You are on page 1of 1

08 Folha da Fumaça Geral 27 de agosto de 2010

Olimpíada de Língua Portuguesa plaram com muito sucesso


os requisitos exigidos para
as categorias serem encami-
ria, que foram contempla-
dos para representar nosso
município na Etapa Esta-
A Olimpíada de Língua Por- cipal, pois o mesmo repre- nhados para a Etapa Estadu- dual, parabenizando ainda
tuguesa está acontecendo sentará nosso município na al. A Secretaria de Educação todos os envolvidos pelo
em escolas municipais e es- categoria na etapa estadual. e Cultura apresenta abaixo empenho no decorrer do de-
taduais de nosso município Em Morro da Fumaça, foi os textos em cada catego- senvolvimento do trabalho.
juntamente com milhares realizada a seleção dos
de outras escolas no Bra- textos das escolas partici- Categoria POEMA
sil todo. Os professores de pantes no dia 25 de agos- Aluna: Laura Cardoso Milak (5ª série/6º ano do
Ensino Fundamental)
Língua Portuguesa promo- to de 2010, pela manhã, na
Professora: Maria de Fátima Porto Luiz
veram o processo de estudo presença da Secretária de Escola: Escola de Educação Básica Princesa Isabel
e elaboração dos textos da Educação e Cultura Márcia
Olimpíada nas suas escolas, Salvan Gabriel Saviatto e da Querida Cidade...
agora cada escola apresen- Coordenadora Pedagógica Minha cidade é tão bonita
tou um texto na categoria das Séries Finais do ensino Diferente do Pantanal.
em que se inscreveu e estes fundamental Mariana Recco pio, além dos cinco jurados professores de Língua Por- As árvores daqui se destacam
textos forão analisados pela Cancellier que coordenou que representaram as esco- tuguesa e escritor de nosso Por isso minha cidade é especial.
Comissão Julgadora Muni- as Olimpíadas no municí- las estaduais e municipais, município. As obras contem-
Da argila, veio à cerâmica.
Categoria Artigo de Opinião.
Dos belos tecidos, a facção.

Drogas: o início de um fim


Aluna: Patrícia de Oliveira (3º ano do Ensino Médio)
Professor: Kelli Simone Pacheco Dos agricultores, a bela colheita.
Escola: Escola de Educação Básica Princesa Isabel O esforço para o futuro de uma nação.
As drogas são, sem dúvi- suas fontes abastecedoras ocupado e empenhado em no conta com um instrumen-
da, um dos maiores e mais atuando de forma oculta e promover o combate ao ví- to de fundamental importân- Os imigrantes que aqui chegaram,
preocupantes problemas estando encarregada de pro- cio, que já atinge o seu ápi- cia na luta contra a venda e Construiram a nossa cidade.
do século XXI. Certamente pagar, sobretudo entre os jo- ce, mediante campanhas de consumo de drogas. Trata-se Deixando valores e culturas,
pode ser assim considerada vens, o uso de drogas, que esclarecimento a população da Lei Antitóxico, cujo obje- Religião e humildade.
por sua enorme variação e é responsável, não apenas e outras tentativas de frear tivo é evitar o alastramento
acessibilidade de distribui- por debilitar o organismo, essa atividade que corrompe dessa problemática, preser- Parabéns pelos seus 100 anos de colonização
ção, obtenção e consumo. como também por compro- uma enorme parcela da ju- vando portanto, o futuro de De muito carinho e mor
Do mesmo modo que o res- meter as relações sociais. ventude. Cientes de que as nossa juventude e das pró- Cidade querida,
tante do mundo, Morro da Devido a magnitude do pro- drogas constituem uma ame- ximas gerações. Obviamente Sempre ao meu dispor.
Fumaça enfrenta hoje uma blema, o Brasil em toda a sua aça, não somente aos ado- não nos cabe aqui a discus-
Morro da Fumaça, para sempre em meu coração.
onda de disseminação e ade- amplitude, incluindo assim lescentes, como também a são dos resultados atingidos
são ao vício, que encontra nosso município, está pre- sociedade em geral, o gover- com essa lei, mas prestar

