Professional Documents
Culture Documents
SnakeBernarde@hotmail.com www.herpetofauna.com.br
UFAC
2009
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DO OFIDISMO
Anualmente ocorre cerca de 20.000 acidentes ofídicos no Brasil, média estimada a partir de
dados de 1990 a 1995 (Bochner & Struchiner 2002; 2003; Araújo et al. 2003), apresentando uma
letalidade de 0,4%. Desses, uma média de 2.680 (1991 – 1999) são registrados por ano na
Amazônia (Araújo et al. 2003), com a maior letalidade (0,8%) entre as cinco regiões do país.
Entretanto, esses dados epidemiológicos talvez não correspondam a realidade. Ver Bochner
& Struchiner (2002) discussão sobre a eficiência e abrangência dos quatro sistemas nacionais de
informação sobre ofidismo: SINAN (Sistema de Informações de Agravos de Notificação),
SINITOX (Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas), SIH-SUS (Sistema de
Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde) e SIM (Sistema de Informações sobre
Mortalidade) e também Fiszon & Bochner (2008) sobre subnotificações de casos no Rio de Janeiro.
O número de óbitos diminuiu de cerca de 250 por ano no início da Década de 80 para cerca de 110
atualmente (Cardoso & Wen 2003). Antes da produção e distribuição do soro anti-ofídico por Vital
Brazil em 1901, era estimada uma letalidade de 25% entre as vítimas de acidentes ofídicos no
Estado de São Paulo (Brazil 1901). Já em 1906 houve uma redução de 50% dos óbitos e 40 anos
depois a letalidade variava entre 2,6 a 4,6% (Barroso 1943/44; Wen 2003).
A maioria destes acidentes ocorre com trabalhadores rurais do sexo masculino com idade
entre 15 a 49 anos e os membros inferiores são os mais atingidos (Bochner & Struchiner 2003). As
serpentes não apresentam interesse em picar uma pessoa e, quando fazem isso, é para se
defenderem. E no Brasil nenhuma espécie peçonhenta vem intencionalmente até uma pessoa para
picá-la, são as pessoas que não percebem a presença da cobra e se aproximam dela. Por isso, toda
atenção é recomendada quando estamos nos habitats desses animais.
SERPENTES PEÇONHENTAS
No Brasil ocorrem 361 espécies de serpentes (SBH 2008), dessas 55 são peçonhentas. O
termo "peçonhento" se refere a um animal que apresenta veneno e algum tipo de mecanismo que
possibilita a inoculação em outro organismo. Muitas cobras são venenosas (ex. as espécies da
família Colubridae), contudo, poucas são peçonhentas (famílias Elapidae e Viperidae). As serpentes
peçonhentas apresentam glândulas de veneno desenvolvidas associadas a um aparelho inoculador
(dentes), cuja função primária é a subjugação (matar) e digestão de suas presas (Kardong, 1982;
Franco 2003; Melgarejo 2003). O veneno é uma mistura de várias toxinas, enzimas e peptídeos, os
quais induzem atividades biológicas em suas vítimas (Santos 1994). Apesar da função primária do
veneno das serpentes ser a captura de suas presas, ele pode ser usado secundariamente como defesa,
causando acidentes em seres humanos.
São quatro grupos de serpentes que podem causar acidentes ofídicos no Brasil (Melgarejo
2003): Grupo I (Gêneros Bothrops, Bothriopsis e Bothrocophias; conhecidas popularmente como
jararacas, caissaca, urutú-cruzeiro, jararacussu); Grupo II (Gênero Crotalus; conhecidas
popularmente como cascavéis); Grupo III (Gênero Lachesis; conhecidas popularmente como
surucucu-bico-de-jaca); Grupo IV (Gêneros Micrurus e Leptomicrurus; conhecidas popularmente
como corais-verdadeiras).
Existe uma confusão entre os leigos e nos livros no Brasil em relação ao reconhecimento das
serpentes peçonhentas, devido o fato das informações sobre a distinção destas das não peçonhentas
terem sido baseadas na fauna de serpentes da Europa. A aplicação de certas regras como pupila do
olho (vertical ou redonda), escamas dorsais (carenadas ou lisas), forma da cabeça (triangular ou
arredondada) e tamanho da cauda (se afila bruscamente ou se é longa) não são aplicáveis a
ofiofauna brasileira devido a inúmeras exceções.
