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CONCURSOS
TST 2007/2008
TÉCNICO JUDICIÁRIO
V_RG_S
SUMÁRIO
1.1 - OBJETIVO
3 - JORNADA DE TRABALHO.
4 - FÉRIAS ANUAIS.
6 - SALÁRIO E REMUNERAÇÃO
8 - AVISO PRÉVIO
11 - DIREITO PREVIDENCIÁRIO
BIBLIOGRAFIA
É a parte do Direito do Trabalho que tem por objeto o contrato individual do trabalho e
as cláusulas que lhe são incorporadas em virtude de lei, convenção ou acordo coletivo,
decisão normativa ou regulamento.
Délio Maranhão entende que o Direito do Trabalho é do ramo do direito privado. Ele
entende que quando o Estado desce do seu pedestal, sujeita-se às normas que
regulam as relações de que o estado não participa como Estado, ou seja, às normas de
DIREITO PRIVADO. Assim, embora no Direito do Trabalho como no Direito Civil,
coexistam normas de direito público e de direito privado, unitariamente, Direito do
Trabalho é direito privado.
São materiais e formais - As primeiras são os fatores sociais que contribuem para a
formação da substância, do conteúdo da norma jurídica. As segundas são os meios
pelos quais a norma jurídica é estabelecida.
As fontes formais principais do direito é a lei (const. Federal, emenda const., lei
complementar, lei ordinária, leis delegadas, decretos-lei, regulamento, portarias
ministeriais) e o costume (art. 460).
Para Délio Jurisprudência não é fonte de direito, ela tem apenas mera força persuasiva,
não vincula as decisões dos juizes. Maria Inês Moura da Cunha (25) considera
Jurisprudência como sendo Fonte do Direito. Otávio Bueno Magano também entende
que jurisprudência é fonte de direito.
INTERPRETAÇÃO
1.2.8 - TERCEIRIZAÇÃO
É um regime previdenciário que, mediante contribuição, tem por fim assegurar, aos
seus beneficiários, meios indispensáveis de manutenção, seja por motivo de
incapacidade, idade avançada, tempo de serviço, encargos familiares, seja por prisão
ou morte daqueles de quem dependiam economicamente (arts. 1º e 9º da Lei 8213/91)
e arts. 1º, 4º e 5º do Decreto 3048/99 - RBPS.
Esse princípio deixa claro que todos têm o direito a essa proteção, ninguém
deve ficar de fora da seguridade social, homem ou mulher, criança ou adulto, rico ou
pobre, trabalhador rural ou urbano, empregado ou desempregado.
QUANTO AO CUSTEIO
as grandes empresas deveriam contribuir mais do que as micro. Por esse tratamento
deve ser dado tratamento igual a aos iguais e desigual aos desiguais.
QUANTO A GESTÃO
estudante
a dona de casa
o síndico
desempregados e etc
Art. 7º - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social:
XIII - duração de trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta
e quatro horas semanais, facultada a compensação de horários e a redução da
jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais
do que o salário normal;
XXII redução dos riscos inerentes ao trabalho por meio de normas de saúde,
higiene e segurança;
XXIV - aposentadoria;
VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações
sindicais;
§ 6º - A gratificação natalina dos aposentados e pensionistas terá por base o valor dos
proventos do mês de dezembro de cada ano.
2.1 - CONCEITO - É o negócio jurídico pelo qual uma pessoa física se obriga, mediante
remuneração, a prestar serviços não eventuais a outra pessoa ou entidade, sob a
direção de qualquer das últimas.
a empresa é uma instituição e o seu estatuto é que irá prever as condições de trabalho,
e portanto será o empregador quem irá disciplinar as condições da prestação do
trabalho (teoria institucionalista).
Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza
não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.
