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40 DIAS DE RENÚNCIA

Dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue,


dia a dia tome a sua cruz e siga-me (Lucas 9.23)

O Evangelho de João é, entre os quatro evangelhos, o que conta


com mais detalhes a paixão de Cristo, ou seja, os dias que
antecederam a crucificação do Senhor. Dias de dificuldade, que
anteciparam a vitória definitiva de Cristo sobre a morte, o pecado e o
inferno. Cristo venceu a morte, e este fato nos convida para uma
decisão na vida. RENUNCIAR a velha vida e assumir a nova vida
que está em Cristo. O Apóstolo Paulo nos ensina que o novo
nascimento é o exercício de despir-se do velho homem, e revestir-se
do novo homem, feito em Cristo, para a glória de Deus.

Quero, desta forma, convidar você a RENUNCIAR em sua vida


hábitos que não agradam a Deus. A cada dia, precisamos aprender
que o nosso tempo deve ser usado para a glória de Deus, e hábitos
não saudáveis consomem nosso tempo e principalmente a
possibilidade de conhecermos mais de Deus. Nosso desafio é
renunciar o que não é de Deus, e construir hábitos que nos
aproximem de Deus.

Todo hábito pode ser mudado. Pode ser difícil, mas não é
impossível! Jesus, fitando neles o olhar, disse-lhes: Isto é impossível
aos homens, mas para Deus tudo é possível (Mateus 19.26).

ALGUMAS DICAS PARA ESTA PRÁTICA NESTES PRÓXIMOS 40


DIAS DE RENÚNCIA.

1) Memorize UM VERSO da Bíblia por semana. No final dos 40


DIAS serão 8 novos versos da Palavra em seu coração. Isto irá
construir raízes profundas em seu coração, que fará sua alma
frutificar vida por muitos anos.

2) Leia a Bíblia diariamente, especialmente o NOVO TESTAMENTO,


principalmente os EVANGELHOS. Grife e medite em todas as
passagens que falam sobre o sofrimento de Cristo. Caso você
queira, utilize o PLANO DE LEITURA oferecido pela Christian
Community.

3) Escreva uma carta ou email por semana nestes 40 DIAS, para


uma pessoa da sua família ou alguém que você gosta muito e que
ainda não crê em Jesus Cristo. Expresse o amor de Cristo para esta
pessoa. Diga a eles que você estará orando por eles durante este
period de 40 Dias. Sugira a eles que leiam João 3.16; João 14;
Colossense 1.13-23 e pensem sobre o que Jesus fes por nós.

4) Pelo menos uma vez por semana, separe um tempo para


descansar, refletir e orar. Pergunte à Deus se há algo que precisa
ser mudado em sua vida, e esteja disposto a mudar! Tenha certeza,
isso pode trazer muitos bons resultados.

5) Procure jejuar uma vez por dia ou por semana, deixando de ter
uma das refeições do dia, e devotando aquele tempo para ler a
respeito do sofrimento de Jesus. Lembre-se que Jesus jejuou por 40
dias preparando-se para a Estrada que o levaria ao Calvário.

6) Planeje visitar pessoas que estejam em necessidade neste


período. Nesta visita, leia a Bíblia à elas, falando sobre a morte e
ressurreição de Jesus, e diga que você deseja que ela coloque sua
fé e esperança em Jesus.

7)Leia um bom livro neste período, para inspiração e alimento da


alma. Leia para o enriquecimento da sua vida!

DEVOCIONAL DIÁRIA
Dia 1
Seis hábitos para uma vida cristão saudável - HÁBITO 1Introdução:
Análise da Geração X: nascidos após a segunda grande guerra,
principalmente na década de 60 e início da década de 70. Cresceu
assimilando a frustração dos pais, com um enorme senso de
frustração em si mesma. A geração aterior era agnóstica (não
conhecia a Deus), ignóstica (ignorava a Deus). Agora, essa geração
fala sobre espiritualidade, como se fosse um artigo que você compra
no supermercado. É uma geração cínica, que aprendeu o cinismo
esquecendo-se de Deus.

Quem e o Deus desta geracao?


O Deus dessa geração se chama EU. O eu está no centro das
atenções. Essa espiritualidade da Nova Era, busca no egoísmo, no
narcisismo, na satisfação pessoal um deus não verdadeiro. O
objetivo do seu louvor são eles mesmos. Louvam a Deus por causa
deles mesmos.

Por causa do EU, as prioridades são sempre do ser humano e não


de Deus. O que vale é a auto-atualização, a auto-satisfação, e a
realização pessoal, ao invés da verdade e da glória de Deus. O
egoísmo é sempre destrutivo, pois impede de servir o outro e de ver
a necessidade do outro.

Um outro ponto, é que essa espiritualidade egoísta, quanto


disfarçada de cristianismo, promete coisas que nem mesmo Deus
promete ao ser humano, proporcinando no homem a sensação de
que comprou algo que não funciona. Isso está dando à luz um novo
tipo de gente: Os ex-crentes. A ex-Igreja, hoje, é maior que a Igreja.
Nos países de primeiro mundo a decepção é tão grande, que o
secularismo não tem tido grandes barreiras para destruir conceitos
cristãos formados por séculos na sociedades.

Como a Igreja pode ser relevante e ajudar estes a encontrar um


espiritualidade saudável e verdadeira...
Conhecer a Deus é a chave para a alegria e para a vida plena.
Salmo 16.11- Na tua presença há plenitude de alegria e delícias
perpetuamente.
A verdade é que Deus deve estar no centro da busca espiritual.

O modelo da espiritualidade de Calvino é um grande ensino para a


Igreja manter-se espiritual e santa. Para Calvino, espiritualidade
ocorre a partir do desenvolvimento de hábitos diários, ao invés de
algumas explosões de inspiração e entusiasmo. A santidade bíblica
vence o EU.

Calvino sugeriu seis hábitos, e perseverou neles durante toda a vida,


como um grande líder superando o sofrimento em santidade.

Quem foi Calvino...


Nasceu em 1509 em Noyon, França. Seu pai era funcionário do
Bispo local. Foi enviado para Paris, a fim de estudar para o
sacerdócio. Estudou direito, por conta de seu pai ter sido
excomungado da Igreja. Após a morte do pai pendeu para o estudo
da literatura pagã e cristã. Foi ganho pelo evangelho, como ele
mesmo disse, tardiamente, começando a evangelizar na faculdade
de Paris. Logo, o evangelismo lhe trouxe problemas, o que levou-o a
fugir para Basel na Suiça, onde viveu sob nomes falsos e
esconderijos, pelo tempo suficiente para escrever um pequeno livro
explicando a fé evangélia: As Institutas da Religião Cristã. A
publicação das Institutas lhe garantiu fama imediata.
Começou a pastorear auxiliando o Reformadro William Farel,
contudo foi demitido em dois anos pelo conselho da cidade,
desapontado com a reforma da Igreja em Genebra. Mudou-se para
Estrasburgo (Alemanha) e casou-se com uma jovem viuva, Idellette
de Bure.

Voltou para Genebra 3 anos depois. O conselho havia mudado de


idéia. Trabalho de 1541 até 1564, o ano de sua morte.

Calvino entendeu que a espiritulidade não é algo instável, que muda


ao sabor dos vendos. Contudo, é algo constante, que decorre do
acolhimento de hábitos do coração, disciplinas diárias que mudam a
vida e concedem uma espiritualidade verdadeira.

Onde e como precisamos desenvolver uma espiritualidade saudavel


e eficaz?

1. Espiritualidade decorre do carater – 1 Tm 3.2 – Seja o bispo


irrepreensivel.
2. Espiritualidade decorre do prestar contas – um dos grandes
segredos dos grandes homens de Deus e o quanto eles
prestam contas.
3. A verdadeira espiritualidade transcorre na vida familiar –
4. A verdadeira espiritualidade ocorre no lugar de trabalho
5. A verdadeira espiritualidade provem de uma vida quebrantada,
que encontrou a graca!

Romanos 6.1-14

1º. Hábito – DEPENDA DO ESPÍRITO SANTO

O maior segredo da santidade é a obra que o Espírito Santo faz em


nosso interior. A maior obra do Espírito Santo é nos colocar em
união com Cristo.

Trata-se de uma união como a do casamento. É relacional, e o


Espírito Santo é quem proporciona isto em nós.

O Espírito Santo nos revela a Cristo, não somente à nossa mente,


mas o sela em nosso coração. O conhecimento de Deus não se dá
apenas de fora para dentro, mas de dentro para fora, na mesma
proporção, pois é derivado da fé.

O Espírito de Deus efetua duas obras naqueles que creem em Jesus

a) Mortificação: A morte da velha vida


b) Vivificação: Criação de uma nova vida.

Todas as coisas se passaram, eis que tudo se fez novo. Esse


processo decorre do arrependimento, que é a verdadeira conversão
da nossa vida a Deus, que implica na mortificação do nosso velho
homem e no nascimento do novo homem em Cristo.

Ele levou sobre si as nossas dores, por suas pisaduras fomos


sarados. O Espirito de Deus faz com que nosso pecado, o mesmo
que Cristo fez com ele na cruz, remove a maldição de nossas vidas.
Cristo nos perdoa os pecados, mas o pecado continua a existir no
interior do ser humano, mesmo depois da fé. O trabalho do Espírito
Santo é mortificar essa natureza pecaminosa inerente, e destruí-la
para sempre.

Depender do Espírito Santo é arrepender-se dia a dia. Vivificar é


ressucitar, nascer de novo. O Espírito Santo traz ao cristão o mesmo
poder que Cristo experimento quando levantou-se dos mortos.
Somos unidos com Cristo no poder de sua ressurreição, para
podermos viver uma vida nova aqui na terra.

O resumo do primeiro hábito é a nossa união com Cristo pelo


Espírito Santo. Dessa raiz mais profunda brotam a fé, a santificação,
e todos os outros benefícios da salvação.

DIA 2
2º. Hábito: PRATIQUE A NEGAÇÃO DO EU

Então Jesus disse aos seus discípulos: "Se alguém quiser


acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-
me” (Mateus 16:24 NVI).

O que não é negar-se a si mesmo: a) flagelar o corpo; b) fazer


regime; c) deixar de fazer o que gosta.
A negação do eu vai muito mais além do que estes rudimentos
suferficiais. A verdadeira pergunta é essa: Quem realmente está no
controle da minha vida? Deus ou eu?
O que é negar-se a si mesmo? A Construção saudável da negação
do eu:
Portanto, irmãos, rogo-lhes pelas misericórdias de Deus que se
ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto
racional de vocês.
Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela
renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar
e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus (Romanos
12.1-2 NVI).

a) Pelas misericórdias de Deus, ter uma vida motivada pela


graça
b) O sacrifício de Jesus leva o filho de Deus à uma reação de
gratidão. O indivíduo por inteiro se entrega à Deus na vida.
c) Negar-se a si mesmo é não amoldar-se aos padrões
distantes da Palavra de Deus
d) Negar-se a si mesmo é ser transformado pela Palavra
e) Negar-se a si mesmo é viver a vontade de Deus, que é boa,
agradável e perfeita

Aplicações para o dia!


a) Quando negamos o eu, deixamos de nos preocupar com a
vontade própria, e passamos a nos preocupar com a vontade de
Deus.
b) Uma vida de negação do eu muda a forma de nos relacionarmos
com o outro. Gentileza, humildade e inferioridade são características
de uma caráter que nega-se a si mesmo a ama ao Senhor
c) Quando negamos a nós mesmos procuramos usar nossos
recursos para abençoar os outros e não apenas a nós mesmos.
d) Não é egoísta. Serve ao mais indesejável.
e) O eu se torna contente diante de Deus.

Dia 3
3º. Hábito: CARREGUE A CRUZ

O terceiro aspecto da espiritualidade é conhecer o poder do


sofrimento. Para Calvino, a mais complexa batalha espiritual não
ocorre contra os demônios, mas contra nós mesmos, em nosso
interior. Há uma luta no íntimo de cada filho de Deus. A força do
pecado contra a força da santidade.
Todo cristão está sempre em conflito com sua própria descrença.
Carregar a cruz, portanto, significa manter viva a fé contra os
ataques do inimigo.

Qual é a arma para vencermos essa batalha?


Por incrível que pareça, a arma é o sofrimento. Lembre-se da cruz e
do poder que emana da cruz.

Hebreus 12:2 “tendo os olhos fitos em Jesus, autor e consumador


da nossa fé. Ele, pela alegria que lhe fora proposta, suportou a cruz,
desprezando a vergonha, e assentou-se à direita do trono de Deus”
Hebreus 5:8:Embora sendo Filho, ele aprendeu a obedecer por
meio daquilo que sofreu;
O sofrimento tem o poder de nos fazer aprender. O sofrimento nos
ajuda a vencer por nos conformar com Cristo. Quanto mais parecido
com Jesus é o filho de Deus, mais vitoriosa será sua vida.

Qual é a aplicação do dia? O que podemos aprender com o


sofrimento?
O Sofrimento
* nos conforma com Cristo
* quebra o nosso orgulho
* nos ensina a transferir a confiança para Deus
* nos purifica do pecado
* amplia nossas recompensas espirituais.
Dia 4
4º. Hábito: OLHE PARA A ETERNIDADE

Este hábito é praticamente um mistério. Seguir a Cristo, colocando


nossos olhos nas realidades celestiais. Viver hoje a realidade que
nos espera na eternidade.

