEXANDER mado filbsofo deaita Collingwood, para quem pita cient {En epous em conceitos metafisios,reconhece que “a fungi do ‘ienista no € propos, mas apenas pressupb oe” (Collingwood, 1940, p39. ‘A fazacio da ativdade centfia depende daguilo que 0s pro- fisionais eonsideram cienificamente problemiico. Dado ave, fem noses tempos, o& naturalists tendem a concordar quanto for objetwos geris que moda sua wenica, as questes mais rps e queue chara su eno ss do Ga é extamente o que permite & "eiéncia normal”, na expres {de Kal (1970), proweguir como uma atvidade de solucso “eplrca de enigmase problemas expefces. Também Habermas fra quem a citncia normal caracerca a cigneia natural em si, Hlentficou © consenso como aguilo que diferencia sivdade “lena” da atvidade “ndocientiica” Diremos queue informs & cient, e apenas 6.um consent wlio «permanente pdr ser bio com ello & valida A genlna conquista da cinca modern no & aviamene, produ da verdad, o0 ej, afrmagbes corre ‘Gvinenes sobre o ue chamamo® realidad: Ao contro eae Sfooa dar caeoras eaconas de conbecimen usando um ‘patado de cheat esse commer vlna e permanent quanto 1S nos vise, Habermas, 1972, p91) Somente quando howverdiscordincia quanto ao postulades bosicos que moldam uma eignca € que ess quests no-empincas se justficardo explicitamente. Kuhn chama a isso uma erse pragmatic E¢ durante eats rises, acredita ele, que se recor fe hfilovotia e 9 debate sabre os furdamentes” (Kuhn, 1970). (Os elisscos estio avsentes porgus, em geral a atencio se wks para as dimensGes empircas da cigncin natural, As dimen- Ses nicremprics achamse camuffadas, parecendo qu as hips tesesespecultivns poder ser reolvidas por referéncia tanto 208 ‘dados dos sentidos,relatvamente acesives, quanto a teorias ‘js expecfidade tore imediaesmente ntora sun relevncin pra. ‘esses dados, Or clissicas, a0 contri, implicam uma pour Drivilepiads para as tories antiga. Considerase que elas, © no A MMORTANEIA DOS CASEICOS * ser i pS ts uh com en tens dlls cit st consterdos mo capers de Pri igualente dado ‘clenntee A me vet enc natural Io menos sports ace equlet soci: Ue ptr ‘Mowprirtc frames emp, no consul expen pers itn natural "alae Ente una questo de ora mide pela mex de cnhecnnto arta conngete ‘Aim, ors de dao, nc rte dpe dag aie Kahn chao de mor Cena) Com ctr Rahn {1979182 sponta creme conces debut empro em suc: mls doi das pone sls. de rodents Aue define os campos paraignatioe.Enbors os modelos remem erent songs vs Sep, a ems mesros pads epeclcos de exer do unde Necearanertc inde defies concen as eee minham ages quo am pra ques pronase tis Meso com tes un expec or als dsenpe ham um papel aco, Sto aprender ‘em mana © Ineradron ares go cr mesos tem cps de der tr porsl mean soon alo veda. Em uma, aoe fds pera gram Se pon prilagic no roes de xal flo « nl poe tenum valde enti Ox powcr de spree so os tnmos na ins sol «Aco uc o8 Sensei aioe ants lio quanto mods As razbes pospositivistas em prol dos classicos A proporgio entre modelos e dlsscos revels bem diferen- ema ciénca socal porque, em sua aplicago social, a cencia pro- voea muito mais diseordancla. Uma vez que ht amplae persstene tediscordincia, os poxtuladosiscos mals geras, que permanecem fmplicitos © reativamente invsives na cincia natural, enam !guiosensivamente em cena.’ As condigées que Kahn define para 9 Main ere bem ea ino: "Ning ep kde da ati enpr,nnguts alms qo fi a ce Tn ‘oremos toate bed pro Queda aces doo “ IRFREY ¢ ALEXANDE. 1 cre paalignsica nos iéncin naturals lo tints nas ‘hencn noi, Nio ecu afrmando a ineiénla de wm co aecimen “sje” mavens so, em MeSH pend de edges acetals exes Pra mit Tumse! algae conhecnentocomultio auto solve © founds pede ponts deve diferentes ¢opoas —eme> tra sustains elven nepal» pa Soreness audio Al ape fas que at conde da lenis socal tornam almente Improve! cmensetobte amature tata do eonbecimento Srplce ~ yar ao lar do consens sobre Is expats. Em sidncia onlportanto, argues a resp da vena Arcee ao sree open ao nivel empl eles at feoum o legue trl de empreenimentos nfoemptics qve epnran pontos de vis concrete. stem ses cogivas evan paras otra de renga no nel de consenso. Al tenionar apenas Pn: pa 1 Ne medida em aos ojos de una ini nem loon lado mundo fo, oad te humana, seus eres pis fos, mini i net vans force dominio nerpeno. Em cnc vocal em abe edt contac ctor mena ou condes pars eds tena xpos de cotur os esas menos do b- Sera emico cm o exe meas as pesos observa da @endmica Tepe er remand poems es xem prea ment ‘Sper eum outa need esxae Qe par er omen ‘line anata etm rn nal Ene foro ov we oh ec por) te uh {Ghostdun, proms et peeps Enc mae romp “Sunnilde aang nam espe ce oie ere tote un deggie. Srp moos de pe treo dienes e cafes is Jscnheados far 9) em onan eon as despre rete sien J orca aloe nr penbhen po et de dienes cx [ipo anna, 1986, 1023). AmpoRTANELA pos cLASSI008 ” 2 Aesttncia ao mero consenso quanto a referents empiticos ‘ota ainda da naruree dotntamenteestimativs da cin socal Hi una relago simbidnica entre desristo © avaliaso. Os ache dos da ciéncia social muitas veces trea implicagées significa vas part a onganizagio ereorganizasio desejivels da vid roca. Na nia natural, ao contririo, “madangas no conteudo da cen fia quase nunca implicam mudangas fas estruturas soca” (Hagseom, 1965, .285) As implicagdes ieoldgies da ciéncia social redundam nas propriasdesrites do objtoe de pesuisn. ‘Ave caracerizagao dos esados ments ou insttuigses ~ por cexemplo, a sociedade ¢ “capitalists” ou “industrial”, houve “proletarzaco", “indiiduagio” ou “atomisngso"? ~ reflere uma estimativa das conseqiénciss que a expliagso de um fendanenc que sinds no ocorreu rom para os valores politicos, Embora ‘Mannheim superestiase as asserbes estimations em detrimen 10 ds cognitvas, ele era sem divids sensvel este problema. ‘Tada ditingto,escreveu ce, “depende necetariamente da pers pectiva individual, ist & ea tras em si todo o sistema de pense mento que representa a posicio do pensador em questi e. espe ‘lalment, as estimativas politcas que subjazem a ese astema de [ensamento’. A esse respito, sua condusto parece acertad “A propria mansira de definir un conceito eo mati com que & em preg i encarnam, até certo pont, um julgamento priv rel tivo no final da cdeia de Was conetuidae sabre le” (Manni, 1936, p1962). 3 Nem € precio der que, cendo diel obter para a rases ‘ognitvas eestimativisum consenso sobre ot referees empiicos 4a cnc social, por insigaificants que stn, menor eonsenso ain hovers sobre as abtrages Fits a partir deses referents omeretos, que formam a substineis da teoria cui, Hagstrom (1965, 2568) avenca que at posibilidades de obtencao de um comsenso cientfico dependem significtivimente do grau de ‘quanaficago consitente com os objeevosckentificos da discipli fa. Ja que os referents empiricosnio sto laros ea abeteagtes ‘to sujeitas a perenecontrovess,o¢esforgos para matematiciat elénci social ws conseguirie disfrar ou promover pontor de vita pariculares. * [RERREYc.AUEXANDER 44 Dado que nem ot relerentesempiccos nem aslesexplicatias promovem consenso, odor os elementos eapeados peln perep- ‘So empiica ce transformam em temas de debate. Alm disso, 8 ‘ita desea dicondinlaendémica, a céncia social seh inevitave iments diferencia peas tradigbes (Shils, 1970) e peas esclas Tiyakien, 1979). Para a maiora dos membros da comunidad lente, 4 dbvio que eaves fendmenos cultural einstcucionas extracentfiene” io consttuem meras manfestagbes de discor dnc, mas sim alceces sobre os quas a dsconncias cient as so promevidar emictentadas. Esa constatayio aleta os cient tats sovins para a dimensSes nioempiias de seu campo. Poetodas esa ates, o dics ~ endo apenas explcacio ~ tornive um dos tragor destacador do campo dh clénct socal Entendo por discus os mados de argumentagio mais consisteny temente frais ¢ especulatwos que as discussoes ientificss not tai, Estas so digas de modo mais dsciplinado, para evider- cas empiricas expecifies, na ligicaindutiva e dedutiva, nos ‘ecclarecimentos dependentes de eis expliatvas © nos metodo frags ae quae eval podem ser erfcadas ou falsificadas. © discureo, ao coattirio, ¢ “rclecinatvo". Fle enfoea © proceso racional ao ives dos resultados da experiaciaimediata,tornane Gove significa quando nio exse nenhuma verade intligivel ‘eevidente, © dvcurse buss a peruano por ineerédi do arg tento eno da predigo. Seu caiter persinsvo busine em qu Tidades como coeréneia logica, amplitude de campo, visto inwerprettiva, elevinca de valores, fora retrica, elem e textora de argument Foucault (1973) identifia ae priicasineectuns, ciemieas © politica como “diacursos" que procuram nefar seu status mera mente enpirico, indie, Asin, insist ele, ab atvidadespriticas so historcamente consticuidase modeladas por nogGes metafisicas (ge podem define toda uma época, Tanbém a sociologia € un ‘impo discursive, Mas nea enconeramos pouso