Professional Documents
Culture Documents
(FINS DIDÁTICOS)
ANÁLISE DE RISCOS E
PREVENÇÃO E
CONTROLE DE PERDAS
Técnico em Segurança no Trabalho
2007
COLÉGIO ESTADUAL ANA VANDA BASSARA
GUARAPUAVA-PR.
ANÁLISE DE RISCOS
1 - ANTECEDENTES HISTÓRICOS
Ano de 1911:
Começa-se a implementar com maior amplitude o tratamento médico
industrial;
Anos de 1919 até 1921:
Fundação da Organização Internacional do Trabalho – OIT, em 1919, em
Genebra, na Suíça;
O Tratado de Versalhes que selou o fim da Primeira Grande Guerra Mundial
incluiu em seu bojo ações para melhorias das condições de trabalho no
mundo.
Surgimento oficial de Ações Coordenadas e abrangentes ligadas a Segurança
e Higiene do Trabalho, ocorridas no ano de 1.921, quando a OIT organizou um
Comitê para o Estudo de Assuntos referentes a Segurança e a Higiene no
Trabalho.
Nesta época o Comitê da OIT estabelecido em Genebra na Suíça, estudando
as condições de trabalho e vida dos trabalhadores no mundo, tomou uma
decisão histórica recomendando e tornando obrigatória a constituição de
Comissões,compostas de representantes do empregador e dos empregados,
com o objetivo de zelar pela prevenção dos acidentes do trabalho, quando as
empresas tivessem 25 ou mais empregados.
No Brasil simultaneamente surge a primeira Lei sobre Acidentes do Trabalho,
a de n o 3.724 de 15 de janeiro de 1919.
Ano de 1934:
Tempos depois, em 10 de julho de 1934 foi promulgada a segunda Lei de
Acidentes do Trabalho através do Decreto n o 24.637.
Ano de 1943:
o
Criação da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT conforme o Decreto Lei n
5.452 de 01.05.1943
Ano de 1944:
Oficialmente instituída a criação da CIPA - Comissão Interna Para Prevenção
de Acidentes, no Brasil:
Getúlio Vargas, um dos políticos de maior expressão em nossa História,
conhecido como o “Pai dos Trabalhadores”, 21 anos após a recomendação
feita pela OIT, promulgou em 10.11.1944, o Decreto – Lei n o 7.036 , fixando a
obrigatoriedade da criação de Comitês de Segurança em Empresas que
tivessem 100 ou mais empregados. Este decreto ficou conhecido como Nova
Lei de Prevenção de Acidentes.
Ano de 1953:
Em 27.11.1953 a Portaria 155 oficializava a sigla CIPA – Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes.
Ano de 1967:
Em 26.02.1967, no Governo do Presidente Costa e Silva, o Decreto-Lei n o 229
modificou o texto do Capítulo V, título II , da CLT, o qual dispunha de assuntos
de Segurança e de Higiene no Trabalho.
Com esta modificação, o artigo 164 da CLT que tratava de assuntos
referentes a CIPA foi alterado e ficou conforme o seguinte texto:
Art. 164 – As empresas que, a critério da autoridade competente em matéria
de Segurança e Higiene no Trabalho, estiverem enquadradas em condições
estabelecidas nas normas expedidas pelo Departamento Nacional de
Segurança e Higiene do Trabalho,
deverão manter obrigatoriamente, o Serviço Especializado em Segurança e
em Higiene do Trabalho e constituir Comissões Internas de Prevenção de
Acidentes – CIPAs.
§ 1. 0 O Departamento Nacional de Segurança e Higiene do Trabalho definirá
as características do pessoal especializado em Segurança e Higiene do
Trabalho, quanto as atribuições , à qualificação e a proporção relacionada ao
número de empregados das empresas compreendidas no presente artigo.
§ 2. 0 As Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (CIPAS) serão
compostas de representantes de empregadores e empregados e funcionarão
segundo normas fixadas pelo Departamento Nacional de Segurança e Higiene
do Trabalho.