Casa na areia X casa na rocha

"Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as pratica é


como um homem prudente que construiu a sua casa sobre a
rocha.
Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e
deram contra aquela casa, e ela não caiu, porque tinha seus
alicerces na rocha.
Mas quem ouve estas minhas palavras e não as pratica é como
um insensato que construiu a sua casa sobre a areia.
Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e
deram contra aquela casa, e ela caiu. E foi grande a sua queda".
Quando Jesus acabou de dizer essas coisas, as multidões
estavam maravilhadas com o seu ensino,
Mateus 7:24-28

a) Construir a casa na areia é esperar tudo dessa vida. Os


acontecimentos dessa vida são imprevistos. Esperar neles é
sinônimo de ansiar o fracasso.
b) Precisamos escolher qual o mundo que vai tomar o primeiro lugar
em nossa vida. O que vai passar o que ainda esta por vir.c) A
esperança em Cristo é o alimento verdadeiro para a alma.

Dia 5
5º. Hábito: USE TUDO NESSA VIDA PARA A GLÓRIA DE DEUS.

Assim, quer vocês comam, bebam ou façam qualquer outra coisa,


façam tudo para a glória de Deus. (1 Coríntios 10:31)

Um contraste com o ponto interior: tudo o que temos nessa vida,


todas as oportunidades que o Senhor nos concede, quer boas ou
nem tanto, deve ser usado para a glória de Deus.

Como colocar isso em prática:


1) Desligamento – desenvolva uma atitude de tudo ou nada, pois as
coisas são passageiras.
2) Contentamento – com pouco nos capacita a ter uma alegria
constante em tempos de fartura em tempos de necessidade
3) Prestação de contas – perceber que Deus irá nos julgar pelo que
usamos os dons da criação e da cultura. Não é suficiente fazermos
as coisas quando o chefe está olhando, pois o Senhor nos olha a
todo tempo.
4) Diligência – Obediência é uma tarefa que decorre na vida de todo
cristão.

Dia 6
6º. Hábito – SEJA PERSISTENTE NA ORAÇÃO

Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra (Atos


6.4)
Os apóstolos, ao elegerem diáconos na Igreja, tomaram uma
importante decisão em seu ministério. Optaram por orar, e
aprofundar a vida na Palavra. Este é o modelo que deve conduzir a
vida dos crentes. A oração é o principal exercício da fé, pelo qual
recebemos diariamente os benefícios de Deus.

Infelizmente, por conta dos nossos dias, que empurram o ser


humano para uma mentalidade voltada à produtividade, ao
cumprimento de metas e tarefas, perdemos muitos aspectos
importantes da oração bíbica, da contemplação e do tempo de
meditação e reflexão. Por conta disto, precisamos, todos os dias
optar por orar e conhecer mais a Deus através da Palavra.

4 regras para a oração:

a) reverência a Deus
b) necessidade sincera – não faça orações repetitivas, mas ore suas
necessidades
c) espírito humilde e contrito
d) fé confiante – Devemos orar com esperança.

Alegrem-se na esperança, sejam pacientes na


tribulação, perseverem na oração (Romanos 12.12).

Dia 7
40 Dias de Renúncia
Dia 7 – Servir a Deus. Servir uns aos outros.

João 13:1-11: Um pouco antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus


que havia chegado o tempo em que deixaria este mundo e iria para
o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o
fim.
Estava sendo servido o jantar, e o diabo já havia induzido Judas
Iscariotes, filho de Simão, a trair Jesus.
Jesus sabia que o Pai havia colocado todas as coisas debaixo do
seu poder, e que viera de Deus e estava voltando para Deus; assim,
levantou-se da mesa, tirou sua capa e colocou uma toalha em volta
da cintura. Depois disso, derramou água numa bacia e começou a
lavar os pés dos seus discípulos, enxugando-os com a toalha que
estava em sua cintura. Chegou-se a Simão Pedro, que lhe disse:
"Senhor, vais lavar os meus pés? " Respondeu Jesus: "Você não
compreende agora o que estou lhe fazendo; mais tarde, porém,
entenderá". Disse Pedro: "Não; nunca lavarás os meus pés". Jesus
respondeu: "Se eu não os lavar, você não terá parte comigo".
Respondeu Simão Pedro: "Então, Senhor, não apenas os meus pés,
mas também as minhas mãos e a minha cabeça! " Respondeu
Jesus: "Quem já se banhou precisa apenas lavar os pés; todo o seu
corpo está limpo. Vocês estão limpos, mas nem todos". Pois ele
sabia quem iria traí-lo, e por isso disse que nem todos estavam
limpos.

Quais os aspectos que antecederam o lava pés?


a. Jesus sabia que sua hora era chegada
b. Jesus amou os discípulos até o fim
c. Judas já estava decidido a trair Jesus
d. Jesus sabia que viera de Deus e voltaria para Deus

O que aprendo?
Mesmo diante das grandes transições na vida, diante das traições ou
ataques do inimigo, devo manter sempre duas percepções em
mente: a) Amar as pessoas que Deus colocou ao meu lado; b) Saber
da minha identidade em Deus.
Os aspectos negativos, ligados ao sofrimento e a negação, não
conseguiram impedir Jesus de amar os discípulos. Estas mesmas
atitudes não conseguiram desfazer a visão que Cristo tinha de si
mesmo, sua identidade, e também seu destino em Deus.

Aprendo que, a exemplo de Jesus, devo sempre amar as pessoas,


ter segurança da minha identidade em Cristo, e crer na soberania de
Deus, no cumprimento do Seu eterno propósito na vida. Quem assim
conduz a vida, assim como Jesus, sempre tomará decisões
acertivas, sensatas e que glorificam a Deus.

Dia 8
40 Dias de Renúncia
Dia 8 – SERVIR UNS AOS OUTROS

João 13:1-11: Um pouco antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus


que havia chegado o tempo em que deixaria este mundo e iria para
o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o
fim.
Estava sendo servido o jantar, e o diabo já havia induzido Judas
Iscariotes, filho de Simão, a trair Jesus.
Jesus sabia que o Pai havia colocado todas as coisas debaixo do
seu poder, e que viera de Deus e estava voltando para Deus; assim,
levantou-se da mesa, tirou sua capa e colocou uma toalha em volta
da cintura. Depois disso, derramou água numa bacia e começou a
lavar os pés dos seus discípulos, enxugando-os com a toalha que
estava em sua cintura. Chegou-se a Simão Pedro, que lhe disse:
"Senhor, vais lavar os meus pés? " Respondeu Jesus: "Você não
compreende agora o que estou lhe fazendo; mais tarde, porém,
entenderá". Disse Pedro: "Não; nunca lavarás os meus pés". Jesus
respondeu: "Se eu não os lavar, você não terá parte comigo".
Respondeu Simão Pedro: "Então, Senhor, não apenas os meus pés,
mas também as minhas mãos e a minha cabeça! " Respondeu
Jesus: "Quem já se banhou precisa apenas lavar os pés; todo o seu
corpo está limpo. Vocês estão limpos, mas nem todos". Pois ele
sabia quem iria traí-lo, e por isso disse que nem todos estavam
limpos.

Jesus lavou os pés dos discípulos.


a. Levantou-se da mesa, tirou a capa e colocou uma toalha em
volta da cintura
b. Preparou a bacia com água
c. Começou a lavar os pés dos discípulos

O que aprendo?
A decisão de Jesus foi servir os discípulos, e mais que servi-los
apenas, propor um modelo para os discípulos tratarem uns aos
outros. Abriu mão da túnica, do local principal na mesa, de ser Ele o
Senhor, e foi em direção aos discípulos, lavando-lhes os pés.

O texto de Marcos 10.45 ensina: Pois nem mesmo o Filho do homem


veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate
por muitos . Assim, o modelo do serviço é o ponto principal no
relacionamento e na vida dos filhos de Deus. Devemos sempre
servir uns aos outros, porque desta forma, Deus é glorificado em
nós, o nome de Jesus é exaltado e testemunhamos do amor do
Senhor, que restaura o ser humano

Dia 9
40 Dias de Renúncia
Dia 9 – GRAÇA QUE RENOVA

João 13:1-11: Um pouco antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus


que havia chegado o tempo em que deixaria este mundo e iria para
o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o
fim.
Estava sendo servido o jantar, e o diabo já havia induzido Judas
Iscariotes, filho de Simão, a trair Jesus.
Jesus sabia que o Pai havia colocado todas as coisas debaixo do
seu poder, e que viera de Deus e estava voltando para Deus; assim,
levantou-se da mesa, tirou sua capa e colocou uma toalha em volta
da cintura. Depois disso, derramou água numa bacia e começou a
lavar os pés dos seus discípulos, enxugando-os com a toalha que
estava em sua cintura. Chegou-se a Simão Pedro, que lhe disse:
"Senhor, vais lavar os meus pés? " Respondeu Jesus: "Você
não compreende agora o que estou lhe fazendo; mais tarde,
porém, entenderá". Disse Pedro: "Não; nunca lavarás os meus
pés". Jesus respondeu: "Se eu não os lavar, você não terá parte
comigo". Respondeu Simão Pedro: "Então, Senhor, não apenas
os meus pés, mas também as minhas mãos e a minha cabeça! "
Respondeu Jesus: "Quem já se banhou precisa apenas lavar os
pés; todo o seu corpo está limpo. Vocês estão limpos, mas nem
todos". Pois ele sabia quem iria traí-lo, e por isso disse que nem
todos estavam limpos.

O diálogo entre Jesus e Pedro


a. O Senhor vai lavar os meus pés? Não, nunca lavarás os
meus pés.
b. Quem não permite o toque de Jesus, não tem parte com
Jesus.
c. Quando Pedro percebe esta relação, pede para não apenas
os pés, mas também as mãos e a cabeça sejam lavados.

O que aprendo?
Pedro, à princípio, recusou-se a deixar Jesus lavar os seus pés. Por
um lado, podemos entender esta atitude como humilade e uma
espécie de noção de autoridade expressa por Pedro. Contudo, o que
Pedro fez, na verdade, foi negar a vontade de Cristo em sua vida.
Não foi humildade o que ele demonstrou, mas sim infidelidade, por
expressar-se de forma negativa diante da oferta do evangelho em
sua vida.

Jesus responde à Pedro de forma definitiva, afirmando que sua


atitude refratária diante de oferta do Senhor, o excluiria da condição
de discípulo. A reação de Jesus demonstra que a desobediência e o
evangelho são dois elementos que jamais caminham juntos.
Somente aqueles que são lavados e redimidos no sangue do
Cordeiro, fazem parte da família de Deus.

A reação de Pedro à Palavra de Jesus, nos ensina como devemos


nos posicionar perante nossos erros. Quando percebe a
consequência de sua desobediência, os seus olhos se abrem. Ele
recebe a repreensão de Jesus, e abre o seu coração para a graça do
evangelho, expressa no ato de Cristo.

Aprendo três lições importantes neste texto: a) Diante das questões


da vida, existem sempre dois caminhos: o da obediência e o da
infidelidade. Preciso escolher sempre o caminho da obediência e da
abertura para tudo o que evangelho faz em minha vida; b) Jesus
sempre me conduzirá para o caminho da obediência e da
maturidade, revelando, através da Sua Palavra, qual o caminho a
seguir; c) Importante na vida cristã, mais que acertar sempre, é estar
aberto para reconhecer, expressar o perdão, e abrir o coração para o
novo de Deus na vida. O evangelho sempre demonstra a graça de
Deus, que restaura e redime o ser humano.

Dia 10
40 Dias de Renúncia

Dia 10 – Devocional Diário.

O EXEMPLO DE JESUS – Quem serve é feliz.

Quando terminou de lavar-lhes os pés, Jesus tornou a vestir sua


capa e voltou ao seu lugar. Então lhes perguntou: "Vocês entendem
o que lhes fiz? Vocês me chamam ‘Mestre’ e ‘Senhor’, e com razão,
pois eu o sou. Pois bem, se eu, sendo Senhor e Mestre de vocês,
lavei-lhes os pés, vocês também devem lavar os pés uns dos outros.
Eu lhes dei o exemplo, para que vocês façam como lhes fiz. Digo-
lhes verdadeiramente que nenhum escravo é maior do que o seu
senhor, como também nenhum mensageiro é maior do que aquele
que o enviou. Agora que vocês sabem estas coisas, felizes serão se
as praticarem". "Não estou me referindo a todos vocês; conheço os
que escolhi. Mas isto acontece para que se cumpra a Escritura:
‘Aquele que patilhava do meu pão voltou-se contra mim’. "Estou lhes
dizendo antes que aconteça, a fim de que, quando acontecer, vocês
creiam que Eu Sou (João 13:12-19).
Qual a atitude de Jesus após ter lavado os pés dos discípulos?
a. Voltou ao seu lugar e perguntou: Entenderam o que fiz?
b. Afirmou sua autoridade.
c. Mostrou um caminho, um modelo a ser seguido: o servir.
d. Apontou os resultados: quem serve é feliz.

O que aprendo?
Após ter servido os discípulos, Jesus retornou ao seu lugar à mesa.
Da mesma forma, após a cruz e a ressurreição, Jesus foi exaltado
pelo Pai, tendo sido colocado acima de todas as coisas nos céus e
na terra, estando assentado à direita do Pai, de onde virá para
buscar os seus e julgar a terra (Fil. 2.9-11). Jesus é o Senhor de
todas as coisas, aquele que venceu a morte para nos dar vida, e por
suas pisaduras, por seu sacrifício e vitória, nós somos salvos de uma
vez por todas e para sempre.

Contudo, mesmo sendo o Senhor, Cristo demonstrou aos discípulos


o verdadeiro caminho para a felicidade na vida cristã: o servir. Quem
serve, afirma o Senhor, é feliz. Assim, a existência encontra mais
sentido quando se abandona o conforto, as falsas seguranças
proporcionadas pelo dinheiro, ou por algum tipo de estabilidade ou
poder na vida, e se caminha em direção ao outro, no objetivo de
servir, ser bênção, aliviar o fardo e dividir a carga. Quem serve, vê a
vida crescer no amor e na comunhão.