- PESSOA FÍSICA
- O SERVIÇO PRESTADO NÃO É EVENTUAL
- SOB DEPENDÊNCIA DO EMPREGADOR, OU SEJA, SOB SUA ORIENTAÇÃO E
DIREÇÃO (SUBORDINADO AO EMPREGADOR)
- MEDIANTE SALÁRIO - ONEROSIDADE.
Diretor de Sociedade - O Diretor é órgão da sociedade a que pertence e, por isso, não
pode desfrutar da condição de empregado. Por isso mesmo se um empregado se elege
Diretor, o seu contrato de trabalho fica suspenso. Essa é a diretriz consubstanciada no
Enunciado 269, do TST.
ILÍCITO seria, por exemplo, contratos que versassem sobre jogos de azar proibidos ou
sobre exploração de prostituição.
Este é o veículo pelo qual vai se exprimir a vontade das partes. A vontade humana
não tem qualquer relevância para o mundo jurídico, enquanto permanecer no âmbito
subjetivo do agente.
Salvo nos casos especiais previstos em lei, inexiste forma para celebração do contrato
individual de trabalho.
2.5 - CLASSIFICAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO QUANTO A DURAÇÃO
Contrato de trabalho pode ser por prazo determinado ou por prazo indeterminado.
Sendo que o último tem a presunção de existência e o primeiro deverá ser provado.
O art. 443 da CLT trata do contrato por prazo determinado. A Lei brasileira permite o
contrato por prazo determinado, em se tratando de atividade transitória, em serviço cuja
natureza ou transitoriedade o justifique, e em contrato de experiência.
por escrito à outra parte informando que não pretende mais manter o contrato de
trabalho por eles firmado. Este tipo de contrato de trabalho presume a concessão do
AVISO PRÉVIO, tanto por parte do empregador como por parte do empregado, de
modo que os contratantes tenham tempo para contratar outro empregado, no caso do
empregador, ou conseguir outro emprego, no caso do empregado. Se o Aviso Prévio
não for concedido ele deverá ser indenizado.
03 - JORNADA DE TRABALHO
A jornada de trabalho está regulada no art. 7º, XIII, XIV e XVI da Const. Federal.
Normas especiais:
LEGISLAÇÃO ESPARSA:
CONVENÇÕES COLETIVAS
INCÍCLICA RERUM NOVARUM - em 1891- declarou que o trabalho não deve ser
prolongado por mais tempo que o corpo permite.
em 1915 - Uruguai, Suécia, França
em 1916 - Equador
em 1917 - Rússia, México e Finlândia
em 1918 - Alemanha
em 1919 - Itália, Inglaterra
TRATADO DE VERSAILLES EM 1919 foi cristalizado o horário da jornada de
trabalho diária em 08 horas. Foi criado também a OIT - Organização Internacional do
Trabalho.
Deve-se distinguir o que seja renúncia e o que seja transação. A primeira é um ato
unilateral do empregado; a segunda é um ato bilateral e conjunto com vantagens e
desvantagens mútuas.
Nesse caso opera-se a inversão do ônus da prova. A empresa deve juntar aos autos os
comprovantes de horários cumpridos pelo empregado. Porém poderá supri-los através
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NOÇÕES DE DIREITO DO TRABALHO – TST - CONCURSOS 2007/2008 – V_RG_S
de outras provas tais como a testemunhal. Se não o fizer prevalecerá o horário pedido
pelo reclamante.
Empregados comissionistas, com controle de horário, terão direito a horas extras que
deverão ser acrescidas do valor das comissões e após aplicado o adicional mínimo de
50%.
o horário pode ser flexível ou inflexível. Sendo que o primeiro não é previsto na
legislação brasileira, porém não é proibido. O empregado precisa cumprir um
determinado número de horas semanais, mas ele é que determina o horário a ser
cumprido diariamente.
HORAS EXTRAS - SÃO aquelas horas que ultrapassam o horário normal de trabalho
estabelecido em lei, convênio coletivo, sentença normativa ou contrato individual de
trabalho.