Ano de 1968:
Portaria 3.456: - Em 29 de novembro de 1968, a Portaria 3.456 reduziu o
número de 100 para 50 empregados como o limite em que torna-se
Anos 2000:
Ainda hoje, apesar de toda a legislação criada e existente, o desenvolvimento
tecnológico continua defasado do desenvolvimento econômico e social,
causando em conseqüência o desemprego em massa, a má distribuição da
mão de obra e da renda, fatos estes que combinados com os programas
educacionais, da saúde e habitacionais ainda deficientes, atingem e
prejudicam principalmente as trabalhadores e as classes sociais menos
favorecidas.
Assim sendo, o grande desafio a ser vencido em nossa Sociedade continua
sendo o de progredirmos em harmonia e equilíbrio, buscando o
desenvolvimento tecnológico acompanhado do desenvolvimento econômico,
social e da cidadania de modo a melhorarmos as condições de vida, da
educação, da saúde, da habitação e do trabalho no Brasil e no mundo.
Como descreve Alvin Tofler em seu livro “A terceira onda”, no Brasil temos
presentes simultaneamente as 3 ondas básicas de desenvolvimento que
ocorreram nas principais nações do mundo:
O desenvolvimento Agrícola;
O desenvolvimento Industrial;
E o desenvolvimento da Tecnologia da Informação.
Temos assim grandes contrastes, existindo empresas com um alto grau de
desenvolvimento técnico e social, cujos resultados em termos da Segurança
no Trabalho são excelentes, ao lado de empresas tecnicamente e socialmente
não adequadamente estruturadas, sem a mínima responsabilidade social,
cujos trabalhadores sofrem as conseqüências, pagando com a sua saúde e a
com a sua vida.
Em vista disto ocorrem os resultados tão ruins relativamente aos principais
índices de Segurança do Trabalho, a ponto do Brasil situar-se atualmente
entre as 15 piores nações em termos de Segurança do Trabalho no mundo.
Esta situação todavia não deve nos desestimular, mas sim motivar na busca
de um desenvolvimento mais equilibrado, com ações modificadoras que
revertam este quadro desfavorável para uma situação mais compatível
comparativamente as nações econômica e socialmente mais desenvolvidas.
Isto requer de todos nós atitudes reconhecidas como as chaves de sucesso no
alcance de objetivos maiores e marcas de excelência em termos de
Segurança e Qualidade de Vida, tais como:
Ideais maiores;
Ciência, Ética e Humanismo;
Constância de propósitos;
Organização;
Planejamento permanente;
Comunicação;
Treinamento constante;
Coordenação;
Decisão;
Execução;
Responsabilidade Civil;
Art. 30, da Lei de Introdução ao Código Civil Brasileiro;
Art. 157 da CLT;
Arts. 159, 1521, 1522, 1524 do Código Civil;
Súmula 229 do Supremo Tribunal Federal;
Decreto n 0 2172/97 , art. 160
Responsabilidade Criminal;
Arts. 15, 121, 129, 132, do Código Penal;
Decreto n 0 2172/97 , art. 157 , § 1
2.1- INTRODUÇÃO
Uma das muitas definições de risco é:
“Risco é o efeito acumulado das chances de ocorrências incertas que vão
afetar negativamente os objetivos do projeto”.
O risco está relacionado com o grau de exposição a eventos negativos e
suas prováveis conseqüências, sempre se tratando de uma ocorrência
futura.
Outra das muitas definições de risco é:
“Risco é o dano ou perda esperados no tempo”.
Sem uma definição do que seja dano e perda fica difícil compreender a
frase acima. Então vamos iniciar o estudo da Gerência de Riscos com a
conceituação de diversos termos básicos, o que facilitará a posterior
compreensão do estudo.
2.2- DANO
Dano é a alteração indesejável do estado do objeto que resulta da ação de
um agente qualquer.
2.3- PERDA
Perda é o rompimento da relação possuído-objeto.
2.4- AGREGADO
Agregado é um conjunto no qual as propriedades do todo são deduzidas
das propriedades das partes. O agregado é definido como a soma de suas
partes. Não há interligação adequada entre os componentes, não importa
como as partes estão organizadas e as propriedades do todo são a soma
das propriedades dos componentes. A essência do agregado não muda se
acrescentarmos ou retirarmos algumas peças. Exemplos: conjunto de
livros, monte de areia.