da homogeneiade sxribuida por Foucault a esses campos; em citncia social hi di feiios, no um nico dscurs. Alérn diss, tals discusos nfo tstio extreitamenteligades 8 legtimacio do poder, conforme preceituava Foucaule, com maior insittacia, em sua obra anda _AIMTORTANCIA DOs CLASSICO » (Os dlucursos das cinclas seks procuram a vena, Feande constantemente sujetos a estipulagtes racionais sobre como a ‘vende pode ser alcangada eo que ver a ser est verdade. Aqui recorro concerto de Habermas (por exemplo, 1984) do discur 0 como parte de um esforgo que os interlocutores fzem para chegar# ma comunicacio naodtoreida. Se Habermas subest fa as qulldces iractonais du conanicacto, qunndo nto da rt, de cereamente oferece um modo de concetuar suns axpiragter facionais. Sue tenttvassistematicas de identifica ipo de arg rmentaroecritrioscapuzes de obter uma jueficso convince tmostram que os empreendimentosraconais ¢o reconbecimento de argumentos supraempiricos podem set combinados. Ente 0 slccuriotacknaleante de Habermas © 0 discura arbitriria de Foucault esto verdadeio campo discursvn da cinta soca em viride da imporeinca do dscuro que ators, as ee clas socas, se most ho palivalnte € que aqueesexforeos con polite (poresemplo, Wallac, 1971) para acompanhar lia da téncis natural slo tho malkiigdos, Os postivisas perebem 9 tensio entre ess concep polvalnte seu pono de vista empiio. Para anubila, eles tentam sobrepor a “teria” A *metateoria, 08 melhor, escuira teornem favor da "explcago em sentido eto. ‘Assim, guebandoe de que “grande part da teria social conse ra istics idiase do cleo generazado do hex em Mars, Weber ll Durden”, Turner postula uma "eoraoposta a. mas ‘uniaaile meats ds vlhos mestes tosis" Taner, 1986, 1p974). E Stinchaombe desereve Marx, Durkin e Weber como “aqucles grandes analstasempizs.. que aso rabalharam apenas cls dob bes 4 reel inci” Jeon 67, 9.20. dscns nes LO sere em dvi even do ete cen, € fa ee 9 Jape! cnn de pein de Gi Fors emethanssats, Pied rer aad che ares boris ‘imo Tone ¢ reo congue ra legne prn wns ates Ie es rset meter ceemitn ecews ee gai peste ram cb Ns el, wen ‘on nade gt” do dba eo _ | “ JEFFREY AUNANDER ‘como que oje charnamos de ova, Insist em que es “product tam explicaces do desenvolvimento do expitalismo, do colo de ‘asses cu da religito primi". Ao inwis de ocuprse da teoria scursa, “les empregaram uma amplavariedade de métdos tick eos" Sanchcombe, 1968, 3, grifo nosso) Essa ditngdes,entretano, parecer tenis "upicas” para fag da cléneia social ¢ no para compreendéla realmente, O curso generaliante ¢ pedomiaante ea teora,pelvalente por raturest. Com efit,» predominancia do discaso © as cond ‘hes que 0 proshsem geram a superdeterminagio da cine social ‘em teria ¢ sua subdeterminasio de fato. J.que nao ha uma rete ‘cia ova e indacutiel para os elementos que compoem a ctr cia socal, no hi tambem nenbum tris claro entre diferentes rivets de generalidade. Formulasdes em um nivel nao se ram «am de modo nitdo para os outros niveis do trabalho cient. For exemplo, se medidas empirias xatas de duascorrelaées v2 rivets podem 4s vees eer extabelecidas, rramente€ possvel que tuma correla dessas prove cu negue uma propossio sobre a fnrerrelasfo esttulda em termes mais gerals. A rao € que a exitncia de dscondincias empiticas eideologicas permite 105 ‘ene socials operaconalisar proposes de medos diferentes. CConskeremos de pasiagem, por exsmplo, dois des melhores cefongos ecentes para consrair a partir dos dados uma teria ‘male gora. Ao tentar verifiarst teoraestrucural ecemesen void, Bla apresenta uma propossto que cma deteorema do ‘amano: aogto segundo a qual uma variivel puramente eco sien o tamanho do grupo, determina a rlagoes externas dese lgrupo (Blas, Blum e Schwars, 1982, p46). Recoreendo a um ‘conjunto de dador que extabelece no apenas 0 tamanho de um srupo, mae também a taxa de casamentos dentro desse grupo cle ‘uwenta que a rlagio entre a tara de tai easamenros ¢ o ma ‘sho do grupo comprova seu seorema. Por gut! Porgue os dade ddemonstram que “oramanho do grupo ea ta de exogamia sio Inversamente proporcionais" (p47). Mas os casamentos cextragrupais constitaem um dado que no operacionaliza de for ‘a alguma as “eelagoesextrageupais™ Tatas apenas dem tipo de relacio extragrupalenste muitos outros, e, come © proprio AIMORTANCIA Dos CLASSICO a Blau reconhecea dada altura, um tipo que abrign outros fares alem do tamanho do grupo. Em cutraspalaras, as elagtes fora cdo grupo no aprescram ui eferente nto. Poe iss, a cortel ‘lo entre o que € conaderado como seu indicadore 0 tamanbo ‘lo grupo alo pode demonstrar a propesigto geal sobre a rela ‘entre timanho do grupo e contatos extragrupais. Os dados fempirios de Blau, portnto, esto desvinculades de sua teria, apesar de todos os seus efores para unilos de un modo teorca mente desist. No ambicioso estudo de Lieberson (1980) sobre imigrantes Irancos © negror para os Extidos Unidos a partir de 1880, sur jem problemas parece. Licherson comes com 4 propesics | meno formalmente elaborsda segundo a qual "as heranea da es ‘ravi ¢ esponsvel pelos diferenres ives de conquistas dos tmigeantesnegtose europeus. A fim de operaionaisar ess peo- psig, Lckerson da dois pasos. Primeito, define heranga em ‘ermos de “fla de oportuniade, © no em termes cultura, pts os antigos eserivos. Segundo, identifica oportunidade 3 luz doe dados que recolheu sobre as tas vaidveis de segregaco ne Amite da educa e moradia. Essas duns operagdes, entretanto, flo bastante dscuteis. Outros cientistas soca no 96 defini lam a heranga da escravidio em termos bem diferentes como poderiam, ainda, wer oportunidadesalem dos campos da ede ‘o.edamoradia. Uma vez que, de novo, no hi elagao neces fia entre as taxaswlennificadas por Lieberson e as diferencas de ‘oportunidad, ado hi tambem certeza quanto i proposiio rete rent a conquistas e heranca. Embora as eorrelages mensuradas Se sustentem por si, constituindo uma contribuko empiric im portante, no conseguem comprovar as teorias a que se propdem. E hem mais fic achae exemplos do problema epost, a superdeterminaso, pls tots, dos “tos” empiricos. Em pra tamente tds os e:tudos mais amplos,reoricamenteerieneados, a elegio de dadosempiricos ests suet a dscusso, Por exernph, fern A dca potexant ep nto do captaama, de Weber, a iden tiffeato do eepirto do capitalism com os empresiriosingleses dos svulos XVI e XVII foi auito contest (Weber, 1958). Se ‘os captalistasfalianos das eidades Estados do inicio da era mor lena jf manieravam oexpritocaptaliata Trevor Roper, 1965), -_, 2 FREREY ¢ ALXANDER ‘entio a sortelasio de Weber entse caitalitas © purtanos 4 basein moma amostra restrita€ nde jusifica sua teoria. A set susim, 0 dados empinicos de Weber foram seleckinados tenden: ‘osamente para se enguadrar em sun referencia tren 8 tea Protestant ‘No famoso estudo de Smelse, Social Chang inthe Industrial Revolution [Madang soil nen nds] (1959), & posivel ve ‘fear uma distinct semalhante entre teoris gral ¢ indieador| tempitco. Smelser ale que a aleracies nos papés familiares, e ‘nto as muds induseeas pore, fram eesponsaveis na déeada ‘de 1820 pelos protestosradesis doe trabalhadoresingeses, Em seu elaty historic, Smelier mencions mudancas fundamentas ‘nt esrutura da fariia que teriam ceoeedo na sequtneia por ele rugerida, Son apresentag especifia de dado de argu (Smeler, 1959, p.18899) parece indica, no entanto, que estes denice familiares 6 passaram a ocortet uma ou duas decadas mats tarde [A preoaupasio teres de Smelter com a familia ayperdeterminot Agpresentago de sun histria narrate, em eneeeapareda os slados ce arquivo subdeterminaram sus teoia® No mais recente esforgo de Skoepol (1979) para dacumentae su teora histri e comparativa, o mesmo tipo de superter iminasto & exerci por uma roria hem diferente. Skocpal (p18) 4 prope a assumir um “ponto de vita impessoal e nosujer vo" sobre as revolies, apo ada signficasto causal unicamente 4 stungdeserelagdes entre grupos instirclonalmente deter ras”. Busca dios emprics sobre a reo eo non element aprioristco que admite ¢ 0 compromisso com o metodo compe rat (f.3340). Eneetano, quando Skocpl rsonhece em witios pantor que ae tralisiese det lca desempenham wm papel {por exemplo,p.62, 138), «ques liderangae a ideologia pai ‘a dever (embora por pouco tempo) ser explicadae (p. 161-73), A poe de ue Saber ra un ecu itr comes 0 fo {Eedererpe geen das qu dpm spam fe > ta er Wal 1900, Nom ste eeu eco Bate mec ‘prema dos dado pecs ena oan ena ‘ten wk weeps ot Gentine tor oan pes ts -_ _AIMTORTANGA DOS CLASSICO * ‘9 auperdeterminagio terica de seus dads se torn ncaa. Preo Cupapes evtruturis lewtram-na a ignorar todo o context intlee ‘ual ecaltural da revolusso® ‘A subdeterminacio empirica ¢ 4 saperterminasso eéres sadam jas: Das asertivas faetuais mas especificas is genera ages mais abtratas, a cigncia social €essencialmente polémice. (Qualquer