Aquele que não serve não alcança a felicidade. Será sempre


ameaçado pelas sombras da vida, pelo desespero que provém das
incertezas, das noites escuras da alma e momentos que se
apresentam cheios de improbabilidades. No entanto, aquele que, a
exemplo de Cristo, levanta-se da mesa e dispõe-se à lavar os pés
daqueles que estão a sua volta, sempre será um exemplo para os
demais, e sua vida será feliz.

Aplicação para a vida!


Comece hoje mesmo a pensar maneiras práticas de como servir as
pessoas que estão ao seu redor. Em casa, no relacionamento com o
cônjuge, no convívio com os filhos, ou no trabalho, com pessoas que
você passa a maior parte do seu dia, na Igreja, com os irmãos em
necessidade, ou até mesmo nas situações mais comuns e
corriqueiras, como no trânsito, na fila do banco, no estacionamento
ou nas compras de mercado. Encontre maneiras de servir, ser gentil
e aliviar a carga do outro, pois quem serve é feliz!
Dia 11
40 Dias de Renúncia
Dia 11 – Amar uns aos outros

Depois que Judas saiu, Jesus disse: "Agora o Filho do homem é


glorificado, e Deus é glorificado nele.
Se Deus é glorificado nele, Deus também glorificará o Filho nele
mesmo, e o glorificará em breve.
"Meus filhinhos, vou estar com vocês apenas mais um pouco. Vocês
procurarão por mim e, como eu disse aos judeus, agora lhes digo:
Para onde eu vou, vocês não podem ir. "Um novo mandamento lhes
dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem
amar-se uns aos outros. Com isso todos saberão que vocês são
meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros" (João 13:31-
35).

a. Cristo é glorificado, e Deus é glorificado em Cristo


b. Cristo foi preparar o lugar
c. O Novo Mandamento e suas consequências na vida.

O que aprendo?
O momento tenso que faz parte desta narrativa nos ensina bastante.
Judas havia acabado de sair do convívio de Jesus e os discípulos,
disposto a trair o Mestre. Com o coração cheio de ódio e ganância,
distanciou-se de Cristo na intenção de trair aquele que o havia
mostrado o caminho para Deus.

Quando pensamos neste ato de forma isolada, a tendência é


imaginar um ambiente de humilhação e tristeza. Contudo, o dito de
Jesus foi totalmente em direção oposta: “O Filho do Homem foi
glorificado”. Ao invés da humilhação, a glória, pois através da morte
de Jesus, Deus estava reconciliando consigo mesmo todo o que
estava perdido e desgarrado.

Neste sentido, diante da glória de Deus sendo cumprida através da


obediência de Cristo, os discípulos são ensinados a respeito do
Novo Mandamento, que deveria balizar a vida e os relacionamentos
dos irmãos. Amem uns aos outros, ensina o Senhor. Amem como eu
amei vocês. Amem, pois através do amor que vocês demonstram
pelos irmãos, o mundo saberá que vocês são meus discípulos.

Aplicação para a vida!


Diante das traições, dos golpes que se leva na vida, dos momentos
de solidão e questionamentos, perceba a vida não pelo prisma da
humilhação, mas através da glória de Deus. Em tudo, seja nas
situações de conforto ou desconforto, na alegria ou na tristeza,
fartura ou escassez, nas horas de festa ou de pranto, em
exatamente todas as coisas, Deus é glorificado em nossas vidas.
Tudo coopera para o bem daqueles que amam a Deus (Rm 8.28).

Em todo tempo na vida, devo amar as pessoas que Deus coloca ao


meu lado, pois através do amor cristão, Deus é glorificado, e o
mundo percebe que há um Deus de amor, capaz de transformas as
vidas, mudar os ambientes, renovar os corações, sarar as feridas e
fazer todas as coisas novas, para a Glória do Senhor. Como amar?
Pense no amor de Jesus! Este é o modelo para todos os
relacionamentos na vida!

Dia 12
40 Dias de Renúncia
Dia 12 – Cristo é a verdadeira PAZ.

"Não se perturbe o coração de vocês. Creiam em Deus; creiam


também em mim”. (João 14:1).

O que aprendo?
O capítulo anterior do evangelho de João contém elementos que
deixariam qualquer um tenso e preocupado. O traidor é indicado, e
deixa o grupo dos discípulos, disposto a executar sua tarefa. Em
outro momento, Jesus revela a Pedro que este o negaria três vezes
antes que o galo cantasse. Momentos de traição, dúvidas, lutas
interiores, questionamentos e expectativas diversas, diante de tudo o
que Jesus havia dito aos discípulos.

Jesus, então, encerra aquele momento e inicia um novo, dizendo


aos discípulos: Não fiquem perturbados. Creiam em Deus; creiam
também em mim. A pegunta é: Como não ficar perturbado? A
resposta que Cristo dá é esta: Através da fé! A fé é o elemento que
lança para longe toda a preocupação. Através da fé, os discípulos
poderiam descansar, mesmo diante dos acontecimentos aparentes.
Pela fé, poderiam crer no mesmo Jesus, que jamais os abandonou,
e que os amou com eterno amor, e que prometeu estar com os seus
todos os dias até a consumação dos séculos, eternamente juntos.
Aplicação para a vida!
Na vida, o ser humano enfrenta, certamente, momentos de
preocupação. Ansiedades que se apresentam em diversos níveis e
oportunidades diferentes. Questões, problemas, limites,
relacionamentos quebrados, sofrimentos, entre outras, são situações
que naturalmente trazem preocupação ao coração. Diante destas ou
outras situações, o filho de Deus deve colocar o seu coração em
Cristo e crer. Crer na Palavra de Deus, crer nas promessas de Deus,
crer no amor de Jesus que não abandona, crer na morte e na
ressurreição de Cristo. Crer que o Espírito Santo habita o coração
dos filhos de Deus, e que intercede pelos filhos diante do Pai. Crer
que o consolo, a paz, o amor e toda a graça de Deus, repousam
sobre a vida dos seus filhos, para os aliviar o fardo na caminhada, e
os fazer perceber que não estão sozinhos e desamparados, por isso
podem descansar e confiar.

Não se preocupe! Creia em Cristo. Ele está com você.

Dia 13
40 Dias de Renúncia
Dia 13 – O caminho, a verdade e a vida.

Disse-lhe Tomé: "Senhor, não sabemos para onde vais; como então
podemos saber o caminho? "
Respondeu Jesus: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém
vem ao Pai, a não ser por mim.
Se vocês realmente me conhecessem, conheceriam também o meu
Pai. Já agora vocês o conhecem e o têm visto". João 14:5-7

O que aprendo?
Tomé tem dúvidas em seu coração. Não sabe o caminho que deve
trilhar ao seguir Jesus. Andou com Jesus cerca de três anos,
intensamente, todos os dias, tão perto, mas ao mesmo tempo tão
longe.

Jesus responde a Tomé, assim como responde à todo ser humano,


mostrando o verdadeiro caminho. O caminho não é um local, um
ponto geográfico. Não é um sistema de regras ou doutrinas, nem
tampouco uma religião. O caminho é uma pessoa. O caminho e
descobre no relacionamento com Jesus. O caminho é Cristo.

Além de ser o caminho, Cristo também é a verdade. Cristo é a


realidade, a combinação perfeita entre a promessa de Deus, com a
realização real da salvação. Portanto, em Cristo, a realidade da vida
é vista em sua plenitude. Cristo é, real e sinceramente, a verdadeira
vida. Não apenas um fato histórico e isolado. Mas de fato, a
verdadeira vida, que se expressa em um Deus de amor, que se
doou verdadeiramente na cruz, para que todo aquele que nele crê
fosse verdadeiramente reconciliado com Deus.

Cristo é a vida. Ele é o pão da vida. Todo o que crê não perece, mas
tem a vida eterna. Nele está a vida, e Ele é a luz dos homens. Quem
tem o Filho tem a vida, mas quem não tem o Filho de Deus não tem
a vida. A vida dos que crêem está escondida em Cristo, pois o pão
que desceu dos céus dá vida aos homens. Assim, a verdadeira vida
está em Cristo, o Senhor da vida!

Para todos os que como Tomé, estão à procura do caminho, parem


de olhar para os lugares, e comecem a olhar firmemente para a
pessoa de Cristo. Ele é o CAMINHO, A VERDADE E A VIDA!

Dia 14
40 Dias de Renúncia
Dia 14 – Amar a Cristo é tudo.

"Se vocês me amam, obedecerão aos meus mandamentos [João


14.15]”.

O que aprendo?
Na vida dos filhos de Deus, o amor de Jesus é evidenciado à
medida que cumprem os mandamentos do Senhor. O Antigo
Testamento é repleto de centenas de leis que deveriam ser mantidas
pelo povo, e através do cumprimento das mesmas, Deus seria
adorado e glorificado. Jesus não revogou a Lei, contudo a cumpriu
plena e suficientemente. Resumiu toda a Lei em dois mandamentos:
Amar a Deus,e amar o próximo como a si mesmo. Logo, concluímos
que guardar os mandamentos do Senhor, mais que acumular um
conhecimento extenso da doutrina, significa amar plenamente o
Senhor, e as pessoas que o Senhor nos proporciona conviver.

Amar a Jesus é mais que um sentimento. Amar a Cristo é um ato de


fé, do coração que reage corretamente à revelação da graça de
Deus, e que demonstra este fato através da obediência plena à
Palavra de Deus. Quanto maior o amor, maior é o desejo de cumprir
a Palavra na vida. Quanto maior é o relacionamento com este
princípio, mais visíveis se tornam os resultados na vida. Quem planta
amor, acaba, de uma forma ou de outra, colhendo amor.

Aquele que ama a Jesus vive de forma coerente. A existência vai se


tornando congruente ao princípio da Palavra de Deus, e logo este
ato vai frutificando beleza, segurança na fé, relacionamentos
curados e restaurados, e uma vida de testemunho diante do Senhor.

Aquele que ama a Jesus, ecolhe não uma vida de conforto, mas sim
de obediência à Palavra. Quanto mais difícil é a existência, quanto
mais os desafios se apresentam, quanto maiores são as dores e os
sofrimentos, mais somos convidados a obedecer firmemente à
Palavra, pois assim, Cristo é glorificado, e o nós crescemos na fé e
no amor ao Senhor.

Ame a Jesus com todo o seu coração. Ame as pessoas próximas a


você. Assim, Cristo é glorificado!

Dia 15
40 Dias de Renúncia
Dia 15 – O Espírito Santo, Consolador.

E eu pedirei ao Pai, e ele lhes dará outro Consolador para estar com
vocês para sempre,
o Espírito da verdade. O mundo não pode recebê-lo, porque não o
vê nem o conhece. Mas vocês o conhecem, pois ele vive com vocês
e estará em vocês (João 14:16-17).

O que aprendo?
A oração de Jesus é a maior promessa do Novo Testamento. Uma
promessa capaz de trazer esperança ao coração angustiado dos
discípulos naquele momento de extrema dor, por conta da iminente
paixão de Cristo. Desta forma, ao prometer o Espírito Santo, Jesus
evidencia tanto o seu amor e cuidado para com o ser humano,
quanto o próprio ofício do Consolador: Estar presente nos corações
dos filhos de Deus para sempre.

O Espírito Santo não está apenas aleatóriamente presente na vida


dos filhos de Deus, como um ilustre espectador da existência
humana. Seu papel, de fato, é conduzir a vida à verdade. Não à
uma verdade factual apenas, aquela ligada aos rigores históricos,
mas à uma verdade existencial, plena, profunda e renovadora.
Sendo assim, aquele que é cheio do Espírito Santo encontra a vida
plena em Cristo. De fato, são habitados pelo Espírito Santo aqueles
que crêem em Jesus Cristo como Senhor e salvador da vida. Quem
ama a Jesus é cheio do Espírito Santo, que revela o Pai através da
Palavra de Deus.

Aplicação para a vida.

Diante dos momentos de dor, transições e problemas na vida, é


preciso crer que o Consolador está comigo. Não apenas presente
em alguns momentos, mas habitando o meu coração, para sempre.
O Espírito Santo jamais abandona o coração dos que crêem. Ele é
Deus presente, que consola o coração e ensina a perceber a graça
de Deus nos detalhes da existência.

O Espírito Santo é cheio de verdade, assim como Cristo é a verdade.


Logo, ao ser habitado por Ele, meu coração passa a ser trabalhado
pela verdade de Deus. A perfeição e santidade do Senhor,
encontrando-se com a imperfeição e finitude humanas. Ele conduz a
vida para a verdade. Conduz o ser humano para a realidade,
eliminando da vida toda a ilusão, toda visão incorreta, toda
percepção distante da Palavra. A verdade de Deus cura a alma, cura
os relacionamentos, e aprofunda a caminhada.

Que o coração de cada filho de Deus seja uma habitação para o


Espírito Santo, e que cada vida seja cheia de verdade, significado,
profundidade e alegria, para a glória de Deus.

Dia 16
40 Dias de Renúncia
Dia 16 – A verdadeira videira

"Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor” (João 15.1)

O que aprendo?
A videira é um símbolo importante na Escritura. O povo de Deus,
que foi tirado do Egito e trazido pelo Senhor à terra prometida é
comparado à videira que plantada com raízes profundas, e encheu
toda a terra (Salmos 80.8-9). Em um outro momento, Jesus compara
a Igreja à uma videira, plantada, cercada e cuidada pelo próprio Pai
(Mateus 21.33). Aqui, no texto que lemos acima, Jesus afirma ser
Ele mesmo a verdadeira videira, cultivada pelo Pai.

Jesus é a verdadeira vinha, plantada pelo próprio Senhor. Não


deixada ali por acaso, mas predispostamente cultivada pelas mãos
do próprio Deus. Jesus foi plantado na terra para cumprir a vontade
Deus, de reconciliar consigo o ser humano caído. O verbo se fez
carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos sua
glória, glória como do unigênito do Pai (João 1.14). Jesus fala de si
mesmo como aquele, que plantado pelo Pai, frutificou para a glória
de Deus e para a alegria dos homens.