2.5- SISTEMA
Sistema é uma entidade composta de elementos inter-relacionados e
interdependentes que interagem entre si e com o meio ambiente,
desenvolvendo transformações a partir de estímulos recebidos do exterior
e com uma finalidade bem definida.
2.6- RISCO
Risco é o dano ou perda esperados no tempo.
É uma variável aleatória associada a eventos, sistemas, instalações,
processos e atividades.
2.7- SEGURANÇA
Uma empresa pode ser entendida não como um elemento isolado, mas
sim como um sistema e na engenharia de segurança de sistemas esse é o
enfoque adotado.
Uma das formas de se analisar o comportamento de um sistema é através
da simulação. Pela simulação, através de modelos adequados, é possível
prever certas características do sistema representado e a sua possível
evolução dentro de condições específicas. Dessa forma, pode-se predizer
como irá o sistema reagir em situações críticas e quais serão os efeitos
resultantes, antes que tais condições se apresentem na realidade.
Em segurança de sistemas, a representação através de modelos é
utilizada para o conhecimento mais amplo e completo do sistema real.
4- TÉCNICAS DE ANÁLISES
Pode ser visto então que o risco principal é aquele que pode direta e
imediatamente causar:
· morte ou lesão;
· danos a equipamentos, veículos, estruturas;
· degradação de capacidades funcionais (serviços e utilidades);
· perda de material (por exemplo, derramamentos de óleo, combustíveis).
4.b.1 – INTRODUÇÃO
A possibilidade de eventos indesejados, previsíveis ou não, se
concretizarem estará sempre presente ao dia-a-dia das empresas.
Para evitar a ocorrência destes, o que seria ideal – ou, ao menos poderia
reduzir a probabilidade da sinistralidade – ou, ainda, minimizar seus
impactos danosos, quer sobre o homem, sobre os meios materiais, quer
sobre o meio ambiente, haverá a necessidade de o gestor incorporar ao
cotidiano da organização uma série de práticas.
Para tanto, deverá investigar exaustivamente todas as possibilidades de
incidentes, de acidentes e de perdas, para conhecer suas causas e efeitos
e, em seguida, estabelecer os instrumentos eficazes de sua prevenção e
controle.
4.b.4 – FORMULÁRIO
4.c.1 – INTRODUÇÃO
DA FMEA
contramedidas propostas.
· Lembre-se que os índices de risco anteriormente levantados são utilizados
principalmente para a priorização das falhas e das ações gerenciais que
darão lugar ao estabelecimento de contramedidas que bloqueiam as suas
causas.
· A indisponibilidade dos índices de risco não invalida o raciocínio lógico
inerente ao FMEA, que continua sendo de grande utilidade no caminho do
aumento da confiabilidade.
· As ações recomendadas podem afetar profundamente a produtos e
processos. Estas ações podem servir para:
· Reduzir a probabilidade de ocorrência de uma falha.
· Reduzir a gravidade de um modo de falha.
· Incrementar a probabilidade de detecção.
· Geralmente o aumento dos controles para melhorar a detecção é custoso e
pouco eficiente para melhorar a qualidade. O incremento dos controles não é
uma ação corretiva positiva e deve ser usado como um recurso extremo e
temporário. Todos os esforços deverão ser orientados preferentemente no
sentido de diminuir a ocorrência das falhas (prevenir defeitos), mais do que a
detectá-los.
· Verificar se:
· o cronograma de trabalho foi seguido.
· o método de trabalho se mostrou adequado.
· buscou-se o consenso.
· as conclusões podem ser encaminhadas às chefias competentes.
· Se for o caso, propor alterações na forma de condução de próximas
análises.