Poucas vítimas levam até o hospital a serpente causadora do acidente, sendo que o
reconhecimento do gênero causador se faz pelo diagnóstico clínico (observação dos sintomas) na
maioria das vezes. Nota-se aqui o perigo de confusão com os nomes populares e a associação destes
com os nomes científicos.
Uma mesma espécie pode ter mais de um nome popular (ex. Bothrops atrox e B. moojeni
podem ser chamadas de jararaquinha-do-rabo-branco, jararaca e jararacão de acordo com o tamanho
do espécime). Outro exemplo é B. atrox que em várias regiões da Amazônia é conhecida como
jararaca, mas no Estado do Acre recebe o nome de surucucu, e o nome surucucu é usado em
algumas regiões para designar a Lachesis muta. No Amazonas B. atrox é conhecida também como
combóia.
São acidentes ofídicos causados por serpentes pertencentes aos gêneros Bothrops e
Bothrocophias. São conhecidas popularmente como jararaca (Bothrops jararaca, B. atrox, B.
moojeni), caiçaca (B. moojeni), jararacuçu (B. jararacussu), cotiara (B. cotiara), jararaca-pintada
(B. neuwiedi), urutu-cruzeiro (B. alternatus), jararaca-bicuda (Bothrocophias hyoprora), bico-de-
papagaio ou papagaia (B. bilineatus) etc. Os juvenis de algumas espécies (ex. B. atrox, B. jararaca
e B. moojeni) apresentam a porção final da cauda clara e desprovida de escamas e recebem o nome
de jararaquinha-do-rabo-branco.
Espécies do gênero Bothrops (25 espécies) são encontradas por todo país (Melgarejo 2003),
enquanto que Bothrocophias (1 espécie) apenas na Amazônia. São responsáveis por cerca de 90,5%
dos acidentes ofídicos (Ribeiro & Jorge 1997; Araújo et al. 2003; França & Málaque 2003). A
letalidade do acidente botrópico é de 0,3% (Araújo et al. 2003). A maior espécie é a jararacuçu (B.
jararacussu) da Mata Atlântica e Floresta Estacional do Sul e Sudeste, podendo atingir 1,8 m de
comprimento e seus dentes inoculadores com até 2,5cm de comprimento, pode numa extração de
veneno ser obtido 1.670mg (6,7ml) de veneno liofilizado (Melgarejo 2003).
Figura 10: Juvenil de Surucucu ou jararaca (Bothrops atrox). Foto por Paulo S.
Bernarde.
Figura 11: Surucucu ou jararaca (Bothrops atrox). Foto por Paulo S. Bernarde.
Figura 12: Juvenil de Surucucu ou jararaca (Bothrops atrox). Foto por Paulo S.
Bernarde.
Figura 13: Jararaca (Bothrops brazili). Foto por Paulo S. Bernarde.
SINTOMAS DA VÍTIMA (Ribeiro & Jorge 1997; França & Málaque 2003): dor,
sangramento no local da picada, edema (inchaço) no local da picada e pode evoluir por todo
membro, hemorragias (gengivorragia, hematúria, sangramento em ferimentos recentes), equimose,
abscesso, formação de bolhas e necrose. A hipotensão e o choque periférico são observados em
acidentes graves e são devidos à liberação de mediadores vasoativos. Ocorre aumento do tempo de
coagulação sanguínea. A vítima pode falecer devido insuficiência renal aguda. A vítima também
poderá ter infecção secundária por bactérias que são encontradas na flora bucal da serpente. Esses
sintomas podem variar e nem todos estarem presentes devido a particularidades da vítima,
quantidade de veneno inoculada, espécie causadores, dentre outros fatores.