conclusio est sujeta a contestages com referencia a ombiderasbes eupraempicias. Eis agul a verso especitica da tematacto da cénciavosial que, eonforme mostrou Habermat (1984), deve subjaee a toda tentativa de dicussio acional. De torda proposito da signcin social exigete jurtficago & lus doe principios gras Em outra palavras, no ¢ preciso ~ « 0s cient ‘ta ociis, come comunidade,simplesmente no fario ~ que 20 formula uma tesecontra Blau, me limite demonstrasioempirca de que as consideragSesestruturais representam apenas uma ene ‘re muitas determinances da exogamia. Poo, 20 contri de rmonsrar que «propria estipulago dessa causasSo estrutural Ingen em pressuposts sobre a agfo de um Spo excessivamnente racionalisa. Ao considerara obra de Lcberion porto elo mesmo modo, dear entre partnteres a queso empiric da relacso ex tre educagio e oportunidade objetiva Posto ainda tentar de monster, por meio da argumentaslo discursiva, que o enfogue fclsivo de Lieberson na heranga da ecravdio refleteconside ragdes ideldiglas e um compromisso anterior com modelos erados pela teoris do conflio. Jia obra de Smelser pode ver cfetivamenteeritiada em temos de adequagio logica ou pela demonstracio de que seu antigo modelo funcionalista enfatza demas a socaizagto, Quanto tse de Skocpol ~ sem qualquer teferéncin a material empiico -, sect avaliada negatvamence| em razto da maneira pouco provivel com que limita “teorias inrencionais" = que defende ~ x0 modelo instrumental de racionalidade inencional que sua teoria implica ‘Aprescnta semehanres argumentos ~ ¢ at aeea este tipo de dicussio ~ € entrar no tmbito do discurso © nto expla “6 Sel 989) ron corinne aba mo doe de Soxpl “ JRIRIEY ALEXANDER (Como enfarzon Seidman (1986), 0 discurso nto implica 0 aban dono da pretensio t verdade. Tass pretenses, anal, 0 pect sam fiea® limitadas a0 critério da validade enpisieamente comprovivel (Habermas, 1984). Todo nivel de diseuro supe feraplricn absorve critvos ditintos de verdade. Taser ub trapassam a adequaeto empiscareferindose também preten se relates quanto 4 naturezaeconseqaéness dos pressupostos, ‘A ewipulagtoe adequacio de modelo, ax consequences das ideo logis, is metaimpliagdes de modelos eas conceagies das defi es, Na medi em que seam explictos,represeneam esforos fara em sma, riconalisaresstematin as complexidades int tivamenteapreendidas da andlice socal da vida social. As aru lsputas entre metodologas interpretative causa, concepsdet de aco alias e normativs, modelos de equilibrio econ lina dda sociedad, weorias de mudhnga radieais¢ conservadoras ~ isso € mais que discuss empisca Tas disput refletem os es forgo dos socidlogs para arial crtrios de avaiago da "ver dla em diferentes dominios nlo-empticos. ‘No admira que a resport da diciplina a obras importantes se porea tio pouco com as respostas caas e restias que os defensores da “logic da cic” apresentam. Por exemple, Sutes and Social Revolutions [Eades ¢ voles soca, de Skoepo, 0 avallado em tedos os nlveis do espectro sociligico. Os preseu postos do vo ~ sua declogia, modelo, metodo, defnigaes, con ‘rin © até fatos - foram esmiugados,contesadas, louyndos. Q {que est em jogo so os enterios de verdade expregades por Skocpol a fim dejusticar suas posigbs em ca un deses ni ves, Pouca cosa da resposta disiplinar a esa bea envi tester ‘controlados de suas hipotess ou a realise de seus dados. Cert mente, nio seri nessa base que se decid a valade da aborda sem estrutural da revolugao sugerida por Skocpol” 7 Noa sede, dacs algunas obras nortan, » spent snus da cnc vc el rin un erent pes an ‘ork posers rhea pel cme de bie ei” eel ‘Em dnc sc remo a as enti mnerdcmere df fils exo fats um meen dae Sc, Uta cu dara ‘secret tll eo xa da penn de cater AIMPORTANCIA Dos CLASSICOS * (Quand init esta ses, afi que a propor entre aux tores dlsscos e contemporineos ¢ bem maior na ciéncia social ‘ae na cigncia natural porque uma discordincia endémicatorma fs pressuportosfundamnentais da eiocia social mas explicitos Fm contrapartda, esse aspecto dbvio dos pressupestos funda smentais € que fa: do discus ma qualidade imporcantissima do Aebore da nia weal Rese expliar porque esa forma discus ‘depolémics assume com tamanha fequéncia uma conoraeao "elie stea" A cxntneia do debate eral, atoremptic,logicamente mio implica posico privilepiada para as obras antigas, Aindh assim, as propias candies que tornam o discurso to relevant tam bee eoenam os lassicos importantes. Hi duns raze para essa ‘amportineia: a funcional ea intelectual (ou cient. Dado que » diucondincia & to frequente dentro da woria socal, problemas graves de compreensso marua se manifestam, Tedivia, sem um minimo deentendimento, a comunicieto¢im- porsive Deve have alguma base para zelacionamento cultural te guitermos que a dicordincia ci poate de mado consistent, ‘Shp oS Sete ae Das: Cane nd Meret, {allege of Willan a Mary, Wilner, Vin, made 198), por ‘emplo, rou que ak nese campo batate cert Mi profunes ‘Tocnlineas ak mem abe dts age desde, Os mas detace ‘dr pestuanore de resin "0 gre tom caste Ales ropdem um ck cam toe now bs ceto ealet ‘hm quant ab ue ees even serene ass xp secondo vent, ono de eon env o ab cto an fonda outer Curexgrncriita caliente ben, trout deve & own comao da mila om in oor oP rem solo ae peep dv ima sens, Canine Sper ene ocon neo rete nie de carpe ro epee “ue aeinn dette dns portion ca ie do pats cen So Ht diced de preva no tte nd vem social Je ‘uli bem ono reset detec cane ener: ‘ctl sce prs determi s+ pega a tate eve {Eni por ane verona em ks comme por poo ‘oe pson masa mutase wp aed ‘Queconar igese mcr en bom er de pam. ser Drab 1986, « JEFFREY. ALEXANDER coerente ¢ duradouro. isto 6 pode ocorter se 0s adversirios souberem o que cada qual esta dzendo. onde os clissicas entram. A necesidade funcional de els: sicos surge da necessidade de integra o campo do diacutt tere «Por ineeprago, no entendo cooperasioe equi, masa tes amanutencio ds limites, oy compurtinentago, que fcukam ‘ existncia dos sistemas (Lahmann, 1954), E essa exigtncla fu onal que explca a formagdo de limites dsciplinare, aparente mente tio arbitrris do panto de vista intelectual. Quem posit liasicos so as dscplinas da etna soci], bem como ns exclae ce tradigtes de que cas se compeem, (© rreconhecimento consensual de um elassico implica um pont cle referéncia comm. © clisico redus a complendade ef. Lohmann, 1979). & um simboo que condensa - “representa” ~ tua sie de compromisss diferentes. A meu ver, condense ‘raz pelo menos quate vantage funciona Em primo hgar, lato ela simpliia ~ portant, flea = adiscussto teria. Fiz iso permitindo que um pequeno nimero| de obras substieun~ represent por meio de um provensoemereo ipndo ou padronizdo ~ as misiads de formulaSes sis prox 2idas no curso da vida inedectual contingents. Quando dscut ‘mos a questescentais que afta a ciénca social em rermoe clissicos, sxcrifcamos a faculdade de captar esta especficidade sutil: Mas também adguirimos algo muito importante, Falando em termos de clssicos, podemos fear reavamente seguros de ‘que nostos receptores pelo mene saberio do que estamos flan do, ainda que nao reconhecam em nessa discussie sua propria posiedo particular unica. E por ese motivo que, se quisermos ‘labora umaandlieeertiea do capitalismo,teremos provavelente de recorter obra de Marx. De igual modo, se pretendermos sale 4 mulbplicdade de analises eras do capitalism, hoje dlisponives, teremos sem duvida de pfctl comparandoas 8 anise orginal de Marx S6 assim esaremos relativaments seg tos de que outros acompanharto nossos julgamentoskleoligicos ‘© cogntios, ow mesmo se des persuadir por eles ‘A segunda yantagem funcional & que os cissicos permite ‘que compromisiosgeras sem discuridos sem a necesidade de ‘AIroxrAseun pos cLAssices « tornar explicit os ercrios para sua adjudiagto, Uma wet que ins critéris sio muito dices de formula, sendo quase impos vel quelogrem consenso, esa Fungo concretisamte dos clasicos& sem dvida importante. Ao ins de defini equitrio © natutesa de sistemas, podem diseutir sabre Parsons, sobre “funcional dade” relativa de suas obras ancigse tard, sobre se sua teria {o que quer que venta eh a ser exatamente)comsegue de ato cexplicaroconflto no mando real. Ou, a inves de explorar exp Stumente as vintagens de uma perspectiva afeiva ou normativa dds ao humana, poemos alegar que tal perspectva ext, de fio, presente nas obras maisimpoetants de Durkheim, ‘A tercira vantagem funcional ¢ de eariter ionic, Dado que se crt um nsrumento de comunicaao comum elise, orn se Possvel nto teconhece «exstncia de um discurso gral. Assim, ‘como a importincia dos cisions é acatada sem contestasio, pode © cients social iniiar um estudo emplrico ~ por exemple, no Ambito da socilogia industrial ~ dscutindo o tratamento dado or Marx ao trabalho em seus primeirs eserts, Embors othe fosse permitido sugeris que consideragSes