Com essa nova legislação as empresas poderão acordar com seus empregados,
através de acordos ou convênios com os Sindicatos de Classe, que nos períodos de
baixa produção a jornada de trabalho poderá ser diminuída, sem redução de salários,
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NOÇÕES DE DIREITO DO TRABALHO – TST - CONCURSOS 2007/2008 – V_RG_S
Esse adicional tem incidência nas férias, FGTS e no 13º salário do empregado. Esse
adicional não DEVE ser pago juntamente com o adicional de periculosidade. O
EMPREGADOR DEVERÁ ESCOLHER O ADICIONAL QUE FOR MAIS FAVORÁVEL
AO EMPREGADO.
É paga para profissionais que laboram em locais de risco, onde envolvem ameaças de
explosões, incêndios, etc.
Esse adicional tem incidência nas férias, FGTS e no 13º salário do empregado. Esse
adicional não pode ser percebido juntamente com o adicional de insalubridade.
As faltas que forem permitidas por lei e aquelas que forem permitidas
pelo empregador (faltas justificadas, em que tiver percebido os seus salários).
As faltas constantes do art. 473 da CLT, ou seja, as licenças
concedidas para o empregado quando casar, quando acontecer o falecimento do
cônjuge, ascendente ou descendente, irmão ou de pessoa que comprovadamente
viva sobre sua dependência.
dias que estiver comprovadamente prestando provas vestibular
dia em que for doar sangue
dia para registrar seu filho
licença paternidade
dias para o alistamento eleitoral
licença maternidade
licença por acidente do trabalho ou por doença (limitadas a 6 meses)
durante a suspensão preventiva ou prisão preventiva, quando for
absolvido
nos dias em que não tiver havido serviço (salvo na hipótese do
art.133,III, da CLT - paralisação da empresa por mais de 30 dias).
Não terá direito a férias quem no curso do período aquisitivo (art. 133 da
CLT):
deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 dias subseqüentes
à sua saída;
permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, por mais
do que 30 dias;
deixar de trabalhar, com percepção do salário, por mais de 30 dias, em
virtude de paralisação parcial ou total dos serviços da empresa; e
Art. 7º, XXIX - Ação, quanto a créditos resultantes das relações de trabalho,
com prazo prescricional de: cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o
limite de dois anos após a extinção do contrato; (alterado pela EC 28/2000).
A CF/88 garante a mulher além dos direitos concedidos aos homens os seguintes
benefícios:
- licença gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com duração de 120 dias.
- proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos
termos da lei;
- proibição da diferença salarial, de exercícios de função e de critério de admissão por
motivo de sexo;
- aposentadoria integral aos 30 anos de contribuição.
O Professor Amauri Mascaro do Nascimento entende que com a vigência do artigo 376
da CLT, as horas-extras praticadas pela mulher só poderão ser feitas quando
autorizadas pelo Ministério do Trabalho. (Art. revogado pela Lei 10.244 de 27/06/2001).
A autora Maria Inês Cunha (Direito do Trabalho, pág. 183) entende que o art. 376 da
CLT, foi revogado, tacitamente, pelos artigos 5º, I, e 7º, XXX, da CF.
No meu entendimento com a revogação do art. 374 e 375, da CLT, o artigo 59 da CLT
passa a vigorar tanto para homens como para mulheres, permitindo assim que a
mulher faça até 02 horas extraordinárias por dia, mediante acordo entre empregado e
empregador, ou através de convenção ou acordo coletivo. (ESSA DIVERGÊNCIA
DOUTRINÁRIA VEIO A SER RESOLVIDA COM A Lei n.º 10.244, de 27/06/2001, que
revogou expressamente o artigo 376 da CLT).
Art. 390C - As empresas com mais de cem empregados, de ambos os sexos, deverão
manter programas especiais de incentivos e aperfeiçoamento profissional de mão-de-
obra.