Ver Nishioka & Silveira (1992a), Ribeiro & Jorge (1997) Barraviera & Pereira (1999) e
França & Málaque (2003) sobre aspectos epidemiológicos, classificação e variação dos acidentes,
Bucharetchi et al. (2001) sobre acidentes botrópicos em crianças, Ribeiro et al. (2008) sobre
comparação de acidentes botrópicos entre adultos não idosos e idosos, Ribeiro & Jorge (1990) sobre
os aspectos clínicos de acidentes com Bothrops jararaca filhotes e adultas, Jorge & Ribeiro (1997a)
sobre a dosagem de soro antibotrópico na reversão do envenenamento, Andrade et al. (1989) e
Amaral et al. (1986) sobre insuficiência renal aguda, Brandão et al. (1993) o relato de um caso de
criança vítima de B. moojeni com lesão ocular, Jorge et al. (1999) sobre fatores no prognóstico de
amputação, Nishioka & Silveira (1992b), Jorge et al. (1994) e Jorge & Ribeiro (1997b) sobre
infecções por bactérias em acidentes botrópicos e Jorge et al. (1990) sobre flora bacteriana oral em
B. jararaca.
São acidentes ofídicos causados por serpentes do gênero Crotalus, conhecidas popularmente
por cascavéis e também como boicininga e maracambóia. Ocorrem nos cerrados do Brasil central,
as regiões áridas e semi-áridas do Nordeste, os campos e áreas abertas do Sul, Sudeste e Norte
(Melgarejo 2003). Na Amazônia, a cascavel está presente nas manchas de campos e cerrado em
Vilhena (Rondônia), Humaitá (Amazonas), Ilha de Marajó , Santarém e Serra do Cachimbo (Pará),
no Amapá e Roraima (Melgarejo 2003; França et al. 2006).
As cascavéis são responsáveis por cerca de 7,7% dos acidentes ofídicos no Brasil (Araújo et
al. 2003). Entre os grupos causadores, é o gênero que apresenta maior letalidade com 1,8% (Araújo
et al. 2003).
Ver Jorge & Ribeiro (1992), Silveira & Nishioka (1992a) e Barraviera (1999) sobre aspectos
clínicos e epidemiológicos de acidentes crotálicos, Cupo et al. (1991) e Bucharetchi et al. (2002)
sobre acidentes crotálicos em crianças, Amaral et al. (1991) sobre insuficiência respiratória e
Amaral et al. (1986) sobre insuficiência renal aguda.
Esta espécie é responsável por cerca de 1,4% dos acidentes ofídicos (Araújo et al. 2003;
Málaque & França 2003). Entretanto, esta porcentagem pode ser maior, pois na Amazônia muitos
casos não são notificados ou devidamente documentados. A letalidade registrada para o acidente
laquético é de 0,9% (Araújo et al. 2003; Málaque & França 2003), cerca de três vezes mais letal do
que o botrópico e metade da letalidade do crotálico.
Figura 18: Surucucu-Bico-de-Jaca (Lachesis muta). Foto por Paulo S. Bernarde.
SINTOMAS DA VÍTIMA (Málaque & França 2003): semelhante ao acidente causado por
jararacas (Bothrops) com dor, edema e equimose (que pode progredir para todo membro
acometido), formação de bolhas, gengivorragia e hematúria. Difere do acidente botrópico devido ao
quadro neurotóxico: bradicardia, hipotensão arterial, sudorese, vômitos, náuseas, cólicas
abdominais e distúrbios digestivos (diarréia). A vítima poderá falecer por insuficiência renal aguda.
A diferenciação do envenenamento laquético do botrópico é relativamente mais difícil devido a
semelhança entre os sintomas, caso a serpente causadora não tenha sido capturada e levada até o
hospital. Entretanto, os sintomas relacionados com a ativação do sistema nervoso autônomo
parassimpático (exclusivos do acidente laquético) seriam evidentes e precoces para diagnosticar e
realizar o tratamento específico.
Ver mais sobre envenenamentos elapídicos em Nishioka et al. (1993) e Bucaretchi et al.
(2006). Ver Vital Brazil & Vieira (1996) sobre o uso de neostigmine na reversão do envenenamento
de Micrurus frontalis.
Figura 20: Coral-verdadeira (Micrurus lemniscatus). Foto por Paulo S. Bernarde.
Existe também o soro Antibotropicocrotalico para ser usado em regiões onde ocorrem
serpentes dos gêneros Bothrops e Crotalus em casos de dúvidas sobre o animal causador.