Os filhos de Deus são os ramos desta videira, que devem


certamente estar conectados, ligados à raiz, para que assim sejam
saudáveis e frutíferos. Uma outra característica desta ligação é a
promoção da unidade entre os ramos. Os ramos podem não estar
conectados um ao outro, podem estar até distantes entre si, mas se
estão ligados à raíz, de fato fazem parte da mesma videira.
Assim, em Cristo, está todo o alimento necessário para que a vida
seja feliz e próspera, no sentido bíblico da expressão. Em Cristo
também está o centro e a razão para a unidade entre os irmãos.

Aplicação para a vida.


A vinha é uma planta que se espalha, enquanto econtra espaço para
crescer. Assim, a medida que cremos, o Reino de Deus é expandido
por toda a terra. A medida que estamos em Cristo e vivemos em
unidade com Ele, nossa esperança é centrada Nele, em sua
abundate graça que jamais abandona o que crê. Quanto mais isto se
torna claro, melhores são os relacionamentos. Portanto, o ponto que
une as pessoas não é o esforço de estarem juntas apenas, ou as
promoções para que isto ocorra. Unidade verdadeira nasce em
Cristo, que a todos perdoou, e amou até o fim.

Que Cristo seja o centro, a vida, o alimento, o sentido de unidade e


a esperança de todo o que crê!

Dia 17
40 Dias de Renúncia
Dia 17 – Os frutos, a Palavra e a obediência.

"Eu sou a videira; vocês são os ramos. Se alguém permanecer em


mim e eu nele, esse dá muito fruto; pois sem mim vocês não podem
fazer coisa alguma. Se alguém não permanecer em mim, será
como o ramo que é jogado fora e seca. Tais ramos são apanhados,
lançados ao fogo e queimados.
Se vocês permanecerem em mim, e as minhas palavras
permanecerem em vocês, pedirão o que quiserem, e lhes será
concedido. Meu Pai é glorificado pelo fato de vocês darem muito
fruto; e assim serão meus discípulos. "Como o Pai me amou, assim
eu os amei; permaneçam no meu amor.
Se vocês obedecerem aos meus mandamentos, permanecerão
no meu amor, assim como tenho obedecido aos mandamentos de
meu Pai e em seu amor permaneço (João 15:5-10).

O que aprendo?
Jesus define a si mesmo como a verdadeira videira. A fonte de toda
a vida e de reconciliação com Deus. Define também os filhos de
Deus, a Igreja, como ramos ligados à videira, que recebem da raíz o
alimento necessário para que vivam e frutifiquem de maneira
saudável e natural. Para tanto, é preciso que o ramo permaneça na
videira. Aquele que permanece, dá frutos na vida, tem as orações
respondidas e obedecem os mandamentos do Senhor, de amar a
Deus e amar o próximo.

Há três pontos importantes neste texto: a) Os frutos; b) A Palavra; c)


A obediência. Veja:

Em primeiro lugar, Jesus fala da importância dos frutos na vida


cristã. É necessário que o crente esteja conectado a Cristo para que
frutifique. A verdadeira felicidade na vida decorre da constatação dos
frutos na existência. Quantas pessoas amargam a vida, lidando com
consequências de escolhas pecaminosas e distantes de Deus. Estes
são os ramos que não permanecem em Cristo. São os que, ao
invés de confiarem na videira como fonte de provisão para a vida,
confiam em si mesmos, confiam no dinheiro, no poder, nos sistemas,
e assim, tornam-se entristecidos em função de distância de Deus.
Contudo, Aquele que permanece em Cristo, é alimentado pelo amor
de Deus, logo também ama as pessoas ao redor, e assim, colhe
amor na vida. Quem permanece em Cristo frutifica para a glória de
Deus e para a alegria na existência e nos relacionamentos.

Em segundo lugar, um outro fator importante, é que o filho de Deus


permaneça ligado à Palavra. O conhecimento de Deus não se dá
através das experiências, mas sim através das Escrituras. A união
com Cristo é aprofundada pela Palavra de Deus, que revela o
Senhor, e transforma o coração do ser humano. Cristo habita onde
está a Palavra de Deus. Cristo fala, onde se pode escutar a Palavra.
Cristo ensina, quando a Palavra é lida, orada, crida e proclamada. O
prazer da vida do filho de Deus é cumprir a vontade do Pai, de
glorificar a Deus com todo o coração. Quando se permanece na
Palavra, as promessas de Deus, expressas na Escritura, se tornam
orações nos corações daqueles que amam a Deus, e amam a
Palavra do Senhor.

Em terceiro, quem permanece, compreende a profundidade da


obediência cristã. O que promove a obediência não é a força, ou a
voz firme de comando, ou até mesmo o medo. Em Cristo, o que
conduz o filho a obedecer é o amor. Deus é amor, e se relaciona
com os seus através do amor. Por amor, Cristo foi para a Cruz. Por
amor o Pai o ressuscitou. Por amor, o Senhor enviou o seu Filho
Amado, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a
vida eterna.

Dia 18
40 Dias de Renúncia

Dia 18 – Amar uns aos outros

O meu mandamento é este: amem-se uns aos outros como eu os


amei. Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida
pelos seus amigos (João 15:12-13)

O que aprendo?

Vivemos em um mundo cercado pelo individualismo, pelo egoísmo e


também pela competitividade.
a) Individualismo: As pessoas tem se tornado cada vez mais
privativas quanto à sua vida. Não gostam de ver os seus pecados
serem observados, ou até mesmo corrigidos. O individualismo é a
mentalidade que diz: “Cada um na sua, e ninguém tem nada a ver
com o que eu faço”. O individualismo se dá quanto a coletividade é
derrotada, e a unidade colacada em segundo plano.
b) Egoísmo: Este se dá quando as pessoas pensam apenas em
si mesmas. Pensam no lucro, em levar vantagem a qualquer custo.
Pensam apenas no resultado e não nos relacionamentos.
c) Competitividade: A competição é a locomotiva que
impulsiona os vagões do individualismo e do egoísmo. No mundo de
hoje, não basta ser bom. É preciso ser rápido, ser melho que o outro.
Assim, uma ansiedade foi plantada no coração da humanidade,
dizendo que tudo está inadequado, e para colocar as coisas no lugar
é preciso competir.

O individualismo, o egoísmo e a competitividade cansam , e


impedem o ser humano de observar as grandes e pequenas belezas
que Deus, graciosamente, proporciona no caminho da vida. Em
Cristo, por causa da graça de Deus, a MUTUALIDADE nasce no
coração do ser humano.

Jesus ensina os discípulos o valor do amor nos relacionamentos


verdadeiros. O amor deve dirigir, aprofundar, curar e extender os
relacionamentos entre aqueles que amam a Deus. Mas como lidar
com as barreiras impostas pelo individualismo, egoísmo e
competição? Como amar em um mundo complexo, acelarado e
ansioso?

A atitude de Jesus demonstra que devemos amar ao próximo como


Ele nos amou. Não existe amor mais profundo que este, que dá a
vida pelo próximo. Ele abriu mão da sua glória, habitou entre nós,
totalmente homem e totalmente Deus, em tudo foi tentado, mas não
pecou. Por sua graça, entregou-se na cruz para que fôssemos
salvos dos nossos pecados, e a distância que havia entre o ser
humano e Deus, foi desfeita, pelo ato de amor de Jesus. Assim,
devo amar o meu próximo com o mesmo sentimento. Amar é
entregar-se, servir, fazer a vontade de Deus, desejar o melhor para o
outro.

O amor é divino, pois tem a capacidade de gerar vida, e também


proporcionar o nascimento de relacionamentos verdadeiros e
profundos. Quando o amor está em primeiro plano, os pecados são
perdoados (1 Pedro 4.8). O amor é capaz de frutificar amizades
sinceras, profundas e verdadeiras, que trazem alívio para a alma, e
alimentam a vida de esperança e paz (1 Pedro 1.22).

Ame a Deus, e ame as pessoas. Os frutos serão alegria, paz,


amizades sinceras e profundas e mais amor ainda! No amor, Deus é
glorificado, e sua graça conhecida entre os corações. No amor, todo
o medo é lançado fora, e a verdadeira felicidade alcança o ser
humano. No amor, Cristo é exaltado, e a vida floresce com beleza e
intensidade. Que o amor de Jesus seja o centro da vida de todo o
que crê.
Dia 19
40 Dias de Renúncia
Deus conosco.

Mas eu lhes afirmo que é para o bem de vocês que eu vou. Se eu


não for, o Conselheiro não virá para vocês; mas se eu for, eu o
enviarei. Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça
e do juízo. Do pecado, porque os homens não crêem em mim; da
justiça, porque vou para o Pai, e vocês não me verão mais;e do
juízo, porque o príncipe deste mundo já está condenado."Tenho
ainda muito que lhes dizer, mas vocês não o podem suportar
agora.Mas quando o Espírito da verdade vier, ele os guiará a toda a
verdade. Não falará de si mesmo; falará apenas o que ouvir, e lhes
anunciará o que está por vir.
Ele me glorificará, porque receberá do que é meu e o tornará
conhecido a vocês.Tudo o que pertence ao Pai é meu. Por isso eu
disse que o Espírito receberá do que é meu e o tornará conhecido a
vocês. (João 16:7-15).

O que aprendo?
O momento que separou a partida de Jesus, e a vinda do Espírito
Santo foi a maior prova de fé na vida dos discípulos. Naquele
instante tudo o que lhes restou foi crer na Palavra de Jesus, de que
a separação, na verdade, era a expansão da obra do Senhor, em
reconciliar consigo o ser humano caído. Um passo rumo à
maturidade, ao crescimento e à compreensão do plano e da vontade
soberana de Deus sobre a terra. No coração dos discípulos, um
misto de preocupação e expectativa da promessa, daquele que seria
o Consolador, que estaria não somente com eles, mas com todos o
que cressem, para todo o sempre.

Três coisas com relação à vinda do Espírito Santo contidas neste


texto: a) Era necessário que Cristo partisse para o Pai, para que o
Espírito Santo pudesse vir habitar os corações; b) O Espírito Santo
tem o papel de continuar a obra de Cristo na terra, convencendo o
ser humano do pecado, da justiça e do juízo; c) O Espírito Santo é
direção para a vida, que revela a verdade sempre, e conduz os
passos à vontade de Deus.

Sendo assim, o Espírito Santo habita o coração dos filhos de Deus, e


a medida que estes reunem-se, sejam dois ou três, ou uma multidão,
Ele revela a presença santa de Jesus, que transforma as vidas, e
muda os corações. Desta maneira, é através do poder do Espírito
Santo, que a Igreja continua, avança e proclama o evangelho sobre
a face da terra, tocando as vidas com o amor e graça de Deus.

Aplicação para a vida.

É preciso que todo o filho de Deus creia no fato de que ele não está
sozinho e abandonado na vida. Na verdade, a presença de Deus é
algo que jamais abandona o ser humano. O Senhor dos senhores,
Deus de todo o universo, por sua graça e favor, sem que este
merecesse de forma alguma, resolveu por sua livre e soberana
vontade, habitar o coração do ser humano, um simples pecador,
resgatado pela graça.

A solidão foi vencida pela presença santa de Deus, a tristeza


transformada em alegria, e os prantos se tornaram dança. Tudo
muda na vida, quando se percebe a presença real do Senhor, qua
ama sem limites, renova a vida, e levanta os olhos dos seus filhos,
para que vejam a existência pelo prisma da graça.

Celebre a vida, pois Deus está em você, para sempre!

Dia 20
40 Dias de Renúncia
Dia 20 – Ele venceu o mundo!

"Eu lhes disse essas coisas para que em mim vocês tenham paz.
Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci
o mundo". (João 16:33)

O que aprendo?
A conclusão da revelação do ministério de Jesus aos discípulos se
encontra logo antes do texto que lemos acima. Jesus diz aos
discípulos que veio do Pai, e que voltaria para o Pai. Este fator gerou
segurança no coração dos discípulos, que passaram a compreender
a missão de Jesus não apenas pelos atos do Senhor, mas também
por sua identidade, sua natureza totalmente humana e totalmente
divina, que mostrou o caminho para o Pai.

A obra de Jesus, trouxe aos discípulos um novo elemento na vida: a


paz. Tudo o que Jesus falou, ensinou e revelou aos seus, foi para
que os mesmos encontrassem a paz. Não apenas alegria, ou
satisfação em algo, mas a paz verdadeira, encontrada apenas em
Cristo. Em resumo, Jesus é a própria paz. Ele é aquele que pacifica
a vida, e transforma os corações.

Interessante pensar que, logo depois de motivar os discípulos a


encontrarem paz, o Senhor Jesus afirma aos mesmos que o mundo
é um lugar de aflições. Parece contraditório, mas não é. A paz não
extingue o sofrimento. No entanto, o sofrimento não é capaz de
roubar o bom ânimo.

Este é o encorajamento que vem de Cristo, o fato de Jesus ter


vencido o mundo. Tudo ficará bem, pois o mundo foi vencido pelo
poder do Senhor. Mesmo em meio as tribulações da vida, as
tempestades presentes no mundo, em meio aos sofrimentos e
angústia, os filhos de Deus são convidados a confiar plena e
exclusivamente na graça de Jesus, que concede bom ânimo,
encorajamento, alegria e paz no coração.

A vitória de Jesus é o triunfo da vida sobre a morte. A vitória da


esperança sobre o desespero, da alegria sobre a tristeza, do amor
sobre o ódio. É Cristo que venceu as trevas, e conduz a vida dos
seus filhos em vitória, para a glória de Deus. Na cruz de Cristo, o
mundo é crucificado para os cristãos, e todas as obras da carne são
expostas e vencidas pela poder o Senhor.

Tenha alegria na vida, pois Cristo venceu por você!

Dia 21
40 Dias de Renúncia
Dia 21 – Vida eterna!