O menor aprendiz tem todos os direitos que a CLT garante ao empregados adultos,
exceto na rescisão contratual, onde não terá direito a indenização pelo término
antecipado do contrato de trabalho. (CLT - art.433, § 2º).
A legislação que disciplina o trabalho do menor aprendiz foi totalmente alterada pela Lei
10.097, de 19 de dezembro de 2000.
Em Dinheiro:
No sistema brasileiro, como na maioria dos sistemas jurídicos, a lei exige, por força do
art. 463 da CLT, que a prestação em espécie seja feita em moeda corrente no país, ou
seja, em dinheiro. ( convenção 95 da OIT - permite o pagamento dos salários em
cheque - Desde que o trabalhador tenha acesso ao banco de forma tempestiva, ou seja
dentro do período estipulado para o pagamento).
Em Utilidades.
O artigo 458 da CLT - determina como sendo salário, outras formas de pagamento que
não sejam feitas através de dinheiro, tais como moradia, alimentação, vestuário e
outras prestações fornecidas habitualmente aos empregados. ESSAS OUTRAS
FORMAS DE PAGAMENTO INTEGRARÃO O MONTANTE DO SALÁRIO DO
EMPREGADO PARA TODOS OS FINS LEGAIS.
1
- CLT - Saraiva, 2002, p. 1049.
§ 1º do art. 459 - CLT - o pagamento dos salários devem ser EFETUADOS até o
5º dia útil do mês seguinte ao mês trabalhado.
SALÁRIO E INDENIZAÇÃO
Não se confundem com salários as indenizações por dispensa sem justa causa e
outras, como as diárias a ajuda de custo, cuja natureza é também a de ressarcimento
de gastos do empregado movimentando-se em serviço. As diárias superiores a 50% do
salário devem ser nele incluídas (art. 457, § 2º), aumentando a remuneração total do
empregado. O FGTS e as férias e o 13º salário e outros incidirão sobre esse novo
acréscimo de salário. Diárias quando ocorrem de forma reiteradas e Ajuda de Custo
quando eventuais.
BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS
São pagamentos efetuados pelo INSS aos seus segurados e nos temos estabelecidos
na lei, como o auxílio-doença, salário maternidade, salário família, aposentadoria.
C - GRATIFICAÇÕES
As gratificações são quantias variáveis pagas pelo empregador ao empregado em
reconhecimento ao seu trabalho. Se forem habituais integrarão a remuneração para
todos os efeitos. Se forem eventuais, não integrarão a remuneração.
D - 13º SALÁRIO
E - PRÊMIOS
F - ABONOS
Diárias são o reembolso, pelo empregador, dos gastos efetuados pelo empregado, com
sua manutenção e deslocamento durante a execução dos serviços. PRÓPRIAS que
ressarcem o empregado das despesas efetuadas. IMPRÓPRIAS que ressarcem o
empregado das despesas e acrescentam um ganho a mais. As diárias e ajuda de custo
que não excedam a 50% do salário do empregado não integram a sua remuneração.
A ajuda de custo possui a mesma natureza das diárias, o que difere que a ajuda de
custo tem caráter eventual e as diárias apresentam características de permanência.
H - GORJETA
M - ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA
. deve haver identidade qualitativa, a qualidade de trabalho deve ser a mesma. (Esse
é um dos itens mais difícil de ser avaliado).
A CLT, no seu art. 468, dispõe que a alteração do contrato de trabalho só é lícita se
feita por mútuo consentimento. E só serão lícitas se não trouxerem prejuízos aos
empregados.
• O art. 7º, VI, da CF, prevê a irredutibilidade de salário, salvo acordo ou convenção
coletivos. Em princípio entendem alguns doutrinadores que o art. 503 da CLT foi
revogado (Maria Inês Cunha).
• Quando a produção dos empregados por tarefas aumentar com base em novos
equipamentos introduzidos na empresa é justo que haja um acordo entre as
partes, mantendo-se a remuneração do empregado no mesmo patamar anterior,
pois ele não efetuou nenhum esforço a mais para aumentar a produção da
empresa.