PRIMEIROS SOCORROS
Procurar um hospital o mais rápido possível, procurando tentar saber antes se o mesmo
possui soros anti-ofídicos.
Não fazer torniquete ou garrote no membro picado, pois poderá agravar o acidente,
aumentando a concentração do veneno no local.
Não fazer perfurações ou cortes no local da picada, porque pode aumentar a chance de haver
hemorragia ou infecção por bactérias.
PREVENÇÃO DE ACIDENTES
Sempre que for andar nas florestas, andar calçado. Cerca de 80% das picadas acontecem do
joelho para o pé, sendo 50% na região do pé. O uso de botinas ou botas preveniria melhor do que
um tênis.
Evitar andar a noite, pois é o horário de maior atividade das serpentes venenosas.
Ao encontrar uma cobra, avise o resto da turma sobre onde ela se encontra e procure
desviar-se dela. Lembre-se de que ela está em seu habitat natural e é você quem é o invasor.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMARAL, C. F. S. 2003. Cuidados intensivos nos acidentes por animais peçonhentos. Pp. 394-401 In:
Animais peçonhentos no Brasil: biologia, clínica e terapêutica dos acidentes. Cardoso et al. (Orgs.).
Sarvier, São Paulo – SP.
AMARAL, C. F. S.; RESENDE, N. A.; SILVA, O. A.; RIBEIRO, M. M. F.; MAGALHÃES, R. A.;
CARNEIRO, J. G. & CASTRO, J. R. S. 1986. Insuficiência renal aguda secundária a acidente botrópico e
crotálico. Análise de 63 casos. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo 28:220-227.
ANDRADE, J. G.; PINTO, R. N. L.; ANDRADE, A. L. S.; MARTINELLI, C. M. T. & ZICKER, F. 1989.
Estudo bacteriológico de abcessos causados por picadas de serpentes do gênero Bothrops. Revista do
Instituto de Medicina Tropical de São Paulo 31:363-367.
ARAÚJO, F. A. A.; SANTALÚCIA, M. & CABRAL, R. F. 2003. Epidemiologia dos acidentes por animais
peçonhentos.. Pp. 6-12 In: Animais peçonhentos no Brasil: biologia, clínica e terapêutica dos
acidentes. Cardoso et al. (Orgs.). Sarvier, São Paulo – SP.
AZEVEDO-MARQUES, M. M.; HERING, S. E. & CUPO, P. 2003. Acidente crotálico. Pp. 91-98 In:
Animais peçonhentos no Brasil: biologia, clínica e terapêutica dos acidentes. Cardoso et al. (Orgs.).
Sarvier, São Paulo – SP.
BARD, R.; LIMA, J. C. R.; SÁ-NETO, R. P.; OLIVEIRA, S. G. & SANTOS, M. C. 1994. Ineficácia do
antiveneno botrópico na neutralização da atividade coagulante do veneno de Lachesis muta muta. Relato
de caso e comprovação experimental. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo
36(1):77-81.
BARRAVIERA, B. 1999. Acidentes por serpentes dos gêneros Crotalus e Micrurus. Pp. 281 – 295 In:
Barraviera, B. (Coord.). Venenos – Aspectos clínicos e terapêuticos dos acidentes por animais
peçonhentos. EPUB, Rio de Janeiro.
BARRAVIERA, B. & PERAÇOLI, M. T. S. 1999. Soroterapia heteróloga. Pp. 361 – 372 In: Barraviera, B.
(Coord.). Venenos – Aspectos clínicos e terapêuticos dos acidentes por animais peçonhentos. EPUB,
Rio de Janeiro.
BARRAVIERA, B. & PEREIRA, P. C. M. 1999. Acidentes por serpentes do gênero Bothrops. Pp. 261 – 280
In: Barraviera, B. (Coord.). Venenos – Aspectos clínicos e terapêuticos dos acidentes por animais
peçonhentos. EPUB, Rio de Janeiro.
BARROSO, R. D. 1943/44. Ofidismo no Brasil. Considerações em torno de 2238 acidentes ofídicos tratados
com soro. Bol. Inst. Vital Brazil 25-27:35-47.