niorempirics sobre a ‘naturesa humara, muito menos espeaulasces utpien sabe a por sblidade humana, formam a base da sociologia induseral, ¢ ss catamente © que ele recoaheceris, de modo implico, ao apelar par Marx Finalmente, uma ver que a condensato propiciada pelos is: sicos docaos de poder privilesiado, a referncia aos clissios se ‘ornaimportane por ries puramente estatégicse insrunen ‘ais. Edo interesseimediato de todo cientista social ambicioeo e de toa escola em ascensio serem legitimads perante os Fund ores clisicos. Ainda que nio exista nenhums preocupagio pe ‘ina com os clisseos, eles dever ainda sr eniados, reldos © redescobertos caso se queira desafiar de novo os eriterios ormativos de avaliagto da. disciplina Esaus as raates funcional, ou extrinecas, para o sats prvi legiado concedido pela eneia social a um numero pequeno ¢ seleno de obras antigas, Mas tambem hi, are, roses imine ‘4s, genuimamenteinteletuais. Entendo por rae intelectuns ‘ue eertas obras sejam considerada clisscas por darem ama * HSRREYc ALEXANDER contribuigto singular e permanente & cigncia da sociedad Aqui, ‘minha tse comeya com a proposico de que, quanto mais genera leada for a discuss cintfica, menos cumulativa srs, Por quel Tongue, seo compromisiosgeneralidosestiverem spits 8 térios de verdade, no poderemos iar eseseritrios de um modo inequivoco, Avalages geais slo amparadae menos por qualida dle existentesno mundo objetivo ~ sobre as quais um inino de consenso pose sr froqdencemente obtilo ~ do que pelos gostos preferenciae relativas de uma dada comunidade culeral-O di Curso ger, portano,apela para qualiades de vensbiicade pes seal ~ evttics,interpretativas,ilosfiem, observaconais-, que ‘oso progressvas. Nee sentido, as vatiages da ici socal flo refletem uma acumulagio linear ~ que pode ser caleulada Temporariamente ~, mas a dlsteibuigio esvencialmente aeatiria dd capacidade humana, Produsr uma “grande” ciineia wil 6 tum dom ue, como ode eri uma "grande” arte (e Nisbet, 1976), varia transhisericamente entre diferentes sociedades © diferentes seres humans.” agement irae ears either inet ered ioe narenivans Senin ena ce eee Soe Sie ene ene a Fgh oe eee Beers reer arecetne Se cea, AmuortANcra Dos cxasscos ° Dilthey excreveu que "a vida como ponto de parila € con texto duradouro fornece 0 primeito aspecto bisco da estrutura dos estudos humanos; pois estes repousim na experifncia, na ‘ompreensio e no conhecimento david” (1976, 183). A cién- ia social, em outta palavras, no pode ser aprendi pela eta imitagbo de uma forma de resolver problemas empiticos. Por ‘quanto seu objeto € a vida, ela depene da capacidade do pr- Dro cienista de compreender a vida, Depend ds facades idiossincriica deexperimentare conhecet. Em mina opini, ‘existem pelo menos tés maneiae diferentes de dstnguir esse ‘onhecimento pessoal 1 Pela interpretagio dos estados mentais ular gene acre aera ou cua Je um fendmeno wc =a, movment ell eens poli dente So nr des ro ems ra emrde le oto, no ety exes ma epee dade de empat,pacepan neptune descol vide Independenemene de oor rs, a ote don centin. ta cca que mcionam rl eucidae no roa rosie toate dor soe quo tleaton mena pees deve eorer pra orconprecne a clings sae sas du Romaine fg da scat cei ds Ins obra de Dakin dvs mut an ell hide om itr owigieno cra eo wi pce So omporanent Hive ene os sores susan, Semahinemen ols hea da or trons ne fram on maooyenpnicr de Gafnan que trae seve to paras part amitoanfe do empate tmewo soc isa extranet oo Iman do conporaments humane, acs oeemparnee testo mesmo ne de self de Gotan Sus Soe ‘lini pore pei ela aes pr enc compe, nde 9 le ve ra na imei ~ JRFPREY C ALEXANDER 2. Pela reconstrugo do mundo empiric Consilerandose quea dscordincia quanto 3s questbes bist fxs torna duvkdosoe até os referencias empircos objetivo da itncia socal, «complexidade do mundo ebjetio no peders ser fagu redusida por meio da matris dos eonteoles disciplinares fconsensusis. Tornase asim iqualmente importante 0 talento ‘especial do centista social para seleciomar e reconsteuit: De novo fos defrontamos com 0 mesmo tipo de capacidade cratva © ilossnerica para a representagto tipicamente associa hate ‘Como diz Daw a rexpeto dos elssicos, "por intermédio do po: der crindor de seu pensamenta .. cles revelam a continuidade historia e mana que faz sua experiinela representativa da rosa” (1978, p366) ‘A capacdade de representagio depende nto apenas da pers picica, as dese clementoevanescente que €a “qualidade men: fal Assim, os contemportneostaexconsigam catalog aq Tides epicas denis da vila utbana, mas pousos compreendetso cu representario 0 anonimto e sus implicagSes com riquesa, fu vivacalade de Simmel. Ter algum marxsta, depos de Mars, Consegui eseever uma historia exondmleopolitca com a su leza, a complexidade e a apatente integracao conceptual de O t» Bramavio de Lut Bonapuvte! Mais tera alg centsta ‘social conseguido comunicar a natures: das “mercadoris” th ‘bem quanto 9 proprio Marx ao primetr expitulo de O capital? ‘Quantae analizescontemporiness da sociedade feudal se equip ram ao complexe sitemitico estudo das interselages econdmi- 2, rlgioate epolteas que Weber apresenta nos capituls ded text ao patrimoniaismo¢ ao Feudalismo em Ecomomiaesoida? ‘io quer isso diner que, sob alguns aspecos insgnfientes, no so conhecimento dewes fen menos no hajaultrapassado o de Marx ou Durkheim quer der apenas que, sob alguns aspects importantes, nos conbecimento no 0 consegui. De fio, a las especticns que scab de citar eram to insitadas que simples mente no podiam ser ented e muito menos aalindas ou inconporada crtmente~ pelos conteporines de Marxe Weber Foram necessirias viriasgeragdes para recapturar, pont por pono, estrarura dest tess, com suas implicaSesintenconais = ‘ABuToRTANCIA DOs CASSICOS a « involunavas, E exatamente o que se pode dizer também das ‘obras eswicas mais tives, 3 Pela formulacio de avaliagées morais ¢ ideoligicas, Quanto mais geal for uma assertivaeentificosociah, mais la levers gir uma autoreflexo sobre o significado david social. sua fancio ieokigica no mate amplo sentido da palwra. Ainds ‘que essa referencia Uoldgica foseeindesjvel ~ ea meu vce io -, seria impessiel despojar de seus efeitos ata peta citica mais excrupulosa, A weologi eet, alem disso (Geers, 1964), depende no apenas de una sensibilidade social agugada, mas também da capacidadeexéica de condenst ¢ articular a "ral, de weoligica’ em figuras retrica apropetdas, As declrasdes ‘deolopieas, em suma, podem também alcansar seats elissiso. cariter ininime da'modernidade racionaizada no wi sere flete nas piginasfinais da Bvica protewante como € crado pot cla, Par entender @ modernidade racionaliza, conve fazer algo mais que observila:conwém retomar a obra anterior de Weber para aprecitlae vivencila, De igual modo, o que existe se opressivo € sufocante na modernidade talver munca tena sido tho vigorosamence plasmado como em O homem uni mensional, de Marcuse Enaasconsideraies functonalse intlectuaistornam ci. sicos~ eno apenas o dscuro gerl er se = importantes para a Pricia da cigncia social E& em viru desas considera qe as obras ancigas ganham status peiwilegialo e sho to veneradas a pponto deo significado a elas atribuido ser freqdentemente com pra ao conhecimento cientiico contemportnes. Ora, um dis uo sobre obras de tamanho prestigio roma ve uma forma lei mma de polémica cientfica racional; as pesquisas do "novo enificd” desves textos pasam a serum mii leptimo de velar 2 taf cientfica para outen direc. Vale der ue, a partir do momento em que una obra ¢“lassiade”, sua iterprecagao se ‘ransforma na chave para discusso cleniie, De fit, uma vee ue os classics so fundamentas par a dncia social, a interpret Sf deve ser considerada uma forma superie de discisoteoricn, 2 TnFRREY¢ AUINANDER Meron eta certo qundo deetou quo fetta soi tendons msc hit com sentido ool Fovembérn com mit ja qe atribs esa mesa acs eso fos pera cara nes encase mania” Merton, If rena gue 83 fash que a pron, awe plogea, Neve sno, de IO se ‘oer sarCetemee pte Desc prints do {Tater soda, na Gri a,x mes a epar- Gloom endemic ma pelea dain i. Cierra Soles stad ele intends resents epecatvos Ch fae con ‘© prmene pcconcto inkl & que acide socal ao pasa de um cmpreeniento reset imatro em compe ‘cam anc aa oe an amare sora encarta nes atte Shoe oc, ga ce rts dae imperious deri ente encanta e bch oils Sm cles pueden qa atria” devs 6 rmemente Canela mat tempo. ssundoprecncaoequeactica foci de nov, supetamente como seu equalene at “Sheard eum ilinaprimente min pe alimentat Sts em dcaniv ¢peneands. Eat eo repo Gornto hi como pre qc esa remota contigo we concrett ‘So Popa eis i ene tre Sores qual cam ea espernga ne: marca se separ, la propre conpromice (ne sme camuflais) de um ipo {ponent general. Meron se edna de qu “pratcmente to 0 soins seacham ulead pars ensinarcexcreverahistri da eo ‘Sc afl