Amauri Mascaro critica essa divisão, entende que esses dois Institutos poderiam
ser classificados dentro da Suspensão.
Enumeração de casos:
a ) greve - a paralisação dos trabalhadores é caracterizada pela Lei nº 7783/89, art. 7º,
como suspensão do contrato de trabalho, caso em que cessam as obrigações do
empregador. Todavia, as relações obrigacionais do período de greve podem ser
regidas pelo acordo, convenção, laudo arbitral ou decisão da justiça do trabalho, de
modo específico para cada greve.
b) auxílio doença - até o 15º dia, interrupção com pagamento do salário e FGTS pelo
empregador, contagem de tempo de serviço e recolhimento; após o 16º dia,
suspensão, cessando o pagamento do salário pelo empregador, substituído pela
concessão do auxílio-doença pelo INSS, até a alta médica, período não contado no
tempo de serviço e, para férias, só se de até 6 meses. Sendo mais do que 6 meses o
empregado perde o direito à férias.
c) acidente de trabalho que se reflete sobre os salários, dispondo a Lei 6367/76, art. 5º,
§ 2º, que cabe à empresa pagar a remuneração integral do dia do acidente e dos 15
dias seguintes; a partir do 16º dia, o acidentado passa a perceber pela previdência
social. O tempo de afastamento de acordo com o art. 4º da CLT é contado para
fins de indenização. Os recolhimentos para fins de FGTS são mantidos (
Regulamento do FGTS, art. 28, III). Se o tempo de afastamento não ultrapassar 6
meses, será contado para aquisição de férias, se for maior, não. Este é um dos
casos em que existe suspensão e interrupção ao mesmo tempo.
8 - AVISO PRÉVIO
O Aviso prévio está regulamentado na CLT nos artigos 487 a 491, e no art. 7º, XXI, da
CF/88, que diz que este aviso tem que ser proporcional ao tempo de serviço e que não
pode ser inferior a 30 dias.
Nos contratos por prazo determinado, em princípio,não cabe o aviso prévio, pois as
partes da relação de trabalho, empregado e empregador, já estão avisados
antecipadamente sobre o término do contrato, que ocorrerá no prazo fixado ou no caso
de obra quando ela for concluída. EXCEPCIONLAMENTE PODERÁ OCORRER O
AVISO PRÉVIO NOS CONTRATOS POR PRAZO DETERMINADO. Art. 481 da CLT.
A dispensa do Aviso Prévio, pelo empregador, segundo alguns autores, deve ser
remunerada, salvo se ficar comprovado que o empregado já está trabalhando em outro
local.
Quando a rescisão contratual tenha sido feita pelo empregador, sem justa causa, ele
deverá dar o aviso prévio ao empregado. O empregador poderá exigir o cumprimento
do aviso prévio ou poderá apenas pagá-lo ao empregado.
Se for indenizado, as verbas rescisórias deverão ser pagas até o 10º dia, contado da
notificação da demissão - art. 477, § 6º, “b”, da CLT.
Se o empregado não conceder o aviso prévio, o seu valor poderá ser descontado das
verbas rescisórias ou cobrado via judicial. Poderá se utilizar do fato do não pagamento
do Aviso Prévio como defesa, caso o empregado entre com ação judicial contra o
empregador, na forma do art. 767 da CLT.
O fato do empregado estar cumprindo o aviso prévio não impede que ele seja
demitido por JUSTA CAUSA, caso venha a praticar algum dos atos mencionados
no art. 482 da CLT.
- A dúvida maior é para os casos de doença durante o aviso prévio. Para alguns
autores o contrato se extingue normalmente e para outros não. A questão levantada
por aqueles que entendem que não há extinção do contrato é pelo fato de que a função
do aviso prévio é a de que o emprega procure outro emprego. No caso de acidente do
trabalho o empregado passa a gozar do benefício da estabilidade provisória.