Depois de dizer isso, Jesus olhou para o céu e orou: "Pai, chegou a
hora. Glorifica o teu Filho, para que o teu Filho te glorifique. Pois lhe
deste autoridade sobre toda a humanidade, para que conceda a vida
eterna a todos os que lhe deste. Esta é a vida eterna: que te
conheçam, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem
enviaste (João 17:1-3).

O que aprendo?
Jesus ora como homem , e também como verdadeiro Deus, o
Mediador da aliança do Senhor. Começa a oração chamando Deus
de Pai, mesmo sendo igual a Deus. Revela que a hora havia
chegado. O momento de cumprir o desígnio de Deus, de ser ele o
agente da transformação e da salvação do Senhor. O Pai foi
glorificado plenamente no Filho, e o Filho glorificado no Pai, da
mesma forma. A morte, ressurreição e entronizamento de Jesus, à
direita do Pai, são o caminho que demonstram que Cristo foi
exaltado pelo Pai acima de todas as coisas que existem.

Um outro aspecto da oração de Jesus, é a constatação de que toda


a autoridade sobre a terra foi conferida à Ele. Cristo é o Senhor da
humanidade, e confere vida eterna à todo o que crê. O encontro da
santidade, da beleza, da glória e majestade do Senhor, com a
pequenez, finitude e limites humanos. Em Cristo, o Deus eterno
tocou o temporal, e por causa da sua infinita graça e amor, todas as
coisas foram feitas novas, para sempre.

O relacionamento vivo e verdadeiro com Cristo renova a vida. Se


alguém está em Cristo, é nova criação! As coisas antigas já
passaram; eis que surgiram coisas novas (1 Cor.5.17). O que
importa, mais que qualquer outro aspecto na vida cristã, é o fato de
sermos novas criaturas, feitos para a glória de Deus. A bíblia ensina
que todo que crê é nova criação, realizada em Cristo para as boas
obras, as quais Deus preparou de antemão para que fossem
praticadas (Ef.2.10).

Em que consiste esta vida eterna? Esta vida, conferida ao ser


humano gratuitamente por Jesus, se resume no conhecimento de
Deus, e no conhecimento de Jesus, aquele enviado pelo Senhor. A
vida eterna é ter comunhão com o Senhor, através de Jesus, e do
Espírito Santo que habita os corações. Agostinho de Hipona ensina
que nossas almas não encontram descanso até que descansem
n’Ele. Assim, a vida eterna é a descoberta do alívio, da satisfação,
da completude, do descanso e paz em Deus.

Aplicação para a vida.

Deus é pai de todos os que creem em Jesus. A paternidade de


Deus precisa ser percebida e reconhecida por todo o filho de Deus.
O relacionamento com o Pai, através de Jesus, concede vida eterna.
Assim, começo a conhecer a Deus hoje, e vou conhecê-lo
eternamente, cada dia mais, por conta de sua graça infinita que, em
amor, revela o ser de Deus, para Sua glória eterna. Quanto mais
conheço de Deus, mais percebo minha vida completa e feliz. Mais os
relacionamentos são curados, mais satisfação, vitória e bênçãos na
existência. A vida eterna é conhecer a Deus!

Dia 22
40 Dias de Renúncia
Dia 22 – Cristo é glorificado

Eu te glorifiquei na terra, completando a obra que me deste para


fazer. E agora, Pai, glorifica-me junto a ti, com a glória que eu tinha
contigo antes que o mundo existisse (João 17:4-5).

O que aprendo?
A glória de Deus é o centro da doutrina cristã. Ao ler este texto, me
lembro da doxologia:

Glória seja ao Pai,


Ao Filho e ao Santo Espírito!
Como era no princípio
É hoje, e para sempre!
Sempre, sem fim,
Amém. Amém!

Existem dois momentos neste ponto da oração de Jesus. Em


primeiro, Cristo glorificou o Pai na terra. Em segundo, o Filho sendo
glorificado pelo Pai no céu. Cristo glorificou o Pai através de sua
obra na terra. Cumpriu plenamente a vontade do Senhor,
reconciliando para si o ser humano que estava distante e caído. O
querer de Deus cumprido plenamente em Jesus expressa a glória de
Deus, que deve ser adorado para sempre.

Cristo glorificou o Pai, a medida efetuou a vonta do Senhor. Em


Cristo, portanto, o ser humano é salvo do pecado e da morte. Em
Cristo, todo o que crê tem a vida eterna. Em Cristo, todo o
sofrimento, toda a angústia, todo o desesperdo, toda a dor, encontra
verdadeiro alívio e paz. A glória de Deus está em Cristo, o amor do
Senhor expresso na cruz e na ressurreição. Cristo, pela alegria que
lhe estava proposta, suportou a vergonha da cruz, e está assentado
à direita de Deus, de onde virá buscar os seus (Hebreus 12.2).O
amor que resgata e restaura a vida está em Cristo, que nos ama até
o fim.

O Senhor Jesus é Deus antes da fundação do mundo. Antes de


todas as coisas Ele é. Cristo é o verbo de Deus que se fez carne e
habitou entre nós. Ele é o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim. O Rei
dos reis e Senhor dos senhores. A estrela da manhã. Pão Vivo que
desceu do céu, e que sacia a fome de todo o que crê. Cristo é o
caminho a verdade e a vida, Ele é a ressurreição e a vida. Ele é o
Bom Pastor, que dá a vida pelas suas ovelhas. Ele é o caminho, a
porta para Deus. Ele é tudo em todos. Tudo é d’Ele, por Ele e para
Ele. Todas as coisas foram criadas por Ele e para Ele. Portanto, a
Ele, Cristo Jesus, seja toda a glória nos céus e na terra, não
somente hoje, mas para todo o sempre.

Aplicação para a vida!

Todo o filho de Deus deve compreender que a medida que ama a


Jesus com todo o coração, está também glorificando a Deus com a
vida. Todo aquele que honra a Cristo também é honrado pelo Pai.
Assim, glorificar a Deus está diretamente ligado ao fato de se
obedecer a vontade do Senhor, e de conhecer a Cristo como
salvador da existência. Quando o crente glorifica a Cristo, o
sofrimento encontra alívio. A tristeza dá lugar para a alegria, e a falta
de direção, ao discernimento.

Todo o que glorifica a Cristo na terra, irá também glorifica-lo no céu.


Desta forma, o que fazemos hoje, é a antecipação do que será feito
por toda a eternidade. Quando louvamos, adoramos e glorificamos a
Cristo, expressamos uma realidade eterna. A vida eterna é esta, que
conheçam a Jesus, o único e verdadeiro Deus (João 17.3). Assim,
glorificar a Jesus é um ato eterno, que todo o filho de Deus deve
praticar a partir de hoje na vida.

Que toda a glória seja a Cristo, para sempre.

Dia 23
40 Dias de Renúncia
Dia 23 – Tudo é de Deus!

"Eu revelei teu nome àqueles que do mundo me deste. Eles eram
teus; tu os deste a mim, e eles têm guardado a tua palavra. Agora
eles sabem que tudo o que me deste vem de ti. Pois eu lhes
transmiti as palavras que me deste, e eles as aceitaram. Eles
reconheceram de fato que vim de ti e creram que me enviaste ( João
17:6-8).
O que aprendo?
Jesus ora por aqueles que foram dados a Ele pelo Pai. Perceba que
neste momento, Jesus não ora por todo o mundo, contudo apenas
para os que foram dados a Ele por Deus. Num outro momento,
Jesus ora por todo o mundo, com a intenção de que todo o mundo
creia que Ele foi enviado por Deus (João 17:21). Jesus faz uma clara
distinção entre aqueles que são dele, e os que são do mundo.

Todos os quepertence a Cristo são guiados, transformados,


moldados e renovados pela mente de Cristo. No entanto, os que
pertencem ao mundo são conduzidos pela mentalidade do mundo,
distantes de Deus, ignorantes à Palavra de Deus, entregues à
maldade, ao engano e à própria sorte.

Aqueles que creem em Jesus, são feitos novas criaturas, nascidos


de novo para as boas obras que o Senhor de antemão preparou.
São dados a Cristo para serem discípulos do Senhor, para
aprenderem a doutrina, para testemunharem a obra e a vida de
Jesus. Os que são salvos formam a Igreja, e quando os que são do
mundo olham para a Igreja, veem o grande monumento da graça e
do favor de Deus. Para isto que os salvos estão no mundo, para
testemunharem da misericórdia, amor, graça e favor do Senhor. São
aqueles que continuam a proclamar o evangelho, expandir o Reino,
plantar novas Igrejas, para a glória do Senhor. Os que creem, pela
graça de Deus, se tornam a extensão do ministério e da vida de
Jesus sobre a terra que Deus ama.

Por que as pessoas precisam de Jesus? Pelo menos por três


motivos. Em primeiro porque são criaturas de Deus. Foram criadas
segunda a imagem e semelhança do Senhor, são vasos de honra,
vasos feitos pelas mãos do oleiro. Em segundo, são pecadores, e
precisam de Jesus. O pecado distancia Deus e o homem, e a única
maneira para que o mesmo seja redimido, é pela obra salvífica de
Jesus na cruz. Em terceiro, por serem escolhidos pelo Senhor. Sua
vida foi designada, desenhada, feita para pertencer a Deus.

Desta forma, há três realidades que demonstram o amor, o cuidado


e a misericórdia do Senhor Jesus para com os seus discípulos.

Em primeiro lugar, eles tem guardado a Palavra – todos os que


percentem a Cristo guardam a Palavra de Deus no coração.
Guardam a Palavra, escondendo a mesma no coração. Alimentando-
se da Palavra, e continuam a crescer na vida através do
conhecimento da Palavra. Guardam também a Palavra, sendo
guardiães do princípio da Palavra na vida. Respondem aos dramas e
conflitos da existência à partir do princípio da Palavra. Não são
conduzidos por opiniões, pelo medo, pela arrogância ou orgulho.
São, antes de mais nada, dirigidos pela eterna, inerrante, imutável e
viva Palavra de Deus.

Em segundo, sabem que tudo pertence ao Senhor. Os que guardam


a Palavra no coração, creem que Deus é absolutamente soberano
em todas as coisas. Ele é soberano na criação, soberano em sua
providência e soberano em sua salvação. Os filhos de Deus creem
que nada pode frustrar o propósito de Deus, pois o Ele efetua sua
vontade sobre a terra com amor, misericórdia e justiça.

Em terceiro lugar, creem que Jesus foi enviado por Deus, como a
Palavra de Deus encarnada, capaz de salvar o ser humano,
reconciliando-o com Deus, redimindo os seus pecados e glorificando
a Deus em tudo. Jesus veio de Deus. Foi enviado por Deus para
habitar entre nós (João 1.14). Vimos em Cristo a glória de Deus. O
amor de Deus que graciosamente salvou o ser humano caído,
conferindo-lhe nova vida para sempre.

Que a gaça de Deus possa, por sua graça e favor, trabalhar os


corações dos crentes, a crerem plenamente na Palavra de Deus,
confiarem que suas vidas descansam na soberania de Deus, e que
foram salvos pelo amor do Senhor, derramado em Cristo Jesus.

Dia 24
40 Dias de Renúncia
Dia 24 – Guardados em Cristo

E eu já não estou mais no mundo, mas eles estão no mundo, e eu


vou para ti. Pai santo, guarda em teu nome aqueles que me deste,
para que sejam um, assim como nós (João 17:11).

O que aprendo?
A prosperidade da alma é a melhor das prosperidades (Matthew
Henry). A intercessão de Jesus pela vida dos seus discípulos
sempre exerce um aspecto positivo na existência, levando-os
conhecer mais a Deus, sua Palavra, amor e misericórdia. A oração
de Jesus sempre alcança o coração, transforma a vida, e atinge os
pontos mais profundos da vida. Bençãos sem medida são os
aspectos que fluem dos lábios de Jesus, em favor dos seus.

Ao orar pelos discípulos, Jesus tem consciência de duas realidades:


a) Consciência de sua missão – Ele vai para o Pai, o Espírito Santo
virá e habitará os corações dos que creem; b) Os discípulos
continuarão no mundo.

O mundo é um lugar que a Palavra define em quatro asectos. Em


primeiro, o mundo físico, o cosmos, que é o mundo criado por Deus.
Em segundo lugar, a bíblia define o mundo como o objeto da graça
de Deus. Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu
Filho Unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas
tenha a vida eterna (João 3.16). Em terceiro lugar, o mundo como a
humanidade que habita a terra criada por Deus. Em quarto lugar, o
mundo como um sistema, uma mentalidade. A moralidade que rege
as relações interpessoais.

Ao orar pelos discípulos, Jesus tem consciência de que os filhos de


Deus não foram chamados para serem alienados do mundo.
Contudo, devem relacionar-se com o mundo, em todas os seus
aspectos, de maneira saudável, amorosa e transformadora. Os que
creem em Jesus, foram chamados para serem sal da terra e luz do
mundo. Os filhos de Deus, exclusivamente por Sua misericórdia e
graça, são aqueles que dão sabor ao mundo.

O pedido de Jesus é para que os discípulos sejam guardados no


Nome do Senhor. Neste momento, Jesus ensina qual deve ser o
lugar preferido de todos os crentes. Eles devem estar guardados,
escondidos, protegidos, cuidados e encontrados em Deus. Aquele
que habita no abrigo do Altíssimo e descansa à sombra do Todo-
poderoso (Salmos 91.1). Todo o que está em Deus, encontra
descanso e paz na vida. Assim, estar guardado em Cristo, é
sinônimo de segurança e significado. É graça que preenche o
coração, e paz que jamais abandona a alma. O Nome do próprio
Deus é aquele que guarda a vida contra as ciladas de Satanás.
Guarda a vida contra a destruição. Guarda contra o pecado, e contra
toda a maldade que está exposta no mundo caído e sem Deus.
Muitas vezes, o crente não é livre do sofrimento, mas sempre Deus
o guardará, mesmo no sofrimento e aflição, e sua vida encontrará,
em Cristo, alegria e descanso.