Vivendo...
Categoria Memórias literárias nossa contribuição efetiva para “fuga”, se assim se pode dizer.
Aluno: Claudio Marinheiro Silveira (7ª série/8º ano do que ela alcance os objetivos Porém, para obter-se êxito na
Ensino Fundamental) propostos. Para isso, existe a luta contra a grande ameaça

Lembranças inesquecíveis
necessidade, por parte do go- das drogas é necessário encará-
Professora: Juliana Pereira Corrêa
verno, de fiscalização e moni- la com a seriedade que a mes-
Escola: Escola de Educação Básica Municipal Olívio Recco toramento dos focos suspeitos. ma exige, afinal um problema
A vida é cheia de lembranças, sos para chegar em casa e nos até me recordo muito bem que Cresci, fiz dezoito anos e com Mas a pergunta que não quer como esta não será extirpado
eu por exemplo, tenho muitas banhar naqueles rios com águas quando minha irmã mais ve- meu primeiro salário, com mui- calar: Por que usar drogas? Em do dia para a noite, carecendo
para contar. Mas têm lembran- tão cristalinas, que dava para nos lha deu o beijo no namorado, to orgulho, fui a loja e comprei geral, o que leva um jovem a medidas a médio e longo pra-
ças que nos marcam para sem- espelharmos nelas. Mas tínhamos sem a presença dos pais, é cla- a boneca, chorei de emoção ao tornar-se um usuário de dro- zo, para conter o avanço desses
pre, como por exemplo: todo que se apressar para ir a escola. ro, pensou que estava grávida! chegar em casa. E percebi que so- gas é a falta de perspectivas entorpecentes que avassalam
nosso passado, “velhos tempos”. Iamos de charrete- conduzida Naquele tempo, éramos mais “na- nhos podem se tornar realidade! para o futuro, uma vez que, nossa comunidade. Entretan-
Nossa vida, naquele tempo, era por uma mulinha- que meu pai turais”, tudo saia de nossas ter- E todas essas lembranças não questões que persistem desde to, a cura somente será possí-
cheia de obstáculos, era uma comprara. O caminho não era ras, arroz, açucar, café, tudo que saem do coração por nada nes- a infância, como condição eco- vel quando o usuário assumir
vida difícil, mas encho o coração dos melhores e levávamos nos- se pode imaginar, só o que tínha- se mundo. Pois lembranças são nômica e social, e sobretudo, sua condição e resolver por si
quando falo que éramos todos sos poucos materiais em uma mos que comprar era o fermento feitas para guaradar no fundo do a desestrutura familiar con- mesmo tratar-se, pois só ven-
unidos, todos felizes. E dávamos sacola plástica. Mas, mesmo para fazer massa sovada (páo peito e eternamente na memória. tribuem para essa escolha ou ce a guerra, quem vai a luta.
valor demais a cada coisa que com todas as dificuldades, meu caseiro) muito bom por sinal. E
nossos pais nos davam, podia ser pai se orgulhava muito de nós. eu e meus irmãos ficavámos mui-
aé uma bala, tinhamos orgulho de Naquele tempo, nem imaginá- to contentes quando meu pai tra-
ter aquela bala. Morro da Fumaça vamos em ter energia, que só zia merendinha no final da safra.
era uma cidade pequena e nosso chegou quando eu tinha uns Éramos muito religiosos, e as
dinheiro era pouco, por isso era oito anos. Hoje, sem energia as festas eram muito boas. Ganhá-
difícil ganharmos algum presen- pessoas entram em “pânico”! vamos uma peça de roupa que
te, assim valorizávamos tudo. E me lembro muito bem do rá- deveria durar o ano todo, quer
A maioria das pessoas que mo- dio a pilha que meu pai tinha, dizer, os mais velhos ganhavam,
ravam nesse lugar, eram des- que enquanto ele estivesse ou- porque os mais novos recebiam
cendentes de Italianos, inclu- vindo, ninguém poderia ousar as roupas dos mais velhos. Tam-