BOCHNER, R. & STRUCHINER, C. J. 2002. Acidentes por animais peçonhentos e sistemas nacionais de
informação. Cadernos de Saúde Pública 18:735-746.
BOCHNER, R. & STRUCHINER, C. J. 2003. Epidemiologia dos acidentes ofídicos nos últimos 100 anos no
Brasil: uma revisão. Cadernos de Saúde Pública 19:7-16.
BRANDÃO, E. O.; BASTOS, H. C.; NISHIOKA, S. A. & SILVEIRA, P. V. P. 1993. Lance-headed viper
(Bothrops moojeni) bite wounding the eye. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo
35(4):381-383.
BRAZIL, V. 1901. Contribuição ao estudo do veneno ofídico. III. Tratamento das mordeduras das cobras.
Rev. Med. São Paulo 4:371-380.
BUCARETCHI, F.; HERRERA, S. R. F.; HYSLOP, S.; BARACAT, E. C. E. & VIEIRA, R. J. 2001.
Snakebites by Bothrops spp in children in Campinas, São Paulo, Brazil. Revista do Instituo de Medicina
Tropical de São Paulo 43(6):329-333.
BUCHARETCHI, F.; HERRERA, S. R. F.; HYSLOP, S.; BARACAT, E. C. E. & VIEIRA, R. J. 2002.
Snakebites by Crotalus durissus ssp in children in Campinas, São Paulo, Brasil. Revista do Instituto de
Medicina Tropical de São Paulo 44:133-138.
BUCARETCHI, F.; HYSLOP, S.; VIEIRA, R. J.; TOLEDO, A. S.; MADUREIRA, P. R. & CAPITANI, E.
M. 2006. Bites by coral snakes (Micrurus spp.) in Campinas, State of São Paulo, Southeastern Brazil.
Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo 48(3);141-145.
CAMPBELL, J. A. & LAMAR, W. L. 2004. The venomous reptiles of the Western Hemisphere.
Comstock Publishing Assoc., Ithaca – NY, 774p.
CARDOSO, J. L. C. & WEN, F. H. 2003. Introdução ao ofidismo. Pp. 3-5 In: Animais peçonhentos no
Brasil: biologia, clínica e terapêutica dos acidentes. Cardoso et al. (Orgs.). Sarvier, São Paulo – SP.
CUPO, P. AZEVEDO-MARQUES, M. M.; MENEZES, J. B. & HERING, S. E. 1991. Reações de
hipersensibilidade imediatas após uso intravenoso de soros antivenenos: valor prognóstico dos testes de
sensibilidade intradérmicos. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo 33(2):115-122.
FISZON, J. T. & BOCHNER, R. 2008. Subnotificação de acidentes por animais peçonhentos registrados
pelo SINAN no Estado do Rio de Janeiro no período de 2001 a 2005. Revista Brasileira de
Epidemiologia 11(1):114-127.
FRANÇA, F. O. S. & MÁLAQUE, C. M. S. 2003. Acidente botrópico. Pp. 72-86 In: Animais peçonhentos
no Brasil: biologia, clínica e terapêutica dos acidentes. Cardoso et al. (Orgs.). Sarvier, São Paulo – SP.
FRANÇA, F. G. R.; MESQUITA, D. O. & COLLI, G. R. 2006. A checklist of snakes from amazonian
savannas in Brazil, housed in the Coleção Herpetologica da Universidade de Brasília, with new
distribution records. Occasional Papers Sam Noble Oklahoma Museum of Natural History 17:1-13.
FRANCO, F. L. 2003. Origem e diversidade das serpentes. Pp. 13-32 In: Animais peçonhentos no Brasil:
biologia, clínica e terapêutica dos acidentes. Cardoso et al. (Orgs.). Sarvier, São Paulo – SP.
JORGE, M. T. & RIBEIRO, L. A. 1992. Epidemiologia e quadro clínico do acidente por cascavel sul-
americana (Crotalus durissus). Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo 34:347-354.
JORGE, M. T. & RIBEIRO, L. A. 1997a. Dose de soro (antiveneno) no tratamento do envenenamento por
serpentes peçonhentas do gênero Botrhops. Rev. Ass. Med. Brasil. 43(1):74-76.