O aspecto que decorre do fato dos filhos serem guardados pelo


Senhor, é a unidade entre os irmãos. Guardados para que sejam
um em Cristo. A unidade é conferida na vida, não pelo esforço de se
estar junto, conviver, relacionar-se, mas pela fé em Cristo e em sua
obra. Portanto, o que une os crentes é a obra que Jesus efetuou na
cruz. Por causa do amor, do sacrifício, da graça e do perdão
expressos na cruz, os cristão devem, da mesma forma, uma vez que
foram alcançados pela obra de Jesus, perdoar, amar e relacionar-se
em unidade uns com os outros. Assim, a base para a unidade cristã
é o próprio Jesus. A pessoa de Jesus promove a unidade na
diversidade. O amor na cruz reconcilia o ser humano com Deus, e
também com o próximo, para sempre.

Aplicação para a vida.


Ao ler a oração de Jesus, neste momento, posso aprender que a
intercessão de Jesus promove bênçãos sem medida na vida.
Comprrendo que sou guardado em Cristo, e que este aspecto do
amor e da graça do Senhor, me torna um só, tanto com Deus,
quanto com os meus irmãos.

Lembre-se, somos guardados em Cristo, para a glória de Deus, e


alegria na vida!

Dia 25
40 Dias de Renúncia
Dia 25 – Santificados na verdade

Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade (João 17:17).

O que aprendo?
Jesus ora pelos discípulos, pendindo neste momento, que o Pai os
santificasse na verdade. Note que Jesus não pede bens materiais,
conforto, sucesso, ou aparentes sinais de vitória. Contudo, pede ao
Pai que aqueles que creem sejam santificados na verdade da
Palavra. Cristo deixa claro que o encontro com da verdade da
Palavra com o ser humano caído, transforma sua vida, santificando-
o em Deus. Por outro lado, o desencontro com a Palavra, ou a
afirmação da mentira na vida, corrompe o ser humano, e o afasta de
Deus.

A santificação é um processo pelo qual todos os que são


regenerados em Cristo, aqueles que possuem um novo coração e
um novo espírito, devem passar. O cristão é santificado à medida
que se aproxima de Cristo, sua Palavra, sua obra e amor na cruz.
Pelo poder de Cristo, o pecado que governava a velha natureza é
vencido, e suas vontades enfraquecidas. Pelo poder de Cristo, a
graça de Deus é fortalecida no coração daquele que crê,
fortalecendo a vida e promovendo a verdadeira santidade.

A santificação é uma verdadeira batalha, uma guerra entre o novo e


o velho homem. Essa luta se dá entre partes que são
irreconciliáveis, pois é impossível que o novo homem, feito em
Cristo, nascido pela graça e amor do Senhor, conviva com a prática
pecaminosa do velho homem, que antes era dirigido por sua vontade
corrompida pelo pecado. Cristo, pelo seu poder, vem ao socorro do
seu povo, e unicamente pela obra de Cristo, o homem é santificado,
renovado em seu interior, para a glória de Deus.

O meio pelo qual o filho de Deus é santificado, é a Palavra de Deus.


A divina revelação de Deus está em sua Palavra, que é imutável,
inerrante, pura, verdadeira, viva e transformadora. A Palavra é a
semente do novo nascimento, e o alimento para a nova vida
(Matthew Henry). A Palavra é a revelação de Deus, que promove o
conhecimento do Senhor, para a salvação do ser humano. A Palavra
expõe a vontade de Deus para o homem e para a Igreja. A Palavra é
o meio pelo qual a verdade de Deus, sua graça e amor, são
proclamados aos corações, promovendo vida e alegria eterna.

Neste sentido, quanto mais o homem se aprofunda no conhecimento


da Palavra, mais ele aprende de Deus. Os princípios contidos na
Palavra são verdade e graça, e desta forma, balizam a vida, colocam
limites, geram discernimento nas situações, conferem firmeza ao
testemunho, e clareza às atitudes. A Palavra de Deus, quando
guardada no coração, livra o ser humano do erro e do pecado, pois
este é santificado pela Palavra (1Tim. 4.5). A Palavra de Deus é um
escudo, uma forteza, segurança e pureza à vida de todo o que crê
(Prov. 30.5). A Palavra de Deus é eterna, como eterno é o nosso
Deus.

Aplicação para a vida.


É um verdadeiro alívio para o ser humano descobrir que a santidade
não é algo que ele conquiste sozinho, pelo seu próprio esforço e
mérito. A santificação é, na verdade, fruto da obra de Cristo na vida
dos filhos de Deus. Santidade é um processo que começa e termina
em Cristo, para a glória de Deus. O meio pelo qual o Senhor
santifica os seus filhos é a Palavra. Assim, para conhecer a vontade
e os princípios de Deus que dirigem a vida, é preciso submeter-se a
Palavra, que transforma a vida e alimenta o coração.

A melhor decisão na vida é conhecer a Deus. O meio pelo qual


conhemos a Deus é através de sua Palavra. Leia a Palavra com
amor, disciplina e consistência na vida. Certamente você conhecerá
mais de Deus!

Dia 26
40 Dias de Renúncia
Dia 26 – Unidade

Para que todos sejam um, Pai, como tu estás em mim e eu em ti.
Que eles também estejam em nós, para que o mundo creia que tu
me enviaste (João 17:21).

O que aprendo?
Unidade é um conceito muito importande no Reino de Deus. Jesus
ora por todos os que creem, e também os que virão a crer, para que
sejam um. O desejo de Jesus é para que o modelo de unidade
existente na relação da trindade, seja também evidenciado na vida
dos filhos de Deus. O meio pelo qual esta unidade ocorre é o
sacrifício de Jesus. Portanto, o que promove unidade não é o
esforço pessoal, ou até o desejo de se estar juntos. Estes fatores
podem aproximar pessoas. Contudo, unidade é algo que decorre do
amor de Jesus pelo ser humano.

O papel da Igreja, portanto, não consiste em fazer a unidade, mas


contudo em conservar a unidade. Ao crer em Jesus como Senhor e
salvador da vida, os filhos de Deus preservam a unidade na Igreja. O
apóstolo Paulo ensina: Façam todo o esforço para conservar a
unidade do Espírito pelo vínculo da paz (Efésios 4.3). Portanto, o
vínculo que temos uns com os outros decorre da fé em Cristo, que
nos uniu eternamente como Igreja. Assim, nosso trabalho em
conjunto deve ser para que mantenhamos algo que foi iniciado no
amor sacrificial de Cristo Jesus.

A unidade é a maneira pela qual os filhos de Deus testemunham de


sua fé, do relacionamento genuíno com Cristo. O resultado desta
relação de unidade é a expansão do Reino de Deus na terra. O
mundo crê que Cristo é o salvador à medida que percebe o
testemunho de unidade dado pelos filhos de Deus. A unidade em
Cristo não é apenas algo interior, mas sim algo visível, capaz de
produzir fé e alegria nos corações.

Assim, o chamado de Deus para os seus filhos, é para que eles


sejam um, como Cristo e o Pai são um. A unidade não é algo que
fazemos, mas sim mantemos, pois ela foi inciada por Cristo, e é
expandida ao coração de todo o que crê. A unidade é a maior prova
do testemunho da fé, a obra que o Senhor começou e há de terminar
em cada coração.

Dia 27
40 Dias de Renúncia
Dia 27 – A Salvação em Cristo

"Pai, quero que os que me deste estejam comigo onde eu estou e


vejam a minha glória, a glória que me deste porque me amaste antes
da criação do mundo (João 17:24).”

O que aprendo?
A salvação é uma obra de Deus na vida de todo o que crê em Cristo.
É a união com Cristo, através de sua obra na cruz, que livremente
justificou o ser humano de todos os seus pecados e culpa, o adotou
como filho de Deus, e continua a santifica-lo pelo poder da Palavra e
do Espírito Santo de Deus, até o dia em que será glorificado. A
Palavra de Deus ensina que, no processo de reconciliação com o ser
humano, a iniciativa foi de Deus. O Senhor amou o ser humano
antes da fundação do mundo, e no intuito de resgatar o que estava
perdido, enviou o Seu Filho amado, para que os que creem não
pereçam, mas tenham vida eterna.

Perceba que o pedido de Jesus, neste texto acima, é para que os


discípulos vejam a sua glória, e estejam com Ele onde quer que Ele
estiver. Jesus não ora para que a vida dos discípulos seja melhor,
não pede bens materiais, capazes de fazer a vida dos discípulos
mais confortável, e não ora por coisas que se perdem com o tempo.
Antes, roga para que a glória de Deus, vista em Cristo, possa ser
experimentada pelos discípulos. Assim, aprendemos que a
verdadeira missão de todo o cristão é glorificar a Deus através das
atitudes em sua vida.

A alegria do cristão é glorificar a Deus. A firmeza, direção,


discernimento e alimento da vida do cristão, é a glória de Deus. A
Palavra ensina:Assim, quer vocês comam, bebam ou façam
qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus (1 Cro.
10.31). Todos os atos da vida devem ser para a glória de Deus. Os
relacionamentos, os negócios, a família, os irmãos, a Igreja, a
cidade, tudo é para glória de Deus. Portanto, estar com Jesus deve
ser o verdadeiro desejo de todo cristão.

Aplicação para a vida.


A salvação é um bem eterno, dado gratuitamente por Deus, que se
concretiza na vida por meio da fé em Cristo, sua pessoa, e obra. A
salvação é a iniciativa de Deus na reconciliação, que vai em busca
do ser humano caído, resgatando-o para a glória do Senhor. O meio
pelo qual se vive a salvação é a glória de Deus. Assim, o fim
principal do homem é glorificar a Deus em todos os ambientes da
existência. Quanto mais Cristo é glorificado na vida do crente, mais
este conhece de Deus, e tem a vida transformada por valores e
princípios eternos, que decorrem das Escrituras Sagradas.

Viva para a glória de Deus!

Dia 28
40 Dias de Renúncia
Dia 28 – O conhecimento de Deus.

Eu os fiz conhecer o teu nome, e continuarei a fazê-lo, a fim de que


o amor que tens por mim esteja neles, e eu neles esteja" (João
17:26).

O que aprendo?
Qual foi o resultado da influência de Jesus na vida dos discípulos?
Cristo fez com que os discípulos conhececem a Deus. Revelou
àqueles que o seguiam a pessoa de Deus, sua graça, amor e favor
com relação ao ser humano. Há quatro temas que ressoam no final
desta oração de Jesus: Unidade, conhecimento, missão e amor.

Em primeiro, a unidade é evidenciada à medida que o


relacionamento perfeito de unidade entre o Pai e o Filho é proposto
como modelo do relacionamento que deve ser vivenciado entre o
cristão e Deus, e também do cristão com o próximo. Assim, todo o
filho de Deus deve se relacionar com o próximo, seja ele alguém da
família, da Igreja, do trabalho, ou até mesmo da cidade, à partir do
amor de Cristo derramado na cruz, capaz de unir verdadeiramente
as pessoas, para que Deus seja glorificado através da vida.

Em segundo lugar, Jesus revela o conhecimento de Deus. João


Calvino, o reformador, divide o conhecimento em duas partes: a) o
conhecimento de Deus; b) O conhecimento de nós mesmos. Sem o
conhecimento de si mesmo não existe o conhecimento de Deus,
contudo, sem que se conheça a Deus, o ser humano não pode
conhecer a si mesmo verdadeiramente. O conhecimento de Deus,
como vemos no texto acima, não é fruto da pesquisa, ou da procura
ou até memos da inteligência e percepcão humana. O
conhecimento de Deus é fruto da revelação. O Senhor, por sua
graça e imenso favor, deixa-se revelar através da Palavra, iluminada
no coração do ser humano por intermédio do Espírito Santo. Assim,
conhecer a Deus é um eterno exercício da revelação divina no
coração humano.

Em terceiro lugar, Jesus fala da missão. Sua tarefa principal de fazer


o Pai conhecido no coração do ser humano, reconciliando, através
de sua obra na cruz, aquele que estava perdido e sem Deus. A
missão do Filho é revelar o Pai. A missão da Igreja é continuar a
obra de Jesus, de revelar o amor de Deus a todos quantos ouvirem a
mensagem de salvação, que provém da Palavra de Deus. Assim, a
missão da Igreja é, em resumo, a missão do próprio Deus, de
espalhar o seu amor, graça e perdão à todo o coração que se
encontra perdido e sem direção.

Em quarto lugar, nesta oração, Jesus fala do amor. O


relacionamento do Pai com Cristo é baseado no amor. Quando o
homem crê em Jesus, este amor passa a fazer parte de sua vida
também. Assim, o alvo da vida do cristão é amar a Deus. A força que
o faz amar a Deus provém do próprio amor de Deus, que primeiro se
manifestou em seu coração.

Aplicação para a vida.


A oração de Jesus tem como objetivo fazer com que o cristão
compreenda que a glória de Deus é revelada em Cristo, para que o
homem possa viver em unidade com Deus, conhecer mais de Deus,
perceber a missão do Senhor, de revelar sua graça e salvação ao
mundo, e viver no amor Cristo, que transforma a vida, e alegra o
coração.

Que seja assim na vida de todos os filhos de Deus, para sempre.


Dia 29
“Tendo terminado de orar, Jesus saiu com os seus discípulos e
atravessou o vale do Cedrom. Do outro lado havia um olival, onde
entrou com eles” (João 18:1).

O que aprendo?

O capítulo 18 de João retrata o momento da prisão de Jesus.