- pode ser por justa causa ou sem justa causa, pode ser por acordo das partes e
também pode ser por culpa recíproca.
- está disciplinada no capítulo V da CLT (arts. 477 a 486) e pela Constituição Federal
de 1988, que alterou alguns dispositivos deste capítulo da CLT.
- embriaguez habitual em serviço - Nos dias atuais tal motivo de justa causa está
sendo considerado como doença.
- ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa,
ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria
ou de outrem. (calúnia, difamação).
- o empregado ser tratado por seu empregador ou superior hierárquico com rigor
excessivo - ordens excessivas a um empregado, não atribuídas aos outros
empregados, com o objetivo de fazê-lo desistir do emprego.
Obs: Em todos os casos terá direito a perceber o salário-família, proporcionais aos dias
trabalhado (para quem percebe salários até R$ 468,47).
Aviso prévio indenizado não dará direito a percepção do salário-família,
*** A doutrina dominante afirma que a partir da Constituição de 1988, o FGTS não
é mais optativo, é automático. O período anterior a 1988 reger-se-á pelos
dispositivos constantes dos arts. 477, 478 e 479 da CLT. AMAURI MASCARO DO
NASCIMENTO.
Ocorre quando o empregado, sem motivo que lhe permita invocar o insituto da
justa causa, pede a demissão do seu emprego.
Ocorre quando existe motivo elencado na lei para que uma das partes rescinda o
contrato de trabalho utilizando-se da justa causa.
Nos casos listados no artigo 483 da CLT o empregado pode rescindir o contrato
com o empregador, alegando que este deu causa ao encerramento do contrato.
- terá os mesmos direitos que teria se fosse despedido sem justa causa.
- terá os mesmos direitos que teria se fosse despedido sem justa causa, antes do
término do contrato.
9.4.4.1 - APOSENTADORIA
A Lei nº 8213/91, no seu artigo 49 diz que a aposentadoria por idade sera devida: I - ao
segurado empregado, inclusive o doméstico, a partir: - b) da data do requerimento,
quando não houver desligamento do emprego ou quando for requerida após o prazo
previsto na alínea “a”. O art. 54 diz que a data da aposentadoria por tempo de serviço
será fixada da mesma forma que a da aposentadoria por idade, conforme o disposto no
art. 49.
A Lei de Previdência Social, não exige o rompimento do contrato de trabalho para que
o segurado possa utilizar-se do benefício da aposentadoria.
O art. 453 da CLT diz que “No tempo de serviço do empregado, quando readmitido,
serão computados os períodos, ainda que não contínuos, em que tiver trabalhado
anteriormente na empresa, salvo se houver sido despedido por falta grave, recebido
indenização legal ou se aposentado espontaneamente.” -(nosso grifo).
Uma interpretação analógica do artigo 1233 do código civil (art. 607 do novo código
civil) leva à conclusão de que a morte do empregado sempre vai levar à terminação do
contrato de trabalho.
“Art. 607 do novo CCB - O contrato de prestação de serviço acaba com a morte de
qualquer das partes. Termina, ainda, pelo escoamento do prazo, pela conclusão da
obra, pela rescisão do contrato mediante aviso prévio, por inadimplemento de qualquer
uma das partes ou pela impossibilidade da continuação do contrato motivada por força
maior.”.
Na prática, o acordo entre as partes, para colocar fim à relação empregatícia, vai
restringir-se a uma pactuação que suprime o pagamento do aviso prévio, e da multa de
40% sobre os depósitos do FGTS. As demais parcelas, via de regra, são pagas, até
porque vão colocar-se como direito adquirido. É o caso do saldo salarial, das férias
vencidas e proporcionais, e do 13º salário, NÃO HÁ LIBERAÇÃO DO FGTS. Art. 20 da
Lei 8036/90.