JORGE, M. T. & RIBEIRO, L. A. 1997b. Infections in the bite site after envenoming by snakes of the
Bothrops genus. Journal of Venomous Animals and Toxins 3(2):264-272.
JORGE, M. T.; MENDONÇA, J. S.; RIBEIRO, L. A.; SILVA, M. L. R.; KUSANO, E. J. U. & CORDEIRO,
C. L. S. 1990. Flora bacteriana da cavidade oral, presa e veneno de Bothrops jararaca: possível fonte de
infecção no local da picada. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo 32:6-10.
JORGE, M. T.; RIBEIRO, L. A. O'CONNELL, J. I. 1999. Prognostic factor for amputation in the case of
envenoming by snakes of the Bothrops genus (Viperidae). Annals of Tropical and Parasitology 93:401-
408.
JORGE, M. T.; RIBEIRO, L. A.; SILVA, M. I.; KUSANO, E. J. U. & MENDONÇA, J. S. 1994.
Bacteriology of abscesses complicating Bothrops snake bite in humans: a prospective study. Toxicon
32:743-748.
JORGE, M. T.; SANO-MARTINS, I. S.; TOMY, S. C.; CASTRO, S. C.; FERRARI, R. A.; RIBEIRO, L. A.
& WARRELL, D. A. 1997. Snakebite by the bushmaster (Lachesis muta) in Brazil: case report and
review of the literature. Toxicon 35:545-54.
JORGE-DA-SILVA JR., N. & BUCARETCHI, F. 2003. Mecanismo de ação do veneno elapídico e aspectos
clínicos dos acidentes. Pp. 99-107 In: Animais peçonhentos no Brasil: biologia, clínica e terapêutica
dos acidentes. Cardoso et al. (Orgs.). Sarvier, São Paulo – SP.
KARDONG, K. V. 1982. The evolution of the venom apparatus in snakes from colubrids to viperids &
elapids. Mem. Inst. Butantan 46:105-118.
MÁLAQUE, C. M. S. & FRANÇA, F. O. S. 2003. Acidente laquético. Pp. 87-90 In: Animais peçonhentos
no Brasil: biologia, clínica e terapêutica dos acidentes. Cardoso et al. (Orgs.). Sarvier, São Paulo – SP.
MARTINS, M.; SANTOS, M. C. & OLIVEIRA, M. E. 1995. Biologia e identificação de serpentes. Pp. 3 –
16 In: Santos, M. C.; Martins, M.; Boechat, A. L.; Sá-Neto, R. P. & Oliveira, M. E. (Orgs.). Serpentes de
interesse médico da Amazônia. UA/SESU, Manaus.
MARTINS, N. 1916. Das opisthoglyphas brasileiras e o seu veneno. Tese de Doutorado, Faculdade de
Medicina do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.
MELGAREJO. A. R. 2003. Serpentes peçonhentas do Brasil. Pp. 33-61 In: Animais peçonhentos no
Brasil: biologia, clínica e terapêutica dos acidentes. Cardoso et al. (Orgs.). Sarvier, São Paulo – SP.
NISHIOKA, S. A. & SILVEIRA, P. V. P. 1992a. A clinical and epidemiologic study of 292 cases of lance-
headed viper bite in a Brazilian teaching hospital. Amer. J. trop. Med. Hyg. 47:805-810.
NISHIOKA, S. A. & SILVEIRA, P. V. P. 1994. Philodryas patagoniensis bite and local envenoming.
Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo 36(3):279-281.
NISHIOKA, S. A.; JORGE, M. T.; SILVEIRA, P. V. P. & RIBEIRO, L. A. 2000. South American
rattlesnake bite and soft-tissue infection: report of a case. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina
Tropical 33(4):401-402.
NISHIOKA, S. A.; SILVEIRA, P. V. P. & MENZES, L. B. 1993. Coral snake bite and severe local pain.
Ann. trop. Med. Parasit. 87:429-431.
OTERO, R. P.; TOBÓN, G. S. J. & GÓMEZ, L. F. G. 1993. Bites from the bush-master (Lachesis muta) in
Antioquia and Choco, Colombia, report of five accidents. Toxicon 31(2):158-159.