Perceba que Jesus caminha do momento da oração, no capítulo
anterior, para o momento da sua prisão, em uma absoluta
consciência do plano e soberania de Deus, não somente sobre sua
vida, mas sobre toda a humanidade. A hora havia chegado, e Cristo,
o Senhor dos senhores, enfrentou o inimigo, derrotando-o para todo
o sempre, através de sua morte e ressurreição. Cristo venceu, para
a glória de Deus!

Jesus não se esquivou, não foi omisso, não fugiu da


responsabilidade. Por isso, o ser humano pode crer que o amor
venceu o medo. A esperança venceu o desespero. A vida venceu a
morte para sempre. Cristo entrou no Getsêmani com o coração em
Deus, para fazer a vontade do Senhor, e no final de tudo, ser
exaltado por Deus, acima de todas as coisas nos céus e na terra.
Em Cristo, somos mais que vencedores, por meio de sua graça e
amor, derramados na cruz.

Jesus, no capítulo anterior, no ofício de profeta, orou pelo povo.


Agora estava disposto a sofrer como o perfeito sacerdote, que
ofereceu o sacrifício perfeito, para perdoar os pecados de toda a
humanidade, e ser Ele o salvador de todo o que se encontra perdido
e distante de Deus. Os que eram separados do Senhor, por causa
do pecado, receberam o perdão, pela graça de Deus, e foram feitos
filhos, por causa do amor que está em Cristo Jesus. Após ter sofrido
a morte na Cruz, e ressuscitado pela vontade Deus, foi exaltado
como Rei dos reis, e Senhor dos Senhores. Jesus é o nosso Rei,
profeta e sacerdote. Aquele capaz de nos reconciliar com Deus, e
fazer novas todas as coisas no coração daquele que crê.

Aplicação para a vida.

A vida humana é cercada de momentos difíceis, que se apresentam


na caminhada. Dores, tribulações, conflitos, enfrentamentos,
desilusões, sonhos despedaçados e esperanças perdidas. Estas
transições costumam gerar sofrimento e tristeza. O drama do
homem é saber lidar com momentos assim. Como encontrar alegria,
paz, consolo e esperança, mesmo em meio às lutas?

Cristo é a esperança, o consolo, a alegria, e a verdadeira bênção de


Deus para o coração do homem. O exemplo que deve ficar no
coração do cristão, quando o mesmo enfrenta tais momentos, é o
modelo de Jesus. O Senhor orou, caminhou adiante, confiante na
Palavra de Deus, e saiu vitorioso, apesar do sofrimento. No
sofrimento foi vitorioso, e a vontade de Deus cumprida. Assim,
quando sofremos na vida, e no sofrimento glorificamos a Deus,
somos, a exemplo de Jesus, feitos mais que vencedores, por meio
daquele que nos amou.

Olhe para a vida com alegria, e saiba que todas as coisas cooperam
para o bem daqueles que amam a Deus. Creia que Deus tem um
plano de amor para a vida de seus filhos, capaz de gerar esperança,
vida, um futuro melhor. Nenhum dos planos do Senhor podem ser
frustrados, e sua vontade para a vida é boa, perfeita e agradável.

Viva em Cristo, e seja feliz, para a glória de Deus!

Dia 30
40 Dias de Renúncia

Simão Pedro e outro discípulo estavam seguindo Jesus. Por ser


conhecido do sumo sacerdote, este discípulo entrou com Jesus no
pátio da casa do sumo sacerdote, mas Pedro teve que ficar
esperando do lado de fora da porta. O outro discípulo, que era
conhecido do sumo sacerdote, voltou, falou com a moça
encarregada da porta e fez Pedro entrar.
Ela então perguntou a Pedro: "Você não é um dos discípulos desse
homem? " Ele respondeu: "Não sou".
Fazia frio; os servos e os guardas estavam ao redor de uma fogueira
que haviam feito para se aquecerem. Pedro também estava em pé
com eles, aquecendo-se (João 18:15-18).

O que aprendo?
O momento da prisão de Jesus foi o início de sua crucificação. Os
discípulos ficaram perdidos diante do fato de Jesus ter sido levado
pelos guardas. Pedro e outro discípulo seguiram a Jesus até a casa
do Sumo Sacerdote. Dentro da casa de Anás, Pedro começa negar
a Cristo.

Este foi o encontro de Pedro com o seu próprio limite, sua finitude.
De um lado, o amor de Pedro por Jesus, seu desejo de segui-lo até
o fim. Por outro, a fraqueza e o medo, a angústia da incerteza, e o
enfrentamento da dor, e do desconhecido. Pedro é o mesmo que
quando chamado por Jesus, imediatamente deixou as redes e
seguiu o mestre. Pedro, que recebeu a revelação de que Jesus era o
Cristo, o Filho do Deus vivo. Pedro, que disse a Jesus que o seguiria
para qualquer lugar, agora enfrentava a si mesmo, sua dúvida e
seus medos.

Quando chegou à casa de Anás, ficou do lado de fora, como que se


observasse de longe o sofrimento do Senhor. Na primeira
oportunidade que teve, entrou no palácio do sumo sacerdote.
Contudo, ao redor da fogueira, fugindo do frio da noite de inverno, ao
lado dos guardas que provavelmente estavam envolvidos na prisão
de Jesus, Pedro nega a Cristo pela primeira vez, dizendo não ser um
dos discípulos do Senhor.

Na solidão de Jesus, podemos vislumbrar a grandeza do amor de


Deus pelo ser humano. Não foi nem o encorajamento, o apoio e a
fidelidade humana, nem tampouco a negação, o medo e o abandono
dos discípulos, que levaram Jesus para a cruz. O que moveu Cristo
foi o amor, a obediência, e a absoluta confiança na soberania de
Deus, que por sua vontade sublime, decidiu reconciliar consigo
mesmo o ser humano que estava distante por conta do pecado, e
vencer de uma vez por todas o pecado, a morte e o inimigo,
despojando-os eternamente na cruz do calvário. A morte e a
ressurreição de Cristo são o perdão e o amor do Pai demonstrados
ao coração do homem.

Dia 31
40 Dias de Renúncia
Dia 31 – A Cruz de Cristo

Levando a sua própria cruz, ele saiu para o lugar chamado Calvário (
que em aramaico é chamado Gólgota ). Ali o crucificaram, e com ele
dois outros, um de cada lado de Jesus. Pilatos mandou preparar
uma placa e pregá-la na cruz, com a seguinte inscrição: JESUS
NAZARENO, O REI DOS JUDEUS (João 19:17-19).
O que aprendo?
Após ter sido julgado pelos sacerdotes, negado por Pedro, e julgado
por Pilatos (João 18), Jesus é condenado à Cruz. Entregue à morte,
para que fosse Ele o redentor de toda a humanidade. Totalmente
homem e totalmente Deus, reconciliando com o Pai o que estava
perdido. Ele tomou sobre si as transgressões de toda a humanidade,
para que por suas pisaduras fossem curados os que creem.

Jesus levou a sua própria cruz para o Calvário. Pela Via


Dolorosa humildemente sofreu, para que os filhos de Deus fossem
livres do pecado, da morte e da ira vindoura. E ele morreu por todos
para que aqueles que vivem já não vivam mais para si mesmos, mas
para aquele que por eles morreu e ressuscitou (2 Cor.5.15). Assim,
como constata John Stott, no livro A Cruz de Cristo, o símbolo da fé
não é a manjedoura, mas sim a Cruz, o meio pelo qual fomos
salvos. Cristo foi crucificado, e com Ele todo o meu pecado também.
Glórias a Cristo, que venceu.

Jesus ensina os seus discípulos que, se alguém também deseja


seguir a Ele, deve negar-se a si mesmo, tomar também a sua cruz, e
segui-lo (Mat.16.24-25). Seguir a Jesus é continuar a obra do Senhor
na terra, para que a Igreja seja gerada. Seguir a Jesus é se alegrar
na alegria de Cristo. Assim como o Senhor chamou Pedro e André
para que fossem pescadores de homens, assim como comissionou
os discípulos para que fossem ao mundo, fazendo discípulos,
batizando e ensinando as pessoas a guardarem tudo o que Jesus
havia ensinado, O Senhor continua a chamar seus seguidores para
que caminhem firmemente na terra, proclamando o evangelho, que
salva e restaura o ser humano caído. Em Cristo, o cristão encontra
verdadeira vida, alegria e paz.

Através da morte de Cristo, o cristão é justificado. O alicerce da


reconciliação é o fato de Cristo ter dado sua vida, para que o
pecado, que faz separação entre o homem e Deus, fosse perdoado,
e a morte, que é condenação pelo pecado, fosse vencida. É a nova
aliança feita através do sangue de Cristo, derramado na cruz. Cristo
morreu pelos nossos pecados. A consequência da morte de Jesus é
a reconciliação. Pelo ato de Cristo, temos paz com Deus, o
relacionamento restaurado com o Senhor. Ao ressuscitar, Cristo
venceu a morte. Em Cristo, o filho de Deus celebra a vida!

Cristo é a pedra angular, aquela que foi rejeitada pelos construtores,


mas que se tornou a Pedra de Esquina, sobre a qual todo o edifício é
contruído. Ele foi traído, açoitado, humilhado e crucificado. Morreu
pelos nossos pecados. Contudo, ressuscitou ao terceiro dia, e está
assentado à direita do Pai, de onde virá outra vez. Diante de Jesus,
todo o joelho se dobrará e toda língua confessará que Ele é o
Senhor. Ele é o Cristo vivo de Deus, o nosso salvador, a Ele seja
toda a glória na Igreja, hoje e para sempre.

Cristo vive para sempre, aleluia!

Dia 32
40 Dias de Renúncia
Dia 32 – Cristo Vive!

No primeiro dia da semana, bem cedo, estando ainda escuro, Maria


Madalena chegou ao sepulcro e viu que a pedra da entrada tinha
sido removida. Então correu ao encontro de Simão Pedro e do outro
discípulo, aquele a quem Jesus amava, e disse: "Tiraram o Senhor
do sepulcro, e não sabemos onde o colocaram! " Pedro e o outro
discípulo saíram e foram para o sepulcro. Os dois corriam, mas o
outro discípulo foi mais rápido que Pedro e chegou primeiro ao
sepulcro. Ele se curvou e olhou para dentro, viu as faixas de linho ali,
mas não entrou. A seguir Simão Pedro, que vinha atrás dele,
chegou, entrou no sepulcro e viu as faixas de linho, bem como o
lenço que estivera sobre a cabeça de Jesus. Ele estava dobrado à
parte, separado das faixas de linho. Depois o outro discípulo, que
chegara primeiro ao sepulcro, também entrou. Ele viu e creu. ( Eles
ainda não haviam compreendido que, conforme a Escritura, era
necessário que Jesus ressuscitasse dos mortos. ) Os discípulos
voltaram para casa (João 20:1-10)

O que aprendo?

Maria Madalena se aproximou do túmulo de Jesus cheia de tristeza


e dor no coração. Obviamente esperava por visitar o corpo de Jesus,
depois de três dias de sua morte. Muitas vezes, o ser humano se
aproxima de suas aflições, sofrimentos e limites na vida, com o
mesmo sentimento que houve em Maria Madalena. Não consegue
perceber que há um Deus vivo, eterno, glorioso, que reina para
sempre, e que concede vida a todos os que creem.

Maria Madalena encontrou a pedra removida, ainda assim não creu.


Correu para chamar os discípulos, para testemunharem o que havia
ocorrido. Pedro e provavelmente João, correram, o mais que
puderam. João chegou primeiro, mas não entrou no sepulcro. Pedro
chegou depois, e entrou rapidamente. O que viu? Lençóis vazios,
panos vazios, um lugar vazio. O túmulo estava vazio! Naquele
momento, quantas coisas talvez passaram pelo coração dos
discípulos. A Palavra de Jesus, o ensino e a promessa da
ressurreição. Queriam crer, mas também não queriam inventar uma
ressurreição. Um misto de alegria, e desespero. Ansiedade e
procura pela resposta correta: Onde está Jesus?

Esta mesma pergunta passa pelo coração de todo ser humano. Qual
é o sentido da vida? Onde está Deus em meio aos sofrimentos,
angústias, e limites da existência? Onde está o Senhor quando
estamos diante de perguntas difíceis de serem respondidas? No
meio de tanta incredulidade, maldade, miséria, pobreza,
desigualdade e dor, onde está o Senhor?

A boa notícia do evangelho é que Deus está vivo. Cristo ressuscitou,


aleluia! A morte foi vencida. O medo foi vencido. A miséria, a
angústia, a dor e o sofrimento foram vencidos na ressurreição do
Senhor. Os discípulos estavam trancados dentro de casa,
com medo no coração. Jesus, divinamente se colocou no meio
deles e disse: Paz seja convosco (Jo 20.19). A presença de Jesus
e a realidade da sua ressurreição, trouxe paz ao coração dos
discípulos, antes tomados pelo medo.

A ressurreição de Jesus traz paz ao coração. Uma paz que não se


baseia nos conceitos do mundo, mas na realidade de Deus, que
lança fora todo o medo e perturbação da alma. Assim, o caminho da
ressurreição é o caminho da paz, o caminho de Cristo, que
reconciliou o ser humano com Deus, e promoveu vida ao coração de
todo o que crê. Assim, o Senhor enche o coração dos seus filhos de
esperança e paz. A vida em Cristo transborda alegria para sempre,
pois Cristo ressuscitou.

Viva a vida! Cristo ressuscitou, aleluia!

Dia 32
40 Dias de Renuncia
Dia 33 – A beleza do reencontro
"Vou pescar", disse-lhes Simão Pedro. E eles disseram: "Nós vamos
com você". Eles foram e entraram no barco, mas naquela noite não
pegaram nada. Ao amanhecer, Jesus estava na praia, mas os
discípulos não o reconheceram. Ele lhes perguntou: "Filhos, vocês
têm algo para comer? " "Não", responderam eles. Ele disse:
"Lancem a rede do lado direito do barco e vocês encontrarão". Eles
a lançaram, e não conseguiam recolher a rede, tal era a quantidade
de peixes. O discípulo a quem Jesus amava disse a Pedro: "É o
Senhor! " Simão Pedro, ouvindo-o dizer isso, vestiu a capa, pois a
havia tirado, e lançou-se ao mar (João 21:3-7).