MULTIMARCAS
sive meus avós. “Ah! Adorava interrompê-lo. É, a educação bém ganhávamos um par de sa-
aqueles pratos”: polenta com naquela época era muito rigo- patos, que quando voltavámos
galinha, macarrão, hum! Só de rosa, mas acho que era o certo, das novenas tínhamos que reti-
lembrar, fico com água na boca. assim seríamos pessoas disci- rá-los para não gastar as solas.
Era tão bom quando saíamos de
casa e viamos aquele mato, aquele
plinadas como meu pai falava.
Como eu dizia, meus pais eram
Falando em coisas materiais, lem-
bro-me de um sonho que tinha Compra - Vende -Troca - Financia
ar puro, delicioso... Hoje, quando muito rígidos, então, antes não quando criança que era ganhar
saímos de casa, vemos prédios,
casas e sentimos a poluição que
era como hoje. Dizem: “vou
paquerar”. O negócio era mais
uma boneca, mas minha família
não tinha condições de comprá- Também vendemos carros “Zero Km”
todos provocam a cada dia. Ia- complicado, só podiamos na- la. Era uma boneca cabeluda, de
mos à roça para ajudar a família morar com a presença dos pais plástico, nem se compara com Rua 20 de maio, 1355 – Bairro Naspoline - Morro da Fumaça
no sustento, e ficávamos ancio- ou dos irmãos mais velhos. E as de hoje, mas eu queria ela.

Categoria Crônica
Aluno: João Vitorio Dagostin (7ª série/8º ano do Ensino Fundamental)
Professor: Marcos Silveira de Jesus
Fones: 3434-2121 / 9921-4000
Uma ligação surpreendente
Lá estava ele, no mais conhecido ponto turístico da cidade. Um verdadeiro “cartão postal”: o maravilhoso
“morro do hospital São Roque”. Lali, passava a observar a tranquila paisagem local: uma vargem plana,
ainda habitada pelo lento progresso e com céu já não tão azulado. Seu olhar percorria cuidadosamente
os bairros que fazem a história de Morro da Fumaça há quase 100 anos. E ainda, as plantações de arroz e
fumo, além das olarias que tomam a maior parte do pequeno território fumacense... Afinal, não poderia
se esperar outra coisa de uma terra tão rica em argila.
Do alto, avistava a Igreja Matriz, agora com sua pintura retocada. De repente, sua silenciosa observa-
ção é interrompida pelo toque de seu telefone celular. No início, recusa-se a atender. No entanto não
resiste:
- Alô?
- Alô! Bom dia... – exclama a voz desconhecida
- Bom dia... Quem está falando?
- Aqui é da loja... Posso falar com o senhor Leandro?
- Sim, sou eu, o que deseja?
- Meus parabéns! Você é uma pessoa de muita sorte! Você acaba de ganhar os prêmios da promoção
“Caminhão da Sorte”, realizado aqui na nossa loja...
Ele desliga o telefone. Tenta disfarçar. Nunca havia comprado nesta loja, nem mesmo a conhecia. Pensa.
Incomodado e querendo tirar satisfações, como qualquer fumacense que se preze, retorna a ligação
para a suposta loja:
- Eu nunca comprei nada nesta loja! Como posso ganhar um sorteio? – disse Leandro em um tom de voz
irritado – Tá na cara que isso é trote!
- Acalme-se. Nós estamos realizando o sorteio de 153 prêmios para um dos nossos clientes. Você foi o
felizardo, mas antes precisamos resolver umas contas suas, pendentes aqui na loja.
- Mas não é possível!
- Está aqui: Leandro Gregório, dia 28 de setembro de 2009, 2 TV’s de 42 polegadas e só pagou a entra-
da. E as 18 prestações seguintes?
- Isto é um absurdo! Eu só compro à vista, t’a ?!
- Bom, posso até confirmar seu CPF...
- Então diga ai!
- Seu CPF é 021.274.13...
- Epa! Epa! Epa! Pode parando ai... Esse não é meu registro. Deve ser mais uma xará que tenho pela
região. Mas será que não tenho como quitar essa dívida e receber os prêmios? www.formigamultimarcas.com.br

You might also like