A força maior, como causa de terminação do contrato de trabalho, vem regulada nos
arts. 501 e 502 da CLT
Assim, o fato deve ser inevitável, imprevisível, e deve gerar abalo na situação
econômico-financeira da empresa, para se caracterizar como força maior. A tais
requisítos se agrega a ausência de culpa ou dolo do empregador, para que possa o
mesmo invocar a ocorrência de força maior, como causa da terminação do vínculo
empregatício. Na legislação brasileira, a existência de força maior não vai extinguir as
obrigações do empregador com relação ao contrato de trabalho. O que ocorre é que as
suas obrigações serão reduzidas a 50% do valor. Para o caso do FGTS, a multa
contratual será de 20%. (Art. 486 da CLT).
TOTAL.....................FGTS............... R$ 1.080,14
c - procedimento especial (inciso IX, do art. 659 da CLT), como ato privativo do juiz
presidente, conceder medida liminar, até decisão final do processo, em reclamações
trabalhistas que visem tornar sem efeito transferência disciplinada pelos parágrafos do
art. 469 da CLT.
RECURSOS -
§ 1º - será distribuído ao relator (não terá revisor), o qual terá 10 dias para liberá-lo
Será colocado imediatamente em pauta para julgamento.
- Acórdão será sucinto.
a - princípio da legalidade das formas. Para que o ato seja válido deverá ser revestido
de todos os requisitos que a lei exige. Recurso de Ofício, quando a sentença é posta
sob à ótica do duplo grau de jurisdição. Embora a sentença seja eficaz ela só se
tornará exeqüível após manifestação do órgão “ad quem”.
C - princípio do interesse de agir - alínea b - do art. 796 da CLT. A nulidade não será
pronunciada quando argüida por quem lhe tiver dado causa.
TESTEMUNHAS - Três para cada parte no máximo. No Inquérito judicial este número
sobe para seis. Exceção à regra são as testemunhas referidas no art. 418, I, do CPC.
O JUIZ PODERÁ ORDENAR DE OFÍCIO OU A REQUERIMENTO DA PARTE, A
INQUIRIÇÃO DE TESTEMUNHAS REFERIDAS NAS DECLARAÇÕES DA PARTE OU
DAS TESTEMUNHAS.
F - A sessão para conciliação deverá ser realizada dentro do prazo de 10 dias após a
reclamatória.
10.4.1 - ORGANIZAÇÃO
VARAS DO TRABALHO
As Varas de trabalho (emenda constitucional 24//99, que alterou o art. 111 da CF/88)
poderão conciliar, instruir e julgar processos. Com a alteração constitucional o
julgamento em 1º grau passou a ser singular e não mais coletivo.
Os juizes dos TRTs são nomeados pelo Presidente da República, sendo obedecido o
mesmo percentual constante do § 2º do art. 111 da CF/88 e serão escolhidos entre
magistrados, advogados e integrantes do ministério público do trabalho.
10.4.2 - COMPEPETÊNCIA
VARAS DE TRABALHO
A cada uma das TURMAS DO TST compete julgar em única Instância, conflitos de
jurisdição entre TRTs e juizes das Varas de Trabalho de Regiões diferentes, julgar em
última Instância, recursos de revista interpostos de decisões dos TRTs e das decisões
das Varas de Trabalho; julgar agravos de instrumento de despachos denegatórios da
interposição de recursos ordinários ou de revista; julgar embargos de declaração
opostos aos seus próprios acórdãos; e julgar habilitações incidentes e argüições de
falsidade, de suspeição e outras, nos caos pendentes de sua decisão.
10.9 -PRESCRIÇÃO:
Extinto o contrato, é de dois anos o prazo para ingressar com o processo judicial,
e durante a relação de emprego é de 5 anos (CF, art. 7º, XXIX). A prescrição,
durante o vínculo empregatício, é contada a partir do fim do período concessivo e
não do período aquisitivo.