onhec nato Bm xis ages” C97, lio, meu ve ¢ abnude son sclogs nao se one Tae aura de somlhane tre, mio dsaperce apenas Uhr "velar da scaog, ma propa pata da ‘odeagat “Fave inher tan Gu ete ves bigs no esi de Meron quer pel cure ou aromas ce eet me far Deb as eas ae 2 etal sobre eri J AIMPORTANCIA DoS cLASSI008 ° Ingenuidade fenomenologica: or que desconstruir os debates clissicos Nas sees precedents argument tercamente que ohio cnvre hist estan pode evitin Na ue segue, ‘mostrar emprcamente qv de no exe: Anms, pore, es feconhecer que ha uma sen em go © histo final decom ¢ em ela mene dos espns ein oc Eee pro ue rese a preset et Enmbkoraor ets sca como um odo xan continu mente cmpenhador nu ducssto da onc, ele do ec thecem aie fisem por argent ceca net que, proceso, estan cometendo ats de interpreaco. Cm mune guesiondo porque dum, na ess dase € een cera mts aa tle te ‘ala, Quanto se eater eric einerpto spo des ramen vrs No gc epee pape {dette sn xt einem examine ison come ssn fala de atoconstncla no ¢rfleno de ingemade teria. Ao conti, caracter alas de ma sofisadas dlscunde nerpreaas at hoje produ pela cen i eaemplo ras foo & tte a conmertnci de Parone The Ste of Sil Acton A crt da ot scl (930) Esa bra um verdad tow de fe verre, pola ae as a8 grande era cetfico soca dvr Go slo thfara pl dor re soins na ingro dsosdnde ‘mio aan ve Alcon, 1982.14) For emp, pein in densi, Meron (1967, 37) a io sin pre ‘erie fam semaicAa mda no ad eonhermeres sed ‘eyo roles cee dean pert ectar ss tut ora ae om Alon diy econ gues sang poser ets fe esemobines sees pare bel mow como endow crue mene wee 20) lin io es sate tienen otal an ere Ao ennm vena Take por ena ei, Meron ined Ft fut haech aon a mor wet de nt cpio Una que "ona nor ess cam pp repre meme" deca oT sob ai tices denied JRIPREYC ALBCANDER, Parsons sustentou esa eitura apclando para a coneeitualiscio crn ea ctalo cerrada, mas. que espanta €0 fito de ele nao reconhecer que isso no poss, final, de uma inerpretagio! Ao Contr, insite em que conduc una pesquisa empiri “so dependents dos faros quanto qualquer outra" Parsons, 1997, 1697), Com eeto, 0 inves. de sero etultado de naras pergun: fas reipondidas pelo propio Parions, as mudangus mo mundo sbjetwo produsram sa now analise da oben clissica. Os cis os descobrtam valores ~ e essa descobertaé, para © trabalho ‘entfico de Parsons, novo dado empirico, Sua ands, porean- to, “se fe larpamente] 2 partir das owas descobertas empiricas [ios cts!" (arzone, 1937, p.721)-O mesmo acobertamento de incencho interpreta tdricae pritica pode set visto nos ar ‘zumentos contr a postuta de Parsons. No Preficio de Capiclsm «and Modern Soil Thar [Captalismo eer sxial meer} (1972), ‘Giidensapresenta sua tse neomarxista como resposts a desen volvimentos empiricor do tipo “erudicio recente” e a descoberta de novos textor marsstas. Rh (1978, poco) arma que sn letura antiparioniana de Weber bascouse no acesso que teve a passagens até hd pouco nlotraducis, de Econom eseiadade ce Weber, ¢ Miaman (1970) garsnte que sua relerura marcusiana de Weber devese descoberta de material biogrfio indo. ‘Alu do que explane cima, ¢ dbvio que essas autoconcepyes empircasservem para ofsscaro relativism implcto na propria Importincia dos dlsscos, Gostaria de dizer, entetanc, que © papel funcional desa auroconcepeio € jusamente fornccer tal amuflagem. Se os patcpanes dos debates cise soubenem ‘Que sas peaqueas - “iterpretatvas” ox “histvicas” ~ slo, na realdade, arguments resries sob outro nome ais argumentos ‘i lgrariim reskin complesidade. Els se sentsiam compel dos a justificar st posigio por meio de um discuro direto © fistemitico, © mesmo se aplca as autoconcepetes empircas de tum modo geral, é clare. Cato os profssionas soubessem até que ‘onto sua obra fo orienta por pressuposiose pela neessiade ‘de concolidarexclas teria, seria bem mais dif! entregaren se um trabalho trio fruero ede longo prazo Asst, por definiglo, ox cents scinis ttm de adcear com respeis a seus cisicos, auilo que Husserl (por explo, 1977) -AINFORTANCTA DOS CASICOS s chamou de atude inginua. Or centstas soca, mers em fe malas cisscase dseiphinas pelo que tomam por seu legado, Ilo conseguem perceber que sio eles mesenos, com suas inten es €inceresesteicos, que transformam textos em clisicos © do a cada um destes seu significado atual. Lamentando give “o ‘onceito da histvia da tora", que permeia a ciéncia social “no de fo nem histria, nem sstemdcica, mas apenas um pobre pensamento hibrido", Merton, cle proprio wm empieie, mos ‘uouse outa ver insifelentemente erpirics. Ese hibrido, por ‘ante fempo uallssimo 8 cgncia sci, deve ser nesessaiamente ‘um pensamento povco eaborado Susente que € por exprimir suas ambigdes sstematicas nes sas discusses hstrieas que os centiseassocas precisa de cli sicos.E ess “intencio” cienifin, no sentido estrtamente fence smenolgico, que cri realdade dos clsscos par vida da ccs socal. Hussee moserou que a objeividade da vida social ~ ua “realtude” eistis 0 agente ~ depende da capacidade do agente para disfear, totnarinvisivel A propria eonsiénca esa criag8o| inteocional de objevidade. Do mesmo modo, na discussto dos dlisscos, a intencionalidade dos ctentstas soca fica oeulta no dos estranhos, mas até dos propos agentes. As intengSes que fazer dos clisicos © que eles sto ~ interesses tercose peas intexpretativas ~ curgem entre parntesesfenomenoligices. Se gueeeentio que explora esses incereseststioseineepretativoe cequivale a exerciar aguilo que Husse!chameu de redo fen rmenoldyica. Ao iniés de nos curvar 8 pritea do horn senso ¢ disfargar a intengto subetva, devemos aderir 8 privca cietiica se ocular “objeiidade” dos prsprioe classics. Tso € uma redugio porgue intents demonserar que, a qual quer momento, os “elisscos” podem ser considerados projeges dos interests teoricoseinterpretativos des agentes eavolvdos. E € porque podem ser tio redusdos que © hiato entre histria © emstia nio exits Derrida, entre outros qu se valeram de Hussed, afirmou que todo texto € uma eonstrugdointenclonal no tflexo de uma dada realidade. A teoria da teflesto baseline na nog de presen 2 99 fato de que o texto ped conter~ pode presenificar ~ em smo os clementoschave da realidad a ques referee, mer ime, de que existe uma realdade que de alguna forma ext presen: te No entanto ser aceita a intencionalidade, eno € sua aus «in (eanto quanto sa presen) que determina a naturest de um texto. Qualquer desristo da realidade tem de desbasla: a de sar de Indo certs elementos, a desersi0 produ, no apenas as “presen” daquilo que inclu, mas tnbeém as austncias daguilo ‘que exci. © mito do texto present, dis Derrida, ransformae na ideoogia do texto gua texto. Cantderam se lego 0 textos orque se eré que eles refltar os eventos is que veiculam. “Tedavia, ese Fundarem 1a ausénea, no serto acts plo valor literal. E& porque se fundam na auséncin que stm de ser de construidos. ““Desconstuit’filocoia, excreve Derrida a dada altura no é apenas investiga hist de seus conceitechave, tas determina de una posigh “exerict”& do proprio escrito, “o que a histiria pide ocula® ou probi,constituindose como Instn grag a essa repressdo em que se esteia” (Derrida, 1981, 67, caducio nfoltera) Pra demonstrat a importincia dos elisicos,€ preciso dee construiras discusses cientficosocns sobre os latices, Somente ‘quando se compreende o jogo sul entre aunts © presenga é ‘que a funcio teérica dos clisicos se evidencia tanto quanto a Pritica interpretativa ao longo da qual peosvegue essa torah. Interpretagao dos clissicos como argumento tebrico: Talcott Parsons ¢ seus criticos do periodo do pos-guerra demos conecber a teoria social no pertodo que se estende aproximadamente da Segunda Guerra Mund a0 inkio dos anos 80 sob uma forma relativamente coerente (Alexander, 1986). © inicio desse perodo foi assinalado pelo adventa da tora es ‘ruturabfuncionalista, att pelo menos ofim da década de 1960, ssa abonlagem exerea certo predominio no campo centiico, J fo final da decada de 1950 e comego da de 1960, entretanto, deserwolveramse sérias chesdes eon funcional. Em meadoe ‘AIWORTANGIA DOS CLASICOS ” dos anos 70,0 funcionsllmo decal e seus desufos de antes tor parame tendénciae dominant. Mas logo no inicio dos anos 80 cssasorienagies estabeecidas comevaram, elas propria, a set Contests. No momenta, todo um novo campo terico tale: ‘rz em proceso de elaboras; e podese dizer com cece que a “forma cserene” dos ulimos quarena anos esti em vis de rit ‘Que este movimento teirco peoporionou o parimetto no ‘qual acacia roi “normal” fo condusida 0 que subj a rao ‘unto se segue, mas ndo tentare: demonsteslo aqui (ver. por txemplo, Alexander, 1987), Queto apenas tepstar que este mo- ‘vimento tedrco setentico mokdow argumentos de longo aleance Sabre a natuezae significado das obras cissicas da sociologia = € foi por eles moldado. "Na época da Segunda Guerra Mundi, é