PINTO, R. N. L.; JORGE-DA-SILVA JR., N. & AIRD, S. D. 1991. Human envenomation by the south
american opystogliph Clelia clelia plumbea (Wied). Toxicon 29:1512-1516.
PUORTO, G. & FRANÇA, F. O. S. 2003. Serpentes não peçonhentas e aspectos clínicos dos acidentes. Pp.
108-114 In: Animais peçonhentos no Brasil: biologia, clínica e terapêutica dos acidentes. Cardoso et
al. (Orgs.). Sarvier, São Paulo – SP.
RIBEIRO, L. A. & JORGE, M. T. 1990. Epidemiologia e quadro clínico dos acidentes por serpentes
Bothrops jararaca adultas e filhotes. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo 32:436-
442.
RIBEIRO, L. A. & JORGE, M. T. 1997. Acidentes por serpentes do gênero Bothrops série de 3139 casos.
Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 30:475-480.
RIBEIRO, L. A.; GADIA, R. & JORGE, M. T. 2008. Comparação entre a epidemiologia do acidente e a
clínica do envenenamento por serpentes do gênero Bothrops, em adultos idosos e não idosos. Revista da
Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 41(1):46-49.
RIBEIRO, L. A. PUORTO, G. & JORGE, M. T. 1994. Acidentes por serpentes do gênero Philodryas:
avaliação de 132 casos. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 27(supl I):87.
SANTOS, M. C. dos. 1994. Caracterização das atividades biológicas dos venenos das serpentes brasileiras.
Pp.102-106. In: Herpetologia no Brasil 1. L. B. Nascimento, A. T. Bernardes & G. A. Cotta (eds.). PUC,
Belo Horizonte, MG.
SANTOS, M. C. dos & BOECHAT, A. L. 1995. Venenos. Pp. 17 – 30 In: Santos, M. C.; Martins, M.;
Boechat, A. L.; Sá-Neto, R. P. & Oliveira, M. E. (Orgs.). Serpentes de interesse médico da Amazônia.
UA/SESU, Manaus.
SANTOS-SOARES, P. C.; BACELLAR, A.; POVOAS, H. P.; BRITO, A. F. & SANTANA, D. L. P. 2007.
Stroke and snakebite: case report. Arquivos de Neuro-Psiquiatria 65(2):341-344.
SILVA, M. V. & BUONONATO, M. A. 1983/84. Relato clínico de envenenamento humano por Philodryas
olfersii. Mem. Inst. Butantan 47/48:121-126.
SILVA-HAAD, J. 1980/81. Accidentes humanos por las serpientes de los géneros Bothrops y Lachesis.
Memórias do Instituto Butantan 44/45:403-423.
SILVEIRA, P. V. P. & NISHIOKA, S. A. 1992a. South American rattlesnake bite in a Brazilian teaching
hospital: clinical and epidemiological study of 87 cases, with analysis of factors predictive of renal
failure. Transactions of the Royal Society of Tropical Medicine and Hygiene 86:562-564.
SILVEIRA, P.V.P. & NISHIOKA, S. A. 1992b. Non-venomous snake bite and snake bite whithout
envenoming in a brazilian teaching hospital, analysis of 91 cases. Revista do Instituto de Medicina
Tropical de São Paulo 34:499-503.
SOUZA, R. C. G.; NOGUEIRA, A. P. B.; LIMA, T. & CARDOSO, J. J. C. 2007. The enigma of the north
margin of the Amazon river: proven Lachesis bites in Brazil, report of two cases, general considerations
about the genus and bibliographic review. Bull. Chicago Herp. Soc. 42(7):105-115.
VITAL-BRAZIL, O. & VIEIRA, R. J. 1996. Neostigmine in the treatment of snake accidents caused by
Micrurus frontalis: report of two cases. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo
38(1):61-67.
WEN, F. H. 2003. Soroterapia. Pp. 380-393 In: Animais peçonhentos no Brasil: biologia, clínica e
terapêutica dos acidentes. Cardoso et al. (Orgs.). Sarvier, São Paulo – SP.