· Arquivar toda a documentação e resultados obtidos, formando uma
biblioteca de FMEAs.
recome índices
/ processo controles índices n revistos
mod efeito(s causa(s toma responsáv
Item processo o ) ) atuais O G D R dações da O G R el
1
3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 3 14 15 16 17 19 20
probabilidade de ocorrência gravidade probabilidade de detecção Risco
* muito * baixo ..........................1
* muito remota...............................1 * apenas perceptível.................1 alta......................................1 a 135
* alta............................................2 * moderado ..............135
* muito pequena............................2 * pouca importância..............2 e 3 e3 a 500
* moderada......................... ........4 * alto.......................501 a
* pequena.....................................3 * moderadamente grave.......4 a 6 a6 1.000
* pequena....................................7
* moderada.............................4,5,6 * grave..................................7 e 8 e8
* muito
* alta..........................................7,8 * extremamente grave.........9 e 10 pequena..............................9
*
* muito alta...............................9,10 remota.........................................10
Figura 1 - Exemplo de formulário da FMEA
· Deixe registrado se trata-se de uma FMEA de produto ou processo. Essa distinção é muito importante para nortear
· causa: deve-se fazer-se uma distinção clara entre FMEA de produto e processo.
· Se for considerada uma FMEA de projeto de um produto, as causas de falha serão aquelas pertinentes a problemas
no projeto, como mau dimensionamento, desconhecimento do estado de tensões sobre a peça, especificação
· Por outro lado, não serão consideradas as causas de falha decorrentes de uma inadequação do processo de
fabricação, como por exemplo “formação de vazios durante a fundição”, mesmo que dessa inadequação decorra a
fratura, com a conseqüente perda de controle do veículo. Ainda que a falha e a conseqüência sejam as mesmas, o
tipo de causa é distinto: a primeira diz respeito ao projeto; a segunda é decorrente do processo de fabricação, e a
· Registre se trata-se da primeira análise que está sendo feita, e se o produto ou processo ainda estão em fase de
elaboração (projetos), ou se trata-se de uma revisão de produto em produção e/ou processo em operação.
· Coloque as informações básicas que podem facilitar a posterior identificação do produto/processo e da FMEA
· data da revisão
· coordenador e responsáveis.
CAMPO 3 - ITEM
· Item é um termo que designa qualquer parte, subsistema, sistema ou equipamento que possa ser considerado
individualmente ou separadamente.
· Identifique o elemento ou etapa do processo de forma clara e concisa. Identificar todos os elementos que compõem
aquele item.
· Utilize a nomenclatura usada internamente na empresa, mesmo que não seja a tecnicamente mais correta.
· Se a FMEA precisar ser mostrado ao cliente, como requisito contratual, utilize - se for preciso - mais de um nome
· Descreva de maneira sucinta a função que o item (componente, subsistema ou etapa do processo) deve
desempenhar.
· Pergunte-se: Qual é o propósito desta peça (operação)? A resposta definirá a função principal da peça (ou
operação).
· Por exemplo:
· Tenha clara a função do item examinado. Tenha em mente que as funções serão sempre uma inadequação a essa
· Pode ser útil (embora não obrigatório) anexar à descrição da função os resultados esperados para o item, por meio
dos valores dos itens de controle estabelecidos para ele, que servirão como metas de desempenho. Lembre-se que
· Entende-se por “modos de falha” os eventos que levam associados a eles uma diminuição parcial ou total da
· É a descrição da maneira pela qual um item falha em cumprir com a sua função.
· Pergunte-se: De que maneira este processo pode fracassar na sua função estabelecida? Que poderia impedir que
esta peça atenda as especificações? Quais fatos poderiam ser considerados inconvenientes pelo cliente?
· Descreva a maneira pela qual o componente falha, em termos físicos e objetivos. Por exemplo: eixo fraturado, cabo
· O esforço deve concentrar-se na forma como o processo pode falhar e não se falhará ou não falhará.
· Encare as falhas sob a óptica dos elementos básicos que compõem a qualidade total de um sistema,
· Evite descrições genéricas, que são acrescentam nenhuma informação aos técnicos envolvidos na análise ou não
possibilitem identificar o tipo de falha. Por exemplo, utilize: “amplificador com fonte de alimentação queimada” em
· Alguns típicos modos de falha: aberto, desbalanceado, poroso, encurtado, excêntrico, rugoso, deformado, mal
· operação prematura
· Entende-se por “efeitos das falhas” as formas como os modos de falha afetam o desempenho do sistema, do ponto
· Conseqüência que o modo de falha tem sobre a operação, função ou estado de um item.
· Pergunte-se: O que acontecerá se ocorrer o tipo de falha descrito? Quais conseqüências poderá sofrer o cliente?