Enquanto estiver no emprego, portanto no curso do contrato de trabalho, o
empregado disporá do prazo de 05 anos para reclamar na justiça do trabalho as
férias vencidas que não gozou. Quanto mais demorar, mais, períodos de férias
vencidas vão sendo atingidos.
Quando o contrato de trabalho extinguir-se o empregado terá 02 anos para
reclamar judicialmente os pagamentos correspondentes às férias que não gozou,
inclusive proporcionais. Não observados esses prazos, dá-se a prescrição do
direito de ação. (Mascaro 298/9).
A Previdência Social será organizada sob forma de regime geral de caráter contributivo
e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e
atuarial, e atenderá a: (art. 5º RBPS). e art. 201 da CF/88.
- cobertura de eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada;
- proteção à maternidade, especialmente à gestante;
- proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário;
- salário-família e auxílio reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda
e
- pensão por morte do segurado, ao cônjuge ou companheiro e dependentes
INSS
DATAPREV
2 - FORMAIS
3 - COMPLEMENTARES
Constituição Federal
Emendas Constitucionais.
Lei complementar
Lei ordinária, comum ou específica e Medida Provisória;
Decreto Legislativo - Competência do Congresso nacional para aprovar tratados e
convenções internacionais, entre eles, os celebrados em matéria de Seguridade
Social.
Decreto Regulamentar
Portarias, ordens de serviços, etc.
A hierarquia das normas que regulam o Direito Previdenciário indica que a Constituição
Federal é a norma maior, a qual deverá ser obedecida pelas normas menores, tais
como as Leis. A hierarquia da legislação nos informa, também, que um Decreto
regulamentar ou Ordem de Serviço não podem alterar uma Lei ordinária, pois são
normas hierarquicamente inferiores.
Toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador sob
a dependência deste e mediante salário (CLT, art. 3º);
Pressupostos básicos:
. ser pessoa física (pessoalidade)
. prestação de serviço não eventual
. trabalhar para empregador urbano ou rural
. prestar serviço sob dependência do empregador (subordinação)
. receber salário (remuneração) pelo serviço prestado.
CONTRIBUINTES INDIVIDUAIS:
c) - o produtor rural pessoa física que utiliza empregados, ainda que em caráter não
permanente.
- pessoa física que explora atividade de extração mineral - garimpo
- o ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada e de
congregação ou ordem religiosa
- o empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro (ONU, OIT E UNICEF)
em funcionamento no Brasil, salvo quando coberto por regime próprio de previdência
social
- brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional (ONU, OIT,
UNICEF) no qual o Brasil é membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado,
salvo quando coberto por outro sistema de previdência social do país de domicílio
- o aposentado, de qualquer regime de previdência, que atuar como Juiz classista na
justiça do trabalho ou juiz temporário na justiça eleitoral.
SEGURADOS
obrigatórios e
facultativos
DEPENDENTES
OBS: Com o novo código civil brasileito, Lei nº 10.406/2002, que entrou em vigor
em janeiro de 2003, a maioridade passou a ser 18 anos e, assim sendo, onde
consta no texto 21 anos passa a ser 18 anos.
“Art. 71-A - à segurada da Previdência Social que adotar ou obtiver guarda judicial para
fins de adoção de criança é devido salário-maternidade pelo período de 120 (cento e
vinte) dias, se a criança tiver até 1 ( um) ano de idade. de 60 (sessenta) dias, se a
criança tiver entre 1 (um) ano e 4 (quatro) anos de idade, e de 30 (trinta) dias, se a
criança tiver de 4 (quatro) a 8 (oito) anos de idade.”.
A SEGURADA que abortar, terá direito a duas semanas de benefício, desde que o
aborto não seja criminoso.
A empregada doméstica poderá pedir o benefício até 90 dias após o parto. Terão
também direito a perceberem o 13º salário proporcional.
OBS: poderá ser prorrogado por mais dois meses a critério do conselho que administra
o fundo.
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LEGISLAÇÃO: