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Prezados,

O Presidente Lula acaba de sancionar a lei que proíbe bebidas alcoólicas nas estradas, bem
como, que Os deputados rejeitaram algumas das emendas do Senado à MP, porém, acataram a
que retira do Código de Trânsito Brasileiro o agravante para a pena de homicídio culposo (sem
intenção de matar) por entenderem que dirigir sob efeito do álcool é crime. Atualmente, a pena
para homicídio culposo na direção é de dois a quatro anos de prisão, além de suspensão da
licença ou proibição para dirigir. Se for sob o efeito do álcool, o agravante prevê a pena
aumentada de um terço à metade.
Tendo em vista que o uso desmedido da bebida alcoólica esta relacionado diretamente ao
vício, bem como, a fato concreto, de que o viciado tem reais dificuldades em controlar seu
impulso, gostaria de saber, até que ponto a veiculação do uso da bebida alcoólica ajuda, bem
como, até que ponto frases de advertência ajudam a ultrapassar estas dificuldades.
Lembro que muitos acidentes rodoviários são consequencia de excessos alcoólicos, bem
como, muitos dos problemas de violência familiar tambem estão relacionados a excessos
alcoólicos.
Um paradoxo me causa perplexidade: Somos capazes de reconhecer que a publicidade do
cigarro induz a um maior consumo, algo que concretamente atinge a saúde do próprio, quando
muito, daqueles próximo ao ato de fumar, porem, somos INCAPAZES de avaliar a importância e
relevância da publicidade na indução do consumo de bebida alcóolica, quando então,
ACREDITAMOS que frases de efeito SÃO SUFICIENTES, algo que concretamente atinge a
VIDA em continuidade, ou em qualidade de muitos, mesmo longe do ato de beber.
A transformação da embriaguez no trânsido de CULPOSO para DOLOSO, não deveria,
pelo menos, provocar uma REFLEXÃO MAIOR, por parte Deste Conselho ?
Espero que esta reflexão acontece, bem como, que os interesses da Indústria de Bebidas
Alcóolicas, em especial as cervejarias, não seja significativo ao ponto, de NADA SER
MUDADO....

Algumas considerações que acredito possam ajudar nestas reflexões...

1. Regra geral: por tratar-se de bebida alcoólica — produto de consumo restrito e impróprio
para determinados públicos e situações — deverá ser estruturada de maneira socialmente
responsável, sem se afastar da finalidade precípua de difundir marca e características, vedados,
por texto ou imagem, direta ou indiretamente, inclusive slogan, o apelo imperativo de consumo e
a oferta exagerada de unidades do produto em qualquer peça de comunicação.

Alguem pode me informar como é possível vedar por texto ou imagem, direta ou indiretamente,
inclusive slogan, o apelo imperativo de consumo e a oferta exagerada de unidades do produto,
quando o COMUNICADO é um ALCÓLICO, que resiste a reconhecer sua DOENÇA ?

2. Princípio da proteção a crianças e adolescentes: não terá crianças e adolescentes como


público-alvo. Diante deste princípio, os Anunciantes e suas Agências adotarão cuidados
especiais na elaboração de suas estratégias mercadológicas e na estruturação de suas mensagens
publicitárias.
Alguem pode me informar como é possível impedir que crianças e adolescentes sejam público-
alvo, uma vez que, a interpretação de qualquer peça publicitária, ocorrerá frente à valores e
referências (individuais ou coletivos) próprios ?

3. Princípio do consumo com responsabilidade social: a publicidade não deverá induzir, de


qualquer forma, ao consumo exagerado ou irresponsável.

Alguem pode me informar como é possível impedir que alguem seja IRRESPONSÁVEL,
quando o efeito do alcóol é a própria IRRESPONSABILIDADE, muitas vezes, agregada a
própria VIOLÊNCIA, ou seja, SEJA Irresponsável sem deixar de ser RESPONSÁVEL
SOCIALMENTE ?

4. Horários de veiculação: os horários de veiculação em Rádio e TV, inclusive por assinatura,


submetem-se à seguinte disciplinação:

Alguem pode me informar como é possível impedir que uma determinada peça publicitária seja
divulgada em horário próprio, uma vez que, a internet ja eliminou qualquer possibilidade disto,
bem como, vivemos ainda hoje, em uma sociedade que concretamente, impede que menores de
18 anos, não assistam TV no período de 21:30 até 06:00 horas ?

5. Cláusula de advertência: Todo anúncio, qualquer que seja o meio empregado para sua
veiculação, conterá “cláusula de advertência” a ser adotada em resolução específica do Conselho
Superior do CONAR, a qual refletirá a responsabilidade social da publicidade e a consideração
de Anunciantes, Agências de Publicidade e Veículos de Comunicação para com o público em
geral.

Alguem pode me informar, efetivamente, qual é o efeito de uma "clausuka de advertência", por
exemplo, no jovem que, em essência, tende a transgredir, muitas vezes utilizando isto como fator
de autoafirmação ? Quando então, coloco a máxima, o proibido é mais gostoso.

7. Exceções: estarão desobrigados da inserção de “cláusula de advertência” os formatos abaixo


especificados que não contiverem apelo de consumo do produto:

Alguem pode me informar, efetivamente, qual é a necessidade da "cláusula de advertência" por


exemplo num maço de cigarros ? Tendo em vista, que para bebida alcóolica, muito mais
prejudicial, existem contexto em que tais advertências SÃO DESNECESSÁRIAS ?

10. Ponto de venda: a publicidade em pontos-de-venda deverá ser direcionada a público adulto,
contendo advertência de que a este é destinado o produto. As mensagens inseridas nos
equipamentos de serviço, assim compreendidos as mesas, cadeiras, refrigeradores, luminosos
etc., não poderão conter apelo de consumo e, por essa razão, ficam dispensadas da “cláusula de
advertência”.
Embora sejam efetivamente frequentados por crianças e adolescentes, o fato de apenas e tão
somente, direcionar a publicidade a público adulto, como por exemplo, associá-la a uma mulher
bonita, bem como especificar que é destinada a adulto, elimina a necessidade de qualquer outra
advertência. Por que será, que nem isto é permitido ao cigarro ? Será que esta situação, pura e
simples, somente INDUZ ao consumo de cigarros e NÃO INDUZ ao consumo de bebida
alcóolica ?

11. Consumo responsável: este Código encoraja a realização de campanhas publicitárias e


iniciativas destinadas a reforçar a moderação no consumo, a proibição da venda e da oferta de
bebidas alcoólicas para menores, e a direção responsável de veículos.

Alguem pode me informar como é possível imaginar consumo moderado de bebida alcóolica,
apenas e tão somente, encorajando ?

As cláusulas de "advertências":
- "BEBA COM MODERAÇÃO", não deixe de beber, apenas modere.
- “A VENDA E O CONSUMO DE BEBIDA ALCOÓLICA SÃO PROIBIDOS PARA
MENORES”, é proibido para crianças e ADOLESCENTES, talvez, seja mais gostoso.
- “ESTE PRODUTO É DESTINADO A ADULTOS”, este produto não foi feito para
crianças e ADOLESCENTES, portanto, é proibido para crianças e ADOLESCENTES,
talvez, seja mais gostoso.
- "EVITE O CONSUMO EXCESSIVO DE ÁLCOOL", não é proibido o excesso, apenas o
evite.
- “NÃO EXAGERE NO CONSUMO”, não é proibido o exagero, apenas o evite.
- “QUEM BEBE MENOS, SE DIVERTE MAIS”, será uma verdade consciente e
inconsciente para alguns ? e se não for ?
- "SE FOR DIRIGIR NÃO BEBA”, e se ja estiver bêbado, PODE ?
- “SERVIR BEBIDA ALCOÓLICA A MENOR DE 18 É CRIME”, mas com certeza, servir
bebida a maiores de 18 anos trabalhando NÃO O É ?

CLASSIFICAÇÃO das Bebidas Alcóolicas:


Considera-se bebida alcoólica, para os efeitos da ética publicitária, aquela que como tal for
classificada perante as normas e regulamentos oficiais a que se subordina o seu licenciamento.
Este Código, no entanto, estabelece distinção entre três categorias de bebidas alcoólicas: as
normalmente consumidas durante as refeições, por isso ditas de mesa (as Cervejas e os
Vinhos, objetos do Anexo “P”); demais bebidas alcoólicas, sejam elas fermentadas,
destiladas, retificadas ou obtidas por mistura (normalmente servidas em doses, cuja
publicidade é disciplinada pelo Anexo "A"); e a categoria dos “ices”, “coolers”, “álcool
pop”, “ready to drink”, “malternatives”, e produtos a eles assemelhados, em que a bebida
alcoólica é apresentada em mistura com água, suco ou refrigerante, enquadrada em Anexo
próprio (o Anexo “T”), e no Anexo “A”, quando couber.

Tres classes de bebida alcóolica, onde cerbeja que normalmente é consumida durante as
refeições, por isso ditas de mesa. A Quem, em específico, de forma contundente e descarada,
estamos enganando ? Como assumir uma postura de encorajar consumo moderado, quando
MENTIMOS ao restringirmos o consumo de cerveja à refeições ?

Abraços,
Plinio Marcos Moreira da Rocha
Analista de Sistemas
Rua Gustavo Sampaio no. 112 apto 603
LEME - Rio de Janeiro - RJ - CEP 22010-010
Plinio Marcos Moreira da Rocha <pliniomarcosmr@gmail.com>

Cópia da sua reclamação


CONAR <conar@conar.org.br> 27 de junho de 2008 07:11
Para: Plinio Marcos Moreira da Rocha <pliniomarcosmr@gmail.com>

Segue abaixo uma cópia da sua reclamação enviada ao CONAR - Conselho Nacional de Auto-
Regulamentação Publicitária.
Obrigado.

NOME: Plinio Marcos Moreira da Rocha


RG: 3932860-4
EMAIL: pliniomarcosmr@gmail.com
ENDEREÇO: Rua Gustavo Sampaio 112/603
CIDADE: Rio de Janeiro
ESTADO: RJ
TELEFONE: (21) 2542-7710
PRODUTO/SERVIÇO ANUNCIADO: Divulgação Regras Publicidade Bebidas Alcóolicas
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VEÍCULO DE COMUNICAÇÃO: Televisão
EMISSORA DE TV: TODAS (CONAR)
DATA TV: DIARIAMENTE
HORÁRIO TV: NOBRA
MOTIVO: Indução à Crime travestida de Responsabilidade
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