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O noticiador catholico numeros 18 a 20 de 1853 Jeronimo Vilela e Bispo da Bahia sobre o poder

punitivo do estado sobre párocos. Ver possibilidade de o Estado levantar censuras eclesiásticas.

http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=709786&pasta=ano
%20185&pesq=sacramento%20do%20matrim%C3%B4nio

Meninos, tudo o que sei dele foi a partir de uma rápida pesquisa no Google. E achei um exagero
dizerem que é o maior filósofo brasileiro vivo. Mas se o for, creio que estou certo em reduzir, salvo
determinadas exceções, cada vez mais meu círculo de leituras a apenas mortos e estrangeiros.
Longe de mero viralatismo, não me agrada essa mania de brasileiro de sempre procurar chifre em
cabeça de cavalo, de sempre inventar um sentido oculto, um propósito macabro, um conflito de
classe, ou que quer que seja atrás dos fatos. Os saltos argumentativos (sem base factual, é óbvio), a
inversão do método (concluo o que quero; depois, justifico), a subserviência, as autoridades
intocáveis, são outros fatores que contribuem para isso. Por isso, prefiro a solidão: estar com os
mortos e com os alienígenas. Nada contra a difusão do conhecimento filosófico. Muito pelo
contrário. No fundo, até acho que as pessoas simples e sem diploma “filosofam” muito melhor que
certos acadêmico.

CALÇADA

Diziam que ela jogava água quente na calçada para que as crianças da escola ao lado não sentassem.
Não testemuhei isso. Era o que se propalava como a mais absoluta verdade. Certo é que,
costumeiramente, as pessoas não ousavam andar pela calçada dela. Mas comigo era diferente. Aos
dez ou onze anos adqui o hábito de ir, semanalmente, à biblioteca João Bastos. E era por aquela rua
que ia ao centro. E não conseguia compreender como alguém gastava tanto dinheiro para manter
aquela calçada se ninguém podia andar ali. Afinal, a lição que tinha aprendido era que deveria anda
pela calçada, não? Então, para que tanto trabalho e dinheiro não fosse desperdiçado, ou por pura
teimosia mesmo, fazia questão de transitar por ali. Saltar os canteiros, saltar sobre os pregos (sim,
havia pregos em alguns lugares!), correr, era uma aventura. Havia umas pequenas colunetas de
concreto entre a calçada e a rua. Então, subia nessas colunetas e pulava de coluneta em coluneta até
chegar à esquina. E, se ia de bicicleta, o passeio era ainda melhor. Não que pedalasse sobre a
calçada. Não. É que a senhora havia colocado também umas xxxx de concreto, que avançavam
quase um metro sobre a rua, para que carros ou bicicletas não andassem próximo à calçada. E me
parecia emocionante fazer a bicicleta trepidar ao pedalar sobre essas xxxx. Uma dia vinha
pedalando aí, quando me deparei com a dona, que fiscalizava o trabalho do serviçal que catava as
folhas de manga do chão da rua. Pensei que ela iria gritar. Apenas cravejou-me com o olhar. Nada
mais. Tempos depois, soube que esta senhora recebeu um pacote de merda em sua caixa de correio.

CAMPANHIAS
Sabe aquela brincadeira – de mau gosto, digo – de apertar a campanhia da casa alheia e correr? Pois
é, nunca fui bom nisso.
Andando na rua com dois ou mais companheiros de travessuras, um deles sempre apertava a
campanhia e os outros corriam. Pareciam que tinham combinado entre si, porque o ingênuo aqui era
o último a correr e, às vezes, era quem levava a culpa.
E, se me atrevi uma vez a apertar, sozinho, a campanhia do seu Fulano, fiquei praticamente
esperando o dono da casa abrir a porta.
E continuo sem sorte com campanhias...Aqui é... tem...não tem...Grite “ô de casa” ou bata no
portão.
DONA ANTONIA

CATUABA

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