lao, a teoia euro: ia prevaleces, No periodo de entreguerras, por multiple ra oes soca eintelectuns sede da sociologia comeyou a transfe tse da Europa para os Estados Unidos. Neste pais, antes da Segunda Guerra Mundial, Escola de Chicigo ea teorizaso inst ‘ucionalista, semimarxita, deserapenharam os paps principais. ‘Aga enfatzavam se a interagdo individual, os conioe de grupo ‘©0 ambiente ecologca/material. Os elisscos que inspravarn 0 Imcvimento ern amtericanos pragmatics como Cooley ¢ Mead, insttucionalista como Veblen, eeutopeus como Simmel. O es truturalismo funcionalistainsurpuse contra essas cradiges. le se abebernva no apenas nos esritos de Parsons, mas também na ‘obra de um rimero inusitadamenteelevado de talentoso est ‘dante, eu obra ja exerainflutnci nos anos 30. Nou me con ‘entrar entretanto, em Parsons come mentor dessa tadiqao. verdad, sem divi, que houve rastes soci extrac scat para hoa aceltagio da obra funcionalista, Num primeico moments, todavia, esta obra fol avaliada eacolida segundo be ses entio consieradas cients Segundo a perspectivaempitica, ‘sss bates incu o campo ticoe afore expliativa dos tre bulhos de Parsons, Mas ao se limiava a st. Com efeito, Parsons ro allergava suas revindsagies a0 primado cientifico unica mente em ws abra ciensficosvtemitics. Alcegavaa também na sutordade dos textos clissicos. Pretend que estes textos ence « rrREY ALEXANDER minhavam a evidadeclenifen para tipo de tortzag stems tica que ele mesmo postulava ‘Quando Parsons iniiou sua carrira como teérico, na déss- «dade 1920, estova comprometido com a mistura de pragiatiso, tvoluctonismo € insitucionalismo que earactersava a tradi americana (Wearne, 1985). Contudo, aa obra que promoveu a scensto da tori fancionalista,estavarn curiosamente aucentes (5 eitsicos lads a essa teadico. Em The Sacre of Social Action (A estrutuna da agi socal] (1937), Parsons pretendin or definido 0s resultados mais importantes alcancados pela ger 0 anterior de teérios da sociologia. Autentes etavam ilo penas os pragmaticos e institueionalistas americanioe, como também Simmel e Mats, que no continuariam ausentes da tor tia sociolgicasistematica durante anos. As “presengae”, na re construgio de Parsons, exam Marshal, Pareto, Durkheim © ‘Weber Parsons afirmava que eles ~ principalmente Duckhelm Weber = haviam fundado a tradigio clissien & qual toda a sociologia Futura deveria se fla. [io foi apenas essa seles4o das obras anteriores, mas tam bbem sun construsio dos textos slecionados que tornaram tho lmportante obra de Parsons de 1937. Ele afirmava, deforma um tanto ambigua, € yerdade (Alexander, 1983), que aqueles socilogos haviam enfatizado os valores cultura ¢ a integrase social: Graas 8 acuidade de sua pereepgao © densidad de sua argumentaslo textual, Ptsons conseguit defender essa inter: pretacto de modo bastante vigoroso. Em outras palaras, fo su pritea interpretativa, € nfo ~ como ele proprio énsinaou (Ger acima)~ 2 natureza empirica de sua deseoberta, que rornou to bemsucedida sua discusio dos clissicos. Essh interpreta ‘0, por seu rurno, era moldada por interesesteorcos. Somen- te retospectivamente ficou claro, para a comunidade rocilogi 9, © quanto a lecura de Parsons era incompleta e como sta Interpretaglo desses autores cisscos era vltada preciomente para a dire da tee tedrcasistemaitica que Parsons, mais tae de, alegou que essa mesma interpreta por sui ve jusifiava 'Na candente discussto da primeira obra importante de Durkheim, por exemplo, Partons analisou o quintoeapialo do . AnroRTANCIA bas CLASSICOS » Livro T de A dive do trabalho na secadade ~ a agora celebre iscussio dos elementos n-contratuais do contrato ~ como ut fegumento a0 controle normative cultural na vida econdiica (Mae podesealepar (Alexander, 19820, p12440) que a inenclo de Darker, naquele capitulo, fo saientr a necessiade de um Estado rlatinamenteautdnomoe regulador: Alem diss, ignonou or completo o Livro I da Divan do trabalho, no qual Durkheim presenta uma andliteeeoliea © mesmo mareralita das ea ‘Se da modanga social. Potions tambée declarou que a ima obra de Dutkein, Az formas clementres da vida eligi, era um ‘eevio iealios do trtaments mulidimensional da solidavedade fpresentado em seu eserto anterior. No entanen, como Parsons ‘na verdade pastou por cima de partes substancalsdesse texto, dlfcdmente podesia extrait tl conclusio. Prece muito mais [provivel ue os ecritesposterores de Durkheim fostem consis tentes. Nese caro, oidealisme que para Parsons mio pastva de tun deevio ceria, em grande media, uma das carateriticas da ‘obra madura de Durkheim. A leituraapressada de Prsons aca bbou petmitind que aénfase normativa unilateral dos trabalhos de Durkheim, durante os ilkimos vinte anos, escapasse pratict mente inaslume. A interpretagio que Parsons fs de Dutkheim - nioa despet- to, mas por causa de seu brilhantsmo ~ fo inspira, asim, pelos Increases tric que 80 perdodo seguinte i publicayio de Est tur, estabeleceram as principals linhas da obra funcionalsa, O ‘mesmo € ainda mais weriadiro no caso de sua andice de Weber. Em primeira lag, Parsons ignoriva a tensio exitente entre teortagio normatvseteorisctoinseramental, que pertea até a seciologia da rligizo de Weber. Mais significatiamente, entre tanto, ele ilo conseguit atinar com a slllasociologi politica que Weber desenvalveu em Economia ¢socidade: as discusses histricas sobre transigo do lar putiacal para os sstemas feu dal patrimonial, que gram quase exclusivamente em torno de tonsideragbes antinormativas. Somente por ignorar esse impor: tantisimo segmento da obra de Weber, pe Parsons analisat sociologi politica de Weber como um enfogue no problema da legitimidade em temos morals €simbolios « sRARREYC. ALEXANDER ‘Nos anos posterior & Seyunda Guerea Mundial a selest0 ¢ interpretagio partoniana dos casicos pasou a ser amplamente ‘eta. Sua veneragto pelos esritores clissicos ra pessoal ina balivel: ele conseguin convencer seus contemporineos a pensar do mesmo modo, A cada passo de seu desenvolvimento t61ico subseqdente, Paionsinsistia gm que a teoriaFuncionalisa era ‘uma combinssio kg do camino aberto por aueles precurs- res, Com efit ca nova fare de sua eriagSo poste, Parton “revisitava’ respeitosamence Weber ¢ Durkheim - e, a cada telecura,sencia se cadaver mals apro a compreender a promessa ‘cox problems de suas obras nos ermos do esquema funcional ‘qe exava send estado, Na longa Ineucio de sua traduto a quatro mites de Theory of Socal and Ezmnamic Onpncation (Tea da organiza soil € ccondmizal, de Weber, Parsons (1947 percebeu que o autor enfara comretamenteo contextovalorative dos meals ¢o pao de fun do cultural da autridade; cond, no entanto, que sua teoria da bbuocraciaisstira demais na hierargia por neliencar avo zaglo € ae normas profsionais.Eses foram, ¢ claro, os temas de The Social Sem [ ssema sca (Parsons, 1951), publiado qua tro anos depots. De igual modo, no bojo de sua propria analise da dierenciso interna dos sistemas sociais, Parsons esaminou © ta tamento de Durkheim da intepragio soil (Parsons, 1967). Achou ‘que Duc esta bem mais preocupado com a diferenciagio de bjetvos, normas e valores do que Ihe porecera na interpreta feta rina ano antes. De reo, a0 empreeaer tacts de can tualinar um teorn evliconista do muadancy social, Patons de- ‘monstrou, graeas a uma pesquisa minuciesa da socilogia da re filo de Weber, que este tambea tinha uma visio evelucionst, porto que Bells (1959), um des mais brihantes dscipulos de Pons, atnbuira a Durem algae anoe antes Rinalmene io caso de um tesco eujp satus ssico Parsons sve a reconhecer muito mais tne, lacuna que procurou corr: sircom urgencia. Nateoriafuncionalia madura de Parsons, pre sean em 1951 com a publicago de O sistema soil, socializ «so devempenhava um papel relevance, fendmeno que tatu lus dh pscandise. No Prefica ts edigoesseguntes de A extruturs da = AIMFORTANETA DOSELASICDS a jo seca, Parsons lamentou mio ter inciuide Freud na selesio {be autores clssicos. De fato essa omissi, nos anos 50, era pen fgoamenteandmala. Dado que os dscns sto importantes, incapicklae de promover uma discssto aalizada de Freud de sou su funcionaismopsicanaliicoextremamente vulnerivel, Os freudiznce antfuncionaltas podiam argumentar que 2 teotia psicanalicca naa tina a ver som socilzagdo e que, a0 conte: tip, ela enfaizva a desorganizaedo da perconalidade com sua re ‘ola contra civlase partir de 1952, Parsons (1964, 19646, 1955) reervou uma série de ensaioe & cemonstrago de que, para Freud, intros de objetos consuls a ase para o desenvol mento da personal; ora, a introest0 de objeto era apenas a Inrernalisato de valores com outro nome ‘Quando, no final da déead de 1950, arg um movimento, tesrico © empirico contra o fancionaliemo, 9 interpretacio prsoniana dos clissios tornouse um de seus elementos prick pais. Tarr este desfio ndo era um esforen autoconsciente de desconstrago, quer die, nfo era um movimento que reveasse fo intereses tedeicos subjacentes A diseussio lisa como ta: representava apenas uma dicusefowotada em part para “a org nizalo do repstrohistrico", Entretanto, os interesestedricos€ ac etratigis inerpretativas até nde e posiareconhect los rum aribuldes unicamente ao prdprio Parsons; em rela is as peo- bras pesquisa, esses crits inham de manter intact su aia de ingtnua ‘Uma prova da forca de Parsons & fato de, nas erpasiicinis dese process, as mais gitants ausincias de sun construio class 4 serem tho poueo notadas. Hinkle (1963, 1980) defend a Te sitimidade da velhacracigio american, tanto institucional quane to pragmaitica, instindo em que ela fose vista como um corpo sofstcado de teoria por diteto proprio. Mas esa tse, ampara do sun constugio da histéra, pode pasar realmente por uma Aefess da constrco tdrica de Prisons, como sugereo tuo de tum artigo anterior de Hinkle, "Antecedents of the Aetion rientation in American Sociology before 1935" [Antecedentes dla orienta da ao na sociologa americana antes de 1935} ‘Coser insurgiuse muito mais agresivamente contra a seletividde e JteRREYc ALXANDER sd Parsons em sua tee de dourorao sobre oconflto de orient: 0 na ancga soiologia americana, sublinhando sun orienta problematicae sua teoriainstcucionlista. Contudo, apenas im resume desta tevechegou a ser publicado (Coser, 1956, 153). ‘A ese de doutorado de Levine, em 1957, comparava Simmel «Parsons, detando implicit pelo menos que alguma semelhanga ‘tia entre Parsons e esse importante autor mais antigo que ee {gnorara completamente, Por mais de vinte anes, mo enfant, tan ‘bem ess dssertasto permaneceuinedita, Quando finalnente vet | lus ~ puma sere em offietreservada a tabalhos niopublicador ‘uesgotados-, Levine (1980) tornou as implcagdes de sua intr> \dusdo a Simmel mais rics explicias. Numa nova Invalui, ‘allentou a decisto de Parsons de eliminar do manuterio defini vw de A esr da agdo seca um capitulo sobre Simmel. Isso Ademonstrava,sepundo Levine, que Parsons seecionara os ciss- cos de modo a corroborar seu interesse “tendenciosc",reorica ‘mente apriorstico, Parsons exluita Simmel porgue induilo sie nificariadsseminar uma influtnciaantfuncicnalists,Embora essa acurogio de omissdo se Jastfigue, nfo se justificam as razdes de Levine: seu argumento de que incluie Simmel fommentria uma visio anefuncionalista base na suposigio empirica de que a ‘ba de Simmel porsui um significado inequivoco. ‘A mais notriaauséncia na inerpretagao de Parsons, entre ‘tanto, a figura de Kad Mare, nfo recebeu atengio consensual nessa primera fise. Mestrare: mais adint, alts, que somente _racas 3 polémica no seo da escola parionianae sob o disfarce de ‘uma “teoria do confleo”& que Marx comeqou a ser dscutido. So depois que © furcionalismo foi mais ou menos subjugsdo pelos seus adversiios €que Marx despontou explctamente. Quando, «em 1968, Zeitlin pds de peas para ar construcio parsniana, declarando que suas figuras clissicasnio passavam de conserva dlres cuja obras pod ser entendida como reasio 4 Mars 1a aia erm no merece grande atencio!” TO Ercan ear gt qu eto flan da dics aon ob ta ininalita era cor ei ans, Sot ie pop, um ers ena ram que 0 ubliarismo fora AIDMORTANCIA DOs CLASSICOS « para a morale que, por iso, toda a reconstrugio parvoniana As "avanoos” da tradicio sociolégicaelissicaeram bascamente falhos, Caracteristicamente sua tese foi lngada sob o etandar. reds objevidade histric, cles apresentaram seus relator corto eras exposieses desticudas de pressupostortesricos. Confor: te ja dermonsteara a vliosa historia intelectual de Hirschman 0977, 7108-10), entreeanto, & bem possvel que um pesquisa dor igualmente “objetivo” lei «obra do préprio Adam Sauth, 0b 0 ponto de visea moral, como uma abertura parh 0 faci ralsmo individualist e 9 pensamento utlitaisa. Assim como ‘9correra com os esforgs mais sstemticos que ov precederam, esses argumentos historcistas dependiam dos ineereses tein. os subjacceces&nterprecagio e nfo de uma litura newra da literatura hisitca em Gragas ajuda dessasineerpreagces sobre os clisscos, as rorns escola teoricas lograram, em meados dos anos 70, con: trolar mais ou menos o discurwo sociolgeo geral. As rinter pretages de Parsons j nto se impunham. Os clssios que det sara de lado haviam ressurgido © 08 que ele elegera foram *reapresentados” de modos diferentes. Em 1972, Lakes publ: ‘ou uma biografia nelecual de Durkheio que fot saudada como 4 maior obra interpretativa dos ulkimos anos. Em seu exame aparentemente minucioso das polémicas susicadas pela obta de ‘Durkheim, Lakes simplesmente mio inclu coda auterpreeaso de Parsons SSomente agora que ameaya s hegemonia de Parsons qunee se completo que Marx desponeafinalmente como um else. De fto, para os rieoseutopens para anova feracto americana, ‘Marx aparece somo otnico elisseo aque aléncia seca tem de recorter O jogo entre presenea e auséncia nas interpreeasies de Marx roubs a cena. Humanistae come Aviners (1969) € lulacsianos como Ollman (1971) preferem 0 jovem Mars, mas Althusser, com sua compecenso bem mai sistematicae exigente a importineia de sua obra posterior, acabou por imporse lthusser, 1969; Althusser & Baliba, 1970). Obras como os Gnexdiss, esbogo do Capital, fram taduzids e imediatanen: te debatidas (compneat, por exemplo, Nicolaas {1973} com McClean (1976) em cermos da smporsincin de suas implica es pars es polemic interpreta A nfs nas obs aneerines ‘ou. posterioes desempenhou um papel crucial na determina dlo-enfoque empirico ~ femacso das classes ou superesruturas| Mlologias, process economics ou aenacto, vlhas ou novas classes trabalhadoras ~de,um amplo leque de pesguias Na Inglaterra, poe exemplo, surg un vigoroso movimento le trabalho empirica cham “estas cultura" (por exemple, Bennet etl, 1981; Clark et al, 1979; Hall ee, 1980). Analisan cdo os simtbolose sun relago com os conflios de clase os com Fito soci, ese movimento insptouse (ver Cohen, 1980, Hal, 1981) quave que interamente nos csscos de tradi muarssta€ ra versio caracerisscamente britnica que Walliams fe: da teoriagio mais orto de Aldhuser sobre os apart ieolé- ‘os do Estado, Nem Durkheim (que, na construgio de Parton, fem o pai da tela sible), nem Weber ou mesmo 0 proprio Parsons eram privilegindos pelos pesquisadores biieinicos com tum ats exemplar Um contrast instruivo pode ser vito no ‘movimento americano de analise cultural, que anterioernente se crtalizara em coro da anise da rligito civil de Bllah (por tsemplo, Bellah ¢ Harmon, 1980). Por deri de Dutkheim e reson, diferia da radio brisnica em aspectosemprics, ideo lsaicos¢tosricos fundamenmais. Paucos eontrastesoferecem ev cia ais cabal da hegemonia das obras clisscns. 1 Em 197, Mec, qe defy ste dem i ‘rend 10 da ‘lara G97 1) alent elev do tents" ccd cates Minas ‘ese Memos ennai Je TM, ia eo Naa oe Grndnne eden Um poo em prea ie rinlad o Grndne od gran qr 0+ ws Tas e144 Enos + edo de Nols aparece So tan, er a wade abctirnte ra Se ser ante cme. No ‘eae ea ci de 6 pias do Pre ue eno {Commis desig mena cpn wees vena deem Ne ri pi ol gue 9 mance eer ho domes fui san por Mare” ci 1973, 1). Sic ih nino ae = a nMroRTANCIA pos eLASSICOS ” [to i as construjtes de Pistons ruram come © proprio Prone for endo afutado cada ver mais de cena, Em micros scjologia, debates sobre Homans, Blumer, Gotan e Gufink! substittram os debates sobre Parsons agora dsputas Quanto 90 figniicido de si oben € que fsiim ae veces de torino sie: tmatca, Em macrossoeologia, um amilgama das teorias erica € dloconflito desalojarm Parone» eal ponto gue a “abors sem extruoral odin negae por completo os funvdamentos cies ‘ose mtoempirics” (por exemple, Liherson, 1980; Skocpo, 1979; ‘Treiman, 1977). Um marca desea deslssicizago fo leancado ‘om a publicagio, em 1976, de New Rules of Secalancal Method TAs noms res do metodo solic, de Giddens, em que se le ue nfo apenas asia de Parsons agedem aoa teoria como os slassicos de Parsons, Durkheim Weber consituem os malores ‘obseiculos 90 progress tedrico no futuro. Giddens (1979, 1981) fe prope a devevolrer um elenco completamente diferente de lassicos, do qual aé Mars fica de fora, ‘A ceca altura, no entanto, de cter que a tentatva de bani dlfiniivamente a constr ug de Parsons deva ser visa antes como ‘um movimento pendular que uma socessto progresva. Tents vs anteriores de “navegar contra a mare fas inesramente 2 pares da tradiso parsoniana ~ Fisenstadt (1968) sobre Weber, ‘Smcser(1973) sobte Marx, Bellah (1973) sobre Dutkhee - indi ‘utvelmente fiharam. Ao contri, esfogos mas recente para preservira importincia dos cassicos de Parsons ea preecupasso ‘aricteistica deste com a dimenaesculturas das teorias dag les clisicos tém sido mais bem-sucedidas (Alexander, 1982b; Habermas, 1984; Schlchter, 1981; Seidman, 1983a, Traugoc, 1985; Whimpster & Lash, 1986; Wiley, 1987) A definigto da teoria americana como uma lteratinindiidualsen 90 colt ‘mo dos clisicos europeustambem comecou a se serimente ques Bona er, especialmente, Lewis Smith 1980), mas também Joss L985). Exste mesmo um movimento para resgat a estat ‘uclisscado proprio Parsons. Numa curiosamelavola, Habermas Aedarou que “nenbursa eoia socal pode se levada a sério hoje se nto estver pelo menos rlacionada a Parsons” (1981, p.297). in ‘Minha prope obra (1983, 1985) vai pelo mesmo camino, © supio que uma eric "neofuncionalits,baseadn num Parcs reconstruldo e em suas tates dasies,¢vidvel. Finalmente, 0¢ pressupostos do "novo estrururslismo” wim sendo expieador © ‘itcadoe (Alexander, 1984, Sewell, 1985), Com efet,comega a ser aventado nao sé pelos tecos (Alexander 1987b, Thorp, 1985), como por destacados analisas empiricor dete tradicto (por exemplo, Fenton, 1984; Huns, 1957; O'Conner, 1980; ‘Traut, 1984), que as ideas de Durkheim sobre serra ainda ‘desempenham papel relevant. Esse exame do debate cassico no periodo do pourra foi ecessriamente parcial. Se houvestespag, porexenpo,o mode com que as discusses sobre os clescos ajtalaam a extrturar as sulbireas empyrias da socioloyindeveria ser explorado"” Alem disso, nos limites de minha discussio, eu nso podera ner de rmonstrar pormenorizadamente os masses do debate cisco nem revelar, em detathe, como caladiscussso realmente se set na teorizago sistemiica, para nto falar do trabalho eaptico. A despeito dessa imitates, eneretano, creo que minha tse an Tica foi substancialmente documenta Na grande discussio te ‘ca “sistemas” que mareou 0 poi-qucta, a polemic “histor ca sobre o significa das obras elisias desempenhou um papel wisceal ‘Ao estabelecer um now eleneo de autores clisios para a ixcussdo teoiea do pu-quera, 4 pesquisa de Parsons revels rmotivaces tanto inelectuais quanto estrateicas, Mergulhande ‘os excrtos de Durkheim, Pareto ¢ Weber, ele chegou a novus limpresses da escrutura e dos processor do mundo sca. Alem Aliso, a0 afirmar que esses autores crim os unicos verdadiros fundidores da sociologi, pide olapar os allerces de teorias que 1 ene map ea en de Thanion Em “Reeding the Claice The (Gscof Dt (Un cate dow dn cde Dan 933 « necro ms Seeiness do can da exit lout epreextes deren do Deas rao na seca, Duin, dsempahstam pl de Sage nos das ea pin Retr nina toc wre Thonn (969) eto Ona eee pare eo 7 AtmroRTANETA Dos 1ASS008 * oncuira stem perversamente equivocada. Prion, 0 rein ‘ara “descoberta" des clissices, fi mocivado por ineresses rr ‘ossao mesmo tempo, dadas as necessiriascondicdeshiscas, sua pric interptetativa era sli o haseate para convencer a co fmunidade cientificosocal de que eas porgsescisicas de fat Fava prfigurido a sun propia. ‘Ovinculo entre sistema hick e ssemiticaconcempe tinea era oesteco que a hegerona terica de Parsons 56 pode tin sr abalad se sua versto da historia cissca também fosse erruia, Uma versio alternates fol formulada, © que ocorreu ‘tanto pelasreleturas dos lsscos de Parsons quanto pela crag ‘de novos clistos, As rude intelectuie disso s80aufcentemen te ras: sora vigcrosaspropiciam visies capazes de abr um amp erpagointerpreratvo. Entretanto, a aeetaie dos dasscos| ‘comvencionals mostrouse também funcionalmente eis, ois permit aos tesrieos posyatsonianos caborar suas discusses fem termos mae ou menos acessves a todos. [ronicamente, a lasictssto da prpria obra de Parsons felt sua falacia ro ca, pois ela gualmente,proporcionava um meio relaivamente acessivel pelo qual se podia contestar os méritos das elas fuacionalias. Ua ve: que 4 tect pésspaesoniana se fundava em parte na obra de Parsons, retatvasreeenes de super se woltram nio apenas para oF antigos textos cisicos, mat ta ‘bem para oe cextos de Pinon ~ e580, no 56 por rates intle ‘ais, mas tmbem estrategias O humanismo e os clissicos: por que o desafio historicista esta errado Defender consistenremente a imporcincia dos lssicos € re vinuicar uma rlagio Inextecivel entre ineresses tericos con temporinecs © pesquias sobre o significado dos exes hit cos. Na primeira parte deste ensaio, defend essa posigo na esfera dla seria soctoigica, Na seqSo anterior, tentel corporiica ex tminando o desensohimento das discussoessocolgcas sobre clisscos. Agora, procuarel defender esa posiin contra as cts « JRERREY ALEXANDER lancadas importncia dos lisscos no seio das propria human dades. Essa € a abordagem historcieta da histria ntlecual asso siada } obra de Quendin Skinner, a qual ~ no taro em combine ‘lo com a pretensas hissras do cigncta kunianas = tambon Penetrou signifcatvamente na diseussio socokgea (por exe ‘plo, Jones, 1979; Peel, 1971; Stocking, 1965). ‘A particular importincin desta crc se deve a0 fto de que foram as humanidades que quse sempre apreentaram a alterna tiva 20 reducionismo cientficozocil dos estudos culturais ao projet empiric contemporines. Em termos dos clissicos, tl como o proprio Merton colocou a dicotomia, foram as humnanida des que, traicionalmente, defenderam a singulardade e impor tincia permanente das contribuigdes elassicas. As humanidades ‘esto mais associa &interpretaio que &expicaco; ana, foi nas humanidades que primeiro se formalizou e se props cst listing. Além dst, foi nas disciplinas humanists ~ dos ext dloshistricos da religito do culo XIX ata tora teria con ‘emporinea ~ que a metodlogia da interpretaco, bem come 2 pesquisa ea investiacto do significado dos textos eso, mie sedestacaram. Finalmente, ¢ negagio da rlevinca d interpre textual para as cigncas soins que subjie no apenas 8 {njungfo empiri contra os lAsios, mas também ao senso cor ‘mum das propriasdiscussbesclasicas Enguanto a injungio de Merton da mescla de histiia eset smitia tena liar a sistemitica da bagagem histriea, a teria kinnerianarepele a mesela fim de limpar a histoia da macula dda sstemitca. A inceneio ¢eransformar discusses de textos an ‘gos em pesquias puramente historic, sents de pressupost', petguirss que, ironicamente, seriam mais expliativas que ingerpretacvas na forma, Ora, como Skinner aborts o problema do Angulo oposto, a consequencia de ve raciocinio se revelaia| ‘eatamente a mesma. Sea histéna pode ser atesria, ent ateo ra pode ser ahstrica. Se or cisicos podem ser extudador sem © farclo da inerpretgio, eno a snterpetagso certamente no ‘recia iwadir a pritca da cigncia socal destituida decision. ‘Skinner oferee o tipo de historia steeccual gue Merton eis > AIMPORTANCIA DOS CLASSICOS 1 mas aio conseguia encontrar” Pueceme, no encanto, que sit Fitri teria apeesena a mesma qualidade abstrata eantempirica que a de Merron: nto logra explicar 0 papel central do debate fhueepretativo nos estades culeuraiscontempordnss Eo fa, além disso, pela mesma rusiorsofte de um enpirismo que neg 208 prestupostos wm papel destacado no exame da vida socal. Alga fuiasim em nome da rio cna o relativism. Masa meu ver, odepoie de reconhecer inceresesapeiorisics €que 2 rao pede willeslos (© que o historcismo abomina € a introdugao anacronica de preocupajdesatuais na compreensio ds textos antigo. Skinner tudverte que esa “prioidade de paradigms” 16 pode resularem “mitloplas", nunca na descoberta dos proprios textos (Skinner, 1962, .67). Essa aversincia repous,¢ cao, na coneegio im plicit de que o ciculo hermenéuico pode ter rompido. O que ‘astra o historicemo € a crenca de que © mundo teal, em su2 ‘lila primiva © remota, s6 se revearh a investigador se este souber coma e pars onde olhar © historicismo proporciona esse conhecmento por intermedio de sua énfase no conrexto € na imtencio. A diponibildade imediata pata evtudos cultura de contento intelectual ea intencionalidade do autor constuer 0: fuais importantes presiupostos que etiam o histoiclsmo, Dees decorte um reir pressuposto que, emboraimpliio talve ej f mais importante de rodes: a nogao de que textos modvados e Iistoricamente sitaados podem ser lidos © eompreendios sem trenhuma diculdade. Recordemos que era essa exstamente 2 1 Wier arto "hid core nm por Skinner ‘quino por Mertn opreende quanto tiqum po ts tet ‘tcevaarece prea, Na panes wn dete eno, dq 3 él fr pope de Meron dew shore hema ives nll Devo, nero cotati aoa + Finn stent qe Merton a pss de beat Ogu e posers Chime de hea avi ~ em poi hii de i Combi prea com 9 eeup goo clerics emprios fe defense cc je € porn soc efor iene prs sce nt contenprines: Bin m ab Turner masts menos cise conto “eto "nas Hie es 0986, 974 6 JARREYc. ALEXANDER Unveil ChiagoPres, 1958, POPE, W. Classic on Clinic: Pron’ Interpretation of Durkheim. ‘Anerion Soil Reve, 38, p 399415, 1973 POPPER, Ky The Lan of Scene Dacor. New York Basic Books, 1949.(Peicadoorigialment em 1934), REX, Ke tems in Ss at Thy Lndone Rutledge an Kegan Pal, 1961. RICOEUR, 7. The Model fhe Text Mesninful Action Coniered a Text. Sc Reach 38, 9.52942. 197 ROTH, G.Incetion. nx WEBER, M.Ezouony and Scie: ROTH, 'G., WITTICH, C. 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