O que aprendo?

As Escrituras são repletas de histórias de reencontros. O reencontro


de Jacó e Esaú, perdão estampado na vida, após anos de
separação por conta do pecado. O reecontro de Jacó e José, o filho
que revê o pai, e tem condições de concertar o relacionamento
quebrado por conta da maldade dos irmãos. O reencontro do filho
pródigo com o seu pai, depois do longo caminho de volta para casa,
humilhado, quebrado em si mesmo, esperando por uma esmola, é
surpreedido pelo abraço do pai, que vai ao encontro do que estava
perdido, coloca-lhe um anel no dedo, vestes novas sobre o corpo já
cansado de sofrer, e proclama festa na casa, pois o que estava
longe vei para perto.

Jesus vem ao encontro dos discípulos, quando estes sofriam o pior


momento de suas vidas. Pedro, com o peso de ter negado a Cristo
no momento de sua prisão, juntamente com os demais, voltam para
o mar da Galiléia, para novamente assumirem sua profissão de
pescadores. A noite toda se esforçaram, sem que pescassem
absolutamente nada.

Neste momento de extrema dor, Jesus vem ao encontro dos


discípulos, e pergunta: Vocês tem algo para comer? Não? Lancem a
rede do lado direito do barco, e vocês encontrarão. Nestas palavras,
Cristo é reconhecido por João, que alerta dos demais, evidenciando
a presença de Cristo à todos. Pedro responde o mais rápido possível
à voz de Jesus. Pula do barco e nada em sua direção. Não
consegue esperar os demais. Jesus estava ali, diante deles,
novamente, para sempre.

Jesus sempre vem ao encontro do que está perdido. Este


movimento divino não depende das decisões do passado, pois
Pedro havia negado Jesus, e os discípulos haviam abandonado o
Senhor. Também não depende de se preparar o ambiente para que
que aconteça, pois a graça de Jesus, os surpreendeu num momento
extremamente corriqueiro e cotidiano. Não depende da capacidade,
ou sensibilidade humana, pois eles enfrentavam um momento de
extrema frustração, pela condição em que se encontravam, e
também pela ausência dos peixes, após a noite toda de trabalho. O
que revela a presença de Cristo é a graça de Deus, que livremente
vem ao encontro do ser humano, e o liberta para sempre, da dor, do
desespero, da angústia, da distância de Deus e do medo de viver.

O reecontro produz vida, revela a graça e o amor de Deus, e


transforma para sempre as vidas. Depois deste momento, os
discípulos jamais foram os mesmos. Definitivamente abandonaram
as redes de pesca, e se tornaram por toda a vida, pescadores de
homens. Foram encontrados por Jesus, e mudados para todo o
sempre.

Esta é a graça de Jesus, que vem ao encontro do ser humano, e


transforma a vida para sempre.

Dia 33
40 Dias de Renuncia

Dia 33 – A beleza do reencontro

"Vou pescar", disse-lhes Simão Pedro. E eles disseram: "Nós vamos


com você". Eles foram e entraram no barco, mas naquela noite não
pegaram nada. Ao amanhecer, Jesus estava na praia, mas os
discípulos não o reconheceram. Ele lhes perguntou: "Filhos, vocês
têm algo para comer? " "Não", responderam eles. Ele disse:
"Lancem a rede do lado direito do barco e vocês encontrarão". Eles
a lançaram, e não conseguiam recolher a rede, tal era a quantidade
de peixes. O discípulo a quem Jesus amava disse a Pedro: "É o
Senhor! " Simão Pedro, ouvindo-o dizer isso, vestiu a capa, pois a
havia tirado, e lançou-se ao mar (João 21:3-7).

O que aprendo?

As Escrituras são repletas de histórias de reencontros. O reencontro


de Jacó e Esaú, perdão estampado na vida, após anos de
separação por conta do pecado. O reecontro de Jacó e José, o filho
que revê o pai, e tem condições de concertar o relacionamento
quebrado por conta da maldade dos irmãos. O reencontro do filho
pródigo com o seu pai, depois do longo caminho de volta para casa,
humilhado, quebrado em si mesmo, esperando por uma esmola, é
surpreedido pelo abraço do pai, que vai ao encontro do que estava
perdido, coloca-lhe um anel no dedo, vestes novas sobre o corpo já
cansado de sofrer, e proclama festa na casa, pois o que estava
longe vei para perto.

Jesus vem ao encontro dos discípulos, quando estes sofriam o pior


momento de suas vidas. Pedro, com o peso de ter negado a Cristo
no momento de sua prisão, juntamente com os demais, voltam para
o mar da Galiléia, para novamente assumirem sua profissão de
pescadores. A noite toda se esforçaram, sem que pescassem
absolutamente nada.

Neste momento de extrema dor, Jesus vem ao encontro dos


discípulos, e pergunta: Vocês tem algo para comer? Não? Lancem a
rede do lado direito do barco, e vocês encontrarão. Nestas palavras,
Cristo é reconhecido por João, que alerta dos demais, evidenciando
a presença de Cristo à todos. Pedro responde o mais rápido possível
à voz de Jesus. Pula do barco e nada em sua direção. Não
consegue esperar os demais. Jesus estava ali, diante deles,
novamente, para sempre.

Jesus sempre vem ao encontro do que está perdido. Este


movimento divino não depende das decisões do passado, pois
Pedro havia negado Jesus, e os discípulos haviam abandonado o
Senhor. Também não depende de se preparar o ambiente para que
que aconteça, pois a graça de Jesus, os surpreendeu num momento
extremamente corriqueiro e cotidiano. Não depende da capacidade,
ou sensibilidade humana, pois eles enfrentavam um momento de
extrema frustração, pela condição em que se encontravam, e
também pela ausência dos peixes, após a noite toda de trabalho. O
que revela a presença de Cristo é a graça de Deus, que livremente
vem ao encontro do ser humano, e o liberta para sempre, da dor, do
desespero, da angústia, da distância de Deus e do medo de viver.

O reecontro produz vida, revela a graça e o amor de Deus, e


transforma para sempre as vidas. Depois deste momento, os
discípulos jamais foram os mesmos. Definitivamente abandonaram
as redes de pesca, e se tornaram por toda a vida, pescadores de
homens. Foram encontrados por Jesus, e mudados para todo o
sempre.

Esta é a graça de Jesus, que vem ao encontro do ser humano, e


transforma a vida para sempre.

Dias 34
40 Dias de Renúncia
Dia 34 – O poder do Perdão

Quando desembarcaram, viram ali uma fogueira, peixe sobre brasas,


e um pouco de pão. Disse-lhes Jesus: "Tragam alguns dos peixes
que acabaram de pescar". Simão Pedro entrou no barco e arrastou a
rede para a praia. Ela estava cheia: tinha cento e cinqüenta e três
grandes peixes. Embora houvesse tantos peixes, a rede não se
rompeu. Jesus lhes disse: "Venham comer". Nenhum dos discípulos
tinha coragem de lhe perguntar: "Quem és tu? " Sabiam que era o
Senhor. Jesus aproximou-se, tomou o pão e o deu a eles, fazendo o
mesmo com o peixe. Esta foi a terceira vez que Jesus apareceu aos
seus discípulos, depois que ressuscitou dos mortos (João 21:9-14).

O que aprendo?

Há dois elementos principais no caráter de Deus quanto ao seu


relacionamento com o ser humano: a) A misericórdia de Deus; b) A
justiça de Deus. Uma tensão se estabelece neste relacionamento,
por conta da inedequação entre o ser humano caído e perdido em
seus próprios pecados, e a santidade, perfeição e beleza de Deus. O
fio condutor que promove a reconciliação e o relacionamento entre o
ser humano e Deus, através de Cristo, é o perdão.

Assim, a vida, morte e ressurreição de Jesus, trouxeram o perdão de


Deus para o ser humano, que agora pode se relacionar com a
misercórdia e a justiça de Deus. Em Cristo, o Reino de Deus foi
anunciado, e a porta de entrada para esta nova realidade é o
arrependimento e o perdão. Em Cristo, o ser humano é perdoado
para sempre.

Os discípulos desembracaram na praia, e foram ao encontro de


Jesus, que os esperava. No coração dos discípulos um misto de
alegria e constrangimento talvez. Haviam abandonado Jesus em sua
hora de maior sofrimento. Pedro havia ido ainda mais longe,
chegando a negar a Cristo. Contudo, Jesus os espera na praia, com
peixes e pães sobre a brasa. Os recebe para uma refeição. Os
convida para perto. Diz: Venham comer! O perdão promoveu a festa,
o reecontro com leveza e alegria. O perdão restaurou a comunhão.

Interessante pensar que o perdão de Deus não é fruto da


capacidade humana de buscar ou perceber o Senhor. Contuto, é
resuldado do movimento da graça de Deus, que vem ao encontro do
ser humano. É a justificação pela graça, que se concretiza por meio
da fé em Cristo Jesus apenas.

O milagre da graça é a nossa compreensão de que somos filhos,


não servos. Servimos por sermos filhos. Portanto, o servir deve ser a
consequência do ser ajustado pela graça, que leva o filho a
obedecer o pai por amor. Tarefas desempenhadas no intuito de
agradar o pai são religião sem sentido, esforço inútil e sem resultado
para vida. Contudo, o perdão de Deus conduz o cristão a se
relacionar com Deus por amor, e servir ao Senhor com alegria e
simplicidade na vida.

Em Cristo, somos verdadeiramente perdoados!

Dia 35
40 Dias de Renúncia

Dia 35 – O Amor de Deus

Depois de comerem, Jesus perguntou a Simão Pedro: "Simão, filho


de João, você me ama realmente mais do que estes? " Disse ele:
"Sim, Senhor, tu sabes que te amo". Disse Jesus: "Cuide dos meus
cordeiros". Novamente Jesus disse: "Simão, filho de João, você
realmente me ama? " Ele respondeu: "Sim, Senhor tu sabes que te
amo". Disse Jesus: "Pastoreie as minhas ovelhas". Pela terceira vez,
ele lhe disse: "Simão, filho de João, você me ama? " Pedro ficou
magoado por Jesus lhe ter perguntado pela terceira vez "Você me
ama? " e lhe disse: "Senhor, tu sabes todas as coisas e sabes que te
amo". Disse-lhe Jesus: "Cuide das minhas ovelhas (João 21:15-17).

O que aprendo?

Deus é amor, e demonstra o seu amor em tudo o que Ele é e faz. A


maior coisa do mundo é o amor de Deus (1Cor.13.13). Deus é amor,
portanto a natureza de Deus se define pelo amor. No amor de Deus
está a segurança humana para a vida. O amor de Deus é a base do
relacionamento de Deus com o homem, e também deve ser o
alicerce do convívio do ser humano com o próximo. A questão que
vem à tona, neste diálogo entre o Senhor Jesus e Pedro, é o amor.

Jesus pergunta por três vezes a Pedro a mesma questão: você me


ama? Por que Pedro se entristece com a repetição da mesma
pergunta? Talvez por ter negado a Cristo por três vezes, e agora ser
também perguntado por três vezes com respeito ao seu amor pelo
Senhor. Uma outra hipótese é a análise dos verbos envolvidos neste
diálogo.

Duas palavras diferentes são ulitizadas aqui para definir amor.


Quando Jesus pergunta as duas primeiras vezes utiliza-se da
palavra agapás, que no original significa amor em sua forma mais
intensa, espiritual e completa. A Bíblia ensina que Deus é amor.
Define o ser de Deus como sendo amor. A palavra utilizada para
definir Deus é o agape (amor). Assim, quando Jesus pergunta a
Pedro se ele o ama, está se referindo à esta entrega completa,
integral, sublime e suprema na vida. Você me ama com todo o seu
ser, Pedro? Esta é a pergunta de Jesus.

Ao responder, Pedro se utliza de outra palavra que também se refere


ao verbo amar. Ele diz: Senhor, tu sábes que eu te fileo. Esta outra
palavra se refere à demonstração do amor em si. Fileo quer dizer
aprovar, gostar, ter afeição, gratidão, demonstrar sinais de amor e
afeto. Jesus pergunta a Pedro sobre a entrega total do seu coração,
e Pedro responde de maneira superficial e evasiva.

Pedro se entristece quando, na terceira vez, Jesus deixa de utilizar a


palavra amor como uma entrega total e plena, e pergunta apenas se
Pedro gosta, se afeiçoa ou é grato a Jesus. Ao responder, Pedro
acrescenta a constatação: Tu sabes todas as coisas, sabes que eu
te amo (fileo). É como se Pedro dissesse a Jesus: Eu não sou capaz
de fazer pelo Senhor o que o Senhor fez por mim. O amor de Pedro,
portanto, somente existe à partir do amor de Jesus por ele.

Em todas as vezes, Jesus ao reagir à resposta de Pedro, Jesus


Cristo pede a ele a mesma coisa: Cuide dos meus cordeiros;
apascenta minhas ovelhas; cuide das minhas ovelhas. Este fala do
Senhor demonstra a realiadade de que o cristão deve servir a Deus
por amor, e não por obrigação. O fato de Pedro pastorear as
ovelhas, que não eram dele, mas de Cristo, se deu simplismente
pelo amor de Jesus, que alcançou, restaurou e motivou o coração de
Pedro a servir. Servir a Deus é privilégio de quem serve, e fruto do
amor de Deus, que transforma a vida e encoraja a caminhada.

O amor de Jesus alcançou Pedro quando este ainda vivia os efeitos


da distancia gerada por sua própria negação de Cristo. Jesus o
transformou para sempre. O amor de Deus é assim mesmo: alcança
e transforma a vida para sempre.

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