· Lembre-se que um modo de falha pode ter mais de um efeito. Relacione todos eles.
· Alguns efeitos típicos em máquinas: esforço de operação excessivo, vazamento de ar, funcionamento ruidoso,
desgaste prematuro, consumo excessivo, baixa resistência, vapores tóxicos, escasso rendimento.
· “Causas de falha” são os eventos que geram (provocam, induzem) o aparecimento do tipo (modo) de falha.
· Descreva de maneira simples e concisa o fator, embora potencial, que é origem de falha.
· Lembre-se que as causas das folhas devem ser descritas de tal maneira que possam ser propostas ações
· Algumas causas típicas de modos de falha: erro de montagem, peças danificadas, tratamento térmico inadequado,
superfície rugosa, falta de ventilação, torque escasso, aquecimento excessivo, matéria-prima inadequada, falta de
que objetivem:
· Ë uma estimativa das probabilidades combinadas de ocorrência de uma causa de falha, e dela resultar o tipo de
falha no produto/processo.
· Sempre que possível, estabeleça um índice de ocorrência (nota) para cada causa de falha.
· A atribuição desse índice despenderá do momento em que se está conduzindo a FMEA. Por ocasião do projeto do
produto ou processo, não se dispõe de dados estatísticos, uma vez que o produto ou processo ainda não existe.
Se a FMEA estiver sendo feita por ocasião de uma revisão do projeto do produto ou processo, então poderão ser
utilizados.
- gráficos de controle.
· É o índice que deve refletir a gravidade do efeito da falha sobre o cliente, assumindo que o tipo da falha ocorrera.
· A atribuição do índice de gravidade deve sr feita olhando para o efeito da falha, a avaliando o “quanto” ele pode
incomodar o cliente.
· Uma falha poderá ter tantos índices de gravidade quantos forem os seus efeitos.
· Éo índice que avalia a probabilidade de a falha ser detectada antes que o produto chegue ao cliente.
· O índice de detecção deve ser atribuído olhando-se para o conjunto “modo de falha-efeito” e para os controles
atuais exercidos.
· Lembre-se que as falhas com maior índice de risco deverão ser tratadas prioritariamente, e sobre elas deve ser
- Note que o índice de riscos é uma maneira mais precisa de hierarquizar as falhas.
Uma falha pode ocorrer freqüentemente, mas ter pequena importância e ser facilmente detectável: nesse caso, não
Seguindo o mesmo raciocínio, uma falha que tenha baixíssima probabilidade de ocorrer, mas que seja extremamente
grave
- por exemplo o vazamento de material radioativo de um reator nuclear - merecerá uma grande atenção, e deverão
· Registre as ações que devem ser conduzidas para bloqueio da causa da falha ou diminuição da sua gravidade ou
ocorrência.
Por exemplo:
- redimensionamento do eixo.
· As ações recomendadas deverão fazer parte de um plano de ação para o estabelecimento das contramedidas
adotadas.
Às vezes critérios de facilidade e/ou custo decidem pela não implementação de alguma recomendação.
CAMPOS 16 A 20:
Deverão ser preenchidos após ter sido concluída a análise via FMEA e implementadas as ações preventivas
recomendadas. Eles serão uma maneira de reavaliar as falhas, a partir dessas medidas.
Espera-se que os índices de criticidade das falhas - ocorrência, gravidade e detecção - tenham os seus valores
reduzidos.
ÍNDICE DE OCORRÊNCIA
O índice de ocorrência avalia a probabilidade de ocorrer a causa de uma falha e a partir dela
resultar este tipo de falha no produto (Tabela 1).
Um outro enfoque de índice de ocorrência para processos que estão sob controle estatístico
pode ser visto na Tabela 2.
ÍNDICE DE GRAVIDADE
Índice de gravidade é uma avaliação das conseqüências que o cliente sofre, assumindo-se que
o tipo de falha aconteceu (Tabela 3)
Ìndice Conceito
ÍNDICE DE DETECÇÃO
O índice de detecção mede a probabilidade da falha ser detectada antes que o produto chegue
ao cliente (Tabela 4).
Tabela 4 -
Índic
Conceito
e
4.d.1- OBJETIVO
O objetivo deste procedimento é descrever detalhadamente os passos
necessários para se realizar uma Investigação de incidente/Acidente.
4.d.2- DEFINIÇÕES
Acidente: É aquele que ocorre pelo exercício do trabalho à serviço da
empresa (dentro ou fora dos limites da empresa), provocando lesão
corporal, perturbação funcional, morte perda ou redução permanente ou
temporária da capacidade de trabalho.
4.d.3- PROCEDIMENTO
e) EPI Inadequado
Os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) não foram fornecidos ou são
inadequados. Exemplos:
− Luvas de pano para manusear produtos corrosivos
− Capacetes de alumínio para eletricistas
f) Inspeção/Manutenção Inadequada
Equipamentos críticos ou de proteção não são bem mantidos ou as
inspeções são ineficazes. Exemplos:
− Guardas de proteção em estado precário
i) Método Inseguro
O procedimento adotado como correto mostra uma falha que pode levar a
incidentes/acidentes. Exemplos:
Participa da Investigação
Coordena a Investigação (acidentes registráveis)
Fornece suporte e
Participa da Investigação
Recebe Cópia da
Envia Relatório Investigação
Completo (acidentes registráveis)
INVESTIGAÇÃO DE INCIDENTE
CONTROLE Nº TIPO DE INCIDENTE ENVOLVIDO
RESTRIÇÃO FUNCIONAL TRATAMENTO EMPREGADO
MÉDICO CONTAMINAÇÃO CONTRATADO
DERRAME FOGO PROPRIEDADE TERCEIRO
PRIMEIROS SOCORROS
VEÍCULO DANOS À
PROPRIEDADE
NOME DO ENVOLVIDO LOCAL DE TRABALHO/NOME DA EMPRESA ENVOLVIDA
PARA PEQUENOS INCIDENTES DESCREVA O POTENCIAL DE PERDAS QUE PODERIAM TER OCORRIDO:
AUTORIDADES NOTIFICADAS
PUBLICIDADE
COMENTÁRIOS
CAUSA BÁSICA
FATORES DE TRABALHO: FATORES PESSOAIS:
A) Falta de Procedimentos ou Procedimentos D) Falta de Conhecimento ou Habilidade
Inadequados E) Fazer o Trabalho de Acordo com os
B) Comunicação Inadequada das Expectativas Relativas Procedimentos ou as Práticas Aceitáveis Leva Mais
aos Procedimentos ou as Práticas Aceitáveis Tempo ou Requer Maior Esforço
C) Falta de Equipamentos ou de Ferramentas Adequadas F) Atalho aos Procedimentos ou as Práticas
Aceitáveis é Positivamente Reforçado ou Tolerado
G) No Passado os Procedimentos ou as Práticas
Aceitáveis não Foram Seguidos e Nenhum Incidente
Ocorreu
RECOMENDAÇÕES: COMO PREVENIR INCIDENTES PESSOA ASS. DATA DAT
SIMILARES RESPONSÁVEL ACORDA A DE
DA CON
CLU
SÃO
EQUIPE DE INVESTIGAÇÃO
NOME POSIÇÃO DATA ASSINATURA
REVISADO POR
NOME POSIÇÃO DATA ASSINATURA
Fundamentos Matemáticos
CONFIABILIDADE
5.1 – INTRODUÇÃO
e) Atuação nas causas básicas dos problemas e não nos sintomas através de:
1. Histórico de falhas dos equipamentos.
2. Determinação das causas básicas das falhas.
3. Prevenção de falhas em equipamentos similares.
4. Determinação de fatores críticos para a manutenabilidade de equipamentos.
5.4 - FALHAS
Falha é a perda de uma função.
Demonstra-se que:
Gerência de riscos
Identificação de riscos
Deve, portanto, ser reparado com toda a urgência possível. Entra em ação
o grupo de manutenção que, em ocasiões como essa, se excede em
esforços, com ampla tendência em passar por cima de muitos princípios
de segurança, a menos que a mentalidade prevencionista na empresa já
esteja consolidada em patamar altíssimo.
Não se trata de indisciplina no cumprimento das normas de segurança
nem de heroísmo no cumprimento do dever.
2. O ASPECTO SOCIAL
Não há, nas perguntas, qualquer intenção de criticar serviços sociais nem
de sugerir-lhes diretrizes. Tanto que ficam nessas páginas as perguntas.
As respostas ficam a cargo dos responsáveis pelos serviços sociais, pelo
Uma coisa, porém, deve ficar clara para ambos: prevenir acidentes é
obra social muito mais importante do que assistir as vítimas de
infortúnios do trabalho.
1. PROBLEMAS ECONÔMICOS
Não se vai cuidar desse assunto aqui, mas é bom lembrar que, sem a
pretensão de propor medidas de controle, a primeira edição deste livro,
em 1965, já apontava uma série de problemas, que hoje parece
novidade, apresentada com o título de controle de perdas.
O que interessa apresentar neste testo, para entendimento, são fatos
que comprovam que os acidentes ferem economicamente a empresa.
Esta nem sempre percebe este lado negativo do infortúnio do trabalho,
embora seja a empresa a inicialmente mais afetada.
Qualquer empresa pode calcular com relativa precisão o custo do produto
ou do serviço que pões à disposição do público ou de outras empresas,
no que se refere aos materiais empregados, à mão de obra aplicada, à
energia consumida, aos impostos e obrigações sociais etc..
Todavia, calcular com que parcela os acidentes do trabalho contribuem
para o custo final não é tarefa fácil.
Para alguns, o custo aparente dos acidentes do trabalho é a taxa de
seguro à previdência social, as diárias pagas ao acidentado até o décimo
quinto dia de afastamento e coisas assim relacionadas com o
atendimento dos acidentados.
Este, também denominado custo de despesas que aparecem na
contabilidade das empresas, identificadas como resultados dos
Para isso é necessário, todavia, perceber como eles afetam o custo global
das empresas, com suas diversas modalidades de interferência.
Tanto essa quantidade, como as que devem ser conseguidas por seções
da empresa, por grupos de trabalho, por máquinas e mesmo por
indivíduos, podem ser afetadas por acidentes do trabalho.
9. ABSENTEÍSMO
P P = produção programada; e,
P P = produção programada;
Tivemos:
- equipamento B:
falha 1 : F1 - duração : t = 2 dias
número de equipamentos comprometidos : N = 2
- equipamento C:
falha 2 : F2 - duração : t = 3 dias
número de equipamentos comprometidos : N = 1
- equipamento E:
que seria o caso mais desfavorável, visto que consideramos cada falha
ocorrendo isoladamente, isto é, admitimos não haver qualquer relação
entre os tempos de duração das falhas 1,2 e 3 (eventos mutuamente
exclusivos).
8 - CONTROLE DE PERDAS
Gerência de riscos
Prevenção e controle de perdas
· iluminação inadequada;
· defeito ou inadequação na ferramenta ou máquina agente do trabalho, como
por exemplo uma máquina projetada para atender a outros serviços que não
aquele que está sendo feito, uma ferramenta construída de material
inadequado, em condições inadequadas de funcionamento, etc.;
· colocação perigosa de materiais, empilhamento mal feito, má fixação contra
movimento indesejável, etc....;
· proteção coletiva inadequada ou inexistente, como falta de escoramento,
material elétrico não aterrado, conexão ou chave elétrica descoberta,
equipamento elétrico sem identificação ou inadequadamente identificado;
· Por quê o eletricista colocou o arame, apesar de ser muito pouco provável que
um eletricista não saiba que isto não deve ser feito?
· Por quê não havia fusível na bolsa do eletricista?
· Por quê não havia fusível na ferramentaria?
e de operar equipamentos;
· não analisar adequadamente quando alguma coisa acontece em sua
área (e dessa forma não tomar medidas capazes de prevenir outra
ocorrência semelhante);
· não analisar e observar se o trabalho está sendo desenvolvido
corretamente;
· não rever os regulamentos e procedimentos;
· não instituir procedimentos de trabalho adequados para tarefas em que
se houver o erro humano o prejuízo será muito grande;
· não dar instruções de trabalho;
· permissividade com atitudes inadequadas dos subordinados;
· não acompanhar as variações do estado físico-psicológico dos
subordinados no cotidiano do trabalho.
7. O PAPEL DA GERÊNCIA
São elas:
1 - Avaliar criticamente as análises feitas pelos supervisores - um critério
interessante é o de dar um conceito (0 a 100) a todas análises que lhe
forem passadas pela supervisão.
AMFE
Análise dos Modos de Falha e Efeitos
Número Data
Executado por:
Modo
Método de Medidas de controle de
Componente de Efeitos
detecção risco e de emergência
falha
Em outros
component No sistema
es
AMFE
Análise dos Modos de Falha e Efeitos
Número Data
Executado por:
Método
Component Modo Medidas de controle de
Efeitos de
e de falha risco e de emergência
detecção
Em outros
component No sistema
es
9 – ANEXOS
Houve Prolonguei-me
Houve atraso O jantar
atraso na ao me
no transporte prolongou-se
saída aprontar
O
Excesso A roupa Atrasei O papo
Acidentes Outros Restaurante
de passada meu estava
no trajeto imprevistos é
tráfego atrasou cronograma bom
demorado
Perdas
(E feito)
SIM INCLUIR
COLETA DE EVIDÊNCIAS
Equipe Examinar
Treinar Diagrama e mapa materiais
administrativa Fotografias
investigadores do local
investiga
Análise Examinar
Analisar ações de detalhada do equipamentos
Analisar posições
reação e contenção de equipamento
relativas
perdas
Examinar
Analisar atos e registros
Analisar as partes Testar
condições fora do
que falharam materiais
padrão
Analisar causas básicas
- Fatores pessoais
- Fatores de trabalho
Reconstruir o
Analisar administração acidente
do programa Analisar as
1) Escopo causas
2) Padrões
3) Cumprimento
Desenvolver e
tomar
medidas
corretivas
A análise mostra o que
NÃO Coletar mais
aconteceu, o que
evidências e
deveria ter sucedido e o
reanalisar
por quê das diferenças
Relatar o
VERIFICAR encontrado e
ações
Incidente Acidente
Chefia do
E nfermaria
Setor
Análise da
Gravidade
Time de
Comunicação
Trabalho
Análise de
causas
P lanejarações Determinar
corretivas e custos
preventivas
CLASSIFICAÇÃO
TIPO DE GRAVE SÉRIO LEVE
INCIDENTE
Ferimentos/Doen Morte(1) Acidente sem Pequenos ferimentos, com
ça Doença ocupacional com afastamento(2) retorno imediato ao
Ocupacional afastamento(1) trabalho
Acidente com afastamento(1)
Emissões/ Emissões/vazamentos Autuações/multas do Pequenas emissões/
Vazamentos/ reportáveis ao Órgão Órgão Ambiental(2) vazamentos, sem danos
Nuvens de Gases Ambiental(1) Relatos de cortesia à ao meio ambiente
Danos à comunidade(1) Órgão Ambiental(2)
Não cumprimento das
Licenças de
Funcionamento(2)
Perda de Perda de produtos, maior Perda de produto, menor Respingo de produtos
Produção/ que X kg(1) que Xkg Interrupção dos negócios,
Danos a Interrupção dos negócios Interrupção dos negócios, com custo menor que US$
Propriedade/ (fogo/explosão/desastres com custo entre US$ Z e Z
Equipamentos naturais/outros), com custo US$ Y
maior que US$ Y(1)
Outros Operações fora do controle Exposição a agentes Abertura de válvulas de
dos parâmetros críticos de químicos/físicos acima dos segurança de alívio de
operação limites de tolerância pressão de sistemas de
Ocorrência ou previsão de Operações no limite dos controle
publicidade/mídia(1) parâmetros críticos de
Atentados à operação
bomba/sequestros ou
ameaças aos funcionários,
fábrica ou produtos da
EMPRESA(1)
Incidentes, ocorridos
próximos à fábrica,
afetando os negócios da
EMPRESA ou causando
impacto quanto aos
aspectos de saúde,
segurança e meio ambiente
Nota: Para efeito de comunicação à EMPRESA., cabe a seguinte classificação:
10 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALBERTON, Anete. Uma metodologia para auxiliar no gerenciamento de
riscos e na seleção de alternativas de investimentos em segurança
(dissertação de mestrado). UFSC, Florianópolis/SC, 1996.